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TEORIA DO APEGO

(JOHN BOWLBY)
OBJETIVO:

 Entender melhor o desenvolvimento emocional e


cognitivo da criança, a partir do estudo da teoria do
apego segundo Bowlby e poder conhecer e
desenvolver no cotidiano a prática pedagógica de
forma eficiente.
ROTEIRO:

 Biografia do autor
 História da teoria

 Conceito

 Fases

 Exemplos – Textos

 Exemplos – Prática

 Citações de artigos com exemplos

 Considerações finais
BIOGRAFIA DO AUTOR:
 John Bowlby, nasceu em 26 de fevereiro de 1907, em Londres;
 Iniciou seus estudos em medicina na Universidade de Cambridge;
 Tornou-se especialista em psiquiatria infantil;
 Foi diretor da Tavistock Clinic de Londres, onde aprofundou seus
estudos clínicos sobre os efeitos da separação mãe e filho;
 A partir de 1948, dirigiu pesquisas  sobre crianças abandonadas ou
privadas de lar;
 Em 1950 foi nomeado assessor da ONU;
 Faleceu em 2 de setembro de 1990.
 Principais obras em Português:

- Cuidado materno e saúde mental;

- Apego, Perda, Separação, em 3 volumes


HISTÓRIA DA TEORIA:
 A partir de 1956 Bowlby buscou examinar as implicações
teóricas de algumas observações sobre o modo como as
crianças reagem à perda temporária da mãe;

 Bowlby dedicou especial atenção às observações que seu


colega James Robertson realizava sobre os problemas dos
efeitos da separação da mãe nos primeiros anos da infância
sobre o desenvolvimento da personalidade.
 Bowlby verificou que a perda da mãe, por qualquer motivo
ou por combinação com outras variáveis não identificadas,
poderiam gerar respostas e processos de maior interesse
para a psicopatologia.

 Também foi concluído que essas respostas e processos são


os mesmos que estão presentes em pessoas adultas e ainda
perturbados por separações que sofreram nos primeiros
anos de vida.
CONCEITO:

 São elementos básicos que permitem


pensar vínculos afetivos do sujeito
humano ao longo do ciclo da vida.

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FASES:
 fase 1 : Orientação e sinais com discriminação limitada de figura.
exemplo teórico: sentidos olfativos e auditivos limitados.
exemplo prático: acompanha com o olhar os movimentos da pessoa
que lhe é  próxima.

 fase 2 : Orientação e sinais dirigidos para uma figura discriminada


(ou mais de uma).
exemplo teórico: interesse acentuado pela figura materna.
exemplo prático: demonstra interesse maior pela mãe.

 fase 3 : Manutenção da proximidade com uma figura discriminada por


meio de locomoção ou de sinais.
exemplo teórico: repertório de respostas ampliam-se.
exemplo prático: passa a estranhar pessoas que não são de seu
convívio.

 fase 4 : Formação de uma parceria corrigida para uma meta.


exemplo teórico: a figura de apego começa a ser mantida.
exemplo prático: sente-se segura ao realizar tarefas ao lado da mãe
(primeiros passos).
EXEMPLOS - TEXTOS:
1 – A principal figura de apego:
A criança seleciona como sua principal figura de
apego, e a quantas outras ela se ligará, depende
em grande parte de quem cuida e está mais
próxima dela: mãe, pai, irmão e até avós.

2 – Figuras subsidiárias de apego:


Uma criança procura sua figura de apego quando
cansada, doente, faminta, e também quando está
insegura. A criança quer manter-se na
proximidade dele ou dela.
EXEMPLOS - PRÁTICA:
1 – Fuga para mãe como refúgio seguro:
Ex. Uma criança afasta-se o mais rapidamente
possível de um estímulo que assusta e corre para mãe,
em vez de qualquer pessoa. Quando os bebês estão
aflitos, olham para a mãe como esperando para ser
acalmados.

2 – Choro diferencial pelo afastamento da mãe:


Ex. A criança chora alterada quando a mãe se afasta
mais não quando outras pessoas se afastam.

3 – Sorriso diferencial para estímulos visuais:


Ex. O bebê sorri mais freqüentemente, mais
facilmente e de modo mais aberto quando vê sua mãe
do que ao avistar qualquer outra pessoa.
CITAÇÃO DE ARTIGOS COM
EXEMPLOS:
 Lamb (1981) considera a seqüência angústia-alívio especialmente
merecedora de atenção por causa das oportunidades que ela oferece de
importantes episódios de aprendizado social. O estado de angústia do
bebê, com o afeto desprazeiroso que o acompanha, é seguido normalmente
por uma intervenção multimodal (Ex.: segurar a criança, falar suavemente
com ela, etc.). Essa seqüência promove aquisições importantes tanto para
a cognição social da criança quanto para a formação dos laços de apego,
pois possibilita que ela aprenda que a angústia a qual manifesta provoca
uma intervenção que traz alívio, que reconheça a pessoa responsável pela
transição do estado de desprazer para o prazer, que desenvolva um
conceito integrado e multimodal do cuidador e que associe as
características dessa pessoa com o resultado prazeiroso que ela produz.

 A inferência, extraída tanto dos dados como da teoria, a respeito da idade


em que uma criança discrimina a figura materna e desenvolve uma
“verdadeira relação objetal”.
Escreve Spitz (1965, p. 156):

Pressupomos que essa capacidade (para identificar estranhos) na criança de


8 meses reflete o fato de que ela estabeleceu agora uma verdadeira relação com o
objeto, e que a mãe passou a ser seu objeto libidinal, o seu objeto de amor. Antes
disso, dificilmente podemos falar de amor, por quanto não existe amor até que o ser
amado possa ser distinguido de todos os outros...
CONSIDERAÇÕES FINAIS:

 A teoria do apego confere uma nova dimensão


para a compreensão da natureza e origem dos
vínculos afetivos. A ligação contínua e íntima
apresentada pela criança em relação a mãe ou
cuidador iniciam cedo e tendem a durar por
grande parte do ciclo vital.

 Portanto, qualquer forma de comportamento que


implique em alcançar ou manter uma
proximidade com o outro indivíduo diferenciado e
preferido surgem da necessidade de segurança e
proteção e evidencia a importância da ligação
emocional para orientar o desenvolvimento
afetivo, cognitivo e social da criança.
REFERÊNCIAS:
 Bowlby, J. (1990). Apego e perda: Apego, a natureza do vínculo (Vol 1, 2ª ed.).
São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1969)
 Bowlby, J. (1998a). Apego e perda: Separação, angústia e raiva (Vol. 2, 3ª ed).
São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1973)
 Bowlby, J. (1998b). Apego e perda: Perda, tristeza e depressão (Vol. 3, 2ª ed).
São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1973)
 Bowlby, J. (1997). Formação e rompimento dos laços afetivos (3ª ed.). São
Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1979)
 Bowlby, J. (1989). Uma base segura: Aplicações clínicas da teoria do apego.
Porto Alegre: Artes Médicas. (Original publicado em 1988)
 Lamb & L. R. Sherrod (Orgs.), Infant social cognition: Empirical and
theoretical considerations (pp. 315-331). Hillsdale, New Jersey: Lawerence
Erlbaum
 Lamb, M. E. (1981). The developmental of social expectations in the first year
of life
 Lamb & Sherrod, L. R. (1981). Infant social cognition: Empirical and
theoretical considerations (pp. 155-175). Hillsdale, New Jersey: Lawerence
Erlbaum.
 Lamb, M. E. & Sherrod, L. R. (1981). Infant social cognition: Empirical and
theoretical considerations. Hillsdale, New Jersey: Lawerence Erlbaum.
 Lamb & L. R. Sherrod (Orgs.), Infant social cognition: Empirical and
theoretical considerations (pp. 85-125). Hillsdale, New Jersey: Lawrence
Erlbaum.
 Piaget, J. (1979). A construção do real na criança (3ª ed.). Rio de Janeiro: Zahar.
(Original publicado em 1963)

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