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E3 Gequ
E3 Gequ
QUALIDADE
Mariana Bonome
E-book 3
Neste E-Book:
Introdução���������������������������������������������������� 3
Boas práticas para ações preventivas4
Programa 5S�������������������������������������������������������������4
Failure mode and effects analysis (fmea)����������� 10
Ações de melhoria������������������������������������������������ 27
Considerações finais�������������������������������31
Síntese���������������������������������������������������������34
2
INTRODUÇÃO
Até aqui, foi possível conhecer mais sobre a rotina de
uma área responsável pela Gestão da Qualidade; os
perfis dos profissionais desta área; a série de normas
ISO 9000 e demais normas voltadas para o exercício
padronizado da qualidade; os Sistemas de Gestão
da Qualidade e Sistemas de Gestão Integrada; sobre
ferramentas auxiliares para ir além do tratamento
de efeitos e diagnosticar as causas de problemas; e
sobre a importância de priorizar e estruturar ações
corretivas para a melhoria contínua de produtos, ser-
viços e processos.
3
BOAS PRÁTICAS
PARA AÇÕES
PREVENTIVAS
Aqui vamos falar sobre o Programa 5S e o importante
papel que ele pode desempenhar para estimular a
cultura da qualidade e da melhoria contínua nas orga-
nizações. Você conhecerá a metodologia de Análise
de Modos de Falha e Efeitos, a qual permite visualizar
em detalhes as possibilidades futuras de falhas e
suas causas potenciais, a fim de preveni-las e evitar
problemas maiores. Finalmente, analisaremos como
as ações de melhoria podem levar as organizações
a novos patamares de desempenho, contribuindo
com sua sustentabilidade em longo prazo.
Vamos começar?
Programa 5S
De acordo com Oliveira (2014), a reestruturação acon-
tecida por todo o Japão nas décadas após a Segunda
Guerra Mundial foi o motor que levou à criação de
diversas ferramentas, técnicas e métodos em prol
da qualidade, organização e limpeza dos ambientes
de trabalho.
4
por cinco palavras que caracterizam suas etapas.
No Ocidente, tais palavras começam com a letra
“S”, fazendo com que a técnica ficasse conhecida
como Programa 5S. Cada uma das palavras orienta
a execução sequencial de cinco etapas. Elas foram
interpretadas como “sensos” e os propósitos de cada
uma delas podem ser observados na Tabela 1.
Etapa Propósito
1. Seiri – Identificar e manter no local de trabalho o que
senso de é necessário e adequado para a execução das
utilização atividades.
5
portamental real nas equipes, sugere-se atenção às
recomendações elaboradas por Carpinetti (2016) e
Oliveira (2014).
6
com elas mesmas e com os demais integrantes da
equipe, porque este senso também está relacionado
à qualidade do clima organizacional.
7
Etapa Aspectos a conferir no planeja- Benefícios oferta-
mento do Programa 5S dos pela etapa
1. • Identificar e classificar objetos em • Mais espaço livre;
Seiri – duas seções: os necessários e os • Reaproveitamento
senso desnecessários. de recursos;
de utili- • Sobre os objetos necessários: • Redução de custos
zação Aqueles que são usados cons- e de burocracia;
tantemente devem ser posicio- • Eliminação de
nados o mais próximo possível desperdícios e de
do local de trabalho. excessos;
Aqueles que são usados oca- • Maior organização.
sionalmente devem ficar um
pouco mais afastados do local
de trabalho.
Aqueles que raramente são uti-
lizados, porém são necessários,
precisam ser mantidos em local
determinado e identificado.
• Sobre os objetos desnecessários:
Caso sejam potencialmente
úteis ou valiosos, devem ser
transferidos para onde forem
úteis.
Caso demandem um local espe-
cial para conservação, determi-
nar qual local é este e enviá-lo
para lá.
Caso não tenham qualquer ser-
ventia, devem ser vendidos ou
descartados imediatamente.
8
3. • Estabelecer um esquema de limpe- • Ambiente de traba-
Seiso za de todas as instalações, mobília lho agradável, segu-
– sen- e equipamentos. ro e conservado;
so de • Determinar horário e duração da • Redução do
limpeza ação de limpeza, bem como seus desperdício;
responsáveis. Isso também vale • Melhoria da ima-
para a rotina posterior de limpeza, gem interna e exter-
necessária para manutenção dos na da organização;
benefícios do Programa 5S. • Bem-estar pessoal.
• Identificar causas da sujeira e
eliminá-las.
• Manter arquivos físicos e eletrôni-
cos organizados e atualizados.
• Cuidar da própria aparência e da
qualidade dos próprios pensamen-
tos e atitudes.
9
Podcast 1
As práticas saudáveis oriundas do Programa 5S con-
tribuem para que o ambiente de trabalho ofereça bem-
-estar e condições favoráveis à execução das ativida-
des. Ele é um grande aliado da Gestão da Qualidade,
especialmente por possibilitar condições para que as
pessoas consigam realizar seus papéis e responsabi-
lidades da melhor forma possível (CARPINETTI, 2016;
OLIVEIRA; 2014), facilitando reflexões e ações mais
analíticas, como a percepção de potenciais dificulda-
des futuras na realização dos processos.
10
a analisar a confiabilidade de processos relacionados
a sistemas e equipamentos, classificando-os con-
forme a segurança que ofereciam a seus usuários.
11
Falha: representa a falta de capacidade de
um item em atender a sua função (funcionar).
Perde a função principal (ou função secundá-
ria ou de estima).
Tipo Finalidade
FMEA de Evitar falhas a partir da análise das possíveis
produto falhas de um produto existente, ou do projeto
ou de de um novo produto, comparando com o pro-
projeto cesso estabelecido para este produto e com
os requisitos de clientes, normas e regulações
e outras especificações cabíveis.
12
Independentemente do tipo de FMEA, sua aplicação
apresenta fases semelhantes. A primeira requer a
formação de um grupo de trabalho composto, prefe-
rencialmente, por quatro a seis pessoas, integrantes
das diversas áreas e/ou processos envolvidos no as-
sunto a ser analisado, para que o resultado do FMEA
seja beneficiado pelo conhecimento e experiências
multidisciplinares do grupo.
13
INICIO
Causas
Ocorrência (O)
da falha
efeitos controle
14
Figura 2: Formulário para registro e acompanhamento do FMEA.
Fonte: adaptado de AIAG e VDA (2019) e Carpinetti (2016)
15
relações de matérias-primas, peças e componentes;
relatórios de não conformidade do produto; FMEAs ante-
riormente desenvolvidos; relatórios e/ou pesquisas rela-
tivas à satisfação dos clientes; índices de capacidade de
processos, sistemas e/ ou equipamentos; entre outros
documentos que auxiliem a elaboração do FMEA (AIAG;
VDA, 2019; CARPINETTI, 2016; TOLEDO et al, 2017).
16
Severidade Ocorrência Detecção
Nota Descrição Nota Descrição Nota Descrição
17
As Tabelas 5 a 7 contemplam escalas sugeridas para
adoção, quando o FMEA for aplicado a um produto.
Severidade
(efeito na manufatura/ Índice de
Efeito (efeito no cliente)
montagem) severidade
18
Moderado Produto/item em Ou uma parte 6
operação, mas (<100%) dos pro-
item ou itens de dutos pode ter que
conforto/conveni- ser sucateada sem
ência inoperável(is). seleção, ou o veícu-
Cliente insatisfeito lo/item reparado na
área de reparo com
tempo de reparo
inferior a 30min
19
Ocorrência
Probabilidade de Índice de
Taxa de falhas
falha ocorrência
Índice de
Detecção Critério
detecção
1
Muito alta: falhas Certamente será
2 persistentes detectado
3 Grande proba-
Alta: falhas
bilidade de ser
4 frequentes
detectado
5
Moderada: falhas Provavelmente
6 ocasionais será detectado
20
Índice de
Detecção Critério
detecção
7
Provavelmente
8 Pequena não sera
detectado
9
Certamente não
Muito pequena
10 será detectado
21
FIQUE ATENTO
A determinação dos efeitos e das causas a regis-
trar em um FMEA pode ser facilitada com a apli-
cação de outras ferramentas da qualidade, como
Cinco Porquês, Diagrama de Pareto, Diagrama de
Causa e Efeito, entre outras.
22
RPN, novamente devem ser atribuídas e multiplicadas
entre si notas de Severidade, Ocorrência e Detecção.
Essas notas e cálculos devem ser registrados nos
campos 15 a 18 do formulário FMEA.
23
Modo Causa Controle
Etapa do Função da Efeito Potencial da Respon-
# Potencial de Sev Potencial de Ocor Atual do Det RPN Ação preventiva Prazo Sev Ocor Det RPN
Processo etapa Falha sável
Falha Falha Processo
1 Ligar o pisca- Sinalizar Deixar de ligar Acidente motivado 5 Condutor não 2 Prova para 4 40 Informar o condutor Marcio 10/05/19 5 1 1 5
alerta aos demais o pisca-alerta pela sinalização sabia que era renovação sobre a necessidade do
condutores deficiente necessário ligar da carteira acionamento do pisca-
que o o pisca-alerta alerta; Carlos 10/05/19
veículo está Criar um check-list a ser
parado deixado dentro do porta-
luvas
Desatenção 2 Nenhum 5 50 Criar um check-list a ser Carlos 10/5/19 5 1 1 5
deixado dentro do porta-
luvas
Lâmpada do Acidente motivado 5 Lâmpada 1 Nenhum 5 25 Implantar rotina de Carlos 10/5/19 5 1 5 25
pisca-alerta pela sinalização atingiu sua vida manutenção preventiva
queimada deficiente útil das lâmpadas
2 Sinalizar com Sinalizar Deixar de Acidente motivado 5 Condutor não 2 Prova para 4 40 Informar o condutor Marcio 10/5/19 5 1 1 5
o triângulo com colocar o pela sinalização sabia que era renovação sobre a necessidade de
antecedênci triângulo deficiente necessário da carteira colocação do triângulo;
a aos colocar o Criar um check-list a ser Carlos 10/5/19
demais triângulo
Desatenção 2 Nenhum 5 50 deixado
Criar umdentro do porta-
check-list a ser Carlos 10/5/19 5 1 1 5
condutores deixado dentro do porta-
que o luvas
veículo está Triângulo Acidente motivado 5 Desconhecimen 2 Prova para 4 40 Informar o condutor a Marcio 10/05/19 5 1 1 5
parado. colocado muito pela sinalização to da distância renovação distância mínima
próximo ao deficiente mínima da carteira recomendada;
veículo recomendada Criar um check-list a ser Carlos 10/05/19
deixado dentro do porta-
luvas
3 Afrouxar os Facilitar a Deixar de Dificuldade em soltar 2 Desatenção 2 Nenhum 5 20 Providenciar treinamento Marcio 10/05/19 2 2 5 20
parafusos da soltura dos afrouxar os os parafusos, com em troca de pneus para
roda do pneu parafusos parafusos possível impacto no o condutor do veículo;
furado tempo da troca Criar um check-list a ser Carlos 10/05/19
deixado dentro do porta-
luvas
Inexperiência 2 Nenhum 5 20 Providenciar treinamento Marcio 10/05/19 2 2 5 20
em troca de pneus para
o condutor do veículo;
Criar um check-list a ser Carlos 10/05/19
deixado dentro do porta-
luvas
Não conseguir Não conseguir efetuar 3 Parafusos 3 Percepção 2 18 Sempre pedir ao Condutor 10/5/19 3 2 2 12
afrouxar os a troca, sendo foram do borracheiro que aperte
parafusos necessário rebocar o apertados com condutor somente o mínimo
veículo muita força necessário para garantir
que a roda não se solte.
4 Posicionar o Permitir que Posicionar o Roda não é levantada 4 Desconhecimen 3 Prova para 4 48 Ler o Manual do Condutor 10/5/19 4 1 1 4
macaco no a roda do macaco em em altura suficiente to da existência renovação Proprietário
local pneu furado local para permitir a troca de ponto da carteira
adequado seja inadequado (2); adequado para
devidament Danificar o veículo (4). posicionar o
e levantada macaco
5 Acionar o Levantar o Macaco não Não conseguir efetuar 3 Macaco de 1 Nenhum 5 15 Implantar rotina de Carlos 10/5/19 3 1 5 15
macaco para veículo na funciona a troca, sendo baixa qualidade manutenção preventiva
levantar o região do necessário rebocar o do macaco armazenado
veículo pneu furado veículo no veículo
6 Soltar os Permitir a Não conseguir Não conseguir efetuar 3 Parafusos 3 Percepção 2 18 Sempre pedir ao Condutor 10/5/19 3 2 2 12
parafusos do retirada da afrouxar os a troca, sendo foram do borracheiro que aperte
pneu roda com o parafusos necessário rebocar o apertados com condutor somente o mínimo
pneu furado veículo muita força necessário para garantir
que a roda não se solte.
Condutor não 3 Nenhum 5 45 Passar a acionar a Condutor 10/5/19 3 2 5 30
tem força chave com o pé, usando
suficiente para o peso do corpo para
afrouxar os garantir a aplicação da
parafusos força necessária para
afrouxar os parafusos.
7 Retirar a Permitir a Não conseguir Não conseguir efetuar 3 Condutor não 1 Nenhum 5 15 Passar a acionar a Condutor 10/5/19 3 1 5 15
roda com o colocação retirar a roda a troca, sendo tem força chave com o pé, usando
pneu furado do estepe necessário rebocar o suficiente para o peso do corpo para
veículo retirar a roda garantir a aplicação da
força necessária para
afrouxar os parafusos.
8 Posicionar o Permitir a Não posicinar a Repetir o 3 Inexperiência 2 Nenhum 5 30 Providenciar treinamento Marcio 10/05/19 3 2 5 30
estepe no fixação do roda posicionamento até em troca de pneus para
cubo de roda estepe adequadament encontrar a posição o condutor do veículo;
através dos e adequada, com Criar um check-list a ser Carlos 10/05/19
parafusos possível impacto no deixado dentro do porta-
tempo da troca (2); luvas
Não conseguir efetuar
9 Colocar os Preparar Não conseguir Não conseguir efetuar 3 Inexperiência 2 Nenhum 5 30 Providenciar treinamento Marcio 10/05/19 3 2 5 30
parafusos e para o encaixar os a troca, sendo em troca de pneus para
apertá-los aperto final parafusos necessário rebocar o o condutor do veículo;
parcialmente dos veículo Criar um check-list a ser Carlos 10/05/19
parafusos deixado dentro do porta-
luvas
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Modo Causa Controle
Etapa do Função da Efeito Potencial da Respon-
# Potencial de Sev Potencial de Ocor Atual do Det RPN Ação preventiva Prazo Sev Ocor Det RPN
Processo etapa Falha sável
Falha Falha Processo
10 Acionar o Colocar o Deixar de Arrancar com o veículo 4 Desatenção 1 Nenhum 5 20 Providenciar treinamento Marcio 10/05/19 4 1 5 20
macaco para veículo no baixar o com uma das rodas em troca de pneus para
baixar o chão e macaco levantadas, com o condutor do veículo;
veículo permitir o possível dano ao Criar um check-list a ser Carlos 10/05/19
aperto final mesmo deixado dentro do porta-
dos luvas
parafusos
11 Dar o aperto Deixar o Deixar de dar o Soltura da roda em 5 Inexperiência 2 Nenhum 5 50 Providenciar treinamento Marcio 10/05/19 5 1 1 5
final nos veículo em aperto final movimento, com em troca de pneus para
parafusos condições possível acidente o condutor do veículo;
de rodagem Criar um check-list a ser Carlos 10/05/19
deixado dentro do porta-
luvas
Não apertar Soltura da roda em 5 Condutor não 3 Nenhum 5 75 Passar a acionar a Condutor 10/5/19 5 1 5 25
suficientemente movimento, com tem força chave com o pé, usando
os parafusos possível acidente suficiente para o peso do corpo para
apertar os garantir a aplicação da
parafusos força necessária para
apertar os parafusos.
Apertar Espanamento da rosca 5 Condutor forte 1 Percepção 2 10 Assegurar que o Marcio 10/5/19 5 1 2 10
excessivamente do parafuso, não sem do treinamento ao condutor
os parafusos permitindo a conhecimento condutor demonstre qual a força
finalização da troca, do limite de necessária para apertar
com possível impacto aperto os parafusos.
12 Guardar Deixá-los Deixar de no tempo (3); de
Necessidade 3 Desatenção 1 Nenhum 5 15 Providenciar treinamento Marcio 10/05/19 3 1 5 15
ferramentas disponíveis guardar as compra de novas em troca de pneus para
e triângulo para futuras ferramentas e ferramentas e triângulo o condutor do veículo;
necessi- triângulo (3); Criar um check-list a ser Carlos 10/05/19
dades Impossibilidade de deixado dentro do porta-
efetuar a troca de pneu luvas
13 Desligar o Sinalizar Deixar de Multa por trafegar com 3 Desatenção 1 Nenhum 5 15 Providenciar treinamento Marcio 10/05/19 3 1 5 15
pisca-alerta aos demais desligar o pisca- o pisca-alerta ligado em troca de pneus para
condutores alerta (3); o condutor do veículo;
que o Geração de certa Criar um check-list a ser Carlos 10/05/19
veículo será confusão para os deixado dentro do porta-
colocado demais condutores, luvas
em com possível impacto
movimento no trânsito (3).
25
para o surgimento de inferências e subjetividade na
elaboração do FMEA.
• O escopo a ser analisado deve ser delimitado antes
de iniciar o preenchimento dos modos de falha. Isso
contribui para que o foco do grupo seja mantido ao
longo das atividades.
• Ao escolher a escala de Severidade, Ocorrência e
Detecção para calcular o RPN, o grupo deve estabe-
lecer meios para priorizar riscos que sejam significa-
tivos para a organização em que atuam. A influência
da subjetividade inerente aos membros do grupo
pode ser atenuada com a escolha de escalas obje-
tivas, de fácil compreensão e aceitação pelo grupo
como um todo.
• Todos os FMEAs devem ser documentados e ar-
mazenados de modo a serem facilmente resgatados,
tanto pela equipe de Gestão da Qualidade como por
outros interessados nos processos organizacionais,
respeitando critérios de confidencialidade, quando
forem aplicáveis.
• O FMEA não deve ser preenchido individualmente.
O ponto de vista de um único indivíduo é insuficiente
para que o FMEA resulte em análises e ações pre-
ventivas válidas para qualquer organização.
• Não aplicar apenas um ciclo de ações preventi-
vas a partir de uma análise amparada pelo FMEA: é
insuficiente para que sejam produzidos resultados
significativos para a organização.
26
• As análises elaboradas a partir do FMEA devem
ser feitas com agilidade: usar muito tempo na pre-
paração de um plano de ações preventivas diminui
drasticamente a utilidade desta metodologia.
Ações de melhoria
Como a norma NBR ISO 9001:2015 compreende que
a expressão “melhorias” abrange ações corretivas,
ações preventivas, modificações e inovações de
todos os tipos (ABNT, 2015), vale a pena concluir
este módulo com uma reflexão sobre a adoção de
melhorias no cotidiano das organizações.
27
Carpinetti (2016) recomenda atenção a dois diferen-
tes tipos de melhorias: as contínuas e as radicais.
28
Repita
Estabeleça
novamente
metas e
expectativas
Celebre o
Planeje a sucesso
logísitica e os
prazos
Padronize o
processo
Documente a
realidade
Confira as
mudanças e
Identifique o
alterações
desperdício
Planeje as Meça os
contramedidas resultados
Confira a
Faça as
viabilidade
mudanças
29
A necessidade de melhoria contínua tem um cará-
ter iterativo, ou seja, este aperfeiçoamento precisa
acontecer repetidas vezes, até que o processo, o
produto ou o serviço deixe de fazer sentido para a
organização. O Ciclo PDCA e as ferramentas da quali-
dade são instrumentos valiosos pelos quais as ações
em prol da melhoria contínua podem ser pautadas
(CARPINETTI, 2016; PALADINI, 2019).
Podcast 2
30
Identificar o processo que requer melhorias.
Identificar as características e os limites atuais do proces-
so, mapeando-o.
Avaliar o estado atual de controle e a capacidade do pro-
cesso diante das exigências específicas.
Questionar as pressuposições existentes e os procedimen-
tos atualmente aceitos.
Analisar as oportunidades de melhoria identificadas.
Elaborar o plano de melhorias a implementar.
Implementar iniciativas e procedimentos novos.
Acompanhar e controlar o processo.
Coletar e analisar dados de desempenho do processo
melhorado, utilizando métodos estatísticos e ferramentas
da qualidade.
Analisar problemas derivados da melhoria implantada e
suas causas.
Eliminar deficiências e implementar correções e/ou outras
melhorias.
Reavaliar o novo processo e evidenciar a melhoria
atingida.
Repetir o ciclo de melhoria contínua neste e nos demais
processos organizacionais.
31
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste módulo, pudemos aprender sobre os requisi-
tos e as boas práticas para conduzir o Programa 5S
em qualquer tipo de organização. Estudamos que o
Programa 5S é baseado em princípios de fácil com-
preensão, que auxiliam o estabelecimento de con-
dições de identificação e padronização de materiais
e rotinas. A aplicação e a manutenção dos cinco
sensos do Programa 5S são capazes de promover um
ambiente de trabalho pautado pela saúde e bem-es-
tar, prevenindo a ocorrência de problemas facilmente
evitáveis, como materiais desorganizados, desper-
dício de esforços, falta de padronização de proces-
sos rotineiros e até mesmo desencontros relativos
à postura e à qualidade das relações interpessoais.
Também pudemos conhecer sobre a metodologia
FMEA, voltada ao planejamento, análise e condução
de ações preventivas estruturadas. Descobrimos que
o sucesso do FMEA depende de sua execução por
um grupo multidisciplinar, que conte com ao menos
um especialista no processo. Seu uso implica na
descrição do processo, produto ou serviço que se
deseja atuar preventivamente, bem como na des-
crição criteriosa dos possíveis modos pelos quais
as falhas podem ocorrer, e os efeitos decorrentes
dessas possíveis falhas.
32
que regem estas notas devem ser de comum acordo
pelos integrantes do grupo responsável pelo FMEA,
para evitar subjetividade na análise e/ou falta de
aderência dos critérios à realidade da organização.
33
pem com padrões estabelecidos e mudam comple-
tamente o cotidiano de gestores, equipes, clientes,
funcionários e demais partes interessadas. Ambos
os tipos de melhoria merecem dedicação por parte
de todos os níveis organizacionais.
34
Síntese
GESTÃO DA QUALIDADE