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DA QUALIDADE
Mariana Bonome de Souza
E-book 2
Neste E-Book:
Introdução���������������������������������������������������� 3
Modelos de avaliação para
diagnosticar qualidade���������������������������� 4
Malcolm Baldrige National Quality Award
(MBNQA)������������������������������������������������������������������4
Modelo de excelência da European
Foundation for Quality Management (EFQM)��������8
Prêmio Deming������������������������������������������������������ 13
Modelo de Excelência da Gestão (MEG)������������� 16
Comparativo entre os modelos de avaliação������ 20
Ferramentas e técnicas para
diagnosticar a qualidade���������������������� 23
Ciclo PDCA������������������������������������������������������������ 23
Método de Análise e Solução de Problemas
(Masp)������������������������������������������������������������������� 26
Checklist (Folha de verificação)��������������������������� 27
Estratificação�������������������������������������������������������� 28
Diagrama ou Gráfico de Pareto���������������������������� 29
Histograma������������������������������������������������������������ 32
Fluxograma������������������������������������������������������������ 34
Diagrama ou Gráfico de Dispersão���������������������� 37
Diagrama de causa e efeito ou diagrama de
Ishikawa����������������������������������������������������������������� 39
Conclusão���������������������������������������������������42
Síntese���������������������������������������������������������43
2
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
3
MODELOS DE AVALIAÇÃO
PARA DIAGNOSTICAR
QUALIDADE
Dentre os diversos modelos que reconhecem a
qualidade e a excelência de processos, produtos e
serviços nas organizações, quatro deles merecem
destaque: o Malcolm Baldrige National Quality Award;
o Modelo de Excelência da European Foundation for
Quality Management; o Prêmio Deming; e o Modelo
de Excelência da Gestão da Fundação Nacional da
Qualidade.
4
americanos fossem percebidos como competitivos
pelo público nacional e de outros países.
5
organizacionais e a relação destes com clientes, equi-
pes, lideranças e os resultados que a organização
obtém. O compromisso com melhoria contínua tam-
bém é mensurado por estes critérios (NIST, 2018). A
Figura 1 apresenta os critérios avaliados e a relação
esperada entre cada um deles.
Perfil
Organizacional
Estratégia Pessoas
Clientes Operações
Medição, análise e
gestão de conhecimento
Conceitos e valores
6
Critério Pontuação
Parcial Total
Liderança
Alta direção 70 120
Governança e responsabilidade social 50
Estratégia - 85
Clientes
Voz do cliente 40 85
Engajamento do cliente 45
Pessoas
Ambiente de trabalho 40 85
Engajamento do pessoal 45
Operações - 85
Resultados
Resultados de produto e de processo 120
Resultados focados no cliente 80
450
Resultados focados no pessoal 80
Resultados da liderança e da governança 80
Resultados financeiros e de mercado 90
Total 1000
7
volver relativos à qualidade e excelência em gestão
da organização avaliada (ASQ, 2019).
Após o recolhimento de taxas de participação, veri-
ficação documental e in loco, e o encerramento das
comparações de desempenho entre os concorrentes,
o prêmio MBNQA é anual e entregue aos vencedo-
res de cada categoria pelo presidente dos Estados
Unidos (NIST, 2018).
SAIBA MAIS
A jornada até a conquista do prêmio MBNQA pode
ser longa e requerer muitas mudanças das orga-
nizações que buscam atender plenamente seus
critérios de avaliação. Confira algumas destas his-
tórias consultando o site do Nist e da American
Society for Quality nos links a seguir (em inglês):
https://www.nist.gov/baldrige/publications/
baldrige-case-study
https://asq.org/quality-resources/case-studies
Modelo de excelência da
European Foundation for
Quality Management (EFQM)
A EFQM foi estabelecida em 1989 com vistas a fo-
mentar a cultura da qualidade entre organizações de
países europeus a partir de uma premiação periódi-
ca, fundamentada em um Modelo de Excelência em
gestão da qualidade (CARPINETTI, 2016).
8
De acordo com a EFQM (2012), seu Modelo de
Excelência é baseado em direitos humanos básicos, ex-
pressos na Convenção Europeia dos Direitos Humanos,
ocorrida em 1953, na Carta Social Europeia de 1996 e
no Pacto Global de 2000, o qual contém dez princípios
para a prática da sustentabilidade e da responsabilidade
social. Além disso, o conteúdo do Modelo é ratificado
por todos os países integrantes da União Europeia.
A primeira edição da premiação ocorreu em 1992 e,
desde então, o Modelo de Excelência EFQM passou
por algumas revisões. Sua versão mais recente, pu-
blicada em 2012 e em vigor desde 2013, promove
uma abordagem holística e não prescritiva sobre o
exercício da qualidade e da excelência em gestão em
uma organização. Ela segue moldes semelhantes aos
do prêmio Malcolm Baldrige (CARPINETTI, 2016).
O Modelo da EFQM tem como norte para estabele-
cimento de critérios os chamados “conceitos fun-
damentais da excelência”, elaborados pela própria
fundação e expostos na Figura 2:
Acrescentar Valor para
os Clientes
Sustentar Resultados
Construir um futuro
Notáveis
Sustentável
EFQM
Ter êxito através do Desenvolver a
Talento das Pessoas capacidade organizacional
9
Cinco critérios viabilizadores, ou critérios “meio”, e
quatro critérios “de resultado” integram o modelo de
excelência da EFQM, cuja dinâmica é simbolizada
pelas setas e linhas que os interligam, representadas
na Figura 3:
Meios Resultados
Resultados
Pessoas Pessoas
Processos,
Resultados Resultados
Liderança Estratégia Produtos e Clientes do Negócio
Serviços
Parcerias e Resultados
Recursos Sociedades
10
formas se manifestaram a criatividade e a inovação
em prol da qualidade e da excelência (EFQM, 2012).
11
Critério Partes do Critério Pontuação
6.
6a. Percepções
Resultados
6b. Indicadores do desempenho
200
clientes
7.
7a. Percepções
Resultados
7b. Indicadores do desempenho
90
pessoas
8.
8a. Percepções
Resultados
8b. Indicadores do desempenho
60
sociedade
9.
9a. Percepções
Resultados
9b. Indicadores do desempenho
150
negócio
Total 1000
12
Segundo a EFQM (2012), podem se submeter à con-
corrência de seu prêmio anual organizações públicas
e privadas de quaisquer finalidades, em categorias
que distinguem organizações públicas e privadas, or-
ganizações de pequeno porte (até 999 funcionários)
e de grande porte (com mil ou mais funcionários).
Prêmio Deming
Uma das primeiras formas de reconhecimento
das melhores práticas de gerenciamento total da
qualidade (Total Quality Management – TQM), o
Prêmio Deming é concedido pela Japanese Union
of Scientists and Engineers (Juse) desde 1951. Esta
premiação homenageia William Edwards Deming
devido às diversas e valiosas contribuições que este
estudioso trouxe às empresas japonesas em sua
recuperação após a Segunda Guerra Mundial, bem
como à literatura e pesquisa sobre qualidade nas
organizações (CARPINETTI, 2016).
13
destinada a reconhecer profissionais por suas atua-
ções na área de qualidade (CARPINETTI, 2016). Os
nomes e as categorias das premiações concedidas
pela Juse (2019) são esclarecidos no Quadro 1.
Periodi-
Nome Categoria A quem se destina
cidade
Às pessoas ou grupos
Deming Indivíduos
que fizeram contribuições
Prize for ou grupos Anual
excelentes para o estudo
Individuals japoneses
ou disseminação do TQM.
Deming
Distinguished
Service Às pessoas ou grupos
Indivíduos Entre três
Award for que fizeram contribuições
ou grupos de e cinco
Dissemination excelentes para o estudo
outros países anos
and ou disseminação do TQM.
Promotion
(Overseas)
Às organizações que
implantaram TQM de
Organizações forma condizente com
de todas as sua filosofia de gerencia-
Deming Prize Anual
origens e mento; com seu escopo,
finalidades tipo e escala de negócio;
e com seu ambiente de
negócio.
Organizações
Às organizações
de todas as
que mantiveram e
origens e
Deming aprimoraram o nível de
finalidades Anual
Grand Prize TQM por mais de três
que tenham
anos após receberem o
recebido o
Prêmio Deming.
Deming Prize
14
a cada uma das premiações. Ele revisa anualmente
os critérios de elegibilidade e avaliação dos interes-
sados em concorrer aos prêmios.
15
Modelo de Excelência da Gestão
(MEG)
O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) é mantido
pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), entida-
de cuja missão é “estimular e apoiar as organizações
brasileiras no desenvolvimento e na evolução de sua
gestão para que se tornem sustentáveis, cooperati-
vas e gerem valor para a sociedade e outras partes
interessadas” (FNQ, 2016, p. 5).
16
APRENDIZADO ORGANIZACIONAL E
INOVAÇÃO
GERAÇÃO DE
ADAPTABILIDADE VALOR
PENSAMENTO
SISTÊMICO
AD A
RM Ç
A
O N
SF A
AN E
R
TR D
LI
O OR
SS P
R
FE ÃO
O AÇ
DESENVOLVIMENTO
PR ENT
SUSTENTÁVEL
RI
O
COMPROMISSO
COM AS PARTES
INTERESSADAS
1. PENSAMENTO SISTÊMICO 65
Alinhamento 30
Tomada de Decisão 35
Clientes 45
Fornecedores 35
Força de Trabalho 45
Aperfeiçoamento 30
Competências Essenciais 30
Gestão do Conhecimento 35
Inovação 30
4. ADAPTABILIDADE 65
Capacidade de Mudar 35
Flexibilidade 30
Valores e Princípios 30
Governança 35
Cultura Organizacional 30
Sucessão 30
Econômico-financeiro 35
Ambiental 35
Social 35
18
Informações Organizacionais 35
Produtos 30
8. GERAÇÃO DE VALOR
SAIBA MAIS
Reforce sua compreensão sobre os oito funda-
mentos de excelência do MEG acessando o se-
guinte vídeo, desenvolvido pela FNQ:
https://www.youtube.com/watch?v=Zu0IvPU3_xc.
Além disso, o canal da FNQ no YouTube e a video-
teca de seu site oferecem diversas palestras, aná-
lises e webinars sobre excelência em gestão, apli-
cações do MEG e casos de sucesso. Visite o canal
clicando em https://www.youtube.com/user/fnq-
gestao/featured. A videoteca está disponível em:
http://fnq.org.br/aprenda/videoteca/inicio.
19
Comparativo entre os modelos
de avaliação
Identificar as diferenças entre os modelos de avalia-
ção pode ajudar a escolher qual deles melhor aten-
de às necessidades da organização que se deseja
diagnosticar a qualidade.
FIQUE ATENTO
Não é preciso que uma organização esteja ne-
cessariamente sediada no país de origem do mo-
delo de avaliação para que seja possível seguir
os critérios de tal modelo e realizar seu diagnósti-
co da qualidade, tampouco é necessário pagar as
taxas mencionadas nos tópicos anteriores para
implantar tais modelos – elas apenas são reque-
ridas das organizações que desejam participar
das premiações.
20
evolução e os resultados advindos da adoção do
modelo escolhido.
EFQM MBNQA
Critério Pontuação Critério Pontuação
Estratégia 80 Estratégia 85
Pessoas 90 Pessoas 85
Parcerias e recursos 90 - -
Processos, produtos e
140 Operações 85
serviços
Resultados pessoas 90
Resultados 450
Resultados sociedade 60
21
A comparação de Carpinetti (2016) permite notar
que as diferenças entre EFQM e MBNQA são sutis.
Contudo, com a 21ª edição do MEG, o PNQ passou a
ter características diferentes, dificultando uma com-
paração direta entre seus critérios e os critérios dos
prêmios europeu e americano. Já o Prêmio Deming
se distingue dos três anteriores não apenas por sua
pontuação máxima, 300 pontos, mas também por
seguir critérios voltados à aplicação prática do TQM.
22
FERRAMENTAS E TÉCNICAS
PARA DIAGNOSTICAR A
QUALIDADE
Neste tópico, são apresentadas algumas das ferra-
mentas e técnicas mais utilizadas na composição de
um diagnóstico da qualidade, seja ele pautado por
modelos de avaliação prontos, ou por métodos de-
senvolvidos para uso exclusivo em uma organização.
Ciclo PDCA
Também conhecido como Ciclo de Shewhart ou
Ciclo de Deming-Shewhart, o Ciclo PDCA é um dos
processos mais conhecidos e amplamente aplica-
dos em prol da solução de problemas e também da
melhoria contínua nas organizações (BOND, BUSSE,
PUSTILNICK, 2014; CARPINETTI, 2016). Ele consiste
na aplicação cíclica e sequencial de quatro etapas,
ilustradas na Figura 6.
23
Act Plan
(agir) (planejar)
Definir
metas
Agir em função Determinar
dos resultados métodos para
verificados atingir as metas
Do
Check (fazer)
(verificar)
24
tos na etapa “planejar”. Todos os possíveis desvios e
sucessos devem ser identificados para que, na etapa
final, “agir”, sejam tratados da seguinte forma: des-
vios e/ ou metas devem ser corrigidos, assim como
sucessos devem ser padronizados e disseminados
pela organização.
• Como a etapa “verificar” pode resultar na identifica-
ção de problemas ou oportunidades de melhoria não
percebidas na etapa “planejar”, a etapa “agir” pode
implicar na realização de um ou mais Ciclos PDCA.
• As iterações do Ciclo devem acontecer até que os
resultados desejados sejam atingidos.
Podcast 1
SAIBA MAIS
Quando o Ciclo PDCA é utilizado sem interrup-
ções, a melhoria contínua da qualidade de produ-
tos, serviços e processos tem grandes chances
de ser atingida. Este processo é chamado pelos
japoneses de kaizen, cujo significado pode ser
compreendido como “mudar para melhor” (CAR-
PINETTI, 2016; OLIVEIRA; 2017).
25
Método de Análise e Solução de
Problemas (Masp)
O Masp, ou Quality Control Story, ou ainda QC Story,
pode ser considerado um aprimoramento do Ciclo
PDCA. Ele divide as quatro etapas do PDCA em nove
objetivos específicos, para aprimorar o direciona-
mento de esforços em prol da melhoria contínua
(CARPINETTI, 2016). Suas características podem
ser observadas na Figura 7.
Fase do
Etapa MASP Objetivo da Etapa
PDCA
Definir claramente o
Identificação
1 do problema
problema e a necessidade
de melhoria
Investigar as características
Plan 2 Observação
específicas do problema
Descobrir as causas
3 Análise
fundamentais do problema
Bloquear as causas
Do 5 Ação
fundamentais
Verificar se o bloqueio
6 Verificação
foi efetivo
Check
7 (Bloqueio foi efetivo?)
Prevenir contra o
8 Padronização reaparecimento do
problema
Act
Documentar todo o
9 Conclusão processo para
recuperação futura
26
REFLITA
As terminologias do Ciclo PDCA e do Masp apre-
sentam várias semelhanças, ainda que o Masp
seja mais detalhado que o PDCA. Perceber tais
sutilezas pode lhe ajudar no processo decisório
necessário para escolher qual seria mais aplicá-
vel, compreensível ou aceito na organização em
que você atua. Portanto, analise todas as ferra-
mentas e técnicas a seguir com esta mesma pos-
tura crítica.
27
Tipo Rejeitados Subtotal
Marcas 32
Trincas 23
Incompleto 48
Distorção 4
Outros 8
Total
rejeitados 86
Fornecedores
Critérios de avaliação A B C D
Peças recebidas 200 300 4000 150
Peças com defeito 2 15 300 50
Porcentagem de defeito 1% 5% 8% 33%
Estratificação
Estratificar é uma técnica útil para o diagnóstico da
qualidade, porque permite agrupar e/ou dividir dados
em grupos ou subgrupos de acordo com caracterís-
28
ticas que os distingam uns dos outros, denominadas
“fatores”. Esta organização possibilita a percepção
dos motivos pelos quais os dados variam. Carpinetti
(2016) e Paladini (2011) sugerem alguns fatores de
estratificação: equipes ou funcionários, turnos, ma-
quinário ou local de produção/prestação do serviço
e matéria-prima.
29
A construção de um diagrama de Pareto geralmente
se inicia com a coleta de dados, organizados por che-
cklists ou tabelas, e sua posterior estratificação. Em
seguida, deve-se “ordená-los de forma decrescente
quanto às suas quantidades, calcular o percentual
de participação individual de cada item e, posterior-
mente, calcular o percentual acumulado” (CUSTÓDIO,
2015, p. 25), como demonstrado na Figura 9.
70 100% 100,0%
98,6%
95,9%
91,2%
90,0%
60 60
40,5% 84,5%
80,0%
74,3%
50 70,0%
60,8%
60,0%
40
50,0%
40,5%
30 30
20,3% 40,0%
20 20 30,0%
13,5%
15 20,0%
10,1%
10 10
6,8%
7 10,0%
4,7% 4
2,7% 2
0 2,7%
0,0%
Falhas na Atraso na Falha na Itens Itens Caixa Falta de Itens
quantidade entrega nota fiscal vencidos trocados danificada nota fiscal danificados
entregue
30
• Identificação das causas mais frequentes de des-
vios ou não conformidades;
• Fornecimento de bases para aplicar ferramentas
de análise de causa de desvios, como Cinco Porquês
e Diagrama de Causa e Efeito;
• Priorização de projetos de melhoria conforme o
retorno previsto.
FIQUE ATENTO
O exemplo da Figura 9 permite entender que os
principais desvios a tratar são: falhas na quanti-
dade entregue, atraso na entrega, falha na nota
fiscal e itens vencidos. Contudo, o percentual
acumulado destes desvios excede os 80% esta-
belecidos pelo princípio de Pareto. Como proce-
der em casos assim?
31
Histograma
Oliveira (2017) e Custódio (2015) esclarecem que
não apenas as quantidades de dados são relevantes
para se produzir um diagnóstico da qualidade, mas
também importam as formas pelas quais estes da-
dos se distribuem. “Distribuições de frequência têm
o poder de mostrar, de forma resumida, o número de
vezes (frequência) em que o valor da variável que
está sendo medida ocorre em intervalos especifica-
dos (classe)” (OLIVEIRA, 2017, p. 65).
32
utilizar em toda a coleta de dados e assegurar que ao
menos 100 verificações sejam feitas (CUSTÓDIO, 2015).
35
30
25
Frequências
20
15
10
0
9,00 - 9,19
9,20 - 9,39
9,40 - 9,59
9,60 - 9,79
9,80 - 9,99
10,00 - 10,19
10,40 - 10,59
10,60 - 10,79
10,80 - 10,99
10,20 - 10,39
33
Fluxograma
Trata-se de uma representação gráfica que ilustra
a sequência em que o processo, a atividade ou a
tarefa deve ocorrer, tanto em ambientes industriais
como de prestação de serviços. Fluxogramas per-
mitem comparar diferenças entre as orientações
dadas para a execução de um processo e sua efetiva
prática no cotidiano da organização. Tais diferenças
representam uma fonte valiosa de informações para
a composição de diagnósticos da qualidade. São
encontrados em documentos impressos ou eletrô-
nicos e podem ser acompanhados por orientações
por escrito (CUSTÓDIO, 2015; LOBO, 2010).
34
Início
Setor de
expedição
detecta defeito
Expedição envia
produto para
recuperação
Setor de
recuperação
analisa produto
Sim Não
Reprovado?
Setor de
recuperação
retrabalha o
1 produto
Setor engenharia
da qualidade
Setor de analisa o produto
expedição
detecta defeito
Não
1 Aprovado?
Sim
Setor engenharia
da qualidade libera
o produto
FIM
35
Símbolos Tipos de rotina
Rotina Atual X
Análise ou
operação
Proposta
Transporte
Execucão ou Setor:
inspeção
Arquivo
Data:
efinitivo
Ordem
Setor
Descrição dos
Símbolos passos
Reunião de planeja-
1 mento do produto
Criação da demanda
3
6 publicidade
Realização da pro-
7 moção de vendas
Criação da
8 embalagem
9 de vendas
Assitência ao cliente
10
Arquivar documen-
11 tos de garantia
36
SAIBA MAIS
Atualmente, a notação mais utilizada para ela-
borar fluxogramas é a Business Process Model
and Notation (BPMN), dada a variedade de sim-
bologias que possui alta aderência com o de-
senvolvimento de aplicativos. Esta notação e as
orientações para aplicá-la estão disponíveis gra-
tuitamente em: www.bpmn.org.
Diagrama ou Gráfico de
Dispersão
Ao diagnosticar a qualidade, pode ser necessário
comparar a relação de causa e efeito entre duas va-
riáveis. Em outras palavras, será necessário entender
como e quanto um assunto X influencia um assunto
Y. Nestes casos, diagramas ou gráficos de dispersão
são indicados, porque ilustram objetivamente as res-
postas para tais dúvidas.
FIQUE ATENTO
Efeitos são sinônimos de sintomas, resultados,
consequências. Causas representam os fatos
geradores dos sintomas, que são os motivos,
os porquês de algo acontecer. Bons diagnósti-
cos da qualidade distinguem efeitos e causas
adequadamente.
37
Na Figura 13, são ilustradas algumas possibilidades
de gráficos de dispersão. Quando a presença de uma
variável X faz com que uma variável Y também esteja
mais presente, a correlação é considerada positiva,
como mostra o gráfico (a). O contrário também é válido,
demonstrado no gráfico (b): quando uma variável X se
torna mais presente e, por conta disso, a variável Y tor-
na-se menos frequente, tem-se uma correlação negativa
entre as variáveis. Outra possibilidade é a inexistência
de relação entre as variáveis, caso do gráfico (c).
y y y
x x x
Correlação Correlação Correlação
positiva negativa negativa
(a) (b) (c)
38
Diagrama de causa e efeito ou
diagrama de Ishikawa
Para analisar os motivos pelos quais um efeito
acontece, uma das ferramentas mais presentes nos
diagnósticos da qualidade é o diagrama de causa e
efeito, também conhecido por diagrama de Ishikawa,
sobrenome de seu criador, ou ainda por diagrama
“espinha de peixe”, devido ao seu formato. Sua apli-
cação mais comum acontece após a identificação de
efeito indesejado em um processo, ou seja, ele escla-
rece a relação entre o problema (efeito) identificado
e os motivos (causas) geradores deste problema
(CARPINETTI, 2016; LOBO, 2010).
39
Mão de obra
Qualificação ou preparo
do executanteda tarefa
Meio Ambiente
Layout, espaço
disponível, mobilia,
etc. Funcionários não treinados
Método
Regras para executar
tarefa, procedimentos,
intruções de trabalho,
normas, etc.
- Falhas na aplicação do
Medição procedimento de treinamento
Presença ou não se
indicadores, sua forma - Falhas no cumprimento da
de cálculos e fontes, política de entrega em 24h
uso de seus
resultados
Matéria-prima
Insumos físicos,
informações, bancos de
dados
Problema
falha nas quantidades
entregues
40
O desdobramento verificado no eixo Medição aconte-
ce apenas quando se questiona o motivo pelo qual as
“falhas na previsão de demanda” ocorreram. Durante
o preparo de um diagrama de Ishikawa, é vital se
questionar e buscar evidências dos motivos pelos
quais um efeito acontece, preferencialmente até al-
cançar as causas raízes de cada efeito.
Podcast 2
41
CONCLUSÃO
Neste módulo, você foi apresentado a uma série de
modelos de avaliações oriundos de diferentes paí-
ses, voltados a guiar o diagnóstico da qualidade em
qualquer tipo de organização.
42
Síntese
DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE