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Objetivos:
Documento: D8
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Conteúdos programáticos
•O que é a qualidade
•Controlo da qualidade
•Qualidade ambiental:
◦Prevenção da poluição
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1.O que é a qualidade
A qualidade tem uma linguagem pró pria que importa abordar, com o intuito de todos os
intervenientes nas questõ es da qualidade terem o melhor entendimento possível entre si.
Existem vá rias definiçõ es de qualidade, tendo cada autor a sua pró pria definiçã o.
Vejamos alguns exemplos: a qualidade é a "conformidade com as exigências" - neste caso
podemos questionar de que tipos de exigências se trata. Podemos melhorar a definiçã o: a
qualidade é a "conformidade com as exigências" de alguém, significando que a qualidade é
essencialmente uma característica que representa uma mais-valia para alguém.
Também podemos considerar que "um produto de qualidade é aquele que satisfaz
plenamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo, as
necessidades do cliente.
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J.M. Juram entende que "a qualidade é a adequaçã o à finalidade ou ao uso".
Nesta definiçã o, a qualidade está intrinsecamente associada à capacidade
que o produto/serviço tem para desempenhar as funçõ es para que foi
concebido. Quanto maior for essa capacidade, mais qualidade o
produto/serviço terá .
Na norma ISO 9000:2000 estã o definidos os fundamentos e o vocabulá rio de
muitos aspetos e termos da funçã o qualidade. Esta norma define qualidade
como o "grau de satisfaçã o de requisitos dados por um conjunto de
características intrínsecas".
A Política da Qualidade é composta pelas grandes linhas orientadoras estabelecidas pela gestã o de topo da
empresa para as vá rias atividades de negó cio da empresa que influam no sistema de gestão da qualidade.
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A definição da Política da Qualidade é um momento-chave de toda a estratégia
da qualidade para a organizaçã o. A gestã o de topo elabora um documento que
estabelece as grandes linhas orientadoras para as questõ es da qualidade da
organização que dirige.
Estas linhas de orientaçã o devem ser perenes no tempo, pois só deste modo a
organização conseguirá afirmar o seu sistema de qualidade para que este seja
reconhecido pelos seus parceiros de negó cios.
A Política da Qualidade deve ser apropriada à organizaçã o, deve incluir o
compromisso de melhoria contínua da eficá cia do sistema de gestã o da
qualidade (SGQ) da organizaçã o e deve estar em consonância com os
objetivos da qualidade.
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Para mais, todos os colaboradores da organizaçã o devem te conhecimento
da Política da Qualidade, por isso esta deve ser convenientemente
comunicada e entendida: o texto da Política da Qualidade deve ser claro,
conciso e preciso.
Exemplo do que se deve incluir na definiçã o da Política da Qualidade:
“A nossa organizaçã o compromete-se a desenvolver um sistema de gestã o da
qualidade que permita garantir a melhoria contínua da eficá cia do sistema
de gestã o da qualidade".
A definição dos Objetivos da Qualidade é outro elemento fundamental do
sistema de gestã o da qualidade de uma organizaçã o.
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Quando falamos de objetivos no â mbito dos sistemas de gestã o da
qualidade, estes sã o orientados essencialmente para:
• Eliminar ou mitigar problemas;
• Melhorar ou manter melhorias do sistema de gestã o da qualidade.
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Devem ser estabelecidos objetivos para todas as atividades relevantes, funçõ es e
níveis envolvidos da organizaçã o que influam no sistema de gestã o da qualidade. Os
Objetivos da Qualidade sã o resultados que a organizaçã o pretende alcançar num
determinado espaço de tempo.
Os Objetivos da Qualidade devem ser mensurá veis. Para tal, deve ser encontrada a
métrica adequada a cada objetivo. Esta métrica pode assumir várias tipologias:
numérica, atributos (sim, nã o, bom, mau, pior que, melhor que, etc.).
Os Objetivos da Qualidade podem ser medidos em funçã o de custo, tempo, qualidade,
quantidade e mais-valia. Uma destas variá veis deve ser monitorizada de modo a
serem avaliadas a eficiência, a eficá cia ou a concretizaçã o da atividade.
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Os indicadores de desempenho do sistema da qualidade deverão ter
associados um ou mais Objetivos da Qualidade.
Os Objetivos da Qualidade nã o requerem necessariamente indicadores de
desempenho. Os Objetivos da Qualidade devem ser coerentes com a Política
da Qualidade de modo a que tanto a Política da Qualidade como os objetivos
funcionem como um par consistente com todo o sistema de gestã o da
qualidade.
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2.Controlo da qualidade
O Sistema de Gestã o da Qualidade de uma organizaçã o é a sua estrutura
organizacional de responsabilidades, de procedimentos, de processos e
recursos que permitem à organizaçã o dar cumprimento ao que estabeleceu
na sua Política da Qualidade e aos Objetivos da Qualidade que pretende
alcançar.
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Pela observaçã o do quadro, é à Gestã o de Topo que cabe a definiçã o
dos aspetos relevantes do Sistema da Qualidade.
É da responsabilidade da Gestã o de Topo a definiçã o da política e dos
objetivos da qualidade, assim como a definiçã o da organizaçã o dos
serviços de gestã o da qualidade da organizaçã o. A Gestã o de Topo
deve ainda providenciar os recursos necessá rios de modo a dar
cumprimento à Política e aos Objetivos da Qualidade.
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Os requisitos do cliente, bem como os requisitos da pró pria organizaçã o
e também os requisitos legais, constituem elementos fundamentais que
devem entrar no Sistema da Qualidade. O resultado final deve ser a
qualidade planeada.
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As razõ es principais que levam as organizaçõ es a implementarem
Sistemas de Gestã o da Qualidade sã o essencialmente as seguintes:
1. Opçã o estratégica da pró pria organizaçã o: conseguir um melhor
desempenho, reduçã o de falhas na sua organizaçã o, maior prestígio
e melhor imagem no mercado, etc.
2. Sã o os pró prios clientes ou outras partes interessadas que exigem
que a organizaçã o implemente e certifique o seu sistema da
qualidade.
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Os sistemas de gestã o da qualidade tendem cada vez mais a impor-se como
sistemas de gestão capazes de trazer para as organizaçõ es mais-valias
significativas. Um sistema de gestã o da qualidade devidamente
implementado numa organização pode fazer a diferença entre a extinçã o da
organizaçã o e a sua sobrevivência.
A garantia da qualidade é uma exigência que os grandes compradores
institucionalizaram internamente nas suas organizaçõ es, como forma de
pressã o sobre os seus fornecedores de componentes e matérias-primas para
que estes implementem sistemas de garantia da qualidade nas suas
unidades de produçã o.
Esta ferramenta é uma forma de assegurar que a qualidade dos
produtos/serviços esteja dentro das especificaçõ es do cliente.
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Os sistemas de garantia da qualidade surgiram nos anos 60 com os grandes
investimentos nas á reas da energia/armamento nuclear, instalaçõ es
petroquímicas, espacial, etc. Estas áreas sã o de grande exigência no
cumprimento das especificaçõ es planeadas, sendo imperioso evitar nã o-
conformidades que poderiam ter consequências em termos de segurança
e/ou econó micas muito gravosas.
A garantia da qualidade tem vindo a assumir uma importâ ncia cada vez
maior na gestã o das organizaçõ es, sendo atualmente considerada como um
sistema de gestã o das organizaçõ es e constituindo um dos seus subsistemas,
integrando deste modo a gestã o global da organizaçã o.
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A evoluçã o ou importâ ncia da funçã o-qualidade na estrutura das
organizaçõ es ao longo do tempo pode ser resumida da seguinte forma:
•INSPECÇÃ O – atividades de mediçã o, comparaçã o, verificaçã o;
•CONTROLO DA QUALIDADE – atividades que se centram na monitorizaçã o,
nomeadamente na aná lise dos desvios e reposiçã o dos parâ metros dos
processos nas condiçõ es desejadas;
•GARANTIA DA QUALIDADE – atividades planeadas e sistemá ticas que de
uma forma integrada podem garantir que a qualidade desejada está a ser
alcançada;
•GESTÃ O DA QUALIDADE – atividades coincidentes com as da garantia, mas
em que é enfatizada a integraçã o na gestã o global da organizaçã o;
•QUALIDADE TOTAL – cultura de empresa capaz de assegurar a satisfaçã o
dos clientes.
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Vídeo
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3.Qualidade total: Normas ISO 9000; passos da certificação de uma
empresa
A Série de Normas ISO 9000:2000
As normas de gestã o da qualidade da família ISO 9000:2000 sã o reconhecidas
internacionalmente. Sã o estas normas que sã o utilizadas como referencial para a
implementaçã o de sistemas da qualidade.
Esta série de normas é constituída por três normas:
• ISO 9000:2000 – Sistemas de Gestã o da Qualidade. Fundamentos e vocabulá rio.
• ISO 9001:2000 – Sistemas de Gestã o da Qualidade. Requisitos.
• ISO 9004:2000 – Sistemas de Gestã o da Qualidade. Linhas de orientação para
melhoria de desempenho.
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Vamos abordar estas três normas, com especial ênfase para a ISO
9001:2000, uma vez que é a norma que serve de referencial à
certificaçã o de Sistemas de Gestã o da Qualidade.
É a norma que tem mais interesse para a generalidade das organizaçõ es
que pretendam ser “ Empresas Certificadas”, na gestã o da qualidade.
As normas de gestã o da qualidade, à semelhança de qualquer outra
norma, nã o sã o documentos está ticos no tempo. As normas de gestã o da
qualidade tendem a acompanhar a evoluçã o dos mercados e das
tendências gerais de uma sociedade em permanente transformaçã o.
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A primeira versã o destas normas aparece em 1987, sofrendo a sua
primeira revisã o em 1994, sendo a versã o em vigor a realizada em
2000. A ú ltima revisã o vem repor a atualidade das normas tendo em
conta os mais variados aspetos dos mercados, sociedade e a
funcionalidade de aplicaçã o das pró prias normas, tornando-as mais
adequadas à s exigências dos tempos modernos num mundo cada
vez mais global e diversificado em termos de exigências de
qualidade de produtos e serviços.
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A Norma ISO 9000:2000
Esta norma estabelece os “Sistemas de
Gestã o da Qualidade. Fundamentos e
vocabulá rio” da qualidade, descreve os
fundamentos de Sistemas de Gestã o da
Qualidade e especifica a terminologia que
lhes é aplicá vel.
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Focalizaçã o no cliente
As organizaçõ es dependem dos seus clientes e, consequentemente, convém que compreendam as suas
necessidades, atuais e futuras, satisfaçam os seus requisitos e se esforcem por exceder as suas
expectativas.
Liderança
As pessoas, em todos os níveis, sã o a essência de uma organizaçã o e o seu pleno envolvimento permite
que as suas aptidõ es sejam utilizadas em benefício da organizaçã o.
Um resultado desejado é atingido de forma mais fá cil quando as atividades e os recursos associados sã o
geridos como um processo.
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Abordagem da gestã o como um sistema
Identificar, compreender e gerir processos inter-relacionados como um sistema contribui
para que a organizaçã o atinja os seus objetivos com eficácia e eficiência.
Melhoria contínua
Convém que a melhoria contínua do desempenho global de uma organizaçã o seja um
objetivo permanente dessa organizaçã o.
Abordagem à tomada de decisõ es baseada em factos
As decisõ es eficazes sã o baseadas na aná lise de dados e de informaçã o.
Relaçõ es mutuamente benéficas com fornecedores
Uma organizaçã o e os seus fornecedores sã o interdependentes e uma relaçã o de benefício
mú tuo potencia aptidã o de ambas as partes para criar valor.
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A certificação
À primeira vista, pode parecer que a certificaçã o de um sistema de
gestã o da qualidade só traz vantagens à organizaçã o. Na realidade, os
sistemas de gestã o da qualidade devem ser concebidos de modo a
criarem mais-valias ao desempenho da organizaçã o.
Contudo, como nã o há nenhum sistema perfeito, neste tema iremos
abordar as vantagens da certificaçã o de sistemas de gestã o da qualidade,
que sã o muitas, mas também iremos falar dos possíveis inconvenientes
que possam surgir.
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Ao considerarmos os erros que se cometem na implementaçã o de
sistemas de gestã o da qualidade com vista à certificaçã o, estaremos
mais alertados para os evitar.
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O que é a Certificaçã o?
É comum referimo-nos a determinadas organizaçõ es como "Empresas
Certificadas". Em rigor, deveremos observar que o que acontece é o
reconhecimento por parte de uma Entidade Acreditada em como o
sistema de gestã o da qualidade da organizaçã o em causa está conforme
os requisitos exigidos por um determinado referencial, referencial esse
utilizado como modelo de requisitos para a certificaçã o em determinada
á rea: a qualidade, por exemplo.
As acreditaçõ es sã o concedidas depois de satisfeitos os requisitos de
determinado referencial específico para a acreditaçã o de organizaçõ es.
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Apó s as devidas auditorias por parte da entidade acreditada à organizaçã o
que pretende ver reconhecido o seu sistema de gestã o da qualidade como
estando conforme com os requisitos da norma NP EN ISO 9001:2000, a
entidade acreditada emite certificado de conformidade em que atesta que
o sistema de gestã o da qualidade da organizaçã o está conforme os
requisitos da norma NP EN ISO 9001:2000.
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Vantagens da Certificação:
•Melhoria dos processos do seu negó cio;
•Reduçõ es de custos;
•Reduçã o de defeitos;
•Eliminaçã o de tarefas desnecessá rias;
•Definiçã o de funçõ es de responsabilidade;
•Poupanças no tempo de ciclo dos processos de trabalho;
•Aumento de rendimento nos processos a jusante;
•Uma reduçã o expectá vel no nú mero de reclamaçõ es de clientes;
•Um estímulo para manter e melhorar o sistema de gestã o da qualidade;
•Uma influência positiva sobre o desempenho dos fornecedores;
•Menos auditorias por parte dos clientes;
•Um argumento de marketing como vantagem competitiva;
•Incremento das vendas.
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Inconvenientes da certificaçã o:
• A certificaçã o como o objetivo dominante da qualidade, remetendo para segundo plano todas as
mais-valias internas dos sistemas de gestã o da qualidade;
• A gestã o de topo das organizaçõ es tende muitas vezes a ficar “obcecada” com o objetivo de
chegar à certificaçã o do seu sistema de qualidade. Uma estratégia de futuro será a organizaçã o
adotar uma postura e uma açã o de melhoria contínua do seu sistema de gestã o da qualidade;
• A “obsessã o” de chegar à certificaçã o é um fator redutor dos objetivos que um sistema de gestã o
da qualidade deve preconizar. As organizaçõ es devem encarar a obtençã o do certificado de
conformidade do seu sistema de gestã o da qualidade como um bom início para gerir a qualidade
como uma estraté gia de melhoria contínua da eficá cia da organizaçã o em todas as suas
funcionalidades.
• Vocaçã o demasiado industrial das normas.
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À medida que organizaçõ es de mais sectores de atividade forem adotando as normas, este
preconceito será gradualmente atenuado, até serem encaradas como normas de aplicaçã o
universal para gestã o da qualidade.
Os Organismos Certificadores
Existem em Portugal cerca de uma dezena de organismos certificadores, devendo a seleçã o
de um deles para a auditoria de concessã o da nossa organizaçã o depender da observaçã o de
vá rios fatores, entre os quais se destaca o pró prio reconhecimento da entidade certificadora
por parte do mercado em termos gerais, mas sobretudo pelos clientes da organizaçã o que
pretende chegar à certificaçã o
Características das entidades certificadores
A organizaçã o deve definir os critérios de seleçã o da entidade certificadora analisar as
características das vá rias entidades existentes no mercado para fundamentar sua escolha.
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Entre os fatores de seleçã o mais importantes podemos destacar os
seguintes:
•Reconhecimento nacional e internacional;
• Credibilidade e competência técnica percecionadas;
•Experiência técnica no sector da atividade especifica da organizaçã o;
•Referências (que organizaçõ es já auditou e certificou);
•Honorá rios versus serviço prestado;
•Prazos de resposta;
•Validade do certificado de conformidade que emite;
•Periodicidade das auditorias de acompanhamento;
•A possibilidade de realizar auditorias em simultâ neo, segundo outros
referenciais, (auditorias a sistemas integrados: qualidade, segurança e
ambiente, p. ex.)
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4.Qualidade ambiental
4.1.As empresas e a conservação do ambiente
A compatibilidade entre ambiente e desenvolvimento é um desafio que a sociedade atual
tem de encarar, pois esta questã o afeta globalmente o mundo em que vivemos,
apresentando em cada país contornos pró prios.
Em Portugal, este desafio acresce a outros que, com igual acuidade, condicionam o seu
presente e influenciam o seu desenvolvimento futuro
Há , no entanto, questõ es de cará cter universal das quais se salienta pela sua dimensã o, a
da indú stria que, como atividade integrada no ciclo da satisfaçã o das necessidades da
sociedade, é inevitavelmente consumidora de recursos naturais e elemento transformador
do meio em que se insere.
Esta interaçã o tem aspetos claramente negativos que urge minimizar, na dupla
consciência de que esta atividade é socialmente necessá ria e de que nã o é , de todo,
possível a eliminaçã o absoluta dos seus inconvenientes.
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Em Portugal, e no que importa à relaçã o indú stria/ambiente, à
medida que aquela se moderniza, vã o sendo respeitados de modo
crescente os fatores ambientais, mas, por outro lado, à medida que
as exigências ambientais crescem, sã o também introduzidas
limitaçõ es à implantaçã o e à expansã o industrial.
Portugal ainda nã o se desvinculou totalmente da sua anterior
posiçã o de "país em desenvolvimento" no que diz respeito ao
ambiente, conforme a prova a consciência da dimensã o das questõ es
ambientais face aos recursos financeiros disponíveis e à s carências
em infraestruturas coletivas, pú blicas ou privadas.
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No que respeita à pré-disposição do tecido empresarial português em relação às
questões ambientais, os estudos mostram que ainda há que percorrer um longo
caminho:
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É assim evidente que só pode haver progresso no desempenho
ambiental se se investir mais na informaçã o e na sensibilizaçã o.
Sã o absolutamente necessá rios projetos-piloto, açõ es de
demonstraçã o e publicaçõ es orientadas para o "como fazer"; só
desse modo será possível a melhoria do desempenho ambiental e a
criaçã o de uma maioria de empresas cumpridoras, permitindo a
evoluçã o para um sistema eficaz de controlo e de fiscalizaçã o, que
ultrapasse a atual situaçã o de fiscalizaçã o paciente e pedagó gica.
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Os temas principais cuja abordagem e conhecimento é fundamental para uma boa gestã o ambiental, sã o os
seguintes:
• Novo Contexto Normativo Europeu;
• As primeiras Diretivas e Regulamentos;
• As questõ es de harmonizaçã o da legislação;
• A 2ª geração de normativos (diretivas específicas e a preocupaçã o de "cobertura da malha de temas");
• As questõ es globais no contexto mundial;
• Preservaçã o do ambiente e da biodiversidade;
• A energia e o aquecimento do planeta;
• A fixaçã o de objetivos globais na Uniã o Europeia;
• Controlo de emissõ es atmosféricas;
• Movimento transfronteiriço de resíduos e de substâncias perigosas;
• Os resíduos e o seu destino final;
• Política geral de qualidade da água e gestã o por bacias hidrográ ficas;
• A nova abordagem legislativa na Uniã o Europeia - realidades e perspetivas futuras;
• O enquadramento de Ternas na Especialidade.
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4.2.Prevenção da poluição
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Ar
A qualidade do ar tem vindo a ser objeto de um vasto trabalho ao nível do
Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Territó rio e do
Desenvolvimento Regional no quadro da Agência Portuguesa do Ambiente,
em coordenaçã o com as Comissõ es de Coordenaçã o e Desenvolvimento
Regional no territó rio de Portugal Continental e com as Direçõ es Regionais
do Ambiente das Regiõ es Autó nomas.
Recentemente, toda a legislaçã o comunitá ria nesta matéria foi revista com
o objetivo de incorporar os ú ltimos progressos científicos e técnicos neste
domínio bem como a experiência adquirida nos Estados-Membros, tendo
sido publicada a Diretiva 2008/50/CE de 21 de Maio, relativa à qualidade
do ar ambiente e a um ar mais limpo na Europa.
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O Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de Setembro, estabelece os objetivos de qualidade do ar
tendo em conta as normas, as orientaçõ es e os programas da Organizaçã o Mundial de
Saú de, destinados a preservar a qualidade do ar ambiente quando ela é boa e melhorá -la
nos outros casos.
Sempre que os objetivos de qualidade do ar nã o forem atingidos, sã o tomadas medidas da
responsabilidade de diversos agentes em funçã o das suas competências, as quais podem
estar integradas em planos de açã o de curto prazo ou planos de qualidade do ar,
concretizados através de programas de execuçã o.
Atendendo aos objetivos da estratégia temá tica sobre poluiçã o atmosférica, no que
respeita à reduçã o da mortalidade e morbilidade devido aos poluentes, foram adotados
objetivos de melhoria contínua quanto à concentraçã o no ar ambiente de partículas finas
(PM2,5).
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Com estes objetivos, é prevista a adoçã o das seguintes medidas:
• Possibilidade de incentivos à introduçã o de tecnologias que proporcionem
a melhoria da qualidade do ar;
• Possibilidade de fixaçã o de uma taxa sobre a rejeiçã o de efluentes na
atmosfera;
• Licenciamento prévio dos estabelecimentos poluentes e utilização de
instrumentos de planeamento adequados à prevençã o e reduçã o da poluiçã o
atmosférica;
• O reforço da educaçã o ambiental relativa à s questõ es de poluiçã o
atmosférica;
• O lançamento de programas de investigaçã o no domínio da prevençã o e
controlo da poluiçã o atmosférica.
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A proteçã o da qualidade do ar prevê o controlo das concentraçõ es
atmosféricas para dió xido de enxofre, partículas em suspensã o,
dió xido de azoto, monó xido de carbono, ozono e chumbo, devendo
ser definidos, para estes poluentes, os valores limite e os valores
guia de referência.
A instalaçã o, ampliaçã o ou alteraçã o de estabelecimentos industriais
que sejam fonte de emissã o de poluentes atmosféricos estã o
sujeitas, para além do processo de licenciamento industrial, ao
cumprimento dos valores limite de emissã o, e à compatibilidade
com as normas de qualidade do ar, cuja verificaçã o é da competência
dos serviços do Ministério do Ambiente.
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No â mbito desta verificaçã o, estã o sujeitos a parecer prévio dos serviços do
Ministério do Ambiente:
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As instalaçõ es de incineraçã o de resíduos estã o sujeitas ao processo de
autorizaçã o prévia. Em complemento, o funcionamento de instalaçõ es
industriais com potência térmica nominal superior a 50 MW, está
sujeito à apreciaçã o e aprovaçã o de estudo das condiçõ es locais de
dispersã o e de difusã o atmosféricas.
É expressamente proibida em todo o territó rio nacional a queima a céu
aberto de qualquer tipo de resíduos urbanos, industriais, tó xicos ou
perigosos, bem como de todo o tipo de material designado
correntemente por sucata.
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Água
A á gua é o recurso mais abundante na natureza, cobrindo mais de dois terços do planeta
em que vivemos.
No entanto, a á gua existe sob um nú mero considerável de formas e de estados:
• A á gua salgada dos mares e oceanos;
• A á gua, sob a forma de gelo, que existe nas calotes polares;
• A á gua, sob a forma de gelo ou de neves perpétuas, que existe nas zonas de maior altitude;
• A á gua dos lagos salgados;
• A á gua dos lagos de á gua doce;
• Os rios, ribeiros ou outros cursos de á gua doce, permanentes ou temporá rios;
• As á guas subterrâ neas;
• A á gua, sob a forma de vapor, existente na atmosfera.
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A á gua disponível para consumo ou para uso é apenas uma pequena
fraçã o da totalidade, na realidade pouco menos de 1 % da á gua
existente.
Além disso, a Terra apresenta uma distribuiçã o desigual de á gua, pelo
que, na realidade, este recurso deve considerar-se corno escasso, e
como tal, sujeito a planeamento e regras de gestã o.
A pressã o sobre o consumo e sobre o uso da á gua aumentou na
medida do aumento da populaçã o e do seu grau de desenvolvimento,
expresso no seu índice de industrializaçã o e do tipo de prá ticas
agrícolas exigentes no consumo deste recurso.
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Em Portugal também assim é, estando a
legislaçã o atual sobre a matéria a ser
progressivamente adaptada aos normativos
comunitá rios e ao progresso técnico e científico.
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O conjunto de leis, normas e regulamentos que regem a utilizaçã o da á gua e a
sua rejeiçã o, têm como origem os seguintes pressupostos:
• A á gua é um recurso escasso e, como tal, deve ser sujeita a uma gestã o rigorosa
que leve à contençã o do seu consumo;
• As origens da á gua e, sobretudo, as de á gua destinada a consumo humano
deverã o ser prioritariamente protegidas;
• As exigências de qualidade das á guas apó s utilizaçã o, quando rejeitadas para o
domínio hídrico, dependem da capacidade dos meios recetores;
• A gestã o das á guas residuais urbanas (domésticas e industriais) deverá ser
preferencialmente integrada e confiada a entidades gestoras, pú blicas ou
concessionadas.
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Dentro deste contexto, as empresas agrícolas, industriais, e de comércio ou serviços
deverã o:
• Em primeiro lugar, minimizar os consumos de á gua através de medidas internas no que
respeita a procedimentos, e de boas prá ticas de execuçã o de operaçõ es;
• Em segundo lugar, minimizar os consumos de á gua através da adoçã o de tecnologias
adequadas;
• Em terceiro lugar, reduzir perigosidades das cargas poluentes das á guas residuais
através da utilizaçã o, nos processos, de substâ ncias menos agressivas para o ambiente;
• Em quarto lugar, reduzir a carga poluente das á guas residuais através da adoçã o de
processos e prá ticas que proporcionem melhores rendimentos de utilização das
matérias-primas utilizadas;
• Em quinto lugar, e de acordo com as condicionantes do meio envolvente, tomar as
opçõ es corretas no que respeita ao modo de descarga das á guas residuais e ao seu
tratamento pré vio.
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4.3.Redução de desperdícios e rentabilização de recursos
Resíduos sã o quaisquer substâ ncias ou objetos de que o detentor se desfaz ou tem intençã o ou
a obrigaçã o de se desfazer e que constam do Catá logo Europeu de Resíduos.
Os resíduos constituem hoje, para a sociedade portuguesa, um problema da maior
importâ ncia, podendo apontar-se quatro razõ es:
• A tomada de consciência de que a deposiçã o desordenada de resíduos é um problema
ambiental grave, constituindo fonte importante de contaminaçã o de solos, linhas de á gua e
reservas aquíferas subterrâ neas.
• A maior exigência ambiental das populaçõ es, traduzida pelo desejo de elevaçã o dos níveis de
qualidade de vida.
• A alteraçã o dos há bitos das populaçõ es, cada vez mais concentrada em á reas urbanas e cuja
elevaçã o de padrã o de vida apresenta como indicador o aumento sensível da quantidade de
resíduos produzida por dia e por habitante.
• A estrutura das trocas comerciais do país, fortemente deficitá ria, coloca questõ es de difícil
soluçã o à reciclagem interna de alguns tipos de resíduos.
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Estas quatro razõ es apontam na mesma direçã o e tornam claro que,
muito mais grave do que a atual situaçã o do país em matéria de gestã o
de resíduos, é a progressã o da sua degradaçã o.
A situaçã o foi reconhecida pelo Governo e hoje existe uma estratégia
nacional para os resíduos.
A Política de Resíduos assenta em objetivos e estratégias que visam
garantir a preservaçã o dos recursos naturais e a minimizaçã o dos
impactes negativos sobre a saú de pú blica e o ambiente.
Para a prossecuçã o destes objetivos importa incentivar a reduçã o da
produçã o dos resíduos e a sua reutilizaçã o e reciclagem por fileiras. Em
grande medida, tal passa pela promoçã o da identificaçã o, conceçã o e
adoçã o de produtos e tecnologias mais limpas e de materiais recicláveis.
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O Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, prevê, no seu enquadramento legislativo:
Reforço da prevençã o da produçã o de resíduos e fomentar a sua reutilizaçã o e reciclagem, promover o pleno
aproveitamento do novo mercado organizado de resíduos, como forma de consolidar a valorizaçã o dos
resíduos, com vantagens para os agentes econó micos, bem como estimular o aproveitamento de resíduos
específicos com elevado potencial de valorizaçã o;
Incentivo à reciclagem que permita o cumprimento destas metas, e de preservaçã o dos recursos naturais,
prevista a utilizaçã o de pelo menos 5% de materiais reciclados em empreitadas de obras pú blicas;
Definiçã o de requisitos para que substâ ncias ou objetos resultantes de um processo produtivo possam ser
considerados subprodutos e nã o resíduos;
Introduzido o mecanismo da responsabilidade alargada do produtor, tendo em conta o ciclo de vida dos
produtos e materiais e nã o apenas a fase de fim de vida, com as inerentes vantagens do ponto de vista da
utilizaçã o eficiente dos recursos e do impacte ambiental.
Documento: D8
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Fluxos Específicos
Documento: D8
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O Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, que estabelece a terceira
alteraçã o do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, e transpõ e a
Directiva n.º 2008/98/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de
Novembro de 2008, relativa aos resíduos, estabelece, no n.º 4 do artigo
10.º-A, ainda a possibilidade dos produtores do produto poderem assumir
a responsabilidade pela gestã o dos resíduos provenientes dos seus
produtos através da celebraçã o de acordos voluntá rios com a Agência
Portuguesa do Ambiente (APA).
Existem ainda alguns fluxos de resíduos para os quais se encontra em
estudo a viabilidade e a oportunidade de se enveredar por uma das vias
acima descritas, designados por fluxos emergentes.
Documento: D8
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Responsabilidade Alargada do Produtor
O princípio da responsabilidade alargada do
produtor confere ao produtor do
bem/produto a responsabilidade por uma
parte significativa dos impactes ambientais
dos seus produtos ao longo do seu ciclo de
vida (fases de produçã o, comércio, consumo
e pó s-consumo).
Documento: D8
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Concretamente, e de acordo com o artigo 10.º-A do Decreto-Lei n.º 73/2011,
de 17 de Junho, consiste em “atribuir, total ou parcialmente, física e ou
financeiramente, ao produtor do produto a responsabilidade pelos impactes
ambientais e pela produçã o de resíduos decorrentes do processo produtivo e
da posterior utilizaçã o dos respetivos produtos, bem como da sua gestã o
quando atingem o final de vida”, nos termos do n.º 1 do artigo 10.º-A do
Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho.
Documento: D8
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Sistemas integrados
No âmbito de um sistema integrado, a responsabilidade do produtor do bem
é transferida para uma entidade gestora do fluxo em causa, mediante o
pagamento de prestaçõ es financeiras (ou eco valor) pelos produtos
colocados no mercado.
A aplicaçã o do Princípio da Responsabilidade Alargada do Produtor está em
vigor em Portugal desde 1997, quando a primeira entidade gestora de
fluxos específicos de resíduos foi licenciada, sendo presentemente aplicado
na gestã o de: embalagens, pneus, ó leos minerais, equipamentos elétricos e
eletró nicos, veículos e pilhas e acumuladores.
Documento: D8
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Acordos voluntários
A responsabilidade do produtor pela gestã o dos resíduos provenientes dos seus
produtos, pode ser assumida através da celebraçã o de Acordos Voluntá rios entre o
produtor do produto e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), como Autoridade
Nacional de Resíduos, nos termos do artigo 10.º-A do Decreto-Lei nº 73/2011, de 17
de Junho.
Os Acordos Voluntá rios caracterizam-se pela vontade dos sectores produtivos para,
voluntariamente, se comprometerem perante o Estado a reduzir a produçã o de
resíduos provenientes dos seus produtos, aumentando os níveis de reciclagem,
garantindo a utilização eficiente de recursos e aumentando a qualidade dos materiais
reciclados, permitindo assim atingir objetivos ambientais de forma mais flexível,
promovendo-se a imagem do sector neles envolvido, bem como a consciência no
consumidor.
Documento: D8
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Responsabilidade pela Gestão do Resíduo
A dificuldade na aplicaçã o das disposiçõ es do regime geral a alguns
fluxos específicos de resíduos, pelas questõ es específicas que lhes estã o
associadas, levou à necessidade de criar regimes jurídicos diferentes.
Estes fluxos, assentes na responsabilidade pela gestã o do resíduo, apesar
de envolverem os diferentes intervenientes no ciclo de vida, nã o se aplica
o princípio da responsabilidade alargada do produtor.
Enquadram-se neste tipo os resíduos de construçã o e demoliçã o e os
ó leos alimentares usados.
Documento: D8
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5.Normas ISO 14000
Normas ISO 14000
Em 1993 a ISO estabeleceu um comité técnico para desenvolver normas internacionais
sobre um amplo conjunto de aspetos relacionados com a gestã o ambiental.
Esse comité técnico, ISO/TC 207, tem por objetivo desenvolver e atualizar a série de normas
ISO 14000, que contempla as seguintes á reas:
• Sistemas de Gestã o Ambiental (SGA);
• Auditorias Ambientais;
• Avaliaçã o do Desempenho Ambiental;
• Rotulagem Ecoló gica;
• Análise do Ciclo de Vida (ACV);
• Aspetos Ambientais em Normas de Produtos;
• Termos e Definiçõ es.
Documento: D8
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Documento: D8
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Documento: D8
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6.Verificação e controlo do trabalho produzido
A certificaçã o de SGA suportados na norma NP EN ISO 14001:2004,
constitui uma ferramenta essencial para as organizaçõ es que
pretendem alcançar uma confiança acrescida por parte dos clientes,
colaboradores, comunidade envolvente e sociedade, através da
demonstraçã o do compromisso voluntá rio com a melhoria contínua
do seu desempenho ambiental.
A acreditaçã o é um reconhecimento formal por um organismo de
acreditaçã o, em como um organismo de certificaçã o é competente
para certificar organizaçõ es de determinados sectores, para
referenciais específicos.
Documento: D8
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A APCER – Associaçã o Portuguesa de Certificaçã o - encontra-se acreditada
para a certificaçã o de SGA (NP EN ISO 14001:2004) pelo IPAC (Instituto
Português de Acreditação) e pela ENAC (Entidad Nacional de Acreditació n)
para os sectores definidos nos certificados de acreditaçã o, de acordo com a NP
EN ISO/IEC 17021: 2006.
Esta norma define os requisitos para a atividade de certificaçã o, garantindo a
competência, isençã o e independência necessá rias ao exercício de uma
atividade credível. Anualmente, a APCER é auditada pelos organismos
acreditadores, sendo este um processo de avaliaçã o que compreende a
auditoria ao sistema de gestã o e o testemunho de auditorias ambientais.
Documento: D8
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Etapas do processo de certificação:
1 - Pedido de certificaçã o;
2 - Instruçã o do Processo;
3 - Visita Pré via (Opcional);
4 - Auditoria de Concessã o – 1ª fase;
5 - Auditoria de Concessã o – 2ª fase;
6 - Resposta da Organizaçã o – Plano de açõ es corretivas;
7 - Aná lise do Relató rio e Resposta;
8 - Decisã o de Certificaçã o;
9 - Manutençã o da Certificaçã o (Auditorias anuais de Acompanhamento e Auditoria de
Renovaçã o ao fim de 3 anos).
A visita prévia é de carácter facultativo e destina-se a avaliar a adequabilidade do SGA e
informar a Organizaçã o sobre o estado de preparaçã o da mesma para a auditoria de
concessã o. Esta avaliaçã o é efetuada de acordo com as metodologias aplicá veis de auditoria,
sendo o seu resultado independente do processo e decisã o de certificaçã o.
Documento: D8
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A auditoria de concessã o de SGA ocorre em duas fases.
Na 1ª fase é realizada uma auditoria ao sistema documental da Organizaçã o e
verificada a adequabilidade do sistema à atividade da empresa. O enfoque da
1ª fase da auditoria é a avaliaçã o da capacidade do sistema criado em gerir
todos os aspetos ambientais relacionados com as atividades, produtos e/ou
serviços da Organização, na confirmaçã o do â mbito da auditoria e no
levantamento da legislaçã o aplicá vel, sendo relevante uma visita aos locais
de atividade.
A 2ª fase da auditoria de concessã o decorre no(s) local(ais) de atividade da
Organizaçã o, sendo auditados todos os requisitos da norma de referência e
avaliado o modo como a Organização estabeleceu e implementou o SGA.
Documento: D8
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Qualquer auditoria realizada pela APCER dá origem a um relató rio que formaliza as principais
conclusõ es sobre o sistema de gestã o da Organizaçã o auditada, em particular sobre a
implementaçã o, conformidade face aos requisitos normativos e ao â mbito de certificaçã o, relatando
eventuais nã o conformidades, oportunidades de melhoria e á reas sensíveis.
As nã o conformidades devem ser motivo de açõ es corretivas apropriadas por parte da Organizaçã o
auditada.
Apó s receçã o do relató rio de auditoria e do plano de açõ es corretivas elaborado pela Organizaçã o
auditada, a APCER procede à aná lise desses documentos.
Caso estejam reunidas as condiçõ es necessá rias, a APCER procede à emissã o do Certificado de
Conformidade (Concessõ es e Renovaçõ es), que tem uma validade de três anos.
Durante o período de validade do Certificado de Conformidade, a APCER realiza auditorias de
acompanhamento com periodicidade anual ao SGA da Organizaçã o certificada, com vista à
verificaçã o da manutençã o das condiçõ es que deram lugar à concessã o do referido certificado.
Documento: D8
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Antes do final do ciclo de três anos é realizada uma auditoria de renovaçã o
reiniciando novo ciclo de certificaçã o.
As auditorias da APCER sã o realizadas por auditores qualificados e de acordo
com as metodologias de auditoria definidas na norma NP EN ISO 19011:2003.
Documento: D8
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Os principais benefício da certificaçã o do SGA prendem-se com:
•Reduçã o de custos, devida a uma melhoria da eficiência dos processos e,
consequentemente, a reduçã o de consumos (matérias-primas, á gua, energia);
•Minimizaçã o do tratamento de resíduos e efluentes; diminuiçã o dos prémios
de seguro e minimizaçã o de multas e coimas;
•Reduçã o de riscos, tais como, emissõ es, derrames e acidentes;
•Vantagens competitivas, decorrentes de uma melhoria da imagem da
Organizaçã o e sua aceitaçã o pela sociedade e pelo mercado;
•Evidência, de uma forma credível, da qualidade dos processos tecnoló gicos
de uma Organizaçã o, de um ponto de vista de proteçã o ambiental e de
prevençã o da poluiçã o;
•Uma nova dinâmica de melhoria, nomeadamente através da avaliaçã o
independente efetuada por auditores externos.
Documento: D8
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Contudo, é importante relembrar que, apesar da importâ ncia da questã o, a conformidade legal
nã o é por si só a finalidade da norma e nunca é demais referir que a legislaçã o aplicá vel é de
cumprimento obrigató rio. Portanto, não se coloca a questã o se a Organizaçã o tem de cumprir a
legislaçã o aplicá vel, mas sim, se o seu cumprimento na íntegra é requisito da NP EN ISO
14001:2004 e o que deve ser exigido na sua certificaçã o.
Reconhece-se assim, que a conformidade com os requisitos legais aplicá veis nã o é o ú nico fator
determinante para a eficá cia de um SGA. Um SGA é uma ferramenta importante para controlar
riscos ambientais, enquanto que as consequências/impactes legais do nã o cumprimento é
apenas uma das quatro potenciais consequências/impactes, sendo os outros:
1. Consequências ambientais (ex.: danos ecoló gicos),
2. Consequências para partes interessadas (ex.: reputaçã o da Organizaçã o) e
3. Consequências para o negó cio (ex.: financeiras, posiçã o competitiva).
Documento: D8
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O objetivo de uma Organizaçã o com um SGA certificado para um determinado
â mbito, é demonstrar que gere as interaçõ es com o ambiente bem como o seu
compromisso em:
•Prevenir a poluiçã o;
•Cumprir os requisitos legais aplicá veis e outros requisitos que a Organizaçã o
subscreva relativos aos seus aspetos ambientais;
•Melhorar continuamente o seu SGA, de forma a alcançar melhorias no seu
desempenho ambiental.
Documento: D8
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Nã o existindo, de facto, um requisito explícito de obrigatoriedade de
cumprir com toda a legislaçã o aplicá vel, é necessá rio analisar a norma
como um todo e compreender as relaçõ es entre os diferentes requisitos.
Neste sentido, a Gestã o de topo deve definir e documentar uma política que
inclua o “compromisso de cumprimento dos requisitos legais aplicá veis e
de outros requisitos que a Organizaçã o subscreva relativos aos seus
aspetos ambientais”. Este compromisso deve refletir-se no processo de
planeamento e deve ser implementado, verificado e mantido através do
SGA.
Documento: D8
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Deste modo, a Organizaçã o deve:
•Estabelecer, implementar e manter um procedimento para identificar e ter acesso aos requisitos legais aplicáveis,
e determinar o modo como esses requisitos se aplicam aos seus aspetos ambientais;
•Estabelecer, implementar e manter objetivos e metas que tenham em consideraçã o os seus requisitos legais e que
sejam consistentes com o compromisso de cumprir o estabelecido na política. A conformidade deve ser
considerada quando se estabelecem os objetivos e metas, embora estes nã o necessitem de incluir todos os
requisitos de conformidade;
•Estabelecer, implementar e manter programas para alcançar os objetivos e metas, incluindo os que se relacionam
com a conformidade legal, desde que o objetivo nã o seja o de cumprir a legislaçã o, uma vez que, para a certificaçã o
a Organizaçã o tem de demonstrar que cumpre os requisitos legais aplicáveis. Os programas devem descrever
quem é responsá vel por alcançar os objetivos e metas e como e quando vã o ser alcançados;
•Consciencializar as pessoas que trabalham para ou em nome da Organizaçã o relativamente aos procedimentos
que lhes sã o aplicá veis, que incluem eventuais procedimentos relacionados com o alcance da conformidade
estabelecidos no controlo operacional. As pessoas cujo trabalho pode causar impactes ambientais significativos
devem ser competentes, com base em formaçã o, qualificaçõ es, educaçã o ou experiência. A Organizaçã o deve
identificar necessidades de formaçã o associadas aos seus aspetos ambientais significativos e providenciar a
formaçã o ou outras açõ es que satisfaçam essas necessidades. Na medida em que esse trabalho també m envolve
requisitos legais, o treino e competê ncia dessas pessoas deve abranger a capacidade de satisfazer esses requisitos;
Documento: D8
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• Estabelecer, implementar e manter procedimentos documentados para controlar as situaçõ es onde a sua inexistência
possa conduzir a desvios no compromisso de cumprimento dos requisitos legais estabelecido na política e nos objetivos e
metas relacionados. Podem ser necessários procedimentos para alcançar a conformidade com requisitos legais que nã o
foram explicitamente identificados nos objetivos e metas;
• Estabelecer, implementar e manter procedimentos para monitorizar e medir as características principais das suas
operaçõ es, o que é uma parte importante do controlo operacional e é, desta forma, importante para a conformidade legal.
As saídas da monitorizaçã o e mediçã o transformam-se em entradas para a avaliaçã o da conformidade e açõ es corretivas e
preventivas;
• Estabelecer, implementar e manter um procedimento para avaliar periodicamente a conformidade com requisitos legais. É
importante que o elemento que faz a avaliaçã o da conformidade legal na Organizaçã o tenha competência, tanto em termos
dos requisitos legais, como na sua aplicação;
• Estabelecer, implementar e manter um procedimento para gerir nã o conformidades reais e potenciais e tomar açõ es
corretivas e preventivas. Nã o conformidades detetadas associadas a requisitos legais devem ser alvo de açõ es corretivas;
• Estabelecer, implementar e manter um procedimento para realizar auditorias perió dicas ao sistema de gestã o que
necessariamente incluem os elementos do SGA relacionados com a conformidade legal, nomeadamente uma avaliaçã o do
compromisso de cumprimento dos requisitos legais associados aos aspetos ambientais;
• Incluir os resultados das avaliaçõ es de conformidade na sua revisã o pela gestã o, de forma a assegurar que a Gestã o de topo
toma conhecimento de incumprimentos legais potenciais ou reais e toma medidas adequadas para ir ao encontro do
compromisso da Organizaçã o relativo ao cumprimento de requisitos legais. Deve ainda ser considerada na revisã o pela
gestã o qualquer alteraçã o de circunstâ ncia ou dos requisitos legais relacionados com os aspetos ambientais.
Documento: D8
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Os requisitos acima descritos implicam que uma Organizaçã o que
implementa e certifica o seu SGA de acordo com a NP EN ISO 14001:2004
deve identificar e gerir de modo sistemá tico as suas obrigaçõ es de
conformidade legal, em consonâ ncia com o seu compromisso de
cumprimento.
Documento: D8
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As normas do sistema da qualidade identificam os aspetos que podem ajudar uma empresa a satisfazer
as exigências dos clientes, nã o tendo por objetivo impor algo totalmente novo.
Os sistemas da qualidade têm a ver com a avaliaçã o de como e porquê as coisas sã o feitas, escrever
como as coisas sã o feitas e registar os resultados para mostrar que foram feitas. Um sistema de
qualidade, por si pró prio, nã o conduz automaticamente à melhoria dos processos de trabalho ou da
qualidade do produto, nem resolve todos os seus problemas. Nã o devem confundir-se as normas de
sistemas de qualidade com as normas de produto.
Documento: D8
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Dú vidas ?
Documento: D8
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