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Projeto n.

º 00888/CF/16

Gestão do tempo e
organização profissional

Eng.ª Sónia Romero_2017


romero-1001@hotmail.com
Programa

1 - Introdução
2 - A definição de tempo
3 - A utilização do tempo
3.1 - Visão da realidade
3.2 - Fatores de desperdício de tempo
3.3 - Autodiagnóstico
3.4 - Plano de desenvolvimento pessoal
Programa

4 - A gestão do tempo
4.1 - Pensar em termos de objetivos
4.2 - Planear para a realização dos objetivos
4.3 - Estabelecer prioridades
4.4 - Delegar
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional
4.6 - Gestão de telefonemas
Programa

4.7 - Correio eletrónico


4.8 - Interrupções
4.9 - Reuniões produtivas
4.10 - Plano de desenvolvimento pessoal
5 - Considerações finais
6 - Bibliografia
1 - Introdução

- Não tenho tempo!


- Falta-me tempo!
- Não há tempo suficiente!

“O tempo não tem margens. Passa e nós


passamos com ele”.
Lamartine
2 - Definição de tempo

Mas o que é o tempo?

Podemos medir o tempo? E o tempo deixa-se


medir? Podemos falar de tempo, mas o tempo
deixa que falemos dele? Mas que tempo é este
que estamos a falar?

Boque et al (2013)
2 - Definição de tempo

O tempo cronológico? O tempo atmosférico? O


tempo real ou imaginário? O tempo profissional?

Boque et al (2013)
2 - Definição de tempo

O “nosso tempo” é um termo abstrato dado


pelos ponteiros do relógio.

Podemos ter mais ou menos tempo, mas há


algo que não alteramos: o tempo meteorológico
e o tempo físico (dia e noite).

Boque et al (2013)
2 - Definição de tempo

O tempo é o recurso mais precioso que o ser


humano tem. Ele não pode ser poupado,
recuperado ou alargado: só pode ser usado.

Faria (2005)
2 - Definição de tempo

Não sendo possível alterar o número de horas


que um dia tem, podemo-nos concentrar no
desejo de interferir e aumentar a qualidade da
utilização do nosso tempo.

Faria (2005)
2 - Definição de tempo

Tempo - recurso escasso.

Tendo em conta que o tempo é gasto de


imediato é bom que o saibamos gastar de uma
forma produtiva de modo, a atingirmos os
nossos objetivos pessoais e profissionais, isto é
saber gerir o nosso tempo.

Boque et al (2013)
3 - A utilização do tempo
3.1 - Visão da realidade

Quando se pretende gerir melhor as tarefas


pessoais devemos ter uma perspetiva global do
modo como utilizamos o tempo, procurando
fazer uma análise da situação real.

Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.1 - Visão da realidade

Este procedimento permite-nos tomar


consciência dos fatores desperdiçadores de
tempo e assim, descobre-se também que
grande parte do tempo é empregue em tarefas
acessórias e não nas atividades essenciais.

Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

A maioria das pessoas perde muitas horas no


seu dia-a-dia a realizar atividades ou a resolver
situações incorretamente.

Empregamos mal o tempo porque muitas vezes


não planeamos os esforços orientando-os para
as prioridades e objetivos.

Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

Atividades desnecessárias, desenvolvidas com


uma perfeição excessiva e sobrecargas de
trabalho devido à inexistência de delegação
são situações frequentes de falta de
rentabilidade no modo como utilizamos o tempo.

Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

É fundamental que se detetem e se


compreendam exatamente quais os fatores que
nos fazem desperdiçar tempo.

Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

Quando identificamos os “devoradores de


tempo” há que utilizar formas de os eliminar,
devido às características pessoais ou a fatores
externos.

Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

Existem 3 categorias de fatores que constituem as


barreiras a uma eficaz gestão do tempo:
- Fatores humanos (temos mais oportunidades de
os trabalhar, podendo fazer escolhas sobre a nossa
conduta);
- Fatores administrativos (quando negligenciados
causam perdas de tempo);
- Fatores ambientais (dizem respeito a bloqueadores
frequentes).
Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

Exemplos?
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

Fatores humanos:
- Não definir objetivos;
- Desorganização pessoal;
- Empreender mais do que se pode;
- Incapacidade de dizer “não”;
- Fadiga, falta de autoestima, desmotivação;
- Procrastinação;
- Indecisão e dúvidas;
- Perfeccionismo.
Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

Fatores administrativos:
- Falta de objetivos, prioridades e planeamento;
- Delegação inexistente ou ineficiente;
- Responsabilidade ou autoridade confusa;
- Falta de comunicação ou comunicação ineficaz
(confusa, ambígua, indireta);
- Informação inadequada, inexata ou tardia;
- Excesso de reuniões, reuniões mal preparadas.
Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

Fatores ambientais:
- Interrupções (presenciais ou pelo telefone);
- Visitantes inesperados;
- Encontros;
- Formalidades;
- Ruído, distrações visuais.

Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

Como eliminar desperdiçadores de tempo?


Fatores Sugestões
Querer fazer tudo Delegar
Querer saber tudo Confiar nos outros
Fazer muitas coisas ao mesmo tempo Fixar prioridades
Colaboradores/ colegas que não Motivar os outros para o cumprimento
respeitam os prazos de prazos, cumprindo-os o próprio
Interrupções telefónicas/ visitas Fixar períodos de não interrupção;
desviar chamadas; delegar mais
Adiar as coisas desagradáveis Executar, antes de mais, as tarefas
desagradáveis ou pelo menos realizá-
las parcialmente.
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

Como eliminar desperdiçadores de tempo?


Fatores Sugestões
Não definir objetivos/ metas Fixar objetivos diários: 1.º importante; 2.º
urgente
Perfeccionismo “O ótimo é inimigo do bom”
Desarrumação Tudo em ordem: secretária, dossiers
Excesso de reuniões/ mal Fixar os objetivos das reuniões. Planificar
preparadas
Não saber dizer “não” Aceitar só as tarefas às quais se poderá
dedicar o tempo necessário. Recusar com
empatia e explicar o porquê
Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.2 - Fatores de desperdício de tempo

Ficha de trabalho n.º 1


Desperdiçadores de tempo

Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.3 - Autodiagnóstico
A única maneira de gerirmos melhor o tempo é analisar a
forma como o usamos e estudar maneiras de o distribuir
de modo eficaz.

Ficha de trabalho n.º 2 - Desempenho num dia normal de trabalho

Ficha de trabalho n.º 3 - Avalie como está a utilizar o seu tempo

Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.3 - Autodiagnóstico

Um dos fatores que frequentemente contribui para a


má utilização do tempo é não termos muitas vezes a
coragem de dizer “não”.

Ficha de trabalho n.º 4 - Distribuir melhor o tempo

Ficha de trabalho n.º 5 - Avalie como está a sua capacidade


de dizer “não”

Faria (2005)
3 - A utilização do tempo
3.4 - Plano de desenvolvimento pessoal

Depois de ter identificado as áreas nas quais


deseja desenvolver as suas capacidades elabore
um Plano para melhoria.

Ficha de trabalho n.º 6 - Plano de


desenvolvimento pessoal

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo

O que é a gestão do tempo? E como podemos


gerir o tempo? E o tempo deixa-se gerir? O que
posso fazer para gerir o “meu tempo”?

Boque et al (2013)
4 - A gestão do tempo

Consiste em registar, controlar e melhorar a


utilização do tempo.

Uma boa gestão do tempo é um conjunto de


comportamentos e atitudes que assumimos,
para execução das tarefas.

Boque et al (2013)
4 - A gestão do tempo

Para gerir bem o tempo temos que:


1.º - Saber o que queremos fazer;
2.º - Saber de quanto tempo dispomos para
executar o que queremos, ordenando de
seguida as ações a desenvolver de acordo com
a sua prioridade ou dificuldade de execução.
Surge assim um plano de atuação que permitirá
rentabilizar o tempo de que dispomos.
Boque et al (2013)
4 - A gestão do tempo

Sabendo, que a maior dificuldade que


enfrentamos não é a falta de tempo, mas o
modo como o usamos, desperdiçando muito
desse tempo - podemos definir um plano de
ação concreto.

Boque et al (2013)
4 - A gestão do tempo

Gerir o tempo não significa trabalhar mais


arduamente mas sim:
- Trabalhar de uma forma mais inteligente;
- Administrar melhor as atitudes;
- Organizar o presente, alinhado com o futuro.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo

Gerir o tempo é:
- Melhorar a produtividade e a qualidade de
vida: pessoal, familiar e profissional.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo

As pessoas que gerem eficazmente o seu tempo


experimentam menos stress, adquirem maior
controlo sobre si próprios, o seu trabalho, os
seus resultados, a sua vida, aumentando a
satisfação pessoal e profissional.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo

Para compreender e aplicar os princípios de


gestão do tempo devemos:
- Saber o modo de utilização do tempo;
- Tipo de problemas com que lidamos para
utilizá-lo sabiamente;
- O que originou esses problemas.
4 - A gestão do tempo

Como controlar o tempo?


1.º - Como consegue controlar o tempo
disponível.

Analisar a forma como, hoje, utiliza o seu


tempo é a primeira etapa para controlá-lo
melhor.
4 - A gestão do tempo
4.1 - Pensar em termos de objetivos

Se não tivermos objetivos, aquilo que fazemos


e a forma como utilizamos o tempo não são
importantes.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.1 - Pensar em termos de objetivos

O facto de se pensar em termos de objetivos


tem as seguintes vantagens:
- É um desafio;
- Provoca uma maneira de pensar e de agir
voltada para o futuro;
- Aumenta a autoconfiança e a motivação;
- Melhora o desempenho;
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.1 - Pensar em termos de objetivos

- Elimina e clarifica expectativas conflituais ou


confusas sobre o papel profissional;
- Ajuda a decidir como usar o tempo;
- Ajuda a estabelecer prioridades;
- Ajuda a diminuir o stress e a ansiedade.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.1 - Pensar em termos de objetivos

A fixação de objetivos comporta uma resposta a


estas 3 questões:

- Onde é que eu quero ir? (Que resultado?);


- Como é que lá chego? (Que ações vou
empreender?);
- Em que data? (Qual o prazo?).
Um resultado, uma ação, um prazo.
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.1 - Pensar em termos de objetivos

Para que os objetivos tenham mais significado eles


devem ser:
- Claros: explicitar claramente o que se quer realizar
(o quê) e não apenas os meios (como);
- Específicos: têm que ter um significado bem
definido;
- Mensuráveis: para avaliar se foram atingidos ou
não e porquê (“o que não se consegue medir não se
consegue gerir”);
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.1 - Pensar em termos de objetivos

- Realistas, realizáveis e constituírem desafios:


deve manter-se a flexibilidade necessária para
a sua redefinição em determinadas condições,
para que não causem frustração e
desmotivação;
- Estabelecidos temporalmente: fixar um prazo
(realização prevista em tal data).
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.2 - Planear para a realização dos objetivos

Quando se elabora um plano é necessário


pensar e considerar as suas vantagens,
conhecer as suas falhas e saber reagir a todas
as contingências.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.2 - Planear para a realização dos objetivos

Um planeamento bem elaborado dá resposta às


seguintes questões:
- Onde estamos? (Identificar a situação presente);
- Para onde queremos ir? (Ter em mente os objetivos a
atingir);
- Como vamos fazer? (Determinar o que deve ser feito
para realizar os objetivos a cumprir, sabendo onde
concentrar os esforços);

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.2 - Planear para a realização dos objetivos

- O que precisamos? (Reunir todos os elementos


necessários, através da criação de uma lista detalhada);
- Ter mais atenção a quê? (Ter todos os fatores em
conta, incluindo os que podem correr mal. O imprevisto
pode acontecer);
- Que alternativas temos? (Ter um leque de opções em
simultâneo porque podem surgir modificações);
- Como controlar? (Determinar mecanismos de controlo
para estarem em dia em relação ao plano: check lists,
gráficos, indicadores de gestão, etc.).
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.2 - Planear para a realização dos objetivos

Antes de planear ou iniciar um trabalho reflita sobre as


seguintes questões:
O trabalho é
Não - Desista
necessário?

Devo ser eu a fazê-


lo? Não - Delegue

Devo fazê-lo agora? Não - Rever

Faria (2005)
Tenho boas Não - Reformular
condições?
4 - A gestão do tempo
4.2 - Planear para a realização dos objetivos

Fases da elaboração de um plano:


1 - Estabelecer objetivos (ter claros os objetivos para
saber o que se quer realizar);
2 - Enumerar atividades (enumerar e detalhar todas as
atividades que devem ser incluídas. Assim é possível
estabelecer uma lista de prioridades e registar um
horário);
3 - Criação de um plano de contingências (ter em conta
um plano de contingências que nos diga, se houver uma
alteração à última hora, o que fazer).
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.3 - Estabelecer prioridades

Podemos abordar a gestão do tempo de 2 formas:


- A abordagem do que é urgente;
- A abordagem do que é importante.

A urgência traz pressão e stress. É uma


abordagem com foco na quantidade de tarefas
para executar num prazo muito curto ou nos
problemas imediatos para resolver.
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.3 - Estabelecer prioridades

A segunda abordagem foca o que é importante


para ser realizado. É uma abordagem
qualitativa da gestão do tempo.

A chave para lidar com o importante é organizar


um planeamento prévio que direcione as ações.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.3 - Estabelecer prioridades

Então como é que se deve agir?

A ação a tomar centra-se no estabelecimento


de prioridades, que se encontra genericamente
sujeita a uma classificação, condicionada pela
ação em causa, descrita no quadro seguinte:

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.3 - Estabelecer prioridades
Importante Não importante
Urgente Faça agora e bem feito! Faça logo, mas não
perca muito tempo com
isso! Delegue em
tempo útil!
Não urgente Exige bastante tempo para uma Faça depois ou tente
execução adequada. Merece negociar para eliminar
tempo e esforço. Não deixar de essa tarefa!
lado, senão passa à condição de
urgente! Delegar
eventualmente.
Quadro: Classificação das ações.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.3 - Estabelecer prioridades

Ficha de trabalho n.º 7 - Estabelecer


prioridades

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.4 - Delegar

O que é delegar?

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.4 - Delegar

Delegar é atribuir tarefas a uma pessoa ou a


uma equipa dando-lhe a autonomia necessária.

Um dos segredos de uma gestão eficaz do


tempo está no delegar tarefas a outros.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.4 - Delegar

Vantagens de uma delegação eficaz:


- Rentabilizar o tempo disponível;
- Ajudar os outros a aperfeiçoar capacidades e
a potenciar conhecimentos;
- Motivar as pessoas conferindo-lhes
responsabilidades e premiando-os com a
confiança.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.4 - Delegar

Técnicas para uma boa delegação:


- Planear a delegação: quem deve fazer o quê,
como, até quando, com quem?;
- Identificar e selecionar a pessoa adequada;
- Motivar a pessoa a quem vai delegar;
- Explicitar de forma clara os objetivos, as
tarefas, as responsabilidades e os prazos de
entrega/ realização da(s) tarefa(s);
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.4 - Delegar

Técnicas para uma boa delegação:


- Fornecer eficazmente informações sobre os
resultados pretendidos, a importância do
trabalho, os constrangimentos e assegurar-se
que a pessoa compreendeu;
- Manter-se acessível para esclarecer dúvidas,
ajudar e acompanhar a evolução da tarefa;

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.4 - Delegar

Técnicas para uma boa delegação:


- Garantir boa coordenação com outros
serviços;
- Quais são os meios técnicos, humanos e
financeiros que deve disponibilizar?

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.4 - Delegar

Ficha de trabalho n.º 8 - Saber delegar

Ficha de trabalho n.º 9 - Aprender com a experiência

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Auto-organização
A base de uma eficaz gestão do tempo é a
auto-organização. Sem isto a conquista das
metas e a realização dos planos ficam
comprometidas. A auto-organização é o
segredo da produtividade.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Auto-organização
A organização pessoal, uma vez conquistada,
deve ser mantida: atualização das agendas, dos
e-mails, a mesa de trabalho, os armários, etc.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Auto-organização
Sistematizar as tarefas e criar pequenas rotinas
facilita a organização:
- Fazer listas de tarefas, não esquecendo de as
dividir em urgentes e importantes. Estabelecer qual a
prioridade de cada uma e determinar uma data de
conclusão;

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Auto-organização
- Após iniciar uma tarefa importante, por mais
desagradável que seja, ir até ao fim e assinalar as
tarefas já concluídas;
- Fazer agora! Não deixar para depois;
- Criar o hábito de fazer as coisas mais importantes
primeiro;
- Evitar o perfeccionismo. “O ótimo é inimigo do
bom”;
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Auto-organização
- Perguntar constantemente: será que isto vai
simplificar a minha vida?

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Espaço de trabalho
Um dos problemas mais comuns que afetam a
eficiência é a desorganização dos espaços de
trabalho.
Perde-se tempo a procurar papéis, a revistar
arquivos e pastas, a manusear centenas de
vezes os mesmos papéis na busca de um
documento perdido.
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Espaço de trabalho
Administrar, de forma eficiente, o espaço de
trabalho não significa torná-lo livre mas sim,
torná-lo prático e funcional:

- É mais simples adotar uma disciplina diária do


que perder horas arrumando o que se vai
acumulando;
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Espaço de trabalho
- Se possível, eliminar da mesa tudo o que não
está a ser utilizado. Colocar somente as coisas
com as quais está a trabalhar;
- Manter um “cesto” para “entradas”, outro para
“assuntos em andamento”, outro para “arquivo”
e outro para “saída”;

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Espaço de trabalho
- Fazer uma revisão periódica dos documentos
considerando sempre o fator tempo;
- Rever, frequentemente, todos os projetos e
ações e colocar de novo a zero o material que
não está processado no correio eletrónico, nos
papéis e na mente;

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Espaço de trabalho
- Um documento que hoje é inútil,
provavelmente vai continuar inútil amanhã.
Ousar deitar fora algumas coisas em vez de as
arquivar desnecessariamente;
- Usar o lixo para tudo o que já se tomou
conhecimento e que não se precisa mais de
recuperar;
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Espaço de trabalho
- Consultar regularmente e manter limpos os
sistemas de informação e correio eletrónico;
- Evitar anotações em pequenos papéis
reduzindo a probabilidade de extravio. Utilizar
agenda e cadernos;
- Evitar juntar demasiado correio.
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Tratar a informação
Num dia de trabalho recebemos bastante informação e a
sua análise leva tempo.

A informação chega-nos de diversas formas:


- Através de papéis (correio, fax, relatórios, revistas,
jornais);
- Oralmente (reuniões, rádio, televisão, telefone);
- Por meios eletrónicos (e-mail, internet, intranet).
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Tratar a informação
Assim sendo:
- Estabelecer um sistema de rotina para tratar a
informação;
- Se uma mensagem implica ação, deverá ser feita
uma anotação e registada;
- Para facilitar o arquivo, uma informação deve ser
imediatamente codificada com um nome numa
pasta;
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Tratar a informação
- Deve ser dado um destino às mensagens, mal
sejam analisadas;
- Copiar informações só para aqueles que
precisem delas;
- Muita da informação que chega pode ser
passada a colegas ou a outro pessoal - não
reter informação.
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Organização da agenda
As agendas são instrumentos essenciais de
planificação do tempo. Ajudam-nos a gerir
melhor o dia-a-dia permitindo manter um
registo preciso dos compromissos, obrigações e
acontecimentos futuros.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Organização da agenda
Organizar uma agenda requer disciplina.
Habitue-se a registar os compromissos e a
marcar os assuntos, à medida que são fixados.
Não esquecer: “reservar na Agenda tempo para
nós próprios”.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Check list
As “check list” ou “listas de verificação” permitem-nos
pré-definir, numa listagem mais ou menos exaustiva, os
elementos que devemos controlar, de forma a não
serem esquecidos, pois são de grande importância para
a obtenção do objetivo final.

Rever periodicamente a lista, assinalar o que está


verificado, cumprido ou anulado.
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.5 - Sistemas e métodos de organização
pessoal e profissional

Ficha de trabalho n.º 10 - Organização pessoal/


profissional

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.6 - Gestão de telefonemas

O telefone ou o telemóvel quando utilizados


incorretamente acarretam perdas de tempo
cujo reflexo se vai fazer sentir na atividade
diária de cada um e no tempo consumido para
as desenvolver.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.6 - Gestão de telefonemas

Para conseguir uma melhor gestão nos contactos


telefónicos de modo a não perder tempo e a não ser
frequentemente perturbado por chamadas telefónicas:

- Agendar um período fixo para efetuar os telefonemas;


- Perguntar a que horas é possível telefonar ao
interlocutor e indicar as ocasiões em que nos podem
telefonar;
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.6 - Gestão de telefonemas

- Preparar os contactos com antecedência,


disponibilizando os elementos necessários para tratar
imediatamente os assuntos;
- Agrupar as chamadas telefónicas por sessões,
assuntos, grau de urgência e importância;
- Manter o telemóvel desligado durante as reuniões;

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.6 - Gestão de telefonemas

- Restringir ou eliminar a receção de


telefonemas de carácter pessoal durante as
horas de trabalho;
- Utilizar outros meios de comunicação
(resposta manuscrita, correio eletrónico).

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.7 - Correio eletrónico

O correio eletrónico, tal como o telefone, pode


ser uma fonte “devoradora” de tempo:
- O e-mail é mais informal do que uma carta e
mais conciso que um telefonema. Espera-se
que a pessoa vá direta ao assunto;
- Não sobrecarregar o sistema com imagens e
documentos que não digam respeito ao
trabalho. Não fazer perder tempo;
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.7 - Correio eletrónico

- Antes de enviar um e-mail: “a quem interessa


esta informação?”;
- Criar pastas no sistema para os e-mails com
as categorias de informação de que se
necessita;
- Apagar todos os e-mails antes de ler quando o
assunto é ilegível e irrelevante;

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.7 - Correio eletrónico

- Não abrir os e-mails logo que cheguem.


Reservar períodos, durante o dia, para o fazer;
- Não iniciar o dia de trabalho a ler e-mails. Em
primeiro lugar cumprir as tarefas agendadas;
- Racionalizar a leitura e a resposta dos e-mails.
Verificar o assunto antes de abrir e deixar os
pessoais para outro momento (hora de almoço
ou final do dia).
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.8 - Interrupções

As interrupções podem dificultar o trabalho, na medida


em que impõem o seu constante reinício, contribuindo
para o desperdício de tempo. Para reduzir o
inconveniente das interrupções e contactos:

- Reduzir o número de cadeiras ao mínimo - a falha de


cadeiras limitará os visitantes;

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.8 - Interrupções

- Oferecer alternativas (“Talvez possamos discutir isso


numa outra ocasião?”). Dizer abertamente que se
pretende terminar determinado trabalho às tantas
horas. Remeter o contacto para uma data posterior -
habituar os outros à nossa rotina;

- Colocar objetos de trabalho pelo meio (computador,


secretária, etc.);

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.8 - Interrupções

- Aproveitar para fazer algumas chamadas


telefónicas - o visitante afastar-se-á;
- Usar sinais, tais como olhar para o relógio ou
arrumar pastas;
- Sentar-se ou levantar-se de forma a
desencorajar qualquer discussão mais longa;

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.8 - Interrupções

- Tornar público as alturas em que vai estar


disponível;
- Fixar a duração do contacto desde o começo;
- Uma porta fechada pode fazer maravilhas;
- Em espaços abertos fazer entender, de forma
não verbal, que se está ocupado - não se dirigir
à pessoa ou evitando o contacto visual.
Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.9 - Reuniões produtivas

Quando existem, as reuniões podem resultar em


fracasso ou ser pouco produtivas.

Para conseguir reuniões eficazes e gerir positivamente o


tempo:
- Recorrer a reuniões apenas quando necessário;
- Definir um plano, certificando-se da necessidade da
reunião, do seu objetivo e da importância dos assuntos;

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.9 - Reuniões produtivas

- Elaborar uma agenda. Definir prioridades. Não


hesitar em inscrever a ordem de trabalhos num
quadro, a fim de que se mantenha visível
durante toda a reunião;
- Assegurar-se de que vão estar presentes os
participantes necessários e apenas esses;

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.9 - Reuniões produtivas

- Ser pontual - iniciar à hora marcada e


estabelecer um limite de tempo;
- Resumir os pontos discutidos e o plano de
ação definido.

Faria (2005)
4 - A gestão do tempo
4.10 - Plano de desenvolvimento pessoal

Depois de ter identificado as áreas nas quais


deseja desenvolver as suas capacidades elabore
um Plano para melhoria.

(Ficha de trabalho n.º 6)


Ficha de trabalho n.º 11 - Aprender com a experiência
Ficha de trabalho n.º 12 - Responder a um inquérito de
progresso

Faria (2005)
5 - Considerações finais

- Quase todas as pessoas têm o potencial para


pouparem 5 a 10 horas/ semana. Para
conseguir fazê-lo é necessário disciplina e um
comprometimento com os conteúdos
transmitidos neste curso.

Haynes (2004)
5 - Considerações finais

Em resumo:
1.º - É preciso identificar a quantidade de
tempo que está sob seu controlo.
2.º - Desenvolver procedimentos para as
atividades repetitivas e utilizar as tecnologias
disponíveis.

Haynes (2004)
5 - Considerações finais

- Deve concentrar-se nas atividades mais


lucrativas;
- Utilize as horas do seu pico energético para
tratar do trabalho que requer concentração;
- Estabeleça objetivos para 3 meses e crie
planos para concretizá-los;

Haynes (2004)
5 - Considerações finais

- Mantenha alguma flexibilidade para poder


responder a eventos inesperados;
- Ordene por prioridade os passos necessários
para atingir os seus objetivos;
- Analise o modo como utiliza o tempo;
- Crie um registo das horas para uma semana e
examine as suas atividades;
Haynes (2004)
5 - Considerações finais

- Decorrente destes resultados, determine os


elementos-chave do seu trabalho, isole e trate
dos desperdiçadores de tempo;
- Altere os formulários se necessário,
desenvolva o seu próprio arquivo e as técnicas
de planeamento apropriadas;

Haynes (2004)
5 - Considerações finais

- Não deixe que formulários ou procedimentos o


distraiam;
- Tenha este manual sempre à mão.

Haynes (2004)
6 - Bibliografia
Boque et al (2013). Gestão de tempo. Escolar Editora.

Faria, N. (2005). Gestão do tempo e do stress. CECOA.

Haynes (2004). Gestão do tempo. Monitor.

Ramos (n.d.). Organização do trabalho e gestão do


tempo. IPFEL - Instituto de línguas e informática.

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