Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Que É Distributismo - (Resumo)
O Que É Distributismo - (Resumo)
Não ao
socialismo e não ao capitalismo…
Redação Brasil Paralelo
Um cão que traz na boca uma tocha irradia luz por onde passa correndo: essa
imagem foi escolhida para representar o que é o distributismo, uma teoria que
se apresenta como uma alternativa para resolver os problemas deixados tanto
pelo capitalismo quanto pelo socialismo.
Para não perder conteúdos como este, acompanhe todas as produções gratuitas da
Brasil Paralelo.
O que é distributismo?
O distributismo, distribucionismo ou distributivismo é uma teoria social e
econômica que surgiu na Inglaterra, desenvolvida por Hilaire Belloc e por
Gilbert Chesterton a partir da Doutrina Social da Igreja Católica.
O problema do trabalhador
Antes da Revolução Industrial, o mundo dependia da produção agrícola para se
desenvolver: a população vivia em função do campo.
Entenda de uma vez por todas porque os salários dos homens e das mulheres são
diferentes.
Foi por isso que Belloc e Chesterton buscaram descrever a melhor forma de
aplicar na realidade os princípios morais contidos na carta do papa.
Juntos, nos anos 1907 e 1908, Belloc e Chesterton debateram com Bernard Shaw
e H. G. Wells na revista New Age. Pela primeira vez, as ideais do distributismo
foram expostas ao público.
A 1917, em Nova York, lançou-se o livro Utopia of usurers and other essays
contendo nove artigos e 17 ensaios sobre o distributismo, escritos por
Chesterton.
Outros autores que aderiram à proposta distributiva foram Arthur Penty, Cecil
Chesterton, W. T. Titterton e Vincent McNabb.
Especialmente, o Corção é muito conhecido por sua obra Três alqueires e uma
vaca, 1961. Nela, ele disserta sobre o que é Distributismo e suas críticas ao
capitalismo e ao marxismo.
Em 1930, nos EUA, o distributismo foi tratado em inúmeros artigos no The
American Review, publicado e editado por Seward Collins.
Contribua para que mais artigos como este continuem a ser produzidos e torne-se
Membro Patriota da Brasil Paralelo por apenas R$ 10 mensais. Além disso, você
acessa materiais exclusivos todos os meses e ajuda na expansão e continuidade deste
trabalho.
Quando o homem não possui o meio de produção por si mesmo, ele passa a
depender da permissão de alguém que possui para conseguir gerar riqueza, já
que não o faz por si mesmo.
Em outras palavras, se uma pessoa não tem terra nem capital para investir, terá
de trabalhar para quem tem: assim, o proletário é o indivíduo que oferece seu
trabalho em troca de parte dos lucros dos outros. Essa é a maior característica
capitalista.
Capitalismo ou socialismo?
Daniel Sada Castaño expende o distributismo como uma terceira via, porque ele
se opõe ao capitalismo e ao socialismo, ambos sistemas concentradores de
propriedade nas mãos de poucos ou de um, o Estado.
Em seu livro The Outline of Sanity (Os Limites da Sanidade), Chesterton aborda
um dos núcleos da doutrina distributista.
Ele não se ocupa da distinção público-privado da propriedade e dos meios de
produção; afinal, se o trabalhador continua preso na pobreza, apenas
sobrevivendo e sem a oportunidade de crescer e se desenvolver, não faria muita
diferença a propriedade ser pública ou privada.
Em termos simples, ser privada não torna uma empresa automaticamente boa.
Os princípios do distributismo
O distributismo é uma forma prática de defender a empresa familiar e local,
promovendo a descentralização da propriedade privada e dos meios de
produção; sustenta também o princípio da subsidiariedade e o da liberdade para
garantir mais autonomia às pessoas.
Propriedade privada
A propriedade privada é o salário do homem transformado em um bem: alguém
trabalhou, poupou e comprou algo para chamar de seu, o que é exatamente o
seu salário transformado. No socialismo, quando uma propriedade privada é
roubada, isso é o mesmo que roubar o salário do trabalhador.
Tendo sua propriedade, seja uma porção de terra ou ferramentas, uma família
pode ser livre para conduzir a vida sem depender necessariamente do emprego
gerado por terceiros: quanto mais pessoas tiverem propriedades, menos serão
dependentes.
Entretanto, isso não é uma defesa do socialismo, pelo contrário: não há uma
defesa da ausência da propriedade privada ou da concentração da propriedade
nas mãos do Estado, mas sim sua difusão para o maior número possível de
pessoas.
Princípio da subsidiariedade
Faz parte da essência do distributismo buscar a descentralização das coisas. As
funções organizacionais que existem na sociedade, no trabalho e no governo
seriam mais bem executadas seguindo uma hierarquia de competência.
Antes de qualquer coisa, se alguém pode resolver seu próprio problema, que ele
resolva; se não pode, que sua família resolva; depois, passa-se à comunidade
local e ascende-se até o governo como última instância possível.
Não é ideal que o Estado, o maior nível de competência, tenha que se envolver
nos menores níveis de competência da vida das pessoas e das comunidades.
Salário e justiça
Não é incomum que filósofos, juristas e economistas considerem a justiça um
elemento integrante das relações econômicas de mercado. Aristóteles já
sinalizava essa relação, afinal as trocas devem ser justas para serem efetivadas.
Como o homem depende dos bens materiais para sobreviver, é necessário que
se considere a virtude da justiça nas políticas sociais.
Geração de riqueza
O capitalismo é mais eficiente na geração de riqueza que o socialismo, conforme
demonstrado na história mundial. O mundo prosperou e, hoje, há menos pobres
e melhores condições de vida do que em qualquer outro momento da história.