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Linha Chevrolet 3.1 — Linha Opala. 3.1.1 — Generalidades. — Os motores empregados nos modelos Opala so em linha, com quatro a seis cilindros em |, distribuig&o por engrenagens e sistemas de lubrificagao. forcada. Ha trés modelos basicos: 0 2500, 0 3800 (nao mais fabricado) e 0 4100 (produc&o reduzida). O modelo de 2500 cm? tem quatro cilindros e os demais seis. ‘A estabilidade, melhorada gracas a uma suspensSo mais desenvolvida, e os excelentes freios tém feito com que muitos procurem melhorar 0 rendimento do motor através de preparos, sobre os quais forneceremos indicagées mais adiante. 3.1.2 —Motores. — Conforme dissemos no item anterior, 0s modelos Opala sdo distinguidos segundo a cilindrada aproximada de seu motor. Os motores 2500 e 3800 tém as mesmas dimensoes diferindo quanto a poténcia pelos dois cilindros a mais que possui o modelo 3800. O modelo 4100 tem a cilindrada maior pelo aumento do curso do pistao. A Arvore de manivelas do motor de 4 cilindros tem cinco mancais fixos e os de 6 cilindros sete. As diferengas entre os motores sao minimas, tendo em vista os requisitos das linhas de montagem. 449 As figuras 323 e 324 mostram o motor de seis cilin- dros, numa viséo de conjunto. Na figura 325 A-B mostra- mos 0 bloco do motor, arvore comando de valvulas, pistao, distribuidor e érgaos anexos de um motor de seis cilindros. Fig. 323 — Motor de seis cilindros (vista do lado esquerdo). + — Vontilador 18 — Careaea 2 18 — Cobertra 5 17 = Garter i 18 Store 19 — Goxim 6 admis 21 — Biternedor Gover ‘Garburedoy 15 — aetuso”prisioneivo FF Borba de agua 450 | 9 Se \ 2 25 24 23 22 2 2m 19 18 17 16 3130 29 28 yo Fig, 324 — Motor de seis cilindros (vista do lado direito). 17 — Gorrela do. agua Be vicve camara 3) 451 DETALHE aa 2, YS » pian yo Fig, 325-8 — Bloco do motor e drgios anexos. go. values 830 de 6160 (cebo- e eabegote. (ou, dos. baler: da vlvula de temperatura tf 5 — Bulbo 0 termestato 14 = Parafuso.prisioneiro B= Buse 15 — ne 453 A figura 326 permite que sejam vistos os mancais da arvore de manivelas do motor de seis cilindros. O com- pensador harménico nao é empregado nos motores de qua- tro cilindros, posto que o balanceamento nao o requer. Esse compensador é fixado por dois parafusos de 3/8” e um de 5/16" sendo colocado como a polia dos motores 2500. Eventualmente, ao se realizarem reformas totais ou parciais, ou ainda, sempre que o funcionamento se tornar irregular, 6 conveniente proceder a uma regulagem total do motor. De modo geral, basta confrontar as especificagdes fornecidas pelo fabricante como resultado das medicoes 454 808 das bronzinas ou mance thos 13 = Manca tsa 13 — Vole. do, mote = Enqrenapen 12 — Buchs = the 18 = Atvre do. maniveae: efetuadas no motor e aproximar os valores, por substi- tuigao da peca ou por regulagem. Verifica-se a compressiio, colocando 0 motor em con- digées normais de funcionamento e em temperatura nor- mal acima de tudo. Comprova-se a carga da bateria e a rotagéo do motor de partida. Retira-se o filtro de ar e trava-se o acelerador na posigao de maxima abertura, O afogador deverd ficar na posicao de repouso, isto é, na vertical. Verifiquem-se os tuchos, a tensao da correia do venti- lador, efetue-se a limpeza das velas através de um jato de ar. ISto posto, coloca-se 0 medidor de compresséo no ori- ficio das velas de cada um dos cilindros ¢ se tudo estiver em bom funcionamento, encontra-se a pressdo de 130 Ibs/ pol? + 10 Ibs/pol?, apés 0 acionamento do motor de parti- da, até a obtencao da compressdo maxima. Caso haja alte- ragao nestes valores para mais, deve-se colocar em cada cilindro uma pequena poreao de dleo SAE 20 (cerca de uma colher de sopa) e medir-se novamente a compressao. Man- tendo-se o resultado anterior ou pequena diminuigao, exis- te uma desajustagem das vélvulas. Se se verificar um gran- de acréscimo, existe folga entre os anéis e paredes do ci- lindro. No caso de alteracao para menos, o problema costuma ser da junta, bastando substitui-la para conseguir o indice pré-fixado, Outros itens a serem verificados: valvulas, pressio de aperto dos parafusos do cabegote, velas de ignicéo, plati- nados do distribuidor, carburagao, vazéo da bomba de com- bustivel, regulagem do ponto de igni¢io, e regulagem da marcha lenta (particularmente quando 0 consumo aumenta muito). Dados técnicos Cilindros 2500 habe 4 3800 e 4100... 6 Cilindrada efetiva 2500 2506 cm? 3800 3.767 cm? 4100 Al 4095 cm’ Diametro dos cilindros - 98,43 mm Curso do pistéo 2500 ¢ 3800 82,55 mm 4100 . * 89,70 mm Taxa de compresséo ..........-.. 7:4 455 456 Ordem de distribuigao 4 cilindros 6 cilindros Compressdo.. .. Poténcia maxima (SAE) 2500 . 3800 4100 Maneais da arvore de manivelas 4 cilindros Hsieh 208 6 cilindros .... Diametro dos munhdes : Comprimento total dos mancais tad 5 (2500)... 5 (3800 e 4100). 6. Folga entre 0 munhao e as bronzi- nas (médx.) BPA we IE Folga longitudinal Diametro dos moentes . Folga moente-casquilho Folga longitudinal biela-moente . 2 62-4 1 #10 Ibs/pol* 1.3.4 153 130 90 HP a 5200 rpm 125 HP a 4000 rpm. 138 HP a 4000 rpm 5 7 58,38 a 58,40 mm 19,1 mm 193mm 19,1 mm 19.1 mm 193mm 0,1 mm 0,05 a 0,15 mm 50,77 a 50,80 mm 0,018 a 0,069 mm 0,22 a 0,37 mm Numero de mancais da arvore comando de valvulas 2500... 3800 © 4100 . 3 4 Acionamento da drvore comando de valvulas 2500 . 3800 ¢ 4100 Folga na saia Pino diametro excentricidade folga Numero de anéis de compressao Largura dos. anéis de compressao Folga entre extremidades Folga anel-ranhura Anel raspador de dleo largura . folga entre extremidades . folga anel-ranhura Engrenagem (fibra) Engrenagens_ (alumi nio e fibra) 0,025 a 0,064 mm 22,54 a 23,55 mm 1,40 a 41,65mm 0,013 a 0,025 mm 2 1,97 a 1,98 mm 0.25 a 051mm 0,03 a 0,07 mm 4,75 a 480mm 0,38 a 140mm 0,03 a 0,13 mm Valvulas de admissao ‘Angulo do assento . 46° Angulo da face : 45° diametro da cabega . .. 43,56 a 43,81 mm comprimento total . 124.5 a 125,0mm curso 9.9mm Altura da’ mola instalada .....\.. 421mm 4 08mm Valvulas de escapamento Angulo do assento ...... Angulo da face diametro da cabeca 46° 45° 37,97 a 28,23 mm comprimento total TLL 424,79 2 125,30 mm curso . 99mm Haste diametro 8,66 a 868mm 0,025 a 0,069 mm folga haste-g 42,1 + 08mm Altura da mola instalada 3.1.3 — Sistema de alimentagdio 3.1.3a — Bomba de combustivel. — Situa-se no lado direito do motor, abaixo do distribuidor; modelo de diafrag- ma com acionamento mecénico. Duas marcas de bomba de combustivel so empregadas: a GM-DFV e a Brosol que se distinguem por pequenos detalhes de construcio, conforme se pode observar nas figuras 327 e 328. O sistema de fun- cionamento € extremamente convencional e muito similar a0 descrito no capitulo 2 do tomo |. Apesar disso, para comodidade de leitura podemos adiantar: quando a érvore comando de vélvulas gira, promove a movimentacZo do balancim de comando do diafragma que repousa sobre um de seus ressaltos sob a presso de u’a mola e verifica-se uma espécie de pulsacdo do diafragma. Quando este desce, veri- fica-se a formacdo de uma depressdo na parte superior da bomba e o combustivel é aspirado para promover um balan- 0 de pressio. ‘Ao ser liberado da pressdo exercida pelo seu balancim, © diafragma é impulsionado pela mola e sobe, o aumento de pressio fecha a valvula de admissio e abre a de descarga, sendo 0 combustivel impulsionado para 0 carburador atra- vés do duto do sistema, Uma bomba de combustivel desse tipo deve debitar 0,5 cm? a cada 50 segundos com 0 motor a 1000 rpm. 457 458 Fig. 327 — Bomba GM-DFV, 5 = Diatrsama 5 — Paraluso de fxacio 7 = Piaea do neoste 2 Paafta,docoextos0do (friar 9 — Faraluso fecho 10. Mota de rotors. do. ditraama 12 Buse 12 — Elemento. de. vedacso 1B rod lated onto de ao 14 — Sede" superior da_bombs 15 — Parelusodefxngs0" de bombo 18 — Balencim $2 Pina’ go. batancim 20 — Mola do belancim. eee i e 4 A Gy Fig, 328 — Bomba Brosol. 1 — Papatuso de canesso sede (superior. infor) Et rast de rtrno inact" bomb = Mole Satan bana no. tal 1a a elementos da trve do 459 460 3.1.3b — Carburador. — Dois tipos de carburadores 0 empregados nos motores Opala: O Solex-Brosol © 0 DFV, possuindo cada um dos deis tipos duas subdivisées para os motores de quatro e seis cilindros. A figura 329 mostra o carburador DFV completamente desmontado para que se identifiquem facilmente as suas Pecas componentes. A figura 330 mostra o Solex-Brosoi nas mesmas condicdes e com as mesmas finalidades. O sistema de funcionamento é convencional ¢ a leitu ra do item 2.10 (capitulo 2 — temo 1) sera suficiente para compreender seu funcionamento. Como resumo podemos dizer que fundamentalmente seu funcionamento pode. ser assim descrito: uma agulha colocada dentro de um reser- vatério (cuba) de nivel constante, comandada pela haste da béia da cuba, baixa o nivel de combustivel e a agulha se afasta permitindo 0 ingresso do combustivel que, preen- chendo a cuba, obriga a agulha a obstruir novamente o ori- Ficio de acesso. Quando 0 motor entra em funcionamento, 0 consumo se torna aproximadamente constante ea béia fica numa posi¢ao tal que permita que @ entrada de combustivel man- tenha o nivel numa constante O sistema de marcha lenta tem um funcionamento bastante simples: a borboleta do abafador esta totalmente fechada, ¢ a depressao sob ela € consideravel, Nessa re- Fig, 329 — Carburador DFV — montado e em detalhes de construgio. 1 — Carburador montado © dados para sua 25 — Mola instalaeso, 21 — Paratuso Ponte: techo iB Petatuse ce fixecdo da pontetecho 29 Vaivata'borbotet 50 = bul Camara. de carburar 31 = Apolo do. calibre dunta 52 — Soe” do carburador mento da bombs 33 — Calibre Elemente. de tagao 4b = Golibre do. seis cilindros Componentes da valvula So arnvela Paratuso do. suporte e Valvula da: bomba St — Elo a: bola Suporte 58 Etro da valvula borboteta faso do. suporte 2 bois Sitesor 4— Conjunto de retorno da valvule bor- Presiiha Doteta Grampa 41 — Gitindro (9800 © 4100) ApoI9 do. grampo 42 — Seae, Peratuso da" stavenca 35 = Arwelas de: encosto Mota de slavance Paratuso Alavanea Pino Paratus Buide Alavanca Parafuso de fixagio da. ponte-fecho Nola da. alavance ums Paratusa Timara de corburacio 50 — Sunta Mors 461 gido localiza-se 0 orificio inferior de descarga, por onde, através dessa succao, entra o combustivel misturado com © ar Constituindo a mistura de marcha lenta e esta é sufi- cientemente rica para provocar 0 movimento do veiculo nesta condigao de extrema resisténcia ao movimento. Com o aumento da velocidade, a valvula borboleta des- loca-se e uma quantidade extra de combustivel é requerida e 6 fornecida pelos orificios de progressao situados logo acima do orificio inferior de descarga. Prosseguindo na aceleracdo, uma depressio € formada na regido do duto de marcha normal por onde o combusti- vel passa a ser succionado e os orificios de progressio conti- nuam funcionando, e apenas diminuem sua atividade de acordo com 0 aumento daquela do tubo principal, Quando a aceleracdo é tal que a borboleta atinge 25 a 75% de sua abertura (aproximadamente), a alimentagdo é feita pelo sistema de marcha normal. O combustivel 6 mes Fig, 330 — Carburador Solex-Brosol vista de conjunto © detalhes de construgéo. 12 = Haste de comando, 13 — Parafuee de tacio da valle 18 = Coo to earburador 1G Paratueo de cdmera_ de carburaeso 17 — Camara’ de" carburagte © Salus bor Soler 2a — Alavance Fo Parafso do So paatuso Camera do carburacio arela Injetor Partuso ‘Rirvele de encosto ful olor Fito ea alvance 1 — Carburadormontado 5x Gale Sedat. earburador Gatine. principal Calibre a marche lenta rafcso de seeded tampa Bite 8 = Pores Valvula 5 = Pores. cegulodora Ei 11 = Rinvela de encasto 55 — Pontefocho 462 463 464 clado com o ar e descarregado no difusor secundério e posteriormente no principal de onde vai para o coletor de admissdo que 0 transporta para os cilindros. ‘Quando o sistema de alta velocidade é solicitado, o com- bustivel é fornecido diretamente da base da cuba por uma valvula que € controlada pelo vcuo do coletor de admissdo, ‘Quando aceleragdes extras so requeridas, hd necessida- de de um suplemento de combustivel que é fornecido por uma bomba que funciona na base cilindro-pistdo, conforme se pode observar na figura 329. Este acréscimo no débito de combustivel é controlado por uma valvula de esfera, contra- peso e retentor e é descarregado na corrente de ar. O funcionamento do processo € aproximadamente o seguinte: calca-se 0 acelerador de um golpe, o pistdo impele ‘© combustivel para baixo, a valvula de admissdo fecha-se impedindo a passagem para a cuba e entdo o combustivel passa pela valvula de esfera e devidamente dosado é descar- regado na corrente de ar. O contrapeso provoca o fecha- mento da vélvula de esfera e entéo a de admissdo se abre e © cilindro é enchido de combustivel. Quando a bomba se descarrega, uma quantidade equivalente de ar é introduzida pela valvula de admisso de ar, evitando-se assim um efeito de succio (sifao). sistema do afogador (abafador) proporciona um enri- quecimento de mistura para a partida quando o motor esté muito frio. © comando é manual e deve-se atentar para que néo se esqueca de fechar gradativamente o comando a medida que 0 motor se aquece. 3.1.3c — Filtro de ar. — O ar aspirado pelo vacuo dos cilindros deve ser forcosamente filtrado para que se evite numa certa medida a abrasdo que poderia ser causada pe: Jos elementos que contém em suspenséo. A filtragem de- veria ndo interferir na alimentacao de ar necessaria a0 motor, muito embora isso nao possa ser totalmente evitado. A figura 331 mostra o filtro empregado no Opala; o elemento filtrante é de papel umedecido de grande eficién- cia, O elemento auxiliar ou “pré-filtro” construido em po- liuretano 6 fornecido pelo construtor em regides de muita poeira Em funcionamento normal o filtro deve ser trocado ca. da 20.000 quilémetros; quando houver sobrecarga a troca devera ser proporcional a esta. A cada 5 ou 6000 quild- metros deve ser verificado seu estado, Fig. 331 — Filtro de ar. $= Elemente titrate 4 ito 2 = Prev: dpoluretano) 5 = Poren de techamento sna 3.1.3d — Valvula de controle da temperatura, Ver a respeito o item 3.3, capitulo 3 — tomo | Situa-se na parte central dos coletores de admissao e escape e tem por finalidade reduzir 0 tempo de aqueci- mento do motor que é extremamente critico em termos de desyaste de seus componentes, A valvula fracciona as parti- culas de combustivel através do calor e favorece assim a rombstao. Na falta ou mal funcionamento dessa valvula, a mistu- ra nao seria totalmente queimada e escorrendo ‘pelos ci lindros terminaria por diluir 0 Gleo no carter. O funcionamento 6 extremamente simples: quando se aciona 0 motor frio, u’a mola termostética mantém a val- vula aberta e os gases do escapamento, jé aquecidos, cir- culam pelo aquecedor e esquentam o coletor de admissao e a mistura em transito que se encontra em seu interior. Com o aquecimento do motor a mola termostatica vai fe- chando a valvula, gradativamente, até que finalmente a fe cha e os gases passam a seguir 0 seu flux normal 465 3.4.4. — istema de admissao e escapamento. 3.1.4a — Generalidades — Consulte-se a respeito 0 item 3.1, capitulo 3 — tomo | 3.1.4b — A figura 332 mostra a instalagao dos coleto- res de admissao e escapamento, bem como os elementos de vedacdo e fixagao do sistema. Muito pouco resta a co- mentar. O sistema 6 muito resistente e ¢ adequado ao uso nor- mal sendo a sua usinagem perfeitamente coerente com o motor padrao, mas em caso de um preparo, deverd ser sub- metido a um trabalho de espelhamento. ‘A figura 333 apresenta os coletores de admissao e es- capamento em detalhe Fig, 332 — Coletores de admissio e escapamento (posicionamento de ‘ixagso) 65 Goletores de admiseso © excapamene 466 468 3.1.5 — Sistema de Arrefecimento. 3.1.5a — Generalidades. — Sistema convencional constituido por: radiador, bomba d'dgua, termostato, ven- tilador, camisas d'agua e mangueiras. A bomba d’agua é do tipo centrifugo e montada na arvore de acionamento do ventilador empuxando a agua com uma pressao de 13 Ibs/pol’ através de dutos entre o radiador € as camisas d’4gua. ‘A agua absorve 0 calor dos pontos quentes e transfe- re-o para os tubos de irradiagao do radiador. © ventilador tem por fungao forcar a circulacdo do ar entre os espacos vazios do motor e do radiador. O termostato locado na flange da mangueira superior tem por funcdo diminuir o periodo de aquecimento do mo- tor durante 0 qual o indice de desgaste 6 maior. Seu fun- cionamento € controlado por uma mola termostatica e seu sistema 6 o de derivagao, que obriga a circulacgdo da 4gua apenas no bloco do motor durante a fase de aquecimento. Dessa forma aquecem-se mais rapidamente o motor e a agua evitando atritos causados pela lubrificagao deficien- te e atritos iniciais causados pelo dimensionamento das pecas ndo ter sido ainda adequado pela temperatura, em outras palavras, as folgas ideais de servico ainda nao te- rem sido atingidas Um péssimo habito, em termos de conservacao do motor, € a retirada do termostato no periodo de verao; pos- to que o periodo de aquecimento se prolonga da mesma forma e o termostato foi dimensionado para funcionar em todas as situegdes climaticas. As figuras 334, 335 e 336 ilustram suficientemente os 6rgdos essenciais do sistema de arrefecimento. Fig. 334 — Bomba d’agua — localizacao e detalhes de construcao. 469 Fig, 335 — Termostato — localizago ¢ funcionamento. 4 — Presiha 1 Elemento, de vedagso 2 Soma 4 Bomba es 5 Sede da vstvulatormostticn 5 = Mowr 3 Valve wemastaiee 10 = Fermostato 5 Jom it 2 Redden 5 — Tempe © saide dégue 1 — Ventitador 22 Meneta Sa pialute de txaeso 2 pole $= Gao 8 = Corrole 7 Reorge. 3.1.6 — Sistema de lubrificacao. do do sistema. — Na figura 337 apre- sentamos 0 funcionamento e principais elementos do sis- tema de lubrificacao do motor do Opala. 470 TWEDIDOR DA PRESSAO Bo o1eo TUBRFICATAO DA ENGR NAGEM,DE DISTRIBUIGAO canter Fig, 337 — Sistema de lubrificagio do Opala. Conforme se pode observar, 6 extremamente conven- cional, como todo o projeto do vefculo, ¢ apresenta filtro de dléo do tipo de fluxo total (consultar a respeito de maiores pormenores 0 capitulo 5, do tomo |). Por inspegao da figura observa-se que € aplicado 0 proceso misto de lubrificagéo: sob pressio e a salpico. 471 472 A bomba responsavel pela pressdo do dleo ¢ do tipo de engrenagem e é acionada pela arvore do distribuidor. Na figura 338, ‘para clareza, oferecemos uma visao da bom- ba e pecas anexas, bem como da prépria bomba de leo des- montada. ‘A lampada-vigia da presséo de leo deve apagar-se quando o motor estiver em funcionamento. Caso isso nao se verifique, duas coisas podem estar acontecendo: 1 — O nivel de leo esté baixo. 2 — Ha defeito no sistema Caso se trate de 1, basta completar 0 nivel ou trocar 0 dleo. Em se tratando de 2 € necessario efetuar os repa- ros exigidos. & de extrema conveniéncia nao se servir do veiculo enquanto nao estiver perfeitamente consertado. ‘Além do motor, outras partes necessitam ser lubrifi- cadas e nada seria mais esclarecedor que a tabela de lubri- ficantes que fornecemos a seguir: Tabela de lubrificantes Local Especificacao _Prazo p/ verificacio Motor SAE20-SAE10W30 5.000 km ou 2 meses ‘SAE20W40- SAE20W50 Classificagao SD cambio GLSELCO 44 10.000 km SAE 90 Caixa da diregao GL5,ELCO 44 SAE 90 10000 km Rolamento __Graxa a base de litio 10000 km das rodas no2 dianteiras Eixo traseiro GL5-ELCO 44 SAE 90 10.000 km Eixo traseiro _Lubrificaco espec- (tragao fica positiva positiva) SAE 90 10000 km Freios a disco Fluido para freios Quando necessario SSS Delco-General __completar o nivel Freios a tambor Fluide para freios Completar o nivel Super HD-Delco- sempre que ne- General cessério. O/ oo 26 ‘ f 27 . 24 20) a Ry ci 23 Ale 2 | Fig. 338 — Bomba de éleo e elementos anexos. Detalhe de construgio 1 — Pores de fhagde do cerjunto do tit 16 Parahuno de fxap30 do corjunto do = Fitment de vedats = BUD com tela do cojomto ge nto ar 13 = Sores 5 = 8 "Parafuso de finaeio do carter” 20 — Bicha 1 an 2} — Pelco de arb da bomb de leo 5 — Elemanto do vedopto bee lee 4 ey 12 — Tange &1 bom do sleo 12 = Patino de tnagto 0 canter 3 Mel 473 474 3.1.7 — Embreagem. 3.1.7a — Desericao do sistema, — Do tipo “chapéu chins”, nome devido & sua mola de diafragma, compoe- Se dos seguintes elementos: disco de pressao, mola de diafragma, disco de fricgao ou de embreagem, colar, gar fo, tirante de comando, e pedal de acionamento. ‘0 funcionamento € bastante elementar e pode ser as- sim descrito: a0 se pisar no pedal suspenso, 0 cabo da embreagem puxa um dos extremos do garfo que fora a mola de diafragma anulando a sua tensdo ¢ o disco da em- breagem é liberado da transmissao do movimento para a caixa de cambio. Soltando-se o pedal verifica-se 0 inverso. Para maiores detalhes examine-se 0 capitulo 7 do to- mo |, além de observar detidamente a figura 339, que apre- Senta os componentes da embreagem de forma bastante detalhada Fig. 339 — Embreagem e seus componentes. {Cabe" ds! embresgem fisste a T's a2 archos Sara de enotesgam Moin bucha arpa da ds embreagem 24 — Porc = Mois» ‘bucha 22 Sete da embreagom 2h Pratuso de" conto dae duse par fer sa sede 24 — Porat 12 — tae modaneas (imian Bee" marches we 14 — Bato ‘do"Posobo © volte do. mo: B= Bioo e presaso 15 — Brogadeira, buch ¢ pine B= Parauso Oe 18 — Aluite "dos, eontrotes ao" cémbio a neowe 4 = flan etude tlovane do Gee’ as embresgem 18 = Mrtecodor © ancl de, reteneso eal da embreagem i aspensod n= Paratss Se Hiaglo Ca eade 475 476 3.1.8 — Cambio ou transmissao. 3.1.84 — Generalidades. — O sistema convencional empregado no cambio do Opala de 3 e 4 marchas requer um manejo correto, mudangas de marcha no intervalo de rotacéo adequado, ¢ emprego preciso da embreagem para que tenha uma longa durabilidade. ‘As engrenagens do sistema sao de dentes helicoidais € resistem a grandes esforcos sem produgao de ruidos em razGo de seu projeto, conforme se pode verificar na figura 340 que mostra os elementos do cambio de trés marchas. Fig. 340 — Elementos da caixa de cambio. 1 — Poratuso 3 frunle 3 = in ‘Atel sineronizador Pe pe ore ‘Apel sineronizador oat Engrenagem da primeira sine! Tolate do otes grenagern net Rolamento Sincronizsdor nel Este Engronager Be Anal Folamento Enprenagem do re Elona de conexso Engrenagern Anal ‘Strcronizador Engrenogem do. 2° foleter arvore Bel Pores ‘As figuras 341 e 342 explicitam os demais mecan mos componentes do sistema e sua simples observagao coligada a0 que expusemos no capitulo 8 do tomo | servird para o completo entendimento. re 1 pa oo Ear coi Se os B= Elemento de vedocto nS Gabo mp 5 = Mole 1B Anal de retoneso 478 fl as = Alovancs. de. 479 Quanto ao caso em que se emprega 0 cambio de qua- tro marchas, as figuras 343, 344 e 345 detalham-no com tanta minticia que ndo é preciso que nos estendamos des- necessariamente a respeito. folomento Eno Shrerantzador 18 — fete 13 = Eo. principal 23 = Enrenooo fel os — Boone ines 2 Ba Behe B—-Anel ii a — Even a ie 3 — Engrenagem rc nel Bo Tem de grergens 40 — flamonto Fig, 343 — Elementos da caixa de cambio de 4 marchas. 480 3) Conjunto da emtreagem Fig. 345 — Mecanismo de mudanca da caixa de cimblo de 4 marcha: 3 3 Ee emento do vedagso 5 — Boag, bois ou mera 5 decimbie Ba Ovals ie — force Br — howl de rtencto 2a Alovanes ‘safe 23 23 — Alavanca do 3° oda 4 BH Anal Se retengio" 30 Pores B= Aronia de prossto 3.1.9 — Diferencial, 3.1.92 — Generalidades. — As pegas que constituem o diferencial do Opala séo as seguintes: pinhdo, coroa, duas satélites e duas planetérias e rolamentos. O sistema de funcionamento do diferencial 6 descrito no capitulo 10 do Tomo |, entretanto podemos resumir da seguinte forma: a rotagao do pinhao provoca o giro da coroa e do diferencial preso a ela. O sistema funciona completa- Mente coeso, como se as semi-arvores estivessem em contato, gracas ao sistema satélites-planetarias, conforme se pode ‘observar na figura 346, Este comportamento, contudo, ¢ alterado pelo diferen- cial quando 0 vefculo descreve uma curva. A funcao desse sistema é diferenciar 0 nuimero de giros das rodas de modo. que a interna a curva ndo seja arrastada. As engrenagens sa- télites passam a girar em torno de seu eixo e seus dentes se deslocam sobre os das planetarias provocando a diferenca de rotagdo necesséria. A figura 346 mostra todo o sistema, porém & necessério acrescentar que os problemas do Opala 2500 (de duas por- tas) surgem devido a distribuigao de massa pela carroceria, e deverdo ser sanados pelo construtor. 483 Fig. 346 — Elementos do diferencial = Gite Sree flakes B= Nols etal B — Eroreragom 23 = Coroa'e pinhto 5 — Cobrticate 3.1.10 — Diregao. 3. +. 10a — Generalidades. — Um sistema muito esté- vel, totalmente convencional como o restante de sua meca- nica, do tipo de setor de rolete e sem-fim com reducdo de 18.224 A folga méxima do volante da direcao € de 2,5 cm me- didos na periferia. As figuras 347, 348 e 349 mostram detalhadamente 0 sistema. £ de grande importancia consultar 0 capitulo corres- pondente no tomo | para a aquisicao de informagdes com- plementares que deixamos de fornecer para evitar repeti- des iniiteis. 485 direco: elementos inferiores. Barra Parafuso do* grampo Braco Arruela Porca Grampo Porcas. 11 — Coupitha Porea Arruele Brago de ligacao Parafuso do. suporte Ejxo: Pitman ‘Arruela de pressao Porca Barra central Porea Coupitha Barra de direcao Braco de ligacao 24 — Brago de ligagao 25 — Coupitha Porca Porca do balance do Pitman. TPELPEP EEL ELE LEE TEE EL DETALHE B 487 direcao, le vedagio = cain Ho 13 = Folamentos de roles 11 = Elemento’ oo vesesso 12 = Pores 488 490 3.1.11 — Suspensao, eixos e freios. 3.1.11a — Suspensdo dianteira, Do tipo independente, por molas helicoidais, propor- cionando grande estabilidade ao veiculo: ‘A suspensao € constituida por uma travessa presa ao quadro dianteiro por parafusos, onde sao fixados os 4 bra gos de controle, 2 superiores e 2 inferiores. U'a mola he- licoidal de cada lado apoia-se na travessa € no braco de controle inferior que possui um tirante de sujeigéo que Permite que os pontos de fixagac da travessa da suspen- so permanecam afastados e absorvam os impulsos iner- Ciais verificados nas arrancadas e situacdes de maxima tra 80, bem como as oscilacdes forcadas dos bracos. A ponta de eixo situa-se entre os extremos dos bra: Gos de controle aos quais 6 vinculada por pivés ou juntas esféricas de lubrificacao selada. Os amortecedores sao telescépicos e interiores as molas helicoidais. A figura 350 explicita 0 sistema, nao apresentando, entretanto, as molas helicoidais. Fig. 350 — Elementos da suspensio dianteita (lado esquerdo), 13 — Flv ou junta eaterica 2 — Govpitha 31 = bores 2 Com 2 = Pongo eixo 28 — Pores 2 — Paratuso = Braco da suspensso 10 — Perstusa 2 — Limitador 50 — Coury 31 Reladores 2 3 35 — Brruela 38 — Pores 3.1. 11b — Suspensao traseira. Compée-se fundamentalmente do proprio eixa traseiro, 4 bracos de controle, barra estabilizadora lateral, amortece- dores telescopicos e moias helicoidais. Uma viséo de conjunto da suspenséo traseira é dada pela figura 351-A-B, sendo suficiente para sua compreensao. FRENTE Fig, 351-A — Suspensio traseira (vista de conjunto). 1 = beaeo, de_contole, (superior) 1 Mola halicolaat 3 = 3 conn (oorsenad 8 = Bago ie “controle terior) 4 = Garceca eo cho tratiro 8 bu $= mortar ‘telesesaica 10 Avore da tranemisso. = Anel ae borracho 492 Fig, 351.8 — Elementos de controle da suspensio traseira, 1 = Boche hee ie ig isk toes 9.1.11¢ — Sistema de freios. © Opala € equipado com freios a tambor nas rodas traseiras e a disco nas dianteiras. O sistema € composto por um cilindro mestre duplo (fig. 355-A-B) que ¢ mantido 1 — Partwo 17 = Partuco 14 = Broce {8 = arstoso 493 494 sempre repleto de fluido pelo depésito que esté em con- tato com ele através de um duto. As figuras de n.° 352, 353 e 354 mostram o sistema de freios a tambor nas rodas traseiras. © freio a disco funciona da seguinte maneira: uma Pinca presa por parafusos a flange da roda tem dois cilin- dros hidrdulicos que atuam sobre uma pastilha. Um disco preso ao cubo da roda gira com esta e situa-se entre as duas pastilhas. Quando 0 pedal do freio 6 calcado, por um processo hidraulico, as pastilhas sao premidas contra o co detendo-o e conseqiientemente as rodas. Nao ha necessidade de regulagem desse tipo de freio porque a distancia entre pastilhas e disco é mantida cons- tante. Fig, 352 — Carcaga do eixo traseiro, semi-drvore, prato e tambor do freio traseiro, 495 497 Fig, 355A — Cilindro ou burrinho mestre duplo (Bendix) 498 Fig. 3558 — Cllindro duplo do freio (Varca). $A de th eee iS ie ESE cheat teaee FE a vette Fo GONE” conn i=tm. Hae © nico cuidado que esse tipo de freto exige é de que © fluido deve ser substituido a cada 18 meses e as pasti- Ihas devem ser verificadas a cada 5000 km ¢ substituidas se tiverem menos de 3mm de espessura. As figuras 356-8 e 357 mostram seus elementos em detalhe. 499

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