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CURSO: ELETROTÉCNICA
APOSTILA
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SUMÁRIO
1 - SISTEMAS ELÉTRICOS
1.1 - DEFINIÇÃO
1.2.1 - GERAÇÃO
Etapa desenvolvida nas usinas geradoras que produzem energia elétrica por
transformação a partir das fontes primárias.
1.2.2 - TRANSMISSÃO
1.2.3 - DISTRIBUIÇÃO
1.2.4 - UTILIZAÇÃO
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1.4 - CLASSES DE TENSÃO
TENSÕES DE SERVIÇO
CLASSIFICAÇÃO FAIXA DE TENSÃO
PADRONIZADAS (V)
EXTRA-BAIXA TENSÃO
ATÉ 50 V - (120 V em CC) 12, 24, 48
(EBT)
110, 115, 120, 127, 133, 190,
ACIMA DE 50 V ATÉ 1.000 V - 208, 220, 230, 240, 254, 280,
BAIXA TENSÃO (BT)
(1.500 V em CC) 380, 400, 440, 460, 480, 500,
525, 600, 660
3.000, 3.150, 3.300, 3.800,
4.160, 6.000, 6.300, 6.600,
7.200, 7.620, 10.000, 10.500,
11.000, 11.500, 12.470,
13.200, 13.800, 14.400,
MÉDIA TENSÃO (MT) ACIMA DE 1.000 V ATÉ 72.500 V
15.750, 18.000, 19.920,
22.000, 23.000, 24.940,
30.000, 33.000, 34.500,
35.000, 38.500, 49.500,
60.000, 66.000, 69.000
88.000, 110.000, 115.000,
ACIMA DE 72.500 V ATÉ 121.000, 132.000, 138.000,
ALTA TENSÃO (AT)
242.000 V 154.000, 161.000, 220.000,
230.000, 242.000
275.000, 330.000, 345.000,
ACIMA DE 242.000 V ATÉ
EXTRA -ALTA TENSÃO 350.000, 400.000, 420.000,
800.000 V -
(EAT) 440.000, 500.000, 600.000,
(600.000 V em CC)
660.000, 750.000
ACIMA DE 800.000 V ATÉ
ULTRA-ALTA TENSÃO 800.000, 1.000.000,
1.500.000 V -
(UAT) 1.100.000, 1.150.000
(800.000 V em CC)
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CAPÍTULO II
2 - ARRANJOS DE SUBESTAÇÕES
2.1 - BARRAMENTO
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2.2.1 - CRITÉRIOS PARA DETERMINAÇÃO DO ARRANJO
• Confiabilidade;
• Flexibilidade operativa;
• Facilidade de manutenção;
• Possibilidade de ampliação;
• Custo.
a) BARRAMENTO SIMPLES
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c) BARRAMENTO DUPLO
As linhas de saída são conectadas à barra principal e, por sua vez, são
conectadas a uma barra de transferência através de uma chave de acoplamento. Se houvesse
um comutador de derivação, ele seria conectado à barra de transferência.
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Arranjo de barramento duplo no qual, para cada dois circuitos, são utilizados
três disjuntores em série entre os dois barramentos, sendo esses circuitos ligados de um lado a
outro do disjuntor central.
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f) BARRAMENTO EM ANEL
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CAPÍTULO III
3 - SUBESTAÇÕES
3.1 - INTRODUÇÃO
• Transformadores de potência;
• disjuntores;
• chaves seccionadoras;
• barramentos;
• isoladores;
• reatores limitadores de corrente;
• reatores de derivação;
• transformadores de corrente;
• transformadores de potencial;
• transformadores de potencial capacitivo;
• capacitores de acoplamento;
• capacitores em série;
• capacitores de derivação;
• sistemas de aterramento;
• para-raios;
• bobinas de bloqueio;
• relés de proteção;
• baterias;
• outros equipamentos.
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3.2.2 - QUANTO AO TIPO DE INSTALAÇÃO
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d) Subestação híbrida: É compacta e pode ter equipamentos para operação ao tempo e/ou
isolados à gás.
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g) Subestação offshore: Subestação encarregada de coletar a energia elétrica gerada em
parques eólicos e maremotrizes offshore.
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3.3 - SUBESTAÇÃO DE CONSUMIDOR
3.3.1 - TIPOS
a) Subestação ao tempo: Pode ser instalada em poste (transformador até 150 kVA) e em
plataforma (transformador até 300 kVA).
b) Subestação abrigada.
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b) Ponto de ligação: Ponto de derivação da rede pública.
c) Ponto de entrega: Ponto até o qual a concessionária se obriga a fornecer energia elétrica,
participando dos investimentos necessários e responsabilizando-se pela execução dos
serviços, operação e manutenção.
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3.5 - NORMALIZAÇÃO DA ABNT
• NBR 14039: 2021 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV.
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CAPÍTULO IV
4.1 - INTRODUÇÃO
a) Pelas características dos condutores (material, número de fios elementares, forma, seção
etc), que condicionam em grande parte a capacidade de condução;
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4.4 - ISOLAÇÃO
O cabo isolado com papel impregnado foi uma das primeiras soluções
adotadas para o transporte de energia com condutores enterrados.
O papel impregnado é utilizado nas seguintes configurações:
• Termoplásticos
• Termofixos
a) ISOLANTES TERMOPLÁSTICOS
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POLIETILENO COMUM (PET): Apresenta excelentes qualidades isolantes, limitação no que
diz respeito às características físicas (fica praticamente fluido a 110 ºC) e na baixa resistência à
ionização.
CLORETO DE POLIVINILA (PVC): É o isolante seco mais usado até 15 kV, apesar de suas
características elétricas apenas regulares. É o mais econômico, com excelente durabilidade,
apresentando ótima resistência à ionização.
b) ISOLANTES TERMOFIXOS
4.5 - BLINDAGEM
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Num cabo sem blindagem o campo elétrico adquire uma forma irregular,
acompanhando as irregularidades da superfície do condutor e provoca concentração de
esforços elétricos em determinados pontos. Essa concentração pode exceder os limites
permissíveis da isolação, ocasionando uma diminuição na vida útil do cabo.
4.6 - PROTEÇÃO
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4.7 - DIMENSIONAMENTO DE CABOS DE POTÊNCIA DE MÉDIA TENSÃO
c) O tempo máximo que um cabo pode funcionar com uma determinada corrente de curto-
circuito sem danificar a isolação.
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CAPÍTULO V
5.1 - INTRODUÇÃO
• NBR 9314:2006 – Emendas e terminais para cabos de potência com isolação para
tensões de 3,6/6 kV a 27/35 kV.
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CAPÍTULO VI
6.1 - INTRODUÇÃO
a) SIMPLES
b) BUCHA PASSANTE
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c) FUSÍVEIS
d) INTERRUPTORES
e) REVERSÍVEIS
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6.2.2 - USO EXTERNO
b) ABERTURA CENTRAL
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d) ABERTURA VERTICAL (AV)
e) PANTOGRÁFICAS
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CAPÍTULO VII
7.1 - INTRODUÇÃO
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Para sistemas com neutro solidamente aterrado esse fator vale 0,8 e para
sistemas com neutro isolado ou aterrado através de impedância vale 1,0.
Exemplo:
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1
RV = = 0,00577
4,5 x10 5
1+
IR
Z a xI R xH RV
VSU = x 1 + = 55,22kV
DRL 2 − RV
2
Este valor é bem inferior à tensão suportável de impulso (TSI) da L.T. que é de
350 kV.
• 0,1% 200 kA
• 0,7% 100 kA
• 5% 60 kA
• 50% 15 kA
• NBR IEC 16050:2012 – Para-raios de resistor não linear de óxido metálico sem
centelhadores, para circuitos de potência de corrente alternada.
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CAPÍTULO VIII
8.1 - INTRODUÇÃO
• Custo reduzido;
• Robustez construtiva;
• Simplicidade operativa;
• Simplicidade de manutenção.
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8.2.4 - Disjuntores a SF6
a) Para subestações com capacidade instalada menor ou igual a 300 kVA, a proteção
geral na média tensão deve ser realizada por meio de um disjuntor acionado através de relés
secundários com as funções 50 e 51, fase e neutro (onde é fornecido o neutro), ou por meio de
chave seccionadora e fusível, sendo que, neste caso, adicionalmente, a proteção geral, na
baixa tensão, deve ser realizada através de disjuntor.
b) Para subestações com capacidade instalada maior que 300 kVA, a proteção geral na
média tensão deve ser realizada exclusivamente por meio de um disjuntor acionado através de
relés secundários com as funções 50 e 51, fase e neutro (onde é fornecido o neutro).
Não são aceitos relés com princípio de funcionamento com retardo a líquido.
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CAPÍTULO IX
9 - ISOLADORES
9.1 - INTRODUÇÃO
9.2 - CLASSIFICAÇÃO
9.3 - MATERIAIS
9.4 - TIPOS
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9.4.5 - Isolador suporte maciço
9.4.7 - Espaçadores
• NBR 5032:2014 – Isoladores para linhas aéreas com tensões acima de 1 000 V –
Isoladores de porcelana ou vidro para sistemas de corrente alternada.
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CAPÍTULO X
10.1 - INTRODUÇÃO
Os TP´s são construídos para serem ligados entre fases ou entre fase e neutro
de um sistema. Devem suportar uma sobretensão de até 10% em regime permanente, sem
que nenhum dano lhes ocorra.
São próprios para alimentarem instrumentos de alta impedância (voltímetro,
bobinas de potencial de medidores de energia etc).
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10.2 - CARACTERÍSTICAS DE UM TP
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10.2.4 - Carga nominal
Maior potência aparente que o TP pode fornecer em regime contínuo sem que
sejam excedidos os limites de temperatura especificados.
SOLUÇÃO:
TP com tensão primária nominal 69 kV, relação nominal 600:1, 60 Hz, carga
nominal ABNT P 25, classe de exatidão ABNT 0,3 – P 25, potência térmica 1.000 VA, uso
exterior (ou interior), nível de isolamento: tensão máxima de operação: 72,5 kV, tensão
suportável nominal à frequência industrial: 140 kV e tensão suportável nominal de impulso
atmosférico: 350 kV.
• NBR 6855:2021 – Transformador de potencial indutivo com isolação sólida para tensão
máxima igual ou inferior a 52 kV - Especificação e ensaios.
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CAPÍTULO XI
11.1 - INTRODUÇÃO
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CONSEQUÊNCIAS:
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b) TC tipo barra: O primário é formado por uma barra, montada permanentemente através
do núcleo do transformador.
c) TC tipo janela: TC sem primário próprio, construído com uma abertura através do núcleo,
por onde passa o condutor do circuito primário.
d) TC tipo bucha: Variação do tipo janela, projetado para ser instalado sobre uma bucha de
um equipamento elétrico, fazendo parte integrante deste.
e) TC de núcleo dividido: Variação do tipo janela, em que o núcleo pode ser separado para
permitir envolver o condutor que funciona como enrolamento primário. Ex.: amperímetro
tipo alicate.
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11.4 - CARACTERÍSTICAS DE UM TC
c) Classe de exatidão: Valor percentual máximo do erro que poderá ser introduzido pelo TC
na indicação de um instrumento.
e) Fator térmico: Fator pelo qual se deve multiplicar a corrente primária nominal para se obter
a corrente primária máxima que um TC é capaz de conduzir em regime permanente, sob
frequência nominal, sem exceder os limites de elevação de temperatura especificados e
sem sair de sua classe de exatidão. Valores:
f) Corrente térmica nominal: Maior corrente primária que um TC é capaz de suportar durante
1 segundo, com o enrolamento secundário curto-circuitado, sem exceder, em qualquer
enrolamento, uma temperatura máxima especificada.
g) Nível de isolamento: Tensão máxima suportável pela isolação dentro dos limites
especificados.
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• Varímetro;
• Amperímetro;
• Fasímetro.
SOLUÇÃO:
c) A especificação será:
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CAPÍTULO XII
12.1 - INTRODUÇÃO
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12.6 - FALTA, DEFEITO E FALHA
12.6.2 - DEFEITO: Aplica-se a tudo que apresenta uma alteração física prejudicial. Em geral,
o defeito não impede o funcionamento do sistema ou equipamento e, em certos casos, nem
mesmo prejudica o seu desempenho.
Exemplo: Isolador com saia lascada, ligação frouxa, relé mal calibrado, transformador com
pequeno vazamento de óleo etc.
12.6.3 - FALHA: Refere-se a um equipamento ou material que não cumpriu o seu papel.
Exemplo: Relé que não operou no instante devido, isolação perfurada dieletricamente etc.
• Curtos-circuitos;
• Sobrecargas;
• Variações do nível de tensão.
a) CURTOS-CIRCUITOS
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b) SOBRECARGAS
Este sistema admite valores elevados de corrente no caso de falta para a terra.
Os valores de corrente de curto-circuito fase-terra poderão atingir valores superiores às
correntes de curto-circuito trifásico.
Nesse sistema, os transformadores e para-raios poderão ser especificados
para as tensões fase-terra.
Quando ocorre uma falta no sistema aterrado deve-se desligar o sistema
imediatamente. Os problemas se relacionam com corrente de curto-circuito e a proteção das
mesmas.
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12.8.3.1 - SISTEMA ATERRADO POR REATÂNCIA
a) GERADORES: Quando ocorre uma falta no sistema elétrico, os geradores devido a sua
inércia, continuam girando com velocidade constante, mantendo as tensões nos valores
anteriores ao curto-circuito. Nessas condições, o gerador faz circular uma corrente de curto-
circuito entre ele e o ponto onde aconteceu a falta, dependendo essa corrente do valor de
tensão do gerador e das impedâncias do gerador e do trecho de circuito por onde circula.
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c) MOTORES DE INDUÇÃO: Da mesma forma que um motor síncrono, o motor de indução,
devido a sua inércia, continua girando quando ocorre um curto-circuito, passando a
funcionar como gerador e fornecendo uma corrente de curto-circuito. A diferença entre um
motor e outro está na capacidade de manutenção da corrente de curto-circuito, uma vez que
o motor de indução não possui excitação independente. Sendo assim, as contribuições de
um motor de indução a um curto-circuito têm uma constante de tempo bem menor, afetando
o comportamento do sistema num período de dois a três ciclos após o curto-circuito. Assim
como no motor síncrono, o valor da corrente de curto-circuito depende da tensão efetiva nos
terminais, da potência, da reatância do motor e da impedância entre o motor e o ponto de
falta.
a) COMPONENTE CONTÍNUA
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também pela dissipação de sua energia na resistência do circuito. Após a extinção da
componente contínua a onda de corrente torna-se simétrica.
O tempo de duração da componente de corrente contínua depende da
constante de tempo do circuito, ou simplesmente pela relação X/R no ponto onde ocorreu o
defeito. Quanto maior o valor de X/R maior será o tempo de duração da componente contínua,
conforme abaixo:
L 2fL XL XL
= = = (em segundos) ou
R 2fR 2fR 377 R
X X
(em ciclos) ou (em radianos elétricos)
2R R
Exemplos:
2) Para X/R = 20, a constante de tempo será de 0,053 segundos ou 3,18 ciclos.
OBS.:
V
Icc =
3 Zt
Temos que
Sendo
Dados:
TRANSFORMADOR CABO
R (%) 1,23 rc (ohm / km) 0,08
X (%) 4,32 xc (ohm / km) 0,07
V 380
Icc = = = 1.316,10 A
3 Zt 3 0,1667
CONCLUSÃO: A corrente neste caso é bem menor do que à obtida para curto-circuito direto
nos terminais do transformador.
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12.10.2 - RELIGADOR AUTOMÁTICO
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CAPÍTULO XIII
13 - RELÉS DE PROTEÇÃO
13.1 - INTRODUÇÃO
Os relés têm seu tipo de atuação baseado nas seguintes grandezas físicas:
• Elétricas;
• Mecânicas;
• Térmicas;
• Ópticas etc.
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OS RELÉS QUE ATUAM EM FUNÇÃO DAS GRANDEZAS ELÉTRICAS
SÃO CLASSIFICADOS COMO SEGUE:
• Eletromagnético;
• Bobina móvel;
• Indução;
• Eletrodinâmico;
• Polarizados;
• Eletrônicos;
• Fluidodinâmicos;
• Térmicos.
• Corrente;
• Tensão;
• Potência;
• Reatância;
• Impedância;
• Frequência etc.
• Relés de sobre . . .;
• Relés de sub . . .;
• Relés direcionais etc.
• Relés primários;
• Relés secundários.
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• relés temporizados com retardo dependente;
• relés temporizados com retardo independente.
a) RELÉS FLUIDODINÂMICOS
b) RELÉS ELETROMAGNÉTICOS
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c) RELÉS ESTÁTICOS (ELETRÔNICOS)
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c) RELÉS DE SOBRECORRENTE MICROPROCESSADOS
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CAPÍTULO XIV
A norma IEC 146-1-1, define fator de distorção como sendo a relação entre o
fator de potência e o cos :
= FATOR DE POTÊNCIA
COS
P P
COS = = 1
S P + Q2
2
EA
COS =
E A 2 + ER 2
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ou através de:
tg = ER
EA
OBS.:
d) Fornos a arco
h) Equipamentos eletrônicos
a) Aumento das perdas de potência (I2R), que são inversamente proporcionais ao quadrado do
fator de potência
b) A energia gerada e transmitida tem que ser maior para compensar as perdas maiores
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f) Menor corrente nos equipamentos de aquecimento e consequente queda na temperatura
de operação
COS = 1,0 COS = 0,9 COS = 0,8 COS = 0,7 COS = 0,6
POT. ATIVA 100 kW 100 kW 100 kW 100 kW 100 kW
POT. REATIVA 0 48 kVAR 75 kVAR 102 kVAR 133 kVAR
POT. APAR. 100 kVA 111 kVA 125 kVA 142 kVA 167 kVA
CORRENTE 263 A 292 A 329 A 374 A 439 A
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14.5 - LEGISLAÇÃO PERTINENTE
• Art. 302. O fator de potência de referência “fR”, indutivo ou capacitivo, tem como limite
mínimo permitido o valor de 0,92 para a unidade consumidora do grupo A.
• Art. 303. A distribuidora não pode cobrar a unidade consumidora do grupo B, que não
tem fator de potência de referência, pelo consumo de energia elétrica reativa excedente.
Art. 316. A distribuidora deve conceder para unidade consumidora do grupo A um período de
ajustes no início do fornecimento de energia elétrica, para adequação do fator de potência, com
duração de 3 ciclos consecutivos e completos de faturamento.
b) Redução dos custos de energia elétrica, devido a eliminação do ajuste na tarifa, bem como
pela redução nas perdas
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b) Fornecer diretamente aos mesmos essa energia, para evitar que a rede a forneça
a) MÉTODO ANALÍTICO
Qc = P x (tg i - tg f)
b) MÉTODO TABULAR
Qc = P x tg
14.9.1 - CAPACITOR
• BANCOS FIXOS
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• BANCOS AUTOMÁTICOS
a) Baixas perdas;
b) Manutenção simples (não tem partes móveis);
c) Instalação simples;
d) Peso reduzido;
e) Custo baixo.
Os capacitores são designados por sua potência nominal reativa (kvar). Para
tensão nominal até 660 V, temos:
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14.9.3.3 - FREQUÊNCIA NOMINAL
14.9.4.1 - CAIXA
14.9.4.2 - ARMADURA
14.9.4.3 - DIELÉTRICO
• Típica para motores de indução, transformadores ou outras cargas que trabalhem em regime
contínuo;
• Os capacitores são ligados em paralelo diretamente aos terminais das cargas;
• Quando instalados junto a motores de indução, a potência do capacitor (em kvar) deve ser
aproximadamente a potência aparente (kVA) do motor trabalhando a vazio;
• Alivia todo o sistema elétrico, pois a corrente reativa fornecida pelo capacitor não circula pelo
transformador, barramentos, alimentadores etc.
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14.10 - PRESCRIÇÕES PARA INSTALAÇÃO DE CAPACITORES
d) Os capacitores devem ser instalados em local com boa ventilação e com espaçamento
adequado entre as unidades.
e) Após desligar o capacitor deve-se esperar cerca de 5 minutos, no mínimo, para fazer o
religamento ou tocá-lo.
DISPOSITIVO % DA IN DO CAPACITOR
DISJUNTOR 135
CONTATOR 135
CHAVE COM OU SEM FUSÍVEL 165
• NBR IEC 60831:2009 – Capacitores de potência autorregenerativos para sistemas CA, com
tensão máxima de 1 000 V.
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CAPÍTULO XV
15.1 - INTRODUÇÃO
• Escolha dos processos a serem utilizados para a realização das atividades, por exemplo:
iluminação, transporte vertical, refrigeração, produção de vapor, bombeamento de água
etc;
• Dimensionamento de transformadores, motores, aparelhos de iluminação etc;
• Dimensionamento de cabos, condutos, barras etc;
• Execução cuidadosa da instalação;
• Regime de funcionamento dos diversos equipamentos;
• Manutenção da instalação.
15.2.2 - ILUMINAÇÃO
15.2.4 - CONDICIONADORES DE AR
Para que todos os funcionários da empresa participem das ações que visam a
economia de energia elétrica é necessário a implantação de um programa interno de
conservação de energia. Os vários setores da empresa devem participar da elaboração desse
programa.
O programa interno de conservação visa otimizar a utilização de energia
através de orientações, direcionamento, ações e controles sobre os recursos econômicos,
materiais e humanos da empresa.
O programa deve ser coordenado por uma Comissão Interna de Conservação
de Energia (CICE). Esta comissão deverá propor, implementar e acompanhar as medidas
efetivas de conservação de energia, bem como controlar e divulgar as informações mais
relevantes.
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CAPÍTULO XVI
16 - NORMAS TÉCNICAS
16.1 - INTRODUÇÃO
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• NEMA (National Electrical Manufactures Association).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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