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O Besouro

Décio Mallmith

Naturalmente que não estavas nua.

Mas que parecia, parecia...

Fulgurava tua pele cor de carne-crua,

Ao sol outonal que já arrefecia

Exibindo entre as frestas do vestido

Aquele exuberante e belo tesouro.

E nisto pousa em tuas pernas

Um safado dum besouro!

E vai subindo o inseto, subindo,

Por entre as coxas, vestido acima.

E eu me mordendo por dentro

Ao vê-la enxotar o bichinho.

Pena não ser eu o intruso,

Pena não ter nascido besouro!

Composta em 06/09/2006. Revisada em 10/09/2006.


Participante o Prêmio Lila Ripoll de Poesias (2007) – Assembléia Legislativa do
RS. Não Classificada.
- Publicada em: http://www.recantodasletras.com.br/autores/mallmith, 03/08/07.
- MALLMITH, Décio de Moura. O Besouro (Poesia). In Sensualidade em
Prosa & Verso. Antologia. Agosto de 2007. Edição 2007. Pág. 16. 1ª. Ed. Rio
de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE (Br Letras), 2007.
- MALLMITH, Décio de Moura. Poemas Anacrônicos. p. 58. Rio de Janeiro:
Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE, 2008.
- MALLMITH, Décio de Moura. Impressões Poéticas. p. 40. Porto Alegre: Per
Se, 2012.

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