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AO JUÍZO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA-CE

Jennifer Lima, brasileira, casada, estudante de direito, portadora da cédula de identidade


de nº xxx, expedida por xxx, inscrita no CPF de nº xxx, residente e domiciliada na Rua
xxx, UF xxx, endereço eletrônico xxx, representada por seu advogado Dr. xxx, OAB nº
xxx, vem a este juízo impetrar HABEAS CORPUS, com fundamento no Art. 5º, LXXII, da
Constituição Federal/88 e nos Art. 647 a 667, do Código de Processo Penal, com pedido
de ordem liminar em favor da impetrante, segundo os fundamentos fáticos e jurídicos a
seguir expostos.

I. DOS FATOS

A impetrante fora confundida com uma fugitiva do Hospital Psiquiátrico Mira y López,
levando os funcionários do hospital em busca da mesma, a recolherem e a levarem até o
hospital psiquiátrico.

Após a entrevista com a internada, o hospital concluiu que ela estava em um surto
psicótico que lhe causava alucinações e, tendo diagnóstico de múltiplas personalidades,
não se reconhecia como a fugitiva do hospital, mas como uma pacata estudante de
direito.
Após contado com a família através de ligação telefônica, Jennifer Lima explicou o que
estava acontecendo e pediu para que a tirassem dali o mais rápido possível, contando
toda a história que sabia. A mãe de Jéssica, desesperada com o sofrimento da filha,
dirigiu-se ao hospital, portando os documentos de sua filha, esclareceu todo o ocorrido.
No entanto, após esclarecida a confusão, a médica psiquiatra responsável pelo
diagnóstico, Dra. Meyriane Reis, dado o estado em que Jennifer se encontrava e tendo
percebido sinais de transtorno mental leve resolveu por manter a internação de Jennifer,
desta vez em asilo.

II. DO CABIMENTO

Excelentíssimo, o Art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal/88, estabelece que:


Art. 5º. LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

Outrossim, os Art. 647 e 648, complementam o artigo acima:

Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém


sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou
coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição
disciplinar.

Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:

I – quando não houver justa causa;

II – quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina


a lei;

III – quando quem ordenar a coação não tiver competência para


fazê-lo;

IV – quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;

V – quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em


que a lei a autoriza;

VI – quando o processo for manifestamente nulo;

VII – quando extinta a punibilidade.

III. DA LEGITIMIDADE

O impetrante tem legitimidade para impetrar HABEAS CORPUS, tendo em vista que
conforme o Art. 645º, do Código de Processo Penal, qualquer pessoa poderá impetrar
Habeas Corpus:

Art. 645. O processo da carta testemunhável na instância superior


seguirá o processo do recurso denegado.

V. DO PEDIDO

Diante do exposto requer-se:

a) Liminar – Art. 660, §2º, CPP – para cessar a ilegalidade / determinar a soltura ou
para prestar fiança (§3º) e ainda art. 660, §4, CPP, salvo conduto; Requisitos
probabilidade e risco de dano ou ao resultado útil (fumus boni iuris e periculum in
mora),
b) citação da autoridade coatora, para que preste as informações que entender
necessárias no prazo legal, conforme o Art. 662 do CPP;

c) oitiva do MP para que apresente seu parecer;

d) apresentação da paciente, se preso, Art. 656, CPP

e) que seja julgado o pedido do Habeas Corpus, TOTALMENTE PROCEDENTE,


no sentido de determinar a soltura/relaxamento de pisão flagrante/revogação de
prisão temporária ou preventiva/trancamento de ação ou inquérito/arbitramento de
fiança/soltura ou liberdade em internação involuntária ou compulsória/conceder
salvo-conduto;

Nesses termos
Pede deferimento.

Local xxx, data xxx de xxx de xxx.


Advogado xxx
OAB nº xxx

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