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Av1 Pratica Constitucional
Av1 Pratica Constitucional
Caio Martins, idoso aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recebe um salário-
mínimo por mês. Em razão de grave doença que o acomete, o idoso faz uso contínuo de fraldas geriátricas,
necessitando destas para a manutenção de sua saúde e higiene íntima. Diante do cenário, o idoso comparece
mensalmente ao posto de saúde existente em seu bairro, recebendo ali a quantidade suficiente da referida
fralda para um mês de uso. No dia 5 de setembro de 2021, foi informado, pelo farmacêutico do referido
posto, que a central de distribuição não entregara os pacotes de fralda, já que o Município, em razão da crise
financeira e pelas dificuldades ocasionada pela COVID-19, não conseguiu adquirir junto aos fornecedores
diversos produtos.
Inconformado com a informação recebida, Caio Martins, compareceu à Secretaria de Saúde do Município e
apresentou requerimento ao Secretário Municipal de Saúde, autoridade responsável pela administração das
dotações orçamentárias destinadas à área de saúde e pela aquisição dos medicamentos e produtos
farmacêuticos encaminhados à central de distribuição, órgão por ele dirigido.
Em resposta por escrita, o Secretário reconheceu que Caio Martins tinha necessidade das fraldas, o que fora
documentado pelos médicos e equipe multidisciplinar do posto de saúde, e informou que estavam sendo
adotadas as providências necessárias à solução da questão, mas que tal somente ocorreria dali a 160 (cento e
sessenta) dias, quando o governador do Estado prometera repassar receitas a serem aplicadas à saúde
municipal. Nesse meio-tempo, sugeriu que Caio Martins procurasse a ajuda de familiares para a comprar dos
produtos.
Caio Martins, de posse de toda a prova documental que por si só basta para demonstrar os fatos narrados, em
especial a resposta do Secretário Municipal de Saúde, procura você, uma semana depois, para contratar seus
serviços como advogado(a), solicitando o ajuizamento da medida judicial que ofereça resultados mais
céleres, sem necessidade de longa instrução probatória, para que consiga obter o produto de que necessita),
cujo valor da caixa para um mês de uso é de R$ 200,00 (duzentos reais).
I -DA TEMPESTIVIDADE
O impetrante, possuí uma grave doença, portanto faz uso de fraudas geriátricas de forma
continua, para manter sua saúde e higiene intima, conforme documentos em anexo.
No dia 5 de setembro de 2021, foi informado, pelo farmacêutico do referido posto, que a
central de distribuição não entregara os pacotes de fralda, já que o Município, em razão da crise
financeira e pelas dificuldades ocasionada pela COVID-19, não conseguiu adquirir junto aos
fornecedores diversos produtos.
Em resposta por escrita, o Secretário reconheceu que Caio Martins tinha necessidade
das fraldas, o que fora documentado pelos médicos e equipe multidisciplinar do posto de saúde, e
informou que estavam sendo adotadas as providências necessárias à solução da questão, mas
que tal somente ocorreria dali a 160 (cento e sessenta) dias, quando o governador do Estado
prometera repassar receitas a serem aplicadas à saúde municipal.
Nesse meio-tempo, sugeriu que Caio Martins procurasse a ajuda de familiares para
comprar as fraudas que terá um custo mensal de R$ 200,00.
Valor este, muito elevado para Caio já que é aposentado por invalidez, conforme
comprovante do INSS em anexo e gasta todo seu dinheiro para poder ter uma vida um pouco
mais digna.
V- DOS FUNDAMENTOS
O mandado de segurança será concedido para proteger um direito liquido e certo, não
amparado por nenhum outro remédio constitucional seja Habeas Corpus ou Habeas Data,
quando o agente responsável pela ilegalidade for autoridade pública ou pessoa jurídica no
exercício de atribuições do poder público, conforme dita o Art. 5º , LXIX da CF/88 e Art. 1º da lei
12.016/09.
Vale ressaltar que a saúde é um direito fundamental amparado pelo Art. 6º da CF/88,
devendo ser aplicada de imediato, nos moldes do Art. 5º §1º da CF/88. Ainda destaco que o
serviço de saúde oferecido pelo município deve ser de caráter integral, conforme prevê o Art. 198,
II da CF.
Em razão das características já aduzidas do impetrante, fica evidente que com a ausência
de fraudas geriátrica, teria este, uma vida miserável e indigna, ferindo dessa forma a dignidade da
pessoa humana, respaldada pelo Art. 1º, inc. III da CF/88.
VI- DO PEDIDO
b) A notificação da autoridade coatora, para que preste as informações que entenda ser
pertinentes ao caso.
c)Que seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Local / Data
ADVOGADO
OAB...