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INSTITUTO TOCANTINENSE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E


PESQUISA
FACULDADE ITOP
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
ESTRUTURAS DE AÇO

ESTRUTURAS DE AÇO
- PEÇAS TRACIONADAS -

Prof. Msc. Izabel Castro de Abreu Neta

PALMAS/TO
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
2

 Tipos Construtivos;
 Critérios de Dimensionamento;
 Distribuição de Tensões Normais na Seção;
 Estados Limites Últimos e Esforços Normais
Resistentes;
 Limitações de Esbeltez das Peças Tracionadas;

 Diâmetro dos Furos de Conectores;

 Área da Seção Transversal Líquida de Peças


Tracionadas com Furos;
 Área da Seção Transversal Líquida Efetiva;

 Cisalhamento de Bloco.
TIPOS CONSTRUTIVOS
3

 Conceito:

 Denominam-se peças tracionadas as peças sujeitas a


solicitações de tração axial, ou tração simples.
TIPOS CONSTRUTIVOS
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 Emprego nas estruturas:


 Tirantes ou pendurais;

 Contraventamentos de torres (estais);

 Travejamento de vigas ou colunas, geralmente com


dois tirantes em forma de X;

 Tirantes de vigas armadas;

 Barras tracionadas de treliças.


TIPOS CONSTRUTIVOS
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TIPOS CONSTRUTIVOS
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 Emprego nas estruturas:


 Tirantes de vigas armadas;
TIPOS CONSTRUTIVOS
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 Emprego nas estruturas:


 Tirantes de vigas armadas;
TIPOS CONSTRUTIVOS
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 Emprego nas estruturas:


 Tirantes de vigas armadas;
TIPOS CONSTRUTIVOS
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 Emprego nas estruturas:


 Tirantes de vigas armadas;
TIPOS CONSTRUTIVOS
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 Emprego nas estruturas:


 Tirantes de vigas armadas;
TIPOS CONSTRUTIVOS
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 Emprego nas estruturas:


 Tirantes de vigas armadas;
TIPOS CONSTRUTIVOS
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 Emprego nas estruturas:


TIPOS CONSTRUTIVOS
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TIPOS CONSTRUTIVOS
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 Podem ser constituídas por barras de seção simples


ou composta, por exemplo:

 Barras redondas;

 Barras chatas;

 Perfis laminados simples (L, U, I);

 Perfis laminados compostos.


TIPOS CONSTRUTIVOS
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TIPOS CONSTRUTIVOS
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 As ligações das extremidades das peças tracionadas


com outras partes da estrutura, pode ser feita por
diversos meios:

 Soldagem;

 Conectores aplicados em furos;

 Rosca e porca (caso de barras rosqueadas)


TIPOS CONSTRUTIVOS
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 Soldagem
TIPOS CONSTRUTIVOS
18

 Conectores aplicados em furos;


TIPOS CONSTRUTIVOS
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 Rosca e porca (caso de barras rosqueadas)


TIPOS CONSTRUTIVOS
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A Figura abaixo mostra o desenho de um nó de treliça, cujas barras são formadas por
associação de duas cantoneiras. As barras são ligadas a uma chapa de nó,
denominada gusset (palavra da língua francesa, também utilizada em inglês), cuja
espessura t é igual ao espaçamento entre as cantoneiras. As ligações das barras com a
chapa gusset são feitas por meio de furos e conectares.
TIPOS CONSTRUTIVOS
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TIPOS CONSTRUTIVOS
22

Ligações das barras com a chapa gusset


CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Distribuição de Tensões Normais na Seção
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 Peças tracionadas com furos: tensões em regime


elástico não uniformes.

 Tensões mais elevadas nas proximidades dos furos;

 No estado limite: as tensões atuam de maneira


uniforme em toda a seção da peça, graças a
ductilidade;
TIPOS CONSTRUTIVOS
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CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Distribuição de Tensões Normais na Seção
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 Às tensões σN, devidas ao esforço normal de tração


N, somam-se as tensões residuais σr, oriundas do
processo de fabricação e cuja resultante é nula;

 Com o acréscimo da força de tração ocorre a


plastificação progressiva da seção;

 A força de tração Ny, que provoca a plastificação


total da seção não se altera com a presença das
tensões residuais
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Distribuição de Tensões Normais na Seção
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CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Estados Limites Últimos e Esforços Normais Resistentes
27

 A resistência de uma peça sujeita à tração axial


pode ser determinada por:

 Ruptura da seção com furos (ou seção líquida);

O escoamento da seção com furos conduz a um pequeno


alongamento da peça e não constitui um estado limite;

 Escoamento generalizado da barra (ou escoamento da


seção bruta) ao longo de seu comprimento, provocando
deformações exageradas.
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Estados Limites Últimos e Esforços Normais Resistentes
28

 A Verificação pode ser dada por:


 𝑆𝑑𝑡 ≤ 𝑅𝑑𝑡

 𝑆𝑑𝑡 = Solicitação de projeto


 𝑅𝑑𝑡 = Resistência de projeto
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Estados Limites Últimos e Esforços Normais Resistentes
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CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Estados Limites Últimos e Esforços Normais Resistentes
30

 Peças em geral com furos – Resistência de projeto é


dada pelo menor valor:

 Ruptura da seção com furos, de área An (área líquida)


An ,ef . f u
Rdt 
 a2
 γa2 = 1,35 para esforço normal solicitante decorrente de
combinação normal de ações;
 fu = tensão resistente à tração do aço;
 An,ef = área líquida efetiva.
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Estados Limites Últimos e Esforços Normais Resistentes
31

 Peças em geral com furos

 Escoamento da seção bruta, de área Ag

Ag . f y
Rdt 
 a1
 γa1 = 1,10 para esforço normal solicitante decorrente de
combinação normal de ações;
 fy = tensão de escoamento à tração do aço;
 Ag = área bruta de seção transversal da barra.
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Estados Limites Últimos e Esforços Normais Resistentes
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CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Estados Limites Últimos e Esforços Normais Resistentes
33

 Peças com extremidades rosqueadas


 Barras com diâmetro igual ou superior a 12 mm (1/2”);
 Diâmetro externo da rosca é igual ao diâmetro nominal
da barra;
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Estados Limites Últimos e Esforços Normais Resistentes
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 Peças com extremidades rosqueadas


O dimensionamento é determinado pela ruptura da
seção da rosca;
 Na indústria: a relação entre a área efetiva à tração na
rosca (Aef) e a área bruta (Ag) varia dentro de uma faixa
limitada (0,73 a 0,80).

0,75 Ag . f u Ag . f y
Rdt  
 a2  a1
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36
37
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
38

 EXEMPLO:
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
39

 EXEMPLO:
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
40
Limitações de Esbeltez
 Denomina-se índice de esbeltez de uma haste a
relação entre seu comprimento l entre pontos de
apoio lateral e o raio de giração imin da seção
transversal;

 Nas peças tracionadas → não tem importância


fundamental → o esforço tende a retificar a haste,
reduzindo excentricidades construtivas iniciais;
 As normas fixam limites: reduzir efeitos vibratórios
provocados por impactos, ventos etc.
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
41
Limitações de Esbeltez
 ABNT NBR 8800:2008

 Item 5.2.8.1

 Recomenda-se que o índice de esbeltez das barras


tracionadas, tomando como a maior relação entre o
comprimento destravado e o raio de giração correspondente
(L/r), excetuando-se tirantes de barras redondas pré-
tensionadas ou outras barras que tenham sido montadas
com pré-tensão, não supere 300.
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
42
Diâmetro dos Furos de Conectores

 Quando as seções recebem furos para permitir


ligações com conectores (rebites ou parafuso), a
seção da peça é enfraquecida pelos furos;

 Os tipos de furos adotados em construções


metálicas são realizados por puncionamento ou por
broqueamento;
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
43
Diâmetro dos Furos de Conectores
 O processo mais econômico e usual consiste em
puncionar um furo com diâmetro de 1,5 mm
superior ao diâmetro do conector;

 Essa operação danifica o material junto ao furo, o


que se compensa, no cálculo, com uma redução de
1,5 mm ao longo do perímetro do furo.
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
44
Diâmetro dos Furos de Conectores
 d = diâmetro do parafuso
 d' = diâmetro do furo para efeito de cálculo da área líquida.

 Furo-padrão:
 2mm → danificação do furo devido ao puncionamento
 1,5mm → folga máxima entre o furo padrão e parafuso.

 𝑑 ′ = 𝑑 + 1,5 + 2

d '  d  3,5mm
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
45
Diâmetro dos Furos de Conectores
 PUNCIONAMENTO
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
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Diâmetro dos Furos de Conectores
 PUNCIONAMENTO
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
47
Diâmetro dos Furos de Conectores
 BROQUEAMENTO
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Área da Seção Transversal Líquida de Peças Tracionadas com Furos
48

 Numa barra com furos, a área líquida (An) é obtida


subtraindo-se da área bruta (Ag) as áreas dos furos
contidos em uma seção reta da peça.
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Área da Seção Transversal Líquida de Peças Tracionadas com Furos
49

 Afuros = área do furo na seção transversal = (d’ . t) . Nºfuros


 An= Ag – Σ Afuros
 An = Ag – Σ Afuros
 Ag = L . t → L = largura; t = espessura
 An = (L – N . d’ ) . t
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Área da Seção Transversal Líquida de Peças Tracionadas com Furos
50

 No caso de furação enviesada, é necessário


pesquisar diversos percursos (1-1-1, 1-2-2-1) para
encontrar o menor valor de seção líquida, uma vez
que a peça pode romper segundo qualquer um
desses percursos.

 p = espaçamento entre furos


da mesma linha;
 g = espaçamento transversal
entre duas filas de furos;
 s = espaçamento longitudinal
entre filas diferentes.
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Área da Seção Transversal Líquida de Peças Tracionadas com Furos
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CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Área da Seção Transversal Líquida de Peças Tracionadas com Furos
52

 A área líquida (An) de barras com furos pode ser


representada pela equação:
2
s
An  [b   (d  3,5mm)   ].t
4g
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
EXEMPLO
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 Duas chapas 22 x 300 mm são emendadas por meio de talas com 2 x 8 parafusos ϕ
22 mm (7 /8"). Verificar se as dimensões das chapas são satisfatórias, admitindo-se
aço MR250. Observação: admitir que a solicitação seja produzida por uma carga
variável de utilização.
PARAFUSOS E PINOS CONECTORES:
EXEMPLO
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CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Estados Limites Últimos e Esforços Normais Resistentes
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CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
EXEMPLO
56

 Calcular o diâmetro do tirante capaz de suportar uma carga axial de 150 kN,
sabendo-se que a transmissão de carga será feita por um sistema de roscas e porcas.
Aço MR250). Admite-se que a carga seja do tipo permanente, com grande
variabilidade (γ = 1,4).
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
EXEMPLO
57

 Duas chapas 28 cm x 20 mm são emendadas por traspasse, com parafusos d = 20


mm, sendo os furos realizados por punção. Calcular o esforço resistente de projeto
das chapas, admitindo-as submetidas à tração axial. Aço MR250.
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Área da Seção Transversal Líquida Efetiva
58

 Quando a ligação é feita por todos os segmentos de


um perfil, a seção participa integramente da
transferência dos esforços;

 Isto não acontece, por exemplo, nas ligações das


cantoneiras com a chapa de nó, nas quais a
transferência dos esforços se dá através de uma aba
de cada cantoneira;
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Área da Seção Transversal Líquida Efetiva
59

 Nestes casos as tensões se concentram no segmento ligado


e não mais se distribuem em toda a seção. Este efeito é
levado em consideração utilizando no cálculo da resistência
à ruptura, a área liquida efetiva é dada por:

An ,ef  Ct . An

 Ct = é um fator redutor aplicado à área líquida An, no caso


de ligações parafusadas, e a área bruta Ag no caso de
ligações soldadas (peças sem furação).
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Área da Seção Transversal Líquida Efetiva
60

 Coeficientes de Redução (ABNT NBR 8800:2008)


 Quando a força de tração for transmitida diretamente para
cada um dos elementos da seção transversal da barra, por
soldas ou parafusos:

Ct  1,00

 Quando a força de tração for transmitida apenas por soldas


transversais:
Ac
Ct 
Ag
 Ac = área do segmento ligadas
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Área da Seção Transversal Líquida Efetiva
61

 Coeficientes de Redução (ABNT NBR 8800:2008)


 Nas barras com seções transversais abertas

𝑒𝑐
𝐶𝑡 = 1 – 𝑙
≥ 0,60
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
Área da Seção Transversal Líquida Efetiva
62

 Coeficientes de Redução (item 5.2.5 NBR


8800:2008)
Ct  1,00 para lw = 2b
 Chapas planas Ct  0,87 1,5b ≤ lw< 2b
(soldas longitudinais) Ct  0,75 b ≤ lw< 1,5b
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
63
Cisalhamento de Bloco
 No caso de perfis de chapas finas tracionados e
ligados por conectores, além da ruptura da seção
líquida o colapso por rasgamento ao longo de uma
linha de conectores pode ser determinante no
dimensionamento.
1 1
Rd  (0,60 f u Anv  Cts f u Ant )  (0,60 f y Agv  Cts f u Ant )
 a2  a2
 Anv e Agv são respectivamente as áreas líquida e bruta cisalhada;
 Ant é a área líquida tracionada;
 Cts = 1,0 quando a tensão de tração na área é uniforme;
 Cts = 0,5 para tensão não uniforme.
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
64
Cisalhamento de Bloco
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:
65
Cisalhamento de Bloco

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