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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Química
Engenharia Química

Operações Unitárias Mecânicas:

Filtro Kelly

Discentes: Docente:
Come, Roberto Baptista Profa. Dra. Enga. Maria Eduardo
Cugala, Fainesse
Matsinhe, Edson Elias
Pateguana, Faustia

Maputo, Janeiro de 2021


Índice
1. Filtro Kelly ............................................................................................................ 3
1.1. Modo de operação e princípio de funcionamento ............................................ 3
1.2. Meio de filtração e coadjuvante de filtração .................................................... 4
1.2.1. Meio filtrante ........................................................................................... 4
1.2.2. Coadjuvante de filtração .......................................................................... 5
1.3. Aplicações do filtro na Indústria ..................................................................... 5
1.4. Vantagens e desvantagens .................................................................................. 6
1.4.1. Vantagens ................................................................................................... 6
1.4.2. Desvantagens .............................................................................................. 6
2. Referências bibliográficas ...................................................................................... 7

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1. Filtro Kelly

1.1. Modo de operação e princípio de funcionamento


É um tipo de filtro de folhas que opera de um modo descontinuo, destina-se a
produções a larga escala e permite ser aberto com grande rapidez para efectuar-se a
limpeza.

São constituídos por lâminas filtrantes múltiplas dispostas lado a lado no interior de um
tanque cilíndrico (vertical ou horizontal, dependendo da variante).Uma lâmina típica
consta de um quadro metálico resistente que circunda uma tela grossa revestida dos dois
lados com duas telas mais finas.

O conjunto de laminas é envolto por uma lona em forma de saco ou fronha. A vedação é
feita com cantoneiras metálicas. As lâminas ficam imersas na suspensão a filtrar, sendo
feita a sucção do filtrado para o seu interior por meio de uma bomba de vácuo, noutras
variantes a suspensão é alimentada sob pressão e o ar é expulso automaticamente. A
torta forma-se por fora das lâminas e o filtrado passa para o seu interior, de onde sai por
canal apropriado para o tanque de filtrado. Conectado a cada lâmina há uma tubulação
de saída do filtrado com válvula e visor, se uma lâmina estiver filtrando mal, a válvula
correspondente é fechada.

Afim de evitar a decantação das partículas mais grossas durante a filtração uma bomba
de circulação agita a suspensão dentro do tanque. A pressão é mantida por meio da
bomba de alimentação ou com ar comprimido.

Quando se tem a torta com a espessura desejada abre-se o filtro, e as folhas ou são
removidas para a limpeza ou são limpas na própria unidade manual ou automaticamente
pela lavagem de sólidos.

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Fig.1: Variantes vertical e horizontal do filtro Kelly.

1.2. Meio de filtração e coadjuvante de filtração

1.2.1. Meio filtrante


Como meio filtrante usam-se, fibra sintética ou de outros tecidos, malha metálica que
podem ser telas de aço-carbono, inox ou níquel. A escolha do meio filtrante adequado
deve ser feita de acordo com os seguintes factores:

Fig2: Exemplo duma tela metálica.

 Facilidade de remoção da fase sólida;


 Resistência mecânica;
 Inércia química a suspensão a ser filtrada e a qualquer líquido de lavagem;

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 Possibilidade de ser submetido a elevadas vazões do líquido numa dada queda
de pressão;
 Baixa resistência ao fluxo;
 Durabilidade;

Como é natural, cada uma destas considerações deve ser balanceada com os aspectos
económicos, de modo que o operador do filtro tende a escolher o meio filtrante que
satisfaz aos padrões da filtração mas que contribui para se ter o custo global da operação
mais baixo possível.

1.2.2. Coadjuvante de filtração


Os auxiliares, ou coadjuvantes de filtração, são bastante usados para acelerar a filtração
ou para possibilitar a colecta mais completa das partículas mais finas da suspensão. Os
coadjuvantes de filtração são sólidos finamente divididos, com estrutura rígida, que
formam tortas abertas, não compressíveis.

Para os filtros Kelly, são usadas geralmente diatomácea, terra, perlite, ou outros
materiais de pré-casaco adequados, que são constituídas, praticamente, por sílica pura
com estrutura muito complexa. Aplicada como pré-revestimento no meio filtrante, o
auxiliar de filtração actua como o meio filtrante primário e permite a remoção completa
de partículas sólidas muito finas presentes na suspensão a filtrar.

Fig.3: Diatomácea.

1.3. Aplicações do filtro na Indústria


Unidade deste tipo são usadas para manusear alimentos e também para o processamento
de minerais e efluente (óleos comestíveis, enxofre fundido e géneros alimentícios).

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É um exemplo típico, já que podem funcionar com o aquecimento, a filtração do
enxofre fundido nas fábricas de produção do ácido sulfúrico.Na indústria alimentícia é
usado na produção de sumos de frutas, óleos e vegetais, leite e derivados, entre outros.

1.4. Vantagens e desvantagens

1.4.1. Vantagens
 É economicamente vantajoso quanto ao investimento no pano filtrante, pois o
filtro contém poucas folhas de forma rectangular.
 A vantagem deste tipo de filtro em relação ao Moore, é o menor numero de
lâminas para uma dada capacidade, uma vez que se opera sob pressão (até 8 ou
10 atm);
 As lâminas são rectangulares e portanto mais fáceis de montar do que as
circulares do filtro Sweetland.

1.4.2. Desvantagens
 Folhas de tamanhos desiguais o que causa a formação de bolos irregulares;
 A fácil corrosão dos trilhos de deslizamento quando se usa suspensões
corrosivas (nas variantes horizontais do filtro Kelly).

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2. Referências bibliográficas
 FOUST, A. S. et.al. (1982). “Princípios das Operações Unitárias” – Ed LTC, Rio
de Janeiro – RJ, 2ª edição.
 GOMIDE, R. (1980). “Operações Unitárias”, vol. 3 – Ed do Autor, São Paulo.
 SUTHERLAND, KEN (2008). “Filters and Filtration Handbook” – Ed. Elsevier
Ltd- UK.

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