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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

DISCIPLINA: INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLO I


4º Ano
Ano lectivo: 2012
Semestre: Fevereiro/Junho

Docentes: engª Isabel Guiamba


Dr. eng° Luís Hélder Lucas
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TEMAS A ABORDAR

 INTRODUÇÃO
 MEDIÇÃO DE PRESSÃO
 MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
 MEDIÇÃO DE CAUDAL E VELOCIDADE
 MEDIÇÃO DE NÍVEL
 MEDIÇÃO DE OUTRAS PROPRIEDADES

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BIBLIOGRAFIA

1. SIGHIERI, L. E NISHINARI, A. – Controlo Automático de Processos


Industriais, Sao Paulo, Brasil, 1973
2. SOISSON, H. – Instrumentação Industrial: Sistemas e Tecnicas de Medição e
Controle Operacional, Brasil
3. STEPHANOPOULOS, GEORGE – Chemical Process Control – An
Introduction to Theory and Practice. Prentice-Hall, Inc., New Jersey. 1984.
4. LUYBEN, W. L. Process Modeling, Simulation and Control for Chemical
Engineers. International Student Edition. Tokyo: McGraw-Hill, Inc., 1974
5. SEBORG, Dale e.; EDGAR, Thomas F.; MELLICHAMP, Duncan A., Process
Dynamics and Control. New York: John Wiley & Sons, Inc., 1989.
6. JOHNSON, Curtis D. Controlo de Processos: Tecnologia de Instrumentação. 3ª
edicao. Lisboa: Fundacao Calouste Gulbenkian. 1990

AVALIAÇÃO

• 2 TESTES

• TRABALHOS DE CASA

• TRABALHOS LABORATORIAIS

MÉDIA DE FREQUÊNCIA = 0.70 Mtestes + 0.10 TPC + 0.20 lab

DOCENTES:
• engª Isabel Guiamba
• engº Luís Hélder Lucas

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1 INTRODUÇÃO

CONTEÚDO:

1.1 Definição de medição. Objectivos da instrumentação e dos sistemas


de controle
1.2 Unidades das grandezas principais e derivadas
1.3 Métodos de medição
1.4 Medições e erros
1.5 Exactidão e precisão das medições
1.6 Erro absoluto e erro relativo. Desvio
1.7 Cálculos

EXEMPLO TÍPICO DE UMA INSTALAÇÃO QUÍMICA E


CONTROLO DE SISTEMA

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Eliminar a influência de perturbações
externas ao processo
Fi, Ti

Termopar T O controlo com


Set point T - Q h realimentação
F, T
Tsp + é aquele
ε
que ocorre
Condensado
Controlador depois
de a perturbação
Fst
se fazer sentir
Vapor

CSTR com aquecimento


ε = set point - T
Controlo de temperatura com realimentação

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I.1.1 DEFINIÇÃO DE MEDIÇÃO. OBJECTIVOS DA


INSTRUMENTAÇÃO E DOS SISTEMAS DE CONTROLE

MEDIÇÃO - Acto de avaliar a ordem de magnitude de uma dada grandeza física


Medir uma grandeza é determinar o número de vezes (n) que essa grandeza contém
uma outra da mesma espécie escolhida para unidade:

G ( valor da grandeza a medir )


= n
unidade

INTRUMENTAÇÃO - é a ciência da adaptação de dispositivos e técnicas de


medição, indicação, ajuste e controle nos equipamentos e processos de fabricação.

A instrumentação e os sistemas de controle visam:

• A optimização na eficiência dos processos de fabricação.


• A obtenção de um produto de melhor qualidade a um custo mais baixo e em menor
tempo.
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O instrumento ou sistema de instrumentação pode ser:

• Mecânico
• Pneumático
• Hidráulico
• Eléctrico
• Electrónico
• Combinação de quaisquer ou mais formas básicas (ex: electromecânico)

Cada instrumento ou sistema de instrumentação possui 3 dispositivos básicos:


 Detector
 Dispositivo de transferência intermédio (transdutor)
 Dispositivo de saída

Dispositivo
Detector Transdutor
de saída

A instrumentação é indispensável para:

• Incrementar e controlar a qualidade do produto.

• Aumentar a produção e o rendimento.

• Fornecer dados seguros a respeito da matéria-prima, a quantidade


produzida e dados relativos à economia dos processos.

• A execução de funções de inspecção e ensaios com maior rapidez e


fiabilidade.

• Simplificar projectos de pesquisa, desenvolvimento e sistemas de


obtenção de dados complexos.

• Fornecer dados para os sistemas de protecção dos operários, das


fábricas e processos.
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Classificacao ds Instrumentos
Sob o ponto de vista do operador, os instrumentos podem classificar-se em:

Segundo a sua localizacao


a) Instrumentos de painel, localizados na sala de controlo.
b) Instrumentos de campo, localizados na area das unidades operativas.

Segundo a sua funcao


a) Instrumentos de medicao da variavel.
b) Instrumentos de controle da variavel, segundo informacoes fornecidas pelos instrumentos
de medicao.
c) Instrumentos de alarme, que alertam o operador sobre condicoes anormais das variaveis,
dentro das margens de seguranca que o processo e a unidade exigem.

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Segundo as suas caracteristicas


a) Instrumentos Indicadores, nos quais ao valor da variavel é indicado por meio de um
ponteiro em uma escala ou por meio electrico ou digital
b) Instrumentos Registradores, nos quais o valor da variavel é registrado por meio de uma
pena
c) Instrumentos Controladores, que mantem o valor da variavel dentro de certos limites
pre-estabelecidos

Naturalmente, os instrumentos podem desempenhar, simultaneamente, uma ou mais


das funcoes citadas. Podemos, assim , por exemplo encontrar:
simples indicador
simples registrador
simples controlador
indicador-registrador
indicador-controlador
registrador-controlador

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Significado das letras associadas aos Instrumentos
Exemplos:
Letra 1ª Letra 2ª Letra 3ª Letra
Variável medida do função do aparelho Função adicional 1ª Temperatura
processo do aparelho 2ª Registrador
A - Alarme Alarme 3ª Controlador
C Condutibilidade Controlador Controlador
T R C
D Densidade - -
E - Elemento (primário) -
1ª Vazão
F Vazão (Flow) - - 2ª Indicador
G - Visor (Glass) -
I - Indicador - F I
L Nível (Flow) - -
M Humidade (Moisture) - -
1ª Pressão
P Pressão - -
2ª Segurança
R - Registrador - 3ª Válvula
S Velocidade (Speed) Segurança Segurança
T Temperatura - - P S V
V Viscosidade - Válvula
W Peso (Weight) Bainha (Well) -
1ª Nível
2ª Visor

L G
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I.1.2 UNIDADES DAS GRANDEZAS PRINCIPAIS E DERIVADAS

Unidades Fundamentais do SI
• Metro (m) unidade de ...
• Quilograma (kg) unidade de ...
• Segundo (s) unidade de ...
• Ampére (A) unidade de ...
• Grau Kélvin (K) unidade de ...
• Mole (mole) unidade de ...
• Candela (cd) unidade de ...

Unidades Complementares
• Radiano (rad) unidade de ...
• Esterradiano (sr) unidade de ...

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Unidades Derivadas

• Área (m2)
• Volume, capacidade (m3)
• Velocidade (m/s)
• Aceleração (m/s2)
• Densidade, peso específico (kg/m3)
• Força (kg.m/s2 = N)
• Pressão, tensão, módulo de elasticidade (N/m2 = Pa)
• Energia, trabalho (N.m = J)
• Potência (J/s = W)
• Viscosidade dinâmica (Pa.s)
• Viscosidade cinemática (m2/s)

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I.1.3 MÉTODOS DE MEDIÇÃO


Uma medição pode ser:

Directa
Compara-se a grandeza a medir com uma unidade da mesma espécie. Usam-se
aparelhos indicadores previamente graduados por comparação com a unidade da
mesma espécie.

Ex: Medir o comprimento de uma mesa (fita métrica)


Medir a temperatura de um corpo (termómetro)

Indirecta
Aplica-se uma fórmula que relacione a grandeza a medir com outras grandezas.

Ex: Medir a velocidade (v = d/t)


Medir a área (a = c.x.l)
Medir o caudal (Q = V/t)

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I.1.4 MEDIÇÕES E ERROS

Os erros, quanto à sua origem podem ser:

• Erros Sistemáticos
• Erros Fortuitos ou Acidentais
• Erros por Negligência

ERROS SISTEMÁTICOS
• Afectam sempre a medida e sempre no mesmo sentido (mesmo sinal) em relação
ao valor da grandeza.
• É possível prevê-los e eliminá-los.

Podem ser originados por:


 Introdução do aparelho de medida.
 Método usado.
 Deficiências nas escalas, má calibração dos aparelhos, etc.
 Deficiências individuais (físicas e psicológicas).

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ERROS FORTUITOS OU ACIDENTAIS

• Surgem sempre e devido à causas desconhecidas.


• Variam em valor e sinal em relação ao valor da grandeza.
• São impossíveis de eliminar.
• Atenuam-se através de muito cuidado e aumentando o número de medições
paralelas para efeito de tratamento estatístico.

ERROS POR NEGLIGÊNCIA


• São erros grosseiros que alteram consideravelmente os resultados.
• Os resultados que venham afectados por erros de negligência não devem ser
considerados

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I.1.5 EXACTIDÃO E PRECISÃO DAS MEDIÇÕES

EXACTIDÃO - Proximidade entre os valores medidos e o valor verdadeiro ou real


(VV). É afectada pelos erros sistemáticos.

PRECISÃO - Proximidade entre as várias medições entre si. É afectada pelos erros
acidentais.

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I.1.6 ERRO ABSOLUTO E ERRO RELATIVO. DESVIOS.

ERRO ABSOLUTO (∆ ∆abs) - Módulo da diferença entre o valor medido (x) e o valor
verdadeiro (VV).
∆abs = x - VV

ERRO RELATIVO (∆ ∆r) - Quociente entre o erro absoluto e o valor


verdadeiro. Exprime-se normalmente em percentagem. ∆ abs
∆r = .100
VV
Quando não se conhece o valor verdadeiro que se está a calcular, substitui-se pelo
seu valor mais provável (M).

VALOR MAIS PROVÁVEL (M) - Média aritmética dos resultados das determinações
efectuadas.
M =
xi ∑
n
onde: xi - resultado de uma determinação i
n – número de determinações
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DESVIOS (d)- Diferença entre o valor medido (xi) e o valor mais provável (M).
di = xi M

σ)
DESVIO MÉDIO QUADRÁTICO (σ

σ =
∑ di
n −1

• Servem para avaliar a precisão das determinações.


• Quanto menor fôr o valor, mais precisas foram as medições feitas e menos o
resultado é afectado pelos erros acidentais.

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I.1.7 CÁLCULOS
INFLUÊNCIA DOS ERROS DAS MEDIÇÕES NOS RESULTADOS (R)

Regras:
Se: O erro relativo do resultado R será:
R=a.x.y ∆R = ∆x + ∆y
R = a . (x : y) ∆R = ∆x - ∆y
R = a . (x ± y) ∆R = a ( x ∆x ± y ∆y)
R R
R = a . xn . ym ∆R = n.∆x + m.∆y

Onde: R- resultado do cálculo


∆R – Erro relativo do resultado (em %)
∆x e ∆y – erros relativos das medições das grandezas x e y
a – factor sem erro

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CÁLCULOS EXACTOS

ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS - Todos os algarismos desse número, excepto os


zeros da esquerda e os da direita (estes apenas no caso de representarem algarismos de
origem desconhecida ou surgidos após arredondamento). O último algarismo significativo
é duvidoso.
Ex:
0,0035 4 casas decimais
2 algarismos significativos
7,2500 4 casas decimais
3 ou 5 algarismos significativos

O resultado deve ter um número de algarismos significativos tal que só o último dele
seja duvidoso.

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ADIÇÕES E SUBTRACÇÕES - Considera-se menos precisa a parcela que tenha


menos casas decimais. O resultado deve ser arredondado de forma a conter o mesmo
número de casas decimais que a parcela com menos casas decimais.

Ex: x = 5,27 + 0,08 + 3,7 + 2,12


x = 11,17 este resultado deve ser arredondado para ter 1 c.d.
x = 11,2

MULTIPLICAÇÕES E DIVISÕES - O número menos preciso é o que tem menos


algarismos significativos. O resultado terá o mesmo número de algarismos
significativos que o factor com menor número de algarismos significativos.
0 ,1290 x 35 , 45 x 100
Ex: x=
143 ,3 x 0 , 0536

x = 59,54% este resultado deve ser arredondado para conter 3 a.s.


x = 59,5

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