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CONHECIMENTOS

PEDAGÓGICOS
PROF. PATRICK MENEGHETTI
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@opatrickmeneghetti

CPC CONCURSOS
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CURRÍCULO
 O que é?
 Para que serve?
 A quem se destina?
 Como se constrói?
 Como se implementa?
TEORIAS DO CURRÍCULO
TEORIAS TRADICIONAIS: ensino, aprendizagem,
avaliação, metodologia, didática, organização,
planejamento, eficiência, objetivos.

TEORIAS CRÍTICAS: ideologia, reprodução cultural


e social, poder, classe social, capitalismo, relações
sociais de produção, conscientização, emancipação
e libertação, currículo oculto, resistência.
TEORIAS PÓS-CRÍTICAS: identidade, alteridade,
diferença, subjetividade, significação e discurso,
saber-poder, representação, cultura, gênero, raça,
etnia, sexualidade, multiculturalismo.
O QUE É CURRÍCULO
ESCOLAR?
Em sentido restrito, currículo escolar é o conjunto de
matérias a serem ministradas em determinado curso
ou grau de ensino. Neste sentido, o currículo
abrange dois outros conceitos importantes:
ALGUNS DOCUMENTOS
PLANO DE ESTUDOS
É a lista de matérias que devem ser ensinadas em
cada grau ou ano escolar, com indicação do tempo
de cada uma, expressa geralmente em horas e
semanas.
PLANO DE ENSINO
O plano de ensino ou programa da disciplina deve
conter os dados de identificação da disciplina,
ementa, objetivos, conteúdo programático,
metodologia, avaliação e bibliografia básica e
complementar da disciplina.
PLANO DE ENSINO
Será o plano de ensino que norteará o trabalho
docente e facilitará o desenvolvimento da disciplina
pelos alunos. Além disso, ao elaborar o plano de
ensino, o professor deve se questionar: O que eu
quero que meu aluno aprenda?
PLANO DE ENSINO
Para isso, o plano de ensino deve ser norteado pelo
perfil do aluno que o curso vai formar e também de
acordo com as concepções do projeto pedagógico
de um curso.
TIPOS DE CURRÍCULO
Segundo Libâneo (2004), O CURRÍCULO REAL é
aquele planejado pela rotina do professor, cuja a
essência está na contextualização dos conteúdos.
Ele é norteado por moldes do currículo formal que
ao ser aplicado, praticando em sala de aula
possibilita o ato de repensar seus conceitos e
conceber competências de caráter conceitual,
procedimento e atitudinal.
O mesmo teórico Libâneo (2004) conceitua o
CURRÍCULO OCULTO, como práticas que não
estão prescritas, mas é existente e está presente
no planejamento. O currículo Oculto se resume
em práticas, atitudes, comportamentos e
percepções geradas no meio social e escolar.
O CURRÍCULO PRESCRITO não é concebido pela
comunidade escolar ou a partir de uma
concepção atender as diversidades. É um conjunto de
pressupostos leais e convenções que regulamenta de
forma homogênea o papel de transmitir “uma cultura”
com um único currículo para todo território nacional. O
Currículo Prescrito se limita a convenções normativas
produzidas nos gabinetes das secretarias federais,
estaduais e municipais de educação.
TERMOS IMPORTANTES
O que diz a Legislação...
LDB (Lei 9.394/96)
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino
fundamental e do ensino médio devem ter base
nacional comum, a ser complementada, em cada
sistema de ensino e em cada estabelecimento
escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e dos educandos.
A Base é
Os currículos o rumo.
É aonde
são os caminhos queremos
chegar
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem
abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua
portuguesa e da matemática, o conhecimento do
mundo físico e natural e da realidade social e
política, especialmente do Brasil.
§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas
expressões regionais, constituirá componente
curricular obrigatório da educação básica.
§ 3º A educação física, integrada à proposta
pedagógica da escola, é componente curricular
obrigatório da educação básica, sendo sua prática
facultativa ao aluno:
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior
a seis horas;
II – maior de trinta anos de idade;
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou
que, em situação similar, estiver obrigado à prática
da educação física;
IV – amparado pelo Decreto-lei nº 1.044, de 21 de
outubro de 1969;
VI – que tenha prole.
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta
as contribuições das diferentes culturas e etnias
para a formação do povo brasileiro, especialmente
das matrizes indígena, africana e europeia.
§ 5º No currículo do ensino fundamental, a partir do
sexto ano, será ofertada a língua inglesa.
§ 6º As artes visuais, a dança, a música e o teatro
são as linguagens que constituirão o componente
curricular de que trata o § 2º deste artigo.
§ 7º A integralização curricular poderá incluir, a
critério dos sistemas de ensino, projetos e pesquisas
envolvendo os temas transversais de que trata o
caput.
§ 8º A exibição de filmes de produção nacional
constituirá componente curricular complementar
integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a
sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas)
horas mensais.
§ 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à
prevenção de todas as formas de violência contra a
criança e o adolescente serão incluídos, como
temas transversais, nos currículos escolares de que
trata o caput deste artigo, tendo como diretriz a Lei
nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), observada a produção e
distribuição de material didático adequado.
§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares
de caráter obrigatório na Base Nacional Comum
Curricular dependerá de aprovação do Conselho
Nacional de Educação e de homologação pelo
Ministro de Estado da Educação.
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino
fundamental e de ensino médio, públicos e privados,
torna-se obrigatório o estudo da história e cultura
afrobrasileira e indígena. § 1º O conteúdo
programático a que se refere este artigo incluirá
diversos aspectos da história e da cultura que
caracterizam a formação da população brasileira, a
partir desses dois grupos étnicos, tais como o
estudo da história da África e dos africanos,
a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a
cultura negra e indígena brasileira e o negro e o
índio na formação da sociedade nacional,
resgatando as suas contribuições nas áreas social,
econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura
afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros
serão ministrados no âmbito de todo o currículo
escolar, em especial nas áreas de educação artística
e de literatura e história brasileiras.
Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação
básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes:
I – a difusão de valores fundamentais ao interesse
social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de
respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II – consideração das condições de escolaridade dos
alunos em cada estabelecimento;
III – orientação para o trabalho;
IV – promoção do desporto educacional e apoio às
práticas desportivas não formais.
Art. 28. Na oferta de educação básica para a
população rural, os sistemas de ensino promoverão
as adaptações necessárias à sua adequação às
peculiaridades da vida rural e de cada região,
especialmente:
I – conteúdos curriculares e metodologias
apropriadas às reais necessidades e interesses dos
alunos da zona rural;
II – organização escolar própria, incluindo
adequação do calendário escolar às fases do ciclo
agrícola e às condições climáticas;
III – adequação à natureza do trabalho na zona
rural.
Parágrafo único. O fechamento de escolas do
campo, indígenas e quilombolas será precedido de
manifestação do órgão normativo do respectivo
sistema de ensino, que considerará a justificativa
apresentada pela Secretaria de Educação, a análise
do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação
da comunidade escolar.
PRAZER DE CASA
1. Leitura dos artigos 32 a 34.
LEITURA COMPLEMENTAR
1. Diversidade e currículo.
DIVERSIDADE E
CURRÍCULO
Que indagações o trato pedagógico da diversidade
traz para o currículo? Como a questão da
diversidade tem sido pensada nos diferentes
espaços sociais, principalmente, nos movimentos
sociais? Como podemos lidar pedagogicamente
com a diversidade?
Do ponto de vista cultural, a diversidade pode ser
entendida como a construção histórica, cultural e
social das diferenças. A construção das diferenças
ultrapassa as características biológicas, observáveis
a olho nu.
As diferenças são também construídas pelos
sujeitos sociais ao longo do processo histórico e
cultural, nos processos de adaptação do homem e
da mulher ao meio social e no contexto das relações
de poder.
Sendo assim, mesmo os aspectos tipicamente
observáveis, que aprendemos a ver como diferentes
desde o nosso nascimento, só passaram a ser
percebidos dessa forma, porque nós, seres
humanos e sujeitos sociais, no contexto da cultura,
assim os nomeamos e identificamos. A diversidade
faz parte do acontecer humano.
Parafraseando Boaventura de Sousa Santos, ao
discutir a relação entre diversidade e organização
dos tempos e espaços escolares, podemos dizer
que estamos diante de questões fortes que indagam
o currículo das nossas escolas e por isso exigem
respostas igualmente fortes e ágeis.
A diversidade é muito mais do que o conjunto das
diferenças. Ao entrarmos nesse campo, estamos
lidando com a construção histórica, social e cultural
das diferenças a qual está ligada às relações de
poder, aos processos de colonização e dominação.
Portanto, ao falarmos sobre a diversidade (biológica
e cultural) não podemos desconsiderar a construção
das identidades, o contexto das desigualdades e das
lutas sociais.
A diversidade indaga o currículo, a escola, as suas
lógicas, a sua organização espacial e temporal. No
entanto, é importante destacar que as indagações
aqui apresentadas e discutidas não são produtos de
uma discussão interna à escola. São frutos da inter-
relação entre escola, sociedade e cultura e, mais
precisamente, da relação entre escola e movimentos
sociais.
Assumir a diversidade é posicionar-se contra as
diversas formas de dominação, exclusão e
discriminação. É entender a educação como um
direito social e o respeito à diversidade no interior de
um campo político.
COMO CAI!
01 (FUNDATEC 2019 – TAE IFFAR) Currículo é um
importante elemento constitutivo da organização
escolar. Currículo implica, necessariamente, a
interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo
e a opção por um referencial teórico que o sustente.
Nesse sentido, assinale V, se verdadeiro, ou F, se
falso, quanto aos pontos que devem ser
considerados na organização curricular:
( ) O primeiro ponto é o de que o currículo não é um
instrumento neutro. O currículo passa ideologia, e a
escola precisa identificar e desvelar os componentes
ideológicos do conhecimento escolar que a classe
dominante utiliza para a manutenção de privilégios.
( ) O segundo ponto é o de que o currículo não pode
ser separado do contexto social, uma vez que ele é
historicamente situado e culturalmente determinado.
( ) O terceiro ponto diz respeito ao tipo de
organização curricular que a escola deve adotar. Em
geral, as instituições têm sido orientadas para a
organização hierárquica e fragmentada do
conhecimento escolar.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é:
A) V – V – V.
B) F – V – F.
C) V – F – V.
D) F – F – V.
E) F – F – F.
02 (FUNDATEC 2019 – TAE IFFAR) Os currículos dos
cursos de formação de docentes terão por referência
o(a):
A) Fórum Nacional de Educação.
B) Base Nacional Comum Curricular.
C) Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira.
D) Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica.
E) Conselho Nacional de Educação.
03 (FUNDATEC 2019 – TAE IFFAR) O conceito de
diversidade tornou-se importante para orientar a
construção de políticas públicas, principalmente nas
áreas da cultura, do emprego e da educação, devido
à garantia das condições materiais básicas para
todos. No âmbito das discussões sobre educação,
tornou-se mais intensa sob os conceitos de:
I. Multiculturalidade.
II. Pluralidade cultural.
III. Interculturalidade.
Quais estão corretas?
A) Apenas I. D) Apenas I e III.
B) Apenas II. E) I, II e III.
C) Apenas III.
04 (FUNDATEC 2019 – TAE IFFAR) A diversidade
deve ser compreendida como um valor em que
estão articuladas as seguintes ideias: igualdade na
diferença, diferença na igualdade, diferença
socialmente transformada em desigualdade. Nesse
sentido, relacione a Coluna 1 à Coluna 2, quanto ao
significado dessas ideias.
Coluna 1
1. Igualdade na diferença.
2. Diferença na igualdade.
3. Diferença socialmente transformada em desigualdade.
Coluna 2
( ) As especificidades dos indivíduos devem ser consideradas.
( ) Caracteriza-se pela desvalorização das diferenças e
negação dos direitos humanos.
( ) Valoriza a humanidade com base nos direitos humanos.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é:
A) 1 – 3 – 2.
B) 2 – 1 – 3.
C) 3 – 1 – 2.
D) 2 – 3 – 1.
E) 3 – 2 – 1.
05 (OBJETIVA 2019 – CONCURSOS MUNICIPAIS) Segundo MUNANGA,
marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a
alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(---) O que chamamos de currículo invisível é a transmissão dos valores, dos
princípios de conduta e das normas de convívio, ou, numa palavra, dos
padrões socioculturais inerentes à vida comunitária, de maneira informal e não
explícita, permitindo uma afirmação positiva da identidade dos membros de um
grupo social.
(---) Currículo oculto são as cadernetas de frequência, os sinais de entrada e
saída que devem ser obedecidos, a disciplina imposta na sala de aula, o
sistema de recompensas e castigos, etc., que não são admitidos como parte
do currículo, embora toda a experiência escolar dos alunos seja regida pelos
verdadeiros rituais que se organizam em torno dessas formas de controle.
a) C - C.
b) E - C.
c) C - E.
d) E - E.
06 (OBJETIVA 2019 – CONCURSOS MUNICIPAIS) Segundo
o disposto por ZABALA, quanto aos materiais curriculares e à
tipologia de conteúdos, assinalar a alternativa que preenche as
lacunas abaixo CORRETAMENTE:
Os materiais curriculares para a aprendizagem dos conteúdos
______________ terão que oferecer exercícios
______________, de certo modo repetitivos.
Esses exercícios, convenientemente sequenciados, devem
possibilitar a realização de atividades que deem lugar de forma
progressiva à aquisição dos requisitos prévios necessários
para o seu completo domínio.
a) conceituais - complexos
b) procedimentais - concretos
c) atitudinais - genéricos
d) factuais - subjetivos
GABARITO
01 A 02 B 03 E 04 D 05 A 06 B
FONTE: Brasil. Ministério da Educação. Indagações sobre currículo: diversidade e
currículo. Brasília: MEC, 2007. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag4.pdf

CARVALHO, J. A.; RAMOS E.; GONÇALVES, R. Sistema: modelo conceptual de


um objecto. 2002. Disponível em:
<http://piano.dsi.uminho.pt/~jac/SI/zdocumentos/sistemas.pdf>.

Vanessa Cristhina Gatto CHIMENDES; Herlandí de Souza ANDRADE; Adriano


Carlos Moraes ROSA; Yara Cristina Costa Rocha MIRANDA; Messias Borges
SILVA. Práticas pedagógicas para desenvolver o espírito crítico científico no
aluno. Disponível em: http://www.revistaespacios.com/a18v39n49/18394910.html
PROF. PATRICK MENEGHETTI
(55)981606113
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CPC CONCURSOS
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