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DEUS

Embora Deus não se possa definir porque isso seria


limitar o Infinito, há quem O limite ao grau superlativo
das suas concepções e há também quem O negue.
Aqueles que O negam procuram explicar todos os
fenómenos da Vida através de concepções humanas, mas
todos os humanos são falíveis e, portanto, esbarram
sempre com incógnitas que não conseguem explicar.
A essas incógnitas poderemos chamar Deus, pois que
ultrapassam os conhecimentos das maiores inteligências
do mundo. Muitos até, para não lhe darem o nome de
Deus, chamam acaso às coisas que não sabem explicar.
A concepção mais aceitável da existência de Deus é a
concepção Espírita, porque parte do princípio básico de
todas as ciências: Não há efeito sem causa…!
Assim Deus, para os espíritas, é a Inteligência Suprema do
Universo, causa primária de todas as coisas.
Há, porém, uma outra concepção que também é aceitável
e que algumas religiões adoptam: Deus é Amor ! e ainda:
Deus é Espírito.!
E quem sabe se o Amor e o Espírito não são a causa
primária de todas as coisas…?
Não foi Jesus que nos advertiu: Procurai em primeiro
lugar o Reino de Deus e tudo o mais vos será
acrescentado…?
Ora se o Reino de Deus é o amor radicado nos corações
humanos, todos aqueles que tiverem em si esse reino, no
sentido mais lato do termo, terão em si a concepção mais
lata da existência de Deus.
Há quem afirme que Deus é o Infinito mas não podemos
aceitar essa asserção porque o Infinito é criação Sua. Por
isso alguém afirmou que Deus é tudo que não é Deus,
porque tudo é obra de um poder que transcende a
compreensão dos homens.
Deus, de facto, não existe como homem, como um ser,
como algo definido.
Nós vemos a Sua obra mas não O vemos a Ele, embora
possamos senti-Lo em Amor por tudo quanto nos rodeia,
por toda a Natureza, por todo o Universo, pois que Deus
é Amor e vive em toda a Sua obra.
Nós próprios fazemos parte integrante da Sua existência
e é por isso que podemos aceitar a afirmação de Jesus de
que Deus está dentro de nós, no mais profundo dos
nossos sentimentos.
No que respeita aos atributos divinos O consideramos
Omnisciente, Omnipotente e Omnipresente.
Omnisciente porque transcende toda a ciência humana. É
uma ciência sem limites.
Omnipotente porque o Seu poder não pode ser
padronizado nem padronizar nos maiores potenciais
humanos. É, portanto, um poder que não se pode
conceber porque é infinito.
Omnipresente porque se manifesta imanente em toda a
Sua obra, jamais igualado por qualquer ser mortal porque
é igualmente infinito, como infinito é o Seu Amor.
Não existe mente terrena que seja capaz de conceber
Deus na sua mais lata transcendência.
Deus é Amor e só em Espírito e Verdade se deve adorar.
Assim O poderemos sentir, somente amando toda a obra
da Natureza, onde Ele se encontra imanente; amando a
criatura porque tudo é filho de Deus, tudo é nosso irmão
e o Amor é Deus em nós para nos religarmos a Ele através
do Amor que devemos uns aos outros.
Deus, como substância é Espírito; como essência é Amor;
como suprema Inteligência é Vida. Não há vida sem Deus
e nessa Vida se contém a substância, a essência e a
inteligência elevadas ao Infinito.
Não podemos provar que Deus existe senão pela obra
imanente que vai muito além da inteligência humana e
ninguém será capaz de provar que Ele não existe porque
quem procurasse fazê-lo teria que negar-se a si mesmo.

Fraternidade

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