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Patrícia Mussengue

Shineiyd Chan Long

Autismo na Criança e adolescentes

Licenciatura em Psicologia Educacional

CADEIRA DE DIAGNOSTICO INTERVENÇÃO DOS PROBLEMAS DO


DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Docente:
Ph.D: Raphael Benny

Beira
2023
Índice
Introdução........................................................................................................................................3

Autismo............................................................................................................................................4

Descoberta do autismo.....................................................................................................................4

Família e Autismo............................................................................................................................5

Formas de tratamento do Autismo...................................................................................................7

Aloterapia........................................................................................................................................8

Musicoterapia..................................................................................................................................8

Medicamentos..................................................................................................................................9

O Autismo Pode ser Curado?........................................................................................................12

Referências bibliográficas.............................................................................................................14

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Introdução
No trabalho em curso abordar-se-a sobre o autismo, suas causas e suas formas de tratamento. A
base desse projeto é a apresentação de diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista TEA, e
também trabalhar com as possíveis formas de tratamentos disponíveis na atualidade, focando em
cada uma delas e explicitando suas práticas. Um assunto de grande valia, que possivelmente
abarca um grande público-alvo. O TEA é considerado um transtorno de neurodesenvolvimento e
várias são as formas tratáveis, além das formas de intervenções, cada uma com sua importância e
adequação individual para cada caso. Falar sobre cada tópico detalhado foi a prioridade desse
projeto.

OBECTIVOS

Objectivo geral

 Conhecer o autismo e a forma de como diagnosticar o problema.

Objectivo especifico

 Estudar o autismo na infancia;

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Transtorno do espectro

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neuro desenvolvimento caracterizado


por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, deficits na comunicação e na
interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um
repertório restrito de interesses e atividades.

Sinais de alerta no neuro desenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses
de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é
maior no sexo masculino.

A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e


encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce
possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuro plasticidade
cerebral.

Ressalta-se que o tratamento oportuno com estimulação precoce deve ser preconizado em
qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de
confirmação diagnóstica.

Etiologia

A etiologia do transtorno do espectro autista ainda permanece desconhecida. Evidências


científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e
ambientais. A interação entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é
importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais.
Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de TEA em pessoas geneticamente
predispostas. Embora nenhum destes fatores pareça ter forte correlação com aumento e/ou
diminuição dos riscos, a exposição a agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico,
uso de substâncias (como ácido valpróico) durante a gestação, prematuridade (com idade
gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (< 2.500 g), gestações múltiplas,
infeção materna durante a gravidez e idade parental avançada são considerados fatores
contribuintes para o desenvolvimento do TEA.

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Fatores de risco para um componente genético

Evidências indicam influência de alterações genéticas com forte herdabilidade, mas trata-se de
um distúrbio geneticamente heterogêneo que produz heterogeneidade fenotípica (características
físicas e comportamentais diferentes, tanto em manifestação como em gravidade). Apesar de
alguns genes e algumas alterações estarem sendo estudadas, vale ressaltar que não há nenhum
bio marcador específico para TEA.

Diagnóstico

O diagnóstico de TEA é essencialmente clínico, feito a partir das observações da criança,


entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos. Instrumentos de vigilância do
desenvolvimento infantil são sensíveis para deteção de alterações sugestivas de TEA, devendo
ser devidamente aplicados durante as consultas de puericultura na Atenção Primária à Saúde. O
relato/queixa da família acerca de alterações no desenvolvimento ou comportamento da criança
tem correlação positiva com confirmação diagnóstica posterior, por isso, valorizar o
relato/queixa da família é fundamental durante o atendimento da criança.

Manifestações agudas podem ocorrer e, frequentemente, o que conseguimos observar são


sintomas de agitação e/ou agressividade, podendo haver auto ou hetera agressividade. Estas
manifestações ocorrem por diversos motivos, como dificuldade em comunicar algo que gostaria,
alguma dor, algum incômodo sensorial, entre outros. Nestes momentos é fundamental tentar
compreender o motivo dos comportamentos que estamos observando, para então propor
estratégias que possam ser efetivas. Dentre os procedimentos possíveis temos: estratégias
comportamentais de modificação do comportamento, uso de comunicação suplementar e/ou
alternativa como apoio para compreensão/ expressão, estratégias sensoriais, e também
procedimentos mais invasivos, como contenção física e mecânica, medicações e, em algumas
situações, intervenções em unidades de urgência / emergência

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Sou Paciente, familiar ou cuidador

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é resultado de alterações físicas e funcionais do


cérebro e está relacionado ao desenvolvimento motor, da linguagem e comportamental.

O TEA afeta o comportamento da criança. Os primeiros sinais podem ser notados em bebês nos
primeiros meses de vida. No geral, uma criança com transtorno do espectro autista pode
apresentar os seguintes sinais:

 Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar


expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e
fazer amigos
 Dificuldade na comunicação, caracterizado por uso repetitivo da linguagem e dificuldade
para iniciar e manter um diálogo
 Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas,
interesse intenso em coisas específicas e dificuldade de imaginação

Se você acha que seu filho (ou a criança pela qual você é responsável) não está se
desenvolvendo conforme os marcos apresentados na caderneta da criança, procure um
profissional de saúde da Atenção Primária à Saúde (Posto ou Unidade Básica).

É neste local que deve ser feita a avaliação inicial e definição da necessidade de
encaminhamento para um especialista.

Embora ainda não tenha cura, o TEA pode ser tratado de inúmeras formas. Com o apoio de uma
equipe multidisciplinar (diferentes profissionais), a criança pode desenvolver formas de se
comunicar socialmente e de ter maior estabilidade emocional.

Nenhuma criança com TEA pode ser discriminada em função de suas dificuldades ou impedida
de frequentar qualquer lugar público.

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O que causa o autismo

Houve muita confusão quanto às causas do autismo nas primeiras duas décadas seguintes a sua
primeira descrição. A especulação começou na década de 1950, concentrando-se nos fatores
psicossociais. Entretanto, durante as décadas de 1960 e 1970, começaram a se acumular as
evidências mostrando que o transtorno era uma condição com base cerebral e fortemente
genética. Aspectos neurobiológicos do autismo Foram necessárias várias décadas para que se
tornasse claro que o autismo era um transtorno com forte base cerebral.

Essas observações, combinadas com a considerável confusão diagnóstica sobre a psicose infantil
e com a forte abordagem psicossocial que costumava ser utilizada na compreensão da doença
mental, levaram os primeiros profissionais a sugerir psicoterapia para “remediar” as dificuldades
no vínculo parental que presumivelmente causava autismo.

Com o passar do tempo, no entanto, tornou-se claro que havia fortes evidências de que o autismo
tinha base cerebral, devido ao frequente desenvolvimento de transtorno convulsivo durante a
infância um tema que discutiremos mais detalhadamente em capítulos posteriores. Os
pesquisadores começaram a olhar com convicção para a base cerebral do transtorno.

A importância e a gravidade das dificuldades no processamento social e de outras informações


nas várias áreas de desenvolvimento são, agora, consideradas para sugerir a implicação de um
conjunto de sistemas neurais muito diverso e amplamente distribuído. Ao mesmo tempo, está
claro que alguns aspectos do funcionamento neurocognitivo estão poupados e podem até mesmo,
em alguns casos, ser muito superiores, por exemplo, com a presença eventual de habilidades
savant. Cientistas realizaram estudos de neuroimagem da estrutura e da função do cérebro.
Parece haver diferenças na amígdala e no tamanho total do cérebro. Este parece aumentar entre 2
e 4 anos, com o crescimento desacelerando após esse período, de modo que, no fim da
adolescência, o tamanho do cérebro é apenas um pouco maior.

Esses estudos foram complementados por outras abordagens. Por exemplo, estudos de autópsias
são relativamente incomuns, mas os trabalhos disponíveis sugeriram diferenças na estrutura
cortical, sobretudo naquelas regiões do cérebro envolvidas no processamento socioafetivo de
modo específico, a amígdala, o hipocampo, o septo, o giro do cíngulo anterior e os corpos

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mamários; regiões fortemente interconectadas que compreendem o sistema límbico. A
interpretação das alterações comportamentais foi desafiadora. Além do mais, os aspectos
desenvolvimentais do autismo simplesmente não pareciam ser observados. Entretanto, com a
descoberta de transtornos de único gene, como a síndrome do X frágil e a síndrome de Rett,
agora é possível produzir modelos animais geneticamente modificados, e trabalhos estimulantes
sobre os mecanismos genéticos básicos estão em andamento e podem inclusive conduzir a
tratamentos. Fatores genéticos No primeiro estudo do autismo em gêmeos (Folstein & Rutter,
1977), ficou evidenciado o forte papel dos fatores genéticos na etiologia do transtorno. Estudos
posteriores com gêmeos confirmaram esses achados com

Formas de tratamento do Autismo


A variedade de terapias, voltadas para o tratamento do autismo, se deve às diversas
características que apresentam e à grande diferenciação na apresentação dos casos. Veremos que
cada uma atende a uma necessidade específica. O melhor resultado não é obtido pela frequência
de todas as terapias disponíveis. De nada adianta sobrecarregaremos os autistas com uma
maratona de tratamentos. Os êxitos virão na medida em que se puder conciliar as necessidades
do autista com as de sua família, sejam necessidades físicas, afetivas, sociais e financeiras.

Psicoterapia

A psicoterapia tem um papel essencial nos tratamentos desses quadros e recomenda-se,


principalmente, o uso de abordagem relacional, com ênfase no controle emocional, na
modificação de comportamento e na resolução de problemas. As técnicas psicoterapêuticas
utilizadas com autistas geralmente observam três fases.

A primeira fase envolve a superação do isolamento. Na segunda fase, o terapeuta fornecerá os


limites iniciais, ajudando a criança a desenvolver seus próprios limites. Finalmente, na terceira
fase, haverá a tentativa do terapeuta de compreender o conflito que ocasionou a retração.

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Aloterapia

A aloterapia ou terapia alotriótica é mais um recurso no tratamento de crianças autistas. Já temos


hoje, à nossa disposição, um arsenal terapêutico mais diversificado para o tratamento de crianças
autistas. Foi no sentido de acrescentar um novo recurso a este acervo que foi desenvolvido um
método original que introduz a hipnose analítica, que permite trabalhar simultaneamente a mãe e
a criança na sessão. A este modelo clínico deu-se o nome de aloterapia ou terapia alotriótica. O
termo alotriose vem do grego e significa "autoalienação" e é utilizado para se referir à hipnose
usada no contexto psicanalítico. Esta terapia não pretende substituir nenhum outro tratamento,
mas agir como coadjuvante, colaborando com eles. No método aloterápico, que vem sendo
utilizado desde 1997, a mãe é submetida a um processo hipnótico na presença da criança, já que
crianças autistas não são hipnotizáveis. Como o modelo tem uma base psicanalítica, que
privilegia a diferenciação, as técnicas de indução hipnótica variam conforme as características de
cada mãe. A aloterapia é um método novo e em evolução, que vem apresentando efeitos
significativos e com visibilidade para todos que convivem com estas crianças.

Musicoterapia
A Musicoterapia e uma modalidade terapêutica que utiliza a música, enquanto som e movimento,
para (re) estabelecer um canal de comunicação e, desta forma, possibilitar a prevenção,
tratamento e/ou reabilitação de problemas e necessidades físicas, mentais, emocionais, cognitivas
e sociais. A Música na Musicoterapia não é o objetivo final, mas sim o meio pelo qual paciente e
terapeuta se comunicam e interagem.

Não é necessário que o paciente tenha algum tipo de conhecimento musical teórico ou prático
prévio, pois o elemento essencial na Musicoterapia é a expressão musical do paciente.

Não há, portanto, restrição de idade, de condição (psíquica, motora, social, etc.) ou de
conhecimento musical. O processo terapêutico é construído pelo fazer musical do paciente e do
terapeuta, e engloba uma série de atividades tais como cantar, tocar um instrumento, improvisar,
compor, ouvir música e sons diversos, movimentar-se a partir de um estímulo sonoro-musical,
etc.

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Durante este processo, os problemas e as necessidades são acossados diretamente por meio da
atividade musical e/ou por meio da relação interpessoal que se desenvolve entre o
musicoterapeuta e o paciente durante a atividade musical.

De acordo com as necessidades, habilidades e capacidades do paciente ou grupo, o atendimento


pode ser dirigido a um trabalho focal ou global. O trabalho focal se caracteriza pela diminuição
ou eliminação de sintomas, tais como estereotipias, mudanças qualitativas e/ou quantitativas na
comunicação, dificuldades ou atrasos motores e cognitivos, entre outros, não se tratando apenas
de uma manipulação ou adequação de comportamentos, mas sim de uma ressignificação dos atos
e dos processos psíquicos. O trabalho global, por sua vez, busca descobrir as potencialidades do
indivíduo, proporcionando-lhe meios para expiará-Ias e desenvolvê-las, permitindo ao indivíduo,
então, retomar o seu processo de desenvolvimento.

Medicamentos
O grupo de transtornos neuropsiquiátricos, compreendendo os transtornos globais do
desenvolvimento, inclui o transtorno autístico. O autismo manifesta-se em tenra idade e persiste,
normalmente, durante a vida adulta. Caracteriza-se também pela anormalidade na comunicação e
no desenvolvimento social e pela restrição do repertório de atividades e interesses. O autista
apresenta comportamentos hiperativo, agressivo e injuriosos em relação a si e aos outros, assim
como pensamentos e comportamentos interferentes e repetitivos. Estima-se que 66% dos
afetados mantêm severos comprometimentos no seu desenvolvimento e jamais atingem uma
função social independente. Diversos são os fatores que podem desencadear o autismo, dentre os
quais se incluem o desequilíbrio nos sistemas neuro químicos e fatores genéticos. Devido aos
enormes custos psicossociais, clínicos e econômicos, é de se considerar essencial à administração
de medicamentos que possam contribuir para a redução do sintoma autísticos.

A prescrição desses medicamentos só pode ser realizada por médicos especialistas, tais como o
psiquiatra ou o neurologista e, por serem drogas que podem apresentar os mais diversos efeitos
colaterais, suas receitas médicas sempre ficam retidas nas farmácias.

É fundamental que o médico sempre acompanhe todos os efeitos que esses medicamentos
ocasionem, pois é pelo relato dos pais e pela observação direta do paciente que poderão ser feitos
os ajustes necessários à medicação.

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Medicamentos 21 Geralmente, as adaptações a essas medicações não ocorre rapidamente, e é
preciso ter paciência e dedicação até que estejam perfeitamente ajustadas, proporcionando o
aumento do nível de compreensão e redução da atividade motora do autista.

Muitas vezes, o profissional precisará, nesse período de adaptação, alterar não apenas a dosagem
da medicação mas também o próprio remédio na busca de melhor eficácia. Informe-se com o
médico sobre os horários que deverão ser administrados os remédios, se antes ou após as
refeições, e sempre que outro medicamento for introduzido por outro profissional, o
neurologista/psiquiatra deve ser informado, pois pode haver modificação do efeito dos remédios
psiquiátricos quando tomados com outras medicações. Pelo menos uma vez por ano, deve ser
realizado exame de sangue, a fim de verificar se está havendo impregnação dos medicamentos
no organismo. Sempre peça esclarecimentos ao profissional diante dos remédios que forem
prescritos. É sempre recomendável que os pais anotem todas as medicações que forem sendo
dadas aos autistas como forma de acompanhar o tratamento. A participação dos pais nas
consultas é importante não somente para que o médico esteja acompanhando o paciente, mas
também para dialogar com o profissional no que se refere a dúvidas, possibilidades e
expectativas da família diante do tratamento.

Pediatria/Clínica Geral Na maior parte dos casos, é o pediatra ou o clínico geral quem primeiro
recebe o autista. Devido às desgastantes exigências de avaliações até que se chegue ao
diagnóstico de autismo, e devido à necessidade de utilização de diversos instrumentos
terapêuticos ao longo da vida do autista, faz-se necessários que essas ações sejam coordenadas
por um profissional, dentre os quais o pediatra/clínico geral adquirem um perfil particularmente
adequado a esta função, por terem uma visão global do paciente.

O autista, por possuir meios de comunicação muito diferenciados do padrão normal, não
consegue se fazer entender em situações que requeiram intervenções de urgência, ou mesmo nas
várias situações incômodas, e pode se tornar extremamente violento ou apático, como formas de
expressar seu estado clínico.

O acompanhamento periódico do pediatra ou do clínico geral, junto ao autista, pode colaborar


para um melhor diagnóstico e para o estabelecimento de condutas terapêuticas adequadas. Esse
trabalho poderá ser enriquecido se o profissional se dispuser a interagir com o autista, sua família

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e seu ambiente doméstico, pois esta proximidade facilitará emergir um conhecimento mais
ampolo e, portanto, significativo.

Tratamento Médico 29 Odontologia É muito frequente entre os autistas o ranger dos dentes,
também chamado de bruxismo, que vai desgastando a dentição, podendo levar à eliminação de
vários dentes, o que comprometerá a mastigação e a dentição definitiva, tornando se necessária a
utilização de placa para impedir o contato direto das arcadas superior e inferior, que deverá ser
trocada periodicamente, conforme o reposicionamento da dentição.

A ida ao dentista não é uma atividade das mais prazerosas, mas para que não se tornem inviáveis
os tratamentos necessários, é preciso que as consultas sejam conduzidas com firmeza, tanto pelo
profissional, como pelos pais ou seus substitutos. Muitas vezes, são necessárias várias consultas
ao dentista para que o autista possa se familiarizar com os instrumentos e, assim, colaborar no
tratamento. Hoje, já existem dentistas que se especializam no atendimento a deficientes. Essa
especialização não é condição essencial para o êxito do tratamento.

O resultado dependerá muito mais da habilidade do profissional frente às características


comportamentais de cada paciente do que de conhecimentos específicos desta síndrome. Por essa
razão, em princípio, qualquer dentista está apto a atender um autista.

O Autismo Pode ser Curado?


O saber médico sempre considerou, por definição, o autismo como uma disfunção de longa
duração, no qual seus portadores podem apresentar determinadas melhorias, mas nunca superar o
autismo. Hoje, conta-se com um número significativo de relatos de indivíduos que apresentam
nítidos sintomas de recuperação do autismo.

São casos constatados de autistas em que marcantes sintomas, como a aparente impossibilidade
da visão, da audição, da fala e fortes deficiências psicomotoras, foram totalmente superadas.
Indivíduos que adquiriram plena autonomia, antes inexistente, para se alimentar, vestir-se e em
seus hábitos de higiene.

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Conclusão

No término do trabalho concluímos que o saber médico sempre considerou, por definição, o
autismo como uma disfunção de longa duração, no qual seus portadores podem apresentar
determinadas melhorias, mas nunca superar o autismo. Hoje, conta-se com um número
significativo de relatos de indivíduos que apresentam nítidos sintomas de recuperação do
autismo.

São casos constatados de autistas em que marcantes sintomas, como a aparente impossibilidade
da visão, da audição, da fala e fortes deficiências psicomotoras, foram totalmente superadas.
Indivíduos que adquiriram plena autonomia, antes inexistente, para se alimentar, vestir-se e em
seus hábitos de higiene.

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Referências bibliográficas
ARDORE, Marilena; REGEN, Mina; HOFFMANN, Vera Maria. Eu tenho um irmão deficiente.
São Paulo: APAE, Edições Paulinas, 1998.

ASSUMPÇÃO JUNIOR, Francisco (Ed.). Transtornos invasivos do desenvolvimento infantil.


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Charles W.; SAWREY, mames M.:.O indivíduo excecional. 5. Edição. Rio de Janeiro: Zahar,
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