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PARTE V Desenvolvendo Pessoas O QUE VEREMOS ADIANTE © Capitulo 12 Treinamento © Capitulo 13 Desenvolvimento de Pessoas e de Organizacses AS PESSOAS APRESENTAM UMA INCRIVEL capacidade de aprender e se desenvolver. A educa- ‘io esté no cerne dessa capacidade. Os processos de desenvolvimento de pessoas esto intimamente te- lacionados com a educagio, Educar (do latin, edt ere) significa extra, trazer, arrancar, Em outros termos, representa a necessidade do set humano de trazer de dentro para fora as suas potencialidades interiores. A palavra educar significa a exterioriza- 3 Todo modelo de formacio, capacitagio, educagio, io dessas laténcias e do talento criador da pessoa. treinamento ou desenvolvimento deve assegurar a0 ser humano a oportunidade de ser aquilo que pode set a partir de suas proprias poter clas inatas ov adquiridas Desenvolver pessoas ndo & apenas dar-thes infor- 'magio para que elas aprendam novos conhecimen- ‘os, habilidades e destrezas ese tornem tes naquilo que fazem. ‘magao basica para que aprendam novasatitudes, so- iaidades, sejam ais eficien- » Sobretudo, dar-thes a for- luge, idéias, conceitos e que modifiquem seus hé- bitos e comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que fazem. Formar é muito mais do que ELstvipg Gestao de Pessoas ~ IDALBERTO CHIAVENATO Se ———— — simplesmente informar, pots representa um eng Gquecimento da personalidade humana. As organ ‘ges estdo se dando conta disso (Os processos de desenvolvimento envolvem try estratos, que se superpdem: 0 reinamento, odeyen nento de pessoas ¢ 0 desenvolvimento organ. vol zacional. \ ‘Os estratos menores—como 0 treinamento eo de. senvolvimento de pessoal (T&D) tratam da aprend;, zagem no nivel individual € como as pessoas apren dem ese desenvolvem. O desenvolvimento organin, cional (DO) é o estrato mais amplo e abrangente ¢ refere-se a como as organizagSes aprendem ¢ se de. senvolvem através da mudanca e inovagio. A apren. dizagem consttui o fundamento basico daguilo qug vveremos nesta parte cinco, seja no nivel individual, seja no nivel organizacional. De um lado, os processos de desenvolvimento podem receber uma abordagem tradicional, na me- ddida em que seguem 0 modelo casual (treinar ape. nas quando surge alguma oportunidade ou necessi- dade), em um esquema randémico (as pessoas sio escolhidas aleatoriamente), em uma atitude reativa Gestio de Pessoas, Processes | | Processos || Processos | | Processos | | Processos | | Processos de de de de de de agregar || aplicar | |recompensar| |desenvoiver| | manter || monitorar pessoas || pessoas || pessoas || pessoas || pessoas || ‘pessose rinamento e desenvolvimento das pessoas + Programas de mudancas e desenvolvimento de carreiras| + Programas de comunicag6es e consonancia Figura V.1. Os processes de desenvolver pessoas. ~ a yok igs Coenen erin goss quando existe um problema ou necessda- Mas, por outro lado, os procesos de desenvolv- Rau visio de curto prazo (Vsando apenas mento podem receer uma abordagem moderna, na A bles imediato, baseado na imposigio (as medida em que seguem um modelo planejado (re 1 si consultadas), em uma condigio de nar como parte de uma cultura}, em um esquema it ade (nada muda) ¢ de conservagio (manter _tencionalteinar todas a pessoas), em uma atitude vnsswo)e vsandoao permanente edefinitvo. _proativa (antecipando-se 3s nccessdades), em uma ee eee Avordagem racicional ‘Aboraager moderna Modelo casual Model planejace xquema andéico | esquema tenia! stud rea ‘ate proatva \o da cute prazo eae Visio do longo prazo cesermoner [| ‘g0ado ae aseado ro consenso imposicdo : stapicade Instabicade © madanca Seaiclo Inovagtoe ratadade Permanente @ Proviso © mutivel sett 1288808 de desenvolvimento de pessoas em sua organizagéo? mnalo. Recursos Humanos: © Capital Humano das as, 2004, p. 137 "eee V.3. ue nota voce daria para os pro Adgatado de: Idaiberto Chiave Organizagoes. Sdo Paulo, Editora At Hse, visio de longo prazo (visando ao futuro), baseado tno consenso (as pessoas sio consultadas e partici- pam), em uma condigao de instabilidade e mudansa (tudo deve mudar para methor) ede inovagio ¢ cri tividade (para constrair um futuro melhor) ¢ visa do ao provisdrio e mutavel. As organizagbes estio migrando rapidamente da abordagem tradicional para a abordagem moderna. © treinamento tem muito a ver com o conheci- ‘mento. Na Era da Informagio que estamos atraves- sando, 0 conhecimento passa a ser o recurso mais importante. E se o conhecimento € fundamental, produtividade do conhecimento é que constitui a chave do desenvolvimento, Peter Drucker apregoa ue tornar 0 conhecimento produtivo constitui ho- ie uma responsabilidade gerencial. Mais do que isso, um desafio organizacional. sso requer a apli- «agio proficua do conhecimento ao conhecimento, © conhecimento € bom quando € sil. Em outras palavras, 0 conhecimento somente seri produtivo se for aplicado para criar uma diferenca senstvel: produzir resultados, melhorar process, adicionay valor e gerar riqueza. Em um mundo informatizady ro qual todos tém acesso& informacio, sobressaem aspessoas capazes de acessi-la,interpretilae trans. formée-la rapidamente ~€ antes dos outros ~ em um novo produto, servigo, aplicagio, inovacto ou oper. tunidade. © objetivo desta Parte V é mostrar como as pes. soas e as organizagées se desenvolvem através da aprendizagem continua e da mudanga de comport ‘mento. No Capitulo 11, discutiremos os fundamen- tos gerais do treinamento € desenvolvimento das pessoas ~ stasalternativas e opgdes. Daremos espe- cial atengio ao processo de treinamento como meio de transmitir informagées, programar e executar agées de treinamento ¢ avaliar 0$ resultados obi- dos. No Capitulo 12, abordaremos os programas de rmudangas organizacionais ¢ desenvolvimento de carreiras, como maneiras de methorar gradativa e continuamente 0 desempenho organizacional e dividual, CAPITULO 12 TREINAMENTO Objetivos de aprendizagem ‘Ap@s estudar este capitulo, vocé deverd estar capacitado para: © Definir 0 conceito de treinamento desenvolvimento de pessoas. © Descrever os tipos de mudangas provocadas pelo treinamento, © Definir 0 processo de treinamento e suas principais etapas, © Descrever como se faz 0 diagndstico das necessidades de treinamento. © Definir como se faz a programagao de treinamento. © Explicar a implementagao do programa de treinamento. © Definir como se avalia 0 programa de treinamento, © que veremos adiante © Conceito de Treinamento © Proceso de Treinamento © Diagnéstico das Necessidades de Treinamento © Desenho do Programa de Treinamento © Condugao do Programa de Treinamento © Avaliagao do Programa de Treinamento 338 Gestdo de Pessoas - IDALBERTO CHIAVENATO ‘TREINAMENTO NA BIOTERAPICA ANFORA S/A Dentro Ja meinor tradicae buroeratica, no més de de- zembro de cada ano, a Divisio de RH (DRM) da Biote- rapiea Antora S A enviava a todos 08 gerentes uma re- acao detathada de todos os cursos externos ofereci- 08 no mercado, para que cada gerente escolhesse 08 mais apropriados para os seus funcionarios € 08 agendasse para © proximo ano. A empresa dotava uma verba orcamentiria anual de 3% do seu tatu: ramento para que © Departamento de Treinamento (DeTre) izesse os investimentos anuais de treinamen- to do pessoal. Cada gorente deveria relacionar os seus funcionarios que considerava candidatos acs cursos externos, fixar as datas estabelecidas e devol- vera relagbo para 8 DAH Que, 2208 Aprové-aencany, tinava a0 DeTre a fim de que este providenciase n, insrigoes ¢respectvos pagamentos as entdaces ternas. Em uma euniso com outros executvos dey Maria do Carmo Slveia, gerente da DRH, Rou saben, {do que ovtras empresas estavam transtormando o 4. {#0 de treinamento em um 6rg86 de Consutori ina, ne ede atuacéo estrategica. Maria do Carmo ogo pe, cebeu que o DeTre da Antora nao passave de um g. ‘gto operacional e intermediador que no tidava com treinamento, mas com papéis © essuntesrotinere, CChegou & conclusdo de que era preciso modiicije uugentemente. Como voce poderia ajudtia? [As pessoas constituem principal patriménio das ‘onganizagdes. O capital humano das organizagSes ~ posto de pessoas, que vio desde o mais simples ‘operirio ao seu principal executivo ~ passou a ser uma questio vital para o sucesso do negécio,o prin- cipal diferencial competitive das organizagies bem- sucedidas. Em um mundo mutivel e compettivo, fem uma economia sem fronteitas, as organizagbes precisam preparar-se continuamente para os desafios da inovagio ¢ da concorréncia. Para serem bem- sucedidas, as organizagées precisam de pessoas esper- tas, ges, empreendedoras e dispostas a assumir ris cos, So as pessoas que fazem a5 coisas acontec Que conduzem 0s negécios, produzem os produtos « prestam os servigos de maneira excepeional. Para seguir is60, € imprescindivel o treinamento € 0 desenvolvimento das pessoas. E as organizagies ‘mais bem-sucedidas investem pesadamente em trei- ‘namento para obrerem um retorno garantido. Para clas, treinamento nio € despesa, mas um precioso investimento, sei na organizagio como nas pessoas aque nela trabalham. E isso traz beneficios detox para a clientela, Conceito de Treinamento © conceito de treinamento pode apresentardiferen- tes signficados. No passado, alguns especialistas em RH consideravam 0 treinamento como um meio para adequar cada pessoa a seu cargo e desenvolver a forca de trabalho da organizagio a partir dos cargos ‘ocupados. Mais recentemente, 0 conceito foi ampla- do, considerando-se 0 tteinamento como um meio para alavanear o desempenho no cargo. Quase se pre o treinamento tem sido entendido como 0 pro- cesso pelo qual a pessoa € preparada para desempe TREINAMENTO NA BIOTERAPICA ANFORA S/A Marie do Carmo, a gerente da DRH da Bioterapica An- fora, reuniv-se com Jorge Pedreira, o supervisor do DeTre, para negociar com ele 08 objetivos e metas a se- rem aleangados para 0 orgao de teinamento, Ela queria horizontes mais ampios para © OeTre © tomélo um ‘componente estrategico ligado diretamente 20s ne00- ios da organizacéo. Jorge nao estava acostumado com ‘essa visto global e estendida a longo prazo, mas pee ‘beu que debearis de ser um burocrata para se transtor ‘mar em um consultor interno da orgenizacae. © de manera excelente a5 taefasespecticas do ue deve ocupar. Modernamente, 0 treing te considerado um meio de desenvolver com, casas PESOS Pata que Se tornem mas re seis evs € Inovadras, fim de conbuir pe Pata 08 Obiei¥OS Organizacionais ese torng seas Yee mais allo ASSim, oereinamento ¢ ro ote de heraividade a0 permite que ay pes 128 canrbuam cftivamente para os restitados do hat ‘ngumas dfinigbes de treinamento |, Treinamento 6 0 processo de desenvciver qual. des nos f90urs0s humanos para habilt-os a sorom mats rodutvose contribu melhor parao sicance dos objetivos orgarizacionais.O propo: so o treinamento ¢ aumentar a produtvidade os individvos em seus cargos infuenciande seus comportamentos. + Treinamento & 0 processo deensinar aos novos ‘erpregados as hablidades bésicas que ees ne- sont para desempenhar seus cargos? elnamento € 0 processo sistemtico de atorar omportamento dos empregads ra dregs sicanee dos objets organzacionas. O te crto est elacionado com as atuais habit os @ capacidaces engidas polo cargo. Sua tagdo 6 audar os empregados a utizar ceneipas rablidades e capacidades para bem-sucedidos.* camento a experiénca aprendida que pro: +3 mudanga relavamente pecranente em ividuo @ que methora sua capaciiace de Denar um cargo. Otreinamento pode on uma mudanga de hablidedes. connect tudes ou comporament. 30 agi “ar aquito que os empregados conhecem, es trabalham, suas attudes perante 0 batho ou suas interagbes com os colegas verssar* © mente 60 processo educacional de cuto + aglicado de manera sistematca e orga: "por meio do qual as pessoas aprendem -—somentos,attudes @ habilidades em fun- Se cbjetos detnidos® ———$___ CAPITULO 12 *Treinamento negdcio. Nesses termos, 0 treinamento é uma manel- 1a eficaz de agregar valor as pessoas, 3 organizasi0 € aos clenes. Fle enriqueceopatrimdnio humano das sf 0responsivel peo capital inclectal das organizagées. Muito embora, trés concepgbes de " radas neste capitulo, a terceira certamente receberé maior atcnsioe imports Hi uma dferenga entre treinamento desenvol- ‘iment de pessoas. Embora os seus métodos sejam inamento sejam similares para afetar a aprendizagem, a sua perspec- tiva de tempo € diferente. O treinamento € orienta- do para o presente, focalizando o cargo atual e bus cando melhorar aquelas habilidades ¢ capacidades relacionadas com o desempenho imediato do cargo. © desenvolvimento de pessoas focaliza em geral os ‘cargos a serem ocupados fururamente na organiza- ‘G20 € as novas habilidades ¢ capacidades que seréo requeridas.* Ambos, treinamento e desenvolvimen- to (T8D) constituem processos de aprendlizagem. Aprendizagem significa uma mudanga no com Portamento da pessoa através da incorporagio de novos habitos, atitdes, conhecimentos e destrezas. Fala-se muito em aprendizagem organizacional para se referira uma cultura de aprimoramento das pes- soas que prediomina nas organizagies bem-sucedidas. Através do treinamento ~ e do desenvolvimento ~. a pessoa pode assimilar informagoes, aprender habilidades, desenvolver atitudes © comportamen- tos diferentes ¢ desenvolver conceitos abstratos. A Figura 12.1 mostra esses quatro tipos de mudangas de comportamento através do treinamento. ‘A maior parte dos programas de treinamento est concentrada em transmitirinformagées 20 funcions- rio sobre a organizagio, suas politicase diretrizes, re- {gras e procedimentos, missio e visio organizacional, seus produtoyservigos, seus clientes, seus concorren- tes ete. A informagio guia o comportamento das pes- 3048 € 0 torna mais eficaz, Outros progeamas de trei- inamento estio concentrados em desenvolver as habi- lidades das pessoas, para capacité-las melhor no seu trabalho, Outros visam ao desenvolvimento de no- ‘vos hibitos e atitudes para lidar com clientes inter- nose externos, com o proprio trabalho e com a orga- nizagio. Por fim, outros programas estio preocupa- dos em desenvolver conceitos ¢elevar o nivel de abs- trago das pessoas para que elas possam pensar e agie 49 Gestao de Pessoas » !0ALBERTO CHIAVENATO mmentar 0 eonhecimento das pessoas: ‘Niomagos roe a org2920580 ‘ senilidade com as pessoas, ‘com os antes internose exernos. ee ig0s, poticas © seus produ See : Giretn20, rere seus lentes Metnorar as habiidades e destrezas: Desenvolvimento [| + Habla par a execu @ opeazio hapivaaces ‘do tarela, manejo de equipamentos, 2 maqunas, erramenas Desenvolver/modificar comportamentos: * Mucanga de attudes negativas para ores “ came ‘ attudes lovato nivel de abstragéo: *Desemeher ase concetios para ajar as pessoas pensar fom eros gabais e amples, Figura 12.1. Os quatro tipos de mudancas de comportamento através do treinamento. €em fermos mais amplos. Quase sempre, as organiza ses estio utilizando varios tipos de mudangas de comportamento a0 mesmo tempo em seus progra- mas de treinamento. Ao desenvolverem habilidades nas pessoas, também esto transmitindo informagées « incentivando 0 desenvolvimento de atitudes e de ultaneamente. Boa parte dos progea- mas de treinamento procura mudar as atitudes reati- ' € conservadoras das pessoas para atitudes proa- vas imovadoras para melhorar sew espirito de stipe e sua criaividade Treinamento por competéncias Alem da preocupagio com informagio, habilidades, atinides e conceitos, 0 treinamento esti sendo for. temente inclinado a desenvolver certas competén- as desejadas pela organizagio. O treinamento por competéncias se baseia em um prévio mapeamento, das competéncias essenciais necessérias a0 sucesso ‘organizacional. A seguir, essas competéncias essen. ciais sto desdobradas por dreas da organizagio e em competéncias individuais. Todas as competéncias ~ ‘no nivel organizacional, divisional e individual — sio definidas de maneira clara e objetiva para serem cemtendidas por todos os parceiros. A partir dessa definigioestabelece-se os programas de treinamen. to para todas as pessoas envolvidas, Processo de Treinamento © treinamento € um processo ciclico € continue ‘composto de quatro etapas:” |. Diagnéstico. F 0 levantamento das necessida- ddes de treinamento a serem satisfeitas, Essas necessidades podem ser passadas, presentes ou fururas, Desenho. E a claboragio do programa detrei hnamento para atender is necessidades diag- nosticadas, Implementagdo.E a aplcagio e condugso do programa de trcinamemto, Avaliagdo, a verificagio dos resultados obtt «os com o treinamento, Esse ciclo composto de quatro tempos pode set Tepresentado pela Figura 12,2, ese tram que 28 empresas que Nderam ¢ is 1 2 ** ag oferecerm © Preco Mais balxo ou acenam com srno produto Ou anda OFETECEM a cade cliente g ie cu OPER’ (OS DEVEM VOLTAR A ESCOLA" jor sob media 08 autores, existem uaiaades que 880 absolutamente vais nas em ‘primeira caracteristica 6 que elas centram o aco num tnico ponte valorizado pelos clientes, io tentam atender & todo tipo de solcitagao dos consumidores, nem podem oferecer o servi- go mais completo e contlével ou o prego mais baixe ou © melhor produto. Elas oferecem algo que 0 cliente valorize. © importante @ que as i- deres centram totalmente sua atengéo nesse ponto, dae 0 melhor de i para atingi1o, endo se preocupam tanto em ser as methores em outros ontos. [segunda caaceratca 6 que elas eta me- tnovar continuamente o valor do que oferecem 20° clientes com muita dedicago, Néo se con- sateen) Je modernidade desceram dos escrtérlos pan o das tébricas @, enquanto se espalham, er © raciocinio @ a capacidade intelectual os ope. Eles séo habels nas méos e fortes com so0nbi yas no tiveram a mesma formacio esco- lw que | am 08 colegas do Primeiro Mundo, com aoena © sn08 basicos de escola, A cardncia ¢ pe- © 8 trata de mandrilar uma engrenagem. »s-8e num abismo quando ¢ preciso rans- 008 gerenciais para um computador iga- © cistribuido de controle de materiais. A plantada na organizagéo inteira atraves cde microcomputadores exige uma argucia lsponivel entre os que fizeram gindsio 4 muraina informatica que isolou © pais por 'it produz agora, varios anos depois de en- ‘que elas chegam a exc mamente disciphinada. Esto sempre concentra 2am. Atormagto« 0 Wsinamente dos fancioné- tos so voto para exsa meta A sun culture corporativa ca pleno apoio as pessoas pare que sias cheguam rapidement a. Els constroem uma tremenda maquina operaciona pra entre nr 208 consumidoresexstamenteaquele deter minado valor que elas priorzam. Essas empre- $88 como a McDonalds, Johnson & Johnson, Hew Packard, Toyota Fors apelam-e nas Bestons nto ¢ nenhum segredo como elas ‘cerrada, 0 seu derradeiro ¢ mals cruel maleticio, em- ppurrando a nata do operariade ao limbo da lgnoréncia. Empresas com produtos superespecializados, como {ioras éticas contornam o problema recrutando opera- trios entre os recém-formados de escolas superiores de ‘tecnologia. Empresas criativas do Interior de Sao Pau- lo, onde ha boa oferta de faculdades de engenharia, pa- ‘gem cursos noturnos para uma parte de seus jovens ‘operirios formados no 2° grau do Senal. Séo atalhos louvavels, mas insuficientes. Na virada do milénio, a ‘gestao descentralizada suprimiu camadas de chetes e supervisores, trocou as linhas de montagem desuma- as por células muttidisciplinares de produgto, encur- tou a distincia entre o cérebro @ a8 pernas da empresa, gragas aos sistemas de informacto. E estes, por sua vez, requerem dados precisos e pessoas capacitadas. 4g Gestao de OALBERTO CHIAVENATO A redugao de custos ellminou postos de rabstho ® impés responsabilidade maior aos sobreviventes & ‘xigiu adaptagoes numa corrida selvagem pela mo- dernizagao. Uma industria mecdinica média nos Esta- dos Unidos tém um micro no chao da fébrica para cada dois operdrios. No Brasil, as melhores empre- ‘Sas tém um micro para cada dez trabathadores. 0 ‘perario americano anda pelo galpéo fazendo suas tarefas @ registra-as no micro mais préximo com sua ‘senha. Com seu cartao magnético, acessa relatorios, Informa o estigic de suas taretas 0, assim, delxa 0 Pessoal a par do estoque de material pronto © se- ‘mi-acabado. Aqui, cada estagio precisa de um encar- regado ou um lider que representa a burocracia. ‘menos competig#o, que, no fim do dia, signitica me- ‘nos empregos. A solugto para esse buraco ¢ tapé-lo sem desvios na rota do progresso. Para tanto, capital @ trabalho de- ELSEVIER Geetio de\Pestont : Sas verdo arrumar uma formula para atualizar mutitigg de opertrios, sem aumentar CUSIOS. 1880 requer con, cesedes de cada lado. AS empresas precisam custey, fas aulas mas, em contrapartida, 08 sindicatos deyen, endossar uma redugto proporcional nos salériog, ig ‘ai um tabu, pois a Constituicio de 1988 prociama ap. redutilidade dos salérios. A cooperacio © a ousadiy permitriam ensinar centenas de milhares ce trabaiha, llores na taxa de 25 2 25 anos @ pensar com légica,» {que deve consumir pelo menos 3.000 horas de aulay distribuidas em ts anos para cada turma. Sem aso, ts fibricas de porta nao aportaréo no Brasil durante ‘anos e, sem elas, 08 empregos continuardo a desapa. racer, Quando a empresa @ Seu pessoal se dispéem a ‘conversar sobre a distribuigao de lucros, parece clare ‘que jf existe um ambiente adequado para elaborar uma agenda constrtiva, Qual sua opiniao a respeito? @ 1 Levantamento ce necessidades de [>| treinamento satistoras ‘ 2 ‘Avallagao dos Desenho do resultados do programa de teeinamento ‘reinamento ¥ 3 Aplicagio do fe ‘programa de treinamento Figura 12.2. As quatro etapas do processo de treinamento. , beak lade, as quatro etapas do treinamento en. ngndtio da situagao, a decisio quanto 4 pret a ge Soa pent © ereinamento ni deve imp! para asolusio, mentagio da agdo ¢ .¢0 controle dos resultados das. aches de et confundi es 0 de realizar cursos e pro. pur nforagHo Vai muito mas ong. Sgnt rir onivel de desempeno almeiado pela org pati Mp aavés do desenvolvimento. com a 10 das = que nela trabatham. Para tanto, & desejivel sey sescnvolver uma cultura interna fvorive ao ado € comprometida com as muidancas na Treinamento 343 Contudo, 0 processo de treinamento deve ser ¥i sualizado com cuidado, Na verdade, ele pode ser um irculo vicioso no sentido de zerar caréncias de tei hhamento ¢ voltar ao estagio inicial, pois foi imagina- do para os tempos de permanéncia da Fra Industria. Em tempos de mudanga ¢ inovagio, na nova onda da Era da Informacio ele precisa ser acrescido de novas habilidades e competéncias para garantir a sobrevi- véncia € competitvidade da organizagio para o fa turo, Nao basta repor. E preciso agregar valor conti- rmuamente. Cada uma das quatro etapas do treinamento sera mi discutida a segue Oesente do | | conaugno ao | [ avatar son tomer ‘eer tmeutacoe wprontco | | Oncieto wane | | implemenasto | | svatecte + estas Yeeros come envte + oxjtivosa | | Progamarsoce | | -consucioe | | « wortercto ‘Srnsacte | | tenamen sic co cores Fogenade + competes Treramere | | = Aan recenates | | scumvane | | aocoee messin do + Problemas de + Como treiner ae proce -Gerote tena, | | + Compan gs stmavewenar | | | _ Assunto ou conteudo do treinamento: ' L | | Por quem }—§.} Instrter ou einador | | onaeremr [4] Lea trananent | |e eateearieas asd = 3) tpl run acaceed SS pevqwvees [+] Chao dnromera 212.5. A programacao de treinamento 44g Gestdo de Pessoas + IOALBERTO CHAVENATO 4 Principios e téenicas de qualidade total para cobter 0 alinhamento da visio dos funcionarios ‘com a visio da diregio. 4 Treinamento em habilidades técnicas relacio nnadas com o trabalho, ELseVipg 5, Treinamento eruzado em habilidades par, , trabalho ¢ relacionadas com 0 desempen, 5. Controle estatistico do processo (CED) 17 TIPOS DE TREINAMENTO OFERECIDOS POR ORGANIZACOES AMERICANAS' md om empregad ‘que vot acha disso tude? © TECNOLOGIA DE TREINAMENTO A tecnologia de treinamento refere-se 208 recursos dicdaticos, pedagogices @ instrucionals utilizados no treinamento, A tecnologia da informagao esta influen- lando 08 métodos de treinamento e reduzindo custos operacionals. Novas técnicas de treinamento estéo se Impondo as tradicionais, come: 1 Recursos sudliovisuas. Imagens visuals ¢ infor. ‘macao em audio sto poderosas ferramentas de Comunicacto, © videocassete grava e registra faulas, mensagens © apresentagées audiow- ‘Suais para serem repetidas a muitos treinandos, Huntos ou separadamente, © CD-ROM e © OVD (Digital video Disc) permitem gravar programas de treinamento que podem ser distribuidos ¢ apresentados em virios locais diferentes em uaiquer ocasiao. ‘ou da lovalidade do evento, Uma videocon. de quatro horas com quatro pessoas ‘em média F$5.000 reais em viagens picagées eletrénicas. Os avangos na tec soiogia 42 iformacio estio permitindo comy- Intorativas entre pessoas fisicamente ‘patantes. Palo COreI0 48 V02 (0Ice mai o dire. {or atua come fonte enviando uma mensagem Sonora as demals pessoas dentro de uma rede otolefones de uma empresa. O correlo de voz 6 uiizado em organizagées engajadas em pro- ganas de qualidade total 4. comet eletrénico. e-mail & uma forma de co rmunicagso eletronice que permite 4s pessoas omunicarem-se Com outras através de mensa- ons elotrnicas enviadas através de computa- ores ligados @ redes de computadores. Além s ‘5. Tecnologia de multimidia. € « comunicagso ele trénica que integra voz, video e texto, codifica- os digitalmente ¢ transportados por redes de tora optcas. 6. Treinamento a disténcia. Também denominado e-learning ou treinamento virtual - ¢ 0 treina- rmentoteit através d internet. Pode ser sinero- no (quando a transmissao ¢ feita na hora, a pes 08 assiatindo no computador) ov assinerone (quando a pessoa localiza » qualquer nora no site © programa que desea assist), © treina- ‘mento a distinciaoferece fortes vantagens: po- de ser feito a qualquer hora ¢ em qualquer lugar. ‘Seu custo quando comparado com os progra- ‘mas convencionais ¢batxssimo. © ieee Pere ee ee eT JREINAMENTO NA BIOTERAPICA ANFORA S/A segundo paso que Maria do Carmo deu foi trans- ‘omar 0 DeTre em uma equipe de consultoria interna a assessorar 08 Gerentes nos assuntos de treina- ‘reno, Programar treinamento passou a ser respon- Conc ¢&0 do Programa deT: namento cond, implementagio e aplicagio do progra- sade: samento € a terceira etapa do processo. 1 um: ofisticada tecnologia de treinamento, Eten) vias técnica para transmitir as informa- sesnec ras e desenvolver as habilidades reque- ‘sno grama de treinamento. As duas princi- btéer para transmitire disseminar informa- ‘Lev vas, A téenica mais uilizada para trans- i informagio em programas de treina- ‘ablidade gerencial e tuncdo de staff. Da negociagao entre a8 partes resulta © programa de treinamento, Como vost feria isso? © ‘mento é a leitura, A leitura € um meio de co- ‘municagio que envolve uma situagio de mao Sinica na qual um instrutor apresenta verbal- mente informagio a um grupo de ouvintes. O instrutor apresenta a informagio nessa situa- so de treinamento, enquanto os treinandos Participam ouvindo ¢ nio falando. Uma van- tagem da leitura é que o instrutor expie aos treinandos uma quantidade maxima de infor- magio dentro de um determinado perfodo de tempo. A leitura, todavia, apresenta desvanta- sens. Por ser um meio de mio tinica, os trei nnandos adotam uma postura passiva, Pouca (ou nenhuma oportunidade existe para escla- FLSeVIEy Gestao de Pessoas - IDALBERTO CHIAVENATO Gestao de Pessoas -oausenrocmiaveNsTO IER recer dtividas ou signiicados ou verificar se 08 treinandos compreenderam o material de lei tura, Ha pouca ou nenhuma oportunidade Para pritica, reforgo, retroagio ou conbec mento dos resultados. © ideal seria tornar o ‘material mais significativo ou intrinsecamente motivacional par ‘bes fazem cor 6s treinandos, Essaslimita- ue a leitura tena pouco va~ lor para promover mudangas atitudinais ou comportamentais, Instrugdo programada. & uma técnica utiliza dda para transmit informagio em progeamas de treinamento. A aprendi -m programa dda € uma téenica para inst isdo sema presen- S# ou intervengio de um instrutor humano. Pequenas partes da informacao que requei: ‘Tam respostas relacionadas so apresentadas individualmente aos trcinandos. Estes. po- dlem determinar suas resposta, sabendo se compreenderam a informago obtida, Os ti: pos de respostas solicitados aos treinandos variam conforme a situagao, mas geralmente S40 miltipla escolha, verdadeito-falso etc Tal como © método de leitura, a aprendiza- jm programada tem vantagens e desvanta tens, Entre as vantagens € que pode ser com= Putadorizada ¢ os treinandos absorvem 0 co- ‘nhecimento em suas préprias casas, sabendo f€ Se esto certos ou errados € Participando ativamente do processo. A prin-

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