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Sistemas Telemáticos

Redes Locais de Comunicação de Dados


Parte I

Informática para a Saúde


2º Ano – 1º Semestre
2006/2007
Escola Superior de Tecnologia
Instituto Politécnico de Castelo Branco

Resumo
• Redes Locais de Comunicação de Dados
– Topologias de rede
– Dispositivos típicos em redes locais
– Meios físicos (cablagens, fichas, etc)
– Tecnologias de Redes Locais
– Conceitos de comutação Ethernet
– Redundância
– VLANs
– Redes sem fios (WiFi, Bluetooth, …)

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Redes Locais
• Rede Local de Comunicação de Dados
– Rede de dados de velocidade elevada
– Área geográfica pequena
– Interligar computadores (PCs, Portáteis), impressoras, servidores, entre outros
dispositivos
– Permite partilha de recursos
• Dispositivos
• Ficheiros
• Aplicações
– Permite comunicação entre utilizadores
• Correio electrónico
• Mensagens Instantâneas
• Outras aplicações

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Topologias de Rede
• Topologias de rede
– A topologia define a forma como os dispositivos da rede estão interligados
– O tipo de topologia condiciona a instalação dos componentes da rede, nomeadamente
a sua localização
– Topologias básicas:
• Ligação em bus
• Ligação em malha
• Ligação ponto-a-ponto
• Ligação em estrela
• Ligação em anel
• Ligação em árvore
• Ligações sem fios (Wireless)
– Actualmente, estas topologias podem não reflectir exactamente a forma como os
dispositivos estão interligados.
• Por exemplo, BUS ou Anel são frequentemente organizados em estrela.
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Topologias de Rede
• Ligação em bus
– Topologia original
– Todos os dispositivos da rede estão ligados a um único cabo (partilham o mesmo canal
de transmissão)
– Existem também bus duplos
– Transmissão Bidireccional (Banda Base)
– Transmissão Unidireccional (Broadband)
– Vantagem
• Baixo custo
• Pouca cablagem
– Desvantagens
• Fraca fiabilidade
• Se o cabo falhar toda a rede falha
• Difícil de detectar problemas

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Topologias de Rede
• Ligação em malha
– Múltiplas ligações ponto-a-ponto
– Evitar interrupção de serviço
– Existem malhas completas ou malhas parciais

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Topologias de Rede
• Ligação ponto-a-ponto
– Interliga apenas dois dispositivos
– É um caso específico da topologia em malha

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Topologias de Rede
• Ligação em estrela
– Os dispositivos estão ligados a um ponto central: Hub (concentrador) ou Switch
(comutador)
– Os sinais recebidos são difundidos imediatamente para todos os links activos (hub), ou
para o link destino (switch)
– Os hubs e/ou switchs podem ser interligados para estender a rede geograficamente
– Vantagem
• Fácil instalação
• Não afecta a rede a introdução/remoção de novos equipamentos
• Fácil detectar problemas
• Grande fiabilidade pois é mais provável que um dispositivo se avarie, o que não afecta os
outros
– Desvantagem
• Avaria do ponto central (muito improvável) => toda a rede é afectada
• Elevadas quantidades de cabo

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Topologias de Rede
• Ligação em estrela / Ligação em estrela estendida

Hub

Hub

Hub

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Topologias de Rede
• Ligação em anel
– As permissões de uso do meio passam de um dispositivo para outro de uma
forma circular, apesar da configuração física ser normalmente em estrela
– Cada estação actua como um repetidor
– O anel pode ser simples ou duplo
– Solução para melhorar a fiabilidade da ligação em anel
• A topologia em anel tem problemas de fiabilidade idênticos à ligação em bus
– A topologia em anel é baseada no MAU (Multi-Station Access Unit) com
funções similares ao Hub
– O MAU difunde os sinais de forma circular

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Topologias de Rede
• Ligação em árvore
– Pequenos grupos ligados em estrela ou BUS a um concentrador que está
ligado em estrela ou BUS a outros concentradores em estrela ou BUS
– Combina as topologias de rede em estrela com a topologia em BUS

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Topologias de Rede
• Ligações sem fios (Wireless)
– Na realidade não deve ser considerada como uma topologia já que um
computador não está fisicamente ligado e pode estar num qualquer ponto
distante do ponto de acesso
WLAN Infra-Estrutura
(Pontos de Acesso)

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Topologias de Rede
• Topologias lógicas
– Broadcast
• Cada máquina envia os dados para as outras máquinas no mesmo meio comum
de comunicação
• Existe uma ordem que as máquinas devem seguir
• O primeiro a enviar é o primeiro a servir-se da rede
• Exemplos: Ethernet
– Passagem de Token / Testemunho
• É passado um testemunho eléctrico sequencialmente para cada máquina
• Quando uma máquina recebe o testemunho pode enviar dados
• Se a máquina não tiver dados para enviar passa o testemunho para a próxima
máquina
• Exemplos: Token Ring e FDDI (Fiber Distributed Data Interface)

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Dispositivos de Rede
• Os dispositivos de rede considerados nesta disciplina são:
– Computadores/Máquinas/Servidores/Impressoras/PCs/Hosts
– Placas de rede
– Meios de transmissão
– Repetidores (Repeaters)
– Concentradores (Hubs)
– Pontes (Bridges)
– Comutadores (Switches)
– Pontos de Acesso (Access Points)
– Encaminhadores (Routers)

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Dispositivos de Rede
• Hosts
– Os dispositivos que se ligam directamente a um segmento de rede são designados de
hosts (hospedeiros)
• Exemplos: computadores, clientes e servidores, impressoras, scanners e outros dispositivos
– São considerados dispositivos de utilização
– Podem ser dispositivos de entrada, saída ou entrada/saída de dados
– Permitem criar, partilhar e obter informação
– Têm uma ligação física com os meios de rede através de uma placa de rede e as
demais camadas OSI são executadas em software dentro da máquina
– Executam todo o processo de encapsulamento e desencapsulamento para realizar o
trabalho de enviar mensagens através da rede

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Dispositivos de Rede
• Placa de rede / Adaptador de rede
– Uma placa de rede é uma placa de circuito impresso que se encaixa num slot
de expansão de um barramento da motherboard do computador ou dispositivo
periférico
– Em computadores portáteis as placas de rede estão integradas na
motherboard ou são do tipo PCMCIA ou USB (wireless)
– A função é adaptar o dispositivo ao meio da rede
– As placas de rede são consideradas dispositivos da camada 2, pois cada
placa de rede inclui um endereço físico, chamado de um endereço Media
Access Control (MAC)
– NIC (Network Interface Card)
– Dispositivo activo

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Dispositivos de Rede
• Placa de rede / Adaptador de rede

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Dispositivos de Rede
• Meios de transmissão
– A função básica dos meios é transportar o fluxo de informações, na forma de
bits e bytes, através de uma rede
– Os meios de rede são considerados componentes da camada 1 das redes
– Exemplos de Meios: Cabos Fibra Óptica, Cabo UTP (Unshielded Twisted
Pair), Cabo Coaxial
– Exemplos de Conectores:
• ST, SC, RJ45, BNC
– Componentes passivos

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Dispositivos de Rede
• Repetidores (Repeaters)
– As perdas de transmissão impõem limitações de distância
– Para garantir que o sinal não ultrapasse certos limites (o sinal pode tornar-se
imperceptível) são necessários repetidores, para repor os níveis do sinal
– Os repetidores realizam a regeneração dos sinais. Possuem apenas uma
entrada e uma saída
– Operam na camada física do Modelo OSI (camada 1)
– Os repetidores são usados para ligar dois segmentos de rede, permitindo a
extensão da rede
– De notar que os repetidores são incapazes de realizar filtragem complexa ou
outro tipo de processamento

Repeater

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Dispositivos de Rede
• Hubs (Concentradores)
– A definição é próxima da dos repetidores.
– Podem ser vistos como repetidores multiporta (várias portas)
– Os hubs são considerados dispositivos da camada 1 porque apenas
regeneram o sinal e transmite-o para todas as portas, excepto para a porta
que recebeu o sinal
– Os hubs concentram a cablagem de uma rede
– Os hubs ditos “inteligentes” possuem consola de administração

IN

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Dispositivos de Rede
• Bridges (Pontes)
– Uma bridge é um dispositivo que opera na camada 2 que permite a
interligação de redes diferentes (mas similares), estendendo o tamanho da
rede
– As bridges “aprendem” os endereços MAC das máquinas pertencendo aos
dois lados. Os endereços são guardados em tabelas próprios associada a
cada interface
– As tramas só atravessam a fronteira se o endereço destino corresponder a um
endereço de uma máquina do outro lado

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Dispositivos de Rede
• Switches (Comutadores)
– Operam na camada 2 do Modelo OSI. Os switches são usados para ligar um
ou mais segmentos de rede
– Na verdade, um switch é chamado de bridge multiporta
– Os switches tomam as decisões com base nos endereços MAC aumentando o
desempenho de uma rede, comutando os dados apenas para a porta a que o
destino está ligado
– Permitem múltiplas transmissões em simultâneo

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Dispositivos de Rede
• Access Points (APs)
– Permitem interligar dispositivos de comunicação sem fios formando uma rede
sem fios
– Tipicamente, os APs estão ligados a redes cabladas e os dispositivos wireless
podem comunicar com dispositivos nessas redes, e vice-versa
– Vários APs podem interligar-se para formar uma rede maior (roaming)
– As redes wireless necessitam de cuidados especiais de segurança

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Dispositivos de Rede
• Routers (Encaminhadores)
– O router opera na camada 3
– Toma decisões com base em grupos de endereços de rede (Classes) ao invés
de endereços MAC individuais, como é feito na camada 2
– Os routers podem também interligar diferentes tecnologias de camada 2
(Ethernet, Token-ring e FDDI)
– A finalidade de um router é examinar os pacotes de entrada (dados da
camada 3), escolher o melhor caminho para eles através da rede e depois
comutar os pacotes para a porta de saída apropriada.
– Um router pode ter vários tipos diferentes de portas de interface

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Dispositivos de Rede
• Routers (Encaminhadores)
– As rotas dos pacotes utilizam:
• Endereço destino
• Distância ao destino (medida por exemplo em saltos) ou quais as ligações
activas e qual o caminho óptimo (métricas)
• Condições de tráfego

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Dispositivos de Rede
• Routers (Encaminhadores)
– Tabela de Encaminhamento
– Routing Table

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Dispositivos de Rede
• Dispositivos de Rede Local e o Modelo OSI
Processo Utilizador
de Aplicação

Aplicação
Apresentação
Sessão
Host Transposrte
Rede Router
NIC Ligação Dados Switch, Bridge, AP
Física Hub, Repeater

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Meios Físicos
• Sinais Analógicos
– Variação contínua ao longo do tempo
• Exemplo: voz, voltagem
– Ondas sinusóidais: repetição periódica (T) e amplitude (A)
• Pontos adjacentes nunca têm o mesmo valor

Sinusóidal Analógico

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Meios Físicos
• Sinais Digitais
– Impulsos discretos (variação não contínua ao longo do tempo)
– Dois estados possíveis (sinal digital binário)
• Por exemplo: 0/1; On/Off; Ligado/Desligado
– Um valor é mantido durante algum tempo e pode mudar repentinamente para
um valor diferente

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Meios Físicos
• Camada física
– A responsabilidade da camada física é transmitir bits, definindo as
especificações eléctricas entre a origem e o destino
– Os bits são conduzidos pelos cabos e são representados pela presença de
pulsos eléctricos no caso de cabos de cobre ou pulsos de luz em fibras
ópticas

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Meios Físicos
• Representação de bits
– Um bit pode ser representado por um sinal eléctrico que corresponde ao
binário 0 ou ao binário 1
• Por exemplo, 0 volts para o binário 0 e +5 volts para o binário 1 durante a duração
do bit
Bit Sinal eléctrico
– Fases na transmissão de dados binários: 5V
"1"
• Codificação 0
• Transmissão "0"
• Recepção 1s

• Descodificação

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Meios Físicos
• Representação de bits
– Sinal de referência
• Conceito importante em redes que usam tensões
• Estabelece os 0 volts do sinal
– Sinais ópticos
• 0 binário codificado com uma intensidade baixa (ausência de luz)
• 1 binário codificado com uma intensidade de luz mais alta (ou com padrões mais
complexos)
– Sinais em redes sem fios
• Ondas electromagnéticas; Não é necessário meio fisíco (ar, vacuo); Através de
obstáculos fisícos (paredes)
• 0 binário codificado como uma curta sequência de ondas
• 1 binário codificado como uma sequência mais longa de ondas (ou com padrões
mais complexos)

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Meios Físicos
• Ruído, Atenuação, Distorção
– Um sinal enviado através de um meio fisíco fica sujeito a diversos fenómenos
que podem alterá-lo ao longo do seu percurso até ao destino final

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Meios Físicos
• Ruído
– Lei de Ampère: qualquer corrente eléctrica é envolvida por um campo
magnético
– Lei de Faraday: qualquer campo magnético com variação de tempo induz a
uma voltagem em materiais condutores nas “imediações”
– O ruído consiste numa alteração de alguma das características do sinal
transmitido por efeito de um outro sinal exterior ao sistema de transmissão, ou
gerado pelo próprio sistema de transmissão
– Fontes de ruído:
• A interferência de rádio-frequência (RFI) é o ruído proveniente de outros sinais
transmitidos nas proximidades
• A interferência eletromagnética (EMI) é o ruído proveniente de fontes nas
proximidades como motores e luzes

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Meios Físicos
• Ruído
– Ao contrário da interferência, estes sinais indesejados são de natureza
aleatória, não sendo possível prever o seu valor num instante de tempo futuro
– Sinais indesejáveis entre o Tx e o Rx se vão adicionando ao sinal

Ruído Branco

Ruído Freq. Banda Estreita

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Meios Físicos
• Ruído
– Caso grave: Ruído de amplitude semelhante à amplitude do sinal
– Quais são as soluções para minimizar o efeito do ruído?
• Pode ser atenuado pela existência de blindagem

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Meios Físicos
• Ruído – Crosstalk
– Energia de interferência que é transferida de um circuito para outro
– A energia eletromagnética é gerada quando existem alterações nas voltagens
num fio
– Esta energia é irradiada (como uma antena emissora) e é recebida pelos fios
adjacentes (antenas receptoras), que interfere nos sinais que estão a ser
transmitidos nestes fios
– É mais significativo a altas frequências
– Impõe limites à capacidade de transmissão e à distância máxima coberta
– Expresso em dB

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Meios Físicos
• Ruído – Crosstalk
– Um analisador de cablagem efectua testes e medidas de características eléctricas,
baseando-se em várias especificações, entre as quais a norma EIA/TIA 568
• Num analisador de cablagem, 20 dB indica menos ruído que 10dB (pois são valores
negativos)
– NEXT (Near-End Crosstalk)
• Razão das amplitudes de voltagem entre o sinal de teste e o sinal de intreferência quando
medidas na mesma extremidade da ligação
• Medida entre 1 par e cada 1 dos outros pares e nas 2 extremidades
– 12/36 12/45 12/78 36/45 36/78 45/78
– FEXT (Far-End Crosstalk)
• Devido à atenuação, a interferência longe do transmissor cria menos ruído num cabo do que
a NEXT
• Medida na extremidade oposta de onde o sinal é transmitido
– PSTNEXT (Power Sum Near-end Crosstalk)
• Mede o efeito acumulativo da NEXT de todos os pares no cabo

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Meios Físicos
• Atenuação
– A atenuação consiste numa redução da potência do sinal ao longo do meio de
transmissão
• Resulta da perda de energia do sinal por absorção ou por fuga de energia
• A amplitude de um sinal diminui com a distância
– Os circuitos de recepção podem não ter sensibilidade necessária para
detectar os sinais

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Meios Físicos
• Atenuação
– Cabos longos e altas frequências contribuem para uma maior atenuação dos
sinais
– Onde se perde a energia do sinal?
• A resistência do cabo converte a energia eléctrica em calor
• A energia perde-se para o isolamento do cabo
• A energia perde-se em conectores defeituosos ou mal instalados
– Impedância – valor da resistência do cabo medida com corrente alternada (AC)
• O cabo de cobre Cat.5 tem 100 ohms de impedância
• Conectores mal instalados provocam uma alteração neste valor de impedância
– Normalmente é expressa em décibeis (dB)

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Meios Físicos
• Atenuação
– Em casos de atenuação excessiva:
• O sinal chega ao receptor tão fraco que nem sequer é detectado
– Resolução: Uso de amplificadores
• O sinal é detectável, mas com um nível próximo do nível do ruído
– Resolução: Uso de um repetidor
– Ganhos e Perdas
GbB LbB
Vin=2v Vout=5v Vin=5v Vout=2v

V  V 
GdB = 20 log out  LdB = −GdB LdB = −20 log out 
 Vin   Vin 
P  P 
GdB = 10 log out  LdB = −10 log out 
 Pin   Pin 
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Meios Físicos
• Distorção
– A distorção consiste numa alteração da forma do sinal durante a sua
propagação desde o emissor até ao receptor
– Pode resultar do comportamento não-linear de alguns dos componentes que
compõem o percurso do sinal ou pela simples resposta em frequência do meio
de transmissão
– Um sinal tem várias componentes:
• Sinal lento => só componentes lentas
• Sinal rápido => provavelmente só rápidas
• No geral => mistura de componentes lentas e rápidas

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Meios Físicos
• Distorção
– Os meios de transmissão dos sinais eléctricos reagem de forma diferente às
componentes lentas e às componentes rápidas
– A distorção será maior quanto maior for a diferença de tratamento dado pelo
meio às várias componentes do sinal

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Meios Físicos
• Largura de Banda
– A largura de banda é limitada
– A largura de banda não é grátis
– A largura de banda é um factor importante na análise do desempenho da rede,
na criação de novas redes, e em algumas aplicações da Internet
– A necessidade de largura de banda está sempre a aumentar

– Unidade básica: bps (bits por segundo)


• Medida da quantidade de informação (D) que pode ser transferida num
determinado período de tempo(T): LB = D / T
– Exemplos: 512Kbps; 100Mbps
– Débito (throughput): Largura de Banda real que é medida

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Meios Físicos
• Largura de Banda
– Os meios de transmissão só reagem bem até uma certa velocidade de
transmissão dos sinais, a partir daí deixam de permitir a propagação
– Apenas podem ser transmitidos sinais dentro de uma faixa de frequências
– Ao saber a banda consegue-se ter uma ideia da velocidade máxima a que se
conseguem transmitir os sinais que representam os bits

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Meios Físicos
• Largura de Banda
– Definição
• Gama de frequências que o sinal ocupa no espectro
– LB = Fsup - Finf
• Largura de banda de um canal de transmissão:
– Gama de frequências que o canal consegue transmitir
– Ex: Largura de banda de um canal telefónico

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Meios Físicos
• Cabos de Cobre
– Cabos simples (Pares bifilares)
• São constituídos por dois ou mais condutores envolvidos por um material isolante
e agrupados em feixe, com um isolamento exterior envolvente, ou dispostos lado-
a-lado em faixa (flat cable)
• Podem ter blindagem exterior envolvente em fita ou malha metálica
• Bastante utilizado para transmissão em distâncias curtas (até 50m)
• Podem suportar débitos na ordem das centenas de kbps (até 19200 bps)
• Utilizados para ligação de computadores a periféricos (ligações a modems)

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Meios Físicos
• Cabos de Cobre
– Cabos de pares entrançados
• Garantem aos sinais uma protecção contra interferências muito superior aos
cabos simples
• Os pares condutores de cobre com isolamento individual são enrolados em torno
de si próprios, formando uma trança
• Um cabo possui, normalmente, vários pares entrançados protegidos por um
isolamento exterior envolvente
• Vantagens:
– Grande redução dos níveis de radiação electromagnética (EMR) produzida pelo cabo
– Protecção contra interferências electromagnéticas (EMI), que pode ser reforçada por:
» blindagens individuais em cada par
» blindagem colectiva envolvendo todos os pares

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Meios Físicos
• Cabos de Cobre
– Cabos de pares entrançados de acordo com o tipo de blindagem:
• Cabo UTP (Unshielded Twisted Pairs)
– Cabos sem qualquer tipo de blindagem individual ou colectiva
• Cabo STP (Shielded Twisted Pairs)
– Cabos com blindagem exterior envolvente de todos os pares, e com blindagem
individual em cada par
• Cabo S/UTP (Screened / Unshielded Twisted Pairs) ou ScTP (Screened Twisted
Pairs) ou FTP (Foiled Twisted Pairs)
– Cabos com uma protecção exterior (screen) envolvente de todos os pares, mas sem
blindagem individual
– A protecção exterior é constituída por uma fita metálica (foil) enrolada em torno dos
condutores

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Meios Físicos

UTP

STP

FTP

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Meios Físicos
• Cabos de Cobre – Utilização
– Redes de voz e redes dos operadores telefónicos
• Distâncias até poucos quilómetros
• Débitos na ordem das centenas de kbps ou, com tecnologias mais recentes, na
ordem dos Mbps
– Extensivamente utilizados na construção de sistemas de cablagem para
transmissão de dados
• Distâncias até 100 metros
• Débito até aos Gbps com as tecnologias mais recentes

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Meios Físicos
• Cabos Cobre – Características Mecânicas (ISO 11801)

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Meios Físicos
• Categorias de cabo UTP
– Categoria 1: UTP tradicional. Bom para linhas telefónicas, mau para dados.
– Categoria 2: UTP para Tx de dados até 4 Mbit/s. Tem 4 pares.
– Categoria 3: Frequências de Tx até 16 MHz
• Tx de dados a taxa moderadas; Telefone.
• Redes Token Ring (4 Mbit/s) e Ethernet (10 Mbit/s).
– Categoria 4: Frequências de Tx até 20 MHz
• Aplicações da cat. 3, incluindo Token Ring de 16 Mbit/s.
– Categoria 5: Frequências de Tx até 100 MHz
• Popular para aplicações de alta velocidade (100 Mbit/s):
• "Fast Ethernet” de 100 Mbit/s.
• NEXT de cerca de 30 dB.
– Categoria 5e (Enhanced category 5): Melhores valores de NEXT (cerca de 40 dB).
– Categoria 6 (FTP ou UTP): Frequências até 250 MHz.
– Categoria 7 (STP):Frequências até 600 MHz.

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Meios Físicos
• Cabos Coaxiais
– Os sinais eléctricos são conduzidos através de um condutor metálico (cobre
ou alumínio), instalado de forma concêntrica relativamente a uma blindagem
exterior envolvente, normalmente constituída por uma malha metálica
– O espaço entre o condutor central e a blindagem é revestido por um material
isolante
– A blindagem exterior é revestida por uma bainha de material isolante e
protector
– Dois tipos:
• Thick (Grosso)
– Backbones das redes
• Thin (Fino)

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Meios Físicos

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Meios Físicos
• Cabos Coaxiais – Utilização
– Construção de redes de distribuição de TV por cabo:
• Distâncias inferiores a 1 quilómetro
• Transportam várias dezenas de canais de TV e canais de dados (Internet)
– Redes de distribuição dos operadores telefónicos:
• Distâncias até alguns quilómetros
• Débitos na ordem dos vários Mbps
– Redes locais
• Até 10 Mbps
• Várias centenas de metros
– 500m
– 185m

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Meios Fisícos
• Cabo entrançado versus Cabo coaxial
– Ambos permitem débitos elevados
• 10Mbps (Cabo Coaxial)
• 10/100/1000Mbps (Cabo Entrançado)
– A utilização de cabo entrançado obriga a investimentos em equipamento activo
– O cabo coaxial permite cobrir distâncias maiores
– As configurações que usam o cabo entrançado apresentam maior fiabilidade

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Meios Físicos
• Meio Óptico
– Aumentos de débitos e distâncias põem a claro as limitações do cobre
– A fibra óptica oferece uma alternativa viável ao cobre
– A comunicação em fibra óptica foi introduzida nos finais da década de 70, por iniciativa
dos grandes operadores de comunicações
– O transporte de informação é suportado pela codificação de um feixe de luz
– O sinal luminoso é gerado por um dispositivo optoelectrónico:
• Díodo LED (Light-Emitting Diode)
• Emissor laser
– A recuperação do sinal é realizada por um foto-díodo ou por um foto-transístor
– Por utilizarem sinais de luz, os meios de comunicação em FO têm uma capacidade
muito superior à dos meios de transmissão eléctricos e electromagnéticos

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Meios Físicos
• Meio Óptico – Fibra Óptica
– A largura de banda disponível numa fibra óptica pode suportar uma
capacidade total de 75 Tbps
• Esta capacidade não está ainda ao alcance dos dispositivos de transmissão e
recepção que são o principal factor de limitação na utilização plena das
capacidades da FO
– As fibras ópticas são particularmente úteis em ambientes sujeitos a fortes
campos electromagnéticos
– Vantagens do ponto de vista da segurança da informação:
• Escuta por derivação electromagnética do sinal é impossível
• Derivação física do sinal sem danificar a fibra e quebrar a ligação virtualmente
impossível

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Meios Físicos
• Meio Óptico – Propriedades da Luz
– Reflexão
• A Lei da Reflexão diz que o ângulo de reflexão de um raio de luz é igual ao ângulo
de incidência
θ θ

– Refracção
• Um material com um índice de refracção maior é mais denso opticamente e
oferece maior resistência à passagem da luz do que um material com um menor
índice de refracção Ar=299.705.543 m/s: c ÷ v = 1,00029
Gelo=228.849.204 m/s: c ÷ v = 1,31
Água=225.407.863 m/s: c ÷ v = 1,33
Vidro=199.861.638 m/s: c ÷ v = 1,50
c = 299.792.458 m/s
v = velocidade da luz no material

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Meios Físicos
• Meio Óptico – Constituição de uma Fibra
– Núcleo (Core)
• É o meio de propagação (condutor óptico)
• Cilíndrico em vidro de silício com um índice
de refracção muito elevado
• Tem um diâmetro muito pequeno
– Camada envolvente do núcleo (Cladding)
• Também em vidro, mas com índice de
refracção menor
– Camada protectora do cladding (Coating)
• É o pára-choques do cladding (isolamento de
forças mecânicas como vibrações)
– Camada protectora exterior (Jacket)
• Difere consoante o ambiente de instalação e
utilização pretendidos

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Meios Físicos
• Meio Óptico – Tipos de Fibras Ópticas
– As características de propagação óptica de uma fibra dependem das
características e dimensões do seu núcleo
– Fibras Multimodo
• Diâmetro do núcleo: 50 ou de 62,5 µm, bainha com diâmetro exterior de 125 µm
• O diâmetro do núcleo da fibra é suficientemente grande para existam vários
caminhos por onde a luz pode se propagar através da fibra
• Cada sinal segue diferentes percursos através do núcleo da fibra, com diferentes
tempos de propagação causando dispersão temporal no sinal recebido

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Meios Físicos
• Meio Óptico – Tipos de Fibras Ópticas
– Fibras Multimodo – Características
• Núcleo maior
• Permite maior dispersão
• Utilizada para longas distâncias, mas distâncias inferiores a fibras monomodo
– Distâncias até 3 km e suportando débitos desde 10 Mbps até vários Gbps
• Utilizada na construção de sistemas de cablagem estruturada, na distribuição em
campus e grandes edifícios (backbone)

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Meios Físicos
• Meio Óptico – Tipos de Fibras Ópticas
– Fibras Monomodo
• Diâmetro do núcleo varia entre os 3 e os 10 µm, bainha com diâmetro exterior de
125 µm
• Devido à reduzida dimensão do núcleo, não existe praticamente dispersão modal
• Adequadas para transmissão a débitos elevados e para grandes distâncias
– Redes de trânsito dos operadores de comunicações, com distâncias até 70 km e débitos
na ordem dos vários Gbps
– Ligações intercontinentais e cabos submarinos
» São necessários elementos activos ópticos ou optoelectrónicos que regeneram e
amplificam os sinais ópticos

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Meios Físicos
• Meio Óptico – Tipos de Fibras Ópticas
– Fibras Multimodo versus Fibras Monomodo
• As fibras multimodo têm a vantagem de facilitarem o processo de interligação de
equipamentos e são escolhidas sempre que as distâncias a cobrir e os débitos
permitem a sua utilização
• Em fibras monomodo o principal inconveniente está relacionado com as reduzidas
dimensões do núcleo, operações de interligação mais dispendiosas
• As fibras multimodo utilizam LEDs para enviar os sinais
• As fibras monomodo utilizam emissores laser que implica uma manipulação
extremamente perigosa

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Meios Físicos
• Meio Óptico – Tipos de Fibras Ópticas
– Fibras Multimodo versus Fibras Monomodo (ISO 11801)

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Meios Físicos
• Meio Óptico – Características Mecânicas (ISO 11801)
– Diâmetro bainha máximo: 125 (µm)
– Temperatura Operação: -5 a +55ºC
– Tracção máxima do cabo: 100N
– Cablagem Horizontal
• Raio curvatura mínimo: superior a 4 vezes o diâmetro
• Num. Fibras por Cabo: 2 ou 4 fibras
– Cablagem Backbone
• Raio curvatura mínimo: superior a 6 vezes o diâmetro
• Num. Fibras por Cabo: ≥ 4 fibras

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Meios Físicos
• Conectores
– RJ45 (ISO 8877) RJ – Registered Jack
– BNC ("Baby Neill-Concelman", "Baby N connector", "British Naval Connector",
"Bayonet Nut Connector“)
– ST (IEC 874-10)
– SC (IEC 874-13)

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Meios Físicos
• Tomadas
– As tomadas são introduzidas nas paredes e pavimento ou em caixas
exteriores aplicadas à face da parede
– Além dos conectores (fêmeas) incluem componentes para a fixação destes, e
da tomada numa caixa de parede

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Meios Físicos
• Painéis de interligação
– Os painéis de interligação (patch panels) são instalados nos distribuidores (ou
bastidores)
– Conistem numa chapa metálica onde estão encaixados os conectores (fêmeas)
– Terminação dos cabos dos vários subsistemas de cablagem

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Meios Físicos
• Chicotes de patching
– Nas ligações entre as tomadas e o equipamento terminal, e os distribuidores
são usados chicotes de patching (patch cords)
– São terminados por conectores macho (RJ45; SC ou ST)
– Por vezes utilizam-se cabos com cores com significado atribuído

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Meios Físicos
• Distribuidores (bastidores)
– Organização estruturada do equipamento de rede
– Rack com 19’’ de largura (medida adoptada pelo mercado)
– Componentes
• Duas réguas laterais verticais com furação para fixação de painéis de distribuição
e equipamento de comunicações
• As configurações de menor dimensão são fixadas na parede, as de maior
dimensão são colocadas no solo
• Compostos por metal (alumínio ou aço) e dispõem de porta frontal de vidro
• Podem incluir um kit de ventilação
• Para arrumação dos chicotes de patching, devem ser instaladas guias de
patching (calhas) intercaladas nos painéis
• Equipados com réguas de tomadas monofásicas com protecção de terra e
disjuntor. Podem ser instaladas UPS’s (Uninterrupted Power Suply)

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Meios Físicos
• Distribuidores (bastidores)

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– ANSI TIA/EIA 568A (origem Americana, mas influente noutros países)
• Especificações de um sistema de cablagem genérico para a integração de voz e
dados em infra-estruturas de comunicação privadas
• Recomendações sobre a topologia e distâncias a cobrir
• Meios de transmissão a utilizar nos diversos níveis hierárquicos
• Conectores, fichas, ...
• Seis subsistemas:
– 1 - Entrada do edifício
– 2 - Sala do equipamento
– 3 - Cablagem de backbone
– 4 - Compartimento de telecomunicações
– 5 - Cablagem horizontal
– 6 - Área de trabalho

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– ANSI TIA/EIA 568A
• Utilização de cabos de pares entrançados e de fibra óptica, com características
em função do subsistema a que são aplicados

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– ANSI TIA/EIA 568A e 568B

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– ISO/IEC 11801 (âmbito Internacional, baseada na norma TIA/EIA 568A)
• Define as regras de projecto e as especificações dos componentes de um sistema
genérico de cablagem para suporte de aplicações de voz, dados e vídeo em
redes privadas de edifícios ou de conjuntos de edifícios campus, até 3000 metros,
área de 1.000.000 m2, 50.000 utilizadores e vida mínima de 10 anos
• Define 5 classes de utilização:
– Classe A, 100 kHz, Voz e outras de baixa frequência
– Classe B, 1 MHz, Dados baixo débito
– Classe C, 16 MHz, Dados débito médio
– Classe D, 100 MHz, Alto débito
– Classe E, 200 MHz, Alto débito
– Classe F, 600 Mhz, Débito muito elevado
– Óptica, > 600 Mhz, Débito muito, muito elevado

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– ISO/IEC 11801
• Elementos funcionais de um sistema de cablagem estruturada:
– Distribuidor de campus (DC): elemento para o qual converge toda a cablagem de
backbone de campus
– Cablagem de backbone de campus: interliga os DEs com o DC
– Distribuidor de edifícios (DE): elemento para o qual converge toda a cablagem de
backbone do edifício
– Cablagem de backbone de edifício: interliga os DPs com os vários DEs
– Distribuidor de piso (DP): elemento para onde converge a cablagem do piso
– Cablagem horizontal ou de piso: interliga as tomadas de telecomunicações com os
vários DPs
– Ponto de transição: opcional, para derivação da cablagem horizontal.
– Tomada de telecomunicações (TO)
– Cablagem de área de trabalho: interliga as TOs e o equipamento terminal

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– ISO/IEC 11801
• Os elementos funcionais agrupam-se em 4 subsistemas:
– Subsistema de backbone de campus
» Inclui o distribuidor de campus (DC), cabos de backbone e as terminações
» Pode incluir cablagem entre edifícios (opcional)
– Subsistema de backbone de edifício
» Inclui DE, cabos de backbone de edifício e terminações
» Pode incluir cablagem entre edifícios (opcional)
– Subsistema horizontal ou de piso
» Inclui DP, cablagem horizontal e as TOs
– Subsistema de zona ou área de trabalho
» Inclui elementos destinados a interligar as tomadas de telecomunicações e o
equipamento terminal (chicotes de patching, adaptadores, etc)

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– ISO/IEC 11801

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– ISO/IEC 11801

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– ISO/IEC 11801
• Cabos recomendados

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– ISO/IEC 11801
• Comprimentos dos cabos

• Dimensionamento
– Longevidade: mínimo de 10 anos
– Tecnologia adequada: Necessidades versus Custo/Desempenho
– Número de tomadas: 2 tomadas 10m2
– Número distribuidores de piso: 1 por piso; 1 por 1000m2; cobrir raio de 50m
– Número distribuidores de edifício e campus: edíficios pequenos/médios; edíficios
grande dimensao; campus de grande dimensão (>3Km)

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– ISO/IEC 11801
• Componentes (equipamento passivo):
– Cabos; Conectores; Distribuidores; Painéis de interligação
• O equipamento passivo permite interligar:
– Equipamento informático (PCs e servidores)
– Equipamento activo de dados (hubs, switchs, routers)
– Equipamento de voz (telefones e central telefónica)
– Equipamento de comunicações (câmaras de vídeo, sistemas de teleconferência)

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Meios Físicos
• Normas em cablagem estruturada
– CENELEC EN 50173 (influência a nível Europeu, baseada na ISO/IEC 11801)
• Especificações europeias mais restritivas que as internacionais em termos de:
– Emissão de radiação electromagnética
– Níveis de emissão de fumos dos materiais de revestimento dos cabos
» Cabos com blindagem exterior obrigatória e com revestimento externo em
material termoplástico LSZH (Low Smoke Zero Halogen) – incêncios

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Meios Físicos
• Cablagem estruturada
– Instalação
• Comprimentos máx., força de tracção, raios de curvatura
– Teste e Certificação
• Todos os componentes de um sistema de cablagem devem ser testados de forma
a corrigir eventuais erros, garantindo o correcto funcionamento da infra-estrutura
• A certificação de um sistema de cablagem baseia-se no teste exaustivo de todas
as ligações
– Verificar a continuidade e o correcto cravamento dos conectores
– Realizar medições dos comprimentos
– Verificar valores que caracterizam a categoria da ligação (atenuação, NEXT)
• Para cablagem fibra óptica, utilizam-se equipamentos OTDR (reflectometria no
domínio do tempo) ou fontes de luz calibradas e medidores de atenuação

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Meios Físicos
• Administração dos sistemas de cablagem
– Actividade constante que envolve as seguintes tarefas:
• Ligar/desligar sistemas terminais do sistema de cablagem
• Instalação e remoção de equipamento de comunicações dos distribuidores
• Ligar/desligar equipamento de comunicações do sistema de cablagem
• Manutenção preventiva ao sistema de cablagem
• Detecção e reparação de avarias na cablagem
• Ampliação do sistema de cablagem

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Referências
• Andrew S. Tanenbaum, "Computer Networks", Prentice Hall
• Edmundo Monteiro e Fernando Boavida, "Engenharia de Redes
Informáticas", FCA
• Vasco Soares; Slides de “Sistemas e Redes de Computadores”;
Eng. Informática; Escola Superior de Tecnologia

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