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RESUMO
O que é ser professor? Que professor é você? Aquele que sempre desejou ser
professor? Ou aquele que se tornou professor por necessidade? Descobriu-se
professor à luz dos professores que teve? Quando paramos para pensar em
quem foram nossos mestres, percebemos que são muitos. E quantos mestres
tiveram esses mestres? E os mestres deles, com quem aprenderam? Nesse
contexto sequencial de entendimento de Arte e de Corpo entre as gerações de
mestres, é uma problemática de tradição de entendimento sobre esse
alunocorpo inteligente na construção do conhecimento. Hoje já temos estudos
que apontam para outros caminhos de entendimento dessa pessoacorpo, como
por exemplo, os estudos de Corponectividades de Lenira Rengel . Em outras
palavras, que somos “seres corponectivos” (RENGEL, 2007, p. 41).
O corpo da criança fala. Quando você vê uma criança muito concentrada, até o
dedão do pé dela está concentrada. E as expressões das crianças? Elas nos
dizem muito também. Assim como inúmeras expressões que podemos identificar
no rosto de cada criança, o corpo das crianças fala. Não é possível separar
reflexão e pensamento do corpo de criança pequena, pois todos estão juntos.
Pensamento e ação estão integrados. Não existe um sem o outro. Sem o
movimento, a criança não é capaz de se desenvolver, de pensar. “A lacuna sobre
o entendimento da dança na escola vai além da sua incompreensão como
disciplina, pois engloba o que se entende pelo ato de dançar” (PINTO, 2015, p.
31).
MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pré-Análise
Exploração do material
Na verdade, com uma pré-análise bem realizada, essa fase “não é mais do que
a administração sistemática das decisões tomadas” (BARDIN, 1977, p. 101).
Assim, partimos para a determinação das unidades de registro. “A Unidade de
Registro é a menor parte do conteúdo, cuja ocorrência é registrada de acordo
com as categorias levantadas” (FRANCO, 2008, p. 41). Os registros, de acordo
com Franco (2008), podem ser de distintos tipos que podem estar inter-
relacionados: a palavra, o tema, o personagem, o item.
Escolhemos o tema como nossa “unidade de registro” por ser uma afirmação
sobre determinado assunto que envolve “não apenas componentes racionais,
mas também ideológicos, afetivos e emocionais” (FRANCO, 2008, p. 43).
Segundo Bardin (1977, p. 195) o tema “é a unidade de significação que se liberta
naturalmente de um texto analisado segundo certos critérios relativos à teoria
que serve de guia à leitura”. Esses registros são as Matrizes Curriculares dos
Cursos Superiores de Pedagogia das duas Universidades e as categorias de
análise foram eleitas a partir dos temas.
Não se faz necessário comentar que o currículo não está preocupado com o
aprendizado em Dança, pois este, ao ser trabalhado em sentido amplo poderia
causar danos ao sistema dominante. Certamente isto reflete nos programas de
formação destes profissionais de Pedagogia que não tem todo suporte
necessário para trabalhar essa área de conhecimento. Na BNCC (2020) houve
uma redução por conta de colocar todas as artes no contexto interdisciplinar
onde não vemos muito bem cada especificidade. Quando se especifica na BNCC
(2020) ela precisa de um aprofundamento maior nas especificidades como da
dança, teatro, música e artes plásticas.
Enfatizo mais uma vez com análise nesse ementário, sobre a questão de um
olhar específico para a inclusão de referenciais teóricos sobre a Dança no
contexto escolar. Há inúmeros estudiosos da área para dar todo o suporte
epistemológico e metodológico para os Pedagogos que estão sobre a égide da
LDB 9394/96 para trabalhar o Ensino da Dança no âmbito escolar.
Vale ressaltar que a prática docente na Educação Infantil tem suas próprias
especificidades, e que a formação destes pedagogos/professores deve
proporcionar ações prazerosas no sentido de desenvolver as crianças
integralmente e estimular desde a infância o pensamento crítico. A Dança
também pode e deve ser ensinada tendo por base uma educação voltada para
emancipação dos corpos e libertação das danças.
CONSIDERAÇÕES FINAIS