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RESOLUÇÕES

HIS T Ó R I A

CA P Í T U LO 1 7 Agora é com você – Pág. 41


01 Enquanto os indígenas mais velhos tinham mais resistência
Início da Colonização na América portuguesa em abandonar seus hábitos e costumes, as crianças quase
não se opunham aos ensinamentos dos jesuítas, transfor-
mando-se em cristãos com muito mais facilidade.
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01 O rei ordena que os indígenas sejam bem tratados e, 02 Segundo o jesuíta, a conversão das crianças ajudaria na
quando precisarem, ajudados. É possível formular a hipó- conversão dos mais velhos, já que seus pais aceitariam
tese de que se trata de ajuda militar contra grupos indí- mais facilmente as ideias cristãs quando apresentadas
genas hostis, já que essa era uma forma de assegurar o pelas crianças do que quando apresentadas pelos jesuítas.
controle português sobre a região.
03 A principal estratégia utilizada pelos jesuítas foi a organiza-
ção de missões ou aldeias, nas quais os grupos indígenas
02 Ele ordenou que os indígenas agressivos fossem tratados
viviam supervisionados pelos religiosos e recebiam ensina-
com violência e recebessem duras punições por sua resis-
mentos dos princípios da doutrina cristã. Nessas aldeias,
tência ao avanço português, inclusive com a destruição
os nativos eram obrigados a abandonar seus modos de
de aldeias e povoações e com a morte ou a escravização
vida e a trabalhar sob o rígido controle dos religiosos.
dos indígenas que resistissem. Os que pedissem perdão o
receberiam, mas seriam transformados em vassalos, sendo
obrigados a fornecer aos colonos mantimentos com deter-
minada frequência.
AT IV IDA D ES PA R A SA LA

03 O enforcamento era uma forma de castigo exemplar, que, 01 A imagem é uma representação da Baía de todos os
mostrado aos demais indígenas, desestimularia novas Santos, onde foi construída a cidade de Salvador, no
revoltas contra os portugueses. Dessa forma, o assassinato século XVI. No primeiro plano, é possível observar diversas
embarcações que se dirigem à cidade. Também é possível
de lideranças indígenas fazia parte das estratégias utiliza-
observar que a cidade foi construída em uma elevação e
das pelos portugueses para conquistar o território e con-
que, nas duas extremidades da baía, há torres defensivas,
solidar a colonização. utilizadas para a proteção do território.

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02 A imagem destaca dois elementos importantes da cidade
de Salvador. Em primeiro lugar, seu aspecto defensivo,
representado pelas torres e pela posição elevada da
01 A imagem mostra diversos grupos de indígenas na Amé- cidade, características importantes para a defesa a contra-
rica em conflitos entre si. No primeiro plano, há dois grupos -ataques, já que dificultavam a ação de invasores. Outro
diferentes, um deles em terra e o outro em embarcações, aspecto presente na imagem é o papel comercial da
cena que se repete no plano de fundo. cidade, representado pelas embarcações no litoral e pelos
portos, onde as mercadorias seriam levadas para a Europa.

02 Os franceses precisavam do apoio de grupos indígenas


para se manter na América e se proteger dos ataques por- 03 A decisão de construir um caminho ligando a vila de São
Paulo e a vila de Santos. É importante lembrar que Santos
tugueses. Dessa forma, entender os conflitos existentes
se encontrava no litoral, enquanto a vila de São Paulo se
entre diferentes grupos indígenas era uma forma de cons-
encontrava no interior da capitania.
truir alianças e conquistar o apoio militar necessário para
promover a colonização da América.
04 Tendo em vista que a vila de São Paulo se localizava no
interior e a vila de Santos no litoral, o caminho era neces-
03 Os franceses estabeleceram alianças com sociedades sário para articular as duas vilas. Isso permitia que os habi-
indígenas que viviam nas proximidades da França Antár- tantes de São Paulo comprassem e vendessem produtos
tica e utilizaram essas alianças para se proteger e lutar transportados por embarcações que aportavam no litoral
contra os portugueses. de Santos.

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HISTÓRIA

05 Ele defende o uso da força para submeter aqueles grupos não menciona diferenças na forma como portugueses e
indígenas violentos e que resistiam à conversão pacífica. franceses tratavam a população nativa, além de não dis-
Nesse caso, a única maneira de convertê-los era, em pri- correr sobre a escravidão africana. Por fim, ele não informa
meiro lugar, conquistando-os e dominando-os, para, em sobre a religião professada pelos exploradores franceses.
seguida, ser possível iniciar a doutrinação cristã.
05 D
AT I V I DA D ES PR O PO STAS A força de trabalho utilizada no início da colonização foi a
indígena, pois a escravidão africana ainda não havia sido
empregada em larga escala. No entanto, colonos e jesuí-
01 C tas entraram em conflito quanto à escravização indígena,
pois como os religiosos defendiam que a população nativa
Os dois textos mostram que o conceito de “índio” par-
tinha alma e podia ser convertida ao catolicismo, não
tiu da interpretação de colonizadores europeus que não
deveria ser utilizada como mão de obra escrava. A evan-
tinham interesse em entender as diferenças entre as diver-
gelização jesuíta no entanto, era nociva ao modo de vida e
sas etnias dos povos nativos; portanto, o termo índio é
à cultura indígenas, porque os jesuítas retiravam os indíge-
uma categoria eurocêntrica. Mesmo que algumas crôni-
nas de suas terras de origem, levando-os para aldeamen-
cas apresentassem uma visão idealizada dos territórios
tos onde a população nativa era forçada a renunciar a seus
do Novo Mundo, estes não eram considerados geografi-
costumes e crenças. Portanto, a evangelização empreen-
camente iguais, pois os europeus precisavam conhecer as
dida pelos jesuítas contribuiu para a desorganização das
diferenças geográficas para saber que produtos explorar.
formas socioculturais indígenas.
Os europeus não tinham nenhum conhecimento sobre
a ancestralidade das populações nativas do continente
americano. A realidade social encontrada pelos coloni- 06 C
zadores impediu qualquer transposição de categorias A ação dos jesuítas não ficou reservada ao processo de
medievais ou modernas às sociedades ameríndias. Apesar evangelização das populações indígenas. As primeiras ini-
da crença de alguns espanhóis na possível existência de ciativas educacionais na colônia portuguesa foram postas
um Eldorado na América, os textos não estão abordando em prática pelos padres da Companhia de Jesus, em um
esta lenda utópica, e o enunciado pede que os textos esforço para ensinar os filhos dos colonos a ler e a escre-
sejam usados como base para responder à pergunta. ver. Além disso, foram criados colégios onde seriam orde-
nados novos membros da Companhia de Jesus.
02 B
O texto aborda a perseguição religiosa aos judeus no 07 A
Brasil Colônia e, portanto, não trata de nenhum processo Ao se ler o trecho da carta de Diogo de Gouveia ao rei de
de inclusão social de práticas religiosas não católicas, Portugal, pode-se perceber que o jesuíta começa o texto
pois no Período Colonial não havia liberdade de culto. falando sobre os “negócios da França” e como eles tra-
Negros libertos e judeus não se encontravam plenamente ziam prejuízo para a Coroa portuguesa. De acordo com o
inseridos na sociedade colonial, além de o texto não tratar que foi estudado no capítulo, esses negócios se referem
do Período Republicano no Brasil. às múltiplas tentativas de navegadores franceses de se
estabelecerem em terras da América portuguesa, criando
nelas uma colônia francesa.
03 B
O texto é um sermão do Padre Antônio Vieira, um gênero
textual religioso bastante metafórico, normalmente lido 08 E
durante a missa. Nele, Vieira fez um paralelo entre a cate- O texto aponta uma diferença sociológica básica entre
quese e a arte da escultura, interpretando que catequizar a aldeia e o aldeamento. O primeiro termo diz respeito
é “esculpir” um novo ser, o que seria uma metáfora para a ao espaço de sociabilidade construído pelas comunida-
narrativa da criação na Bíblia, segundo a qual Deus escul- des indígenas, e o segundo a uma política de retirada
piu Adão do barro. O sermão, portanto, é uma analogia de populações nativas de suas terras, praticada pelos
entre Deus esculpindo Adão e o trabalho de evangeliza- jesuítas nas Missões ou reduções. As Missões, que visa-
ção “esculpindo” os indígenas. vam aos indígenas, agrupando-os em um mesmo local,
tinham por objetivo a catequese, proteção e assimilação
dos nativos, o que contribuiu para a modificação de seus
04 C valores, costumes e organizações sociopolíticas.
O texto é um relato em que se pode perceber diferenças Porém, embora os indígenas aldeados trabalhassem para
culturais entre povos indígenas e europeus. Sobre as alter- os jesuítas, essa exploração não era entendida como escra-
nativas incorretas, esse relato não permite saber a posição vidão, mas sim como uma forma de catequese. Além disso,
do Reino francês em relação à partilha do “Novo Mundo”, o uso da mão de obra indígena pelos jesuítas não era vol-

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HISTÓRIA

tado para a monocultura nem para a extração do pau-bra-


sil. Embora as missões tivessem por objetivo a catequese,
a proteção dos indígenas e a aculturação dos nativos, essa
política foi estabelecida antes mesmo das primeiras “ban-
deiras” terem sido colocadas em prática. A missão jesuítica
não se resumia a enfrentar as bandeiras de apresamento,
mas qualquer tentativa de escravização indígena.

09 A
O autor do texto aponta que a conquista do Brasil foi além
da posse do território, pois passava também pela constru-
ção da superioridade dos valores e costumes portugueses
em relação aos valores e costumes indígenas. Era preciso
convencer colonos e nativos de que os hábitos culturais
dos nativos eram inferiores e “bestiais”: ambos deve-
riam optar pelo “modo oficial português de ser”, típico
da metrópole. Essa imposição gerava conflitos quando
alguns colonos preferiam adotar costumes indígenas, por
exemplo. Por fim, a construção de uma presumida supe-
rioridade dos costumes portuguesas foi possível, pois os
hábitos e os valores das populações indígenas foram inter-
pretados e julgados segundo a moral católica.

10 E
Uma das formas de mediação utilizada pelos jesuítas na
relação com os indígenas foi a criação, pelos missionários,
de uma gramática da língua geral – fundamentada em
estruturas do tupi –, que foi usada para ajudar na comu-
nicação com os indígenas e se transformou em um impor-
tante instrumento para o catecismo dos povos aldeados.

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