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Condensado Momento Espirita
Condensado Momento Espirita
MENSAGENS
EXTRAÍDAS DO
MOMENTO ESPÍRITA
e de outras fontes
01 - UM EXEMPLO DE HONESTIDADE
Alguns afirmam que professor é tarefa que está em declínio, considerando-se os baixos salários da classe.
Outros apontam que professores dedicados, atenciosos, daqueles que abraçam a profissão por legítima vocação, estão
em extinção. Sempre viável se reproduzir alguns fatos, que nos dizem que há muito amor circulando pelas escolas.
Um rapaz encontrou seu antigo professor e lhe perguntou: Oi, professor, lembra de mim?
Como muitos de nós, que não arquivamos na memória registros fotográficos, respondeu o profissional não se recordar
dele, em absoluto.
Mas lhe perguntou: O que anda fazendo?
A resposta foi rápida: Sou professor. Abracei o magistério por sua causa.
A surpresa do professor foi grande. Não somente não se lembrava daquele aluno quanto nem remotamente, podia
imaginar o que fizera que pudesse ter estimulado o jovem daquela maneira.
E o rapaz contou: Um dia, um amigo meu, estudante da mesma classe, apareceu com um relógio novo, lindo.
Era um modelo caro e, de imediato, o desejei para mim.
Num momento de distração do colega, eu o apanhei e coloquei em meu bolso.
Quando ele percebeu o furto, reclamou junto ao senhor.
Alto e claro, o senhor deu a ordem para que o relógio fosse devolvido ao seu dono. Ninguém se mexeu. Olharam uns
para os outros, como eu mesmo fiz, para disfarçar.
Então, o senhor foi até a porta e a trancou. Pediu que todos ficássemos em pé e fechássemos os olhos.
Lentamente, foi de um para outro aluno, revistando os bolsos. Achou o relógio no meu, mas continuou passando revista
até o último da classe.
Quando terminou, declarou que o relógio fora encontrado. Todos abrimos os olhos.
Não houve nenhuma acusação, nenhuma advertência. Nunca tornou a mencionar o episódio, não declarou para a
turma curiosa quem tinha cometido o furto.
Naquele dia, o senhor salvou a minha dignidade. Foi o dia mais vergonhoso da minha vida.
Fiquei esperando que, em algum momento, me chamasse em particular, para me falar sobre honestidade, moral. Nada.
Então, eu entendi o que era um verdadeiro educador. E desejei, ardentemente, ser assim.
Ajudar, talvez, em algum momento, um menino indisciplinado, perdido em si mesmo.
Por fim, concluiu o moço: Acho estranho que o senhor não lembre disso. Não marcou a minha fisionomia?
E o professor, sereno, respondeu: Desculpe. Eu lembro do relógio furtado, de eu ter revistado toda a turma.
Mas, de verdade, não lembro de você por causa de um detalhe: quando fui fazer a revista, eu fui tateando, no escuro,
porque eu também fechei os olhos.
***
Que lição! Quantos de nós precisamos seguir esse exemplo. Porque temos muita pressa e quase prazer em apontar as
faltas alheias.
No entanto, a ação cristã nos diz que as faltas do próximo somente devem ser divulgadas quando objetivem o bem das
pessoas.
Como um exemplo desses impressiona e marca, de forma positiva, uma vida.
Como precisamos, nos dias atuais, desse comportamento. Desse se importar com a imagem do outro, que, em
momento de invigilância, cometeu um erro, uma falha.
E precisa da nossa compaixão, sobretudo, de uma segunda chance.
Pensemos a respeito.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #honestidade #comportamento #magisterio #psicologia #PsicologiaEspírita #julgamentos #professor #Magisterio
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02 - SER ESPÍRITA...
Muitas pessoas acreditam que por sermos espíritas, trabalharmos como médiuns em uma Casa
Espírita, postarmos mensagens edificantes, fazermos algumas poucas caridades, devemos ser
infalíveis.
Não é bem assim. Sentimos raiva, vontade de revidar uma agressão, de não olhar mais na cara,
nos magoamos com a injustiça, com a ingratidão, com a traição, enfim, nossos sentimentos são
iguais aos dos outros.
Daí os ensinos espíritas falam mais alto e nos faz rever os nossos sentimentos. Mas, as pessoas
ficam de olho em tudo que falamos e fazemos e cobram qualquer deslize dizendo: "Você não é
espírita?" "Você não é médium?"
"Então, por que fez isso ou falou aquilo?"
Até o apóstolo Paulo sofria para domar suas más inclinações.
Dizia ele: "...o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que
quero, mas o mal que não quero, esse pratico." Assim somos nós.
Espírita não é uma pessoa perfeita, que não comete erros.
Espírita é um ser em construção interior, por isso falamos tanto da reforma íntima. Adotamos
Jesus como nosso guia e modelo a ser seguido, mas não nos tornaremos perfeitos tão
rapidamente. Foram séculos de erros e serão, talvez, mais séculos de aprendizado e vivência
cristã.
Cada mensagem e texto escrito, postado e lido, são puxões de orelha em nós mesmos, antes
de tudo.
Cada tropeço é um momento de repensar e tentar fazer melhor da próxima vez. Enfim, ser
espírita é esforço, é perseverança, é reconhecer o erro, é pedir perdão, é perdoar, é tentar ser
hoje melhor do que fomos ontem e ser amanhã melhor do que estamos sendo hoje, para
conosco e para com o próximo.
Kardec disse: "Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos
esforços que emprega para domar suas inclinações más."
Portanto, se o espírita é reconhecido pelo esforço que ele emprega para domar as más
inclinações, é sinal que ele tem más inclinações, ou seja, ele não é perfeito, mas tem obrigação
de se esforçar para se melhorar. Podemos dizer que muitos de nós ainda somos uma lagarta,
que rasteja para se locomover, assusta, queima, come as plantas do jardim.
Outros já estão no casulo, buscando melhorar-se para ser um dia uma linda borboleta, que
embeleza o jardim, poliniza as flores, é útil na Natureza e é suave em seus movimentos de
locomoção visando alçar voo aos céus.
Pensemos nisso!!!
***
Rudymara
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#espiritismo #comportamento #sabedoria #evolução #doutrinaespirita
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03 - INSTINTO E INTELIGÊNCIA
05 - PENSAMENTOS E RESPONSABILIDADE
Um Espírito de luz, certa feita, escreveu que nos encontramos mergulhados no Hálito Divino.
Isso nos fala não somente e de forma primordial do amor de um Pai Celeste e bom, quanto nos interliga a todos
os seres viventes.
Enquanto organismos vivos, tudo que fazemos tem, no mundo, uma consequência.
Lemos que o bater das asas de uma borboleta na África pode causar chuvas no Paraguai.
O importante não é realmente onde está a borboleta ou onde vai chover, mas o fato de que o minúsculo
deslocamento de ar causado pelo bater de suas asas pode causar efeitos na atmosfera, turbulentos o suficiente
para serem sentidos a milhares de quilômetros de distância.
A atmosfera não reconhece fronteiras.
Aqueles que assistimos ao primeiro episódio do filme A era do gelo, com certeza, nos lembramos do simpático
esquilo, que é uma figura paralela à trama principal.
Ele tem sua própria história, seu próprio interesse, que é acumular avelãs.
É justamente ele que dá um exemplo surpreendente de como a ação de um único indivíduo pode repercutir na
vida dos demais.
Mesmo que isso possa parecer improvável, em um primeiro momento.
Quando ele tenta enterrar a avelã, no solo gelado, provoca uma fissura que se alastra, sobe a encosta de uma
montanha e termina por dividi-la ao meio.
O resultado é o deslocamento de imensas massas de gelo, que quase esmagam o frágil esquilo, quanto modificam
totalmente a paisagem.
A cena leva ao riso, naturalmente.
Contudo, se pensarmos, descobriremos uma mensagem na imagem: a repercussão dos nossos atos, a dimensão
das nossas responsabilidades em tudo que fazemos.
Também em tudo que pensamos.
***
Vivemos num mundo em que vibramos constantemente. Nossa produção de pensamentos é inimaginável.
E todos colaboramos para a formação da atmosfera em que nos movemos, a atmosfera espiritual.
Em nosso mundo particular, alcançamos os que nos rodeiam no lar, na escola, no escritório.
Nossa ação vibratória se alonga para a rua em que moramos, o bairro, a cidade. Alcançamos o mundo.
Nossos pensamentos, gerados sem cessar, colaboram na formação da atmosfera espiritual de todo o planeta.
É nesse ambiente que nos movemos, que nos alimentamos uns dos pensamentos dos outros.
Por isso se diz que cada um de nós pode alimentar o estado de guerra mundial ou colaborar para a sua paz.
Quando assistimos a um noticiário e nos enchemos de raiva por algo que consideramos uma injustiça, estamos
contribuindo para engrossar o tumulto que se apresenta em qualquer lugar.
Se nossas emissões mentais forem de apaziguamento, de compreensão, a nossa colaboração será pela solução do
incidente de forma pacífica.
***
Gandhi libertou sua nação do jugo estrangeiro com ações pacíficas.
Disse ele: Se um único homem atingir a plenitude do amor, neutralizará o ódio de milhões.
Pensemos, portanto, como desejamos atuar no mundo. Como promotores do bem, do belo, do bom?
Comecemos agora. Pensemos no bem, no belo, no bom.
Colaboremos para a paz, a ordem, o progresso, emitindo nossas vibrações nobres, nossos pensamentos de luz.
Emitamos luz. Somos filhos da luz.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Metáfora de Eugênio Mussak, em artigo da revista Vida Simples, n. 172, ed. Abril.
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#momentoespirita #pensamento #pensamentos #aprendizado #paz #amor #bondade
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06 - A BENÇÃO DO PERDÃO
Uma nuvem de tristeza pesava sobre a alma daquela mãe sofrida.
O seu jovem filho, criado com amor e desvelo, fora assassinado por um amigo dominado pelas drogas.
O desespero e a amargura eram suas companhias permanentes.
Os olhos fundos e a palidez denunciavam as noites de insônia e a falta de alimentação.
Uma amiga a convidou, talvez inspirada pela providência divina, a buscar ajuda do médium espírita, de profunda
dedicação ao bem, Divaldo Franco.
Era início da noite na cidade de Salvador, Bahia, quando as duas senhoras adentraram a casa espírita, onde Divaldo
atende aqueles que o procuram em busca de consolo e esperança.
Ele atendeu aquela mãe, com grande ternura.
A senhora lhe narrou o drama ocorrido, dizendo que um amigo do filho o havia alvejado por motivos banais, de
ligeiro desentendimento entre ambos.
Enquanto ela contava o acontecido, aproximou-se do médium a benfeitora espiritual Joanna de Ângelis, trazendo
o espírito do jovem assassinado e disse ao médium para transmitir à mãe sofrida, algumas palavras do filho.
Então, tomando emprestada a aparelhagem fonadora de Divaldo, ele dirigiu palavras de conforto para sua querida
mãe.
Recomendou-lhe que não cometesse suicídio, como estava pretendendo, pois isso a afastaria ainda mais dele, e
por mais tempo.
Pediu que ela se lembrasse da mãe do amigo que cometera o homicídio e agora estava detido pela justiça humana,
numa cadeia, entre criminosos comuns.
Aquela mãe, sim, era muito infeliz, pois seu filho era o verdadeiro desgraçado e não ele, que estava sob o amparo
de amigos espirituais atenciosos.
Ao ouvir aquela voz inconfundível, a mulher abraçou o médium, por cuja boca pudera ouvir as palavras amáveis
e lúcidas do filho, que julgava ter desaparecido para sempre.
Sob a inspiração da benfeitora espiritual, Divaldo aconselhou aquela mãe a considerar o estado de alma da outra
mãe, a do assassino, e pensar na possibilidade do perdão.
Na semana seguinte, o médium baiano viu adentrarem a sala duas senhoras, pálidas e de aspecto sofrido.
Uma ele já conhecia, a outra lhe era estranha.
Quando chegou a vez de atendê-las, a mulher, que estivera ali na semana anterior, lhe apresentou a companheira,
dizendo ser a mãe do amigo do seu filho.
O médium entendeu que ela havia seguido os conselhos recebidos e buscava ajudar aquela mãe mais infeliz do
que ela própria.
Conversaram por longo tempo.
Ao se despedir de ambas, Divaldo percebeu que um raio de luz penetrava suavemente aquelas almas doloridas.
A luz do perdão se fazia bênção de paz e gerava serena harmonia naqueles corações dilacerados pela dor da
separação dos filhos bem-amados, embora por motivos diversos.
Na medida em que o tempo foi passando, as duas encontraram motivos para voltar a sorrir, e juntas visitavam o
jovem no cárcere.
Mais tarde, fundaram uma casa de recuperação de toxicômanos para ajudar outros tantos jovens a se libertar das
cadeias infelizes das drogas.
***
O perdão é uma das mais belas provas de confiança nas soberanas leis de Deus.
Perdoar é receber com resignação os fatos que não podemos evitar ou mudar, com a certeza de que a Justiça
Divina não se equivoca e nada nos acontece se as leis de Deus, às quais todos nos encontramos submetidos, não
o permitirem.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Fato narrado por Divaldo Pereira Franco, em Videira-SC, no dia 22.09.2003.
***
#momentoespirita #divaldofranco #perdão #conselhos #dificuldades #JustiçaDivina
7
Em quantas pessoas você realmente confia? A pergunta soa um tanto ingênua, mas nos faz refletir a respeito das
nossas relações nos dias atuais.
Conhecemos um maior número de pessoas com as quais convivemos, os relacionamentos se multiplicam, os
contatos sociais são facilitados.
Comunicamo-nos mais facilmente, através de e-mails, sites de relacionamento, telefones móveis.
E, paradoxalmente, nos sentimos cada vez mais sozinhos, mais vazios. Cheios de nomes na agenda telefônica, sem
que possamos neles confiar, sem que possamos com eles contar, sem que tenhamos com quem dividir angústias,
receios, medos e solidão.
Como escreveu o comediante americano George Carlin: Construímos mais computadores para armazenar mais
informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
E, como consequência, temos muitos conhecidos, mas conhecemos muito pouco as pessoas. Daí, nossa
dificuldade em encontrar em quem confiar, com quem dividir os pesos que muitas vezes trazemos na alma. E
gostaríamos de ter com quem compartilhá-los.
Mas, de onde nasce a confiança? Como se constrói a confiança de uns nos outros?
Se analisarmos que confiar pode ser interpretado também como fiar com, entendemos que a confiança se constrói
no exercício contínuo da convivência, do estar junto, do fiar as coisas do dia a dia com companheirismo.
***
Quando nos permitimos a convivência com o próximo, o compartilhar das experiências, o dividir das
responsabilidades, que aos poucos irão crescendo, estamos fiando as coisas da vida com os companheiros de
jornada.
É natural que a confiança não nasça rápida e indistintamente. É necessário que seja cultivada, que seja vivenciada.
Aí está o fiar com alguém.
Aquele que não se permite dividir pequenas tarefas, pequenas responsabilidades com o outro, sempre a desconfiar
de alguém, descarta de antemão a possibilidade de construir a confiança mútua.
É verdade que seria insensato confiar sentimentos, informações ou decisões indistintamente, com qualquer pessoa
do nosso relacionamento.
Mas o oposto também é um erro.
Sempre haverá aqueles com os quais poderemos começar o exercício da convivência, do compartilhar o pouco,
para logo mais a confiança começar a se estabelecer.
***
Permitamo-nos sair da solidão e do isolamento, mesmo que cercados de uma multidão, para buscar esse ou aquele
companheiro, a fim de iniciar o exercício de fiar juntos o sentimento da confiança.
Alguns logo nos mostrarão que não estão dispostos a esse exercício. Outros caminharão apenas um trecho
conosco.
Porém, sempre haverá aqueles que aceitarão o convite da construção da amizade e da confiança.
Para chegar até esses, inevitavelmente passaremos por uns e outros. Mas serão sempre o convívio, o
conhecimento mútuo e o compartilhar, as ferramentas que melhor nos servirão para a construção da confiança e
da amizade.
Pensemos nisso e nos empenhemos nessa elaboração lenta e preciosa da confiança.
***
Extraído do Momento Espírita.
***
#momentoespirita #confiança #reflexão #comportamento #autoconhecimento #conselhos
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08 - COINCIDÊNCIAS?
Foram cinquenta anos de angustiosa procura.
Os irmãos Adolfo e Antônio perderam o contato quando deixaram o Estado de Pernambuco, na década de
1960, e se mudaram para a região sudeste do Brasil, em busca de melhores oportunidades.
A comunicação à época era difícil e, embora tenham se procurado por anos a fio, não conseguiram se
reencontrar.
Quando se aposentou, Adolfo decidiu retornar à região nordeste, instalando-se em Maceió.
Por conta de um problema de saúde, foi internado em hospital de grande porte da capital alagoense.
No leito ao lado de Adolfo, outro homem também estava internado.
As enfermeiras estranharam ao perceber que o sobrenome dos dois pacientes era idêntico e questionaram
Adolfo se ele conhecia alguém chamado Antônio.
Cheio de esperança, ele pediu à sua filha que indagasse ao companheiro de internamento o nome do pai
dele.
Pedro da Silva, foi a resposta.
Era o nome do pai de Adolfo. No mesmo instante, ele pediu a alguém que fosse à sua casa buscar uma
antiga foto de família, na qual seu pai e seus irmãos estavam retratados.
Quando mostraram a foto a Antônio, copiosas lágrimas rolaram por sua face. Não havia mais dúvidas: os
irmãos haviam se reencontrado.
Antônio também se mudara para Maceió na ocasião de sua aposentadoria e eles não faziam ideia de que
moravam próximos um do outro há quase dez anos.
Tantos anos passamos separados, tantas foram as tentativas frustradas de nos reencontrarmos para, de
repente, sermos internados no mesmo dia, um ao lado do outro.
Foi um reencontro de emoção indescritível, um verdadeiro mistério de Deus, revela Adolfo, emocionado.
***
Encontros, desencontros, chegadas, despedidas, alegrias, tristezas.
Em nossa existência, nada ocorre por acaso.
As provações e tribulações pelas quais passamos, os sucessos e os insucessos da vida, o país no qual
residimos, a religião que professamos, as condições financeiras de que desfrutamos, para tudo há uma
explicação.
A família na qual fomos acolhidos, as amizades que cultivamos, o companheiro ou a companheira que
elegemos, os filhos que nos foram confiados, nada disso deve ser atribuído ao acaso.
Atentemo-nos às nossas escolhas. São elas as responsáveis pelos acontecimentos tanto do passado
quanto pelos do presente e futuros, felizes ou infelizes, comumente atribuídos ao acaso, à sorte ou ao azar.
Por assim ser, é preciso responsabilidade ao fazermos uso do livre-arbítrio que o Criador nos concedeu. A
lei de causa e efeito é universal: para cada escolha, uma consequência.
Sem dúvida, é certo que podemos contar com a misericórdia Divina, que leva em conta as nossas fraquezas.
Porém, no devido tempo, quando estivermos preparados, a justiça de Deus permite que reparemos as faltas
cometidas, registradas no tribunal da consciência.
***
O que rege as nossas existências não é o acaso, mas, sim, o livre-arbítrio, uma responsabilidade que o ser
conquista por meio do progresso intelecto-moral.
Afinal, imprevisível é a presença Divina surpreendendo a qualquer falta cometida. Insuspeitável é a
interferência Divina sempre vigilante. Inesperado é a ocorrência Divina trabalhando pela ordem.
Pensemos nisso!
***
Extraído do Momento Espírita (Texto: Imprevisível, insuspeitável, inesperado)
Referências: Biografia de Adolfo Teixeira da Silva e cap. 3, do livro ALERTA, de Joanna de
Ângelis e Divaldo Pereira Franco
***
#momentoespirita #reencarnação #leidecausaeefeito #livrearbitrio #causaeefeito #coincidência #reflexão
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09 - LIBERDADE E RESPONSABILIDADE
Tudo na Criação está em permanente processo de transformação e aprimoramento. Assim também ocorre
com os homens. Em sua condição de Espíritos, trilham marcha ascendente rumo à Angelitude.
Foram criados em estado de absoluta simplicidade e ignorância. Mas possuem desde o princípio os embriões
de todas as virtudes.
Nas primeiras experiências foram conduzidos grandemente pelos instintos.
Gradualmente tomaram ciência de seu potencial e passaram a fazer opções.
Titubeantes no princípio, desenvolveram a consciência de si próprios e da sua vontade.
***
Um elemento primordial do progresso consciente é o Livre-Arbítrio.
As espécies animais e vegetais são conduzidas pelas forças da natureza, em suas etapas de elaboração.
Já os homens podem escolher os caminhos que trilham.
O progresso espiritual pressupõe o desenvolvimento da faculdade de discernir o bem e o mal.
Para a aquisição desse senso moral, para crescer em entendimento e compreensão, é imprescindível a
liberdade de opção.
Quanto mais o Espírito burila seu intelecto e exerce sua vontade, mais liberdade tem. Seu leque de opções
aumenta.
Mas não é somente a Liberdade que ganha expressão.
Com o conhecimento e o lento evoluir do ser, ele se torna mais Responsável pelo que faz.
Quando o instinto predomina, a responsabilidade é ínfima.
Quando a vontade e a consciência regem o destino, torna-se inarredável a Responsabilidade.
***
O homem é intrinsecamente livre em seus atos e pensamentos, mas responde por tudo o que faz e pensa.
As leis humanas são frequentemente burladas e enganadas, contudo, nos Estatutos Divinos não há qualquer
falha.
Sendo as Leis Divinas inscritas na consciência de cada homem, elas jamais são burladas. Ninguém escapará
de si próprio.
Cada qual é livre para pensar, falar e agir. Mas essa liberdade sempre deve respeitar os direitos do próximo.
A movimentação do Livre-Arbítrio jamais deve causar sofrimento e coerção para outrem.
Quem se permite infelicitar o semelhante, infelicita-se a si próprio.
O desrespeito à dignidade e à felicidade alheias aprisiona o seu autor.
O homem que provoca sofrimento prepara para si um cárcere de sombra e desgraças.
Talvez ele engane a justiça humana.
Quiçá logre anestesiar a própria consciência por um tempo. Mas cedo ou tarde, nesta encarnação ou em outra,
despertará para a realidade.
Sua consciência o chamará a prestar contas de seus atos.
Então, a dor infligida ressurgirá no íntimo do ser.
Entre inibições e complexos, lutas e sofrimentos, ele se acertará com as Leis Divinas.
***
Reflita na responsabilidade que você possui, em sua condição de homem livre.
Você pode muito.
Pode escolher ser honesto ou desonesto, misericordioso ou cruel, leal ou traiçoeiro, útil ou inútil.
Mas responderá por seus atos.
Não se trata de pecado e castigo, mas de responsabilidade.
Pensemos nisso!
***
Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #liberdade #responsabilidade #livrearbitrio #causaeefeito
10
Vinte séculos já se escoaram no tempo. Ao finalizar-se o último milênio, a figura de Jesus foi muito lembrada. Ao
mesmo tempo, contestada.
Ainda existem pessoas que afirmam que Ele jamais existiu. E procuram algumas anotações distorcidas da História,
para justificarem a sua tese.
Contudo, quem, na História do mundo, realizou o que Ele fez, em tão pouco tempo e com tão pouco?
Ao nascer, não tinha sequer um berço e Lhe foi improvisada uma manjedoura, onde os animais buscavam o
alimento.
Os primeiros momentos da Sua vida passou em um estábulo, entre o calor dos animais e o amor dos pais. O teto
não Lhe pertencia.
Na infância, esteve no Egito, na qualidade de estrangeiro, submetendo-Se às leis dos homens.
Depois, de retorno a Nazaré, viveu no lar humilde de um carpinteiro, moldando com Suas mãos a madeira para a
transformar em mesas, bancos, utensílios vários.
Ao iniciar o Seu messianato, entre os homens, escolheu doze trabalhadores do povo. À exceção de um deles,
Mateus, todos os demais, homens rudes, acostumados à lide com redes e comércio.
Não dispunha de recursos amoedados. Pregava à beira do lago, nas praças, nos vilarejos. Utilizava-Se das
oportunidades nas sinagogas e no templo.
***
Os exemplos, para a pregação do Reino que vinha implantar no coração dos homens, colhia das coisas simples,
mas expressivas, da natureza.
Um grão de mostarda para lecionar o tamanho da fé que remove montanhas. Uma figueira que se negava a dar
frutos, desatendendo a sua missão, para dizer da necessidade de se produzir sempre.
Flores do campo e aves do céu para ensinar a lição inigualável da Providência Divina, que por todos vela.
Ovelhas para falar de mansidão e da preocupação do pastor para com cada uma delas.
Pérolas para dizer da preciosidade das lições que Ele trazia do Pai para a Terra.
Sementes, campos férteis e terras áridas para Se referir ao próprio coração humano ao qual Se dirigia.
Falou de justiça numa Terra cansada de injustiças sociais. Trouxe a lição da não violência, num mundo envolvido
em muitas guerras.
Ensinou que o Divino Criador é Pai de todos, sem diferença de nacionalidade ou condição social.
Ninguém disse o que Ele disse e da forma que O fez.
E até hoje, ninguém teve o Seu aniversário comemorado, todos os anos, pelo mundo todo, durante mais de dois
mil anos.
***
Jesus é o mais notável Ser da História da Humanidade. A Sua vida e a Sua obra são as mais comentadas e discutidas
dentre todas as que já passaram pela cultura e pela civilização, através dos tempos.
O Seu Testamento, o Evangelho, é o mais belo poema de esperanças e consolações de que se tem notícia.
Ainda hoje, a Sua voz alcança os ouvidos de todos aqueles que sofrem, ou que aspiram pelos ideais de beleza e
de felicidade, os que aguardam por melhores dias.
O Seu convite é para o prosseguimento da autossuperação, na rota da perfeição.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Apresentação do livro JESUS E O EVANGELHO À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA, por
Joanna de Ângelis e Divaldo Pereira Franco
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#joannadeangelis #momentoespirita #espiritismo #Jesus #Evangelho #aprendizado
12
12 - CARIDADE E VOCÊ
Você tem observado os quadros do mundo e tem sentido o coração apertado, mais de uma vez.
Você assiste, pela TV, as cenas de crianças morrendo de fome, de doentes em corredores de hospitais
perecendo por falta de assistência.
“É o caos”, pensa você. E espera que o governo tome providências. Que as autoridades se movimentem.
Entretanto, não se demore na posição de comentarista.
Pense no que você pode fazer.
Não diga que é pobre e incapaz de contribuir na campanha do bem ao próximo.
***
Pensemos juntos.
Se você renunciar a um refrigerante em cada cinco, segundo os seus hábitos, poderá destinar a quantia,
ao final de um mês a um hospital.
A sua renúncia equivalerá a uma medicação para um doente.
Se você renunciar ao cinema uma vez em cada cinco, endereçando o valor economizado a uma creche,
ao término de algumas semanas a instituição contará com mais leite em favor daquelas crianças.
Se você renunciar à compra de uma revista em cada cinco que costuma adquirir, ao término de duas ou
três semanas, o valor poderá ser destinado a uma instituição que acolha idosos.
O dinheiro poderá servir, quem sabe, para comprar uns docinhos extras, pequenas guloseimas que eles
ainda apreciam.
Se você economizar as peças de vestuário, guardando a importância equivalente a uma delas em cada
cinco, ao final de um ano você disporá de recursos suficientes para vestir alguém que a nudez ameaça.
Se você deixar de ir ao restaurante uma vez em cada cinco que costume ir, ao final de algumas semanas,
poderá encaminhar o valor economizado a um albergue para alimentar quem se encontra distante do
próprio lar.
Se você economizar o equivalente à aquisição de um novo calçado, a cada cinco, poderá endereçar o
valor para uma instituição que lute com dificuldades para pagar a conta da energia elétrica, da água ou
do supermercado.
Não espere, portanto, pelas decisões do governo. Ou que pessoas mais abonadas do que você realizem
aquilo que você pode realizar.
Será uma gota no oceano, dirá você. Mas não esqueça que o oceano é feito de gotas d’água e que o rio
começa com um filete na fenda da montanha.
***
Não espere pela bondade dos outros.
Lembre-se daquela que você mesmo pode fazer.
É possível que você diga que tem direito ao supérfluo, porque luta e trabalha para isso. E tem razão. Mas
pense naqueles a quem falta o necessário.
Você pode afirmar que está contribuindo com a indústria do refrigerante, a mídia escrita, as empresas
da moda e os restaurantes.
Porque todos são fonte de trabalho para muitas pessoas. É verdade. Mas o que você economizar,
destinando a outrem, continuará movimentando a indústria e o comércio.
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E estará diminuindo dores, mitigando a fome, protegendo corpos, enriquecendo um pouco a mesa de
alguém que já abandonou os sonhos há muito tempo...
Não contestamos seu direito de decidir a forma de empregar os seus recursos amoedados.
A vontade é atributo do espírito. É dádiva de Deus para que decidamos, por nós, quanto à direção do
próprio destino.
O nosso lembrete é somente uma sugestão para aqueles que acreditam na força da caridade.
E essa caridade só terá realmente valor se houver algum laço entre a caridade e você.
***
Caridade é bênção sublime a se desdobrar em socorro silencioso.
É uma escada de luz onde o próximo é o degrau evolutivo que permite a ascensão e o auxílio fraternal é
oportunidade iluminativa.
A caridade – vida da alma – é a mais alta conquista que o homem poderá colocar como meta para si
mesmo.
***
Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #caridade #fraternidade #comportamento #conselhos
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13 - O QUE É CIVILIZAÇÃO?
Margaret Mead foi uma antropóloga cultural, nascida nos Estados Unidos no Século XX.
Trabalhou no Museu Americano de História Natural, em Nova York, por mais de cinco décadas, assumindo o posto
de diretora de etnologia por mais de vinte anos.
Seus estudos muito contribuíram para o desenvolvimento da antropologia, em vários aspectos.
Certa feita, uma estudante lhe perguntou qual seria, na visão aguçada da pesquisadora, o primeiro sinal de
civilização.
Talvez a expectativa da aluna fosse que a insigne professora lhe indicasse algum artefato desenvolvido, o domínio
de alguma técnica.
Talvez falasse da capacidade de amolar uma pedra, fazer uma lança ou um pote de barro.
No entanto, a reflexão da antropóloga foi além da aquisição dessas capacidades intelectuais e motoras que
desenvolvemos em nossa caminhada evolutiva.
Para a doutora Margaret Mead o que sinaliza o início da civilização é um fêmur curado.
O fêmur é um dos maiores ossos de nosso organismo, o mais longo de nosso corpo, fundamental para nosso
deslocamento.
Sem os recursos que hoje a medicina oferece, ele levava cerca de seis semanas para uma completa cicatrização,
exigindo do paciente absoluto repouso, nenhum movimento.
Assim, a antropóloga concebeu, na observação de um osso curado, a síntese de toda uma conquista emocional.
Durante essas longas semanas, alguém teve de proteger esse enfermo. Teve que tratar, alimentar, fornecer água,
entre tantas necessidades.
Tais atitudes nascem da empatia, da solidariedade, do afeto e da consideração.
Somente munido desses sentimentos alguém dispensaria tantos dias para cuidar do outro.
***
Dessa forma, concluímos, é que se faz a construção de nossa Humanidade, de nossa civilização.
E isso se dá, na intimidade de cada um de nós.
Portanto, os sinais efetivos de nosso progresso não se darão pela nossa inteligência, por termos um raciocínio
rápido e privilegiada capacidade de entendimento.
Em cada um de nós, o progresso se efetivará, quando, para além do intelecto, formos conquistando valores nobres.
Vamos construindo nossa civilização à medida que conseguimos tratar o outro da mesma forma que gostaríamos
de ser tratados.
Quando vamos entendendo que nossos direitos devem respeitar os direitos do outro; quando, além de justos,
somos solidários perante as dificuldades do próximo; quando a compaixão nos toca, e com ela nos movimentamos,
para minimizar a dificuldade do outro, temos uma conquista individual.
E quando cada conquista se consolida, em nós, em última instância, toda a Humanidade progride.
Por isso, se buscamos progressos maiores para nossa civilização, lembremos que apenas as conquistas e esforços
intelectuais não bastam.
São importantes, sem sombra de dúvida.
Mas, se não nos preocuparmos em nos tornarmos melhores, mais humanos, mais solidários, mais companheiros
uns dos outros, jamais poderemos nos dizer, efetivamente, civilizados.
***
Extraído do Momento Espírita (texto Alcançando a Civilização)
***
#momentoespirita #civilização #evolução #progresso #fraternidade #humanidade
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14 - REFLETINDO SOBRE A FÉ
Relata o Evangelista Lucas que, em certa ocasião, Jairo, chefe da sinagoga, veio ao encontro de Jesus e, se
prostrando aos Seus pés, implorou que Ele fosse a sua casa e curasse sua filha.
Atendendo o pedido, o Mestre se levantou e seguiu aquele pai angustiado.
Pelo caminho, uma senhora, que há muitos anos estava doente, aproximou-se de Jesus e lhe tocou o manto, pois
acreditava que esse fato haveria de curá-la. E assim sucedeu.
O Rabi, entretanto, inquiriu quem O houvera tocado.
A mulher, prostrou-se diante do Mestre e confessou que fora ela quem O tocara.
Jesus, fitando-a, afirmou: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz!
***
Muitos somos os que afirmamos ter fé.
Jesus prescreveu que se tivéssemos fé do tamanho de um grão de mostarda, removeríamos montanhas.
A fé, enquanto virtude, tal qual o perdão, a caridade, a paciência, é conquista do Espírito e, portanto, somente se
dá através da prática e da vivência.
De nada adianta uma fé que não é capaz de consolar nosso coração quando um ente querido retorna à pátria
espiritual, morada de todos nós.
Uma fé que não é capaz de nos manter de pé diante da mágoa, da ofensa, da dor, da humilhação, da ingratidão.
De nada adianta uma fé que não é capaz de dialogar conosco, preenchendo-nos de esperança diante dos
problemas-lições que, diariamente, somos convocados a superar e, principalmente, com cada um deles aprender.
É na experiência diária e, em especial, nos momentos mais críticos de nossa existência, que somos convidados a
dar testemunho de nossa fé.
Sendo assim, que cada gesto, cada palavra, cada decisão que tomarmos possa ser regada com os bons eflúvios da
fé.
Se bebermos, diariamente, nessa fonte que nunca seca, teremos guia seguro para o progresso intelecto-moral e
para a conquista da felicidade que almejamos.
***
Olhai as aves do céu e os lírios do campo, recomendou-nos Jesus.
Desde os menores animais às mais delicadas plantas, até as grandes esferas que figuram precisas e harmoniosas
na imensidão do Universo, em tudo percebemos os traços do Criador.
Se o Pai Celeste por tudo zela, certamente também assim o faz por nós, Seus filhos muito amados.
Se hoje permite que experimentemos dores diversas, é por saber que delas somos necessitados e essa é a via que
nos levará à cura de nossas almas chagadas pelas mazelas morais.
Igualmente, como fez a senhora enferma, permitamos que nossa fé nos salve de nosso orgulho, de nossa
maledicência, de nosso egoísmo, de nossa falta de caridade.
***
Se Jesus é o Mestre e o Evangelho é o caminho, a fé é a candeia que, pouco a pouco, ilumina a escuridão que
ainda há em nós.
A fé é uma necessidade espiritual, que não podemos desprezar.
É lâmpada-bússola que nos aponta rumos seguros, impedindo que nos venhamos a abater ante a noite escura das
dificuldades.
Passo a passo, atendamos a recomendação do Senhor: Brilhe a vossa luz!
Pensemos nisso!
***
Extraído do Momento Espírita (texto original Brilhe a Vossa Luz)
Referência: Evangelho de Lucas, 8:44 a 56 e verbete FÉ do livro REPOSITÓRIO DE SABEDORIA por Joanna de Ângelis e
Divaldo Franco
***
#momentoespirita #joannadeangelis #Evangelho #fé #fe #espiritismo #doutrinaespirita #aprendizado
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15 - INCOMPREENSÕES
Quantas vezes nos sentimos incompreendidos?
A resposta deve ser: Muitas vezes... – Em tom de desabafo ou lamentação profunda.
Ainda nos sentimos vítimas quando passamos por tais situações cotidianas. Alguns de nós parecemos colecionar
desditas.
E quando temos chance demonstramos nossa frustração.
Acontece que pessoa alguma consegue vencer a jornada terrestre sem enfrentar os obstáculos necessários ao seu
processo de iluminação interior.
Seria ingenuidade ou fuga, pretendermos passar isentos de tudo isso.
Dentre esses tantos desafios que nos provam incessantemente, aqueles de natureza moral se fazem os mais
atormentadores.
São eles que atingem nossas resistências íntimas e conspiram contra a harmonia pessoal.
Entre esses, no relacionamento social, se destacam a incompreensão, criadora de situações lamentáveis.
***
A incompreensão tem raízes em comportamentos íntimos que se mascaram, renovando as formas de agressão e
mantendo a mesma acidez.
Estimulada pela inveja, provoca situações insustentáveis.
A competição doentia a encoraja, buscando derrubar o aparente adversário.
A malícia favorece o intercâmbio para a sua ação enfermiça, espalhando suspeitas e calúnias.
A incompreensão está em germe na alma humana ainda em processo de crescimento. Herança dos instintos agressivos,
surge com insistência nas mentes e busca residência nos corações.
Em razão da inferioridade dos homens, a incompreensão favorece o desabar de excelentes construções de amor.
Aqueles que não alcançam, aqueles que não podem, desejam derrubar os que vão adiante, mais alto.
Aqueles que ainda não sentem, que ainda não se transformaram, não entendem como aqueles mais à frente
conseguiram e questionam suas vitórias.
Aqueles que não sentem como nós sentimos não conseguem entender nosso coração.
Lembremos que os mais abnegados promotores do progresso padeceram a incompreensão dos seus contemporâneos.
Abraçados ao ideal, não podiam compactuar com os frívolos e os maus que os buscavam, em tentativa de amizade para
desviá-los do compromisso.
Os santos a experimentaram na carne, espezinhados e perseguidos nos grupos de onde se originavam.
Os missionários do bem se viram sacrificados e confundidos, porque não pararam, cedendo nos seus ideais.
Os invejosos os crivaram de espinhos e dores, gozando por vê-los quase sucumbir...
***
Ninguém conseguirá caminhar em paz na multidão.
As diferenças ideológicas e morais, vibratórias e culturais não deixarão, por enquanto, que a fraternidade ajude e o
amor ampare.
Assim, perdoemos aos nossos perseguidores. Eles já são infelizes, em razão do que cultivam no íntimo e do que,
realmente, são.
Prossigamos em confiança, sem nos determos para examinar as incompreensões do caminho.
Os apedrejadores adotam a tarefa de somente agredir.
Sejamos aqueles que avançam, compreendendo.
Todo o mal que nos façam, não nos fará mal. Pelo contrário, nos promoverá a estágio superior, se soubermos enfrentar
a situação.
O nosso exemplo de humildade será um chamado à renovação, à paz.
Não nos detenhamos, nem nos entristeçamos diante das incompreensões.
Prossigamos com alegria íntima pelo roteiro que elegemos e não olhemos para trás.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 4, do livro DESPERTE E SEJA FELIZ, de Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
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#momentoespirita #incompreensão #compreensão #comportamento #sociedade #autoconhecimento #PsicologiaEspírita
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16 - HORA VAZIA
17 - INVESTIMENTOS
Vez que outra, é importante que façamos um balanço dos nossos investimentos. Os empresários costumam fazer
levantamentos diários, relatórios que indicam o mercado mais rentável e, dessa forma, decidem como, em que, e
quando investir.
De maneira geral, todos somos empresários de nós mesmos, decidimos sobre nossa economia, nossos
investimentos e elegemos uma escala de valores que passamos a seguir.
Todavia, na maioria das vezes, a nossa atenção está voltada para as questões materiais. Queremos as vantagens
imediatas. Buscamos investir sempre em algo que nos traga resultados a curto prazo.
É louvável que nos ocupemos com as coisas da vida material pois vivemos num mundo material.
O que normalmente acontece, é que relegamos para segundo plano as questões que dizem respeito ao Espírito
imortal que somos todos nós.
Investimos tanto no corpo, que ficará preso à Terra, ocupamo-nos tanto com os investimentos materiais, que
teremos que deixar na Terra, e pouco nos voltamos para o Espírito, que continuará sempre vivo.
Como dissemos, as coisas da Terra são importantes como meio de progresso, mas não são o fim objetivado com
a reencarnação.
Se é saudável fazermos ginástica para que nosso corpo fique em forma, é também de suma importância que
exercitemos um pouco o Espírito, procurando dar a ele uma feição melhor.
Se evitamos todos os negócios que não nos trazem lucros financeiros, por que não evitamos tantas ações que nos
trazem prejuízos morais de grande monta?
***
Vale a pena meditar sobre nossos valores. Fazer, de vez em quando, um levantamento de como melhorar os
investimentos em nível espiritual.
Não investir na inveja, veneno corrosivo que destrói a nossa paz interior.
Deixar de investir na vingança, enfermidade que causa mal-estar e desdita a quem a agasalha na intimidade.
Não aplicar nem mais um segundo no ódio, inimigo letal de todos que o cultivamos no ser.
Retirar todos os esforços empregados na maledicência, na calúnia, no orgulho, na vaidade desmedida.
Investir no Espírito que passará pelo túmulo e continuará mais Além, no plano espiritual, de onde todos viemos.
Voltar para lá levando na bagagem investimentos nobres, que nos deem uma feição melhorada, que sirva de
sustentação para nossa nova jornada, e para que não sejamos um peso para aqueles que nos aguardam do outro
lado da vida.
Esta é a proposta do Espiritismo, esta sempre foi a proposta do Cristo: Viver no mundo, sem ser do mundo.
Usufruir das coisas do mundo mas não se deixar possuir por elas.
E, quando tivermos que deixar os bens que pertencem à Terra, que possamos fazê-lo com serenidade, sem agarrar-
nos de forma prejudicial aos haveres que Deus nos emprestou para nossa evolução intelectual e moral.
***
No jogo dos investimentos chegará a hora da prestação de contas.
E, então, compreenderemos que os investimentos imediatos ficarão retidos nas aduanas da Terra, enquanto os da
vida abundante, e somente estes, seguirão conosco por todo o sempre.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Palavra INVESTIMENTO, do livro REPOSITÓRIO DE SABEDORIA, v. 2, por Joanna de
Ângelis e Divaldo Franco
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#momentoespirita #investimento #avaliação #reflexão #comportamento #meditação #joannadeangelis
#repositoriodesabedoria #VALORES
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18 - IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO
O diálogo confiante e fraterno vem se tornando raro.
Muitos são os fatores mas, em síntese, o diálogo escasseia por ausência de entendimento.
Contudo, ele é tão importante para trocar opiniões, aprofundar ideias, traçar caminhos, esclarecer dúvidas!
Fator imprescindível no diálogo é a arte de saber ouvir. Ouvir com paciência, com interesse, valorizando tudo que o outro
expressa.
Outro ponto fundamental é a simplicidade na expressão do verbo. Desde que não se trata de um discurso, as colocações
devem ser feitas de forma simples e clara, a fim de gerar simpatia em quem ouve.
Depende ainda o sucesso do diálogo do desejo de ser útil, não nos esquecendo de que toda pessoa tem algo para ensinar,
como resultado de sua experiência individual.
O diálogo estreita as relações entre pessoas bem educadas, pois cada qual se revela, informando sobre os seus recursos
pessoais.
***
O diálogo é indispensável para a vida em sociedade.
Jesus lecionou com sabedoria a respeito de sua eficácia.
Quando procurado pela arrogância dos adversários gratuitos, que O desejavam perder, utilizava palavras precisas, não
permitindo duplas interpretações.
Quando buscado pela simplicidade do povo, acudia com parábolas comovedoras, que falavam da realidade daquela gente.
Lições que sobreviveram aos séculos, ensinaram gerações e prosseguem hoje, com o mesmo vigor, a apontar o caminho reto
e seguro para a felicidade.
Se amigos O procuravam, ouvia-os bondoso. Depois, gentil, os esclarecia, usando constantemente uma linguagem
perfeitamente compreensível a todos.
Diante da dor, sabia escutar e participar, chegando às lágrimas mais de uma vez. No Seu banquete de fraternidade, participava
intensamente de cada momento de cada vida.
Otimista, usava do verbo para elevar sempre. Mesmo na cruz não Se permitiu o receio, dialogando com o equivocado que
Lhe solicitava socorro, acenando-Lhe com a possibilidade de reforma.
Expressão do amor puro, manteve diálogo com Sua mãe e João, no Gólgota dos testemunhos.
***
Estes são dias que exigem diálogos fraternos, objetivos. A dor aperta o cerco e falsos conceitos buscam se afirmar no mundo,
confundindo os menos avisados.
É o momento de dialogar sem pressa, auxiliando com o esclarecimento libertador. É o momento de conquistar os corações
para a paz, em nome de Jesus.
O diálogo projeta claridade sempre que é realizado em termos elevados.
Utilizando-o, com sabedoria, estaremos fazendo brilhar nossa luz no mundo, em nome da Verdade, exatamente como nos
aconselhou Jesus.
***
A palavra, a serviço da vida, é operária do progresso, da felicidade e do bem geral.
A boa comunicação resulta da qualidade do tema e da forma como se apresenta.
Aprendamos a falar com propriedade, evitando gírias, conceitos de duplo sentido, expressões chulas, que somente conduzem
à agressividade e ao primitivismo.
Não falemos apenas por falar. Falemos edificando, ajudando, libertando ouvintes.
Comuniquemo-nos com o próximo irradiando alegria e paz, como fazia Jesus.
***
Extraído do Momento Espírita
Referências: Cap. 35 do livro TERAPÊUTICA DE EMERGÊNCIA e cap. 4 do livro MOMENTOS DE
ILUMINAÇÃO por Joanna de Ângelis e Divaldo Pereira Franco,
***
#momentoespirita #palavra #atendimentofraterno #sociedade #momentosdeiluminação #joannadeangelis
20
Quem de nós não desejaria que a existência transcorresse à semelhança de um rio calmo, onde a barca de nossa
vida singrasse por águas tranquilas e serenas?
Todos temos o desejo de que, na vida, os embates não surjam, as dificuldades não se apresentem, e as dores não
ocupem espaço em nosso caminhar.
Contudo, viver é muito mais do que atender ao escoar dos dias, ou esperar a velhice chegar e a morte encerrar a
vida do corpo físico.
Temos o desafio, a cada vez que nascemos, a cada vez que nos vestimos de carne, de que novos aprendizados se
façam.
Esse é o propósito da Divindade para conosco: que o corpo físico seja a possibilidade de progresso para a alma.
Assim, naturalmente haverá dias mais amargos em nossa jornada.
Ocorrerão fases em que o peso sobre nossos ombros se avolumará, e os problemas se apresentarão mais
complexos.
Passaremos por dias tumultuosos, em que seremos testados em nossos valores, nossa perseverança, nossa fé.
Surgirão situações de grande monta, exigindo que desenvolvamos capacidades morais de que não dispúnhamos
ou nem imaginávamos dispor.
Haverá situações nas quais a prova se mostrará mais rude, em que enfrentaremos nossos limites morais, em que
bordejaremos o extremo de nossa capacidade.
Nada disso acontecerá, no entanto, sem a plena anuência da Divindade. Nenhuma sem o pleno conhecimento da
Providência Divina.
***
Deus tem total ciência de tudo que nos sucede.
Nada que nos ocorra é inútil ou destituído de alguma razão, mesmo que de momento não consigamos entender o
propósito.
Contrariando o adágio popular, podemos dizer que Deus escreve certo por linhas retas.
Nós é que somos, algumas vezes, os míopes que não conseguimos ver o amor e sabedoria de Seus desígnios.
Assim, se os dias se mostram desafiadores, ali está a bondade de Deus nos oferecendo o aprendizado.
Para alguns, o desafio é lidar com o retorno do ser amado à pátria espiritual, deixando o rastro das saudades e
uma imensa ausência.
Para outros, é a dor, a doença, as deformidades, as limitações físicas que chegam inesperadamente, provocando
desequilíbrio em seus dias.
Para muitos, é a família a se desarticular, pela inconstância de uns, despautério de outros, desestruturando
relações de alegria e fraternidade.
Assim é nossa jornada. Feita de desafios e lições.
Quando essas nos chegam, na forma da dor ou da saudade, da doença ou de alguma carência qualquer, é sempre
o convite para aprender.
***
Vistamo-nos de coragem e fé. Enfrentemos o que nos chegue com a serenidade daqueles que entendem os
desafios como necessários ao crescimento moral.
E não nos esqueçamos de que teremos sempre Jesus, o bom Pastor, a nos amparar a todos, cansados e aflitos, em
Seu regaço amoroso.
Os desafios existenciais fazem parte da vida. Sem eles, o homem seria destruído pela paralisia da vontade, dos
membros, das aspirações, que se transformariam em doentia aceitação dos níveis inferiores do estágio da
evolução.
Enriquecer-se com a luz do discernimento elevado é a finalidade essencial da vida.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #coragem #fé #problemas #desafios #aprendizado #evolução
21
É bastante comum se ouvir referências à busca da fortuna. Pensando assim, há os que agem com loucura e perdem
os bens em jogos diversos, desejando possuir mais e mais.
Pensa-se em loterias e outras formas fáceis de angariar valores, porque todos desejam ter um grande tesouro.
Entretanto, para todos os que nascem na Terra, o Divino Pai concedeu um tesouro inestimável.
É o corpo físico. Carinhosamente concebido na intimidade da mulher, partindo de um ovo minúsculo, ele se
transforma num complexo de sessenta trilhões de células quando adulto.
Dentre os tantos órgãos espetaculares que o compõem, o cérebro, e só ele, é formado por mais de setenta bilhões
de neurônios.
Ele comanda todas as funções do organismo.
Se desejamos atravessar a rua, em um local onde não haja semáforo, olhamos para um lado e outro. Se
verificamos que um carro aponta na rua, rapidamente é nosso cérebro que calcula, sem que nos demos conta,
em fração de segundo, a distância do veículo, a distância que temos para atravessar e determina o ritmo do nosso
passo ou nos diz que devemos aguardar a passagem do veículo.
Por se tratar de uma máquina e uma máquina muito especial, o corpo é dotado de um sistema de autorreparação.
Pede-nos repouso quando necessita, determinando o número de horas para a recuperação devida. Pede-nos
combustível em forma de ar puro, alimento sadio, acionando mecanismos próprios.
Temos um estômago de tal forma disposto que, se sentimos fome e pensamos em comer uma pizza, logo o
estômago se prepara para receber e realizar a digestão de uma pizza. Se, ao contrário, sentimos o aroma de um
bife em preparo, todo ele se dispõe de forma diferente, ao ponto de sentirmos água na boca.
O sangue, que corre por todo o nosso organismo, viaja por quase cento e setenta mil quilômetros de artérias,
veias e vasos para levar alimento a todas as células.
***
Tal instrumento valioso é forte, para vencer grandes lutas e desafios. Possui uma incrível elasticidade de adaptação.
Ao mesmo tempo, se mostra frágil, podendo perecer e se decompor com rapidez.
Por isso mesmo, nos exige cuidados. Nutri-lo sem exageros. Vitalizá-lo com pensamentos dignos, elevados, para
que ele não se impregne de toxinas que lhe minariam as energias e envenenariam as possibilidades vitais.
Respeitá-lo em público ou a sós, não o exibindo de forma vulgar, porque ele é a casa temporária do Espírito.
Utilizá-lo bem, permitindo-lhe longas caminhadas e exercícios físicos, que o ajudem a se manter em forma,
contudo não o desgastando em noitadas de loucura.
Não o destruamos pelo vício de qualquer natureza, mesmo aqueles que a sociedade considera toleráveis,
aceitáveis.
Sirvamo-nos dele de tal forma que nunca tenhamos de nos arrepender, quando a doença o atingir por nossa
própria imprudência.
Um dia, quando o deixarmos na Terra, haveremos de agradecer a Deus pela dádiva que ele foi, pelo tanto que nos
permitiu progredir, fazer e realizar.
Amemos, pois, esse instrumento divino, e nos tornemos através dele, um ser de intensa luz, vivendo e aprendendo
sempre.
***
O corpo é instrumento valioso que o Criador concede ao Espírito para lhe facilitar o progresso, pelos milênios afora.
Amar o corpo, respeitá-lo, usá-lo com sabedoria é o que nos compete.
***
Extraído do Momento Espírita (Texto original: Instrumento Precioso)
Referência: Cap. 19, do Livro SENDAS LUMINOSAS, por Joanna de Ângelis e Divaldo Pereira Franco
***
#momentoespirita #responsabilidade #comportamento #vigilância #corpo #corpohumano #joannadeangelis
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22 - INSPIRAÇÕES ESPIRITUAIS
Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem – consta na resposta à questão número
459 de O Livro dos Espíritos.
Ora, cientes de que tal influência é usual e intensa, cabe-nos aprender a distinguir nossos próprios
pensamentos daqueles que nos são sugeridos.
Além disso, devemos ter em mente que os bons Espíritos sempre nos aconselham para o bem.
Os Espíritos infelizes, porém, são incapazes disso.
Resta-nos, portanto, usar o bom senso para fazermos tal diferenciação e nos valermos apenas das
orientações que nos possam levar ao caminho do bem e da verdade.
***
Extraído do Momento Espírita
Referências: Cap.13, do livro LIÇÕES PARA A FELICIDADE de Joanna de Ângelis e Divaldo Franco e
Cap. IX, parte 2 do LIVRO DOS ESPÍRITOS
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #joannadeangelis #espiritismo #doutrinaespirita #espiritos #joannadeangelis
#comportamento #pressentimento
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Foi logo após a cura do coxo, à entrada do Templo. A notícia do feito se espalhou com rapidez e alcançou
os ouvidos das autoridades da governança.
Receosos com o efeito do fato, resolveram providenciar para logo a prisão dos dois apóstolos
responsáveis. Enviaram seus soldados e trancafiaram em torpe prisão aos dois galileus: Pedro e João.
A reação dos que detêm o poder e temem a verdade é sempre a mesma: intimidar, ameaçando ou
buscando vencer aqueles que a apresentam.
Quando não a conseguem vencer, a sua estratégia é a de silenciá-la, inutilizando os seus porta-vozes.
Porque fosse noite, ambos foram colocados no cárcere para, no dia seguinte, enfrentarem minucioso
interrogatório, diante do próprio enfermo recuperado, saudável.
Pedro, interpretando as vozes celestes que o inspiravam, não se deixou intimidar. Exaltou o Cristo. Não
há salvação em nenhum outro, afirmou, porque dentre os homens Ele é o maior.
Os juízes e as demais autoridades assombraram-se com a coragem de ambos. Havia exatidão no verbo
do apóstolo Pedro.
Não detectaram, em verdade, qualquer crime ou erro passível de punição em Pedro e João. Além do mais,
temiam a reação do povo.
Resolveram, portanto, libertá-los sob uma condição: de não mais se referirem a Jesus, o Cristo.
Os interrogados lhes responderam então: Nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e
ouvimos.
O silêncio lhes era impossível.
Podiam perder o corpo mas não poderiam deixar de divulgar a verdade.
***
A verdade é transparente como a luz do amanhecer. Procede de Deus e a conduz o pensamento.
Por isso, é impossível o seu silêncio.
Haveriam de chegar as perseguições, os seguidores do Cristo perderiam seus corpos, mas não haveriam
de se calar.
Jesus afirmou que a verdade liberta, porque impõe responsabilidade e dever.
Em todos os tempos, homens houveram que pretenderam possuí-la e a reter. No entanto, a verdade
procede do amor e se expressa em paz. A sua proposta é clara e terminará por impregnar as mentes e
acolher-se nos corações de todos os homens.
Por isso mesmo, é impossível o seu silêncio. Abraçá-la significa abdicar da ignorância e se torna possível
ser feliz, desde o hoje.
***
A coragem é consequência natural da fé e não significa desatino, temeridade, irreflexão.
A coragem é calma, segura, fonte geratriz de equilíbrio que fomenta a vida.
A coragem é essa energia que sustenta, essa força moral que conduz ao êxito.
***
Extraído do Momento Espírita (Título original: Impossível Silenciar)
Referência: Cap. SILÊNCIO IMPOSSÍVEL, do livro DIAS VENTUROSOS, por Amélia Rodrigues e Divaldo
Pereira Franco
e no verbete CORAGEM, do livro REPOSITÓRIO DE SABEDORIA, v. 1, por Joanna de Ângelis e Divaldo
Pereira Franco
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#momentoespirita #verdade #coragem #joannadeangelis #equilibrio
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24 - PERFIL DO OTIMISMO
Quando as andorinhas, bailarinas ligeiras, dançam no ar, coloridas pelos últimos raios do sol poente, o suave calor
da primavera anuncia a chegada alegre das flores e da renovação da vida.
Arrebentam-se as fendas dos velhos muros e morros cansados, deixando que os vegetais surjam em variado
verdor e os campos largos se exibam com matizados em festa inigualável.
As mãos mágicas do Celeste Pintor saem derramando tintas e perfumes embriagadores em todo lugar,
confirmando seu inefável amor por Suas criaturas.
Os córregos cantam com as águas apressadas e as cachoeiras arrebentam cristais nas pedras resignadas, que os
recebem felizes.
Há uma revolução geral, e os dias frios partem, deixando as lembranças tristes sepultadas sem saudades.
Revoadas de aves alegres, incessantemente, bordam os céus com imagens sucessivas de beleza incomum.
A primavera é o otimismo da natureza cantando o poema da estesia de Deus. Enquanto se repita, a aliança de
amor permanece entre o homem descuidado e seu Pai zeloso, sustentando a esperança.
Apesar disso, muitas criaturas desanimadas deixam de fitar a claridade do dia primaveril, mergulhadas na noite
das suas paixões.
Preferem olhar o chão onde permanece o lodo, a contemplar o alto onde fulguram as estrelas. Por isso, tornam-
se torpes, amarguradas, perturbadoras.
***
A vida humana, qual ocorre com a da natureza, passa por quadras variadas que se sucedem em ordem de
grandeza, servindo uma de base à outra, indispensáveis à harmonia de conjunto.
A noite, que convida ao repouso, enseja a reflexão para o dia, que propicia a ação.
O inverno, que parece destruidor, também enseja a preservação da energia, que estrugirá em vida na primavera.
A criatura humana é o mais grandioso investimento de Deus na Terra, e ser otimista quanto ao futuro, mesmo que
haja dificuldades no presente, é o mínimo que lhe cabe, como afirmação da sua realidade e gratidão ao seu Criador.
Quem pretende conservar tristeza no coração, encontrará sempre motivos falsos para sustentá-la, acalentando a
queixa, cultivando a desdita e nutrindo-se da insatisfação.
O otimismo é gerador de adrenalina emocional, que estimula o sangue, impulsionando ao avanço, à alegria
fomentadora da ação.
Cultivando-o nos sentimentos, adquire-se visão para penetrar o lado oculto ou sombrio das ocorrências e
entusiasmo para não desfalecer ante os primeiros insucessos da marcha, prelúdios das vitórias futuras.
Quem não possui capacidade para sustentar com valor os embates fracassados, não tem condições para viver as
grandes e decisórias batalhas.
Nos céus dos que amam e confiam em Deus com otimismo, sempre haverá andorinhas bailando em prenúncio de
gloriosas primaveras.
***
O homem deve impor-se a tarefa de abrir janelas de otimismo nas salas onde dominam tristezas e arejar espaços
escuros de pessimismo mediante o aroma da esperança.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: cap. PERFIL DO OTIMISMO, do livro PERFÍS DA VIDA, por Guaracy P. Vieira e Divaldo Franco, e
no verbete OTIMISMO do livro REPOSITÓRIO DE SABEDORIA, v.2
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#momentoespirita #otimismo #comportamento #pensamento #reflexão #aprendizado #esperança
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Os dias atuais, em nossa sociedade, vêm se mostrando desafiadores, para cada um de nós.
Nunca antes o homem teve tantos recursos e facilidades tecnológicas. As ciências avançam a passos largos.
Comunicamo-nos com qualquer parte do planeta em segundos. Procedimentos médicos, antes qualificados como
impossíveis, se fazem corriqueiros. E o microuniverso dos cromossomos assim como o macrouniveso das galáxias
vai sendo descoberto.
Em paralelo, por mais contraditório que pareça, o homem sofre com dramas milenares, que ainda não conseguiu
superar.
Na mesma sociedade em que convivem almas nobres, acotovelam-se outras com instintos bárbaros e primitivos.
Enquanto uns labutam pelo progresso da sociedade, outros chafurdam na mesquinhez e no egoísmo, criando
dificuldades onde passam.
Mas é natural toda essa aparente desordem. Convivemos, todos nós reencarnados na Terra, porque ainda temos
o que aprender uns com os outros.
***
Deus, ao nos enviar para renascer neste planeta, sabe ser ele o melhor ambiente para nosso aprendizado.
Enquanto houver lições a se aprender aqui, aqui estaremos matriculados no processo de renascer e progredir.
Assim, não há porque temer os dias que se apresentam. Muito embora os noticiários se mostrem assustadores,
as manchetes dos jornais sucedam-se nos escândalos e nos dramas, tudo isso está sob o auspício de Deus.
O medo do que poderá nos acontecer deve ser substituído pela crença em Deus como provedor de todos nós,
quando entendemos que sob os Seus cuidados estão todos os fatos do nosso dia a dia.
Ninguém sofre por obra do acaso, nem podemos nos colocar na situação de vítima de uma sociedade em
desequilíbrio.
O que nos ocorre hoje, muitas vezes, tem suas origens no nosso passado de Espíritos imortais. Ao retornar às
paragens terrenas, nos encontramos sob as dificuldades plantadas no pretérito, com colheita obrigatória no agora.
Portanto, não nos deixemos levar por qualquer onda de pessimismo, medo ou fobia que grassa pelas esquinas da
vida.
***
Reflitamos, de maneira madura, de que, até os fios de nossos cabelos estão contados, e nenhuma folha cai de uma
árvore sem a vontade do Pai, como nos ensinou Jesus.
Assim, os nossos dias também estão sob os Seus cuidados de Pai amoroso.
Se a vida nos oferecer desafios difíceis a enfrentar, encaremo-los como oportunidade de resgate da nossa própria
história, como chance de quitar débitos perante a contabilidade Divina.
Crer que nada nos ocorre ao acaso é ferramenta de fé para enfrentar dias difíceis e desafiadores.
Não há o que temer. Sejamos prudentes, cuidadosos, mas sem resvalar em fobias e medos em nosso coração,
lugar de onde a fé não deve se ausentar.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #medo #desafios #reflexão #Deus #fé #causaeefeito
29
28 - REFAZER CAMINHOS
Nossa existência pode ser comparada a uma longa estrada. Em certos momentos, nos caberá definir a
direção que desejamos seguir.
Como toda estrada, a da nossa existência também oferece, a determinados períodos, bifurcações onde
precisamos decidir qual caminho iremos percorrer.
Algumas bifurcações nos levarão a nada mais do que pequenas alterações na rota.
Não nos distanciam muito do caminho verdadeiro. Seriam aquelas atitudes de nosso cotidiano que não
repercutem tão intensamente em nós ou naqueles que nos cercam.
Algo como agir perante alguém agressivo, ceder ou não a um pedido, permitir-se ou não concretizar
algum favor a terceiro, dedicar um breve tempo para atender um conhecido em dificuldades.
Pequenas ações, do dia a dia, que concretizamos.
Para essas, caso a opção não tenha sido a mais adequada, fica fácil corrigirmos.
Poderá bastar um pedido de desculpas, uma mudança de comportamento ou mesmo nos retratarmos.
Um gesto, uma palavra e poderemos retornar ao bom roteiro.
***
Porém, alguns de nós insistimos em tomar o caminho errado, fazer opções desacertadas.
Algo que no início pode parecer um pequeno desvio, vai ganhando amplitude na medida que nossas
ações persistem no erro.
É a insistência na arrogância, no orgulho, no egoísmo que, aos poucos, vão nos distanciando do melhor
caminho.
Mas, existem, igualmente, momentos na vida que nos exigem grandes decisões. São as bifurcações
muito amplas que se apresentam na jornada.
São os momentos da existência nos quais somos postos a prova mais intensamente e para os quais
somos convocados a tomar decisões de grande impacto.
Nesses momentos, poderá acontecer que tomemos o caminho errado, que a decisão não seja a mais
acertada, e que somente depois de algum caminhar, nos demos conta do desacerto.
Não importa em que situação estejamos. Sejam pequenos ou grandes os erros. Estejamos distantes ou
ainda próximos do ponto onde nos equivocamos.
Não existem desvios que não possam ser retificados. Não há caminhos que não possam ser refeitos, não
há erros que não possam ser corrigidos.
***
Nenhum de nós está isento de escolhas, atitudes ou decisões erradas. De pequena ou grande monta. De
pouca ou imensa repercussão.
Seja qual for o momento em que nos encontremos, sempre haverá possibilidades de retomar caminhos
melhores.
Façamos do erro o momento do aprendizado; do arrependimento o início de um caminhar melhor, e dos
próximos passos, a reparação dos equívocos.
Quando Jesus tomou pelas mãos a mulher adúltera, na praça pública, não a recriminou. Apenas a
amparou, compreendeu a sua fragilidade e a orientou: Vá e não tornes a pecar.
Assim sejamos nós. Ao tropeçarmos, levantemo-nos sabendo que sempre haverá Jesus a nos oferecer as
Suas mãos. Que o dia de amanhã nos trará renovadas oportunidades.
E que sempre é tempo de reparar, melhorar, burilar nossa conduta.
31
A vida da maioria das pessoas é atribulada e cheia de compromissos. Entre reuniões, cursos,
deslocamentos e projetos variados, a semana passa.
O final de semana é pleno de atividades. Televisão, cinema, shows e passeios são apenas alguns dos
programas disponíveis.
A Internet também consome um tempo considerável. Além de ser instrumento de trabalho e de estudo,
por vezes ela se converte em um vício.
Consultar novas mensagens e navegar por diversos sites torna-se uma compulsão.
Na verdade, o mundo moderno é rico de distrações.
Entre múltiplos programas e compromissos, a criatura não percebe o tempo passando. Envolvida com
variados eventos, ela vai de roldão.
Não se desconhece a necessidade de atender os compromissos da vida.
É preciso trabalhar, estudar e acompanhar as inovações que surgem a todo o momento.
Entretanto, urge reconhecer que a finalidade da vida não se cinge a correr atrás de cargos, de coisas ou
de distrações.
Por vezes é necessário gastar um tempo para se perceber.
***
Qual o real significado do que se vive?
São realmente necessárias tantas atividades?
Elas não constituem uma forma de escapar da própria realidade íntima?
Lembre que você é um Espírito imortal.
Já animou inúmeros corpos.
Já foi rico e pobre, homem e mulher, ignorante e ilustrado.
Após tantas experiências, ei-lo novamente na Terra.
Mas você não é daqui.
Nasceu com a finalidade de se recompor perante a própria consciência, de reparar antigas faltas, de
romper com velhos hábitos.
A reencarnação é uma oportunidade preciosa.
Há uma programação muito séria envolvida.
Você contou com o auxílio de amigos mais adiantados para elaborar a rota e a finalidade de sua atual
existência.
***
Assim, não gaste a vida em futilidades.
Asserene o seu coração e procure menos distrações.
Distraindo-se em excesso, você corre o risco de desperdiçar uma oportunidade valiosa de elevação e
libertação.
Trabalhe, estude e divirta-se.
Mas não utilize subterfúgios para escapar de si próprio.
Gaste um tempo observando seu caráter, seus gostos, suas facilidades e dificuldades.
Reflita sobre o contexto em que você está inserido.
33
Nesta época em que vivemos, a sensação é que jamais estamos sós. Cercados por gente em ônibus, metrôs, aviões,
locais de trabalho e ruas. Entretanto, nunca fomos tão solitários.
E quanto mais nos cercamos de gente, de barulho, de tarefas, mais se agrava a sensação de que estamos sós.
Parece contraditório?
Parece sim. Mas não há contradição. Porque estar em companhia de alguém é muito mais do que estar ao lado
da pessoa.
Muitas vezes a presença física está lá, mas a alma já escapou para um lugar distante.
Um dos maiores compositores da humanidade, Giuseppe Verdi, criou uma imagem fascinante para as pessoas
que vivem cercadas de gente, em festas cheias de risos e de alegria, mas que se sentem caminhando sós pelo
mundo.
Está na ópera La Traviata. É quando a personagem Violeta fala que é uma mulher sozinha em um populoso deserto.
Quantas vezes nos sentimos em um deserto habitado por gente estranha!
Sim, em nossa vida raramente temos pessoas que pensam igual a nós.
***
Aqui e ali temos afinidades e pontos em comum, mas a trajetória da alma é solitária. Nossas descobertas, vitórias
e frustrações são intransferíveis.
Em nosso caminho para Deus estabelecemos diálogos que dizem respeito apenas a nós mesmos.
Processos pessoais, momentos puramente individuais em que a voz da consciência ressoa em nossa alma com
exatidão... Com rara sinceridade.
Por melhores sejam os amigos, eles não nos dirão as verdades como a nossa própria consciência o faz.
O amigo não vai desejar nos ofender, maltratar ou irritar. Por isso, ele tentará minimizar a dura verdade.
Mas a consciência, não. Ela nos apresenta uma avaliação rigorosa de nossos atos. Ela nos põe diante de nós
mesmos.
Tudo muito naturalmente. E sequer conseguimos contestar essa avaliação criteriosa.
Então, por que temer a solidão? É quando silencia o mundo à nossa volta que conseguimos ouvir a Voz da
Consciência.
***
O homem sábio muitas vezes busca o deserto, a quietude, o silêncio, a fim de se encontrar consigo mesmo, de
voltar-se para Deus.
Há tempo para tudo, ensina o Eclesiastes, um dos livros bíblicos. Tempo de semear, tempo de colher, tempo de
falar, tempo de silenciar também.
Silenciar para ouvir os sons da alma, os conselhos do coração.
Então, se a vida lhe oferece a solidão, acolha-a como um presente. Aproveite cada minuto para reflexões. Encare
tudo como oportunidade de aprendizado.
Há tanta gente imersa em ruídos, sufocada por conversas maledicentes ou pelo som de risadas irônicas. Há tanta
gente cercada de pessoas mas com o coração amargurado, oprimido, vazio.
Por isso, não lamente a falta de companhia do mundo. Busque na sua solidão a mão amiga de Deus.
Enquanto você se crê solitário e triste, frustrado nos anseios que acalentava, perde os olhos nas tintas carregadas
do pessimismo e não vê aqueles olhos que o fitam inquietos, desejando se acercar de você, sem oportunidade de
poder fazê-lo.
***
Extraído do Momento Espírita (Texto original: SOLIDÃO E CONSCIÊNCIA)
***
#momentoespirita #solidão #reflexão #comportamento #sabedoria #causaeefeito #meditação #PsicologiaEspírita
35
Numa casa em reforma, quem permanece parado no meio da sala, costuma atrapalhar.
Se, um dia, passamos pelo processo de reforma em nossa casa, certamente, compreendemos bem a expressão.
O ambiente vive um estado de caos temporário, tudo fora do lugar, sujeira, pessoas estranhas, muitas vezes,
perambulando pelos ambientes íntimos do nosso sagrado lar.
Sofremos, mas toleramos, pois se trata de uma reforma, algo para o bem, algo que trará um resultado melhor em
breve.
Acabamos suportando, mas sempre com uma reclamaçãozinha aqui, uma crítica ali.
Alguns nos apavoramos. Saímos do nosso ritmo, da nossa rotina, como se isso fosse o pior acontecimento do
mundo, esquecendo que se trata de uma melhoria, um burilamento, por vezes, um conserto.
Pois bem... Vivemos em diversas casas em processo de reforma.
***
A primeira delas é a Casa Íntima. A ALMA é uma casa em reforma. As encarnações atuais são encarnações de
ajustes, transformações, remodelações.
Consertamos vazamentos, pinturas que descascam com o tempo, ao mesmo tempo, que ampliamos a moradia,
erguendo novos cômodos, fazendo-os mais confortáveis e melhores.
Desenvolvemos virtudes e trabalhamos nossos vícios - aí está a Reforma Íntima do dia a dia.
***
A segunda casa em reforma é a nossa FAMÍLIA.
Casas em reorganização que se reúnem por diversas razões, a família é um organismo vivo em constante revolução
e reestruturação.
Não esperemos viver num lar sem conflitos, sem desafios, sem frustrações. A família é uma casa em reforma.
Muito pó no ar, muitos móveis fora do lugar, muita gente falando ao mesmo tempo sem se entender, em diversas
situações.
Porém, isso faz parte da proposta dela, lembremos disso. O quanto antes os ajustes forem feitos, o quanto antes
resolvermos os perrengues, antes teremos a casa pronta, como gostaríamos.
***
Por fim, o planeta Terra é a grande Casa em reforma.
Não é de nos espantarmos. Casas íntimas em reestruturação, dentro de famílias e sociedades em reajuste, resulta
numa enorme reforma.
Vale um alerta, uma observação fundamental, que trouxemos em nossa primeira frase:
Numa casa em reforma, quem permanece parado no meio da sala, costuma atrapalhar.
Sabemos muito bem como atrapalha alguém que está ali, no meio da confusão, simplesmente parado, sem fazer
nada. Podemos dizer que, inclusive, atrasa o trabalho dos outros e a reforma da própria casa.
Essa linguagem figurada nos remete a estarmos atrapalhando o processo de reforma da nossa própria casa!
Parece estranho, mas é mais comum do que imaginamos.
Assim, o nosso é um convite à ação, à proatividade. O quanto mais ajudarmos, antes ela acaba, antes poderemos
desfrutar dos benefícios de uma residência melhor.
Isso vale para a reforma íntima, para a da família e a do planeta.
Pensemos nisso da próxima vez em que estivermos parados no meio da sala, enquanto tantos trabalham pelo
bem, pelas melhorias das edificações, pelas realizações necessárias e urgentes no planeta.
A casa também é nossa. Mãos a obra!
***
Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #reflexão #comportamento #sabedoria #autoconhecimento #PsicologiaEspírita #reformaintima
36
32 - VIGIAR E ORAR
É a higiene da alma, que nos proporciona acompanhar nosso crescimento de perto, que nos
faculta traçar objetivos espirituais e ter condições de monitorá-los, de segui-los com
proximidade.
Imaginemos que possamos ter câmeras que filmam nossas ações e que nos proporcionam poder
voltar a vê-las mais tarde, na posição de espectador atencioso e desejoso de se conhecer melhor.
Filmadoras internas da consciência, que registram, sem cortes, todas as cenas vividas em cada
dia.
E que depois nos mostram o que podemos melhorar, o que fizemos de certo e de errado.
Instalemos câmeras de vigilância interna!
***
"E os homens se vão a contemplar os topos das montanhas, as vastas ondas do mar, as amplas
correntes dos rios, a imensidão do oceano, o curso dos astros, e não pensam em si mesmos...".
***
Fonte: Equipe do Momento Espírita / Título original: CÂMERAS DE VIGILÂNCIA INTERNA
***
#momentoespirita #vigiareorar #autoconhecimento #reformaintima #reflexão #reflexõesespíritas
#PsicologiaEspírita
38
Você está magoado. Alguém fez algo que o deixou assim, decepcionado, chateado, talvez até indignado.
Pode ter sido algo pequeno, um gesto, uma fala estranha inesperada ou uma atitude grosseira. Ou mesmo a falta
de uma ação mediante determinada situação.
Você se sente ferido. É justo. Foi machucado. E dói mais ainda quando isso acontece nos momentos em que
estamos tentando ajudar ou fazendo algo de boa vontade. É a mágoa pela ingratidão do outro.
Você tem pensado sobre isso faz algum tempo, há algumas horas, há alguns dias. Por vezes, esquece, mas logo
algo o faz recordar do ocorrido.
É um incômodo constante, não percebe? Como se o pensamento quisesse estar em tantas outras coisas mais
importantes, mas não conseguisse.
Bom pensar numa solução.
***
Primeiro, é importante entender que estamos num mundo onde todos temos espinhos ainda e, naturalmente,
esses espinhos acabam espetando os mais próximos.
Hoje você recebeu pequena pontada doída. Amanhã será um de seus próprios espinhos que poderá arranhar
alguém.
Outra questão a ser analisada é a nossa sensibilidade.
Muitos de nós, devido a conflitos íntimos, somos hipersensíveis, extremamente suscetíveis. Pequenas coisas nos
atingem e fazemos um escândalo por detalhes que não têm maior importância.
Podemos pensar que têm, mas se consultarmos algumas pessoas, pedir conselhos, inquirir nossa razão,
perceberemos que o monstro não é tão grande assim.
Por algum motivo que desconhecemos, o tornamos maior do que verdadeiramente é.
São os melindres, egos feridos. Às vezes nos magoamos e a pessoa que nos feriu não tem a mínima ideia do que
fez ou deixou de fazer, pois simplesmente agiu naturalmente, sem querer machucar.
Fomos nós que nos autoferimos, que nos deixamos riscar por oferecermos uma superfície muito frágil, que
necessita sim, de tratamento.
***
Mas, se ainda nos resta a mágoa, se ela for autêntica, e realmente desejarmos nos ver livres desse sentimento
ruim, precisamos do processo de libertação.
Não significa o jogar para debaixo do tapete, o fazer de conta que não aconteceu, pois isso não resolve nada, mas
o buscar respostas em nós e no outro.
Por que será que isso aconteceu? Será que não vale a pena uma conversa? Será que o outro sabe que nos magoou?
Por vezes, tudo pode ser dissolvido, numa breve e fraterna conversa.
Quem sabe entendemos de forma equivocada o que nos fez ou falou o outro.
***
Por fim, compreendamos e perdoemos. Deixemos de pensar mal do outro. Escolhamos novos pensamentos.
Substituamos as ocorrências negativas pelas lembranças positivas dessa pessoa.
E ainda, se possível, se pudermos oferecer a outra face, a face do amor, melhor ainda. Devolvermos a ofensa com
favores, com uma palavra amiga.
Mesmo que seja difícil num primeiro momento, entendamos que se trata de um processo terapêutico em que
substituímos a implicância, a mágoa, a revolta, pela indulgência e pela generosidade.
Não guardemos veneno em nós. Não deixemos o grão de pó virar mar de lama.
A vida é maior do que esses pequenos problemas.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #magoa #comportamento #ressentimento #melindre #vigiareorar #PsicologiaEspírita
39
34 - INSEGURANÇA E MEDO
O homem é as suas memórias, o somatório das experiências que se lhe armazenam no inconsciente, estabelecendo as linhas
do seu comportamento moral, social, educacional.
Essas memórias constituem-lhe o que convém e o que não é lícito realizar.
Concorrem para a libertação ou a submissão aos códigos estabelecidos, que propõem o correto e o errado, o moral, o legal,
o conveniente e o prejudicial.
Face a tais impositivos desencadeiam-se, no seu comportamento, as fobias, as ansiedades, as satisfações, o bem ou o mal-
estar.
Neste momento social, o medo assume avantajadas proporções, perturbando a liberdade pessoal e comunitária do indivíduo
terrestre.
***
Procurando liberar-se desse terrível algoz, as suas vítimas intentam descobrir-lhe as causas, as raízes que alimentam a sua
proliferação. Todavia, estas são facilmente detectáveis. Estão constituídas pela insegurança gerada pela violência; pelo
desequilíbrio social vigente; pela fragilidade da vida física - saúde em deterioramento, equilíbrio em dissolução, afetividade
sob ameaça; receio de serem desvelados ao público os engodos e erros praticados às escondidas; e, por fim, a presença
invisível da morte...
Mais importante do que pensar e repensar as causas do medo é a atitude saudável, ante uma conduta existencial tranqüila,
pelo fruir cada momento em plenitude, sem memória do passado - evitando o padrão atemorizante - nem preocupação com
o futuro.
A existência humana deve transcorrer dentro de um esquema atemporal, sem passado, sem futuro, num interminável
presente.
***
Não transfiras para depois a execução de tarefas ou decisões nenhumas.
Toma a atitude natural do momento e age conforme as circunstâncias, as possibilidades.
Cada instante, vive-o, totalmente sem aguardar o que virá ou lamentar o que se foi.
Descobrirás que assim agindo, sem constrições, nem pressas ou postergações, te sentirás interiormente livre, pois que
somente em liberdade o medo desaparece.
Não aguardes, nem busques a liberdade. Realiza-a na consciência plena que age de forma responsável e tranqüiliza os
sentimentos.
***
O medo desfigura e entorpece a realidade. Agiganta e avoluma insignificâncias, produzindo fantasmas onde apenas suspeitas
se apresentam.
É responsável pela ansiedade - medo de perder isto ou aquilo - sem dar-se conta que somente se perde o que se não tem,
portanto, o que não faz falta.
A ação consciente, prolongando-se pelo fio das horas, anula o medo, por não facultar a medida do comportamento nas
memórias pessoais ou sociais.
***
Simão Pedro, por medo dos poderosos do seu tempo, negou o Amigo que o amava e a Quem amava.
Judas, por medo que Ele não levasse a cabo os compromissos assumidos, vendeu o Benfeitor.
Os beneficiários das mãos misericordiosas de Jesus, por medo se omitiram, quando Ele foi levado ao sublime holocausto.
Pilatos, por medo, indeciso e pusilânime, lavou as mãos quanto à vida do Justo.
...E Anás, Caifás, a turbamulta, com medo do Homem Livre, resolveram crucificá-lo, através do hediondo e covarde
conciliábulo da própria miséria moral, que os caracterizava.
Ele porém, não teve medo. Pensa e busca-O, libertando-te do medo e seguindo-o, em consciência tranqüila, mediante cujo
comportamento te sentirás pleno, em harmonia.
***
Livro: Momentos de Felicidade / Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco
***
#momentosdefelicidade #joannadeangelis #medo #insegurança #fé #coragem #PsicologiaEspírita
40
O ressentimento já foi comparado a uma brasa ardente que seguramos com a intenção de jogá-la em
outra pessoa, enquanto queima a nossa mão.
Ou então, um veneno que tomamos esperando que o outro morra.
Na verdade, a palavra ressentimento é a forma substantivada de ressentir - sentir intensamente e sentir
de novo.
Quando estamos ressentidos, sentimos intensamente a dor do passado de novo e de novo.
Isso não só desgasta o nosso bem-estar emocional, como também ataca, de uma maneira poderosa e
negativa, nosso bem-estar físico.
De certa forma, quando guardamos ressentimento, rancor, estamos nos aprisionando voluntariamente
à dor.
Alguns poderiam então questionar: Isto quer dizer que escolhemos guardar mágoa? Há, então, uma
escolha? Pois parece que não. Parece que é mais forte que nós.
É difícil de perceber, principalmente para aqueles que ainda não nos conhecemos bem. Mas, sim, é uma
escolha que fazemos.
Sentir raiva é natural, uma reação, de certa forma, animal. Sentir-se magoado, também.
***
Joanna de Ângelis, Espírito, nos esclarece:
É compreensível o surgimento de uma certa frustração e mesmo de desagrado diante de confrontos e de
agressões promovidas por outrem, dando lugar a mágoas, que são uma certa aflição de caráter
transitório.
Não, porém, à instalação do ressentimento.
O que ela ensina é que é perfeitamente natural termos a alma ferida com este ou aquele acontecimento,
porém, carregar essa dor por tempo indeterminado no coração, é uma escolha perigosa.
É uma brasa ardente, realmente, que vai queimando por dentro, dia após dia, ano após ano, sem trazer
benefício algum à alma que sofre.
Dessa forma, precisamos realizar um trabalho interior para nos livrarmos desse ressentimento o quanto
antes, evitando prejuízos maiores para nós mesmos.
Esse movimento passa pela desvalorização do que consideramos ofensivo, daquilo que nos feriu
profundamente.
Isso significa deixar de dar tanto valor a um fato, a um acontecimento para que nosso coração se acalme,
olhe para frente e deixe de se apegar tanto a questões que já estão no passado.
***
O prazer de ser livre é incomparável...
Poder deitar a cabeça no travesseiro todas as noites e dizer que não guarda mágoa de ninguém é vitória
da alma sobre o ressentimento avassalador.
Não nos preocupemos com a impunidade do agressor, do ofensor. Num Universo regido por leis perfeitas,
criado por um Deus soberanamente justo e bom, nada fica impune, tudo tem sua consequência.
Perdoar, esquecer é também uma escolha pela saúde do Espírito e do corpo, uma vez que, livres do rancor,
igualmente ficamos livres das doenças associadas diretamente ao ressentimento.
Relevemos. Perdoemos. Vivamos a alegria e a liberdade de não carregar ressentimento em nosso
coração.
41
***
E Joanna de Ângelis, no livro VIDA FELIZ, 73, acrescenta:
As lesões da alma são mais mortificadoras.
As feridas externas são de fácil cicatrização, enquanto aquelas que pululam no íntimo tornam-se de
mais demorado curso.
Banha-te nas águas da confiança em Deus, da paciência, da humildade, do perdão e do amor, não
permitindo que o ódio, o egoísmo, a revolta e a mágoa te macerem os tecidos da alma.
Muitas enfermidades do corpo procedem do espírito danificado pelos conflitos da emoção ou pelo
ácido das imperfeições morais.
Cuida dos equipamentos internos, resguardando-os da agressão contumaz do vício e da
irresponsabilidade.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. Ressentimento, do livro CONFLITOS EXISTENCIAIS, por Joanna de Ângelis e Divaldo
Pereira Franco
***
#momentoespirita #joannadeangelis #ressentimento #mágoas #magoa #raiva #emoções #PsicologiaEspírita
#liberdade
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36 - DEPOIS DA MORTE
É bastante comum se ouvir comentários de que quem morre não volta. Em torno desta assertiva, muitos ousam
afirmar que, portanto, ninguém tem certeza se há mesmo algo para além deste mundo.
Estão equivocados, contudo, os que assim pensam e se expressam. Os Espíritos retornam, sim, depois da morte
física, para atestarem o seu amor aos que deixaram na Terra.
Ou para dizerem da sua dor, do seu arrependimento por algumas atitudes tomadas, enquanto estavam por aqui.
***
Você pode pensar que tudo isso é somente uma questão de crença.
Mas, não é verdade. Se você é cristão, deve recordar que o nosso Mestre e Senhor deu a maior prova de que se
pode retornar após a morte.
Enquanto entre os homens, ele, certo dia, subiu ao Monte Tabor e ali, ante os apóstolos Pedro, Tiago e João,
conversou com os Espíritos materializados de Moisés e Elias.
Ora, Elias era um profeta que morrera há muitos séculos. Moisés, da mesma forma.
Portanto, eram Espíritos que ali se manifestaram, conversando com Jesus.
Depois da morte na cruz, Jesus se apresenta para Maria Madalena, no Jardim das Oliveiras.
Ela o reconhece como sendo o seu mestre. E, sai, feliz, para a cidade, a fim de contar a novidade para os amigos
do colégio apostólico.
No caminho de Emaús, dois discípulos encontram um estranho que segue com eles. Conversam a respeito dos
últimos acontecimentos de Jerusalém.
A prisão do mestre, o julgamento arbitrário na calada da noite, o suplício, a morte na cruz.
O estranho lhes fala e os elucida a respeito de coisas que não haviam entendido.
Quando chegam ao seu destino, convidam-no a ficar com eles. Afinal, desce a noite.
Durante a refeição, ao partir o pão, eles se dão conta que aquele é o Mestre que voltara do vale da morte.
No cenáculo, Jesus aparece aos apóstolos reunidos. Identifica-se: Sou eu, não temais!
Fica com eles. Conforta-lhes os corações.
Aparece e desaparece, muitas vezes, em lugares totalmente fechados.
Em outro momento, os aguarda na praia. Orienta-os no rumo da divulgação da Sua doutrina.
Depois de quarenta dias, aos olhos de uma quase multidão de 500 pessoas, ele desaparece.
Mais tarde, apareceria presente outra vez, no caminho de Damasco, para o jovem de Tarso.
Não somente aparece. Mas indaga e orienta a Saulo acerca do que deve fazer.
E, ainda, apareceria ao velho apóstolo Pedro, na Via Ápia, na manhã de luz, a caminho de Roma.
• Aonde vais, Senhor? Indaga o velho apóstolo.
• Eu vou para Roma, Pedro, para tornar a ser crucificado. Vou para ficar com os meus, desde que tu os
abandonas.
E Pedro, envergonhado, volta para o cárcere, entregando-se voluntariamente, a fim de morrer, pouco tempo
depois com heroísmo.
Ora, se nosso modelo e guia tantos exemplos deu de que o Espírito vive e retorna após a morte física, que
desejamos mais para crer?
***
A morte não é o fim. É a continuidade da vida em outra dimensão.
Você pode não crer e achar que está certo.
Ou você pode pensar a respeito e concluir que racionalmente assim deve ser.
Somente não negue aos amores que partiram a sua certeza de que eles continuam a amá-lo, além das fronteiras
da vida física.
Pensemos nisso!
***
Extraído do MOMENTO ESPÍRITA
***
#momentoespirita #vidaaposamorte #morte #reflexão #doutrinaespirita #espiritismo
43
37 - SER PACIENTE
É comum ouvir-se dizer que alguém perdeu a paciência.
Sendo a paciência uma virtude, parece estranha a ideia de que possa ser perdida.
Virtudes são conquistas do Espírito, que as incorpora em seu modo de ser.
Não se trata de algo exterior, que o homem encontra e vê desaparecer sucessivas vezes.
Quem desenvolve uma virtude passa a ser melhor em determinado aspecto de sua vida imortal.
É possível perder-se apenas o que se possui, mas não o que se é.
Se uma característica nobre foi assimilada por alguém, ela não pode ser perdida.
A criatura genuinamente honesta jamais extravia a própria honestidade.
A pessoa bondosa não é privada repentinamente de sua bondade.
Assim, quando alguém afirma que perdeu a paciência é porque nunca chegou a ser verdadeiramente paciente.
***
Isso não significa que as virtudes surjam de um momento para o outro.
Elas devem ser paulatinamente elaboradas no íntimo do ser.
No longo processo de aquisição da nobreza interior, trava-se uma autêntica batalha entre os vícios e as virtudes.
É comum que certas quedas ocorram, pois se trata de um processo de transição.
Mas a verdade é que, enquanto a criatura titubeia entre atos nobres e mesquinhos, ela ainda está lutando contra si mesma.
Virtudes não são propriedade de um determinado Espírito, pois compõem a sua própria essência.
Tanto é assim que habitualmente se fala que alguém é bondoso, e não que possui bondade.
Enquanto estamos com dificuldade para tolerar certas pessoas ou situações, ainda não somos pacientes.
No máximo, estamos lutando para incorporar essa virtude.
Afinal, é fácil conviver pacificamente com quem pensa igual a nós, ou suportar pequenos inconvenientes.
O teste para nossa fibra moral é suportar com serenidade grandes contrariedades ou provocações.
***
A verdadeira paciência é sempre exteriorização da alma que já realizou muito amor em si mesma.
Plena de amor, ela distribui os tesouros de seu afeto aos que a rodeiam, mediante a exemplificação.
A alma paciente já consegue considerar todas as criaturas como irmãs, em quaisquer circunstâncias.
Se necessário, ela esclarece a ignorância, mas sempre de modo fraterno.
Paciência é a tolerância esclarecida que revela a iluminação do ser que a manifesta.
Trata-se de uma conquista sublime, somente alcançada a custo de disciplina e esforço.
***
Para ser paciente é preciso domar os próprios impulsos inferiores.
Quem pretende ser tolerante deve cessar de ver problemas nos elementos externos, sejam pessoas ou circunstâncias.
Precisa compreender que todo o mal que atinge a criatura em evolução vem dela própria, de seu interior carente de
renovação.
Quem percebe as suas sequelas morais, sem disfarces ou desculpas, naturalmente tende a olhar o próximo com tolerância.
Mas não basta apenas perceber os próprios problemas.
É necessário corrigi-los, com a adoção de novos padrões de comportamento.
A disciplina antecede a espontaneidade.
Transformar vícios em virtudes pressupõe disciplina e determinação.
Assim, para ser paciente é preciso esforço para tolerar as dificuldades e os defeitos alheios.
Mas também é indispensável trabalho concentrado para vencer os próprios vícios.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 254 do livro O CONSOLADOR, por Emmanuel e Francisco Cândido Xavier
***
#momentoespirita #paciencia #comportamento #reflexão #autoconhecimento #autocontrole
44
39 - A DIGNIDADE DA HONESTIDADE
Quando alguém nos pergunta se somos honestos, em princípio, ficamos indignados, só em pensar que
alguém duvide de que o somos.
No entanto, é importante que reflitamos um pouco a respeito da honestidade.
Grande parte de nós nos dizemos honestos, mas será que verdadeiramente o somos?
Quando limpamos o jardim, por exemplo, nunca jogamos a sujeira no quintal do vizinho?
Saindo de um emprego, damos entrada no Seguro Desemprego. Logo, estamos empregados novamente.
Comunicamos ao órgão competente que não necessitamos mais receber o seguro ou pedimos ao novo
patrão que espere alguns meses para fazer o registro na carteira para que possamos receber em dobro?
Se estamos dirigindo um veículo e raspamos noutro que está estacionado, cujo dono não está por perto
- qual é a nossa atitude? Damos no pé ou deixamos um bilhete com o telefone para posterior contato?
Enfrentamos com honestidade a longa fila dos bancos, teatros, repartições, etc. ou sempre ficamos
procurando um conhecido ou um jeito qualquer de passar à frente dos que chegaram antes de nós?
Se vamos a um espetáculo qualquer, costumamos marcar os lugares com bolsas, carteiras ou outros
objetos, para que nossos amigos, que cheguem em cima da hora, possam ocupar os melhores lugares, em
detrimento dos que se esforçam e chegam cedo?
Se em épocas de eleições necessitamos pintar a casa, colocar vidros nas janelas, ou temos outra
necessidade qualquer, procuramos um candidato para oferecer o nosso voto em troca de tais benefícios
ou esperamos até que as possamos efetuar com nossos recursos?
Tendo urgência no despacho de um processo em determinado órgão, esperamos o trâmite natural ou
tentamos dar um jeitinho de ludibriar os que não têm condições de dar o conhecido jeitinho?
Se trabalhamos no setor de compras de uma empresa, procuramos realmente os melhores preços e
condições de pagamento, pensando exclusivamente no melhor para a nossa empresa, ou compramos
onde nos ofereçam mais vantagens pessoais?
***
Ouvimos, várias vezes, o jargão popular afirmar que todo homem tem um preço. No entanto, para a
honestidade não há preço, não há barganha, não há corrupção, nem corruptores. A dignidade de um ser
humano honesto não tem preço, pois seu valor é inestimável. Dessa forma, poderíamos alterar o jargão
popular e dizer: todo homem desonesto tem um preço, porque a dignidade jamais se corrompe.
Se ainda não conquistamos a virtude da honestidade como deve ser, lutemos por conquistá-la, a fim de
podermos olhar no espelho e não nos envergonharmos da figura ali refletida. Olhar nos próprios olhos
e nada ter que censurar.
***
Ser honesto é agir de conformidade com as Leis Divinas. É não tentar ludibriar a própria
consciência porque, mais cedo ou mais tarde, ela nos apresentará a conta dos nossos equívocos.
Se o honesto hoje ainda é uma raridade, podemos inverter esse quadro, engrossando as fileiras dos que
são verdadeiramente honestos. Agindo assim, de nada teremos que nos arrepender.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #honestidade #responsabilidade #comportamento #autoconhecimento
46
Todo ser humano traz dentro de si uma luz maior que a das estrelas. Um universo inteiro de amor vive latente
dentro de cada um de nós.
Quando esteve entre nós, aqui na Terra, Jesus nos fez um doce convite: Brilhe a vossa luz!
E disse ainda mais: declarou que todos os seres humanos são deuses, são o sal da Terra e a luz do mundo.
Quanta poesia nestas palavras do Cristo! Elas são um lembrete permanente para os dias em que a sombra toma
conta de nossas vidas.
E como são muitos esses dias sem sol! Parece que uma grande nuvem cinza encobre a luz.
É quando estamos infelizes. Quando a dor encontra morada no coração, quando perdemos a alegria, quando os
sorrisos parecem distantes.
Mas há outras ocasiões em que uma luz radiosa parece nos iluminar.
Esses dias claros traduzem nossa alegria, a harmonia interna. É a felicidade que se revela em nós.
E nos perguntamos: Por que não somos sempre assim? Por que não há apenas dias solares, cheios de cor e
claridade?
É que ainda nos permitimos viver na sombra. Para a maior parte da Humanidade ainda é mais natural se identificar
com estados de angústia, tristeza, aborrecimento.
***
Mas um dia aprenderemos a viver de forma diferente. Privilegiaremos a bondade, esqueceremos a maledicência,
cultivaremos a alegria.
Daremos menos atenção a notícias e programas sensacionalistas ou que exploram o sofrimento dos outros.
Não permitiremos que a morbidez encontre espaço em nossa vida.
Buscaremos a felicidade nas coisas simples. Não seremos escravos do dinheiro ou do trabalho. E nos
contentaremos com o necessário. Luxo e excessos não nos seduzirão mais.
Nesse dia saberemos que o segredo da felicidade não está nos bens que acumulamos, mas no bem que fazemos
aos outros.
***
A maior parte das pessoas busca a felicidade em coisas externas. É que somos treinados para acreditar que
seremos felizes apenas se tivermos carros, roupas e sapatos caros.
Colocamos nossa alegria em uma bela casa ou em viagens espetaculares.
Mas essa alegria é como uma bolha de sabão. Vai estourar à primeira dificuldade. Pense: diante do sofrimento
moral, da perda de um ser amado, de um filho que se atormenta nos caminhos do mundo, de que valem as
riquezas?
O mundo está cheio de ricos infelizes, que vivem em um mundo de sombras. E quando o coração está cinzento,
de nada adianta o sol brilhar em um dia dourado.
Assim, observe o que o faz realmente feliz.
Analise seu mundo íntimo e dê prioridade para pessoas e situações que lhe dão alegria: uma visita aos pais idosos,
um passeio com a família, uma tarde em companhia de amigos queridos.
É assim que sua vida se encherá de luz.
***
A sombra é geratriz de equívocos como o erro é matriz de tormentos íntimos naquele que o pratica.
Afugenta as sombras que tingem de escuridão as tuas esperanças.
Acende no teu caminho a tua lâmpada clarificadora, iluminando a rota dos teus pés.
***
Extraído do Momento Espírita (Título original: De Sombras e de Sol)
Referência: Verbete SOMBRA, do livro Repositório de Sabedoria, v. 2, por Joanna de Ângelis e Divaldo
Pereira Franco
***
#momentoespirita #sombra #luz #felicidade #dificuldades #sofrimento #PsicologiaEspírita #esperança
47
A economia doméstica é um assunto que deve interessar a todos que vivem sob um mesmo teto a fim de que aprendam a
lidar com o pouco, com a falta ou com o muito.
Muitas vezes uma família alcança um patamar financeiro e, por motivos diversos, ocorre uma derrocada e o padrão de vida
e conforto cai vertiginosamente, provocando uma alteração significativa nos hábitos e expectativas de seus membros.
O que antes parecia resolvido passa a ser aberto e motivo de preocupações e crises para aqueles que eram os responsáveis
mantenedores do núcleo familiar. Nem sempre eles têm coragem de admitir que está havendo ou que houve um grande
prejuízo financeiro. Não querem expor seus fracassos, permitindo que o grupo acredite que tudo vai bem.
Os pais não querem admitir para seus filhos que não mais poderão comprar aquilo que antes entrava fácil em casa. As contas
se avolumam e a família é obrigada a se mudar para um local mais modesto.
A franqueza e o diálogo sobre as reais condições financeiras da família para que, juntos, possam superar e adaptar-se da
melhor maneira à realidade é a alternativa mais honrosa.
Mesmo que a família esteja em dificuldades que pareçam insuperáveis, sempre haverá alternativas, principalmente quando
a humildade de seus responsáveis estiver presente. Por mais que se tenha perdido bens imprescindíveis à sobrevivência da
família, não se deve perder a confiança em Deus, que tudo percebe.
Quantas vezes uma situação parecia irremediavelmente perdida e surgiram soluções inesperadas? Muitas vezes isso se deveu
à ajuda espiritual invisível ao incrédulo e materialista.
Nos momentos de crise, financeira ou não, deve-se ter confiança em Deus e conservar-se em paz a fim de melhor captar as
influências espirituais positivas. A alegria íntima e a paz interior são antídotos para o estresse e estimuladoras da criatividade
nas crises.
***
"Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado." Mateus 13:12.
Para muitos as palavras do Cristo podem parecer incoerentes.
Mas, quando lhes analisamos do ponto de vista psicológico e evolutivo, trazem uma luz muito clara para a compreensão das
leis de Deus.
O trecho da explicação da parábola do semeador acima nos leva a compreensão da necessidade de se aprender a gastar e de
se dispor dos bens que se tenha. Nem sempre sabemos gastar o pouco ou muito que ganhamos. Muitas vezes o fazemos sem
a necessária previdência visando o futuro. Mesmo quando só se tem para subsistência, deve-se buscar uma forma simples
de se gastar para que se continue obtendo o que se ganhou e algo mais. Deve-se gastar de tal forma que se retorne no futuro
com o objeto gasto. O valor gasto deve ser com algo que garanta no mínimo a continuidade do ganho. Aquele que gasta de
forma inconseqüente, certamente ficará sem condições de ganhar de novo.
É nesse sentido que lhe será tirado, isto é, ele dificilmente terá condições de voltar a ganhar se foi imprevidente em seu gasto.
Não é difícil saber ganhar, pois a maioria dos seres humanos vive pensando nisso. Ninguém gosta de perder, só de ganhar e,
quando o faz, deseja a realização de suas fantasias, muitas vezes, sem o cuidado de prevenir-se quanto ao futuro.
Em família não é diferente se não houver a preocupação quanto à melhor maneira de gastar-se a renda familiar.
O espírito previdente recebe do Universo o necessário para sobreviver e para ampliar suas possibilidades de realização como
administrador dos bens que a Deus pertencem.
***
Livro: Evangelho e Família / Adenauer Novaes
***
#evangelhoefamilia #economia #comportamento #familia #responsabilidade #valores #paraboladostalentos
#dificuldades #dialogo
51
44 - DIAS DE EXAGERO
É comum analisarmos a sociedade, a vida em família e a educação dos filhos fazendo comparações com tempos
passados.
Nas conversas entre amigos, nos encontros familiares, surgem comentários sobre como era a vida antigamente,
contrapondo-a com os dias de hoje.
E é recorrente a conclusão de que os dias atuais estão mais difíceis, desafiadores e complicados.
Fala-se que hoje sabemos muito e sabemos de tudo, que nada é proibido e que podemos tudo fazer.
Antes, as convenções sociais, as regras mais rígidas de relacionamentos não nos permitiam agir tão livremente.
As limitações das distâncias, agora vencidas pela tecnologia, faziam com que os contatos e conhecimentos fossem
raros.
Porém, o painel de nossa sociedade em muito mudou. As conquistas pela liberdade de expressão, os inúmeros
meios de que dispomos para expor nossas ideias e valores, fazem de nosso cotidiano uma verdadeira enxurrada
de informações e imagens.
***
Por isso, vivemos dias de exagero. Os comportamentos extremos, a busca pelas últimas consequências, o anseio
de atingir os limites de tudo, parece ser o ideal abraçado por muitos.
Se antes um tabu moralista refreava o tratamento natural quanto às questões do sexo, na atualidade muitos o
buscam à exaustão, tornando-o uma mercadoria a se comercializar para interesses imediatos.
Se há algumas décadas o corpo era obrigado a estar escondido sob a roupa, pela ditadura puritana da moda, nos
dias em que vivemos, percebe-se um culto exacerbado na busca da forma perfeita.
Não são poucos os que se permitem expor, de forma ridícula e exagerada, em comportamentos esdrúxulos e sem
significado mais profundo.
Se a educação dos filhos, até há algum tempo, era rígida e cerceadora, hoje, parece que alguns pais e educadores
se esqueceram de que limites e frustrações também fazem parte do processo educacional.
E, ao permitirem uma liberdade de ação irrestrita, criam filhos sem limites, com a ilusão de que tudo podem,
posto que o mundo está para lhes servir.
***
Esses dias de exagero e de extremos nos convidam à reflexão e meditação, em torno dos valores que queremos
para nós e para a sociedade.
Portanto, se somos livres para agir e pensar, devemos selecionar o que nos seja saudável, o que nos convenha e
nos traga felicidade.
Já não mais as proibições de antes. Agora, o bom senso, a reflexão.
Já não mais as castrações e falsos moralismos. Agora, as decisões lúcidas e o bem agir por opção.
Dessa forma, não nos percamos na falsa liberdade de ação. Que liberdade é essa que nos gera frustrações,
ansiedade, medo e loucura?
Livres seremos quando estivermos agindo na construção da nossa felicidade, com a consciência tranquila e paz de
espírito.
E não há cartilha melhor a seguir do que o Evangelho do Cristo, nos fornecendo roteiro e luz para esses dias
desafiadores.
Rememorando as excelentes mensagens do Evangelho, constataremos que de todos os ensinos do Senhor Jesus
destilam sempre otimismo, alegria e esperança.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Verbete EVANGELHO, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, por Joanna de Ângelis e Divaldo
Franco
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#momentoespirita #temposmodernos #educação #filhos #familia #comportamento #liberdade
52
Entre os Espíritas há sempre muita preocupação com as doutrinas que atacam o Espiritismo.
Para desfazer equívocos ou defender-se das críticas, os espíritas participam de reuniões ecumênicas. Isso nos
surpreende, porque o Espiritismo tem propostas que conflitam com os demais credos. São leis que fazem a espinha
dorsal da doutrina espírita. A reencarnação, uma delas, única justificativa para as desigualdades do mundo, se
aceitarmos que Deus é todo justiça, amor e caridade, é menosprezada pelas outras seitas cristãs.
A lógica do Espiritismo atrai mais e mais adeptos, a cada dia. Encontramos hoje nas casas espíritas doutores de todas
as áreas e jovens que sempre contestaram as religiões, porque são dogmáticas e agridem a racionabilidade.
Depois de um culto na igreja, ao ouvir uma palestra espírita, a pessoa de bom senso percebe logo a diferença. Enquanto
os primeiros oferecem o céu com facilidade, o Espiritismo cobra do praticante um esforço titânico de melhoramento
individual. Dá-lhe receitas para o sucesso da tarefa e mostra-lhe as conseqüências dessa luta íntima. É mais justo,
porque representa a colheita do que é plantado e não um favorecimento com privilégios de merecimento duvidoso.
Ao chegar no Centro Espírita, o novo praticante, pela lógica, conclui que o Espiritismo detém a perfeição. Procura
adaptar-se e participar das atividades da casa para poder, na prática, chegar à almejada evolução.
Nesse momento, esbarra no nosso comportamento de espíritas com anos de casa, fincados nos velhos hábitos, sem
que o Espiritismo possa modificar-nos. Da teoria que conhecemos, pouco praticamos.
***
Allan Kardec advertiu que, por sua natureza, o homem quer ligar seu nome às obras e que no Espiritismo nada seria
diferente. E o que vemos nos nossos agrupamentos é exatamente isso. Pessoas vaidosas, desgastadas pela luta de
cargos, pelas honras, pelos títulos, pelas palmas e todo tipo de evidência, sem perceber que afrontam a doutrina e são
mau exemplo. Especialmente para os recém-chegados, que têm uma visão do espírita como homem de virtude, com
destaque para a humildade. Diante desse comportamento, desiludem-se.
O alerta que fazemos aos noviços, apesar de ainda sermos dos que navegam entre a teoria e a prática, é para que não
se desencantem com a doutrina com base nos espíritas. O Espiritismo é divino e os espíritas, humanos. E estão entre
os maiores devedores, corrigindo erros por meio de repetidas provas e expiações. Mas, apesar dos obstáculos que lhe
criamos, o Espiritismo seguirá sua trajetória. Na Parte III do seu livro "Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita", A.
Wantuil de Freitas declara: "Sejam quais forem as barreiras que os homens lhe oponham o Espiritismo cumprirá sua
missão de transformação do mundo: com os homens, sem os homens ou apesar dos homens".
Não aconselhamos a que alguém que não se sinta bem num agrupamento ali permaneça em nome da caridade, em
auto-agressão. Se vamos ao Centro preocupados com um certo alguém com quem não simpatizamos, por falha dele
ou nossa, devemos tomar alguma providência. Primeiro, verificar o que é possível fazer para harmonizar-nos. Quase
sempre temos sucesso. Mas se for impossível, busquemos outro grupo para colaborar porque os espíritos do bem não
trabalham em lugares onde há desarmonia.
O objetivo deste comentário é dizer que se buscamos santos nos agrupamentos espíritas, seguramente ali não os
encontraremos. Jamais confundir o Espiritismo com o espírita, deixando que as atitudes de dirigentes, oradores,
aconselhadores, professores, médiuns e pessoas em geral, interfiram nos propósitos de buscar o conhecimento
doutrinário, porque à medida que avançamos no saber espírita, melhor compreenderemos a imperfeição dos
companheiros de jornada e também a nossa. Somos todos espíritos inferiores em luta contra as imperfeições.
***
Diante do fracasso do confrade, não abandone o Espiritismo, porque o prejuízo será seu. O outro continuará ouvindo
as lições e conseguirá, mais dia menos dia, o almejado progresso. Se fizer o mesmo, cuidando de melhorar-se antes de
tentar consertar o mundo, receberá o Espiritismo tudo o que ele pode nos dar.
Rogue a Jesus que ampare cada um de nós, velhos ou novos de casa, para que colaboremos com esta notável revelação
que é a Doutrina dos Espíritos. Tenha paciência e, com o tempo, verá que valeu a pena.
***
Revista Internacional de Espiritismo - março 2002 / Reportagem de Otávio Caúmo Serrano
***
#espiritismo #espirita #comportamento #doutrinaespirita #melhoria #autoconhecimento
53
A cada dia, a vida se renova. Distraídos, ignoramos o que nos é ofertado a cada amanhecer, em vinte quatro horas
que se repetem e se repetem.
O sol nasce e se põe sem que vejamos nisso alguma magia ou beleza.
Botões se entreabrem nos jardins, nas ruas e nas praças, sem nenhum aplauso da nossa parte.
Flores deixam cair as suas pétalas, colorindo o chão e nós simplesmente pisamos sobre elas, sem nos permitir
sentir o perfume ou observar as cores.
Frutos chegam à nossa mesa sem nos darmos conta do cheiro, sabor, cor e texturas que possuem. Quase sempre
os mastigamos e engolimos, enquanto nossa mente anda distante.
O ar que inalamos, em todos os lugares, todos os dias, entra e sai de nossos pulmões sem qualquer movimento
de gratidão ou louvor ao Criador.
A água que chega em nossas torneiras abastecendo o lar e saciando a nossa sede, é sorvida com automatismo.
Não nos encantamos com a preciosidade desse líquido ou pela forma como nos chega das fontes, dos rios, dos
reservatórios.
No céu, cores se revezam desde a aurora até o final da tarde.
Pássaros cantam nos diversos caminhos por onde transitamos!
Os mares beijam as praias, o planeta abraça os oceanos e esses abraçam com carinho os continentes!-
Lagos espelham o céu azul!
Cachoeiras cantam melodias inigualáveis, sonoras e belas!
Pequenos córregos e riachos declamam versos em delicadas poesias.
Fontes cristalinas solfejam acordes!
Chuvas amenas ou torrenciais surgem para promover a renovação do solo, das plantas, além de operarem
modificações positivas nas energias que se concentram em certos lugares e regiões.
Ventos e tempestades tentam estabelecer algum diálogo conosco e não vemos nem ouvimos nada...
Animais nos fazem companhia. Dotados de sensibilidade e também de uma centelha espiritual, ajudam a dar
sentido aos nossos dias.
Quase sempre, não correspondemos ao que nos oferecem.
Seguimos surdos e cegos para essa linguagem divina, inarticulada e estranha para nós.
Há uma necessidade de renovação em toda a Humanidade!
***
A mensagem trazida pela pandemia é clara, mas requer sensibilidade, olhos de ver, ouvidos de ouvir, coração para
sentir, além de mãos para agir.
Temos sido cristãos sem Cristo e esse paradoxo precisa ser resolvido para que tenhamos uma nova família, uma
nova sociedade, um novo governo, uma nova Humanidade.
Nada disso será possível sem a gestação e o parto de um novo ser humano: fraterno, solidário, amoroso e gentil
com todos os seres da Criação: vegetais, animais e homens.
Um ser que saiba respeitar, conviver e aprender com as diferenças, sem aceitar injustiças.
Que os desafios e contratempos trazidos pela pandemia nos remetam a reflexões mais profundas que aquelas
costumeiras.
Deixemos de agir apenas como consumidores, atendendo a necessidades importantes e necessárias, mas que não
são suficientes para a construção de um mundo com mais compartilhamento e menos acumulação.
Precisamos de mais cooperação e menos competição. Um mundo com mais NÓS e menos EU.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Texto Renove seu olhar, de Cezar Braga Said
***
#momentoespirita #reflexão #comportamento #meditação #vida #comportamento #autoconhecimento
54
A ansiedade não atinge as pessoas somente no campo do trabalho, ela prejudica também a vida pessoal. Ela gera
nervosismo, medo, mal estar, insegurança, dores de cabeça, tontura, etc.
De acordo com Joanna de Ângelis, "este distúrbio está enraizado no Ser que desconsiderou as Soberanas Leis e se
reencarna com predisposição fisiológica, imprimindo nos genes a necessidade de reparação dos delitos transatos”,
ou seja, está em nosso planejamento reencarnatório as necessidades para a eclosão da doença, que são
desencadeados por fatores sociais e psíquicos que acabam gerando conflitos, inseguranças.
Já André Luiz, na obra Pão Nosso, psicografia de Chico Xavier, diz:
“As ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na Terra. Se o homem nascesse para andar
ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por
desesperado sem remissão. Muitas ocasiões incitam-nos à ansiedade, porém pensemos com Pedro: “Lança as
inquietudes sobre as tuas esperanças em Nosso Pai Celestial, porque o Divino Amor cogita do bem-estar de
todos”.
***
A ansiedade é maléfica, porque adoece tanto o espírito como o corpo espiritual. Confira algumas dicas de como
combatê-la:
Atividade Física: Ao praticar exercício físico há um aumento na produção de “serotonina”, substância que aumenta
a produção de prazer.
Reduzir o estresse. Controlar a respiração. Evitar pensamentos negativos. Cuidar e confiar mais em si.
E ainda, a partir de estudos da Doutrina Espírita é possível buscar prazer e harmonia, antídotos da ansiedade. No
capítulo V – Bem Aventurados os Aflitos, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, diz que as
ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na terra.
Caso o homem nascesse para ser ansioso, se poderia afirmar que veio ao mundo não como trabalhador e sim
como desesperado sem remissão.
Cabe lembrar que os Centros Espíritas são excelente lugares para encontrar auxílio, por exemplo, caso um Espírito
Inferior esteja te influenciando, o diálogo é uma das maneiras para afasta-lo. Além disso, há também os passes,
as palestras, os cursos, etc.
***
E, para finalizar, vale a pena relembrar uma oportuna consideração de Joanna de Ângelis sobre a ansiedade:
Controla a tua ansiedade.
A ansiedade mal dirigida produz danos orgânicos de variada classe e gera mal-estar onde se apresenta. Irradia
uma onda inquietante e espalha insegurança em volta.
A pessoa ansiosa requer mais atenção, que nem sempre se lhe pode dispensar; está sempre queixosa e acarreta
problemas para as demais; vê o que ainda não está ocorrendo e precipita-se a situações indesejáveis, para
arrepender-se depois.
A calma é o abençoado antídoto da ansiedade, que advém quando desejas esforçar-te para viver em paz.
***
Extraído de Momento Espírita
***
#momentoespirita #ansiedade #comportamento #conselhos #emoções #causaeefeito
55
Quando você olha no espelho e vê a sua imagem nele projetada, o que você observa?
Talvez um fio de cabelo branco, que surgiu nos últimos dias, ou uma pequena marca de expressão que
ainda não havia notado.
Talvez perceba algumas olheiras e tente descobrir o que as fez aparecer, deixando seu olhar quase sem
brilho.
Enfim, é bem possível que você se detenha a observar apenas a sua aparência exterior, sem atentar para
o mundo submerso por trás dessa imagem.
Talvez você nem se lembre do espírito, verdadeiro responsável pela manutenção dos trilhões de células
do corpo físico, que no momento lhe serve de roupagem.
Sim, o espírito é a essência do ser. É o grande responsável pela saúde ou pela doença que se manifesta
no corpo.
Todas as virtudes ou vícios estão sob o seu comando.
***
Carl Gustav Jung estabeleceu que o “inconsciente é um verdadeiro oceano, no qual a consciência se
encontra quase totalmente mergulhada. E nesse oceano encontram-se guardadas todas as experiências
do ser”.
Por vezes passamos tanto tempo na superfície, ocupados com as aparências, que perdemos o mapa de
nós mesmos, e ficamos a olhar a imagem refletida no espelho, como se observássemos um ilustre
desconhecido.
Pela falta do hábito de mergulhar fundo em nossa intimidade, em busca das verdades sobre nós mesmos,
passamos a acreditar que somos apenas o que o espelho nos mostra.
E porque essa imagem que vemos refletida não se conserva eternamente com a aparência que
desejamos, surge o desespero ou o desencanto.
Agora, com esses elementos de reflexão, olhe-se como um espírito eterno, numa breve experiência no
corpo físico e se pergunte:
Quem sou eu?
O que faço neste corpo que segue na direção do túmulo?
O que o Criador espera de mim?
O que me espera além da morte?
Procure mergulhar nesse imenso oceano desconhecido e você encontrará respostas muito significativas
para entender-se e entender o mundo a sua volta.
Perceberá que você é, como todo mundo, uma mistura extremamente complexa de capacidades e
limitações.
Entenderá que as capacidades são lições já adquiridas e que os limites estão à espera da sua vontade
para serem superados.
***
Fazendo essa auto-análise sincera, perceberá que existe em você um lado que desconhecia e de onde
emergem, vez ou outra, sentimentos dos quais não tem controle.
Descobrirá, também, que muitas virtudes estavam escondidas sob a baixa auto-estima ou sob a falta de
autoconfiança.
56
Perceberá que as nuvens de ilusão muitas vezes não lhe permitiram ver o despenhadeiro logo à frente
onde você se precipitou e se feriu profundamente.
E que esses ferimentos lhe impediram a rápida retomada do caminho, retardando-lhe o passo.
Tudo isso porque você não se conhece...
Tudo isso porque você não sabe porque está na face da Terra e o que Deus espera de você...
Tudo isso porque você perdeu o mapa de si mesmo e navega sem rumo nesse mar imenso e profundo
que existe por trás dessa imagem, velha ou moça, refletida no espelho.
Olhe-se novamente e contemple-se como espírito imortal, que tem sob o seu comando a manutenção
dos trilhões de células do seu corpo físico.
Mas se esse mergulho interior estiver difícil, rogue a Deus para que lhe ajude na busca dessa pérola
preciosa que ele depositou em sua intimidade.
***
Deus conhece o nosso mapa.
E o Mestre de Nazaré sabia disso. Por isso Ele nos ensinou que o reino dos céus está dentro de nós.
Portanto, arme-se de vontade e descubra esse valioso tesouro que o Criador guardou na ânfora da sua
alma.
Com isso você também descobrirá que é a única pessoa capaz de dirigir seus passos na direção da
felicidade tão sonhada, é essa mesma que você está observando, aí, refletida no espelho.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 7, ANÁLISE DO INCONSCIENTE, do livro “VIDA, DESAFIOS E SOLUÇÕES”, por
Joanna de Ângelis e Divaldo Franco.
***
#momentoespirita #autoconhecimento #inconsciente #inconscientecoletivo #autoanalise #reflexão
#PsicologiaEspírita #psicologia
57
Você vale pelo que é, e não pelo que tem ou aparenta ser. A verdadeira beleza é a da alma. A eterna
juventude é atributo do espírito imortal.
O importante mesmo, é que você se goste. Que você se respeite. Que se cuide e se sinta bem.
A opinião de alguém só deve fazer sentido e ter peso, se esse alguém estiver realmente interessado na
sua felicidade e no seu bem-estar.
***
Nenhuma opinião que emitam sobre você, deve provocar tristeza ou alegria em demasia.
Os elogios levianos não acrescentam nada além do que você é, e as críticas negativas não tornarão você
pior.
Busque o autoconhecimento e aprenda a desenvolver a auto-estima.
Mas lembre-se: seja exigente para consigo, e indulgente para com os outros.
Eis uma fórmula segura para que você encontre a autoconfiança e a segurança necessárias ao seu bem-
estar efetivo.
E jamais esqueça que a verdadeira elegância é a do caráter, que procede da alma justa e nobre.
Pense nisso, e liberte-se do jugo da opinião dos outros.
***
Fonte: Redação do Momento Espírita
***
#momentoespirita #meditação #autoconhecimento #autoconhecimentoliberta #reflexão #reflexõesespíritas
59
50 - DIAS DE SOLIDÃO
51 - CRER EM DEUS
Alguns de nós cremos em Deus, por simples atavismo religioso. Assim nos ensinaram nossos pais. Deus existe e
tudo criou.
Outros cremos porque a razão nos diz que não pode haver tanta harmonia, beleza e sincronia em todo o universo,
sem algo ou alguém que a tudo presida.
***
O professor Cressie Morrisson afirma que ele crê em Deus por vários motivos. Um deles é o equilíbrio que existe
no ecossistema.
Diz ele: Sabemos que os insetos respiram através de tubos. Na medida em que os insetos crescem, os tubos não
crescem, o que faz com que eles morram, por falta de ar.
Assim acontece com a cigarra. Ela não morre de cantar, mesmo porque o barulho que identificamos como seu
canto, se trata do ruído que ela produz atritando as patas. Quando ela cresce, os tubos não lhe dão o ar necessário
e ela morre.
Se os insetos crescessem e, com eles, crescessem os tubos, poderíamos ter formigas do tamanho de elefantes e
pulgas com corpos de rinocerontes, tornando impossível a vida, na face da Terra.
E, continua o professor, alguém pensou em elaborada lei para manter o equilíbrio na natureza. Uma lei que
funcionou bem na Austrália, há alguns anos.
Naquele país, os ventos impediam a agricultura e teve-se a ideia de criar sebes, para proteger a semeadura
nascente. Assim, passaram a cultivar uma espécie de cacto.
Logo, por não terem inimigo natural, eles ocupavam uma área maior do que o território do império britânico.
Usaram todos os métodos possíveis e nada acabava com os cactos, que continuavam a proliferar, sem medida. Os
ventos carregavam o pólen.
Reuniram-se os entomologistas na capital australiana e chegaram à conclusão de que deveriam procurar um
inseto que se alimentasse de cactos e que fosse excelente reprodutor.
O pequeno animal, um tipo de besouro, foi descoberto no Nordeste brasileiro e exportado, em quantidade, para
a Austrália.
Pouco depois, os entomologistas novamente se preocuparam. Os cactos estavam desaparecendo. Mas, e os
besouros? Não se tornariam uma praga no país?
Foi aí que a sábia lei do equilíbrio entrou em ação, estabelecendo cactos para besouros e besouros para cactos.
Por isso, diz Cressie Morrisson, eu creio em Deus.
***
David, no capítulo XVIII dos Salmos canta: Os céus proclamam a glória de Deus e o universo fala da obra das Suas
mãos.
E o telescópio Hubble nos permite ver até um bilhão de estrelas, apenas na nossa galáxia. Cada qual com seu
brilho especial.
Nosso sol, uma estrela de quinta grandeza, avança pelo infinito, com seus planetas, em uma jornada interminável,
pelo universo.
Ante tanta grandeza, não se pode senão crer nesse Deus, sábio, inteligência suprema, que tudo criou,
estabelecendo leis perfeitas, que zelam pela harmonia e beleza de todo o universo.
***
Um pai humano, mesmo que destituído de sentimentos superiores, providencia o pão, o agasalho, o medicamento,
o socorro para o filho, planejando-lhe a felicidade.
O Pai Celestial, muito mais sábio e generoso, brinda todos os tesouros imagináveis aos Seus filhos.
Na Sua magnanimidade, enche de luzes o espaço infinito e, com a mesma grandeza, veste a singela flor do campo
das cores mais suaves aos tons mais vibrantes.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Palestra de Divaldo Pereira Franco, PORQUE CREIO EM DEUS e cap. 6 do livro LIÇÕES
PARA A FELICIDADE, por Joanna de Ângelis e Divaldo Pereira Franco
***
#Deus #leisdeDeus #aprendizado #evolução #evoluçãoespiritual #fé #FéEmDeus #creremDeus
61
53 - CULTIVANDO O AMOR
Essas teorias vêm trazendo consequências danosas para a Humanidade: negam as palavras de Sócrates, registradas por Platão
e outros filósofos espiritualistas; contradizem a Doutrina de Amor e a crença na Vida Espiritual, pregadas pelo Cristo e seus
enviados; incentivam o culto à matéria e as lutas entre irmãos de Humanidade. Eis o que dizia Karl Marx, em seu incentivo à
luta de classes: .Proletários de todos os países, uni-vos..
É inútil destacar pontos favoráveis do materialismo, por serem estes nulos, em vista dos malefícios citados acima. Ele iguala-
nos aos brutos, reforça em nós todos os instintos animalizados. Alimenta o egocentrismo, o ódio, a ambição desenfreada e a
sensualidade.
Ao contrário disso, todos os aspectos positivos para o Espírito imortal são realçados nas leis do merecimento, que o
Espiritismo nos assegura, além de este ser, bem compreendido e praticado, como diz Kardec, preservativo contra o suicídio,
o grande mal de nosso tempo.
Atualmente, diz Blackburn (1997, p. 239), Os filósofos [...] preferem o termo fisicalismo, visto que a Física mostrou que a
própria matéria se decompõe em força e energia [...].. Ou seja, foi constatada a energiajunto da força, como elementos
estruturadores da matéria. Entretanto, a conclusão disso sempre será a de que tudo é matéria, em sua eterna composição e
decomposição.
Daí a negação de um ser espiritual sobrevivente a essa elaboração mecanicista entre energia e força.
É nisso que está o grande mal provocado à Humanidade pelo materialismo.
Ele não nos dá qualquer perspectiva de existência de um ser externo, que sobreviva à desagregação material dos corpos
orgânicos. Daí vêm as consequências. A primeira delas é a negação da individualidade do ser extramaterial, pois tudo se
reduziria, em nós, ao cérebro, aos nervos, ao código DNA, à matéria enfim. A segunda é a de que, uma vez nascidos quando
nosso corpo é formado, trazemos conosco a herança genética, que nada mais seria do que propriedade da matéria. A terceira
é a ideia de que, na História, os mais fortes é que são vitoriosos.
Daí, surgem ideologias nefastas, como as da suposta superioridade racial, da qual decorreu o antissemitismo e o holocausto
dos judeus.
Daí surgem também as teorias maquiavélicas, que nos ensinam a mentir e atropelartodos aqueles que nos impeçam de
alcançar nossos objetivos: o poder, os bens materiais, a fama... Princípios milenares são desprezados, como o da instituição
familiar; o da meritocracia, na aferição dos valores; o do respeito à ética e aos ensinamentos do Cristo, modelo de perfeição
dado por Deus à Humanidade (KARDEC, 2019, q. 625).
A religião, para Karl Marx, é o ópio do povo.
Deus, para os adeptos do materialismo, e mesmo de seu sucedâneo atual, o fisicalismo, é pura invenção dos antigos profetas
e filósofos...
Ele teria sido criado para subjugar, pelo temor, os simples da Terra. Enfim, para o materialismo, o espírito não existe, tudo é
matéria que, como tal, vem do pó e para este retorna.
O Espiritismo, estudado com profundidade, desmonta tudo isso, porque veio atender a uma promessa do Cristo. Ele nos
demonstra, como dissemos no início com base na revelação dos Espíritos, que há dois elementos fundamentais no Universo:
a matéria e o espírito.
Mas, acima de tudo, o Espírito Divino, Nosso Pai, segundo Jesus, que tudo cria, tudo dirige, tudo move e tudo faz evoluir, do
átomo ao anjo.
Um grande sábio espírita, Léon Denis, concluiu, com base na revelação dos Espíritos Superiores, o seguinte: [...] Na planta, a
inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente; a partir daí, o
progresso, de alguma sorte fatal nas formas inferiores da Natureza, só se pode realizar pelo acordo da vontade humana com
as Leis eternas. (DENIS, 2019, cap. 9 - Evolução e finalidade da alma).
Após isso, o Espírito, individualizado, continua sua ascensão infinita em direção a Deus, nosso Pai, até alcançar a condição
daqueles que denominamos "anjos", Espíritos puros e cocriadores divinos, como é o caso de Jesus Cristo.
Esse sábio francês deduz então que:
O homem é, pois, ao mesmo tempo, espírito e matéria, alma e corpo, mas talvez que o espírito e a matéria não sejam mais
do que simples palavras, exprimindo de maneira imperfeita as duas formas da vida eterna, a qual dormita na matéria bruta,
acorda na matéria orgânica, adquire atividade, se expande e se eleva no espírito.
[...] Todavia, o que caracteriza a alma e absolutamente a diferencia da matéria é a sua unidade consciente. Sob a ação da
análise, a matéria dispersa-se e dissipa-se. O átomo físico divide se em subátomos, que, por sua vez, fragmentam-se
indefinidamente. A matéria é inteiramente desprovida de unidade, como o estabeleceram as recentes descobertas de
Becquerel, Curie, Le Bon.
No Universo, só o espírito representa o elemento uno, simples, indivisível e, por conseguinte, logicamente indestrutível,
imperecível, imortal!(DENIS, 2019, cap. 3 - O problema do ser).
65
Em O livro dos espíritos, encontramos questões e análises sobre o materialismo e suas nefastas consequências, derivadas de
orientações dos Espíritos Superiores e do próprio Kardec.
São as seguintes: questões 147, 148 e 446; comentários do item II da Introdução; Conclusão item II, que opõe o Espiritismo
ao materialismo, item VII, negação do materialismo e item VIII, morte do materialismo que, como vimos acima, já está sendo
substituído pelo termo fisicalismo pela Filosofia Moderna, mas no fundo é a mesma coisa.
Na revista mensal Reformador, de abril de 2017, publicamos artigo intitulado A Matéria, o Espírito e O livro dos Espíritos,
que trata dos equívocos do materialismo e a grande missão do Espiritismo na restauração da realidade do Espiritualismo e
seu efeito benéfico para a Humanidade.
Essa revelação, repito, não se baseia em teorias humanas fantasiosas, em devaneios anímicos, porém no que dizem os
próprios Espíritos, sob a direção de Cristo.
Quando essa verdade se tornar universal, todas as consequências nefastas do materialismo e suas vertentes ideológicas
tornar-se-ão anacrônicas. Então será inaugurada, para sempre, a Era do Espírito na Terra. Era da tolerância, da humildade, do
devotamento ao próximo e da abnegação, qualidades com as quais, desenvolvendo-nos, teremos eliminado do mundo o
materialismo inconsequente e alçado voo às amplidões celestiais. Teremos conquistado, enfim, o Reino dos Céus, o qual
Jesus, em seu Sermão do Monte (Mateus, 5 a 7) promete aos simples e puros de coração.
Então, poderemos dizer, como Paulo de Tarso: Combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé (2 Timóteo,
4:7).
Nessa época, que não vai longe, pois, para o Espírito imortal, os séculos são como se fossem dias, a própria educação terá
por base a sincronia entre o ensino moral e o intelectual. O conhecimento pleno dos três elementos que compõem o Universo:
Deus, espírito e matéria, provindo da Espiritualidade Maior, sobrepor-se-á às ideologias humanas.
Então, cumprir-se-á sua promessa: Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra. (Mateus, 5:5).
Quando isso acontecer, o mundo que habitamos estará ascendendo a um patamar superior e rumará para um estado de
matéria cada vez menos densa, como é próprio dos mundos superiores. Por fim, num estágio que ainda levará milhões de
anos, a Terra talvez seja gasosa, como Júpiter, e seus habitantes estarão transformados em Espíritos puros, sobre os quais a
matéria nenhuma predominância terá.
Esse é o estado dos mundos felizes, prometido pelo Cristo aos justos. Mas, por ora, encaminham-se, a Terra e seus habitantes,
para a condição de mundo de regeneração, ainda que demoradamente, para nós, e brevemente para Deus.
É o que prevê o Espírito Santo Agostinho em O evangelho segundo o espiritismo, quando a.rma que nosso mundo .[...] chegou
a um dos seus períodos de transformação, em que, de mundo expiatório, tornar-se-á mundo regenerador. Os homens, então,
serão felizes na Terra, porque nela reinará a Lei de Deus. (KARDEC, 2018, cap. 3, it. 19), que nos criou para a perfeição
espiritual, quando superarmos a influência da matéria pelo Espírito, que predomina sobre ela.
Haveria, assim, dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito?.
Sim, e acima de tudo Deus, o Criador, o Pai de todas as coisas.
Esses três elementos constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material é preciso
juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, muito
grosseira para que o espírito possa exercer alguma ação sobre ela.
Embora, sob certo ponto de vista, se possa classificar o fluido universal como elemento material, ele se distingue deste por
propriedades especiais. Se fosse realmente matéria, não haveria razão para que o espírito também não o fosse. Está colocado
entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inúmeras combinações com esta e
sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que não conheceis senão uma ínfima parte. Esse fluido
universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria
em perpétuo estado de divisão e jamais adquiriria as propriedades que a gravidade lhe dá. (KARDEC, LE 2019, q. 27).
Pelo fato de somente observarem, nos corpos, os fenômenos decorrentes das propriedades físicas, diversos sábios criaram
teorias que originaram o materialismo.
Esse desconhecimento das leis espirituais, presentes no Universo, tem levado muita gente às paixões exacerbadas, ao vício
das drogas, ao crime, ao desencanto pela vida, à falta de ética e ao suicídio.
O estudo das obras codificadas por Allan Kardec, iniciadas com O livro dos espíritos, vem contribuindo para o esclarecimento
de grande número de pesquisadores sinceros, em busca da verdade. Ali, na questão 27, somos informados de que, no
Universo, acima de tudo está Deus, mas a matéria e o espírito também estão eternamente presentes.
Portanto, Deus, espírito e matéria formam a trindade universal. Acreditar que tudo provém da matéria e se extingue com
esta é ter uma visão restrita e incorreta sobre a verdadeira composição do Universo criado e expandido, eternamente, por
Deus.
66
As consequências sofridas por quem, inconsequentemente, se deixa arrastar pelas teorias que negam a existência e a
sobrevivência do Espírito após a morte do corpo físico são desastrosas e próprias de Espíritos imaturos.
Quando se nega a existência de Deus e do mundo espiritual e se acredita que tudo, em nossa existência, se explica pelas leis
da matéria, comete-se um deplorável erro de apreciação do que é a vida. Essas são características próprias do viés filosófico
materialista de todos os tempos.
Eis alguns conceitos materialistas contemporâneos:
Perspectiva que sustenta que o mundo é inteiramente composto de matéria. [...] Opõe-se ao dualismo mente-corpo, mas não
tem qualquer relação com o desejo excessivo de bens ou de riqueza, o que constitui um significado diferente do termo.
(BLACKBURN, 1997, p. 239).
Aqui está o que esse autor entende por significado diferente do termo.: .materialismo de estados centrais - uma filosofia da
mente que identifica os acontecimentos mentais com acontecimentos físicos que ocorrem no cérebro e no sistema nervoso
central [...]. (BLACKBURN, 1997, p. 240).
Essa ideia nega o livre-arbítrio da alma, Espírito encarnado, e confunde o cérebro, órgão físico da manifestação do Espírito,
com este.
Também define o autor consultado o materialismo dialético como:
Traço filosófico dominante do marxismo, onde se combina o materialismo, concebido como uma filosofia da natureza e uma
ciência englobantes, com a noção hegeliana de dialética, imaginada como uma força histórica que conduz os acontecimentos
para uma resolução progressiva das contradições que caracterizam cada época histórica. [...] Na interpretação de Plekhanov
e de Lenin, o materialismo dialético implica que a natureza do mundo coincide com os ideais da revolução[...] (BLACKBURN,
1997, p. 240).
Informa-nos, então, a definição de materialismo histórico, proposta por Engels:
[...] na introdução da obra Do socialismo utópico ao socialismo científico, como a procura da causa última e da grande força
que faz mover todos os acontecimentos históricos importantes no desenvolvimento econômico da sociedade, nas mudanças
do modo de produção e de troca, na consequente divisão da sociedade em classes distintas e na luta das classes que se opõem.
Marx e Engels descrevem o materialismo histórico como uma hipótese científica e empírica, mas na verdade trata-se de um
quadro de referências para as explicações históricas [...] (BLACKBURN, 1997, 240).
Essas teorias vêm trazendo consequências danosas para a Humanidade: negam as palavras de Sócrates, registradas por Platão
e outros filósofos espiritualistas; contradizem a Doutrina de Amor e a crença na Vida Espiritual, pregadas pelo Cristo e seus
enviados; incentivam o culto à matéria e as lutas entre irmãos de Humanidade. Eis o que dizia Karl Marx, em seu incentivo à
luta de classes: .Proletários de todos os países, uni-vos..
É inútil destacar pontos favoráveis do materialismo, por serem estes nulos, em vista dos malefícios citados acima. Ele iguala-
nos aos brutos, reforça em nós todos os instintos animalizados. Alimenta o egocentrismo, o ódio, a ambição desenfreada e a
sensualidade.
Ao contrário disso, todos os aspectos positivos para o Espírito imortal são realçados nas leis do merecimento, que o
Espiritismo nos assegura, além de este ser, bem compreendido e praticado, como diz Kardec, preservativo contra o suicídio,
o grande mal de nosso tempo.
Atualmente, diz Blackburn (1997, p. 239), Os filósofos [...] preferem o termo fisicalismo, visto que a Física mostrou que a
própria matéria se decompõe em força e energia [...].. Ou seja, foi constatada a energiajunto da força, como elementos
estruturadores da matéria. Entretanto, a conclusão disso sempre será a de que tudo é matéria, em sua eterna composição e
decomposição.
Daí a negação de um ser espiritual sobrevivente a essa elaboração mecanicista entre energia e força.
É nisso que está o grande mal provocado à Humanidade pelo materialismo.
Ele não nos dá qualquer perspectiva de existência de um ser externo, que sobreviva à desagregação material dos corpos
orgânicos. Daí vêm as consequências. A primeira delas é a negação da individualidade do ser extramaterial, pois tudo se
reduziria, em nós, ao cérebro, aos nervos, ao código DNA, à matéria enfim. A segunda é a de que, uma vez nascidos quando
nosso corpo é formado, trazemos conosco a herança genética, que nada mais seria do que propriedade da matéria. A terceira
é a ideia de que, na História, os mais fortes é que são vitoriosos.
Daí, surgem ideologias nefastas, como as da suposta superioridade racial, da qual decorreu o antissemitismo e o holocausto
dos judeus.
Daí surgem também as teorias maquiavélicas, que nos ensinam a mentir e atropelartodos aqueles que nos impeçam de
alcançar nossos objetivos: o poder, os bens materiais, a fama... Princípios milenares são desprezados, como o da instituição
familiar; o da meritocracia, na aferição dos valores; o do respeito à ética e aos ensinamentos do Cristo, modelo de perfeição
dado por Deus à Humanidade (KARDEC, 2019, q. 625).
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É o que prevê o Espírito Santo Agostinho em O evangelho segundo o espiritismo, quando afirma que nosso mundo [...] chegou
a um dos seus períodos de transformação, em que, de mundo expiatório, tornar-se-á mundo regenerador. Os homens, então,
serão felizes na Terra, porque nela reinará a Lei de Deus (KARDEC, 2018, cap. 3, it. 19), que nos criou para a perfeição espiritual,
quando superarmos a influência da matéria pelo Espírito, que predomina sobre ela.
***
REFERÊNCIAS: BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. Trad. Desidério Murho et al. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
1997.
DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. 32. ed. 11. imp. Brasília: FEB, 2019.
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 7. imp. Brasília: FEB, 2019. ______. O evangelho
segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 7. imp. Brasília: FEB, 2018.
OLIVEIRA, Jorge L. de. A Matéria, o Espírito e O livro dos espíritos. In: Reformador. abr. 2017. p. 46 a 49.
***
Revista Reformador Janeiro 2020 Jorge Leite de Oliveira / jojorgeleite@gmail.com
***
#Reformador #materialismo #espiritismo #doutrinaespirita #sociedade #evolução
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55 - ESCOLHAS E RENÚNCIAS
56 - SERVIDORES DE DEUS
Numa sala de audiências do Vaticano, o papa Joao Paulo II recebeu a visita de uma das mais altas
autoridades religiosas do judaísmo, Israel Meir Lau, o grão rabino do Estado de Israel.
O papa já se encontrava com a síndrome de Parkinson, por isso foi pedido que a entrevista não se
alongasse em demasia.
O rabino tomou a palavra e iniciou interessante relato:
Em 1942, numa aldeia no norte da Polônia, os nazistas, fazendo a seleção dos judeus para os campos de
extermínio, levaram um pai de família.
A esposa, que ficara com um filho de apenas dois anos, temeu ser a próxima vítima e decidiu salvar o
filho.
Muito amiga de uma mulher católica, a procurou para que adotasse o seu menino.
A senhora pensou um pouco e concordou. Nesse exato momento, a dama judia lhe fez um pedido:
“Há um detalhe, no entanto. Meu filho é judeu e tenho certeza de que ele veio à Terra para uma missão
muito especial.
Então, quando essa guerra acabar, e um dia haverá de acabar, eu peço que mande meu filho para Israel,
para que ele possa desenvolver o ministério que Jeová lhe destinou.”
Ante a concordância da amiga, ali ficou a criança.
Naquela semana, a mãe judia foi levada para o campo de extermínio.
O tempo passou. Acabou a guerra. Quando a criança completou seis anos, em 1946, a mãe adotiva o
desejou batizar na igreja de sua fé.
Mas, lembrou da promessa. E agora, o que fazer?
Então, ela procurou o pároco da sua aldeia para se aconselhar.
Depois de ouvi-la, ele lhe deu uma resposta rápida e segura:
“Como cristã, você não pode defraudar a confiança que aquela mulher levou ao túmulo. Assim, você
deve mandar o menino para Israel, conforme se comprometeu.”
Com o coração em frangalhos, ela se despediu do filho adotivo e o encaminhou a Israel. Manteve
correspondência com ele, visitou-o várias vezes.
Então, Santidade, quero lhe dizer que aquele menino se tornou um rabino. Aquele menino sou eu.
O fato pareceu muito interessante a Karol Wojtyla, mas passou a ser realmente comovedor quando o
grande rabino concluiu:
Sua Santidade sabe o que é mais importante nisso tudo? Sabe quem foi o sacerdote que aconselhou
aquela mulher, naquele ano de 1946?
Aquele sacerdote era Sua Santidade, na época pároco da aldeia.
Os dois se abraçaram, envolvendo-se em lágrimas.
***
Um era o representante da nação católica. Outro, um rabino israelense, reverenciado por judeus e não
judeus no mundo inteiro.
Tinha razão aquele coração de mãe em dizer que seu filho tinha uma missão. E visão de verdadeiro
homem de bem aquele pároco, que bem aconselhou a mãe adotiva.
Os grandes homens vêm ao mundo para servir ao bem. Sua causa é a Humanidade, a paz, o amor,
acima de qualquer seita, doutrina ou religião que seguem.
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E o Divino Pai os coloca em muitos lugares do planeta, a fim de que todos os Seus filhos, neste bendito
lar chamado Terra, possam sentir de mais perto o hálito do Seu amor, pela palavra dessas criaturas.
Sentir o Seu abraço através dos braços de homens e mulheres que no mundo se entregam ao serviço
dos seus irmãos.
E esta é a grande verdade: somos todos filhos do mesmo Pai, vivendo neste planeta azul, com o objetivo
de nos amarmos e crescer, até alcançar as estrelas.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Entrevista noticiada pela mídia. Em 22.5.2017.
***
#momentoespirita #religião #catolicismo #judaismo #Deus #fé #papa #promessas #missão #fraternidade
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Você já experimentou, alguma vez, aquele amanhecer sombrio, em que tudo lhe parece amargo?
Esses dias aparentemente têm os mesmos aspectos para todos nós, mas são vividos de maneira diferente por cada indivíduo.
Alguns ficam tristes e quase calados. Buscam isolar-se para evitar qualquer contato com alguém que lhes faça perguntas
sobre o que está acontecendo, porque está assim, etc.
Outros deixam o mau humor dirigir seus passos e, em poucos minutos, azedam todo o ambiente em que se encontram.
Distribuem gestos bruscos, falam com irritação, respondem com azedume, culpam os outros por tudo de errado que acontece.
E a resposta para comportamentos desse tipo logo se faz sentir no organismo, em forma de azia, enxaqueca, dores musculares,
entre outros males.
E o pior de tudo é que nem sabemos o porquê de tanta irritação. Não paramos um pouco para meditar sobre a situação em
que nos encontramos, nem para mudar o curso dos acontecimentos.
De maneira irrefletida, estragamos o nosso dia movidos por um estado d´alma que nos toma de assalto e no qual nos
deixamos mergulhar, sem refletir.
Passados esses momentos amargos, fica uma desagradável sensação de mal-estar, de indisposição, de sentimentos feridos,
de relacionamento comprometido.
***
Assim, se você sentir que está diante de uma manhã sombria, de um momento amargo, vale a pena tomar medidas urgentes
para não se deixar cair nas armadilhas.
Se ainda está em casa, faça uma prece antes de sair.
Se estiver no trabalho, busque um local que lhe permita ficar só por um instante, respire fundo e eleve o pensamento a Deus,
rogando forças e discernimento para não se deixar levar por circunstâncias desagradáveis.
Lembre-se, sempre, que todos temos momentos difíceis, e que só depende de nós complicá-los ainda mais, ou sair deles com
sabedoria e bom senso.
Lembre-se, ainda que, por mais difícil que esteja a situação, ela será tragada pelas horas e substituída por momentos mais
leves e mais felizes. Por essa razão, nunca valerá a pena estragar o seu dia.
***
Não estrague o seu dia.
A sua irritação não solucionará problema algum.
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
O seu mau humor não modifica a vida.
A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.
A sua tristeza não iluminará os caminhos.
O seu desânimo não edificará a ninguém.
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.
Não estrague o seu dia. Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre
para o infinito Bem.
***
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 38, do livro Agenda Cristã, pelo Espírito André Luiz,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
***
#momentoespirita #irritação #comportamento #conselhos #agendacristã
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62 - O PERSONAGEM JESUS
Se bem lermos os Evangelhos, vamos constatar que Jesus curou a muitos, mas não a todos os que
encontrou em Seu caminho.
Sejamos prudentes. Os recursos da mediunidade seriamente exercida são de largo alcance.
No entanto, aguardemos que nos cheguem, de forma devida, conforme as determinações da Divindade.
Roguemos aos céus o amparo e alívio para nossas dores. A resposta sempre nos chegará ao coração,
apontando os caminhos mais adequados para o calvário libertador, que nos cabe percorrer.
Confiemos em Deus.
***
Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #mediunidade #sonhos #espiritismo #doenças #curas #espiritos #espirita #medium #reflexão
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64 - EXERCITAR A COMPAIXÃO
Com certeza, o problema fosse qual fosse, não ficou equacionado. Contudo, um coração aflito encontrou
ressonância em outro coração e mudou a sua forma de pensar.
Teve reavivada sua fé e sua esperança.
E bastaram poucas palavras... Um importar-se com o outro, um breve lembrete.
***
Joanna de Ângelis, no livro VIDA FELIZ, 58, nos aconselha:
Compadece-te dos fracos.
Dá-lhes mão amiga em qualquer situação.
Além da fragilidade orgânica, são tímidos e dependentes, reconhecendo a deficiência de energias.
Ajuda-os com um sorriso afável de companheirismo, com uma promessa de silencioso apoio, mediante
um gesto que lhes dê segurança.
Coloca-te no lugar deles, e faze, em seu favor, o que gostarias de receber, estando na sua situação.
Pensemos nisso e jamais detenhamos nosso gesto de compaixão ao semelhante!
***
Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #compaixão #compaixao #comportamento #fraternidade #sociedade #conselhos
84
A humanidade cada vez mais demonstra preocupação com questões transcendentes da vida.
A consciência de que viver não se resume a aspectos materiais se dissemina pela sociedade.
Fala-se em entrar em contato com a própria essência, em desenvolver a espiritualidade.
Independentemente de filiação a determinada corrente religiosa, a ampla maioria afirma acreditar em
uma força superior.
Isso revela as criaturas buscando identificar a razão de sua existência.
Como tudo no universo encontra-se em constante metamorfose e aprimoramento, conclui-se que o
progresso é uma das finalidades da vida.
O anseio pelos aspectos sublimes da existência demonstra justamente as criaturas em pleno processo
evolutivo.
Mas é importante recordar que a evolução dá-se de modo cadenciado
Na natureza não ocorrem saltos.
As espécies não se transformam repentinamente.
Determinadas etapas devem ser vencidas para ser possível atingir-se a fase seguinte.
É como a construção de uma casa: ninguém inicia pelo acabamento.
Faz-se necessário antes providenciar sólida estrutura.
***
O mesmo ocorre com o psiquismo das criaturas.
A identificação com as faixas superiores da vida pressupõe o domínio de aspectos básicos do viver.
A harmonia e a paz são o resultado de vivências nobres do espírito.
Tais conquistas não são improvisáveis e nem surgem de um momento para o outro.
Assim, ao preocupar-se com questões transcendentes, não podemos esquecer as coisas elementares.
A HONESTIDADE é justamente uma das primeiras virtudes a serem conquistadas por quem deseja a paz
e a felicidade.
O céu não é um local determinado no espaço, mas um estado de consciência, de harmonia com as leis
divinas.
Mas não é possível harmonizar-se com tais leis sem o rigoroso atendimento dos próprios deveres.
Ser honesto implica demonstrar lealdade em todos os aspectos da existência.
O homem honesto realiza as tarefas que lhe cabem, com ou sem testemunhas.
Ele não inventa desculpas para avançar sobre o patrimônio do vizinho.
Infelizmente, nossa sociedade vive uma grande crise ética.
Ao tempo em que demonstram indignação com a desonestidade alheia, os indivíduos são com
freqüência desleais em seus negócios particulares.
Muitas vezes, quem reclama dos políticos não paga corretamente seus impostos.
Inúmeros estudantes bradam contra a falta de ética de governantes e empresários, mas colam nas
provas e copiam as tarefas dos colegas.
Esse gênero de conduta sinaliza apenas hipocrisia.
***
Como afirmou Jesus, é necessário dar a César o que é de César.
85
66 - ESTABELECER METAS
Se você não sabe aonde quer ir, como poderá chegar lá?
Esta é uma questão óbvia. Por isso, quando se planejam férias, escolhemos o local.
Porque, dependendo do local escolhido, selecionaremos o tipo de transporte, faremos reservas para hospedagem,
providenciaremos a roupa adequada.
Quando se sai a passeio, escolhemos o local da mesma forma. Iremos ao campo, à praia, à casa de amigos?
Porque, justamente a partir dessa definição, ajustaremos horários, convidaremos essa ou aquela pessoa, faremos
contatos preliminares.
De uma forma muito paradoxal, contudo, quando falamos de nossos objetivos existenciais, poucos têm metas
bem definidas.
Essa é uma das causas de DEPRESSÃO, nos dias atuais.
***
A pessoa diz que quer ter uma vida normal, simplesmente. Mas, não estabelece o que seria essa vida normal. O
que deseja para si.
O que gostaria de fazer?
Profissionalmente, o que pretende: onde deseja trabalhar, com quem, que cursos ainda planeja fazer, que
aperfeiçoamentos almeja?
Pessoalmente, pensa em se casar, em ter filhos, em viver numa casa ou num apartamento, no campo ou na cidade,
neste país, em outro país?
Culturalmente, deseja se aprimorar no estudo da arte, de outro idioma, artesanato?
Quando as perguntas surgem, as respostas quase sempre são evasivas: Sei lá, qualquer coisa, o que vier está bom.
Algumas pessoas se recusam a idealizar, a sonhar. Dizem que é para não sofrerem decepções.
Outras se dizem incapacitadas de sonhar seus próprios sonhos. Pensam em se realizar através de outras pessoas.
Ou que outras pessoas as façam felizes.
Eis a questão: se não há meta a atingir, se não há um objetivo a ser alcançado, como encontrar ânimo e energia
para se viver com intensidade a cada dia?
Onde a alegria da conquista? Onde o sorriso da vitória? Onde o contentamento de se afirmar vencedor?
***
Sem metas não se vive. Simplesmente se obedece a automatismos.
É um adormecer psicológico que conduz a criatura a estados de indiferença, desânimo, descontentamento, até o
desprezo pela vida.
Para se ter saúde é imperioso se ter um projeto pessoal, definindo exatamente o que se deseja.
Alcançar ou não é outra questão. Mas o importante é o esforço, a luta continuada.
Pensemos nisso e façamos uma análise de nossas metas, nossos sonhos.
Se até aqui estamos vivendo por viver, trabalhando, estudando, porque está no contexto em que nos movemos,
façamos uma parada.
Reformulemos nossa vida. Elejamos ao menos uma meta a alcançar.
E não nos deixemos intimidar pelos anos transcorridos ou pelos muitos dias já vividos.
Sempre é tempo de aprender, de ser feliz.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #metas #programa #planejamento #depressão #comportamento #autoconhecimento
87
Os seres humanos têm buscado, ao longo do tempo, uma fórmula mágica que lhes permita a posse da
felicidade plena.
Todavia, seja por falta de uma receita eficaz ou de vontade firme para a conquista almejada, grande
parte da Humanidade se debate, presa nas garras da infelicidade.
Várias tentativas têm sido improdutivas, já que a felicidade é efêmera e passageira. Logo se vai, deixando
em seu lugar a presença desagradável da decepção.
***
Assim, interessado em ajudar as criaturas da Terra na sua busca, o Espírito Emmanuel ditou uma receita
simples, descomplicada e eficaz para ser feliz.
A receita é a seguinte:
Cada manhã na face da Terra, é uma página em branco de que dispomos no livro da vida para fazer os
melhores exercícios de elevação e bondade.
Não te esqueças de que cada pessoa a cruzar-te o passo na trilha das horas, é uma oportunidade de
construção espiritual.
Seja qual seja o motivo para desafeto, cultiva compreensão e amizade, observando que todo favor que
possas prestar a benefício de alguém é uma chave que fabricas para a solução de teus problemas futuros.
Por mais claras as razões que justifiquem esse ou aquele comentário infeliz, procura encaixar uma frase
edificante no círculo das palavras rudes que estejam sendo pronunciadas.
Por muito que um companheiro te haja ofendido, não lhe negues tolerância. Abençoa-o com as tuas
preces e gestos de auxílio, na convicção de que estás, com isso, levantando dispositivos de proteção a ti
mesmo.
Na atividade em que te encontras, faze mais do que o dever, porquanto o serviço extra, espontâneo e
sem recompensa, em toda situação será sempre a tua mais alta pregação de virtude.
Repousa quando necessário, mas não transformes o descanso em ociosidade vazia.
Começa de casa a execução dos conselhos salutares que ofereces ao próximo, aprendendo que é
impossível ajudar a Humanidade quando não saibamos entender e amparar algumas poucas pessoas,
entre os limites da parentela.
Alia ação e oração, sustentando a felicidade dos outros, como queres que Deus concretize tua própria
felicidade.
E quando o dia terminar, agradece ao Senhor a ventura de haver engastado mais uma pérola do tempo
em teu colar de realização.
E, cerrando os olhos para o justo refazimento, guarda por teu maior prêmio a consciência tranquila, com
a invariável disposição de viver, cada dia, reconhecendo que tudo na vida depende inteiramente de Deus,
mas na certeza de que o trabalho, em tuas mãos, depende unicamente de ti.
Na estrada de purificação em que nos encontramos, o discípulo mais feliz é aquele que se sente
defrontado pelas maiores oportunidades de servir à elevação dos outros, ainda mesmo com absoluto
sacrifício de si próprio à maneira de lâmpada que se consome para iluminar.
***
Sim, é possível conquistar a felicidade.
88
Caso faça ninho na alma, passa a ser veneno perigoso e paralisante, atrapalhando o
desenvolvimento do ser, rumo ao seu encontro com a felicidade.
Há uma chance de ser bom novamente.
Uma chance de iluminar a sombra.
Há no bem a força de romper as grades.
Há no amor a libertação da culpa.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #perdão #autoperdão #culpa #consciencia #consciência #bem #bondade
#bondadedeDeus
91
Um dos motivos pelos quais as pessoas buscam os Centros Espírita é o mal feito, o FEITIÇO.
Levando nas mãos objetos estranhos, encontrados em posições bizarras dentro do lar, no carro, no jardim, no
caminho que habitualmente percorrem, as criaturas chegam um tanto assustadas.
A primeira pergunta é: Quem fez isto? Para logo em seguida indagarem: Isto pode me prejudicar?
O que desejam é que os Espíritos realizem um trabalho para desmanchar o mal feito, evitar que coisas ruins
lhes aconteçam.
Na verdade, nenhum mal senão o que provocamos pela nossa conduta do ontem ou do hoje,
pode nos atingir.
Já nas anotações evangélicas encontramos a exortação: Não temais que matam o corpo, temei sim os que
vos podem matar a alma.
Inveja, ciúme, e toda sorte de sentimentos inferiores que destilem outras criaturas, em nossa direção,
somente nos haverão de alcançar, atingindo-nos a mente e o coração, se estivermos
sintonizados com a onda que nos é enviada.
Dessa forma, o melhor método para se precaver do mal é vibrar e viver o bem.
Se agimos com nobreza, se somos os cumpridores dos nossos deveres, se alimentamos o hábito da oração,
nada nos poderá atingir.
O mal que nos faz mal é o mal que fazemos aos outros.
Emitir um pensamento bom em intenção de quem nos deseja o mal, eis uma fórmula ideal para neutralizar
qualquer onda de malefícios.
Ademais, lembremos: Se Deus é por nós, quem será contra nós?
***
Narram os biógrafos de Eurípedes Barsanulfo, o Apóstolo da cidade de Sacramento, em Minas Gerais, que,
certa feita, alguém que detestava o trabalho que ele empreendia, em nome da Doutrina Espírita, contratou
um malfeitor para matá-lo.
As pessoas que o amavam passaram a temer por ele. Pediram-lhe que tivesse cuidado, que evitasse andar por
estradas desertas, por ruas escuras e nunca sozinho.
Como, no entanto, fazer isso? Os chamados dos enfermos, dos necessitados eram tantos e em horas difíceis.
Uma noite, retornando ao lar, após o dia de cansaço, foi surpreendido por um vulto. Destacou-se da sombra
e investiu sobre ele, desejando feri-lo.
Sem se perturbar, Eurípedes o cumprimentou, chamando-o pelo nome, qual se fizesse a um amigo.
Foi o suficiente para que o braço assassino detivesse o gesto.
Envergonhado, se desculpou. Uma onda de simpatia neutralizou o mal.
Só os lobos caem em armadilha para lobos, ensinava Jesus.
Feitiço, mandingas é assunto de quem ainda não encontrou a verdade, nem o esclarecimento.
Os cristãos, que vivemos em Cristo, nada temos a temer dos que nos desejam agredir.
Devemos temer aqueles que, insinuando-se, de forma sutil, buscam nos arrastar ao vício, às paixões
degradantes. Esses nos poderão perder.
***
...Allan Kardec teve oportunidade de perguntar aos Espíritos se um homem mau com o auxílio de um Espírito
mau poderia fazer mal a alguém?
Os Espíritos superiores lhe responderam: Não. Deus não o permitiria.
***
Liberte-se de qualquer feitiço de crenças antigas. Faça luz no íntimo, elevando o pensamento e o
coração a Deus, nosso Pai.
***
Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #reflexão #aprendizado #espiritismo #doutrinaespirita #feitiço #vigilância #crenças #mal
#bem
92
Vejamos como estamos nos comportando perante o mundo e perante nós mesmos, sob o pretexto de
alcançarmos a felicidade.
Ser feliz, ou não, também é uma opção que nos é dada diariamente.
Resta-nos, apenas, analisarmos objetiva e sinceramente se nossas escolhas são legítimas e justas.
Afinal, não há como ser feliz às custas de dores e de angústias alheias.
Pois, por certo, mais dia, menos dia, esse tipo de situação ensejará, inevitavelmente, nosso próprio sofrimento.
Somos livres para semearmos o que bem nos aprouver, conscientes, no entanto, de que estaremos obrigatória e
inafastavelmente vinculados à colheita de seus frutos.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro MOMENTOS DE ALEGRIA, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #destino #Liberdade #liberdadedeescolha #PsicologiaEspírita #escolhas #sofrimento
#felicidade #livrearbitrio
94
71 - ENFRENTAR A DEPRESSÃO
Então, acenamos com cores vibrantes, flores perfumadas, graciosas que, logo mais, se transformarão
em produção abundante de frutos.
Pensemos nisso e não façamos julgamentos precipitados de situações, de pessoas, de companheiros, de
amigos.
Verifiquemos, antes, em que estação do ano estagia a alma de quem vamos julgar.
E, se descobrirmos que o inverno envolve aquela criatura, estendamos a contribuição do sol da nossa
amizade, o adubo do nosso auxílio, a proteção do nosso carinho.
***
Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #julgamento #espiritismo #comportamento #conselhos
98
O que faz com que alguns casais vivam anos e anos juntos e desfrutem felicidade?
Natural que não seja a felicidade plena e absoluta. Mas uma vida de alegrias, de compartilhamento.
Casais que superam dificuldades as mais árduas e prosseguem juntos.
Os reveses financeiros, a saúde comprometida, os filhos-problema, tudo é enfrentado a dois, de mãos dadas,
consolidando sempre mais a relação.
Alguns que não conseguiram manter o próprio relacionamento conjugal, afirmam que, em verdade, isso é
resultado de submissão de um ao outro.
Anulação da personalidade. Comodismo. São variadas as explicações.
No entanto, os que veem se multiplicar os anos na durabilidade de seu matrimônio, têm seus segredos.
***
Cada casal tem sua fórmula especial. Mas algumas dicas, com certeza, auxiliam.
Como o casamento feliz é um porto seguro onde se pode relaxar e recuperar das tensões do dia a dia, algumas
frases não devem ser esquecidas.
Você recorda quando foi a última vez que olhou para sua esposa e lhe disse: Você está deslumbrante hoje?
Quantas vezes vocês se preparam para ir a uma festa, colocam sua melhor roupa, se alinham. E nem olham um
para o outro?
Pensem: antes de parecerem bem apresentáveis para os outros, vocês estão no lar, um frente ao outro.
Observe como ele continua um gato, um rapaz saradão. Veja como os fios de prata lhe conferem um ar de
maturidade.
Aproveite para dizer: Estou feliz por ter me casado com você.
Já pensou em despertar pela manhã, olhar para o seu cônjuge e dizer: É bom acordar a seu lado?
Que tal uma surpresa no meio do dia com um telefonema breve para dizer: Você sempre será o meu amor!
No jantar em família, olhem nos olhos um do outro.
Agora, é o momento de falar: Adoro ver o brilho em seus olhos quando você sorri.
E, assim por diante. Não perca a chance de dizer como é bom estarem juntos, compartilharem a mesma casa, as
alegrias, as dores.
***
Tenha sempre em sua mente, frases como: O que você fez foi muito bom.
Não posso imaginar viver sem você. Você é muito especial. Sinto muito, o erro foi meu. Confio em você. Aprecio
cada momento que passamos juntos.
E, quando ele errar o caminho, aproveite para brincar, para rir:
Este é o meu marido! Já sei porque você se perdeu de novo. Quer ficar mais tempo comigo a sós, seu danadinho!
Quando ele estiver muito quieto, pergunte: Em que você está pensando?
Quando rusgas acontecerem, seja o primeiro a ceder admitindo: Eu gostaria de ser um(a) companheiro(a) melhor.
Finalmente, não esqueçam de um ao outro dizer a cada dia, quando se despedem, quando cada qual ruma para
a sua atividade profissional: Ore por mim. Vou orar por você.
E, mais importante que tudo, sejam gratos um ao outro, com frases como: Obrigado por me amar. Obrigado por
me aceitar. Obrigado por ser meu companheiro. Você torna meus dias mais brilhantes.
Experimente. Tente. E veja sua relação conjugal frutificar em flores de amor e alegrias.
***
Joanna de Ângelis nos aconselha em VIDA FELIZ, 21:
O amor é tônico da vida.
99
Quando se centraliza nos interesses inferiores do sexo e das paixões primitivas, torna-se cárcere e deixa de ser o
sentimento elevado, que dignifica — libertando.
Examina os teus sentimentos, na área afetiva e observa se eles te desarmonizam ou tranquilizam.
Através da sua qualidade, detectarás, se amas ou apenas desejas.
O verdadeiro amor supera o egoísmo e trabalha sempre em favor da pessoa querida.
Ama, portanto, sem escravizar aquele a quem te devotas, não se lhe escravizando também.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #casamento #matrimônio #espiritismo #aprendizado #amor #companheirismo
#relacionamento #sentimentos
100
Desde que nascemos, todos somos incluídos na sociedade, criamos laços familiares e, aos poucos, vamos
assumindo nossos papéis sociais.
Somos pais, filhos, irmãos, tios, primos, sobrinhos. E também patrões, empregados, voluntários, prestadores de
serviço, profissionais liberais.
Nem sempre tais relações são livres de desavenças, discórdias, mágoas, decepções.
Aqueles que buscamos exercer o convívio social, de forma profícua, muitas vezes caímos na cilada de querer que
o outro se modifique conforme nossa própria maneira de compreender o mundo.
Esperamos que, para o bem da relação, o outro faça os devidos ajustes morais, pois é ele quem permanece no
erro. Esperamos sempre que o próximo se modifique, para que, dessa forma, talvez nós possamos fazer alguns
ajustes.
Entretanto, devemos nos lembrar de que todos nós somos Espíritos imortais em busca da elevação intelecto-
moral.
Os erros que apontamos no outro, com tanta veemência, podem estar, de forma ainda mais acentuada, gravados
em nós e, por isso, temos tanta facilidade para os detectar no próximo.
Ademais, somos todos caminheiros do progresso e temos nossas parcelas de erros e de acertos. Aquele que ora
nos fere e que nosso coração custa a perdoar, é tão passível de se equivocar quanto nós.
***
Cada um age de acordo com seus preceitos morais. A única certeza que temos é que não somos os donos da
verdade.
Antes, estamos em sua busca através de Jesus, que teve a oportunidade de dizer: Eu sou o Caminho, a Verdade e
a Vida.
Na dúvida, procuremos seguir as recomendações do Cristo, que nos sugere que não julguemos o nosso próximo,
que perdoemos setenta vezes sete vezes, que oremos e que vigiemos - não o outro, mas a nós mesmos.
***
Assim sendo, concedamos ao nosso próximo os mesmos direitos e favores que esperamos dele receber.
O egoísmo é doença que envenena a alma.
O amigo ao nosso lado anela pelos espaços para viver, conforme ocorre conosco.
Aprendamos a respeitar e não atrapalhar.
O que nos está reservado, aprendamos a repartir.
***
Adaptado a partir de texto do Momento Espírita e livro Vida Feliz - 5.
***
#momentoespirita #respeito #tolerancia #compreensão #relacionamento #egoísmo #fraternidade
101
75 - CONHECER DEUS
Algum dia você já ficou imaginando como seria Deus? Qual seria a imagem de Deus?
De um modo geral, nos vem à mente a figura de um ancião, barbas longas, brancas, muitas vezes sentado em um
majestoso trono, a cuidar das coisas daqui de baixo...
A herança cultural que carregamos nos traz essa imagem que, ao ser analisada mais detidamente, vemos ser
distante do que possa ser real.
Vejamos: Em que parte do espaço estaria Deus olhando para baixo?
Qualquer que seja essa resposta, nos perguntaríamos: E os outros planetas, os outros corpos celestes, que estarão
acima, ao lado, atrás... Como Ele cuidará de todos esses, se já não estarão sob Seu olhar?
Ainda, por que a figura de Deus como um ancião? Será que Ele já foi jovem um dia? O tempo Lhe alterou o
semblante, como acontece conosco?
E como pode o tempo alterar a figura de Deus, se Deus é a causa primeira, a origem de todas as coisas?
Podemos nos perguntar ainda, por que a figura masculina a representar Deus? Não poderia ser uma figura
feminina, como acreditavam algumas culturas antigas?
***
Na dificuldade de transcender nosso pensamento, damos a Deus a figura humana, emprestamos ao Criador do
céu e da Terra a pobre imagem humana, como se isso fosse suficiente e mesmo necessário para ver e entender
Deus.
Ao considerarmos Deus como a Inteligência Suprema e a causa primária de todas as coisas, já não teremos a
necessidade de representar a figura de Deus.
Como O sabemos a causa e origem de tudo é fácil entender que não há como representá-lO na limitação de nosso
pensamento e sentimento.
Percebemos que, se ainda não conseguimos entendê-lO ou não há como representá-lO, já O podemos sentir.
E sentimos Deus ao contemplar um pôr-do-sol a desdobrar o céu em inúmeros matizes, colorindo o horizonte, a
cada dia, de maneira diferente.
Sentimos o Criador e toda a pujança do Seu amor a nos tocar, na grandiosidade da natureza que se faz bela,
harmoniosa e generosa, dando-nos o suporte para a vida física no planeta.
Sabemos da presença de Deus quando nos emocionamos com o milagre da vida, que se repete infinitas vezes no
ventre materno, permitindo que uma simples célula dê origem a um organismo complexo e ordenado, após nove
meses de elaboração.
Se não conseguimos representar, entender ou ver Deus, já é possível tê-lO em nossa intimidade.
Sem a necessidade de materializar ou personificar Sua figura, mas apenas senti-lO, nos mínimos detalhes da vida.
Seja no microcosmo, na intimidade da organização celular, ou no macrocosmo, nas galáxias e estrelas infindas, aí
estará a presença de Deus e de Seu amor, a cuidar de cada um de nós, Seus filhos.
***
Multiplicaram-se, através dos tempos, variados conceitos a respeito de Deus.
Por mais complexos, sempre se tornaram insuficientes para expressar toda a grandeza do Criador.
Somente Jesus logrou fazê-lo com perfeição, utilizando-se de uma linguagem simples, no entanto, portadora de
alta carga racional e emocional, chamando-O de Pai.
O designativo excelente preenche todas as lacunas deixadas por outras definições e referências.
Deus é o Pai Criador, o Genitor Divino, a Causa Incausada de todos os seres e de todas as coisas.
Enfim Deus é a Causa primária de todas as coisas, conforme explicado no ítem 1 do Livro dos Espíritos.
***
Lembremo-nos que somos filhos de Deus, cujo amor inunda o universo e se encontra presente nas fibras mais
íntimas do teu ser.
102
Poucas vezes nos damos conta de que a maneira com que conduzimos nossa vida, a escolha de nossos valores, nossa
postura e nossas ações são verdadeiras sementes que lançamos na estrada da vida.
E, de igual forma, obedece às normas de todo plantio. Ou seja, podemos escolher o tipo de semente, porém, uma vez
semeada, é lei da vida que a colheita aconteça, recolhendo exatamente o resultado da semeadura.
Assim, conforme o que ofertemos à vida, ela nos oferece, de retorno, os resultados devidos.
Portanto, sofrimentos ou alegrias são resultantes das nossas ações.
Não somos poucos aqueles que nos incomodamos com a quantidade de pessoas que nos cercam e se mostram
dissimuladas, preocupadas com a aparência, com o exterior.
Contudo, não nos apercebemos de que também o nosso agir é de uma complexidade desnecessária, formado de
preocupação com formalidades, títulos e reconhecimentos externos.
Consequentemente, é natural que se encontrem, em nosso círculo pessoal, muitos que procedam dessa forma, por nós
mesmos influenciados.
***
Quando pautarmos nossas ações na simplicidade e na generosidade, outros serão os que se acercarão de nós.
Assim também percebemos em nosso entorno pessoas tocadas pela frieza no agir e que mantêm um certo
distanciamento.
Entretanto, é possível que assim procedam em decorrência da indiferença com que tratamos dores e dificuldades de
nosso próximo.
Um pouco mais de compaixão em nosso olhar por certo atrairá corações mais generosos.
E, quando nos perturbar a rudeza com que alguns nos tratam, a rispidez com que se relacionam conosco, reflexionemos
se isso não se deve à forma como nós mesmos nos comportamos, sem gentileza, consideração ou brandura perante os
sentimentos alheios.
Talvez eles assim procedam pela excessiva e contundente franqueza com que insistimos em pautar nossos
relacionamentos.
Verifiquemos se não deixamos de utilizar palavras gentis e nobres, de olhar com compreensão para as dificuldades do
outro.
Esses que possam se sentir maltratados por nossa forma de agir, poderão optar por retribuir da mesma forma,
pautando-se pelo nosso modo de nos relacionarmos com eles.
De tudo isso, percebemos que se desejamos que o mundo modifique, não precisamos ir além de nosso próprio círculo
de relacionamento pessoal.
***
A chave de muitos problemas está em nós mesmos.
Um olhar mais atento sobre nosso agir fará grande diferença. Uma análise da qualidade dos sentimentos e valores que
oferecemos ao nosso próximo, nos dirá o que devemos modificar na própria conduta.
E poderemos, então, ser aqueles que, oferecendo simpatia, cortesia, gentileza, atenção para o outro, promovamos o
sadio contágio desse proceder.
A partir disso, modificaremos o nosso entorno. Consequentemente, o mundo que nos cerca, e numa progressão
sucessiva sempre mais adiante.
Quando em nosso coração abrirmos mais espaço para a compreensão, indulgência, compaixão e benevolência, teremos
a possibilidade de transformar o local onde vivemos, trabalhamos, servimos.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #bem #bondade #simplicidade #autoconhecimento #comportamento #vida #reformaíntima
#reformaintima
105
Por vezes, erguemo-nos pela manhã envoltos em nuvens de tristeza. Se alguém nos perguntar a causa,
com certeza não saberemos responder.
Naturalmente, atravessamos as nossas dificuldades. Não há quem não as tenha. É o filho que não vai
bem na escola, o marido que vive a incerteza do desemprego, um leve transtorno de saúde.
Nada, contudo, que seja motivo para a tristeza profunda que nos atinge.
Nesse dia tudo parece difícil. Saímos de casa e a entrevista marcada não se concretiza. A pessoa que
marcou hora conosco cancelou por compromisso de última hora. E lá se vão as nossas esperanças de
emprego, outra vez.
O material que vimos anunciado com grande desconto já se esgotou nas prateleiras, antes de nossa
chegada. A fila no banco está enorme, o cheque que fomos receber não tinha saldo suficiente.
É... Nada dá certo mesmo! Dizemos que nem deveríamos ter saído de casa, nesse dia. Agora, à tristeza
se soma o desalento, o desencanto.
Consideramo-nos a última pessoa sobre a face da Terra. Infelizes, abandonados, sozinhos.
Ninguém que nos ajude.
E, no entanto, Deus vela. Ao nosso lado, seguem os seres invisíveis que nos amam, que se interessam
por nós e tudo fazem para o nosso bem-estar.
O que está errado, então? Com certeza, a nossa visão do que nos acontece.
***
Quando a tristeza nos invade no nascer do dia, provavelmente tivemos encontros espirituais, durante o
sono físico, que para isso colaboraram.
Seja porque buscamos companhias não muito agradáveis ou porque não nos preparamos para dormir,
com a oração. Seja porque reencontramos amores preciosos e os temos que deixar para retornar à nossa
batalha diária, entristecendo-nos sobremaneira.
Ao nos sentirmos assim, busquemos de imediato a luz da prece, que fortalece e ilumina, espancando as
sombras do desalento.
Abrir as janelas, observar a natureza, mesmo que o dia seja de chuva e frio. Verifiquemos como as
árvores, quando castigadas pelos ventos e pela água, balançam ao seu compasso.
Passada a tempestade, se recompõem e continuam enriquecendo a paisagem com seus galhos, folhas,
flores e frutos.
Olhemos para as flores. Mesmo que a chuva as despedace, elas, generosas, deixam suas marcas
coloridas pelo chão, ou permitem-se arrastar pela correnteza, criando um rio de cores e perfumes pelo
caminho.
Aprendamos com a natureza e afugentemos o desânimo com a certeza de que, depois da tempestade,
retornará o tempo bom, o sol, o calor.
Não nos permitamos sintonias inferiores, porque se vibrarmos mal, nos sentiremos mal e, naturalmente,
tudo se nos tornará mais difícil.
Nunca estaremos sós. Jesus está no leme das nossas vidas, atento, vigilante, e não nos faltará em nossas
necessidades.
Se estamos tristes, abramos os ouvidos para as melodias da vida, melodias que soam das mais profundas
regiões do Amor Celeste.
106
Busquemos ajuda, peçamos socorro, não dando campo a essas energias de modo que possamos, na
condição de filhos de Deus, alegrar-nos com tudo quanto o Pai construiu e colocou à nossa disposição a
fim de que pudéssemos crescer, amar e servir.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 105, explica:
A tristeza é mensageira de sofrimento.
Não te prendas a ela, nem te permitas contaminar pelos seus miasmas.
É certo, que nem todos os dias são claros e ricos de alegria.
Há ocasiões em que o sofrimento parece dominar os quadros da tua atividade. No entanto, examinadas
as dificuldades e sentidas as dores, faze sol íntimo, afugentando a tristeza da tua mente, a fim de que
mais facilmente superes os acontecimentos provacionais.
O cultivo da tristeza abre campo a várias enfermidades da mente, da emoção e do corpo.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #emoções #paciencia #tristeza #comportamento #vida #Deus #fé #vigiareorar #vidafeliz
107
O homem acordou pela manhã e recordou-se de algo que lera em um livreto: Comece o dia na luz da
oração. O amor de Deus nunca falha.
E então decidiu orar:
Senhor, hoje, até o momento, me comportei bem.
Não fofoquei. Não me zanguei. Não fui ganancioso, mal-humorado, precipitado ou egoísta.
Estou realmente satisfeito com isso.
Mas, em poucos minutos, Senhor, vou me levantar, e daí em diante, provavelmente vou precisar de muito
mais ajuda. Obrigado.
***
Assim mesmo é a prece. Um diálogo franco com a Divindade, onde o ser expõe a própria alma.
Não há necessidade de longas frases, nem de palavras ensaiadas. É o que a alma sente e deixa
transbordar.
Um pedido simples, mas profundo. Um pedido de quem reconhece que a necessidade maior reside em
si mesmo, nas suas deficiências morais.
Um exame de consciência e um pedido de socorro.
A resposta é exatamente a fortaleza para vencer, a pouco e pouco, as dificuldades íntimas e ir vivendo
melhor a cada dia, conquistando a paz.
Devotando-se ao trabalho, sem se deter a observar defeitos alheios e muito menos a comentá-los,
semeia-se tranquilidade no ambiente profissional.
Não se permitindo envolver pelas teias do nervosismo, da inquietação, os problemas vão sendo
solucionados um a um, na medida em que surjam.
Sem desejar possuir em demasia, usufruir de todos os prazeres que os bens terrenos oferecem, o
homem se entrega às lutas do cotidiano, sereno e confiante.
Não se permitindo o mau humor por coisa nenhuma, por um contratempo no trânsito, um defeito
mecânico no carro, um funcionário que não atende aos deveres, a criatura distribui serenidade onde se
encontre.
Sem precipitação, ouve o seu semelhante até o fim, antes de dar respostas que nem sempre atendem
ao que o outro deseja.
Deixando de lado o egoísmo, o homem se sente feliz em compartilhar o de que disponha e se torna uma
pessoa amiga, prestativa.
Compartilhar coisas pequenas, simples, como oferecer uma carona a um vizinho, emprestar um livro,
indicar uma boa leitura.
Compartilhar o que detenhamos inclui os valores intrínsecos do ser, que tem a ver com a vida e os seus
objetivos.
***
Portanto, compartilhemos a nossa certeza da existência de Deus, da imortalidade da alma com aqueles
que se debatem no mundo, sem fé, sem rumo, sem objetivos.
E guardemos a certeza de que, se assim rogarmos a Deus que nos ajude, Ele estará conosco, auxiliando-
nos nessas pequenas grandes autoconquistas diárias, que somente redundarão em felicidade para nós
mesmos.
Cada dia é um presente especial que Deus concede aos homens.
110
Cada dia é de tal forma único, que nunca se repete. Observemos como o sol rompe a treva da noite,
trazendo a manhã radiante, sempre com um novo colorido.
As flores de ontem não estão exatamente iguais hoje. As gotas da chuva que caem em abundância não
são aquelas que rolaram em dias anteriores.
Tudo é novo a cada dia. Essa é a grande mensagem de Deus para os homens: a renovação da
oportunidade de crescer, melhorar-se e ser feliz.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 17, nos aconselha:
Não desconsideres o valor e o poder da oração.
O corpo necessita de alimento adequado para manter-se. Assim também o Espírito, que é a fonte de
vitalização da matéria.
A prece constitui um combustível de alta qualidade para a sua harmonia.
Adquire o hábito dê orar, incorpora-o aos outros mecanismos naturais da tua existência e constatarás os
benefícios disso decorrentes.
Não te negues o pão da vida, que é a prece sincera e afervorada.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #oração #prece #conselhos #dificuldades #comportamento #vida #Deus #evolução
#autoconhecimento
111
Determinados períodos de nossas vidas parecem ser invadidos por sequenciados momentos tormentosos que
nos fazem esmorecer.
Amores queridos dão a impressão de marcarem seus retornos ao plano maior em datas muito próximas, não
nos dando tempo de refazer as emoções para o novo embate.
A realidade financeira faz balançar nossos negócios e afazeres.
Situações familiares de grande repercussão nos deixam anestesiados, sem encontrar saídas condizentes para
o reequilíbrio das emoções.
Muitos questionam a presença ou a ausência de Deus, do anjo da guarda, de uma proteção que nos é devida,
pois que nos sentimos fragilizados...
De fato, momentos existem que nos levam a provas imensas, como que testando nossa possível ligação com
algo ou alguém que nos possa sustentar, nos dar alívio.
Nessas horas, sentimos uma incapacidade que parece tomar conta de todas as nossas forças.
Arriamos nossa coragem e nos deixamos arrastar pelas circunstâncias que se apresentam totalmente
negativas.
O que fazer em situações como estas?
***
Importante não nos deixarmos levar por essas ondas mentais desfavoráveis.
Necessário se faz, em momentos assim, que não esmoreçamos, mas sim que busquemos tranquilizar nossos
corações e bebamos da linfa reconfortadora: a água viva, que Jesus ofertou à mulher samaritana, à beira do
poço de Jacó!
Somente buscando os ensinamentos do Mestre querido poderemos preencher os vazios que a vida vai
deixando em nós.
Ao nos ligarmos aos ensinamentos maiores, recordamos que Deus não põe em nossas costas fardo mais
pesado do que possamos carregar.
Relembramos que as dificuldades, quando aceitas com resignação, amor e paciência, tornam o fardo mais
leve.
Entendemos que, no momento da dor, quanto mais nos debatemos, irados ou inconformados, mais nos
machucamos, e multiplicamos o próprio sofrer.
Quanto mais reclamamos e maldizemos a sorte, mais fermenta em nós a ideia de que somos vítimas,
inspirando aos outros sentimentos de piedade, que nem sempre é o que precisamos.
***
Importante constatarmos que esses dias difíceis são de provas, de desafios, e não de desencanto e cessação de
esforços.
Nesses momentos, maior deve ser nosso investimento de energias para combater o desânimo.
Mais cuidadosa deve ser a aplicação dos valores morais na batalha que enfrentamos.
Depois da tempestade, o sol voltará a brilhar, clareando as dúvidas e nos dando ânimo e coragem, para o
recomeço.
O pessimismo desaparece e a disposição da alegria vibra no coração, impulsionando novos investimentos!
***
Todos, na face da Terra, passamos por dificuldades variadas, e cada qual responde com o arsenal moral
que possui.
Enriqueçamo-nos de valores morais para melhor superarmos nossas dificuldades.
Deus é Pai de amor, bondade e justiça, e não desampara ninguém.
Pensemos nisso!
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 14, do livro MOMENTOS DE SAÚDE por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #dificuldades #problemas #autoconfiança #pensamento #vigiareorar #vida
#comportamento #desânimo
112
Um homem, desiludido da vida, foi em busca de um profissional, pois precisava de ajuda para o seu peito
oprimido.
Começou dizendo que não amava mais sua mulher, e por isso, queria se separar.
O terapeuta o observou e lhe disse que seu caso era simples, desde que esclarecidos determinados pontos.
Continuou, falando que ele deveria amar sua esposa e tratá-la com ternura.
Inquieto, o homem afirmou que não sentia mais nada pela sua mulher, e que precisava de ajuda para
conseguir separar-se dela.
Novamente, ouviu que deveria amá-la com ternura.
Aquele homem, que esperava uma solução simples, prática e plausível, sentiu-se muito desconfortável.
Diante disso, falou o profissional, dando um novo colorido à situação:
Amar é uma decisão, não é apenas um sentimento.
Amar é dedicação e entrega, é ternura e carinho.
Amar é um verbo, e o fruto dessa ação é o amor.
O amor é um substantivo, um exercício de jardinagem.
É preciso arrancar o que faz mal, pela raiz, preparar o terreno, semear, ter paciência, regar, cuidar...
Podem aparecer pragas, vir a seca, nem por isso devemos abandonar o jardim.
Assim, devemos amar nosso par, aceitá-lo, valorizá-lo, respeitá-lo, dar amor e ternura, admiração e
compreensão.
Por isso é que o caminho mais correto para o seu caso, é amar.
Ame simplesmente, ame!
E aquele homem, antes desconfiado, agora pensativo, saiu com o firme objetivo de pensar naquela receita:
amar é um verbo, uma ação. Amor é um substantivo, um exercício.
***
Descartar o que, aparentemente, não mais nos serve e incomoda, é muito prático e conveniente.
Não exige muito, apenas um pouco de coragem e ousadia.
Quando, porém, nossos sentimentos amadurecem e passamos a desejar ao outro o que queremos para nós,
tudo muda.
Benditos sejam os que fazem pensar, meditar.
Abençoados os que nos mostram a situação vivenciada sob um ângulo mais claro.
A vida é uma escola, onde as lições de cada dia servem de despertador, para fazer acordar determinadas
situações.
Temos necessidade de descobrir os potenciais ocultos em nós próprios.
Sempre é momento de dedicarmos carinho, ternura e amor, a quem compartilha nossos caminhos na vida.
Aprendemos que é necessário fazer o bem na medida de nossas forças.
Mais: que responderemos por todo o mal que resultar do bem que não fizermos.
Assim sendo, não podemos nos considerar inúteis.
Deus está presente em nós.
Busquemos auxílio e auxiliemos nossos amores a crescerem na vida.
***
Os tesouros de bondade, levamos no coração, para serem espalhados ao nosso redor.
113
Mesmo que não tenhamos a riqueza da cultura intelectual, sempre podemos espalhar a riqueza dos bons
sentimentos.
Podemos não ser imensamente felizes, mas poderemos nos felicitar com o bem-estar que semearmos.
A vida nos apresenta oportunidades a cada novo dia.
Somos filhos de Deus, e estamos mergulhados no Seu amor.
Se ainda não começamos a agir de acordo, sempre é tempo de começar.
A inteligência sem amor nos faz perversos.
A vida sem ternura e amor não tem sentido.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 21, afirma:
O amor é tônico da vida.
Quando se centraliza nos interesses inferiores do sexo e das paixões primitivas, torna-se cárcere e deixa de
ser o sentimento elevado, que dignifica — libertando.
Examina os teus sentimentos, na área afetiva e observa se eles te desarmonizam ou tranquilizam.
Através da sua qualidade, detectarás, se amas ou apenas desejas.
O verdadeiro amor supera o egoísmo e trabalha sempre em favor da pessoa querida.
Ama, portanto, sem escravizar aquele a quem te devotas, não se lhe escravizando também.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #amor #ternura #compreensão #comportamento
114
83 - A TRANSITORIEDADE DA VIDA
Em face das preocupações que te ocupam a tela mental, levando-te a inquietações desnecessárias, seria
válido que fizesses uma avaliação em torno de teu comportamento.
Convidamos a uma rápida análise de fatos ocorridos em tua existência.
Retorna, psiquicamente, há apenas cinco anos, no teu passado recente e procura recordar as aflições
que então te maceravam a alma.
Enfermidades que te minavam o organismo, ameaçando-te a existência física; problemas de sentimento
emocional que te entristeciam; solidão amarga em que te refugiavas; incertezas no trabalho que te
oferecia recursos para uma vida honrada; expectativa em torno de metas que pareciam tardar;
abandono de amigos que se apresentavam como irmãos...
Mudemos a tônica das lembranças.
Talvez estivesses cercado pela ternura de afetos que te afirmavam ser de natureza eterna; possuías
saúde e equilíbrio orgânico invejáveis; quem sabe tivesses motivações emocionais para avançar;
independência econômica, segurança no trabalho, bem-estar social e harmonia doméstica.
Cinco anos. Em apenas cinco anos, observa quantas mudanças ocorreram no trânsito das tuas horas.
As enfermidades ameaçadoras partiram, os males desapareceram, o trabalho se te afirmou ideal, novos
amigos vieram ter contigo...
Surgiram metas promissoras e não poderias supor, naquela ocasião que, em determinado momento
futuro, te encontrarias fortalecido e alegre, considerando os problemas então vigentes.
Cinco anos… Provavelmente, o afeto que acariciavas saiu do teu lado, deixando-te em aflição; a saúde
bateu em retirada, os sentimentos ficaram em transtorno...
O ganha-pão tornou-se-te lugar de sofrimento; os recursos de que dispunhas mudaram de mãos; a
convivência social modificou-se em relação às pessoas...
E ainda, o lar, que parecia tão bem estruturado, encontra-se em frangalhos...
Essas ocorrências tiveram lugar em somente sessenta meses!
***
A existência humana é transitória e cheia de surpresas.
O que parece duradouro, torna-se de rápida permanência.
A segurança diminui ou a intranquilidade asserena-se.
Tudo está em constante modificação.
O importante é saber como conduzir-se nas múltiplas etapas em que a vida se manifesta.
Ninguém se encontra, na Terra, em regime de exceção, portanto, sem ocorrências inesperadas, tanto
boas quanto más, alegres quanto aflitivas.
Sendo um planeta de provações e de expiações, a transitoriedade é a sua marca.
O que é muito bom, porque, da mesma forma que as questões gentis e felizes alteram-se, também
aquelas de natureza destrutiva, angustiante, cedem lugar a outras mais amenas e confortadoras.
Não fosse assim, e ninguém suportaria a presença do sofrimento sem consolo, nem esperança.
Desse modo, nunca te permitas perturbar por acontecimentos que fazem parte do teu currículo
evolutivo, já que tudo ocorre de acordo com a programação básica mais útil à tua libertação espiritual.
Nos momentos bons, carreguemos as forças, o ânimo. Nos momentos pesarosos, aprendamos,
reflitamos e, em todos eles, continuemos crescendo para Deus.
115
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 169, aconselha:
Vez que outra acompanha um féretro, a fim de aprofundares reflexão no fenômeno biológico da vida e
no da morte.
Diante da ocorrência com os outros, poderás despertar para o que te irá suceder, inevitavelmente.
A eternidade é do Espírito, enquanto a experiência do corpo é transitória e breve.
Por este momento tens a sensação de que tudo está bem e será duradouro. Até quando, porém? E qual
a garantia que tens, a respeito do prazo que te está concedido?
Assim, vive bem; entretanto, não descartes a possibilidade do teu retorno, o que, aliás, é o mais seguro
de todos os acontecimentos.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 28, do livro O AMOR COMO SOLUÇÃO por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #amor #transitoriedade #preocupações #autoconhecimento #avaliação #vida #comportamento #reflexão
#desencarne
116
84 - TESTAMENTOS
Você já se deu conta de que, de modo geral, costumamos doar nossos bens, somente após a morte?
Naturalmente, isso equivale a dizer que legamos nosso patrimônio a parentes próximos ou distantes, registrando
em testamento as nossas vontades.
Estabelecemos divisões equitativas ou não, dispondo de bens móveis e imóveis, joias, títulos financeiros, cédulas
e moedas, em favor dos que permanecem na carne.
Alguns de nós, mesmo nessas disposições últimas, impomos condições aos herdeiros a fim de que possam colocar
as mãos no que lhes legamos.
Registramos desejos absurdos que retratam, em síntese, que mesmo partindo para a vida espiritual, pretendemos
prosseguir a comandar vidas alheias, graças aos legados que lhes dizemos doar.
Por vezes, vamos ao ponto de determinar o que os herdeiros deverão fazer com os valores que lhes dispensamos.
Colocamos cláusulas testamentárias estabelecendo que certas porcentagens sejam direcionadas à prática da
caridade, de forma direta ou através de instituições.
Nesse caso, convenhamos, se somos cristãos sabemos que é nosso dever atender o irmão sofredor, o quanto
antes, e por nós mesmos pois que Jesus nos ensinou que mais importante do que dar é dar-se.
Igualmente temos consciência de que o bem só tem valor real quando parte do coração e ao coração se dirige.
O que quer dizer que distribuição do que quer que seja, por imposição, não trará jamais o selo do amor e da
doação espontânea.
***
Temos a pensar ainda que, se durante os anos de nossa vida, não nos esmeramos em exemplificar a caridade, se
não nos preocupamos em ensinar aos filhos, netos, sobrinhos, ou quem quer que seja, o verdadeiro sentido da
caridade, como pretendermos que eles a pratiquem, sob dispositivo de cláusula testamentária?
Cumpre-nos revisar nossa postura perante a vida.
Primeiro, iniciando a partilha do que excede em nossos armários, sejam roupas, calçados, alimentos, livros etc.
Segundo, educando aqueles por quem somos responsáveis, à meridiana luz do verdadeiro Cristianismo.
Tudo isso, enquanto é tempo, enquanto estamos a caminho, enquanto a lucidez nos comanda o raciocínio.
Repartir o pão do corpo e da alma, distribuir o de que disponhamos, em favor do nosso irmão, é medida que
prescreve o Cristianismo, desde os versos primeiros da Boa Nova.
***
Você sabia que os recursos amoedados devem sempre ser entendidos como meios e não como meta em nossas
vidas?
E que na Terra, as coisas têm o valor que lhes damos? Entre outras, o dinheiro tem o peso exato que lhe
oferecemos.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 188, nos aconselha:
Nunca te omitas ante a tarefa de auxiliar.
Não somente com o dinheiro, a posição social relevante, o poder se dispõe de recursos para ajudar.
A palavra gentil é geradora de estímulos e valores que logram resultados preciosos.
O verbo tem erguido civilizações, como levado multidões à guerra, à destruição.
117
Usa a palavra para socorrer, emulando as pessoas caídas a levantar-se, os que dormem a despertar, os
errados a corrigir-se, os agressivos a acalmar-se.
Fala com elevação e bondade, tornando-te microfone fiel a serviço do bem.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Verbete DINHEIRO, do livro REPOSITÓRIO DE SABEDORIA, v.1 por Joanna de Ângelis e
Divaldo Franco
***
#momentoespirita #caridade #dinheiro #possesmateriais #autoconhecimento #comportamento #vida #testamento #conselhos
#vidafeliz
118
85 - O EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA
Jesus, nosso Mestre e Guia, com toda Sua bondade e amor nos ensinou que não devemos nos inquietar com o
amanhã, pois Deus, Nosso Pai, conhece todas as nossas necessidades e cuida de todos nós.
Ninguém está sozinho e desprotegido.
Todos nos encontramos sob o amparo e a proteção do Pai Celestial.
Por que, então, ficamos inquietos com as ocorrências da vida?
Se confiamos em Deus e em nosso Irmão Maior Jesus, por que nos afligimos tanto?
Importante seria fortalecermos a nossa confiança para vivermos de forma mais tranquila.
Uma virtude que nos pode auxiliar nesse objetivo chama-se paciência.
Ela nos poderá auxiliar a ter mais serenidade com os acontecimentos do presente e mais confiança no que poderá
ocorrer no futuro.
***
A PACIÊNCIA é a medida metódica e eficaz que ensina a produzir no momento exato a tarefa correta.
Sirvamo-nos desse recurso.
Devemos agir sempre, cumprindo com nossas obrigações e buscando alcançar nossos objetivos.
No entanto, nosso agir deve ser sem precipitação, sem a exagerada euforia do primeiro momento, que não se
mantém com o tempo.
Diante das dificuldades que a vida nos apresenta, a impaciência não nos ajudará a superá-las.
Ao contrário, poderá perturbar ou destruir as nossas resistências.
Precipitação traduz desarmonia, perturbação, com agravante desconsideração ao tempo.
Por isso, se faz importante que façamos exames detalhados da situação, a partir de uma reflexão ponderada, antes
da tomada de qualquer decisão e atitude.
Para essa reflexão, a paciência pode ser uma importante companheira.
***
A paciência significa autoconfiança.
O que hoje não consigamos, perseverando com dignidade e paciência, haveremos de alcançar amanhã.
Lembremos que a vida é semelhante a uma escola.
Cada um dos integrantes do grupo escolar deve cumprir o seu papel para que a escola funcione de forma eficaz e
atinja seus propósitos, que é a educação.
Cada aluno deve adquirir, ao longo de sua permanência na escola, os conhecimentos e habilidades necessárias
para uma vida digna.
Para tanto, devem se dedicar na análise dos problemas, dos textos, das questões apresentadas.
Com reflexão e uso dos conhecimentos adquiridos, buscar o entendimento e a solução para as situações propostas.
Também precisam realizar provas, que são os momentos de avaliação do conhecimento obtido ao longo de um
período.
Muitos estudantes não alcançam êxito nas provas, não pelo desconhecimento do conteúdo, mas pela ansiedade
na sua realização.
A paciência, também, nesses casos, se faz imprescindível.
É, igualmente, na escola que os alunos desenvolvem a sociabilidade, aprendendo no convívio com os outros
colegas, professores e funcionários, o respeito e a solidariedade.
***
A paciência é a virtude que nos auxilia na conquista dos bens do corpo, da alma e da sociedade.
Ela ensina a técnica de como se deve aguardar, quando não se pode ter imediatamente o que se deseja.
119
Assim, aprendamos a controlar nossa irritação pois a paciência nos auxiliará a tudo vencer.
Reflitamos sobre essa virtude e passemos a colocá-la em prática em nossas vidas.
Acalmemo-nos, pensemos um tanto mais, a fim de alcançar a melhoria das condições de nossas vidas e do serviço
no bem.
Sirvamo-nos da paciência para agirmos, produzirmos o que seja positivo, e irmos, a pouco e pouco, descobrindo a
felicidade que está ao nosso alcance.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 34 do livro CONVITES DA VIDA, v.1 por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #paciência #paciencia #autoconfiança #autoconhecimento #comportamento #vida
#dever
120
***
Você é uma Consciência ímpar.
Pode até imitar muito bem outras pessoas, mas ainda nisso você será sempre único.
Seu perfume espiritual é único. Suas emoções são intransferíveis.
Deus criou você para que seja você mesmo, ninguém mais.
Pense nisso, e busque vencer os próprios limites para ser cada dia melhor que na véspera.
***
Extraído do Momento Espírita (título original: Auto-superação)
***
#momentoespirita #limites #autoconfiança #autoconhecimento #comportamento #vida #fé #conquistas
#dificuldades
122
87 - RECLAMAR E EXEMPLIFICAR
Afirma um provérbio popular que o homem é senhor das palavras não ditas, mas escravo das que profere.
Isso porque, após pronunciadas, são como penas ao vento. Impossíveis de serem recolhidas.
Os homens públicos, não poucas vezes, têm se dado muito mal por falarem, de forma apressada, sem
refletirem, expressando o que lhes vêm à mente, de rompante.
Por mais que, posteriormente, busquem ajustar, acertar, dificilmente são sanados os efeitos, na
totalidade. Mesmo porque muitos dos que ouviram, inicialmente, poderão não ser alcançados pelas
explicações dadas posteriormente.
No relacionamento entre patrões e empregados, a questão não se faz diferente.
Funcionários podem ser dispensados por terem utilizado mal o verbo, desrespeitando colegas ou
superiores. Ou por passarem informações inverídicas, comprometendo a imagem da empresa.
Por sua vez, patrões que não têm a devida sensibilidade, podem sofrer ações punitivas, quando agridem
verbalmente aos seus empregados.
Entre amigos, a questão se faz ainda mais delicada.
Confidências feitas nos momentos em que tudo vai bem são repassadas, sem critério, a muitos, quando
o laço afetivo se rompe.
Aquele que desvelou o mundo íntimo fica corroído de tristeza e inseguro, ante a possibilidade de não
serem honradas as reservas que o assunto requer.
O outro, por sua vez, seja por maldade ou por revanchismo, resolve tudo espalhar, denegrindo a imagem
do que lhe era amigo até há pouco.
***
Nos dias atuais, com as facilidades das redes sociais, esse procedimento tem tomado maior vulto.
Sem refletir, pessoas informam a muitas outras, questões que deveriam ser confidenciais. Também
inverdades, calúnias, maldades.
Pela rapidez, logo alguém é alvo de suspeitas, queixas e olhares críticos.
Assim se destroem reputações de indivíduos e de instituições.
Por vezes, totalmente infundadas, as notas alcançam o alvo, amolentando as forças do agredido,
provocando-lhe distúrbios físicos e psíquicos. Ou criando, no caso de instituições, entraves de variada
ordem.
***
Por tudo isso, os que nos dizemos ser os seguidores de Jesus, necessitamos repensar nossa forma de
agir.
Não utilizemos a palavra escrita ou falada para denegrir pessoas ou instituições.
Reflitamos antes, ponderando se o que nos move não é simplesmente o egoísmo, ou a inveja ou
qualquer outra paixão menos feliz.
Nesse caso, refreemos o impulso. Se nosso intuito é de ajudar, o primeiro a ser procurado é o próprio
interessado.
Se, alertado, ele não se deseja modificar, deixemo-lo. Assim também age a Divindade para conosco, não
nos violentando a vontade.
Que bem nos fará divulgarmos o que de errado pratica alguém? A quem aproveitará?
Se nos move o intuito de preservar trabalhos, instituições, ainda aí guardemos reserva.
125
89 - APRENDER HOJE
Existem muitas oportunidades na vida que perdemos por estarmos olhando na direção oposta. Ou, por
estarmos distraídos, e só nos darmos conta quando a brisa da sua passagem nos atinge, ou seja, tarde
demais.
Existem criaturas infelizes, no mundo, porque não pronunciaram certas palavras, não tomaram
determinadas atitudes, enfim, não fizeram algo que lhes teria sido muito importante.
Foi certamente pensando em tudo isso, que William Shakespeare escreveu o poema EU APRENDI e
que, numa tradução livre, diz mais ou menos assim:
Eu aprendi que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha.
Eu aprendi que basta uma pessoa nos dizer: “Você fez meu dia”, para ele se iluminar.
Eu aprendi que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo.
Eu aprendi que ser gentil é mais importante do que estar certo. Eu aprendi que sempre podemos orar
por alguém quando não temos a força para ajudá-lo de alguma outra forma.
Eu aprendi que não importa quanta seriedade a vida nos exija, cada um de nós precisa de um amigo
brincalhão para se divertir junto.
Eu aprendi que, algumas vezes, tudo de que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para
nos entender.
Eu aprendi que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos.
Eu aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.
Eu aprendi que ignorar os fatos não os altera.
Eu aprendi que cada pessoa que conhecemos deve ser saudada com um sorriso.
Eu aprendi que devemos sempre ter palavras doces e gentis, pois amanhã talvez tenhamos que engoli-
las.
Eu aprendi que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar nossa aparência.
Eu aprendi que não podemos escolher como nos sentir, mas podemos escolher o que fazer a respeito.
Eu aprendi que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre
enquanto estamos escalando a montanha.
E, finalmente, eu aprendi que quanto menos tempo temos, mais coisas conseguimos fazer.
***
Se temos avós no lar, aproveitemos para lhes ouvir as histórias das suas vidas. Aproveitemos a sua
sabedoria antes que eles partam para as terras espirituais e fiquemos amargando a saudade.
Se temos crianças no lar, aproveitemos para lhes observar o sono, povoado de sonhos doces e ainda
frescos dos orvalhos das manhãs.
Aprendamos com elas a nos entregar ao sono em tranquilidade e paz, usufruindo de cada momento para
uma verdadeira recomposição das forças da alma.
Se temos conosco mãe, pai, um amor, digamos hoje, enquanto o sol brilha e as nuvens espalham manchas
brancas no céu azul, digamos o quanto eles são importantes para a nossa vida, o quanto os amamos, o
quanto os queremos bem.
Façamos isso hoje, já, agora, antes que o dia passe, a noite venha e as palavras morram, estranguladas,
em nossa garganta, pela oportunidade desperdiçada, outra vez.
***
Toda pessoa que pensa, enfrenta problemas e desafios, porquanto a vida no corpo transcorre sob a
ação de variadas situações difíceis.
Aprendamos a conviver com eles, tentando resolvê-los, quanto possível, sozinhos. Se não o
conseguirmos, busquemos a experiência de outrem e lutemos até solucioná-los no momento próprio.
Não empurremos nossos problemas para outrem, pois eles também tem os seus, mesmo que não o
demonstrem.
127
É desrespeito sobrecarregar o próximo com os nossos problemas, sem considerar as aflições que,
certamente, lhe pesam sobre a existência.
Um problema hoje solucionado é lição para os que estão por vir.
Aprendamos a resolvê-los, para viver em paz.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Tradução livre do texto I have learned, de William Shakespeare e livro VIDA FELIZ, 190.
***
#momentoespirita #aprendizado #autoconhecimento #comportamento #reflexão #dificuldades #aprender
#problemas
128
A família é referência fundamental para qualquer criança. É o seu primeiro espaço de convivência.
O mundo se transforma constantemente, os conceitos mudam, os valores se alteram, mas nada destrói a importância
da família.
Não importa qual seja a sua aparência, a sua formação, o seu ritmo, é na família que se aprende e se fortalecem os
valores éticos.
É onde se vivem sagradas experiências afetivas, emocionais e morais.
É o primeiro espaço que ocupamos no mundo, e nada a substituirá em nossos corações.
É o verdadeiro ninho de sobrevivência e proteção onde o grupo cria e alimenta laços de estima insuperável, capaz de
promover a solidariedade e instaurar as bases do amor.
É no seio familiar que se faz a transmissão de valores, costumes e tradições de um clã.
***
Quando se realiza uma boa educação dentro do lar, seus elementos levarão consigo uma base sólida e segura para os
desafios da sociedade.
Mesmo com os problemas que ocorrem cotidianamente, é junto da família que construímos a fortaleza que nos
protegerá e sustentará nas lutas da vida.
Sem a família, com toda a importância que representa para as criaturas, o mundo seria um verdadeiro caos.
O diálogo, a amizade, o carinho familiar conferem a estrutura emocional para uma vida repleta de bons sentimentos e
o cultivo das virtudes que tanto nos enriquecem.
Podemos afirmar que a família é a esperança sempre viva para uma Humanidade melhorada.
É a instituição capaz de solidificar atitudes afetivas e sentimentos mais profundos e significativos.
Reveste-se de especial importância por seu valor inestimável.
Ao reunirmos nossos amores no recinto familiar não percamos a oportunidade de lhes declararmos nosso amor, carinho
e respeito.
E, em nossas orações, agradecidos a Deus, peçamos a bênção suprema para a nossa maior riqueza na face da Terra:
Nossa Família!
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 186, recorda:
O lar é o templo da família.
Os filhos são empréstimos divinos para a construção do futuro ditoso.
Todo o tempo possível deve ser aplicado na convivência familiar, através dos diálogos, dos exemplos, tomando-se o
método mais eficaz de educação.
Os hábitos adquiridos no lar permanecem por toda a existência e se transferem para além do corpo.
Educar é viver com dignidade, deixando que se impregnem dos conteúdos, com vigor, aqueles que participam da
convivência doméstica.
Tudo quanto invistas no lar, retornará conforme a aplicação feita.
Faze do teu lar a oficina onde a felicidade habita.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #aprendizado #família #comportamento #reflexão #educação #lar #familiares
#familiarestaurada
129
91 - DISCIPLINAR O PENSAMENTO
Você consegue imaginar quantos pensamentos temos por dia?
Estudiosos informam que temos entre sessenta a noventa e cinco mil pensamentos em vinte e quatro horas.
É uma quantidade realmente muito grande...
Isso significa, por exemplo, que durante esta mensagem poderemos chegar a ter entre duzentos a trezentos e trinta
pensamentos!
Trazemos então uma primeira reflexão: Quantos desses tantos pensamentos diários são bons, úteis?
Quantos são maus, inúteis?
Infelizmente a maioria deles ainda não pode ser classificada como pensamentos saudáveis e construtivos, porém,
existem formas de se disciplinar o pensar, pois bem pensar é a elevada forma de se viver.
***
Aqui vão alguns ensinamentos importantes a respeito da disciplina do pensamento.
Se meditarmos em assuntos elevados, na sabedoria, no dever, no sacrifício, nosso ser impregna-se, pouco a pouco, das
qualidades de nosso pensamento.
É por isso que a prece improvisada, ardente, o impulso da alma para as potências infinitas, tem tanta virtude.
É preciso aprender a fiscalizar os pensamentos, a discipliná-los, a imprimir-lhes uma direção determinada, um fim nobre
e digno.
Cada tipo de pensamento tem que ter a sua hora, o seu lugar. Não devemos estar em casa, com a família, e com os
pensamentos em outro lugar, como, por exemplo, no ambiente de trabalho.
Cada vez que surja um mau pensamento, essa fiscalização fará com que um alerta se acenda em nós, e tomemos alguma
atitude para expulsá-lo o mais rápido possível.
É bom também viver em contato, pelo pensamento, com escritores de gênio, com os autores verdadeiramente grandes
de todos os tempos e países, lendo, meditando sobre suas obras, impregnando o nosso ser da substância de suas almas.
É necessário escolhermos com cuidado nossas leituras, depois amadurecê-las e assimilar-lhes a quintessência. Em geral
lê-se demais, lê-se depressa e não se medita.
***
O estudo silencioso e recolhido é sempre fecundo para o desenvolvimento do pensamento. É no silêncio que se
elaboram as obras fortes.
Há também a prática de meditar. Na meditação o Espírito se concentra, volta-se para o lado grave e solene das coisas.
A luz do mundo espiritual banha-o com suas ondas.
Evitemos as discussões ruidosas, as palavras vãs, as leituras frívolas.
Sejamos sóbrios de jornais, TV e Internet. O contato com essas mídias, fazendo-nos passar continuamente de um
assunto para outro, torna o Espírito ainda mais instável.
A alma oculta profundezas onde o pensamento raras vezes desce, porque mil objetos externos ocupam-no
incessantemente.
Disciplinar os pensamentos significa disciplinar a vida, e escolher caminhos mais seguros.
Na nascente de todos os atos, palavras e ideias estão os pensamentos. Mudemos a matriz e teremos uma vida renovada
e mais feliz.
Lembremo-nos: bem pensar é a elevada forma de viver!
***
Extraído do Momento Espírita
***
#autoconhecimento #disciplina #pensamento #comportamento #momentoespirita
130
92 - MOMENTOS DE DECISÃO
A vida é feita de momentos, que surgem e passam. E de conformidade com nossa decisão, darão origem
aos estados de paz ou de aflição.
São os momentos de decisão feliz que nos garantem a harmonia íntima, assim como os momentos de
decisão infeliz nos conduzem à amargura e à dor.
Saulo de Tarso, num momento de desequilíbrio, saiu a perseguir os homens do caminho.
Num momento sublime encontrou Jesus e tomou a mais notável e valiosa resolução, que dele fez o
perfeito Apóstolo das gentes...
Num momento de prece, Maria recebeu a anunciação da chegada do Messias...
Num momento de paz, na Terra, Jesus nasceu em singular estrebaria para mudar os rumos da História.
Num momento de confiança, Nicodemos rogou a entrevista que lhe abriu horizontes infinitos sobre "a
necessidade de nascer de novo..."
Num momento feliz, "a mulher samaritana" travou o diálogo que lhe mudou o roteiro da existência...
Num momento de piedade, "o bom samaritano" tornou-se o símbolo da solidariedade por
excelência, constantemente lembrado para nossa edificação...
Num momento de fé, a portadora de processo hemorrágico libertou-se do grave mal que a martirizava...
Num momento de irreflexão, "o moço rico" perdeu a oportunidade de ganhar a jornada...
Num momento de dor, a "mulher adúltera" encontrou a piedade do Mestre e renovou-se para avançar
vida afora...
Num momento de inveja, alguns fariseus tentaram embaraçar o Senhor e se confundiram a si mesmos.
Num momento de amor, Jesus libertou o obsesso de Gadara, que padecia a cruel presença de mentes
perturbadoras...
Num momento de desequilíbrio, Judas traiu o Cristo...
Num momento de fraqueza moral, Pedro negou o amigo... Em momento de grande fortaleza íntima,
entregou-se ao martírio, em nome e por amor da verdade.
Num momento de covardia, Pilatos lavou as mãos e perdeu a maior bênção da vida...
Num momento de heroísmo, mulheres piedosas deram testemunho da grandeza do amor,
acompanhando o Sublime Condenado...
Num momento de loucura coletiva, os homens crucificaram Jesus...
Num momento de luz, o Mestre ressuscitou, e até este momento é "o Caminho, a Verdade e a Vida."
São momentos de decisão!
***
Há momentos em nossas vidas, que não aproveitamos. Momentos que passamos na inutilidade ou nos
comprometendo com os erros. Momentos que nos produzem aflições e dores sem conta.
Surgem, também, e ressurgem momentos que nos convocam à liberdade, à legítima paz.
Indispensável saber utilizar as lições do Evangelho em cada momento da existência física, a fim de
podermos fruir as bênçãos da vida eterna.
A vida nos oferece, a cada instante, inúmeros momentos para que tomemos decisões.
Cada decisão tomada, definirá o nosso próximo momento.
Se a decisão for feliz, nossos momentos futuros nos trarão felicidade. Se houver infelicidade na decisão,
as horas seguintes nos reservarão fatos e notícias desagradáveis.
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93 - AS AFLIÇÕES DO MUNDO
Em conhecida passagem do Evangelho, Jesus diz a Seus discípulos que no mundo eles terão aflições.
Os registros bíblicos confirmam a previsão.
Todos os companheiros diretos de Jesus enfrentaram grandes padecimentos. Apenas João Evangelista não foi
martirizado.
Evidentemente, houve sensível progresso desde aquela época.
Os costumes se refinaram e hoje, na ampla maioria dos países, não se cogita mais de matar alguém por sua fé.
Contudo, o alerta do Cristo permanece atual.
A mensagem cristã é a da vida reta e fraterna.
O cristão deve ser honrado e solidário.
Não basta viver retamente, sendo necessário amparar os irmãos de jornada.
Também não adianta apenas ser generoso com o semelhante.
É preciso dar a César o que é de César, no sentido de cumprir rigorosamente os próprios deveres.
***
Ocorre que quem se aprimora, em geral, passa a esperar conduta idêntica dos que o rodeiam.
A criatura rigorosamente honesta anseia por viver em um meio honesto.
Ao desenvolver uma sensibilidade mais apurada, anela por beleza e suavidade.
Entretanto, o mundo segue em seu próprio ritmo.
Um homem pode apenas ditar a cadência de sua evolução.
Quanto aos demais, resta-lhe somente influenciar, mais por exemplos do que por palavras.
Afinal, o livre-arbítrio é uma dádiva de Deus aos Seus filhos.
Cada um é livre para decidir os seus caminhos e se vai apressar ou retardar o passo rumo à paz.
Bem se vê como é delicada a posição do genuíno cristão no mundo.
Ele elege um ideal sublime, esforça-se por vivê-lo e deseja que se expanda, no benefício geral.
Contudo, o mundo não corresponde a contento a esse anseio.
O cristão necessita ser o sal da Terra e a luz do Mundo.
Justamente por isso, não pode se afastar dos irmãos de jornada.
Daí vive honradamente em um mundo corrupto.
Por consequência, experimenta contínuas aflições.
Aflige-se pelos filhos que não aproveitam a educação recebida e optam por trilhar estranhos caminhos.
Angustia-se pelo esposo ou esposa que não lhe partilha o ideal.
Agasta-se por deslealdades que testemunha na vida profissional.
Entristece-se pela falta de honestidade de políticos e dirigentes públicos.
***
Entretanto, se a aflição é esperada, o desânimo não se justifica.
O progresso ocorre com vagar, mas é uma lei da vida.
As perfeitas Leis Divinas tratam de colocar tudo em seu lugar, no lento ciclo dos séculos..
O relevante é a paz de consciência de quem age retamente.
E a inefável certeza de que transita para fases superiores da existência imortal, na condição de agente do progresso.
***
Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #aflição #aflições #progresso #desânimo #magoa #autoconhecimento #paz
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94 - DESAPEGAR-SE
Vivemos uma época de celebridades, apelos fáceis à riqueza, ao consumismo, às paixões avassaladoras.
Transitamos aturdidos por um mundo em que o destaque vai para aquele que mais tem.
E a todo instante os comerciais de televisão, os anúncios nas revistas e jornais, os outdoors clamam: Compre mais.
Ostente mais. Tenha mais e melhores coisas.
É um mundo em que luxo, beleza física, ostentação e vaidade ganharam tal espaço que dominam os julgamentos.
Mede-se a importância das pessoas pela qualidade de seus sapatos, roupas e bolsas.
Dá-se mais atenção ao que possui a casa mais requintada ou situada nos bairros mais famosos e ricos.
Carros bons somente os que têm mais acessórios e impressionam por serem belos, caros e novos. Sempre muito
novos.
Adolescentes não desejam repetir roupas e desprezam produtos que não sejam de grife. Mulheres compram todas
as novidades em cosméticos. Homens se regozijam com os ternos caríssimos das vitrines.
Tornamo-nos, enfim, escravos dos objetos. Objetos de desejo que dominam nosso imaginário, que impregnam
nossa vida, que consomem nossos recursos monetários.
E como reagimos? Será que estamos fazendo algo – na prática – para combater esse estado de coisas?
***
A grande fonte de nossa tragédia humana está nos desejos de posse e ostentação. Se superarmos a vontade de
ter coisas, já caminhamos muitos passos na estrada do progresso moral.
Experimente olhar as vitrines de um shopping. Olhe bem para os sapatos, roupas, joias, chocolates, bolsas,
enfeites, perfumes.
Por um momento apenas, não se deixe seduzir. Tente ver tudo isso apenas como são: objetos.
E diga para si mesmo: Não tenho isso, mas ainda assim eu sou feliz. Não dependo de nada disso para estar contente.
Lembre-se: é por desejar tais coisas, sem poder tê-las, que muitos optam pelo crime. Apossam-se de coisas que
não são suas, seduzidos pelo brilho passageiro das coisas materiais.
Deixam para trás gente sofrendo, pessoas que trabalharam arduamente para economizar...
Deixam atrás de si frustração, infelicidade, revolta.
Mas, há também os que se fixam em pessoas. Veem os outros como algo a ser possuído, guardado, trancado, não
compartilhado.
Esses se escravizam aos parceiros, filhos, amigos e parentes. Exigem exclusividade, geram crises e conflitos.
Manifestam, a toda hora, possessividade e insegurança. Extravasam egoísmo e não permitem ao outro se
expressar ou ser amado por outras pessoas.
É, mais uma vez, o desejo norteando a vida, reduzindo as pessoas a tiranos, enfeiando as almas.
Há, por fim, os que se deixam apegar doentiamente às situações.
Um cargo, um status, uma profissão, um relacionamento, um talento que traz destaque. É o suficiente para se
deixarem arrastar pelo transitório.
Esses amam o brilho, o aplauso ou o que consideram fama, poder, glória.
Para eles, é difícil despedir-se desse momento em que deixam de ser pessoas comuns e passam a ser notados,
comentados, invejados.
***
Qual o segredo para libertar-se de tudo isso? A palavra é DESAPEGO. Mas... Como alcançá-lo neste mundo?
Pela lembrança constante de que todas as coisas são passageiras nesta vida. Ou seja: para evitar o sofrimento, a
receita é a superação dos desejos.
Na prática, funciona assim: pense que as situações passam, os objetos quebram, as roupas e sapatos se gastam.
Até mesmo as pessoas passam, pois elas viajam, se separam de nós, morrem...
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95 - NÃO SE PRECIPITAR
Deixe-se acalmar pela beleza do intercâmbio entre você, que roga, e a Divindade, que responde.
Asserene-se e poupe-se à precipitação, ao contato dos eflúvios do Alto.
Sinta-se integrado na dinâmica da vida, guiado e amparado por um poder amoroso e sábio, e desfrute a paz que
esse estado de consciência lhe proporciona.
***
Joanna de Ângelis, no livro VIDA FELIZ, 186, aconselha:
Controla a tua ansiedade.
A ansiedade mal dirigida produz danos orgânicos de variada classe e gera mal-estar onde se apresenta.
Irradia uma onda inquietante e espalha insegurança em volta.
A pessoa ansiosa requer mais atenção, que nem sempre se lhe pode dispensar; está sempre queixosa e acarreta
problemas para as demais.
Vê o que ainda não está ocorrendo e precipita-se a situações indesejáveis, para arrepender-se depois.
A calma é o abençoado antídoto da ansiedade, que advém quando desejas esforçar-te para viver em paz e
confiança em Deus.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 5, do livro RECEITAS DE PAZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #aprendizado #decisão #comportamento #precipitação #ansiedade #calma #reflexão #PsicologiaEspírita
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96 - O USO DA PACIÊNCIA
Jesus, nosso Mestre e Guia, com toda Sua bondade e amor nos ensinou que não devemos nos inquietar com o
amanhã, pois Deus, Nosso Pai, conhece todas as nossas necessidades e cuida de todos nós.
Ninguém está sozinho e desprotegido.
Todos nos encontramos sob o amparo e a proteção do Pai Celestial.
Por que, então, ficamos inquietos com as ocorrências da vida?
Se confiamos em Deus e em Jesus, por que nos afligimos tanto?
Importante seria fortalecermos a nossa confiança para vivermos de forma mais tranquila.
Uma virtude que nos pode auxiliar nesse objetivo chama-se paciência.
Ela nos poderá auxiliar a ter mais serenidade com os acontecimentos do presente e mais confiança no que poderá
ocorrer no futuro.
A paciência é a medida metódica e eficaz que ensina a produzir no momento exato a tarefa correta.
Sirvamo-nos desse recurso.
***
Devemos agir sempre, cumprindo com nossas obrigações e buscando alcançar nossos objetivos.
No entanto, nosso agir deve ser sem precipitação, sem a exagerada euforia do primeiro momento, que não se
mantém com o tempo.
Diante das dificuldades que a vida nos apresenta, a impaciência não nos ajudará a superá-las.
Ao contrário, poderá perturbar ou destruir as nossas resistências.
Precipitação traduz desarmonia, perturbação, com agravante desconsideração ao tempo.
Por isso, se faz importante que façamos exames detalhados da situação, a partir de uma reflexão ponderada, antes
da tomada de qualquer decisão e atitude.
Para essa reflexão, a paciência pode ser uma importante companheira.
A paciência significa autoconfiança.
***
O que hoje não consigamos, perseverando com dignidade e paciência, haveremos de alcançar amanhã.
Lembremos que a vida é semelhante a uma escola.
Cada um dos integrantes do grupo escolar deve cumprir o seu papel para que a escola funcione de forma eficaz e
atinja seus propósitos, que é a educação.
Cada aluno deve adquirir, ao longo de sua permanência na escola, os conhecimentos e habilidades necessárias
para uma vida digna.
Para tanto, devem se dedicar na análise dos problemas, dos textos, das questões apresentadas.
Com reflexão e uso dos conhecimentos adquiridos, buscar o entendimento e a solução para as situações propostas.
Também precisam realizar provas, que são os momentos de avaliação do conhecimento obtido ao longo de um
período.
Muitos estudantes não alcançam êxito nas provas, não pelo desconhecimento do conteúdo, mas pela ansiedade
na sua realização.
A paciência, também, nesses casos, se faz imprescindível.
É, igualmente, na escola que os alunos desenvolvem a sociabilidade, aprendendo no convívio com os outros
colegas, professores e funcionários, o respeito e a solidariedade.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 4, nos recorda:
A paciência é a virtude que te auxiliará na conquista dos bens do corpo, da alma e da sociedade.
138
Ela ensina a técnica de como se deve aguardar, quando não se pode ter imediatamente o que se deseja.
Jamais te irrites.
A paciência te auxiliará a tudo vencer.
***
Reflitamos sobre essa virtude e passemos a colocá-la em prática em nossas vidas.
Acalmemo-nos, pensemos um tanto mais, a fim de alcançar a melhoria das condições de nossas vidas e do serviço
no bem.
Sirvamo-nos da paciência para agirmos, produzirmos o que seja positivo, e irmos, a pouco e pouco, descobrindo
a felicidade que está ao nosso alcance.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 34 do livro CONVITES DA VIDA, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #comportamento #virtudes #paciência #paciencia #autoconfiança #calma #reflexão #PsicologiaEspírita #aprendizado
#educação #irritação
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97 - O BARULHO DA VERDADE
Freqüentemente, em seus diálogos com os discípulos, Jesus usava simbolismo, cujo alcance assimilamos melhor na
medida em que nos desenvolvemos nos domínios do conhecimento espiritual.
A contribuição espírita, neste particular, é fundamental, ajudando-nos a desenvolver olhos de ver e ouvidos de ouvir. É
o que ocorre nas advertências de Jesus sobre os escândalos:
– Se alguém escandalizar a um destes pequenos que crêem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço uma
dessas mós que um asno faz girar e que o lançassem no fundo do mar.
Quem aprecia palavras cruzadas conhece o substantivo mó, dos mais usados nesse instrutivo passatempo.
É pedra de moinho, engenho para triturar cereais.
O moinho tradicional tem duas mós em forma de roda, uma sobre a outra. A maior por baixo, fixa. A menor, por cima,
com um eixo no centro que lhe permite girar. A debaixo, côncava. A de cima, convexa. Ambas se justapõem.
O cereal é jogado por um orifício, entre as duas. Girando, a de cima esmaga o cereal. Surge a farinha, a escorrer pelas
bordas.
Todo lar judeu tinha suas mós. Serviço diário, ao cuidado das mulheres. As casas abastadas usavam mós maiores. A
tração era feita por burros.
Eram tão importantes que a Lei proibia usá-las como garantia para empréstimos.
Há, em Deuteronômio (24:6), poética orientação:
Não tomarás em penhor ambas as mós, nem mesmo a mó de cima, pois se penhoraria assim a vida.
(Lucas, 17:1-2, Marcos, 9:42-50, Mateus, 18:6-11)
***
Indulgente com as misérias humanas, Jesus era inflexível com aqueles que, ensinando a religião, sustentavam,
secretamente, um comportamento imoral, capaz de chocar os catecúmenos.
Fiquemos tranqüilos. Trata-se de uma “palavrona”, não de um palavrão.
Também conhecida pelos cruzadistas, reporta-se aos iniciantes religiosos.
Jesus os chamava pequeninos.
Como se sentirá o catecúmeno ao tomar conhecimento dos desvios daqueles que o instruem na religião,
comprometendo-se na imoralidade e na desonestidade?
Por fora, bela viola. Por dentro, pão bolorento.
Um comportamento assim pode ser desastroso, porquanto, em sua insipiência, os catecúmenos tendem a confundir a
religião com o religioso.
Certa feita, conversei com uma senhora, cujo marido compareceu algumas vezes ao Centro Espírita. Desistiu,
horrorizado, ao ter conhecimento de que o presidente era velho conhecido, alguém de comportamento incompatível
com sua posição. Cultivava aventuras extraconjugais.
Quantos catecúmenos esse dirigente terá afastado com seus maus exemplos?!
Jesus lembra as pedras de moinho para alertar quanto à responsabilidade dos que, fazendo-se depositários da religião,
não vivem seus princípios.
Melhor seria que lhes atassem ao pescoço uma dessas mós maiores, puxadas por burros, e fossem lançados no mar.
A morte sempre é encarada com temor. Para muitos é o que de pior pode acontecer.
Daí a advertência:
Devemos ter menos medo de morrer do que de nos comprometer nesses desvios.
***
O Mestre prossegue:
– Ai do Mundo por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos; mas ai do homem por quem o
escândalo venha.
No sentido genérico, escândalo é a revelação de algo não compatível com a moral e os bons costumes.
Causa impacto junto à opinião pública, envolvendo várias situações:
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- Governo corrupto.
- Funcionário desonesto.
- Político venal.
- Falso religioso.
- Adúltero contumaz.
Na atualidade, isso tudo aparece em larga escala, chocando as pessoas, principalmente em relação à corrupção.
Parece institucionalizada. Envolve todos os setores da sociedade.
– É o fim do mundo! Está tudo perdido! – dizem as pessoas, estarrecidas.
Trata-se de um equívoco.
Sempre existiu a corrupção.
A diferença é que no passado não havia liberdade de imprensa nem rigores na fiscalização.
Aparecia menos.
***
Quando troveja a verdade, desvelando o comportamento desonesto, a opinião pública é mobilizada, impondo
mudanças.
O escândalo, portanto, embora chocante e desolador, funciona como um tumor lancetado.
Põe as impurezas para fora, favorecendo a cura do mal.
Não obstante útil e necessário, ai daquele cujo comportamento lhe dá origem. Poderá até furtar-se às suas
responsabilidades perante os homens, mas não escapará da Justiça Divina.
Na vida atual, na vida espiritual ou em vida futura, amargas retificações lhe serão impostas.
Sofrerá muito mais do que se lhe atassem uma mó ao pescoço e o atirassem ao mar.
***
Acentua Jesus:
– Portanto, se a tua mão ou o teu pé é objeto de escândalo, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco
ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.
– Se um dos teus olhos é objeto de escândalo, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos
teus olhos, do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo.
Estas vigorosas imagens ressaltam a necessidade de contermos nossos impulsos inferiores, as nossas tendências
viciosas, o que seja passível de prejudicar, influenciar negativamente ou chocar alguém.
Segundo a expressão evangélica, nossos comprometimentos morais nos precipitarão no fogo do inferno.
Naturalmente, é preciso definir o que isso representa, para não cairmos na fantasia medieval de uma fogueira onde as
almas ardem em sofrimento perene, sem jamais se consumirem.
A própria teologia ortodoxa admite, hoje, que as chamas do inferno simbolizam os tormentos da consciência culpada,
na Terra ou no Além.
Essas labaredas ardentes chamam-se angústia, insatisfação, tristeza, desequilíbrio, enfermidade, que nos perturbam
hoje, em face de nossos desvios de ontem, na presente existência ou em existências anteriores.
***
Podemos situar as afirmativas de Jesus como uma hipérbole, termo também familiar aos cruzadistas.
Trata-se de enfatizar uma realidade, exagerando-a.
- Desejo de comer o fígado de alguém – grande raiva.
- Derramar rios de lágrimas – grande tristeza.
- Coração de pedra – grande insensibilidade.
- Furor de um tigre – grande agressividade.
- Vulcão na cabeça – grande tensão.
A hipérbole de Jesus dramatiza a situação do indivíduo tão comprometido com o mal que necessita de recurso mais
enérgico, a fim de redimir-se.
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O entrar na vida equivale ao nascer de novo, do diálogo com Nicodemos, em que Jesus situa a reencarnação como
indispensável à nossa evolução.
O Espírito poderá reencarnar com limitações físicas e mentais que inibem suas tendências inferiores e impõem o resgate
de seus débitos, a fim de que se liberte do inferno da consciência culpada.
É bom esclarecer, leitor amigo:
Não pretendo que essas limitações, que todos temos em maior ou menor intensidade, definam nosso grau de
comprometimento diante das leis divinas.
Evitemos a equivocada idéia de que quanto maior a deficiência, maior o saldo devedor, no balanço evolutivo.
Todos temos débitos do pretérito que justificam quaisquer limitações. Não obstante, estas se manifestam em maior ou
menor intensidade, segundo programas instituídos por Deus, guardando compatibilidade com nossas necessidades e
nossa capacidade de enfrentar desafios.
Estaremos sujeitos a elas enquanto vivermos na Terra, até que nos libertemos em definitivo de nossas mazelas,
habilitando-nos a viver em planos mais altos do infinito, em regiões alcandoradas, usando corpos celestes, segundo a
expressão do apóstolo Paulo. Então nos isentaremos das deficiências, limitações e desgastes que caracterizam o veículo
de matéria densa que usamos no trânsito pela carne.
Difícil definir quanto tempo semelhante realização demandará, quantas vezes nos submeteremos a pesadas mós que
triturem nossas mazelas.
Mas algo podemos afirmar, sem sombra de dúvida:
Tanto mais breve será, quanto maior o nosso empenho em não nos envolvermos num comportamento capaz de produzir
escândalos, o barulho da verdade a desmascarar a hipocrisia humana.
***
Fonte: Revista Reformador - Março de 2001 / Richard Simonetti
***
#RevistaReformador #Verdade #hipocrisia #escandalo #comportamento #evolução #sociedade #evangelho
142
98 - TRABALHANDO A ANSIEDADE
Vivemos dias de velocidades intensas. A tecnologia facilita a comunicação, acelera o transporte, coloca-
nos em contato com o mundo, e tudo diminui.
O tempo da carta transformou-se nos segundos da mensagem eletrônica. Os dias da viagem tornaram-
se as horas do avião e as conversas nas ligações telefônicas reduzem-se a rápidas mensagens de texto
nos telefones portáteis.
Cada vez mais precisamos nos informar, cada vez mais buscamos estudar, cada vez mais tentamos
acompanhar uma velocidade acelerada, que tanto nos assusta quanto beneficia.
Por isso não somos poucos a viver uma vida de intensos afazeres, muitos compromissos, a nos
exaurirmos nas horas que parecem poucas para tanto a fazer.
Não temos certeza se conseguiremos cumprir com os compromissos, se manteremos nossa competência
profissional, se bem educaremos nossos filhos...
Natural que desenvolvamos comportamentos de insegurança e ansiedade frente a tantas dúvidas e
questionamentos.
E, a partir disso, geramos doenças de comportamento, fobias sociais, alterações de larga monta em
nosso organismo físico e em nossa estrutura emocional.
***
Mergulhados em um oceano de problemas, esquecemo-nos de que a Providência Divina sempre esteve
e continua a velar por tudo e por todos.
Retornamos ao mundo físico sob a proteção e tutela de um Deus misericordioso e provedor de todas as
nossas necessidades.
Por essa razão é que Jesus nos aconselhou a que deixemos a cada dia as suas próprias necessidades.
Com isso, Jesus nos incita à fé, para que façamos a nossa parte, na medida que seja possível, e no rol de
nossas responsabilidades.
O restante, aquilo que não há como ajudar, melhorar ou alterar, entreguemos nas mãos de Deus. Ele há
de saber como melhor fazer.
Muitas vezes nos atribulamos com coisas que não há como modificar, ou nos angustiamos com situações
onde não se pode prever o desfecho.
Nessas horas, a fé e o entendimento de que Deus nos provê com todos os recursos necessários serão
sempre roteiro para mantermos a paz íntima.
***
Mesmo que algumas vezes não compreendamos de imediato o porquê dessa ou daquela situação que
nos ocorre, façamos a nossa parte, guardando a certeza de que nunca estamos sozinhos.
Mantenhamos a consciência tranquila de ter feito tudo que estava ao nosso alcance, utilizando dos
melhores recursos que dispúnhamos. A Providência Divina se encarregará de nos amparar.
Agindo assim, perceberemos que, mesmo nesses dias acelerados e intensos, não há porque
desenvolvermos aflições desnecessárias e inúteis.
Tranquilizando a mente, usando da oração como recurso terapêutico, teremos sempre a paz necessária
para enfrentar os desafios naturais da vida.
Busquemos sintonizar com nossos guias espirituais e conseguiremos galgar os degraus do progresso e
da paz.
143
O Mestre de Nazaré nos prometeu que não nos deixaria a sós. Ele sempre esteve e permanece conosco,
na condição de pastor de nossas almas, sol sublime que ilumina nossas vidas.
Lembremos disso em nossa trajetória, a cada dia, a cada hora e sempre que as dificuldades nos pareçam
intransponíveis.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 47, falando sobre a ansiedade, nos orienta:
Acompanha a marcha dos acontecimentos sem sofreguidão.
A tua ansiedade ou o teu receio não alterarão o curso das horas.
Aguarda o que há de suceder, sem que te imponhas sofrimento desde a véspera.
O que pensas que acontecerá, talvez se dê, não porém da forma como aguardas, porquanto, a vida
obedece a um plano de incessantes mudanças e transformações.
Desse modo, espera com harmonia íntima, afastando do teu programa a agitação e o medo.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #comportamento #ansiedade #insegurança #paciência #paciencia #calma #reflexão #PsicologiaEspírita
#aprendizado #fé
144
Qual deve ser a postura dos que desejamos ser homens e mulheres de bem neste mundo irrequieto?
Certamente, aqueles que nos propomos a uma vida mais digna, mais interessada no bem comum,
encontramos muitos desafios.
Há incompreensão, ingratidão e até indignação, por parte daqueles que pensam diferente.
Importante lembrar que não estamos em guerra uns com os outros. Estamos juntos buscando crescimento,
evolução integral.
Assim, evitemos posturas separatistas, segregadoras e um tanto maniqueístas, que colocam de um lado bons
e do outro os supostos maus.
***
No século III, o filósofo Mani ou Maniqueu, criou uma doutrina, que conhecemos sob o nome de
Maniqueísmo, e que influenciou muitas correntes filosóficas e religiosas ao longo do tempo.
Segundo seus preceitos, há no mundo um dualismo eterno entre dois princípios opostos. De um lado o bem e
de outro o mal, de um lado Deus e do outro o demônio.
Ainda conforme esse conceito, tudo que é matéria representa essencialmente o mal, enquanto o Espírito está
ligado intrinsicamente ao bem.
A Doutrina Espírita nos deixa claro que a matéria é instrumento precioso de progresso, um importante
meio de progredirmos.
Os desequilíbrios se dão quando nos ligamos, de forma excessiva ou quase exclusiva, ao que é apenas material
e transitório.
Também nos ensina que não existe essa força poderosa oposta ao Criador, que lhe faz frente em igualdade.
Afinal, Deus não criou nenhum ser destinado ao mal em sua essência.
O Universo e suas leis são bons, isto é, trabalham pela evolução de tudo e de todos.
O que seria então o mal? Esse mal que nos assombra os dias? Por que há tanta maldade em nós e naqueles
que estão ao nosso redor?
Primeiro, importante saber que o bem é tudo o que está conforme a Lei de Deus. O mal, tudo o que
é contrário. Assim, fazer o bem é proceder conforme a Lei Divina, que está inscrita na consciência humana.
Fazer o mal é infringir essa Lei.
O mal é, portanto, uma infração à Lei natural. Consequentemente, toda ação maléfica gera a necessidade de
correção, de ajuste.
O mal em nós não é eterno. Tem uma curta validade, uma vez que basta que nos esclareçamos um pouco mais,
para que deixemos de praticá-lo intencionalmente.
Por isso, recebemos a inteligência, que nos compete desenvolver, pois é determinante para que saibamos
distinguir melhor o que nos é bom e o que nos faz mal; o que é do bem comum e o que não é; o que está de
acordo com as Leis Divinas e o que vai contra.
A opção pela infração é sempre pessoal. Os que somos maus o somos por vontade própria.
Então, precisamos educar a vontade. Esta é a razão de estarmos neste planeta: nos educarmos individual e
mutuamente.
***
O sábio não critica o ignorante. Procura esclarecê-lo fraternalmente.
O iluminado não insulta o que anda em trevas. Busca, ao contrário, lhe iluminar o caminho.
O orientador não acusa o aprendiz. A ovelha insegura é a que mais reclama os cuidados do pastor.
O forte não culpa o fraco. Compromete-se a erguê-lo.
O cristão não odeia, nem fere. Segue ao Cristo, servindo ao mundo.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 629 a 646 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec e cap. 17, do livro
AGENDA CRISTÃ, por André Luiz e Francisco Cândido Xavier
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #perdão #compreensão #comportamento #empatia #ofensas #bem
#mal #livrearbítrio
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Os membros de uma tribo da África do Sul possuem um costume sublime, que teve origem com seus
ancestrais.
Quando algum integrante do grupo faz algo errado, causa dano ou prejudica alguém, é colocado no centro
da aldeia e rodeado por toda a tribo.
Durante dois dias, nessa roda, as pessoas lhe dizem tudo de bom que ele já fez.
A tribo acredita que cada ser humano nasce bom e, ao longo da vida, busca segurança, amor, paz e felicidade.
No entanto, por vezes, as pessoas perdem a conexão com o amor, a bondade e a verdade, se afastam do bem
que há dentro delas e cometem erros.
Eles veem esses erros como uma forma de pedir ajuda. Por isso, se unem para reerguer o companheiro e
reconectá-lo com sua verdadeira natureza. Dessa forma, poderão lembrá-lo de quem ele realmente é.
Ao redor dele, dizem: SAWABONA, que significa: Eu te respeito, eu te valorizo, és importante para mim.
Em resposta, o equivocado diz: SHIKOBA, que significa: Então, eu existo para ti.
Ao unir as duas palavras, SAWABONA SHIKOBA, tem-se um outro sentido: Eu sou bom!
Quando pronuncia as duas palavras juntas, aquele que errou sinaliza que conseguiu resgatar a bondade em
si.
Por meio de um ato de amor, a tribo faz com que ele se sinta querido e valorizado e assim o ajuda a
ressignificar sua existência, afastando-se do que o motivou a cometer o erro.
***
Quando nos desviamos das leis de Deus, cometemos erros, prejudicamos nosso próximo, estamos agindo
também contra nós mesmos.
Afastados do bem, atrasamos nossa evolução e causamos dor e sofrimento para nós e para os que nos cercam.
Com isso, vamos nos distanciando das pessoas e criando mágoas, desafetos e inimizades.
A atitude dos membros dessa tribo nos mostra uma forma diferente de encarar e reagir ao mal, e nos remete
aos ensinamentos de amor e perdão do Mestre Jesus.
Ao olhar para um companheiro que erra como alguém que pede socorro, eles compreendem que isso não
apaga todo o bem que existe nele.
Ao acolhê-lo e cercá-lo com palavras de respeito e carinho, fazem aflorar o que há de bom em seu íntimo.
Quando erramos, necessitamos de perdão.
Da mesma forma, quando nosso próximo erra, também necessita de perdão.
***
Como agimos com aqueles que nos ofendem? Como esperamos que ajam conosco, quando somos nós a
ofender alguém?
Deus nos criou iguais. Todos trazemos em nosso íntimo uma centelha divina. Todos buscamos a felicidade.
Nossa tarefa é evoluir para a perfeição e assim nos aproximarmos do Pai.
Ver naquele que erra um irmão que, como nós, luta para vencer a si mesmo e, no lugar de criticar e ofender,
acolher e auxiliar, é colocar em prática a lei de amor e caridade. É amar o próximo como a si mesmo.
É resgatar o bem em nós, reacendendo aquela centelha divina que jaz na intimidade de cada um e que nos
faz estender a mão para resgatar, igualmente, o nosso irmão.
É vencer o orgulho e o egoísmo e dar um salto que nos impulsionará cada vez para mais perto de Deus.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 41, aconselha:
146
101- AUTOEDUCAÇÃO
Não há, basicamente, em nenhum nível, uma outra educação que não seja a autoeducação.
Toda educação é autoeducação e nós, como professores e educadores, somos, em realidade,
apenas o entorno da criança educando-se a si própria.
Devemos criar o mais propício ambiente para que a criança eduque-se junto a nós, da maneira
como ela precisa educar-se por meio de seu destino interior.
***
A lição trazida por Rudolph Steiner, importante educador, filósofo e artista, criador da
Pedagogia Waldorf, exige nossa atenção e estudo aprofundados.
O processo da educação não ocorre de fora para dentro e nem de uma única via. Todos nós nos
autoeducamos juntos.
Assim, tanto a função dos pais, os primeiros educadores, como a dos professores, da escola, é
proporcionar esse entorno rico, propício para que a criança se autoeduque.
Outro grande educador, Johann Heinrich Pestalozzi, acreditava que a escola deveria ser a
extensão do lar, propiciando um ambiente familiar para oferecer uma atmosfera de segurança e
afeto.
Ao contrário de muitos dos seus contemporâneos, o pensador suíço não concordava totalmente
com o elogio da razão humana. Para ele, só o amor tinha força salvadora, capaz de levar o homem
à plena realização moral.
Aí estaria então o ambiente propício para que a criança pudesse se educar junto ao educador.
***
Por fim, Allan Kardec, aluno de Pestalozzi, trará no âmago das Obras da Codificação Espírita
esse mesmo viés de pensamento.
Segundo ele, a educação que apresenta a chave do progresso moral não é a do intelecto e nem
mesmo a educação moral pelos livros, mas aquela que consiste na arte de manejar os caracteres.
E caracteres, qualidades, tendências, não se manejam de fora para dentro. Ninguém deixa de
ser orgulhoso, vaidoso porque leu em livros ou porque foi forçado por educadores.
Aliás, essa forma tradicional de lidar com as imperfeições da alma, escondendo-as ou
mascarando-as, traz maiores problemas naqueles que desejamos modificar as más tendências
ou os vícios.
Verdadeiramente, somente mudamos quando nos autodescobrimos. O autodescobrimento ou
autoconhecimento é que propicia a autoeducação.
Dessa forma, educandos e educadores devemos mergulhar nesse processo rico de descoberta
interior, um auxiliando o outro. Obviamente, o mais preparado, com maior experiência nas
coisas da vida, terá condições de orientar o processo, de provocar a reflexão e proporcionar
experimentações, vivências, que façam com que a autoeducação aconteça.
***
Que se faça pela moral tanto quanto se faz pela inteligência e se verá que, se existem naturezas
que se recusam a aceitá-las, há, mais do que se pensa, as que exigem apenas uma boa cultura
para produzir bons frutos.
Eis o papel do educador: a boa cultura, o solo fértil, o entorno saudável para que a nova planta
possa se desenvolver ou se autodesenvolver.
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 186, recorda:
O lar é o templo da família.
148
Kardec, no LIVRO DOS ESPÍRITOS, questão 495, nos explica que nada tem de
surpreendente a doutrina dos anjos guardiães, a velarem pelos seus protegidos, malgrado a
distância que medeia entre os mundos. É, ao contrário, grandiosa e sublime. Não vemos na Terra
o pai velar pelo filho, ainda que de muito longe, e auxiliá-lo com seus conselhos correspondendo-
se com ele? Que motivo de espanto haverá, então, em que os Espíritos possam, de um outro
mundo, guiar os que tomaram sob sua proteção, uma vez que, para eles, a distância que vai de
um mundo a outro é menor do que a que, na Terra, separa os continentes? Não dispõem, além
disso, do fluido universal, que entrelaça todos os mundos, tornando-os solidários; veículo
imenso da transmissão dos pensamentos, como o ar é, para nós, o da transmissão do som?
***
Você pode ter se transviado no mundo. Quem sabe, perdido o rumo dos próprios passos.
Pense, no entanto, que um missionário do bem e da verdade, que é responsável por você, pela
sua guarda, permanece vigilante.
Se você quiser, abra os ouvidos da alma e escute-o, retomando as trilhas luminosas.
Ninguém, nunca, está totalmente perdido neste imenso universo de almas e de homens.
Pensemos nisso!
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 492, 495 e 501, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #anjosguardiões #proteção #fé #comportamento #anjodaguarda
151
Por isso, finalizemos nosso dia com uma oração, permitindo que, tão logo se fechem
nossos olhos, libertos parcialmente do corpo, usufruamos das delícias da Espiritualidade, em
doces encontros e reencontros com nossos amigos, com nossos amores.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 27, nos aconselha:
Não desconsideres o valor e o poder da oração.
O corpo necessita de alimento adequado para manter-se. Assim também o Espírito, que é a
fonte de vitalização da matéria.
A prece constitui um combustível de alta qualidade para a sua harmonia.
Adquire o hábito de orar, incorpora-o aos outros mecanismos naturais da tua existência e
constatarás os benefícios disso decorrentes.
Não te negues o pão da vida, que é a prece sincera e afervorada.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 402, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, e no cap. 1 do livro
EPISÓDIOS DIÁRIOS, por Joanna de Ângelis e Divaldo Pereira Franco
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #prece #reflexão #comportamento #joannadeangelis #episodiosdiarios
153
Famosos são os julgamentos da História. O de Nuremberg, que o mundo todo acompanhou, opinando pela
punição dos que, barbaramente, durante a Segunda Guerra Mundial, haviam torturado e matado seres
humanos.
O de Jesus, em que se verifica a injustiça gritando alto e superando o bom senso da justiça e da verdade.
Julgamentos de pessoas famosas que cometeram atos criminosos ou desabonadores.
Julgamentos de criminosos que, de alguma forma, envolveram pessoas famosas, como o caso do raptor do
filho de Lindenberg.
Em tais processos, sempre a opinião pública se inflama e, de alguma forma, influencia os próprios jurados,
de maneira a que esses condenem ou absolvam.
Desde as primeiras idades, quando a chama tênue do pensamento de justiça acendeu no homem, ele
começou a julgar os seus irmãos.
Muitas vezes, o sentimento de justiça ficou empanado pelas paixões e interesses mesquinhos, levando o
homem a cometer erros, punindo seu semelhante com o cerceamento da liberdade, o confisco de bens e a
morte.
***
Nos dias atuais, prosseguimos a julgar o semelhante com todo rigor, sem estabelecer critérios e princípios
básicos.
Afoitos, opinamos e damos a nossa sentença tão logo a imprensa torne pública a conduta dessa ou daquela
criatura, embora desconhecendo detalhes e razões.
E não tememos aumentar um pouco a intensidade da falta cometida, mesmo para justificar a impiedade com
que julgamos e a sentença que proferimos.
Por vezes, a inveja por não ter conseguido alcançar a posição social, o cargo ou a função do julgado, nos incita
ainda mais ao julgamento arbitrário.
E, mesmo assim, prosseguimos a nos afirmar cristãos. Seguidores de Jesus que ensinou:
Não julgueis para não serdes julgados, porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros.
***
Há necessidade de cultivarmos a indulgência e a empatia. A indulgência para olharmos os que erram com
olhos de quem sabe que o equivocado é sempre um Espírito enfermo.
Não necessita do nosso frio julgamento, mas do nosso auxílio para superar sua problemática.
A empatia, a fim de nos situarmos no lugar daquele que julgamos e nos indagarmos se fôssemos nós os
julgados, como nos sentiríamos?
Fosse nosso filho o julgado, como estaria o nosso coração?
A questão do julgamento nos parece fácil, porque os que são trazidos à barra pública do Tribunal não passam
de números. Sequer nos recordamos que são seres humanos.
Mas são Espíritos imortais, exatamente como nós, e merecem receber justiça, não impiedade ou a carga das
nossas frustrações.
***
A autoridade para censurar está na razão direta da moralidade daquele que censura.
Aos olhos de Deus, a única autoridade legítima é a que se apoia no exemplo do bem.
A base da Justiça Divina se assenta na misericórdia de nosso Pai Criador.
É por esse motivo que Ele nos concede a reencarnação como bendita oportunidade de reparação de nossas
faltas, ao tempo que nos faculta crescer e produzir no bem.
156
***
Observando os atos dos outros, é importante lembrar que os outros igualmente estão anotando os nossos.
Sabemos, no entanto, de experiência própria que, em muitos acontecimentos da vida, há enorme distância
entre as nossas intenções e nossas manifestações.
Reflitamos nisso e não julguemos o próximo, através de aparências. Procuremos deixar que o AMOR nos
inspire qualquer apreciação, e, quando houver necessidade de algum apontamento para ajustar algo,
coloquemo-nos no lugar do companheiro sob censura e encontraremos as palavras certas para cooperar na
obra de ilimitada misericórdia com que DEUS opera todas as construções e todos os reajustes.
Corrijamos amando o que deve ser corrigido e restauremos servindo o que deve ser restaurado; entretanto,
jamais condenemos, porque o Senhor descobrirá meios de invalidar as posições do mal para que o bem
prevaleça, e, toda vez que as circunstâncias exijam examinar os atos dos outros, recordemos que os nossos
atos, no conceito dos outros, estão sendo examinados também.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Capítulo JULGAMENTOS do livro ALMA E CORAÇÃO, por Emmanuel e Francisco Cândido
Xavier
***
#momentoespirita #JULGAMENTO #comportamento #críticas #conselhos #espiritismo #julgamentos
157
Insista na oração até que, um dia, orará não com palavras nem pensamentos, mas será sentimento por inteiro.
Amor, amor puro e verdadeiro em ação, dinâmico, envolvendo os outros e a si mesmo, verdadeiro discípulo
que conseguirá ser.
Aprenda, definitivamente, a calar!
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 23, aconselha:
Evita as contendas, sempre inúteis.
Entre contendores a razão é sempre de quem não se envolve em discussões infrutíferas.
Nessas lutas verbais e alterações violentas, surgem males de difícil reparação.
As palavras que a ira põe na boca do altercador, raramente expressam o que ele pensa.
Traduzem-lhe o estado de desarmonia e a necessidade de esmagar o antagonista.
Esclarece com calma e argumenta serenamente. Se o outro não leva em consideração os teus conceitos,
silencia e entrega-o ao tempo que a todos nos ensina sem pressa.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Mensagem APRENDA A CALAR, pelo Espírito Stephano, psicografia de Marie-Chantal Dufour
Eisenbach, na Sociedade Espírita Renovação, em Curitiba, PR
***
#momentoespirita #silêncio #comportamento #críticas #conselhos #espiritismo #meditação
159
Um ancião que estava para morrer procurou um jovem e narrou uma história de heroísmo contando:
- Durante a guerra, alguém ajudou um homem a fugir. Deu-lhe abrigo, alimento e proteção. Mas, quando já
estavam chegando a um lugar seguro, esse homem decidiu trair quem o ajudou e entregá-lo ao inimigo.
- E como você escapou? – Perguntou o jovem.
- Não escapei. Eu sou o outro, sou aquele que traiu. – Diz o velho. Mas, ao contar esta história como se fosse
um herói, posso compreender tudo o que ele fez por mim.
A sabedoria deste conto nos fala sobre a empatia, essa ação de nos colocarmos no lugar do outro, de procurar
sentir o que o outro sente.
***
A empatia nos torna menos orgulhosos e egoístas, pois faz com que pensemos não só em nossos pontos de
vista, em como estamos nos sentindo, mas também na vida alheia, no que se passa no íntimo de alguém.
Quando nos colocamos no lugar do outro, a compreensão se torna mais fácil de ser alcançada, e nossos
corações se sentem mais aptos a perdoar.
Quando nos colocamos no lugar do outro, temos a oportunidade de acalmar a raiva e de evitar a vingança.
Quando nos colocamos no lugar do outro, desenvolvemos a compaixão, e procuramos fazer algo para
amenizar o sofrimento do próximo.
Quando nos colocamos no lugar do outro, expandimos nossa capacidade de amar e de entender que
precisamos viver em família para realizar nosso crescimento.
Quando nos colocamos no lugar do outro, preparamos nossa intimidade para receber as sementes da
humildade, descobrindo a verdade de que somos todos irmãos, e que precisamos uns dos outros para colher
os bons frutos da felicidade futura.
***
A empatia nos torna mais humanos, mais próximos da realidade do outro, de suas dificuldades e de seu
caminho.
Passamos a analisar a vida através de outros pontos de vista, de outros ângulos e, assim, nos tornamos mais
sábios, mais maduros.
O hábito de nos colocarmos no sentimento de alguém é um grande recurso de que dispomos para nossas
conquistas espirituais elevadas.
O coração que se isola, que vê somente o que seus olhos permitem e não partilha da vida de seu próximo,
está estacionado nas trilhas do tempo.
É chegado o momento das grandes modificações, das grandes revoluções no interior do homem, e a empatia
aí está, como excelente agente de transformação moral.
***
Fazei aos homens tudo o que desejai que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas.
O médico das almas, Jesus, sempre buscou mostrar os caminhos mais seguros para nossas vidas. Nesta
máxima revolucionária e, ao mesmo tempo, simples, introduz na Terra o conceito de empatia, de agir
conforme aquilo que desejamos para nós mesmos.
As verdades estão conosco. É tempo de instituí-las em nossos dias.
***
Allan Kardec, preocupado com os conflitos humanos indagou aos Espíritos Iluminados quais são os maiores
obstáculos ao progresso.
E os mentores espirituais responderam:
160
“O orgulho e o egoísmo. Refiro-me ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre. À primeira
vista, parece mesmo que o progresso intelectual duplica a atividade daqueles vícios, desenvolvendo a
ambição e o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas que lhe
esclarecem o Espírito. Assim é que tudo se prende, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio
mal pode nascer o bem. Porém esse estado de coisas não durará para sempre; mudará à proporção que o
homem compreender melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona, uma felicidade existe
infinitamente maior e infinitamente mais duradoura.” (Vide: Egoísmo, cap. XII.).
E analisando nossa sociedade e nossas organizações, constatamos que a maioria dos problemas que ocorrem
tem origem nestas duas graves imperfeições.
Portanto, que, em nosso relacionamento pessoal, familiar, social e profissional tenhamos coragem para nos
desvestir destas imperfeições e nos colocarmos no lugar do outro antes de pré-julgarmos.
Pensemos nisso.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 785, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #orgulho #egoismo #aprendizado #educação #doutrinaespirita
#espiritismo #empatia
161
As relações humanas serão sempre pautadas pelas dificuldades que trazemos na alma. E não poderia ser
diferente.
Como somos seres em evolução, muito ainda há que se construir nas conquistas emocionais para que o
equilíbrio, a justiça e a retidão sejam as ferramentas no relacionamento humano.
Não é raro indivíduos que, desgastados pelos embates humanos, cansados das dificuldades de
relacionamento, alegam preferir viver isolados do mundo, sem a necessidade de suportar a uns e aguentar a
outros.
O raciocínio se torna quase que natural, frente a tantos esforços que temos que empreender, tanta paciência
a exercitar, no trato com o semelhante.
E não são poucos aqueles que se isolam do mundo. Seja buscando uma vida de eremita, fechando-se em seu
lar ou isolando-se em essa ou aquela instituição. Esses buscam a paz que não encontravam nas relações
sociais e familiares.
Muito embora assim o façam imbuídos, por vezes, das mais nobres intenções, esquecem-se de que, ao isolar-
se, ao fugir da sociedade, perdem a grande chance do aprendizado da convivência.
***
Somente nos atritos que vivemos é que vamos encontrar a chance do amadurecimento das experiências, de
crescer, de superar aos poucos os próprios limites de interação social.
Somos todos indivíduos criados para viver em conjunto e a vida solitária somente nos causaria graves
sequelas à vida emocional e psicológica.
É na experiência de viver com os outros que a alma tem a possibilidade de conhecer diversas formas de
aflições e exemplos inesquecíveis.
É natural que nossas relações não sejam sempre pautadas pela harmonia. São nossos valores íntimos que
determinam os entrechoques que, não raro, vivenciamos, ou os envolvimentos afetivos de qualidade, que
usufruímos.
Como ainda não nos acostumamos a viver em estabilidade íntima por longos períodos de tempo, vez ou outra
surgem dificuldades, problemas, indisposições variadas em nossos relacionamentos.
***
Pensando assim, pode-se concluir o quanto é desnecessário e improdutivo viver-se carregando no íntimo
mágoas e malquerenças.
Ninguém há no planeta que não se aborreça quando recebe do outro o que não gostaria de receber. No
entanto, não podemos esquecer que ninguém também pode afirmar que, com seu modo de falar, de ser e de
agir, não cause aborrecimentos e mágoas a outras pessoas, ainda que involuntariamente.
Desta forma, cabe a cada um de nós procurar resolver mal-entendidos, chateações e mágoas com os recursos
disponíveis do diálogo, do entendimento, da desculpa e do perdão. Afinal, se outros nos magoam, de nossa
parte também acabamos magoando a um e outro, algumas vezes.
Assim pensando, podemos concluir ser uma grande perda de tempo e um sofrimento dispensável o
armazenamento de sentimentos como a mágoa ou a raiva no coração.
Há tanto a se realizar de bom e de útil a cada dia, e o tempo está tão apressado, que perde totalmente o
sentido alimentarmos mágoa na alma, qualquer que seja a intensidade.
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 183, nos orienta:
Desculpa, sinceramente, a ignorância dominante.
Não esperes justificação do outro, o teu ofensor.
162
Supera os ingredientes indigestos da agressão dele e mantém-te bem, buscando esquecer de fato a
ocorrência má.
Quem guarda mágoas intoxica-se com os miasmas que elas exalam.
O agressor está muito desequilibrado e necessita da medicação da bondade para recuperar-se.
Perdeu a lucidez, e por isto agride.
Concede-lhe a oportunidade que ele não te dá.
É sempre mais confortável a posição de quem é generoso.
Melhor que sejas tu o doador, significando que já conseguiste o que ao teu próximo falta.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: cap. 41, do livro AÇÕES CORAJOSAS PARA VIVER EM PAZ, por Benedita Maria, psicografia de
Raul Teixeira e livro VIDA FELIZ, 183.
***
#momentoespirita #comportamento #PsicologiaEspirita #meditação #magoa #mágoa #perdão #reconciliacao #ofensas
#emoções #emoçõesnegativas
163
Entre os grandes enigmas do pensamento universal, a morte vem ocupando lugar de primazia,
face ao profundo significado de que se reveste.
Desde recuados tempos tem permanecido como indecifrável ponto de interrogação, que dilacera
sentimentos e desencoraja projetos de vida.
Alterando a estrutura da forma do ser, que desconecta os órgãos e os transforma na diluição da
massa que desaparece na intimidade de outros elementos, assinala a existência física de forma
perturbadora, desorientando o comportamento de todos quantos a vêem arrebatar aqueles a
quem amam. Não apenas sob esse ponto de vista, mas também pela inexorabilidade de que se
reveste, ameaçando aqueloutros que ficam.
No seu curso incessante, vê a chegada dos futuros candidatos ao seu arrebanhamento, atuando,
às vezes, de maneira incompreensível, quando conduz quem está saudável e deixa o enfermo,
quando toma o jovem em detrimento do idoso, ou irrompe cruel ceifando muitas vidas do
mesmo clã, enquanto outros parecem inatingíveis.
Interfere, abruptamente, nos planos mais bem delineados, nunca podendo ser detida,
porquanto nenhuma força humana consegue impedir-lhe a execução do programa.
Com a mesma naturalidade com que convoca o mendigo, assim procede com o poderoso,
visitando reis e vassalos, nobres e plebeus, humildes e orgulhosos, numa colheita inestancável.
Odiada por muitos e aguardada por outros tantos, prossegue no ritmo que assinala o transcurso
dos evos, alterando a face do planeta e da Humanidade.
Utilizada pelos perversos contra aqueles a quem têm como inimigos, também os devora
insensivelmente, demonstrando a vacuidade dos valores terrestres.
***
Apesar de todo o seu poder, é, no entanto, somente a mensageira da Vida que se encarrega de
conduzir de retorno todos quanto saíram do Grande Lar e se encontram em viagem rápida
pelo veículo do corpo.
Sem a sua rítmica presença, a vida humana se tornaria impossível, face ao desgaste a que está
condenado o ser biológico e às ocorrências naturais do comportamento psicológico de todos os
indivíduos.
Sem a sua natural presença, as inimizades se prolongariam desgastando os litigantes e as
afeições particularistas impediriam o avanço da vera fraternidade. Ela, porém, chega silenciosa
e interrompe os programas estabelecidos, abrindo espaços para alterações expressivas, que logo
têm lugar.
Sob outro aspecto, é somente abençoado veículo que transporta os passageiros físicos de uma
para outra realidade, modificando-lhes a estrutura vibratória e conduzindo-os fielmente, tais
como são, sem produzir-lhes alterações significativas que já não os assinalassem antes.
Esse processo deve ser encarado com naturalidade, porquanto ocorre incessantemente, desde
que viver é também morrer, considerando-se que a energia que vitaliza o corpo vai sendo
consumida enquanto está ativa, até cessar de o manter.
***
A morte é portadora de grave advertência moral, qual seja, convidar o ser humano à reflexão
da ocorrência que a sucede.
Ela pode dar-se lentamente, através da exaustão dos órgãos, na velhice ou na enfermidade,
ou violentamente pelos acidentes de todo porte. Indispensável, todavia, é a preparação
humana para o seu enfrentamento, porque o despertar além do portal de cinzas é inevitável,
e cada qual acorda conforme adormeceu.
164
Tida por etapa final da vida, conseguiu demonstrar que é apenas o recomeço da mesma, dando
o curso a uma programação anterior, que nunca se interrompe.
Ei-la presente na Criação, através do desaparecimento de uma das formas para o surgimento de
outras, aprimorando os aspectos de tudo, como o escultor que arranca do bloco bruto a essência
da beleza e a insculpe em formas ideais.
Esse desafio impõe-se para ser atendido com sabedoria e enfrentado com paz, de modo que, ao
ser alcançado pelo seu convite, aquele que retome siga feliz e os demais que ficam, permaneçam
confiantes.
Sem provocar qualquer dor, ela mesma é somente o interromper dos laços que fixam o espírito
à matéria, liberando-o sem traumatismos, desde que se haja conduzido com equilíbrio e a venha
aguardando com naturalidade.
A morte é, portanto, o traço de separação entre o estado orgânico do ser e o espírito que ele é,
permanente e eterno.
À medida que se está a morrer, enquanto se vive, conveniente que se esteja também construindo
o porvir e libertando-se do passado, como aprendiz que armazena os valores que o deverão
acompanhar para sempre.
***
Publicado na Revista REFORMADOR de Novembro de 1998 - Por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#reformador #joannadeangelis #PsicologiaEspirita #morte #vida #espiritismo
165
Os dias turbulentos que vivemos na Terra exigem coragem interior para superá-los de maneira digna.
São atentados de toda a sorte, praticados inesperadamente em pontos jamais imaginados, fazendo com que
a descrença e o desânimo se acerquem dos desavisados.
São abusos da ingenuidade de muitos, que estarrecem.
São aberrações em nome da arte, que confundem e assustam.
São dias de tormentas morais, desafios éticos, sacrifícios que se apresentam, testando a capacidade de nos
mantermos em pé.
Frente a tantos desafios, muitas vezes nos fechamos para a realidade, pensando estar tudo perdido neste
mundo.
Com isso, multiplicamos o número dos desanimados, dos pessimistas, chegando a cogitações extremas de
desejar o afastar da vida.
***
Por mais que o mundo nos deixe perplexos com seus desatinos, cabe-nos manter o Cristo presente em nossas
decisões.
Dessa forma, por maiores sejam as provocações; por mais difícil seja o levantar; por mais amargo seja o cálice
a ser sorvido; por mais árduo se apresente o desafio de viver; por mais feridos se encontrem nossos joelhos,
é importante ter em mente que estes são os dias das provas maiores que, bem suportadas, nos capacitarão
a grandes conquistas individuais e coletivas.
São chances de colocarmos em prática as lições aprendidas ao longo da nossa jornada evolutiva,
oportunizando o tão necessário crescimento na direção da luz.
Nada supera a bênção sagrada de estarmos vivendo o momento presente, quando a Terra atravessa o
período de sua transição para um mundo melhor.
Diariamente Deus nos acompanha, oferecendo-nos a oportunidade de recomeçar de cabeça erguida.
Tropeçar e cair é para qualquer um mas, levantar-se e continuar é para os destemidos.
Viver superficialmente qualquer um vive, mas enfrentar as agruras, e continuar na vida é para os persistentes.
Todos corremos o risco de tombar com a ventania, mas vergarmos com ela e nos restabelecer, pondo-nos
novamente de pé é para os corajosos, para aqueles que confiam em Deus.
Perder amores, bens e atividades pode ser comum a muitos, mas firmar os pés e a mente no sentido de
prosseguir recomeçando, é para os que têm fé e não desistem.
***
Deus sempre nos convida ao recomeço.
A esperança deve ser nossa companheira em todos os desafios da vida.
O Pai nos auxilia dotando-nos de vontade, de força, de coragem e resistência, para que as utilizemos na
caminhada.
A vida nos convida à permanência construtiva em nossos deveres sem esmorecer.
Cada nascimento assinala que um Espírito reinicia sua jornada evolutiva na Terra.
A natureza nos exemplifica, constantemente, a lição do recomeço.
Após a tempestade, a atmosfera se renova e o sol volta a brilhar.
A árvore, após a poda, reverdece e frutifica.
A lagarta após a hibernação no casulo, ressurge como a borboleta que alça voos suaves sobre as flores.
A lua jamais interrompe seu périplo ao redor da Terra. Ressurge a cada anoitecer, prestando seu serviço e
mostrando sua beleza.
166
É bastante comum as pessoas justificarem os seus erros, invocando suas precárias condições de vida.
Dizem que foi o desespero que as levou a tomar atitudes equivocadas ou que circunstâncias negativas as
fizeram agredir o seu semelhante ou suas propriedades.
Filhos agridem pais porque eles não lhes deram o que pediram, no momento exato em que o fizeram.
Irmãos que mentem, enganam para ter um quinhão maior em heranças, não se importando em que
condições ficarão os demais irmãos.
Viktor Frankl, um judeu vienense, que foi prisioneiro dos alemães, durante a segunda guerra mundial,
escreveu: Nós que vivemos em campos de concentração podemos lembrar dos homens que andavam pelos
alojamentos confortando os outros, distribuindo seus últimos pedaços de pão.
Talvez eles tenham sido poucos. Mas são prova suficiente de que tudo pode ser retirado de um homem.
Menos uma coisa, a última das liberdades humanas - escolher que atitude tomar em quaisquer circunstâncias,
escolher o seu próprio caminho.
Portanto, escolher o bem ou o mal compete a cada um. O que nos falta, sim, é uma melhor educação. Não
essa educação que se aprende nos livros. Mas aquela que tem a ver com a formação do caráter da criatura.
***
E para isso precisamos urgentemente, de pais conscientes que ensinem verdadeiros valores a seus filhos.
Que lhes digam que é nobre dizer a verdade, mesmo que isso não os credencie a receber algum prêmio ou
compensação.
Pais que tenham coragem de falar aos seus filhos sobre os dias mais tristes das suas vidas. Que tenham a
ousadia de contar sobre as suas dificuldades do passado e como as conseguiram vencer.
Pais que não desejem dar o mundo aos seus filhos, mas que queiram sim lhes abrir o livro da vida.
Pais presentes que desenvolvam em seus filhos: auto-estima, capacidade de trabalhar perdas e frustrações,
filtrar estímulos estressantes, dialogar e ouvir.
Pais que tenham tempo, mesmo que o tempo seja muito curto. Pais que joguem menos golfe, futebol e se
sentem para conversar com os filhos, descobrindo-lhes o mundo íntimo.
Pais que não se preocupem somente com festas de aniversário, tênis, roupas, produtos eletrônicos. Mas que
também se preocupem em dialogar.
Pais que sabem que não devem atender todos os desejos dos seus filhos, pois isso os tornará fracos,
dependentes.
Pais que dêem algo que todo o dinheiro do mundo não pode comprar: o seu amor, as suas experiências, as
suas lágrimas e o seu tempo.
Em suma: um autêntico processo de educação, em que o filho aprende que amar é o maior dos tesouros.
E não haverá de se tornar infeliz somente porque não tem a roupa de griffe, ou não conseguiu viajar ao
exterior nas férias.
Será alguém que se preocupa não somente consigo mesmo, mas com o seu semelhante.
Alguém que reconhecerá a grande diferença entre ter coisas e ser uma pessoa útil à comunidade, um cidadão
honrado, um homem de bem.
168
***
É possível que você diga que trabalha muito e não tem tempo.
Contudo, faça do pouco tempo disponível, grandes momentos de convívio com seus filhos.
Role no tapete, faça poesias. Brinque, sorria. Conheça-os e permita que eles o conheçam.
Lembre-se, por fim: seus filhos não precisam de um super-homem, de um executivo bem sucedido, de um
empresário muito rico.
Para eles não importa se você é médico, professor, administrador de empresa, copeiro, enfermeiro.
Importa, sim, o ser humano que você é e que os ensinará a ser.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 69, alerta:
Ser pai ou mãe é uma grande responsabilidade.
Cada criatura traz o destino que organizou para si mesma em reencarnações passadas. No entanto, ela nunca
deixará de assimilar os exemplos vividos no lar pelos pais.
A primeira escola é, pois o lar, e este, por sua vez é o resultado da conduta dos esposos que se devem esforçar
para fazê-lo agradável, honrado e rico de paz.
Abençoa o teu filho com as tuas palavras e conduta, fazendo-te amigo dele em todas as situações.
Os filhos, como todos nós, somos de Deus, e prestarás conta do empréstimo que te foi concedido para educar.
***
Extraído de MOMENTO ESPÍRITA
Ref: cap. 1 do livro PAIS BRILHANTES, PROFESSORES FASCINANTES, de Augusto Cury e VIDA
FELIZ, 69 de Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
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169
Conta-se que um aldeão, homem rude, mas sincero, queixou-se a um sábio de que o mau
impulso o dominava constantemente.
- Sabes montar a cavalo? - Perguntou o sábio.
- Sei, sim senhor. - Respondeu prontamente o aldeão. E monto com muita perícia. Sei até lidar
com cavalos bravios.
- Que fazes, quando te acontece de cair? - Indagou o sábio.
- Monto outra vez. - Retrucou o homem com certa empáfia.
- Pois bem: faz de conta que o mau impulso seja o cavalo. - Disse o sábio, com um sorriso
de inteligência. Se caíres, torna a montar. No fim domarás o cavalo bravio e andarás pela vida
sem receio.
***
Importante ensinamento esse, pois muitos são os que jogam a culpa de seus atos infelizes nos
seus maus impulsos.
Dizem que a carne é fraca e com isso justificam os instintos negativos de toda ordem.
Em O LIVRO DOS ESPÍRITOS (questões 907 e 908), de Allan Kardec, este assunto foi
tratado com muita clareza.
Desejando saber sobre as paixões ou impulsos que têm conduzido o homem a grandes
conquistas, mas também a grandes abismos, o Codificador da Doutrina Espírita perguntou aos
sábios da Espiritualidade:
- Será substancialmente mau o princípio originário das paixões, embora esteja
na natureza?
- Não, responderam os imortais, a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto
que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem
levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal.
Desejando aclarar mais o entendimento, Kardec indagou:
- Como se poderá determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se
tornarem más?
E a resposta:
- As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se torna
perigoso desde que passe a governar.
Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que
dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos, ou para outrem.
As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos
desígnios da Providência.
Mas, se, em vez de as dirigir, deixa que elas o dirijam, cai o homem nos excessos e a própria
força que, manejada pelas suas mãos poderia produzir o bem, volta-se contra ele e o esmaga.
Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural. O princípio
das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa
existência.
***
A paixão propriamente dita é o exagero de uma necessidade ou de um sentimento.
Está no excesso e não na causa e este excesso se torna um mal, quando tem como consequência
um mal qualquer.
Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal afasta-o da natureza espiritual.
171
Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota predominância do
Espírito sobre a matéria e o aproxima da perfeição.
Como podemos perceber, o sábio tinha razão quando disse ao aldeão que que ele devia conduzir
o corcel e não o inverso.
Quando não conseguimos segurar as rédeas dos impulsos, eles nos levam por caminhos difíceis
e podemos nos ferir gravemente ou nos precipitar em abismos escuros e profundos.
Por todas essas razões, vale a pena domar esse cavalo bravio que muitas vezes tenta nos dominar.
A ambição é um exemplo de paixão que impulsiona o ser humano a grandes conquistas. Mas
quando o ser humano se deixa por ela dominar, pode encontrar pela frente muita dor e
sofrimento.
***
Joanna de Ângelis, em Vida Feliz, 65, tem um conselho prudente sobre quando nos
sentimos inclinados a defender alguma opinião ou posição de forma apaixonada:
"Nem tanto ao mar, nem tanto à terra," ensina a filosofia popular.
Isto é um convite ao comedimento, a uma posição sem extremismos.
Toda vez que te apaixonas e tomas uma postura exagerada, cometes os mesmos erros que
censuras nas outras pessoas.
O meio-termo em matéria de discussão é uma situação ideal.
Não por comodidade ou medo, mas, porque desconhece a questão na profundidade que exige.
Um comportamento equilibrado se revela nos momentos em que são tomadas as decisões e
assumidas as posturas.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 907 e 908 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, ed. Feb e conto do livro
LENDAS DO POVO DE DEUS, de Malba Tahan
***
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#PsicologiaEspirita
172
A volta do Espírito ao mundo corpóreo é conhecida desde tempos remotos. Os Egípcios, os Hindus e os
Gregos sabiam que a alma poderia voltar à Terra, usando um novo corpo. Esses povos acreditavam que,
por efeito de determinada punição, essa volta à vida física poderia dar-se até num corpo animal.
Também os Judeus sabiam da volta do Espírito ao mundo corpóreo, mas não há referências que
admitissem pudesse esse retorno dar-se num corpo que não fosse humano. A reencarnação, para eles,
ocorria em algumas situações um tanto especiais: ou para concluir o que não tivessem conseguido
terminar numa vida, ou para serem punidos, face a males praticados. Quando o doutor da lei perguntou
a Jesus: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna”? (1), não estaria ele querendo que Jesus lhe
ensinasse alguma fórmula especial, uma espécie de atalho, que o desobrigasse de voltar à Terra, numa
nova encarnação? É difícil imaginar que o doutor da lei estivesse se referindo à obtenção da imortalidade,
pois os Judeus tinham convicção profunda a esse respeito. Tudo indica que ele pretendia lhe ensinasse
Jesus um procedimento que o livrasse do retorno aos trabalhos do mundo, como acontece ainda hoje
com pessoas que, ao se inteirarem da reencarnação – sem levarem em conta a necessidade evolutiva –,
solicitam expedientes que lhes possibilitem não terem mais que voltar à Terra...
Há outra situação em que os Judeus julgavam ser possível a reencarnação: o cumprimento de missão. O
exemplo mais claro é o da esperada volta do Profeta Elias para a preparação dos caminhos do Messias,
conforme atesta o próprio Mestre: “E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir” (2),
referindo-se a João Batista.
Coube ao Espiritismo trazer o conhecimento da reencarnação ao mundo ocidental, e o fez dando uma
visão muito mais ampla e profunda, demonstrando que todos os Espíritos reencarnam, não apenas para
a solução de equívocos de uma vida passada, ou para o cumprimento de determinada missão, mas pela
necessidade inerente a toda a criação: o imperativo do progresso, da evolução.
Em verdade, ainda que não houvesse nenhuma afirmação a respeito da pluralidade das existências, ela
seria depreendida como necessidade absoluta, face à amplitude do programa de aperfeiçoamento da
alma apresentado por Jesus, através do Evangelho.
***
De quanto milênios vamos necessitar para pormos em prática, integralmente, um ensinamento como
esse: “Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam, e orai pelos que
vos perseguem e caluniam” (3)? De quantos milênios vamos necessitar, nós Espíritos ainda vacilantes
entre o bem e o mal, que não sabemos amar plenamente nem os amigos? O Codificador demonstra sua
visão lúcida a respeito do assunto, quando inquire os Espíritos: “Como pode a alma, que não alcançou
a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se?” (4).
A Reencarnação – opondo-se frontalmente à salvação gratuita pela fé – dignifica o Espírito
imortal, que vai galgando os degraus do aperfeiçoamento ao longo dos milênios sucessivos, crescendo
em sentimento e intelectualidade, num trabalhoso processo de exteriorização da herança divina,
concedida igualmente a todos os Espíritos. No nascedouro, todos absolutamente iguais. As diferenças
individuais, portanto, não decorrem de capricho divino, mas sim do empenho de cada Espírito no sentido
de promover o seu próprio progresso. Nesse caminhar, vai recebendo, por justiça, os frutos de todo o
bem semeado, e, em função dessa mesma justiça, é compelido a reparar os males praticados, mas não
em igual medida, graças à misericórdia divina.
O Espiritismo, ao revelar ao mundo ocidental a Reencarnação, prova que a verdade religiosa não é
incompatível com a verdade científica, explicando que a evolução do Espírito caminha pari passu com a
evolução física demonstrada por Darwin, ao tempo em que resgata diante da consciência humana um
dos atributos básicos de um Ser Perfeito: a Justiça.
Tudo provém de uma mesma fonte, todos partimos de um mesmo ponto, dotados da mesma
potencialidade evolutiva, conforme ensinaram os Espíritos: “É assim que tudo serve, tudo se encadeia
na Natureza, desde o átomo primitivo ao arcanjo, que também começou por ser átomo.” (5).
Por conhecer essa luz divina imanente em toda a criação, é que Jesus lançou o desafio evolutivo: “Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens (...)”. (6).
173
A evolução do Espírito fica muito evidente nas palavras de Jesus, quando se declara, ele também, um
Espírito em evolução: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as
obras que eu faço, e as fará maiores do que estas (...).” (7).
É verdade que no dia em que chegarmos a fazer o que o Mestre fazia à época em que pronunciou essas
palavras – daqui a alguns milhões de anos –, pensando que nos igualamos a ele, ele estará ainda à nossa
frente, pois ele disse que poderíamos fazer obras maiores do que as que ele fazia, mas não disse que nós
o ultrapassaríamos. Ultrapassaremos o ponto evolutivo em que ele se encontrava naquele dia, mas ele
estará ainda à nossa frente, de vez que a evolução é infinita. E nós nem sabemos o que é infinito, a não
ser através de uma definição terrivelmente circular: “aquilo que não tem fim”!
***
Kardec, em brilhante ensaio (8), defende, com argumentação irretorquível, o imperativo da reencarnação
sob a ótica da justiça e da misericórdia de Deus. É um trabalho monumental, até hoje não contestado por
filósofo ou teólogo algum. Muitos livros foram escritos tendo como tema a reencarnação, mas não se
conhece nenhum trabalho sério que rebata os argumentos ali apresentados.
Aos argumentos alinhados pelo Codificador, pode-se ainda acrescentar uma série de outros, graças aos
esclarecimentos trazidos pelo Espiritismo:
Se o Espírito fosse criado juntamente com o corpo, como ficaria a justiça divina ante a flagrante diferença
que existe entre as oportunidades deferidas ao homem e à mulher, na família, na sociedade e até mesmo
nas religiões? Seria o caso de a mulher perguntar – e muitas perguntam – por que Deus as criou mulheres,
sem as consultar, para sofrerem, em muitos casos, cerceamento de liberdade por parte dos pais, e depois
as exigências e, não raro, a brutalidade dos maridos, enquanto lhes pesam nos ombros as sérias
responsabilidades no encaminhamento e na manutenção da saúde dos filhos. O Espiritismo, dentro de
uma visão evolucionista, mostra que o Espírito não tem sexo, podendo encarnar-se como homem ou
como mulher, segundo o seu livre-arbítrio.
De acordo com a doutrina da unicidade das existências, a criação de novas almas não seria decorrente da
vontade do Criador, mas estaria sujeita ao arbítrio dos casais, pois que poderiam usar um contraceptivo,
impedindo Deus de usar o Seu poder de criar uma nova alma. O Espiritismo nos ensina que, ao usar
qualquer recurso anticoncepcional, um casal apenas impede que um Espírito, já criado por Deus, que já
encarnou-se outras vezes, volte à Terra para uma nova etapa de aprendizagem.
No caso de um estupro, por que se valeria Deus de um ato de violência, de ultraje, de desrespeito, para
criar um Espírito? Onde estaria a justiça divina, se outros são criados, ao contrário, em momentos de
amor sublime, como filhos altamente desejados? Por que teria esse Espírito, fruto de uma violência, de
ficar estigmatizado por toda a Eternidade? Através dos esclarecimentos da Doutrina Espírita, sabe-se
que o acontecimento brutal que se deu tem causas anteriores, e que o Espírito que se reencarna,
aceitando ou sendo compelido a aceitar uma situação dessa natureza, tem ligações de natureza vária,
estabelecidas no passado, principalmente com aquela que lhe será mãe.
Se não houvesse experiências anteriores, como explicar a rebeldia, a brutalidade, o mau caráter de um
filho que tem toda uma ancestralidade constituída de pessoas dignas? Alguém poderá objetar, dizendo
que é herança genética de um parente longínquo. Mas que culpa têm os pais? Por que Deus permitiria
que esses gens danosos entrassem na formação daquela alma? A prosperar essa idéia, chegar-se-ia ao
absurdo de, no esforço de impedir Deus de criar Espíritos de mau caráter, dever-se-ia esterilizar todos
os que não fossem portadores de virtudes. Seria assim fácil “aperfeiçoar” a raça humana, como
pretenderam, no campo físico, os cultores da louca teoria da raça pura.
***
O Espiritismo esclarece que ninguém herda inteligência, virtudes ou defeitos morais, por serem atributos
do Espírito, que os traz como bagagem própria, intransferível quando reencarna. Se um casal tem um
filho que lhes nega as linhas morais da família, trata-se de um Espírito que foi por eles adotado, em
função do desejo de auxiliá-lo, ou o receberam como conseqüência de um passado comprometido com
ele, “porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo.” (9).
Dentro dessa linha de raciocínio, chega-se à conclusão que todos os filhos são adotivos, enquanto
Espíritos criados por Deus. O casal apenas “fornece o invólucro corporal.” (9).
Diga-se, de passagem, que, para um ajustamento de linguagem, dever-se-ia dizer: filhos consangüíneos
e não-consangüíneos, porque todos são adotivos.
174
A doutrina reencarnacionista é a única que não é racista, pois demonstra que Deus não seria justo se
criasse um Espírito imortal dentro de uma raça. O Espírito é criado por Deus e evolui, passando pela
humanização, no processo de angelizar-se. Ao humanizar-se, encarna-se inúmeras vezes, nas mais
variadas raças, mas seu início, sua criação não está vinculada a grupo étnico nenhum. A bem dizer, todos
os Espíritos pertencemos a uma única raça, pertencemos à raça divina, porque somos filhos de Deus.
Em determinada passagem de Epístola, o Apóstolo Paulo afirma: Pois aquilo que o homem
semear, isto também ceifará.
Habitualmente, se entende que somente após a vida terrestre faremos um balanço de nossas
ações, recebendo a justa recompensa, seja paz ou desequilíbrio.
Ocorre que não é necessário morrer para perceber a atuação da lei das compensações.
Reparemos o cenário da luta vulgar na Terra.
Há homens que são indiferentes às dores do próximo.
Por seu turno, eles também recebem a indiferença quanto às dores que experimentam.
Muitos optam pelo afastamento do convívio social.
Para esses a solidão deprimente é a resposta ao mundo.
Alguns se permitem utilizar extrema severidade no trato com o semelhante.
Mas também são julgados pelos outros com rigor e aspereza.
Há quem pratique, em sociedade ou em família, a hostilidade e a aversão.
Naturalmente, encontra entre vizinhos e parentes, primordialmente, antipatia e desconfiança.
Entretanto, muitos optam por demonstrar carinho e respeito, mesmo por desconhecidos.
Esses gestos amigos granjeiam o concurso fraterno até de grupos anônimos que a todos cercam.
***
Pequeninas sementeiras de bondade geram abençoadas fontes de alegria.
O trabalho bem vivido produz o tesouro da competência.
Atitudes de compreensão e gentileza estabelecem solidariedade e respeito, junto a nós.
Otimismo e esperança, nobreza de caráter e puras intenções atraem preciosas oportunidades de
serviço, em nosso favor.
Todo dia é tempo de semear. Mas, todo dia também é tempo de colher.
Não é necessário atravessar as portas do túmulo para encontrar a justiça, face a face.
A justiça revela-se no cotidiano, nos princípios de causa e efeito, em todos os instantes de nossa
vida.
A justiça Divina é, em última instância, uma lei de harmonia.
***
Deus criou o mundo com base em leis perfeitas, que regem a vida e a evolução das criaturas.
A energia que lançamos no mundo, seja de paz ou de desarmonia, nos pertence.
Ela até pode afetar momentaneamente os outros, mas sempre volta à origem, para quem a
emitiu.
Esse raciocínio evidencia o equívoco de pretender que Deus castiga Suas criaturas.
É inconcebível imaginar Deus no papel de carrasco, sondando os atos de cada um de Seus filhos,
para puni-los ao menor desvio.
Ele nos dá LIVRE-ARBÍTRIO, a fim de que cresçamos em experiência, discernimento e
compreensão.
Mas também nos dá RESPONSABILIDADE por nossos atos, permitindo que
experimentemos as consequências de todos eles.
Assim, se causamos desequilíbrio no Universo, fazendo mal a um semelhante, devemos
restabelecer o equilíbrio original, reparando as consequências.
176
Nesse contexto, está inteiramente em nossas mãos optar pela paz ou pela discórdia, pela saúde
ou pela doença.
Se tudo o que ofertamos ao mundo a nós retorna, é questão de bom senso adotarmos um padrão
de conduta generoso e nobre.
***
A sementeira de ontem já foi lançada e hoje colhemos os seus frutos, pois, não há como retornar
sobre os próprios passos e desfazer o passado.
Mas o amanhã está inteiro por construir.
Optemos firmemente pelo bem, seguindo os exemplos do Cristo.
Bem rápido a vida nos dará frutos de paz e amor.
Afinal, como disse o Apóstolo, "aquilo que o homem semear, isto também ceifará".
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 119, recomenda:
Sê sábio, investindo no futuro.
O que ora te acontece, resulta do passado que não podes remediar.
Mas, aquilo que irá suceder, depende do que realizes a partir de hoje.
Enquanto recolhes efeitos de ações passadas, estás atuando para consequências
futuras.
Conforme semeares, assim colherás.
A tua fatalidade é o bem. Como atingi-lo, será opção tua, mediante ação rápida ou retardada
e contra-marchas.
Ninguém está fadado ao sofrimento.
Este é o resultado da escolha errada.
Investe no amanhã e serás feliz desde hoje.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. XXXIV do livro SEGUE-ME, por Emmanuel e Francisco Cândido Xavier e cap. 119 de VIDA
FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
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#vidafeliz #futuro #equilibrio
177
“Jesus e o Pai são um. Quando eles fazem nascer o seu Sol sobre maus e bons e vir suas chuvas sobre justos
e injustos, estão proporcionando as mesmas oportunidades a todo o gênero humano para a sua redenção”.
I - Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi e vos designei para que vades e
deis frutos, e o vosso fruto permaneça. (João, 15:16).
II - Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou. Eu desci do céu
para fazer a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de
todos os que o Pai me deu. (João, 8:23; 6:38 e 39).
III - Assim como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor. Porque os meus discípulos
serão conhecidos por muito se amarem. (João, 15:9; 13:35).
IV - Disse-vos estas coisas para que a minha alegria esteja em vós e para que a vossa alegria seja completa.
(João, 15:11).
V - E como és Tu, ó Pai, em mim e eu em Ti, também eles sejam um em nós, a fim de que sejam aperfeiçoados
na unidade. (João, 18:22 e 23).
VI - Não Te rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim por intermédio da
sua palavra. (João, 17:20).
VII - Minhas ovelhas virão do Norte e do Sul, do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa com Abraão,
Isaque e Jacó no Reino dos Céus. Então haverá um só rebanho e um só Pastor. (Mateus, 8:11; João, 10:16).
Interpretação do discurso
Desse duro discurso proferido por Jesus, cheio de alertamentos aos que serão Vencedores com Ele (e não
aos que serão perdedores sem Ele), podemos tirar as seguintes conclusões:
1. Ninguém deve ser considerado líder religioso ou discípulo do Cristo apenas porque assim se proclama ou
assim é proclamado pelas convenções terrenas.
A condição de líder ou discípulo será comprovada pelas obras de cada um no campo da beneficência e da
solidariedade humana.
2. Todos os homens são da Terra e só Jesus é do Céu, ou seja, todos na Terra são iguais e um só se destaca e é
o Mestre Universal - o Cristo. Logo, a ordem divina é para que todos os discípulos do bem se unam no mundo,
em nível de igualdade, e levem a palavra da Boa-Nova a toda a Humanidade.
3. Permanecer na aura amorosa do Cristo deve ser o propósito de todo líder ou discípulo, e essa permanência
gera em consequência o amor fraterno, de forma assectária e universalista, por todos os seus irmãos em
humanidade - afetos e desafetos.
4. A mensagem de Jesus não é uma sentença de morte sombria e fatal, mas uma bandeira de júbilo e euforia
- e essa alegria espiritual gerada por ela deve ser a tônica das ações de todos os que se declaram seus discípulos.
5. Pelo fato de Jesus ser um com o Pai, o líder e o discípulo devem procurar ser um com Jesus, a fim de que
essa corrente divina se estabeleça, ligando a Terra ao Céu.
6. Os líderes e discípulos unidos devem vivenciar e promover a vivência e a propagação da mensagem cristã,
para despertar aqueles que ainda não tomaram conhecimento dela, sem pretensões seletivas, visto que só
Deus sabe quem são as ovelhas que, em todo o mundo, participarão do rebanho único de seu Filho.
7. As ovelhas do Cristo virão de todas as nações e de todas as religiões, e também dos agrupamentos sem matiz
religioso, cabendo apenas a Deus, através da ação missionária dos homens, tocar o coração daquelas que se
integrarão no rebanho único.
Este é o cerne do Ecumenismo estabelecido pelo Cristo.
- Duro é esse discurso; quem o poderá ouvir? dirão os que são contra a ideia ecumênica. E não a entenderão.
Mas não a entenderão porque foram batizados somente com água e não com fogo, e provavelmente lhe farão
oposição ou ficarão indiferentes. Mas os que forem batizados com o fogo do Espírito Santo entenderão. É para
esses que o Cristo destinou o Seu Reino futuro: Nada temais, ó pequenino rebanho, pois aprouve ao Senhor
Deus vos dar o seu Reino (Lucas, 12:32).
Conclusão e sugestão
178
Nossa sugestão aos líderes religiosos da atualidade (e que será provavelmente considerada excêntrica e
utópica pelos nichos conservadores de algumas religiões) é a seguinte:
- Sentem-se a uma mesa comunitária, de forma confortável e descontraída, regada a muito suco, vinho e chope
(conforme a preferência de cada um), acompanhados de deliciosos petiscos. Comam e bebam à vontade.
Falem sobre assuntos triviais, permutem suas histórias, suas lutas, suas dificuldades, suas vitórias. Narrem
casos hilários e riam a bandeiras despregadas, com direito a espirros de perdigoto no interlocutor. Recordem
também acontecimentos tristes, fases ruins, testemunhos, momentos de angústia, com direito a cabeças
reclinadas nos ombros uns dos outros, muitas lágrimas e lenços umedecidos.
É preciso quebrar a distância, o gelo, o protocolo, o engomamento gerados pelo ciúme doutrinário, pelo
isolamento e pela falta de prática no intercâmbio religioso. É preciso mesclar as experiências comuns, como
é costume fazer em família, quando todos se reúnem após longa viagem.
Muitos abraços, muitos afagos, muitos tapinhas nas costas. É isto que é o ecumenismo: uma reunião de
familiares, mortos de saudade e carentes de afeto, após uma separação de aproximadamente... 5000 anos.
Em seguida, como um bando de aves em revoada, saiam pelas ruas e batam de porta em porta, solicitando aos
moradores da cidade a contribuição de um quilo de mantimento de qualquer espécie - é a campanha do quilo
- ou uma peça de roupa usada. Depois, suarentos, sob um sol a pino, carregando sacoladas de doações nos
ombros, entrem na primeira favela que encontrarem e distribuam essas dádivas aos irmãos necessitados, com
um sorriso no rosto, uma palavra de fé e um abraço fraterno. Na choupana humilde, aceitem com boa vontade
um copo de água fria, uma xícara de café, e até um prato de sopinha rala se lhes forem oferecidos. É o que
faria Francisco de Assis no lugar de cada um.
Tradução: saiam da zona de conforto, desçam da torre de marfim do "sabe com quem está falando?" e das
indagações intelectuais infindáveis e estéreis. Partam para o corpo a corpo do trabalho de campo, na ação
social da solidariedade humana, para sentirem a alma do Cristo, que vivia entre os humildes e não desdenhava
a companhia dos publicanos, dos leprosos e das meretrizes.
Jesus não tem tempo para veranear pelos templos suntuosos de nenhuma religião da atualidade, visto que
sua presença é reclamada a todo momento ao pé do sofrimento humano, nos guetos, favelas e cortiços.
Se tudo isto for feito com o sentimento de caridade cristã e o amor exemplificado por Jesus, então os líderes
religiosos estarão prontos para sentarem-se à mesa de conferência e iniciarem as tratativas para a
harmonização ecumênica de seus vários rebanhos.
Porque se o movimento ecumênico começar pela base da pirâmide cristã, que é a caridade vivenciada em sua
singeleza mais absoluta, o movimento terá sucesso. Mas se começar por cima, pela tentativa de desbastar suas
diferenças doutrinárias, afiando uma agudeza noutra agudeza, estará fadado ao fracasso, porque terá
começado a construção desse Tabernáculo sagrado pela cumeeira e não pelo alicerce, e nenhuma construção
se sustenta se iniciada no vácuo.
Desarmem as almas, portanto. Tornem-se camaradas.
Amalgamem-se. Dispam os finos paramentos teológicos de seus antepassados, que, não obstante sua
importância, maçarocaram a singeleza da mensagem cristã, e vistam o burel grosseiro e surrado de Francisco
de Assis, o santo universal da alegria, da singeleza e da caridade. Sentem-se à mesa da harmonização universal
e estendam para o céu as mãos espalmadas, suplicando a Deus a esmola da Misericórdia Divina.
Se dessa atitude não resultar o Ecumenismo com "E" maiúsculo preconizado pelo divino Pastor em seu
Evangelho, este autor, envergonhado de pertencer a uma espécie tão irredutível, hipócrita e mesquinha,
rogará a Deus que risque seu nome, para sempre, do Livro da Vida.
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Revista Reformador- Abril 2017 / Mário Frigéri - mariofrigeri@uol.com.br
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#Reformador #Jesus #ecumenismo #fraternidade #respeito #dialogo
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Ante o grande lago, na tarde morna, nos pusemos a refletir. Sua quietude, suas águas calmas,
induziam a um estado interior.
E imaginamos como seria bom se pudéssemos ser serenos assim, quase imperturbáveis.
Quando um pequeno objeto atinge as águas, como uma pedrinha que joguemos, percebemos que no
exato lugar em que ela cai, círculos repetidos se vão formando.
Serenos, vão sendo consumidos pela tranquilidade, novamente. E o imenso espelho líquido continua
ali, retratando o céu azul, como se o desejasse imitar.
Serenidade. Poderíamos ser assim, demonstrar tanta serenidade, mesmo quando a violência explode
ao nosso redor?
Serenidade não quer dizer passividade ou indiferença frente aos acontecimentos. Significa
tranquilidade para resolver qualquer questão, por mais grave se apresente.
Mesmo com pessoas raivosas que costumam extravasar os seus sentimentos, agredindo com
palavras, gestos ou ações a quem esteja próximo.
Isso porque a violência sempre cederá frente àqueles que se mantêm serenos.
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Foi para situações dessa natureza que Jesus aconselhou oferecermos a outra face. A face da
serenidade, a que mostra um ângulo diferente do problema e da possível solução.
Ou que nos permita superar o conflito, sem nos contaminarmos com o sentimento inferior do outro.
Ou com a balbúrdia encenada por muitos.
Serenidade é manter-se em calma quando a tormenta se apresenta. É agir para que a harmonia
retorne, paulatina, como os círculos concêntricos nas águas do lago, perturbadas por um objeto
lançado.
A presença de uma pessoa serena, em um ambiente conturbado, pode garantir a segurança de muitos
porque evita que qualquer conflito se enraíze ou se espalhe, de forma descontrolada.
Durante a eclosão de um incêndio, é a serenidade dos bombeiros, que atuam com presteza,
segurança, sem precipitação alguma, que garante o êxito das suas ações.
É o comando da serenidade que impede, numa evacuação de recinto, que muitos pereçam pisoteados,
ou esmagados pelos outros.
Serenidade mostrou Jesus, perante a prisão e julgamento arbitrário, na noite de trevas.
Deixa-se conduzir como um cordeiro. Responde a Anás e Caifás. Também ao representante de César
na Judeia, o procurador Pilatos.
Na cruz, mesmo entre as dores da agonia, Ele se mantém sereno.
Sua mente está ligada ao Superior e Ele vai vencendo as horas e deixando as Suas derradeiras
recomendações.
Roga perdão aos Seus algozes, reconhecendo, Senhor das Estrelas, que eram ainda criaturas
inconscientes das atrocidades que cometiam.
Entrega Sua mãe aos cuidados do discípulo amado. Ele partiria e Sua mãe deveria ficar amparada
em braços amorosos.
Atende a súplica de Dimas, que reconhece os equívocos realizados e lhe acena com a possibilidade
de recompor os próprios erros, num paraíso de redenção, que ali se inicia.
Finalmente, sereno, diz: Pai, em Tuas mãos entrego meu Espírito.
Serenidade. Trabalhemos por conquistá-la, gema preciosa que nos resguardará de muitos
problemas, criados pela precipitação, pela impaciência, pela raiva incontida.
Serenos, prossigamos.
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"Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem anda nas trevas
não sabe para onde vai." (João 12:35)
A palavra MISERICÓRDIA tem origem latina, é formada pela junção de miserere (ter
compaixão), e cordis (coração).
"Ter compaixão do coração", significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente,
aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém, ser solidário com as outras pessoas ,
ou seja, sentir a miséria do outro no próprio coração.
Não resta dúvida que a evolução da espécie humana, no tempo e no espaço, sempre foi um misto
entre a sombra e a luz . Horas andamos nas luzes e horas percorremos em trevas. Andar e
percorrer não é possuir.
Desse processo, resultará a edificação do reino de Deus em nós. Muitas vezes praticamos
julgamentos e condenações imprecisos , precipitados e descaridosos, típicos de espíritos
imaturos e infantis.
Espíritos em evolução que temporariamente esquecem como agem a dor e as imperfeições,
frutos do livre arbítrio, assim nos afastando, num instante de rebeldia, das luzes que tanto
almejamos.
Em Mateus 12:7 encontramos a expressão de Jesus: ""Mas, se vós soubésseis o que
significa: Misericórdia quero e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes”. Um
alerta inequívoco dos cuidados que devemos ter antes de julgar alguém...
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O ato de julgar o outro é marca de espíritos pouco evoluídos e ainda insensíveis aos processos
de burilamento do Ser Imortal, esquecido das advertências do Cristo: "Aquele que dentre vós
estiver sem pecado que atire a primeira pedra".
A Justiça Divina chama a todos para a reabilitação diante das Leis de amor e pela Divina
Misericórdia somos beneficiados por essas mesmas Leis, tendo oportunidades valorosas de
ajustamentos éticos, morais e espirituais , por isso a benção da reencarnação.
Se pudéssemos explicar de maneira mais fácil a dádiva da reencarnação seria como ouvir a voz
de Deus dizendo: " Vai Filho, vive mais um tempo para acertar as pendências que ficaram no
ontem!"
O trabalho incessante no bem é recurso dos mais preciosos para a iluminação de nós mesmos.
A luz trazida pela Mensagem Imortal do Amor é sinal extremo da Misericórdia Divina que
aguarda possamos retribuir o amor com gestos de amor.
Sentir as misérias do outro no próprio coração é buscar recursos divinos em nós e espalhar as
sementes pequeninas da misericórdia nos corações ressequidos pela dor e sedentos da água da
compreensão.
Para iluminar os porões da nossa individualidade mister se faz viver diariamente com a perfeita
consciência do Deus que existe em cada um de nós. Lembremos as lutas, as edificações e assim
como do carvão mineral pode-se extrair o diamante puro, fulguremos nossa luz na forja do
destino a fim de marcharmos com o Criador amando e sentindo a intimidade do coração do
próximo.
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Joanna de Ângelis, no livro MOMENTOS DE CORAGEM, no capítulo CONDUTA DE
MISERICÓRDIA, recomenda:
Por isto, não julgues ninguém pela aparência, ou melhor, não te arvores a julgamento algum
com desconhecimento da causa reta.
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Muitas pessoas falam de forma equivocada a respeito da Justiça de Deus, talvez por desconhecerem a
grandeza das Leis Divinas, que são justas, sim, mas também de misericórdia.
Deus, que é a bondade suprema, não quer punir os Seus filhos, mas fazer com que caminhem em Sua direção,
no rumo da felicidade tão desejada.
Enquanto os homens julgam os fatos pelas aparências e circunstâncias do momento, a Justiça Divina abrange
um contexto muito mais amplo.
E as Leis Divinas consideram sempre a intenção que move os atos, nunca os atos em si mesmos.
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No filme nacional intitulado AUTO DA COMPADECIDA, uma comédia que retrata a vida dos habitantes do
sertão nordestino, há uma cena extremamente comovedora. É o momento em que o personagem João Grilo
e outros conterrâneos estão sendo julgados num tribunal do Além, e, como está prestes a ser enviado para
o inferno, João Grilo apela para Nossa Senhora, mãe de Jesus.
Maria de Nazaré, interpretada pela atriz Fernanda Montenegro, aparece no tribunal e diz a Jesus: Intercedo
por estes pobres, meu filho, que não têm ninguém por eles.
É preciso levar em conta a pobre e triste condição do homem.
Os homens começam com medo, coitados, e terminam por fazer o que não presta, quase sem querer... é o
medo.
Medo de muitas coisas... do sofrimento, da solidão, e, no fundo de tudo, medo da morte...
A Mãe Santíssima, compadecida com a miséria daquele pobre nordestino, que prestava contas de seus atos
no Além-túmulo, apela para o coração magnânimo do Filho, em favor do desafortunado.
Fala que ele teve que se acostumar com o pouco pão, com a fome, com a seca que castiga o solo, desde
muito cedo. Lembra que ele teve que abrir mão da infância para trabalhar desde menino. E quando não podia
mais suportar o fardo sobre os ombros... rezava.
A cada vez que a terra se partia por falta de chuva, ele se juntava a um grupo de retirantes e se ia, para voltar
de novo, com os primeiros pingos d'água, como se a esperança fosse uma planta que nascesse com a chuva.
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Retirando a alegoria e a forma fantasiosa que o cinema permite, podemos dizer que o filme reflete um pouco
da realidade.
O Pai Maior sempre leva em conta os motivos dos nossos tropeços e considera nossa real capacidade de
autossuperação.
A misericórdia Divina compreende nossos medos, nossas fraquezas, nossa falta de fé.
E não se pode conceber um pai que deixa seus filhos padecer a mais dolorosa miséria só para os infelicitar.
Todas as situações, pelas quais Deus nos permite passar, sempre têm o objetivo de nos fazer crescer e
aprender a viver.
Naturalmente, o Criador conhece nossos pensamentos e sentimentos mais secretos, por isso não adianta
tentar inventar desculpas para os atos praticados com maldade e egoísmo.
Dessa forma, não raro, o que para os homens parece não ter perdão, é perfeitamente desculpável diante da
Justiça Divina, e vice-versa.
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A Misericórdia de Deus sempre atua de forma que o mal aparente resulte em bênçãos reais, promovendo o
ser, quando ele aprende a retirar lições edificantes das ocorrências que lhe sucedem.
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Assim sendo, nas horas em que a dúvida se fizer presente, busque o auxílio de Jesus, Ele lhe mostrará a
verdade.
Quando a esperança tentar fugir pela janela, confie suas preocupações ao Sublime Pastor, que nunca
abandona Suas ovelhas.
E se alguma vez você der um mau passo, que seja por fragilidade e nunca pelo desejo do mal.
Se agir assim, tenha a certeza de que sempre haverá alguém que intercederá por você, em nome da
misericórdia e do amor.
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Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #misericórdia #misericordiadivina #julgamento #justiça #Julgar #comportamento
#justicadivina
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Em O LIVRO DOS ESPÍRITOS (questão 707), Allan Kardec fez a seguinte pergunta aos Espíritos superiores:
- É freqüente a certos indivíduos faltarem os meios de subsistência, ainda quando os cerca a abundância. A
que se deve atribuir isso?
E os espíritos responderam:
- Ao egoísmo dos homens, que nem sempre fazem o que lhes cumpre. Depois e as mais das vezes, devem-no
a si mesmos. Buscai e achareis: estas palavras não querem dizer que, para achar o que deseje, basta que o
homem olhe para a Terra. É preciso procurar, não com indolência, e sim com ardor e perseverança, sem
desanimar ante os obstáculos, que muito amiúde são simples meios de que se utiliza a providência, para lhe
experimentar a constância, a paciência e a firmeza."
Como podemos perceber, o EGOÍSMO continua sendo a grande barreira no caminho dos homens.
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Kalil Gibram, em seu livro O PROFETA, fala sobre o egoísmo e a preguiça de forma poética:
"A vós a terra oferece seus frutos, e nada vos faltará se somente souberdes como encher as mãos.
É trocando as dádivas da terra que encontrareis a abundância e sereis satisfeitos.
E, contudo, a menos que a troca se faça no amor e na justiça, ela conduzirá uns à avidez e outros à fome.
Quando vós, trabalhadores dos campos e dos vinhedos, encontrardes no mercado os tecelões, os oleiros e os
colhedores de especiarias, invocai o espírito mestre da terra para que desça sobre vós e santifique as balanças
e os cálculos que comparam valor com valor.
E não permitais que aqueles que têm as mãos vazias tomem parte nas vossas transações, eles vos venderiam
suas palavras em troca de vosso labor.
A tais homens devereis dizer: Vinde conosco aos nossos campos ou ide com nossos irmãos para o mar e jogai
vossa rede, pois a terra e o mar serão tão generosos para convosco quanto o são para conosco.
Mas quando vierem os cantores, os bailarinos e os flautistas, comprai de suas ofertas, pois eles também
colhem frutos e incensos e, embora feitos de sonhos, seus produtos são vestimenta e alimento para vossas
almas.
E antes de deixardes o mercado, vede que ninguém se retire de mãos vazias.
Pois o espírito mestre da terra não descansará em paz sobre o vento enquanto as necessidades do mais
humilde dentre vós não tiverem sido satisfeitas."
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Importante notar a lucidez nas palavras desses sábios que condenam o egoísmo e a indolência, e enaltecem
as mãos operosas e justas.
Existem pessoas que não têm o necessário para viver, por causa do egoísmo de alguns, mas também existem
aqueles que vivem na miséria por pura preguiça.
Desejam olhar para a terra e dela receber seus frutos, sem o menor esforço. Sentam-se confortavelmente
em suas cadeiras cativas, sem nada produzir, e esperam seus polpudos salários no fim de cada mês.
Mas como o Criador não privilegia nenhum de seus filhos, outorgou-lhes o trabalho como lei natural.
Quem não trabalha e mesmo assim recebe, fica devendo às leis morais da vida e, mais cedo ou mais tarde
deverá prestar contas dessa apropriação indébita.
Jesus, o maior sábio que já pisou o solo terrestre, enalteceu essa dinâmica ensinando: buscai e achareis.
Batei e a porta se abrirá.
Pensemos nisso, e coloquemos nossas possibilidades a serviço do progresso, sem egoísmo nem indolência.
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De um modo geral, nosso grande problema, nas relações pessoais, é que desejamos que os outros sejam
iguais a nós.
Em se falando de amigos, desejamos que eles gostem exatamente do que gostamos, que apreciem o mesmo
gênero de filmes e música que constituem o nosso prazer.
No âmbito familiar, prezaríamos que todos seus membros fossem ordeiros, organizados e disciplinados como
nós.
No ambiente de trabalho, reclamamos dos que deixam a cadeira fora do lugar, papel espalhado sobre a mesa
e que derramam café, quando se servem.
Dizemos que são relaxados e que é muito difícil conviver com pessoas tão diferentes de nós mesmos. Por
vezes, chegamos às raias da infelicidade, por essas questões.
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E isso nos recorda da história de um menino chamado Pedro. Ele tinha algumas dificuldades muito próprias.
Por exemplo, quando tentava desenhar uma linha reta, ela saía toda torta.
Quando todos à sua volta olhavam para cima, ele olhava para baixo. Ficava observando as formigas, os
caracóis, em sua marcha lenta, as florzinhas do caminho.
Se ele achava que ia fazer um dia lindo e ensolarado, chovia. E lá se ia por água abaixo todo o piquenique
programado.
Um dia, de manhã bem cedo, quando Pedro estava andando de costas contra o vento, ele deu um encontrão
em uma menina e descobriu que ela se chamava Tina. E tudo o que ela fazia era certinho.
Ela nunca amarrava os cordões de seus sapatos de forma incorreta nem virava o pão com manteiga para
baixo.
Ela sempre se lembrava do guarda-chuva e até sabia escrever o seu nome direito.
Pedro ficava encantado com tudo que Tina fazia. Foi ela que lhe mostrou a diferença entre direito e esquerdo.
Entre a frente e as costas.
Um dia, eles resolveram construir uma casa na árvore. Tina fez um desenho para que a casa ficasse bem
firme em cima da árvore.
Pedro juntou uma porção de coisas para enfeitar a casa. Os dois acharam tudo muito engraçado. A casa ficou
linda, embora as trapalhadas de Pedro.
Bem no fundo, Tina gostaria que tudo que ela fizesse não fosse tão perfeito. Ela gostava da forma de Pedro
viver e ver a vida.
Então Pedro lhe arranjou um casaco e um chapéu que não combinavam. E toda vez que brincavam, Tina
colocava o chapéu e o casaco, para ficar mais parecida com Pedro.
Depois, Pedro ensinou Tina a andar de costas e a dar cambalhotas.
Juntos, rolaram morro abaixo. E juntos aprenderam a fazer aviões de papel e a lançá-los, voando, para muito
longe.
Um com o outro, aprenderam a ser amigos até debaixo d'água. E para sempre.
Eles aprenderam que o delicioso em um relacionamento é harmonizar as diferenças.
Aprenderam que as diferenças são importantes, porque o que um não sabe, o outro ensina. Aquilo que é
difícil para um, pode ser feito ou ensinado pelo outro.
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É assim que se cresce no mundo. Por causa das grandes diferenças entre as criaturas que o habitam.
A Sabedoria Divina colocou as pessoas no mundo, com tendências e gostos diferentes umas das outras.
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Servir ao próximo, sim. Igualmente, nos conceder um mimo a nós mesmos, por segundos que
sejam, a cada dia.
Algo que nos faça bem, nos eleve, nos reabasteça o ânimo, nos reative a esperança, nos faça
crescer.
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Auto-analisemo-nos com carinho e sinceridade, buscando superar as ansiedades e os temores
que afetam nosso comportamento.
Atitudes tranquilas são resultado de realização íntima, que somente conseguiremos mediante
exercícios de prece, paciência e meditação.
É o caminho mais adequado para aprender a governar nossas emoções e nos conhecer melhor.
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Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #vida #objetivos #comportamento #autoconhecimento #consciência #meditação
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"(...) Minha situação espiritual não é das melhores, porquanto se algo realizei em benefício do
semelhante, fui muito descuidado em relação ao meu próprio Espírito. É relativamente fácil
trabalhar pelo bem alheio; difícil é impedir o mal em nós mesmos. Não há dificuldade em orar
por alguém, visitar o doente, pronunciar palavras de conforto e estímulo, atender o necessitado ...
Difícil é conter a irritação, evitar a maledicência, exercitar o perdão, abortar a má
palavra ...
Semelhantes impulsos estão muito arraigados em nosso coração! E há os vícios ... Incrível! Nem
tenho conta das manifestações que presenciei de entidades desencarnadas a lamentar os
excessos à mesa, os desregramentos, o álcool, o fumo, o tóxico ... E eis-me aqui a engrossar o
coro dos atormentados do Além, porque jamais levei a sério as advertências contidas naqueles
dolorosos depoimentos!.
(...) Todos temos fraquezas, mas, ante as bênçãos do conhecimento espírita, há a obrigação de
combatê-las. Enquanto permanecemos na escuridão, ninguém pode nos criticar se tropeçamos,
mas quando a luz (do conhecimento espírita) se faz, cumpre-nos olhar por onde andamos. Nada
posso fazer senão lamentar o tempo perdido, mas vocês permanecem na luta. Aproveitem as
oportunidades; não percam tempo, aprendam a se analisar, olhem dentro de si mesmos, vejam
o que deve ser mudado e o façam, a fim de não colherem decepções idênticas às minhas...O título
de servidor do Evangelho é importante: habilita-nos a muitas bênçãos, mas somente como
discípulos autênticos do Cristo estaremos construindo, realmente, nossa felicidade. Isso pede
não apenas a movimentação de nossas mãos pelo solo promissor da Fraternidade, mas,
sobretudo, de nossa vontade, a trilhar com decisão árduos caminhos do aprimoramento
espiritual."
***
O conhecimento espírita é bênção de esclarecimento e orientação, amenizando as agruras
da jornada humana e estimulando-nos à movimentação pelo solo da Fraternidade, onde
colhemos abençoadas flores de Esperança e frutos dadivosos de trabalho enobrecedor ...
Mas representa, também, intransferível acréscimo de responsabilidade no campo do
aprimoramento individual, partindo do princípio evangélico de que muito será solicitado
àquele que muito recebeu.
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Extraído do livro: Atravessando a Rua, por Richard Simonetti
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#desencarne #espiritismo #vidaaposamorte #causaeefeito #comportamento #vigilância #CondutaEspirita
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É comum, em relação à questão da saúde, vivermos, quase sempre, procurando combater a doença, haja
vista o número de remédios, farmácias, hospitais equipados com alta tecnologia para diagnóstico e
tratamento, planos de saúde, etc.
Por esses meios buscamos a libertação de nossos males, no entanto, continuamos doentes e mais ansiosos
em nos vermos livres das doenças.
Novas doenças aparecem a cada dia, doenças milenares ressurgem com toda a força. Tudo isso acontece
num momento em que a Medicina conta com recursos avançadíssimos de diagnóstico e tratamento. Por que
isso acontece?
Em uma abordagem profunda, querer se livrar da doença não significa a mesma coisa que buscar a saúde.
Desenvolver a saúde requer um movimento do indivíduo em direção a ela. Não é possível nos livrarmos da
doença de fora para dentro.
Muito menos, através de uma atitude de ansiedade e inquietação no sentido de arrancá-la de nós, por meio
de recursos externos.
Arrancá-la só nos trará um alívio temporário para que, posteriormente, possamos agir de outra maneira.
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A causa das doenças, tanto as mentais quanto as físicas, estão no Espírito doente que ainda somos,
comprometidos com a ignorância e a ilusão, a rebeldia e a violência, o egoísmo e a negação do dever.
Todos esses fatores são geradores de sofrimentos, de enfermidades e dores.
O ser, então, sem a ética necessária ou o sentimento de superior eleição, atira-se nos cipoais dos conflitos
que geram a desarmonia das defesas orgânicas.
Essas cedem à invasão de micróbios e vírus que lhes destroem a imunidade, instalando-se, insaciáveis,
devoradores.
Certamente, as terapias convencionais ajudam na recuperação da saúde, na sua relativa manutenção.
Todavia, somente os fatores internos que respondem pelo comportamento emocional e social podem criar
as condições permanentes de bem-estar, erradicando as causas penosas e promovendo o equilíbrio
estrutural do ser.
Encobrir uma ferida não impede que ela permaneça decompondo a área, na qual se encontra instalada.
Jesus sintetizou no amor a força poderosa para a anulação das causas infelizes do sofrimento e para a sua
compensação pelo bem.
Na fé, a canalização de todas as possibilidades psíquicas alterando a ação das forças habituais.
A fé tudo pode, pois aciona inexplorados mecanismos íntimos do homem, geradores de forças não utilizadas,
modificando por completo a paisagem interna e, posteriormente, a paisagem externa do ser.
Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, através da observância das lições do Evangelho e das
diretrizes propostas pelos Espíritos Superiores, aludindo a Jesus, apresentou a CARIDADE como sendo a via
real para a salvação, a aquisição da saúde integral.
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 86, recorda:
Muitas enfermidades têm origem no temperamento desajustado, nas emoções em desalinho, em influências
espirituais negativas.
A ansiedade, o medo, o pessimismo, a ira, o ciúme, o ódio, são responsáveis por males que ainda não se
encontram catalogados, prejudicando a saúde física, emocional e mental.
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Esforça-te por permanecer em paz, cultivando os pensamentos bons, que te propiciarão inestimáveis
benefícios.
Conforme preferires mentalmente, assim te será a existência.
***
Pensemos nisso!
Somente uma ação decisiva, firme, visando a saúde espiritual, nos libertará definitivamente das doenças que,
em si mesmas, são caminhos para a conquista da saúde do Espírito.
É na transformação moral do indivíduo para melhor e na ação da caridade que a cura se processa e o
sofrimento se dilui, cedendo lugar à paz e ao equilíbrio psicofísico.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro SAÚDE ESPIRITUAL, de Alírio de Cerqueira Filho, ed. Ebm e do cap. VIII do livro
PLENITUDE, por Joanna de Ângelis e Divaldo Pereira Franco, ed. Leal
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#momentoespirita #comportamento #saúde #doenças #vigilância #sofrimento #ansiedade #fraternidade
#vidafeliz #PsicologiaEspírita
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125 - CASAMENTO
O casamento é experiência nobre que pode nos credenciar aos altos planos da Criação, ao encontro da
felicidade plena que tanto desejamos.
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Joanna de Ângelis, na mensagem CASAMENTO E FAMÍLIA, explica:
O matrimônio é uma experiência emocional que propicia comunhão afetiva, da qual resulta a prole sob a
responsabilidade dos cônjuges, que se nutrem de estímulos vitais, intercambiando hormônios preservadores
do bem estar físico e psicológico. Não é, nem poderia ser, uma incursão ao país da felicidade, feita de sonhos
e de ilusões.
Representa um tentame, na área da educação do sexo, exercitando a fraternidade e o entendimento, que
capacitam as criaturas para mais largas incursões na área do relacionamento social. Ao mesmo tempo, a
família constitui a célula experimental, na qual se forjam valores elevados e se preparam os indivíduos para
uma convivência salutar no organismo universal, onde todos nos encontramos fixados.
A única falência, no momento, é a do ser humano, que se perturba, e, insubmisso, deseja subverter a ordem
estabelecida, a seu talante, em vãs tentativas de mudar a linha do equilíbrio, dando margem às alienações
em que mergulha.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 696, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, ed. Feb. e livro SOS FAMÍLIA,
mensagem CASAMENTO E FAMÍLIA, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
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#momentoespirita #livrodosespiritos #compreensão #tolerância #casamento #familia #responsabilidade
#família
196
Realizar o melhor em tudo que façamos, em tudo que nos seja conferido a elaborar. Deixar um
rastro de luz por onde passemos.
Façamos isso e, então, se a morte nos surpreender no dobrar dos minutos, seguiremos em paz,
com a consciência de Espíritos que vivemos na Terra doando o melhor e, agora, adentraremos a
Espiritualidade, para o reencontro com os amores que nos antecederam.
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Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 60, nos convida a refletir sobre a morte:
Vez que outra, dedica algum tempo para meditar a respeito da morte.
A morte arrebata os inimigos, os afetos, e te chegará num momento qualquer.
Prepara-te todo dia, como se ele fosse o teu último na Terra.
Acostumando-te a pensar na morte, ela não te ferirá quando passe pela tua porta ou conduza
alguém que te seja amado.
São Francisco de Assis aguardava-a com a tranquilidade com que "capinava o jardim".
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Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #desencarne #reflexão #comportamento #vidafeliz
202
Bertrand Russel é considerado um dos maiores filósofos do século XX. Suas obras trafegam pelos campos da
matemática, da lógica e da moral com igual desenvoltura.
Em 1959, ele foi entrevistado pela Rede Britânica de Televisão, a BBC. Contava, então, oitenta e sete anos.
Entre outras questões, o repórter propôs que ele dissesse, dentre as lições que aprendera em sua vida, algo que
reputasse de importância para as gerações futuras do próximo milênio.
Russel respondeu que apreciaria oferecer um conselho de aspecto moral. E sintetizou: O amor é sábio, o ódio é
tolo.
E continuou seu raciocínio: Neste mundo, que está ficando mais e mais conectado, temos que aprender a tolerar
uns aos outros.
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Temos que aprender a aceitar o fato de que algumas pessoas dizem coisas de que não gostamos. Só podemos
viver dessa forma.
Se estamos vivendo juntos, precisamos aprender a bondade da caridade e da tolerância, o que é absolutamente
vital para a continuação da vida humana neste planeta.
Com quase noventa anos de existência, inúmeros livros publicados, aulas e conferências proferidas, prêmios e
reconhecimento recebidos, Bertrand Russel conclui pelo simples e aconselha que é necessário nos tolerarmos.
E que amar é uma questão de sabedoria, posto que o ódio é tolo.
Muitos de nós investimos nosso tempo, esforço, energia e raciocínio desenvolvendo desamor, em relação ao nosso
próximo.
É natural que essa ou aquela pessoa venha a falar coisas de que não gostamos.
Uns dão palpite em nossa vida, sem que tenhamos solicitado, mesmo sem conhecerem o que nos está
acontecendo e que nos levou a tomar essa ou aquela atitude.
Outros nos criticam, dizendo que deveríamos ter tomado outra decisão, agido de forma diversa, mesmo sem
nunca nos terem oferecido sua ajuda, nos nossos momentos de dificuldades.
***
É natural que assim seja. Cada um de nós tem seus próprios conceitos, verdades e visão de mundo.
E, não raro, acreditamos que nossos valores e percepções podem servir para todos.
Assim, facilmente, damos conselhos e palpites onde não somos chamados a ofertá-los. Ou criticamos pessoas e
instituições com as quais não colaboramos.
Uma boa sugestão é principiarmos a usar a empatia, a compreensão.
A possibilidade do contato intenso com todos e com tudo, graças àquilo que a tecnologia nos oferece, é
oportunidade para desenvolvermos a tolerância.
Ser compreensivo, tolerante e paciente isolado do mundo é tarefa fácil e pouco desafiadora.
O grande desafio da atualidade é aprendermos, como nos alerta o filósofo, a nos servirmos da bondade, da
caridade e da tolerância.
***
Por fim, recordemos do ensinamento dos Espíritos nobres, conforme se encontra em O LIVRO DOS ESPÍRITOS,
questão 886:
886. Qual é o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entende Jesus?
— Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas.
Comentário de Kardec: O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer-
lhe todo o bem possível, que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das palavras de Jesus: “Amai-vos
uns aos outros, como irmãos”.
203
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes,
quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores. Ela nos manda ser indulgentes porque temos necessidade
de indulgência, e nos proíbe humilhar o infortúnio, ao contrário do que comumente se pratica. Se um rico nos
procura, atendemo-lo com excesso de consideração e atenção, mas se é um pobre, parece que não nos devemos
incomodar com ele. Quanto mais, entretanto, sua posição é lastimável, mais devemos temer aumentar-lhe a
desgraça pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos,
diminuindo a distância entre ambos.
***
Portanto esforcemo-nos para aprender essas virtudes, estaremos trilhando o caminho da sabedoria e o do amor,
tal como aconselhou o sábio pensador britânico.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 886 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, ed. Feb. e livro ESTANTE DA
VIDA, Cap. 1, por Irmão X e Francisco Cândido Xavier
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#momentoespirita #livrodosespiritos #caridade #empatia #indulgência #compreensão #respeito #críticas
#benevolência
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Narra-se que Leonardo Boff, num intervalo de uma conversa de mesa-redonda sobre religião e paz entre os
povos, perguntou ao Dalai Lama:
- Santidade, qual a melhor religião?
O teólogo confessa que esperava que ele dissesse: É o budismo tibetano. Ou São as religiões orientais, muito
mais antigas que o Cristianismo.
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, olhou seu inquiridor bem nos olhos, desconcertando-
o um pouco, como se soubesse da certa dose de malícia na pergunta, e afirmou:
- A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus. É aquela que te faz melhor.
Para quem sabe sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, Boff voltou a perguntar:
- O que me faz melhor?
- Aquilo que te faz mais compassivo; aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais
humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...
Boff confessa que calou, maravilhado, e até os dias de hoje ainda rumina a resposta recebida, sábia e
irrefutável.
O Dalai Lama foi ao cerne da questão: a religião deve nos ser útil para a vida, como promotora de melhorias
em nossa alma.
Não haverá religião mais certa, mais errada, mas sim aquela que é mais adequada para as necessidades deste
ou daquele povo, desta ou daquela pessoa.
Se ela estiver promovendo o Espírito, impulsionando-o à evolução moral e estabelecendo este laço
fundamental da criatura com o Criador -independente do nome que este leve ela será uma ótima religião.
Ao contrário, se ela prega o sectarismo, a intolerância e a violência, é óbvio que ainda não cumpre
adequadamente sua missão como religião.
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O eminente Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, quando analisou esta questão, recebeu a seguinte
resposta dos Espíritos de luz:
- Toda crença é respeitável quando sincera, e conduz à prática do bem. As crenças censuráveis são as que
conduzem ao mal.
Dessa forma, fica claro mais uma vez que a religião, por buscar nos aproximar de Deus, deve, da mesma forma,
nos aproximar do bem, e da sua prática cotidiana.
Nenhum ritual, sacrifício, nenhuma prática externa será proveitosa, se não nos fizer melhores.
Deveríamos empreender nossos esforços na vida para nos tornarmos melhores.
Investir em tudo aquilo que nos faz mais compreensivos, mais sensíveis, mais amorosos, mais responsáveis.
A melhor doutrina é a que melhor satisfaz ao coração e à razão, e que mais elementos tem para conduzir o
homem ao bem.
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Gandhi afirmava que uma vida sem religião é como um barco sem leme.
Certamente todos precisamos de um instrumento que nos dirija. Assim, procuremos aquela religião que nos
fale à alma, que nos console e que nos promova como Espíritos imortais que somos.
Transmitamos às nossas crianças, desde cedo, esta importância de manter contato com o Criador, e de
praticar o bem, acima de tudo.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 302 e 838 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, ed. Feb. e
livro ESPIRITUALIDADE, UM CAMINHO DE TRANSFORMAÇÃO, de Leonardo Boff, ed.
Sextante.
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#momentoespirita #livrodosespiritos #religião #autoconhecimento #compreensão #respeito #comportamento
#aprendizado
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Quando ouvimos a palavra MATERIALISMO, por vezes desconhecemos o seu real significado e suas
dimensões.
De modo geral, temos uma visão superficial do termo, que em verdade representa correntes filosóficas
antigas com bases bem sedimentadas.
Ele está na via oposta ao idealismo, o espiritualismo e a metafísica, desde que afirma a prioridade da matéria
sobre o Espírito. Até mesmo o pensamento seria uma manifestação interior da matéria.
Vale ressaltar que o materialismo se estende ao modo de viver em que o gozo das coisas materiais se
apresenta como uma filosofia de vida, caracterizada pelo grande apego aos bens materiais.
Segundo essa filosofia, a vida se inicia no momento do nascimento e acaba com a morte do corpo.
As correntes espiritualistas, no lado oposto, apresentam a realidade do Espírito, isto é, demonstram que
somos algo mais do que um aglomerado de matéria e que há uma inteligência, uma alma, um ser
imponderável, no comando da máquina corpórea.
O Espiritismo, quando se apresenta como a ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos,
bem como de suas relações com o mundo corporal, deixa claro seu perfil espiritualista, devidamente
embasado em métodos científicos de estudo.
Ao estudar essa essência inteligente que todos somos, a Doutrina Espírita abre um horizonte de
consequências importantíssimas para a vida.
Suponhamos que um homem de vinte anos tenha a certeza de que vai morrer aos vinte e cinco, que fará ele
nesses cinco anos que lhe restam?
Trabalhará para o futuro? Certamente que não. Ele tratará de desfrutar a vida o mais possível, considerando
como um engano obrigar-se a fadigas e privações sem proveito.
Mas se ele tiver a certeza de viver até aos oitenta anos, agirá de forma totalmente diferente, porque
compreenderá a necessidade de sacrificar alguns instantes do repouso atual para assegurar o repouso no
futuro, durante longos anos.
O mesmo ocorre com aquele para quem a vida futura é uma certeza.
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Quando existe dúvida quanto à existência da vida futura o indivíduo é conduzido, naturalmente, a tudo
sacrificar aos prazeres do presente, daí dar importância excessiva aos bens materiais.
A cobiça, a inveja e o ciúme daquele que tem pouco contra o que tem muito, são estimulados pela
importância atribuída aos bens materiais.
Da cobiça ao desejo de se conseguir, a qualquer preço, o que o vizinho possui não há mais que um passo,
surgindo, então, os ódios, as discussões, os processos, as guerras e todos os males engendrados pelo egoísmo.
Com a dúvida sobre o futuro, o homem, abatido nesta vida pelo desgosto e pelo infortúnio, só vê o fim dos
seus sofrimentos na morte, e, não esperando mais nada, acha racional abreviá-los pelo suicídio.
Vejamos aí um dos grandes perigos do materialismo, a falta de significado da existência, a vida vazia, sem
propósito e sem perspectiva de futuro.
Somos Espíritos atuando sobre a matéria. A matéria nos serve, e não o contrário.
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Allan Kardec, em dado momento, fez a seguinte pergunta para os imortais:
- De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso?
E os nossos irmãos maiores, na espiritualidade, responderam:
209
- Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde
se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem
perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas,
castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos.
Pensemos a respeito e alicercemos nossos valores nessas certezas maiores. Isso nos dará sentido à existência,
isso nos apontará a felicidade.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 799 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, e Capítulo II, item 100, do livro O QUE É O
ESPIRITISMO, ambos de Allan Kardec.
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#momentoespirita #livrodosespiritos #materialismo #espiritualismo #espiritismo #espiritos #vidaaposamorte
#aprendizado
210
A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, tem o que é considerado o estudo mais longo acerca da
felicidade.
O Harvard Study of Adult Development existe desde 1938 e observou, desde então, a vida de setecentos
e vinte e quatro jovens. Acompanhou seu crescimento, suas famílias e as novas gerações.
O estudo abrange diversas áreas, mas a principal delas diz respeito à análise do nível de felicidade dessas
pessoas.
As observações minuciosas buscaram responder à questão: O QUE FAZ UMA VIDA FELIZ?
E as principais conclusões foram as seguintes: conexões sociais são muito boas para nós, enquanto a
solidão mata.
As pessoas que são mais conectadas socialmente, à família, amigos e comunidade, são mais felizes, são
fisicamente mais saudáveis e vivem mais.
Não se trata apenas do número de pessoas à volta, do número de amigos que têm, ou se estão num
relacionamento sério ou não, mas, principalmente, da qualidade dos relacionamentos mais próximos.
O estudo também concluiu que os bons relacionamentos não protegem apenas nossos corpos, mas
também nosso cérebro.
As pessoas que mantêm bons relacionamentos, sobretudo quando estão em avançada idade, têm sua
memória melhor preservada, isto é, ela se mantém viva por mais tempo.
O diretor atual da pesquisa, Robert Waldinger, afirma que essas relações não precisam ser perfeitas,
onde só reine a paz, sem problemas ou discussões.
Não, o que mais importa, segundo ele, é o fato de um saber que pode contar com o outro. E que esses
pequenos problemas do dia a dia não se fixam na memória. As relações em si sempre falarão mais alto.
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O homem deve progredir, mas não pode fazer isso sozinho porque não dispõe de todas as faculdades.
Por isso precisa se relacionar com outros. No isolamento, se embrutece e se enfraquece.
Nenhum ser humano possui todos os conhecimentos. Pelas relações sociais é que se completam uns aos
outros para assegurar seu bem-estar e progredir.
Tendo necessidade uns dos outros, somos feitos para viver em sociedade e não isolados.
Desses laços, os familiares são aqueles que representam os de maior importância, pois muitos deles são
escolhidos ou aceitos num planejamento prévio de cada nova encarnação.
Isso quer dizer que podemos escolher em que lar iremos nascer, se tivermos merecimento e
discernimento para tal. O que acontece, para a maioria de nós, é uma escolha por necessidade, isto é,
precisamos estar vinculados a esse ou aquele lar por compromissos anteriores.
Pensando assim, a felicidade nas relações sociais na família poderá ter dupla causa: a primeira está no
próprio laço em si, que nos faz mais felizes por poder contar com amores ao nosso lado.
A segunda, pela chance de podermos resgatar débitos do passado, de ajudar quem prejudicamos e, em
muitos casos, como missões, auxiliar Espíritos que vêm à Terra em condições precárias, necessitando de
orientação e amorosidade.
O que faz uma vida feliz?
Viver boas relações em que se possa doar, mais do que receber. Amar, acima de tudo.
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Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 43, acerca do assunto "ser feliz", nos recorda:
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Enquanto o trem se afastava, o jovem ficou meditando... O que pretendia resolver pela força foi alcançado com
algumas palavras meigas.
Nesse dia, ele aprendeu, através de uma lição viva, a arte de resolver conflitos.
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E Joanna de Ângelis, no livro VIDA FELIZ, 121, com o objetivo de nos auxiliar a resolver e a evitar conflitos, nos
sugere:
Ouve com serenidade sempre que a tal sejas convocado.
Permite que o outro conclua o pensamento, não antecipando conclusões, certamente incorretas.
Nem todos sabem expressar-se com rapidez e clareza.
Escuta, portanto, com boa disposição, relevando as colocações e palavras indevidas, assim, buscando entender o
que ele te deseja expor.
Se te acusa, procura a raiz do mal e extirpa-a. O diálogo deve sempre transcorrer sem azedume, deixando saldo
positivo.
Se te esclarece ou ensina, absorve a lição.
Se acusa alguém, diminui a intensidade da objurgatória com expressões de conforto ao ofendido.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Conto do Livro HISTÓRIAS DA ALMA, HISTÓRIAS DO CORAÇÃO, de Christina Feldman e
Jack Kornfield, ed. Pioneira.
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#momentoespirita #reflexão #comportamento #conflitos #discussão #dialogo #diálogo #Justiça #empatia
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Conta-se que um rico fazendeiro foi queixar-se ao padre da paróquia local, dizendo que as pessoas não o viam
com bons olhos porque ele não ajudava as outras pessoas nem contribuía com as obras assistenciais da igreja.
- Ora, disse o fazendeiro, todos sabem que, quando eu morrer, deixarei tudo o que tenho para a igreja e seus
pobres.
O sacerdote, homem sábio, disse ao fazendeiro:
- Vou lhe contar uma história. A história da vaca e do porco.
Um dia o porco foi reclamar com a vaca porque ninguém lhe dava valor. Todos o desprezavam. "Afinal", disse ele,
"eu doo tudo o que tenho aos homens. Eles consomem a minha carne, usam meus pelos para fazer pincéis, e
aproveitam até meus ossos.
Mesmo assim sou um animal desconsiderado. O mesmo não acontece com você, que dá apenas o leite e é
reverenciada por todos", concluiu o pobre porco.
A vaca, que ouvia com atenção, falou: "Talvez seja porque eu doo um pouco de mim todos os dias, enquanto estou
viva, e você só tem utilidade depois de morto”.
O fazendeiro agradeceu ao padre pela lição e se retirou pensativo.
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E você, em que tem contribuído com a sociedade da qual faz parte, enquanto está a caminho?
Muitos pensam e agem como o fazendeiro. Pretendem dispor dos seus bens apenas depois da morte, quando não
precisarão de mais nada.
Outros pensam em doar um pouco do seu tempo ao próximo só depois que se aposentarem.
No entanto, a necessidade não aguarda o tempo propício para visitar os desafortunados.
A carência pede socorro agora, não mais tarde.
A necessidade roga mãos caridosas hoje, não amanhã.
A ignorância solicita esclarecimento imediato, não num futuro distante.
Existem tantas frentes de trabalho aguardando mãos dispostas a se movimentar em prol do semelhante, nos mais
variados campos de ação. Basta vontade e disposição.
Os recursos que Deus coloca em nossas mãos são para serem movimentados em favor do bem geral, produzindo
bem-estar e fomentando a esperança.
E, por recursos, entendemos não só os bens materiais, mas a saúde, a lucidez, as condições favoráveis de modo
geral.
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Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, perguntou aos Sábios do Além se, para agradar a Deus e assegurar a
sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal.
E os Benfeitores responderam:
- Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de
não haver praticado o bem.
Percebemos, assim, que o mal que resulte da nossa omissão ou indiferença, será de nossa inteira responsabilidade
perante as leis maiores.
Quando temos condições de praticar o bem e não o fazemos e daí resultar algum mal, esse será por nossa conta.
Questão grave esta, que merece nossa atenção.
Se somos daqueles que dizemos: Eu não faço mal a ninguém, e achamos que isto basta, reconsideremos nossos
conceitos, pois as leis estabelecem que devemos fazer o bem no limite de nossas forças.
E nossas forças contemplam tudo o de que dispomos em nosso favor: forças físicas, intelectuais, morais,
financeiras.
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Assim sendo, é importante que façamos um balanço das nossas possibilidades e as movimentemos, de forma
efetiva, na construção de uma sociedade mais justa e mais feliz, agora.
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Se você tem condições de auxiliar uma criança pobre a ter acesso à escola e à saúde, agora, talvez esteja evitando
que um criminoso a mais se movimente pelas ruas, amanhã.
Se você pode custear a Universidade de um jovem carente, hoje, e não o faz, é bem provável que tenhamos um
delinquente a mais no futuro.
Enfim, se você pode ajudar a construir escolas no presente, por que esperar a necessidade de se construir prisões
amanhã?
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E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 35, aconselha:
Reserva algum período do teu tempo ao serviço sem remuneração à caridade fraternal, à ação em favor da
comunidade.
A "hora vazia" é sempre espaço mental perigoso. Oferece-a ao teu próximo, a alguma Sociedade ou Agremiação
que se dedique à benemerência, à construção de vidas.
Pequenas ajudas produzem os milagres das grandes realizações.
Jamais te escuses a este mister de ajuda desinteressada, não retribuída.
Há muita aflição esperando socorro e compreensão.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 642 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, ed. Feb. e vídeo Um impulso
para as águias, da Siamar.
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#momentoespirita #livrodosespiritos #caridade #empatia #indulgência #compreensão #vida #bem #mal
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Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 69, nos recorda:
Ser pai ou mãe é uma grande responsabilidade.
Cada criatura traz o destino que organizou para si mesma em reencarnações passadas. No entanto, ela nunca
deixará de assimilar os exemplos vividos no lar pelos pais.
A primeira escola é, pois o lar, e este, por sua vez é o resultado da conduta dos esposos que se devem esforçar
para fazê-lo agradável, honrado e rico de paz.
Abençoa o teu filho com as tuas palavras e conduta, fazendo-te amigo dele em todas as situações.
Os filhos, como todos nós, somos de Deus, e prestarás conta do empréstimo que te foi concedido para educar.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 582 e 583 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, ed. Feb. e livro
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO, pt. 1, por Camilo e José Raul Teixeira
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#momentoespirita #livrodosespiritos #criança #infância #educação #família #responsabilidade #lar
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Os que nos ensinaram que, acima de todos nós, a imensa família universal, há um Pai Amoroso
e Bom, cujo Amor nos criou e nos sustenta.
Um Pai que nos ama e que aguarda nosso retorno ao lar paterno, com o livro da vida
assinalado: Vitória!
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 383 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, ed. Feb. e versos da poesia
MEUS OITO ANOS, de Casimiro de Abreu
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#momentoespirita #livrodosespiritos #criança #infância #educação #família #responsabilidade #lar
#reflexão #meditação
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Nossa visão limitada dos acontecimentos da vida, às vezes, não nos permite entender os mecanismos divinos na
coordenação da Sua obra.
Quando vemos um pequeno ramo verde romper a terra firme e elevar-se em direção ao sol, buscando
instintivamente a luz, não compreendemos quais os objetivos divinos que lhe estão determinados.
Passados alguns dias, voltamos a atenção para o pequeno ramo e nos surpreendemos...
Não é mais um raminho. Está mais forte. Nós o vemos ser açoitado por rajadas de vento, por chuvas torrenciais
ou pelo sol escaldante.
A pequena planta se dobra... É jogada de um lado para o outro. Algumas folhas, ainda frágeis, não resistem,
desprendem-se dos galhos e são levadas...
A chuva castiga, o sol maltrata. Porém, a pequena árvore não sucumbe.
Dentro de alguns anos o tronco estará mais firme, já não se dobrará tanto com os açoites do vento, e as raízes
buscaram sustentação no solo generoso.
E, nesse fenômeno da natureza, os objetivos do Criador se cumprem...
A semente se converte em planta, que se faz árvore, floresce, frutifica e espalha novas sementes que germinarão
e frutificarão.
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Como ocorre com a árvore, nós também passamos por momentos em que sentimos, no corpo e na alma, os
açoites do vento cruel dos sofrimentos.
De outras vezes, são as tempestades de problemas que testam a nossa resistência...
Em outros momentos, é o sol escaldante da solidão, do desalento, nos deixando exaustos e desejosos de nos
jogarmos ao chão, para não mais levantar...
Nessas circunstâncias, devemos nos espelhar nos exemplos da natureza.
A árvore somente se mantém em pé porque se faz flexível diante dos embates.
Enquanto o vento a inclina, fazendo-a tocar o solo, as raízes se firmam na intimidade da terra, tornando-a mais
forte e resistente.
Quando as baixas temperaturas do inverno lhe queimam a ramagem, ela não desiste, permanece em pé,
aparentemente vencida para, logo mais, enfeitar-se novamente com folhas e flores, em sua busca do sol, sua fonte
de vida.
Pensando a respeito dessas singelas experiências da natureza, poderemos entender os objetivos do sofrimento
em nossas vidas.
Quando o arado da dor penetra o solo árido dos nossos corações, é com o objetivo único de afofar a terra da
nossa intimidade para que ali germinem as sementes do amor.
Quando as enfermidades dilaceram o nosso corpo físico, é para que percebamos a nossa fragilidade e busquemos
fortalecer o Espírito imortal que somos, voltando-nos para o Criador, sol maior das nossas almas, fonte de vida
para todos nós.
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Assim como as plantas buscam o sol, nós, por força do Amor Divino, buscamos a luz.
Fomos criados para a perfeição, mas essa perfeição relativa que nos cabe, só se dará por nossos próprios esforços,
superando as dificuldades naturais da caminhada.
Aproveitemos os embates da vida para nos fortalecer, buscando nos elevar, na direção do Cristo, que é, sem
contestação, o Caminho que nos conduzirá ao Pai.
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Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 148, nos transmite um importante alerta com relação ao sofrimento:
Todos sofrem, enquanto estão no mundo.
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A dor é um método eficiente para a renovação, quando falecem os benefícios do amor não vivido.
Diante desta fatalidade inevitável, que o Espírito enfrenta nos mais variados matizes, cumpre-lhe recebê-la com
dignidade e confiança.
O que hoje se apresenta atormentante, ameaçador, amanhã se converte em paz.
A doença física ou mental, a aflição econômica ou moral, passam, deixando os resultados conforme o grau de
elevação pessoal através do qual foram recebidas.
Não te consideres, pois, infeliz, quando sofrendo. Retira os benefícios da injunção expungitiva e segue adiante,
encorajado.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro VIDA FELIZ, 148, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
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#momentoespirita #vidafeliz #sofrimento #evolução #PsicologiaEspírita #aprendizado #natureza
#espiritismo #doutrinaespirita
224
Os adultos geralmente não lêem revistas em quadrinhos, mas algumas delas trazem ensinamentos profundos, de
maneira lúdica e inteligente.
Com desenhos bem feitos e cores vivas, os personagens criados pelos artistas vão passando lições de filosofia e
conceitos importantes para a formação de uma geração mais consciente.
Por vezes, numa única página encontramos grandes lições.
E uma dessas começa com o personagem chamado Horácio, um pequeno dinossauro verde, que caminha por
entre as rochas e de repente se vê diante de um grande espelho.
Olha para sua imagem refletida diante de si, e algo lhe chama a atenção.
Depois de uma observação atenta, exclama para si mesmo: "perninhas curtinhas...
Olha mais detidamente e pensa: "bracinhos minúsculos!"
Uma olhada a mais e se dá conta: "olhos esbugalhados e um cabeção enorme!"
Observa-se um pouco mais e depois se vai, feliz da vida, pensando consigo mesmo:
"Ah, tudo bem! Deve ser um daqueles espelhos que deformam a gente!"
***
Nós também nos deparamos constantemente com o espelho da nossa própria consciência, que não só aponta as
nossas deformidades morais, como indica a melhor conduta que deveríamos adotar.
Quando não é o espelho da consciência, são as pessoas que convivem conosco que nos falam sobre os nossos
defeitos.
No entanto, muitos de nós fazemos como Horácio, damos as costas e dizemos que a deformidade é culpa do
espelho.
Quando a consciência nos alerta sobre a inveja que enfeia a nossa imagem, nós nos desculpamos dizendo que o
outro não tem direito ou merecimento, e que fomos preteridos pela divindade.
Se o ciúme projeta uma imagem deformada e o espelho íntimo nos assinala o problema, dizemos que é excesso
de amor ou bem-querer, e que temos o direito de exigir posse exclusiva.
Se a avareza mostra sua face distorcida em nosso espelho íntimo, conformados, nos consolamos: "sou apenas
econômico e previdente!"
Quando o orgulho alardeia sua soberania, e a consciência faz o alerta, a desculpa surge de imediato: "em mim só
há dignidade!"
Mas se as nossas deformidades morais são apontadas pelos outros, que são nossos espelhos externos, nós
dizemos que isso não passa de inveja, ciúme, despeito...
Não há dúvida de que o auto engano é uma realidade, e ocorre em nível inconsciente, mas existem maneiras de
verificar se nossa conduta está ou não equivocada.
Também não há dúvida de que o AUTOCONHECIMENTO é a chave do progresso individual.
***
Para quem deseja realmente se autoconhecer, para fazer em si a reforma moral necessária à felicidade eterna, eis
algumas dicas do grande filósofo Santo Agostinho:
Quando estiver indeciso sobre o valor de uma de suas ações, pergunte como a qualificaria se fosse praticada por
outra pessoa.
Se você a censura noutrem, não a poderia ter por legítima quando for o seu autor, pois deus não usa de duas
medidas na aplicação de sua justiça.
Procure também saber o que dela pensam os seus semelhantes e não despreze a opinião dos seus inimigos.
Os inimigos nenhum interesse têm em mascarar a verdade e deus muitas vezes os coloca ao seu lado como um
espelho, a fim de que seja advertido com mais franqueza do que o faria um amigo.
225
Todo aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como
do seu jardim arranca as ervas daninhas, deve indagar a sua consciência sempre e sem receio de ouvi-la.
É justo que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna.
Não trabalhamos todos os dias com o objetivo de juntar haveres que nos garantam repouso na velhice, que
geralmente é cheia de dores e sofrimentos?
Seguramente valerá muito mais a pena investir alguns esforços para conquistar a felicidade sem fim.
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Joanna de Ângelis, no livro OTIMISMO, fala sobre o AUTOCONHECIMENTO:
Aprende a fazer silêncio íntimo e a conviver contigo próprio.
Propõe-te espaço mental para o exame das tuas necessidades, reflexão sobre a existência, equilíbrio de valores
íntimos.
Quem não se conhece, encontra-se incapaz de manter salutares relacionamentos e enfrentaras situações que
resultam dos compromissos vários de que se não pode evadir.
A ignorância das próprias possibilidades fomenta receios injustificáveis, que produzem estados agressivos como
mecanismos de defesa, ou depressivos como forma de fuga dos desafios.
Se reages, amargurado ou insensível, aos processos da luta cotidiana, necessitas aprender a agir com forme cada
situação, mediante as exigências de cada caso.
Nem "lavarás mãos", irresponsavelmente, tampouco somar às dificuldades que já enfrentas. O correto é
concedera cada caso a consideração devida e atentar para que os efeitos não se façam danosos.
Sê tu aquele que identifica os seus reais recursos e sabe aplicá-los.
Para que logres esse tentame, ama a ti mesmo, permitindo-te o crescimento espiritual que te desenvolverá a
capacidade de amar o teu próximo com legítimo interesse pela sua felicidade.
Não temas enfrentar-te; conviver com as tuas imperfeições, descobrindo-as e transformando-as; com as tuas
legítimas necessidades...
É indispensável parar, de modo a examinar os rumos e seguir aquele que te constitui o objetivo primordial.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 919 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e livro OTIMISMO, por Joanna de Ângelis e
Divaldo Franco
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#momentoespirita #livrodosespiritos #autoconhecimento #educação #reflexão #meditação #vigiar
#vigilância #PsicologiaEspírita
226
Democracia é palavra de origem grega que significa "do povo". Em essência, é o regime de
governo que se caracteriza pela liberdade do ato eleitoral, pela divisão dos poderes e pelo controle
da autoridade.
Quando se fala em democracia, de um modo geral, diz-se que o vocábulo está desgastado, que
verdadeiramente não existe a democracia.
Talvez tudo dependa de como entendamos a questão.
Recordamo-nos de que, quando estourou a Guerra da Coréia, a negra americana Mary Jane Mac
Leod Bethune era um vulto venerando no Mundo. Conselheira da Unesco e da Onu para assuntos
raciais.
Certa vez, ela estava atravessando o corredor, exclusivo para negros, no aeroporto de uma cidade do
sul dos Estados Unidos.
Um rapaz branco saltou a cerca, a abraçou fortemente e, entre lágrimas, a chamou de mãe.
O colega que com ele estava o repreendeu, dizendo:
- Você está louco? Não percebe como agiu de forma ridícula? Saltar a cerca e ir abraçar uma negra!
O jovem, ainda emocionado pelo próprio gesto, explicou:
- É por causa desta negra que eu vou dar a minha vida na Coréia. Quando fui convocado para a
guerra, em um país que jamais eu havia ouvido mencionar o nome, fui até meu professor de
geografia e perguntei: "Onde é mesmo que fica essa tal Coréia?". Ele me mostrou no mapa uma
região miserável, perdida, que eu não sei quem está lá. E eu vou prá lá, porque me disseram que
vou salvar a democracia, que aprendi com esta negra, que ama todos os homens, sem perguntar
o nome, a cor, a raça ou a crença.
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Como se percebe, há muitas formas de entender a DEMOCRACIA. Para o jovem americano, a
caminho da guerra, significava amor, igualdade, defesa dos direitos.
Ele partia para lutar pelo que acreditava ser o melhor.
A DEMOCRACIA, portanto, é construída por todos e cada um. Quando respeitamos o direito
alheio, quando agimos com honestidade e nobreza, estamos exercendo o direito
democrático.
Estamos afirmando, através de gestos e atos, que cremos no regime do povo pelo povo, para o povo.
E o povo somos todos nós. Pobres, ricos, intelectuais, iletrados, negros, brancos, amarelos.
Quando começarmos a olhar para o que segue ao nosso lado no ônibus, na rua, no trabalho, na
escola como nosso irmão, espírito em lutas como nós mesmos, estaremos iniciando a dedilhar a
cartilha da verdadeira democracia.
Então, o forte será escudo do mais fraco, o poderoso amparará o frágil e todos, irmanados,
seguiremos pelas vias do progresso, de mãos dadas, a passo certo e seguro.
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Quem ama o seu irmão, toma-lhe a cruz em que ele se encontra de braços estendidos e transforma
as traves em caminhos luminosos para a liberdade.
O amor fraternal serve sempre, ama, perdoa. Onde se encontre, semeia clima de otimismo.
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Joanna de Ângelis, no capítulo 40 do livro ESPÍRITO E VIDA, comenta sobre FRATERNIDADE:
A fraternidade começa no lugar em que estamos, a fim de atingir a região onde não iremos.
Aceitas a ira que gera conflitos, que cria violências, que estimula o crime.
Agasalhas o ódio que oblitera a razão, que acicata instintos, que estruge em convulsões.
Corporificas azedumes que consomem o equilíbrio, que facultam desordens, que enlouquecem.
228
Você vê estirar-se o fio condutor da eletricidade, seja na via pública ou no lar, mas não pode avaliar as tensões
que suporta em sua intimidade, para que o progresso se implante gerando a claridade, movendo indústrias,
salvando vidas.
Você contempla a árvore florida ou carregada de frutos, exuberando no pomar.
Contudo, dificilmente entenderá que ela deve resistir à ventania, à seca, às pragas e aos pesticidas, até
conseguir estar apta para colaborar com a felicidade de quem se alimenta, de quem se veste, mora ou
constrói mobiliário.
Você observa a ponte resistente e valorosa que encurta distâncias, que facilita percursos e contribui para o
progresso.
Não compreenderá, talvez, o preço pago pelas toneladas que ela tem que suportar, as tensões mecânicas
que precisa resistir para que o progresso se mantenha.
Recebe, onde esteja, o fluxo da água potável, que dessedenta e que se torna utilidade para todos.
Dificilmente você pensará no percurso longo de sua corrente, vencendo obstáculos, nas impurezas que lhe
perturbaram a composição e nos produtos bioquímicos que teve que receber em seu seio, até estar em
condições de alimentar a vida com boa qualidade.
Você se deslumbra com a montanha altaneira que desafia as alturas, como um espetáculo de pedra imbatível.
Não é comum que se analise, porém, tudo quanto ela deverá resistir para manter-se sobranceira como se
mostra: os ventos permanentes, como permanentes lixas a consumir-lhe a superfície; os gelos que o inverno
produz, fragilizando-lhe a constituição; os movimentos que lhe sacodem as bases, enquanto o planeta se
altera; a modificação dos seus minérios em argila e areia, com o passar dos milênios.
***
Deveríamos viver copiando a natureza, dando conta do nosso dever sem mais nada que nos conturbasse a
ação.
Por mais que ofereçamos alegria e bem-estar a quem for, por maiores os elogios que nos sejam dirigidos ou
por mais duros os comentários a nosso respeito, consideremos que só nós mesmos sabemos o que nos custa
para ser como somos.
Jamais nos exaltemos, então, nem nos sintamos desprezados, pois que, além das nossas aparências, o que
legisla é a nossa realidade íntima, que pouca gente consegue ver.
Não se exiba. Não cobre reconhecimento. Dê o que possa e como possa como contribuição à vida, rumando
de alma tranqüila e entusiasmada para a sonhada felicidade.
***
Se o desalento lhe visita a alma, porque ninguém valoriza os esforços que você tem feito para melhorar-se
intimamente...
Se pensa em desistir, julgando inúteis as renúncias em favor dos filhos que o criador confiou aos seus
cuidados...
Se o desânimo lhe convida a abandonar a luta nobre, a decisão de ter dignidade e viver conforme os
ensinamentos cristãos, pare um pouco e medite...
É que ninguém, neste mundo, sabe o preço...
Mas nosso Mestre Jesus colhe cada fruto produzido nos jardins secretos da sua alma...
Ele sabe o preço dos seus esforços, da sua renúncia, da sua abnegação e lhe retribuirá de conformidade com
as suas obras.
Por tudo isso, confie Nele e não pense jamais em desistir...
***
230
Jesus disse: "Não se turbe o teu coração", ensinando que a calma e a confiança em Deus devem ser o lema
de toda criatura que deseja encontrar a felicidade.
Nunca faltam motivos para preocupações, inquietando o coração, perturbando a vida.
A existência humana é uma oportunidade de valorização dos bens eternos e de iluminação íntima.
Se colocarmos nossas ansiedades em Deus e Lhe confiarmos a nossa vida, tudo transcorre normalmente, e,
se algo perturbador acontece, a serenidade assume o controle da situação e age com acerto.
Deste modo, não permitamos turbar o coração nem a mente, ante as ocorrências malsucedidas.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Mensagem recebida por Raul Teixeira, ditada por Rosângela, em 10.02.02, e VIDA FELIZ, 81,
por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #aprendizado #reflexão #natureza #desânimo #problemas #desafios #vidafeliz
231
Não é estranho constatar que um mesmo fato, vivenciado por pessoas diferentes, em cada uma gere
sentimentos e atitudes totalmente contrários?
Que a mesma lição possa ser aprendida por uma e desprezada por outra?
Um desses exemplos colhemos no Evangelho de Lucas. Ele se refere ao banquete, em Magdala, para o qual
foram convidados Jesus e dois dos Seus Apóstolos.
Simão era um fariseu, que adorava ostentar suas riquezas e sua posição social. Os banquetes que oferecia,
em sua casa, eram comentados por semanas.
Ele convidou Jesus, para se exibir entre os seus amigos. Também O desejava examinar com a malícia,
disfarçada de gentileza.
Quase ao final do banquete, uma mulher invadiu a sala. Como conseguira penetrar na luxuosa vivenda, sem
que ninguém a detivesse?
A resposta está exatamente em se saber quem era ela. Miriam, de Migdol ou de Magdala. Ou simplesmente,
Madalena.
Uma mulher que vendia prazeres. Era buscada por aqueles que possuíssem muitas posses.
E o próprio anfitrião era um deles. Por isso, não a mandou expulsar. Temia que ela o apontasse perante todos.
As noites com ela eram disputadas, entre aqueles que mais moedas, ou pedras preciosas pudessem oferecer.
Ela ouvira o Messias, uma vez, em Cafarnaum. Amara-O, desde o primeiro momento. Aquele era o verdadeiro
amor que ela buscava, há muito tempo.
O amor que enchia a sua alma. Por isso, dirigiu-se a Ele, e, com suas lágrimas, regou Seus pés. Depois, os
enxugou com seus longos cabelos negros e, por fim, os ungiu com o precioso perfume de lótus, que trouxera.
O dono da casa ficou indignado. Se o Seu convidado fosse realmente um profeta saberia que aquela mulher
era uma impura e jamais se deixaria tocar por ela.
Jesus aproveitou o momento para narrar a Parábola dos Dois Devedores, indagando a Simão qual dos dois
deveria amar mais ao senhor que lhes perdoara a dívida: aquele que lhe devia cinquenta ou aquele que lhe
devia quinhentos denários?
- Suponho, respondeu o anfitrião, que aquele a quem mais perdoou.
O Mestre aproveita para ensinar:
- Simão, entrei em tua casa e não me deste o beijo. Porém, esta mulher não cessa de beijar-me os pés.
Não me ungiste a cabeça com óleo mas ela ungiu os meus pés com perfume. Por isso, perdoados lhe são os
seus pecados, porque muito amou.
Aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama.
A mulher se foi, agradecida. Mudou totalmente sua vida, a partir de então.
Simão, no entanto, se encheu de mágoa. No seu entendimento, Jesus o humilhara, perante os amigos.
Surdo desejo de vingança tomou conta do seu coração. Quando soube da crucificação do Nazareno, mais
tarde, alegrou-se.
Porém, a mágoa não o abandonou. Ele alimentou esse sentimento ruim, até o final dos seus dias.
***
A narrativa nos leva a cogitar como um mesmo fato pode alcançar pessoas de modo tão diverso.
Tudo depende de cada um de nós.
Se desejamos aproveitar a oportunidade, alteramos a rota equivocada. Se rejeitamos o que nos é oferecido,
podemos nos infelicitar.
Cabe a cada um decidir, quando o ensino nos alcança. Decidir o que desejamos para nós.
232
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 25, nos aconselha:
Sempre que interrogado a respeito de alguém, fornece impressões positivas.
Na impossibilidade de fazê-lo, porque a pessoa tenha uma conduta irregular, silencia ou elucida com bondade,
evitando piorar-lhe a situação ou torná-la mais divulgada.
Não és fiscal do comportamento alheio, nem podes imaginar se aquele equivocado de ontem, não se encontra
hoje em processo de recuperação.
Sejam tuas a opinião que edifica e a palavra que ajuda sempre.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Evangelho de Lucas, cap. 7, vers. 36 a 50 e VIDA FELIZ, 25, por Joanna de Ângelis e
Divaldo Franco
***
#momentoespirita #evangelho #reflexão #natureza #desânimo #problemas #desafios #vidafeliz
#julgamento #julgamentos
233
A natureza nos oferece grandes e belos ensinamentos. Basta que prestemos atenção aos detalhes.
Vejamos, por exemplo, a questão da semente e do fruto.
É possível que, de imediato, tenhamos pensado nas sementes de trigo, milho, cevada, feijão.
Vimos, com certeza, muitas vezes, os campos em frutificação maravilhosa.
Como essas que, lançadas à terra, germinam e dão frutos a trinta, sessenta e até cem por um,
existem outras que espalhamos, por vezes, sem nos darmos conta.
São as sementes que lançamos no mundo, com nosso bom ou mau proceder.
Vejamos que há sementes de germinação rápida, como a da couve, por exemplo. E há outras de
germinação lenta, como a do carvalho.
Todas, porém, nascem, crescem e dão fruto em seu devido tempo.
***
Assim acontece com a nossa sementeira do bem e do mal. Algumas sementes nascem de pronto,
outras são de germinação tardia.
A terra não guarda nenhuma semente viva em seu seio. Todas as que ali são lançadas, são
restituídas com seus respectivos frutos.
Fenômeno semelhante ocorre no terreno espiritual: o bem ou o mal, a verdade ou a mentira, o
amor ou o desamor, a justiça ou a injustiça, uma vez semeadas, nascerão fatalmente e darão
frutos conforme suas respectivas espécies.
Jesus, o grande Sábio da Humanidade, falou-nos, oportunamente, a respeito disso, dizendo que
uma árvore boa não dá frutos maus e uma árvore má não pode dar bons frutos.
E frisou que não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas dos espinhos.
Tudo isso quer dizer que o que semeamos hoje, colheremos logo mais, assim como a colheita de
hoje resulta do plantio feito no passado, que pode ser próximo ou remoto.
É por essa razão que são necessárias várias existências para plantar e colher, preparar o solo e
semear novas sementes.
E essa Lei de Causa e Efeito, ou de Ação e Reação, tem por finalidade o nosso progresso
intelectual e moral.
Quando colhemos os frutos amargos das semeaduras infelizes, aprendemos a selecionar melhor
as sementes para os plantios futuros.
Exatamente isso é o que Deus espera de cada filho Seu.
***
Dessa forma, de existência em existência vamos aperfeiçoando nosso campo íntimo, arrancando
as ervas daninhas e cultivando a árvore das virtudes.
Pela semeadura de hoje podemos precisar como será nossa colheita futura.
Isso também nos diz que não podemos lançar a culpa em ninguém pela colheita que estamos
fazendo hoje, desde que somos os únicos responsáveis por ela.
Uma lei da natureza nos assegura isso: não se pode colher senão aquilo que foi plantado.
Tratemos, pois, de tomar os devidos cuidados com as sementes que estamos lançando no solo
nos dias atuais.
***
No dia que surge, no campo das emoções, semeemos a paciência, o perdão, a compaixão.
Elas brotarão vigorosas, plenas de flores e frutos que nos saciarão a fome do aconchego e os
benefícios da misericórdia alheia, no caminho que nos cabe percorrer.
234
Semeemos boas sementes para colher frutos de bem-aventurança logo mais, ou num futuro
próximo.
Nenhuma semente se perde no solo das vibrações. Pensemos nisso!
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Evangelho de Lucas, 6:43 e livro EM TORNO DO MESTRE, capítulo A SEMENTE E O
FRUTO, de Vinícius.
***
#momentoespirita #evangelho #semeador #semente #reflexão #causaeefeito #reencarnação #vigilância
#leidecausaeefeito
235
No dia 23 de novembro de 1793, em discurso na Catedral de Notre-Dame, em pleno coração de Paris, diante de muitas
pessoas, um cientista proclamou a desnecessidade de Deus.
Pensadores acreditavam, naqueles dias, que Deus era totalmente dispensável. Para a Humanidade, bastavam a razão e o bom
senso para que tudo se explicasse de maneira satisfatória.
E porque a ousadia do homem não tivesse limites, ordenou-se que fossem apagados todos os sinais de Deus, que se julgava
fossem os templos religiosos.
Num final de tarde, quando os destruidores chegaram para colocar por terra as paredes de uma das igrejas, se depararam
com o velho jardineiro que cuidava das flores.
Ao vê-los chegar, perguntou curioso por que estavam ali com tantas ferramentas.
Um dos indivíduos lhe respondeu com ousadia: Viemos aqui para apagar, de vez, os sinais de Deus da face da Terra.
O jardineiro, olhou admirado para o grupo e perguntou: E onde estão as escadas?
O rapaz inquieto, retrucou: Para que precisamos de escadas?
A resposta foi sábia: Se vocês querem apagar os sinais de Deus precisarão de uma escada. E de uma escada muito alta, a fim
de que possam apagar as estrelas.
***
Muitos homens, quando adentram o campo das ciências, sem entendê-las em profundidade, tornam-se ateus, por
acreditarem que descobriram todos os mistérios do Universo.
Aqueles que penetram profundamente as ciências com humildade e vontade entendem os mecanismos que regem a vida,
reconhecem a necessidade lógica da existência de uma Inteligência que em tudo pensa e a tudo coordena no Universo.
Um conceituado biólogo escreveu um livro fantástico: O homem não está só. Nesse livro, cita vários motivos pelos quais ele
crê em Deus.
Um deles é o fato de a distância que medeia entre o sol e a Terra estar matematicamente calculada, o que não poderia ser
obra do acaso.
Se o sol não estivesse a cento e cinquenta milhões de quilômetros da Terra, mas apenas a metade dessa distância, não haveria
possibilidade de vida porque as altas temperaturas a tudo aniquilariam.
E se a distância fosse 50% a mais, a vida também seria impossível devido à falta de luz e calor.
Se os meteoros, que caem diariamente, não fossem ralados pela atmosfera, que tem sessenta quilômetros, a vida na Terra
seria impossível, pois os incêndios fariam tudo arder.
Esses, entre outros tantos exemplos, provam que tudo está matematicamente calculado.
Há uma Inteligência Suprema por trás de cada fenômeno da natureza. E é a essa Inteligência que chamamos Deus.
Na grande marcha progressiva do ser humano, houve um tempo em que os cientistas acreditavam que o Universo era uma
grande máquina.
Após apuradas pesquisas nas áreas da astrofísica, da biologia, da embriogenia entre outras, os homens chegaram à conclusão
de que o Universo é um grande pensamento.
***
Não há efeito sem causa. Procuremos a causa de tudo o que não é obra do homem e a razão nos responderá.
O Universo existe e tem uma causa. Duvidar dessa causa, que é Deus, é admitir que há efeito sem causa e aceitar que o nada
pôde fazer alguma coisa.
Pensemos nisso!
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 4 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS
***
#momentoespirita #Deus #livrodosespiritos #causaeefeito #aprendizado #espiritismo #doutrinaespirita #universo
236
Hoje em dia pode-se perceber a luta inglória travada pelos valores éticos contra os interesses egoístas dos
cidadãos.
Infelizmente esse problema só se resolverá quando a EDUCAÇÃO tomar para si essa responsabilidade.
Talvez sem refletir muito a esse respeito, os pais são os primeiros a dar exemplos de violação dos princípios
éticos que deveriam nortear as ações do homem de bem.
Um ponto bastante crítico é a questão dos direitos autorais.
A pirataria de CDs, vídeos, ideias e outros produtos é assustadora.
A aquisição de peças em oficinas de desmanche de automóveis roubados, mesmo sabendo disso, por custar
mais barato, ou de outra mercadoria produzida por meios ilícitos, também são formas de alimentar essa
agressão aos princípios da ética.
Geralmente o indivíduo que comete essa falta alega que não poderá ser responsabilizado por isso, pois não
foi ele quem roubou o carro, nem fez as cópias ilegais.
***
A esse propósito, Allan Kardec propôs aos Espíritos Superiores a seguinte questão (LE 640):
- Aquele que não pratica o mal, mas que se aproveita do mal praticado por outrem, é tão culpado quanto
este?
Os Benfeitores responderam:
- É como se o houvera praticado. Aproveitar do mal é participar dele. Talvez não fosse capaz de praticá-lo;
mas, desde que, achando-o feito, dele tira partido, é que o aprova; é que o teria praticado, se pudera, ou se
ousara.
Hoje em dia é muito comum se jogar a culpa na Internet, pois alega-se que a falta de leis próprias para esse
fim e o anonimato favorecem esse tipo de crime.
No entanto, o bom senso diz que a Internet apenas mostra o problema ético existente, porém, não o cria.
Se o internauta desonesto gosta de uma mensagem que encontra divulgada em algum site, ele a copia e
passa a divulgar como se fosse sua ou como sendo de autoria desconhecida.
Mas se o internauta é honesto ele repassará a mensagem preservando os créditos a quem de direito.
Como se pode perceber, o problema não é do meio de comunicação, mas do indivíduo.
Ambos os indivíduos são filhos de alguém, foram alunos de alguém, conviveram com alguém que foi
responsável pela sua educação.
***
Quando a criança respira os valores éticos em seu lar, dificilmente os desprezará quando jovem ou adulta.
Mas se não recebe essas noções de honradez na infância, raramente as respeitará mais tarde.
Assim, vale a pena pensar um pouco sobre essas questões tão importantes e tão graves.
E, se houver dúvidas quanto a uma ação estar certa ou errada, quanto a se é um bem ou mal, basta seguir a
orientação do maior Mestre que a Terra conheceu e fazer aos outros o que gostaria que os outros lhe fizessem.
Ou seja, colocar-se no lugar daquele a quem se dirige a ação e se perguntar se gostaria de estar no seu lugar.
Se a resposta for positiva, pode-se agir sem a menor preocupação, mas se for negativa, certamente trará
dissabores, mesmo que a ação escape às leis dos homens.
Todos nós, sem nenhuma exceção, responderemos por nossos atos perante o tribunal da própria consciência
e receberemos de acordo com as nossas obras. E isso nós já sabemos há mais de dois milênios.
237
Portanto, se você deseja ter uma consciência limpa, não acumule detritos morais, pois eles o perturbam e
infelicitam, neste mundo ou no além-túmulo.
***
Se você quer ter seus direitos respeitados, respeite os direitos alheios.
Faça ao outros somente o que gostaria que os outros lhe fizessem.
E para garantir a felicidade dos seus filhos, passe a eles a herança moral da honestidade e da honradez,
considerando sempre que a vida não acaba no túmulo, e que as nossas ações seguirão conosco como
testemunhas silenciosas, aplaudindo-nos ou reprovando-nos.
Pensemos nisso e divulguemos isso!
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 640 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #ética #honestidade #educação #mal #sociedade #espiritismo
#doutrinaespirita
238
Em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, aprendemos que as verdades espíritas, por pertencerem às leis
naturais, se tornarão de domínio público.
Ou seja: todas as gentes as admitirão um dia.
E Kardec volta ao assunto na GÊNESE, capítulo 18, ítem 17, onde afirma textualmente:
"A fraternidade deve ser a pedra angular da nova ordem social; mas não há fraternidade real, sólida e efetiva se
não se apoiar sobre base inabalável. Essa base é a fé, não a fé em tais ou quais dogmas particulares, que mudam
com os tempos e os povos e que mutuamente se apedrejam, visto que, anatematizando-se uns aos outros,
alimentam o antagonismo, mas a fé nos princípios fundamentais que toda gente pode aceitar e aceitarão: Deus,
a alma, o futuro, o progresso individual indefinido, a perpetuidade das relações entre os seres. Quando todos os
homens estiverem convencidos de que Deus é o mesmo para todos; de que esse Deus, soberanamente justo e bom,
nada pode querer de injusto; que o mal vem dos homens e não dele, todos se considerarão filhos do mesmo Pai e
se estenderão as mãos uns aos outros".
E, paulatinamente, é o que temos visto acontecer.
***
Por isso, quando lemos a história de Todd, em sua Experiência de Quase Morte, pusemo-nos a refletir.
É mais um daqueles relatos que nos fala das coisas simples que Deus possibilita aos Seus filhos, mostrando como
os mundos visível e invisível se interpenetram.
Todd, aos quatro anos, teve um sério problema de saúde, que exigiu fosse submetido a duas cirurgias complicadas,
em curto espaço temporal.
Foi exatamente ao ensejo da segunda cirurgia, que o menino se sentiu como que liberto do corpo, em uma outra
dimensão, onde encontrou seres espirituais elevados.
E também seu bisavô, que jamais conhecera em sua curta existência infantil, mas que se lhe apresentou,
identificando-se.
Certo dia, já recuperado, Todd surpreendeu a mãe lhe dizendo que onde estivera, e ele denominava, segundo sua
crença religiosa, de céu, ele conhecera sua irmã.
E, voltando-se de forma rápida para a mãe, indagou:
- Mãe, você não teve uma minha irmã que morreu na sua barriga?
A mãe teve um sobressalto. O abortamento ocorrido alguns anos antes do nascimento de Todd fora muito
doloroso para sua alma.
Por isso, ela e o marido jamais o haviam comentado. Mesmo porque o nascimento de Todd, posterior a esse triste
episódio, fora pelo casal entendido como uma recompensa divina.
Uma dádiva celeste pela frustração da gestação anterior, tão aguardada e tão dolorosamente frustrada.
Contudo, agora ali estava um menino de quatro anos a afirmar que conhecera sua irmã, no mundo espiritual. E a
dar detalhes:
- Ela tinha cabelos escuros, diferentemente dele próprio e da outra irmã.
Quando a esposa falou ao marido, ambos se emocionaram. O relato era por demais detalhado. A menina não
tinha nome, frisara o menino.
Era verdade. Desde o início da gravidez e ainda não sabendo o sexo da criança, o casal não tinha cogitado de
nomes.
E o fato de ter cabelos escuros era outro detalhe interessante. Esse era o grande desejo de Sonia, a mãe. Queria
um filho de cabelos escuros, que se assemelhasse a ela.
***
239
Embora ainda haja quem duvide que, além desta vida, existe outra vida, plena, rica; embora haja quem afirme
que quem morre na carne, deixa de existir em definitivo; diariamente, Deus dá demonstrações das ricas
dimensões espirituais.
A uma criança, sem ideias preconcebidas, permite o vislumbrar de realidades impensadas pelos próprios pais.
A pessoas que têm da vida espiritual conceitos muito bem definidos, rígidos, mostra a infinita realidade do Espírito
que nunca morre.
E que se comunica com os amores que continuam no exílio da Terra. Seres que amam, cuidam e têm interesse no
progresso e na felicidade dos que permanecem na retaguarda do mundo.
Pensemos nisso e aprendamos a ler as mensagens celestes, nas entrelinhas dos acontecimentos diários, em que
a Divina Providência escreve a Sua grandeza e demonstra a Infinita Bondade.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: A GÊNESE, Cap. 18, item 17 e livro O CÉU É DE VERDADE, cap. 17, de Todd Burpo, com
Lynn Vincent
***
#momentoespirita #Verdade #vidaaposamorte #EQM #genese #espiritismo #religião #doutrinaespirita
240
Quando chega o final do dia, depois das lutas, dos trabalhos exaustivos, você procura o seu lar.
Não importa como ele seja, uma casa pequena, um apartamento modesto, uma enorme mansão. É seu lar. O lugar
onde você se sente verdadeiramente à vontade, em casa.
Você convive com os seus familiares, escuta as novidades da esposa e dos filhos. Brinca com os pequenos, dá uma
olhada nas tarefas escolares dos maiores, dá um beijo de boa noite no caçula.
Você assiste ao jornal da noite, dialoga com a esposa e estabelece planos para as atividades do dia seguinte.
Finalmente, você se prepara para dormir. Banho tomado, relaxado, você busca o seu leito, ajeita as cobertas, o
travesseiro e se deita.
Espere um pouco. Não está faltando alguma coisa? Você teve um dia de muitas horas cheias de trabalho,
entrevistas, decisões.
Você alimentou o seu corpo, abraçou os seus amores, compartilhou decisões importantes com sua esposa. O dia
está por findar. Que tal fazer um exame de consciência para avaliar como foi o seu dia?
Faça para você mesmo as seguintes perguntas: Será que cumpri, neste dia, com todos os meus deveres?
Pense: deveres profissionais, sociais, familiares.
Durante o dia não terei dado motivo para alguém se queixar de mim? Fui bom colega de trabalho, profissional
correto, cidadão honrado, pai compreensivo, esposo amável?
Terei feito alguma coisa que se fosse feita por outra pessoa eu censuraria? Pratiquei alguma ação, que tenho
vergonha de confessar a quem quer que seja?
Finalmente, se Deus me chamasse agora, estaria preparado para adentrar o mundo espiritual?
***
As perguntas acima fazem parte da resposta de uma questão de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, ditada pelo Espírito
Santo Agostinho. Diz ele que era seu hábito fazer um exame de consciência, ao fim de cada dia, passando em
revista o que havia feito.
As respostas serão motivo de repouso para a consciência de quem as formula ou indicarão um mal que deve ser
curado.
Realizar tal tarefa todas as noites é como fazer um balanço da sua jornada moral, exatamente como o negociante,
a cada dia, faz o balanço das suas perdas e lucros e traça diretrizes de ação para que o próximo balanço se
apresente melhor.
Aquele que puder dizer que a sua jornada foi boa, pode dormir em paz e esperar sem temor o despertar na outra
vida, a qualquer momento.
***
Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Por isso, o conselho de Santo Agostinho se reveste de
muita importância.
Interrogando com mais frequência a nossa consciência, poderemos verificar quantas vezes falimos sem nos dar
conta.
Conforme as respostas, poderemos avaliar a soma do bem e do mal que existe em nós e, a cada dia, nos dispormos
a melhorar naquele ponto do nosso caráter que descobrimos mais frágil.
Se todos os dias trabalhamos para ajuntar o que nos dê segurança na velhice, não será igualmente vantajoso que
trabalhemos para nos melhorar, com o objetivo de conquistar a felicidade eterna?
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 160, aconselha:
Num dia extenso com 24 horas, reserva alguns momentos à reflexão.
Quem caminha sem meditar, perde o contato consigo mesmo.
241
Encurralado nos ponteiros do relógio, ou disparado à frente deles, ou vagarosamente após eles, aturde-se,
esquecendo o rumo...
É indispensável ao êxito fazer periódica revisão de metas e de ações.
Usando a reflexão, repassarás os equívocos e terás tempo de repará los, reprogramarás os deveres e te renovarás
com mais facilidade.
Fala menos, dorme um pouco menos e medita mais.
Minutos que desperdiças, se os usares para a meditação, se transformarão em pontos luminosos do teu dia.
Portanto usemos estes momentos de meditação para avaliar nosso comportamento ao longo do dia!
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 919a de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e livro VIDA FELIZ, 160, por Joanna de Ângelis e
Divaldo Franco
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #autoconhecimento #consciencia #reflexão #meditação
#examedeconsciencia #vigiar #vigilância
242
A expressão Filho de Deus é bastante empregada em nosso linguajar cotidiano. Tão utilizada que se desgastou.
Temos ideia do que significa ser Filho de Deus? Sentimo-nos filhos de Deus?
Primeiro, precisamos entender de Quem ou de Que estamos falando.
A palavra Deus designa a Inteligência Suprema do Universo, a causa primária de todas as coisas.
Dentro de todas essas coisas, estamos também nós, Espíritos, os seres inteligentes da Criação.
Essa Inteligência, que chamamos Deus – e outros chamam por outros nomes – rege o Universo através de leis
perfeitas de amor e justiça. Nada sai do Seu controle. Tudo é perfeitamente administrado por Ele.
Ele também administra uma obra de beleza inimaginável. Conhecemos pouquíssimo de sua exuberância e quanto
mais vamos descobrindo, mais vamos nos encantando. Como tudo se encaixa, como tudo funciona com perfeição,
do micro ao macro.
Tudo tem sua função na natureza, tudo se encadeia, se entrelaça, se interliga. É uma verdadeira obra de arte.
Agora vem o mais interessante: fazemos parte desta obra de arte. Temos uma função importante na Criação.
***
Quando o Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, perguntou aos mestres da Espiritualidade qual o objetivo
da encarnação dos Espíritos, isto é, por que necessitamos vestir um corpo material e nos vincularmos a uma vida
física, recebeu a seguinte resposta:
- Deus impõe a encarnação aos espíritos, com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns é expiação, para
outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer as vicissitudes da existência corporal.
- Visa ainda um outro fim a encarnação: o de por o espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra
da criação.
Aí está: a parte que nos toca na obra da Criação. Temos uma parte em tudo isso. Somos importantes, temos
significado, precisamos existir.
Para aqueles que, por vezes, nos sentimos insignificantes, pensemos: será que o sol se sente assim? Ele tem uma
parte na grande obra universal.
Mas o que é o sol diante das centenas de bilhões de sóis no Universo? Para os que gostam de contar números
apenas, pode parecer insignificante.
Em segundo lugar, precisamos entender que não somos partes do Criador e nem emanações dEle.
Somos Sua obra, somos filhos, somos independentes dAquele que nos criou.
Carregamos em nosso íntimo sua assinatura, a assinatura do grande Autor, que nos faz caminhar rumo à felicidade
inevitavelmente.
***
Um pai está sempre próximo e presente na vida de seus filhos. Não poderia ser diferente.
O que acontece conosco é que não percebemos o Pai como poderíamos perceber. Alguns a ponto de dizer que
Ele nem sequer existe. Essa aparente distância nós criamos pela falta de sensibilidade, que precisa ser
desenvolvida.
Essa sensibilidade faz parte de nossas conquistas morais, assim como a amorosidade – amor ao próximo. Juntas
vão construir uma nova virtude: religiosidade.
A religiosidade nos dará a capacidade de perceber o Criador, percebendo o nosso próximo e construindo um laço
de amor entre nós, ele e o Pai Maior.
***
Joanna de Ângelis, na introdução do livro FILHO DE DEUS, escreve:
És filho de Deus, cujo amor inunda o universo e se encontra presente nas fibras mais íntimas do teu ser.
Por isso, nada te deve atemorizar ou afligir demasiadamente.
243
O suicídio continua em alta. Infelizmente. Apresenta-se das formas mais diversas. Desde o ser que,
voluntariamente, agride sua integridade física ao que deixa de cuidar da saúde, no intuito de apressar o fenômeno
da morte. Nesse particular, temos uma gama muito grande.
Portadores de determinadas enfermidades, com necessidade de dietas e cuidados, que desleixam. Não aceitam
se furtar ao prazer disso ou daquilo. E a doença progride aceleradamente, advindo a morte prematura.
Seres vinculados ao vício do fumo, do álcool, da droga.
Criaturas que, na busca do prazer, esquecem as horas do sono.
Desgastam a máquina orgânica em noitadas vazias. Acordam, no dia seguinte, a horas mortas, com distúrbios
digestivos, cefaleia, intoxicações. O quadro se repete, se reprisa, levando aquele que assim se entrega a um
desgaste orgânico, sem recomposição.
Pessoas que se desvitalizam no abuso sexual. Pessoas que não buscam o médico, não se submetem a exames, não
aceitam conselhos. São todos suicidas indiretos.
O desejo de morrer pode resultar em enfermidades. A anorexia, por exemplo. O quadro clínico da anorexia contém
mais sinais do que a simples recusa de comida. O corpo inteiro decreta um estado de animação suspensa. Nenhum
sono. Nenhuma alimentação.
Todas as funções vitais estão atrofiadas, reduzidas.
E as greves de fome? Há que se considerar da nobreza da causa, os objetivos que as orientam. Pode haver, por
trás da decisão, o ardente desejo de buscar a morte. Nesse caso, é suicídio lento.
***
O sacrifício da vida é meritório quando tem por fim salvar a de outros ou ser útil aos semelhantes. Mas um
sacrifício não é meritório senão pelo desinteresse, e antes de realizá-lo deve-se refletir se a vida não poderá ser
mais útil do que a morte.
A mais trágica de todas as circunstâncias que envolvem a morte, a de consequências mais devastadoras, é o
suicídio.
Tormentos desabam sobre o suicida. Precipitado, de forma violenta, na Espiritualidade, em plena vitalidade física,
revive, sem cessar, por largo tempo, as dores e as emoções dos últimos momentos.
Um dos grandes problemas é o lesionamento do corpo espiritual. O suicida exibe na organização espiritual
ferimentos correspondentes à lesão do corpo físico.
Podemos aquilatar das dores de quem desferiu um tiro no cérebro, ingeriu elemento corrosivo, atirou-se de
grande altura. Tais efeitos se registrarão em nova reencarnação.
O tiro no cérebro originará dificuldade na fala, no raciocínio. O impacto da queda violenta poderá propiciar
complexos quadros neurológicos. O veneno corrosivo implicará em ulcerações ou deficiências no aparelho
digestivo.
E, na medida em que a família mergulhe no desespero e na inconformação, mais sofrerá o suicida.
O bálsamo que se lhe pode oferecer é a oração. Ela lhe constituirá alento novo para os padecimentos no Além.
Também o auxiliará a se reerguer.
***
Se você está a ponto de cometer a loucura do suicídio, pare!
Pense! Espere! O problema pode parecer muito amargo ao coração. A sombra interior é tamanha que você tem a
ideia de haver perdido o próprio rumo.
Mas, não se mate! Deus não nos abandona. Faça silêncio e ore. O socorro chegará. Por meios que você desconhece,
Deus permanece agindo.
***
Joanna de Ângelis, no livro APÓS A TEMPESTADE, aconselha:
247
O ser humano está sempre a criar expectativas, sonhos e desejos, para um tempo que ainda não chegou.
Esperamos tanto pelo futuro como se fosse ele o único tempo para ser feliz, que nos esquecemos de viver os bons
momentos do agora, agradecendo o presente.
Embora agradecer cada meta alcançada, cada sonho conquistado nos pareça simples e fácil, a gratidão é uma
escolha pessoal.
Não percebemos ainda que o exercício da gratidão a tudo e a todos, afasta de nós, gradativamente, a insegurança,
a angústia e outros sentimentos negativos.
Não nos damos conta que ao exercitarmos a gratidão, desfrutamos de níveis mais elevados de emoções positivas,
de satisfação com a vida, de vitalidade e otimismo.
Conforme esclarece a neurociência, a gratidão libera o hormônio que estimula o afeto, proporciona tranquilidade,
reduz a ansiedade, o medo e as fobias.
À medida que desenvolvemos essa consciência, percebemos em nós maior facilidade de sintonia com o que é
agradável, registrando sempre mais e maiores motivos para vivenciar a gratidão, chegando ao ponto de sermos
gratos até pelas lições difíceis que a vida nos oferece.
Como o nosso cérebro não é capaz de registrar, ao mesmo tempo, gratidão e infelicidade, somos nós quem
fazemos a escolha.
***
Não é por falta de termos o que agradecer que haveremos de nos manter infelizes.
Quanta gratidão devemos sentir por Deus, nosso Pai Celestial, que nos criou e nos destinou à perfeição.
Gratidão a Jesus Cristo, nosso irmão, mestre, modelo, guia e amigo de todas as horas, cujos ensinamentos nos
apontam o caminho do bem, da perfeição.
Gratidão ao nosso anjo de guarda, que nos protege, ampara e inspira, sempre respeitando nosso livre-arbítrio.
Gratidão aos nossos pais, que nos receberam na presente reencarnação, se esforçaram e se dedicaram ao máximo,
para nos oferecer o melhor.
Gratidão à nossa família, esteio de todos nós, que nos ama e sustenta.
Gratidão aos amigos que estão conosco, tanto nas horas boas como nas ruins, dispostos a nos ouvir, ajudar e
apoiar.
Gratidão aos professores que, com empenho, dedicação e paciência, nos transmitiram o conhecimento que
detinham. Gratidão aos Espíritos superiores, benfeitores da Humanidade terrestre, que trabalham
incessantemente por todos nós.
Enfim, gratidão que devemos expressar a cada amanhecer, que representa nova página de oportunidades, no livro
de nossa existência.
***
Nossas conquistas não ocorrem aos saltos, elas se fazem de forma lenta e progressiva.
À medida que nossa consciência vai assimilando conhecimentos a respeito das Leis Divinas, nossa visão interior
alcança patamares antes não imaginados e vamos modificando, para melhor, nossa maneira de pensar, sentir,
viver e conviver.
Passamos a nos ver como criaturas em crescimento, o mundo como a nossa casa, o próximo como nosso irmão.
Nossos sentimentos, então, abandonam o eu e se ampliam para o nós.
Nossa visão interior se dilata e sentimos a necessidade de abraçarmos a tudo e a todos.
Agradecidos, lucramos em saúde emocional, harmonia íntima, liberação de conflitos.
Acendemos, em nosso interior, uma luz que sinaliza nossa realidade espiritual e mostramos as marcas do céu em
nós.
A vida com gratidão é plena de significado.
249
***
Ser grato não é agradecimento, é retribuição.
A gratidão se multiplica pelas ações que se expressam ao fazer algo de bom ao semelhante.
Jesus ensinou a gratidão ao sentenciar que os homens deveriam fazer uns aos outros o que gostariam que lhes
fosse feito. O amor engrandece.
A humanidade coleciona muitos nomes de indivíduos gratos, com Francisco de Assis, que com sua simplicidade e
generosidade, foi extremamente grato a vida, a natureza.
Os Espíritos nobres ao fazerem o bem o fazem em gratidão a Deus, que lhes permite agir no bem, sendo bons
com todos.
A gratidão imprime no ser um sentimento extraordinariamente forte que se torna impossível manter-se apático,
à margem dos acontecimentos.
A gratidão, além do bem-estar que produz, faz com que o indivíduo passe a perceber o seu próximo com o
sentimento do amor.
Quando alguém te faz um bem, agradeça e faça, então, o bem a outrem.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Palestra de Divaldo Franco em Ponta Grossa, em 14 de março de 2018
***
#momentoespirita #gratidão #evolução #comportamento #reflexão #saúdeemocional
250
Verdade é que o mundo terreno passa por ampla transformação. Contudo, não haverá total destruição.
Há décadas, a Humanidade passa por grandes avanços nas ideias e nos comportamentos.
São as Leis Divinas, implantando uma forma diferenciada de transformação.
Essa profunda reforma, embora lenta, se revela por sinais inequívocos.
Mentes iluminadas estão chegando à Terra, através do processo do renascimento, com pensamentos e conceitos
revolucionários.
Basta observarmos nossas crianças e jovens.
Basta verifiquemos as leis humanas que defendem pessoas, que ainda ontem eram discriminadas, sofrendo os
preconceitos de sexo, raça, crença...
O enfraquecimento de conceitos ultrapassados permite que os homens se vejam com mais fraternidade.
Estão caindo as barreiras que impediam essa visão.
A fraternidade será a pedra angular da nova ordem social.
***
O progresso intelectual e tecnológico trouxe avanço para a Humanidade, mas somente o progresso moral pode
assegurar aos seres humanos a felicidade na Terra.
Hoje, a Humanidade está madura para lançar o olhar a alturas que nunca tentou divisar, a fim de nutrir-se de
ideias mais amplas e compreender o que antes não compreendia.
A chegada de novas gerações clareia a sombra da indiferença que teimava em se impor.
Elas marcham para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento que a
Humanidade já alcançou.
Grande ainda é o número dos retardatários, dos que insistem na maldade, mas o que poderão fazer contra a onda
crescente que se apresenta?
Pode-se discernir essa onda presente na mente e no trabalho da nova geração, que encara o desafio de lutar pela
moralidade, em muitos setores.
Os embates são grandes, mas a Lei Suprema há de fortalecer os destemidos que se dispõem ao trabalho de
reforma.
Com o passar do tempo, as mentes que se cristalizaram na visão preconceituosa e ultrapassada, partirão deste
planeta porque ninguém vive, para sempre, sobre a Terra.
Deixarão de causar obstáculos ao progresso.
Por isso, não é necessário um cataclismo que venha aniquilar a Humanidade terrena.
***
As Leis Divinas estabelecem que, através da reencarnação, as almas que aqui habitam se renovem.
Almas que trazem em si as conquistas inerentes ao progresso moral, alavancarão o avanço que se espera.
No momento, as criaturas ainda se encontram misturadas, como o joio e o trigo, gerando confusão e desconforto.
Entretanto, é possível perceber-se o distanciamento na categoria de pensamentos e ações, entre uma e outra
geração.
De um lado, inclinações instintivas das paixões, revoltas, exaltação do orgulho, egoísmo, inveja, ciúme, crime e
apego material.
De outro, a busca em implantar o reinado da justiça, da fraternidade e do amor.
***
Agradeçamos ao Divino Senhor que nunca abandona os Seus filhos.
Saibamos optar pelo crescimento moral e intelectual, para fazermos jus à nova realidade que nos espera.
251
Espíritos imortais que somos, evoluimos de etapa em etapa, como alunos em educandários de amor, repetindo a
lição quando erramos e sendo promovidos quando acertamos.
Assim, numa existência continuamos o que deixamos interrompido numa anterior, corrigimos o que fizemos
errado ou iniciamos uma experiência nova.
E recordemos que o que não realizarmos por amor, a dor nos convocará a executar.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 18 da GÊNESE, de Allan Kardec, itens 17, 19, 20, 24, 26 e 27 e texto 70 de VIDA FELIZ,
por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #Genese #evolução #transiçãoplanetária #progresso #reencarnação #leideprogresso #civilização
#sociedade #fraternidade
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Emmanuel, na mensagem intitulada Hegemonia de Jesus, no livro Caminho, Verdade e Vida, pela
psicografia de Francisco C. Xavier, nos esclarece:
Antes de Abraão, ou precedendo os grandes vultos da sabedoria e do amor na História mundial, o
Cristo já era o luminoso centro das realizações humanas. De sua misericórdia partiram os missionários
da luz que, lançados ao movimento da evolução terrestre, cumpriram mais ou menos bem, a tarefa
redentora que lhes competia entre as criaturas, antecedendo as eternas edificações do Evangelho.
(XAVIER, 2016b).
Pelo menos parte da Humanidade ainda não compreendeu que a Natureza não se autoconstrói e não se
administra a si mesma e que uma obra desse jaez não pode prescindir de um construtor, mantenedor e
administrador que corresponda à sua real magnitude.
Na monumental obra A Caminho da Luz, Emmanuel, mais uma vez pela psicografia missionária de Chico
Xavier, enfatiza a inigualável missão de Jesus Cristo, por determinação direta de Deus, junto ao nosso
planeta Terra, incumbindo o Divino Mestre de promover não só a criação desta bela morada, mas sua
condução ao seu supremo e fatal destino de mundo celeste ou divino, quando será habitado por Espíritos
puros, que poderemos ser nós mesmos (XAVIER, 2016a).
Assim, dentro do contexto dessa singela reflexão, podemos conceituar modelo como aquele ou aquilo
que deve ser imitado por representar a expressão de perfeição que se pode almejar, e guia como o que
deve ser seguido porque conhece, sem erros, o caminho reto a ser percorrido; já o exemplo é aquele ou
aquilo que serve de aprendizado, por evidenciar ora o erro ora o acerto e por isso mesmo constitui
advertência ou referência relevante para os aprendizes.
Todos os apóstolos de Jesus são exemplos vivos deixados para a Humanidade, não só por terem
convivido diretamente com o Cristo, mas porque vieram à Terra devidamente preparados para a
elevadíssima missão de contribuírem direta e decisivamente com a semeadura da mais importante
mensagem de amor e sabedoria que Deus enviou ao orbe: a mensagem cristã.
Entretanto, iremos nos referir à participação de apenas um deles, o intrépido Apóstolo Pedro, cujos atos
diante de Jesus constituem lições grandiosas para as nossas mais profundas e profícuas reflexões.
Narra-nos o Evangelista Mateus (16:13 a 23) sobre aquele momento em que Jesus, pela primeira vez,
anunciou que iria ser perseguido pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas, quando
então seria preso e morto, mas enfatizando que ressuscitaria ao terceiro dia.
Pedro indignou-se com tal revelação, para ele absurda, e protestou com veemência, dizendo: "Que Deus
não permita isso, Senhor! Isso não te acontecerá!" (Mateus, 16:22).
"Mas Jesus, voltando-se para ele, disse-lhe: Afasta-te, Satanás, tu és para mim um escândalo; teus
pensamentos não são de Deus, mas dos homens!" (Mateus, 16:23).
Extrai-se dessa passagem a lição de que Pedro, diante da gravidade do inesperado anúncio, agiu com
sincero, mas limitado impulso de visão humana, como de ordinário ainda fazemos, não vislumbrando os
elevados auspícios espirituais, tanto assim que Jesus decretou: "teus pensamentos não são de Deus, mas
dos homens".
Os dias transcorreram e, naquela inesquecível noite de quinta-feira, quando Jesus efetivamente foi preso
no Monte das Oliveiras, realizou Ele, antes de sua prisão, um encontro de despedida, compartilhando
com seus apóstolos uma ceia muito mais espiritual do que material, durante a qual ministrou seus
últimos ensinamentos, entre os quais o da humildade, e o fez lavando os pés de seus seguidores e
enxugando um a um com uma toalha com a qual se cingia.
Registram as Escrituras que por fim chegou a vez de Pedro, que tudo observava sem nada compreender
e, por isso mesmo, recusou com veemência que o Mestre lhe lavasse os pés, conforme consta no
Evangelho de João, (13:6 a 9):
253
Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: Senhor, queres lavar-me os pés! Respondeu-lhe Jesus: O
que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve. Disse-lhe Pedro: Jamais me lavarás
os pés!... Respondeu-lhe Jesus: Se eu não tos lavar, não terás parte comigo.
Observa-se que, para Pedro, a prática da humildade era uma atitude indigna, aviltante, humilhante e
inconcebível, por ser, em sua compreensão espiritual, injusta, como ainda hoje muitos de nós
concebemos.
Salienta-se nessa passagem que o Mestre, na sua celestial sabedoria, inverte as práticas pedagógicas e,
em vez de pedir que lhe lavem os pés, apresenta o modelo de perfeição e humildade, servindo a todos.
Escreveu o Evangelista Lucas (22:31 a 34) que, no transcurso da mesma Ceia, Pedro asseverou enfático
que estava pronto para ser preso e até mesmo morto em companhia de Jesus, nos seguintes termos:
Simão, Simão, eis que Satanás vos reclama para vos peneirar como um trigo; mas eu roguei por ti,
para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por tua vez, confirma os teus irmãos. Pedro disse-lhe:
Senhor, estou pronto a ir contigo tanto para a prisão quanto para a morte. Jesus respondeu-lhe: Digo-
te, Pedro, não cantará hoje o galo, até que três vezes hajas negado que me conheces.
Sabe-se que logo após, quando interpelado por funcionários do palácio do sumo sacerdote Caifás, Pedro
efetivamente negou por três vezes que conhecesse o Cristo ou fizesse parte de seu grupo e, ao ouvir o
canto do galo, lembrou-se da sábia advertência e deixou o palácio chorando amargamente, reconhecendo
seu momento de fraqueza.
Já tinha terminado a ceia e Jesus se encontrava agora no Monte das Oliveiras, na parte onde havia um
jardim, em companhia de onze dos seus discípulos, com exceção de Judas Iscariotes, que havia ido ao
encontro das autoridades de Jerusalém.
Jesus realizou sucessivas orações, sabedor que era de que havia chegado o momento de sacrificar sua
integridade moral e a própria vida por amor à Humanidade.
Aguardava jubiloso, quando se ouviu o burburinho da multidão de servos, guardas e autoridades que se
aproximavam eufóricos e fortemente armados para executar a nefasta prisão.
O próprio Jesus protesta, não contra a prisão, mas por causa do aparato bélico utilizado para prendê-lo,
conforme narrado por Lucas (22:52 e 53):
Saístes armados de espadas e varapaus, como se viésseis contra um ladrão. Entretanto, eu estava todos
os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim; mas esta é a vossa hora e o poder
das trevas.
Pedro surpreende e dá o seu testemunho de coragem, lealdade e amor ao Mestre, sacando da espada e
partindo para a luta, em legítima defesa do Divino Cordeiro, assim narrado o episódio por João (18:10 a
12):
Simão Pedro, que tinha uma espada, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a
orelha direita. O servo chamava-se Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Enfia a tua espada na bainha! Não
irei beber eu o cálice que o Pai me deu? Então a coorte, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam
Jesus e o ataram.
Com isso, Jesus primeiramente evitou uma tragédia de enormes proporções, uma vez que Pedro, com a
sua impetuosidade e demonstração de coragem humana, havia deflagrado a batalha sangrenta. Além
disso, Jesus apresentava a outra face, a do perdão e da coragem espiritual, como alicerces insubstituíveis
da paz.
Observa-se que o grande apóstolo sempre foi sincero, quando dizia que estava preparado para morrer
junto com o Mestre, mas fica claro que ainda não estava preparado para viver com Ele, renunciando à
própria vida, uma vez que necessitava a todo tempo de sua amorosa proteção, como de resto todos nós
ainda carecemos dela profundamente.
O certo é que Jesus, o enviado de Deus, em momento algum utilizou da violência para se defender e
jamais autorizou que alguém o fizesse, considerando que aquele que ensinou a amar os inimigos só se
utiliza de uma única arma: o amor.
254
Sabemos que a missão de Jesus era eminentemente espiritual, pois representava a presença de Deus
entre nós, bem como de seus auxiliares diretos, os apóstolos, os quais, já àquela época, eram Espíritos
devidamente preparados para o celestial mister.
A propósito da real posição espiritual dos colaboradores mais diretos de Jesus, quando de suas missões
entre nós, o Espírito Emmanuel, na monumental obra Paulo e Estêvão, psicografada pelo não menos
apóstolo de Jesus, Francisco Cândido Xavier, no capítulo 8, intitulado O martírio em Jerusalém, revela
a conclusão a que chegou o Apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso, no que concerne aos Apóstolos do
Cristo, nos termos seguintes:
A palavra de Tiago toava imantada de bondade e sabedoria e valia por consoladora revelação.
Os galileus eram muito mais sábios que qualquer dos rabinos mais cultos de Jerusalém. Ele, que
chegara ao mundo religioso por intermédio de escolas famosas, que tivera sempre, na mocidade, a
inspiração de um Gamaliel, admirava agora aqueles homens aparentemente rústicos, vindos das
choupanas de pesca, que, em Jerusalém, alcançavam inesquecíveis vitórias intelectuais, somente porque
sabiam calar quando oportuno, aliando à experiência da vida uma enorme expressão de bondade e
renúncia, à feição do Divino Mestre. (XAVIER, 2017; grifo nosso).
Depois das irretocáveis palavras do escolhido de Jesus para disseminar o seu Evangelho na Ásia, acerca
da grandeza espiritual dos apóstolos, resta-nos apenas mergulhar no oceano do silêncio, para melhor
refletir sobre tudo.
***
REFERÊNCIAS: KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 131. ed. 8. imp.
(Edição Histórica). Brasília: FEB 2017. cap. 3, its. 3 e 19.
XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 38. ed. 5. imp. Brasília: FEB, 2016a. cap. 1 –
A gênese planetária. ____. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 11. imp. Brasília. FEB,
2016b. cap. 133.
____. Paulo e Estêvão. Pelo Espírito Emmanuel. 45. ed. 11. imp. Brasília: FEB. 2017. Pt. 2.
***
Revista Reformador - Setembro de 2017 Luiz Julião Ribeiro / luizjuliaoribeiro@gmail.com
***
#Reformador #Jesus #evangelhosegundooespiritismo #aprendizado #doutrinaespirita
255
- Paz, terra e pão: todo o poder aos sovietes [conselhos integrados por delegados dos trabalhadores, camponeses
e soldados].
Agressividade (Consolador)
- O que leva o homem à guerra é a predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e satisfação das
paixões. No estado de barbárie, os povos só conhecem o direito do mais forte, daí por que, para eles, a guerra é
um estado normal. À medida que o homem progride, a guerra se torna menos frequente, porque ele evita suas
causas, e quando a julga necessária, sabe adicionar-lhe humanidade.
Mas a guerra desaparecerá um dia da face da Terra, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a
Lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos.
- Na guerra, o verdadeiro culpado é aquele que a promove em benefício próprio. Precisará de muitas existências
para expiar todos os assassínios dos quais foi a causa, pois responderá por cada homem cuja morte tenha causado
para satisfazer à sua ambição.
Liberdade (Lenin)
- A liberdade é uma coisa tão preciosa que deveria ser racionada.
- A liberdade é uma grande palavra, mas, foi sob a bandeira da liberdade da indústria que foram empreendidas as
piores guerras de pilhagem. Foi sob a bandeira da liberdade do trabalho que os trabalhadores foram espoliados.
- Não manchem a grande palavra liberdade, porque também nós somos livres para ir aonde nos aprouver, livres
para combater não só o pântano, como também aqueles que para lá se dirigem! - Enquanto existir o Estado, não
haverá liberdade. Quando houver liberdade, não haverá Estado.
- Dar à burguesia a arma da liberdade de imprensa é facilitar a ajuda à causa do inimigo. Nós não desejamos um
fim suicida. Então, não a daremos.
- Todos os países capitalistas, inclusive os mais desenvolvidos, são como verdadeiras penitenciárias para o
operariado.
Liberdade (Consolador)
- Nenhum homem goza de absoluta liberdade, porque todos precisam uns dos outros, tanto os pequenos como
os grandes. Desde que dois homens estejam juntos, há entre eles direitos a serem respeitados e, portanto,
nenhum deles gozará de liberdade plena.
É pelo pensamento que o homem goza de liberdade sem limites, pois o pensamento não conhece obstáculos.
Pode-se impedir a sua manifestação, mas não aniquilá-lo.
- Como todas as doutrinas têm a pretensão de ser a única expressão da verdade, pode-se reconhecer a que merece
esse qualificativo pelo seguinte sinal: é a que fizer mais homens de bem, isto é, homens que pratiquem a lei de
amor e de caridade na sua maior pureza e na sua mais ampla aplicação.
Por esse sinal se reconhece que uma doutrina é boa, visto que toda doutrina que tiver por efeito semear a
desunião e estabelecer linha de separação entre os filhos de Deus só pode ser falsa e perniciosa.
Igualdade (Lenin)
- Supressão de todos os gastos de representação e de todos os privilégios pecuniários dos funcionários, redução
dos vencimentos de todos os funcionários do Estado ao nível do salário de um operário.
É aqui exatamente que se manifesta com a maior evidência a viragem da Democracia burguesa à Democracia
proletária, da Democracia dos opressores à Democracia das classes oprimidas, do Estado como força especial para
a repressão de uma classe determinada à repressão dos opressores pela força geral da maioria do povo, dos
operários e dos camponeses.
- Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa à igualdade
social e à passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio,
260
dever-se-ia passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma ditadura, que
organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não
existiria. (4).
Igualdade (Consolador)
- Todos os homens são iguais perante Deus e tendem para o mesmo fim, visto que Deus fez suas Leis para todos.
Frequentemente dizeis: o Sol brilha para todos, e com isso enunciais uma verdade maior e mais geral do que
pensais. A desigualdade das condições sociais é obra do homem e não de Deus.
- Mas essa desigualdade desaparecerá um dia, porque só as Leis de Deus são eternas. É possível notar a
desigualdade diminuir pouco a pouco a cada dia. E desaparecerá quando o egoísmo e o orgulho deixarem de
predominar, restando apenas a desigualdade do merecimento.
Dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus não mais se considerarão como de sangue mais
ou menos puro. Só o Espírito é mais ou menos puro e isso não depende da posição social.
- E se essa desigualdade natural de aptidões coloca certas raças humanas sob a dependência de outras mais
inteligentes, é para que estas possam elevá-las e não para embrutecê-las ainda mais pela servidão.
Em suma: todos os homens são iguais na balança divina; só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus.
Propriedade (Lenin)
- Não se pode vencer o Capitalismo sem tomar os bancos e sem abolir a propriedade privada dos meios de
produção, mas é impossível realizar esta medida revolucionária sem organizar a direção democrática por todo o
povo dos meios de produção arrancados à burguesia, sem incorporar toda a massa dos trabalhadores, proletários,
semiproletários e pequenos camponeses, na organização democrática das suas fileiras, das suas forças e da sua
participação no Estado.
- Os comunistas alemães são comunistas porque por meio de todas as etapas intermediárias e de todos os
compromissos criados não por eles, mas pela marcha da evolução histórica, veem com clareza e perseguem
constantemente seu objetivo final: a supressão das classes e a criação de um regime social onde não haverá lugar
para a propriedade privada da terra e de todos os meios de produção (Engels, citado por Lenin). (5).
- Horrorizais-vos [os burgueses] porque queremos abolir a propriedade privada. Mas em vossa sociedade a
propriedade privada está abolida para nove décimos de seus membros. E é precisamente porque não existe para
estes nove décimos que ela existe para vós. Acusais-nos, portanto, de querer abolir uma forma de propriedade
que só pode existir com a condição de privar de toda propriedade a imensa maioria da sociedade.
Em resumo, acusais-nos de querer abolir vossa propriedade.
De fato, é isso que queremos. (6).
Propriedade (Consolador)
- O primeiro de todos os direitos naturais do homem é o de viver. Por isso ninguém tem o direito de atentar contra
a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer a sua existência corporal.
Esse direito de viver confere ao homem o direito de acumular bens que lhe permitam repousar quando não mais
puder trabalhar, mas deve fazê-lo em família, como a abelha, por meio de um trabalho honesto, e não acumular
como um egoísta. Até mesmo alguns animais lhe dão o exemplo da previdência.
- Aquilo que o homem acumula por meio de trabalho honesto constitui legítima propriedade sua, que ele tem o
direito de defender, porque a propriedade que é fruto do trabalho é um direito natural, tão sagrado quanto o de
trabalhar e de viver. Mas só é legítima a propriedade que foi adquirida sem prejuízo de outrem.
- O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo.
Do que encontra ao chegar e deixa ao partir, goza ele enquanto aqui permanece.
261
Desde, porém, que é forçado a abandonar tudo isso, não tem a posse real das suas riquezas, mas, simplesmente,
o usufruto. Que possui ele, então? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência,
os conhecimentos, as qualidades morais. Isso é o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar,
o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste.
Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, porque, daquilo que tiver adquirido em bem, resultará a
sua posição futura. Ninguém pode dizer que uma coisa lhe pertence, quando pode ser tirada sem o seu
consentimento.
Prosperidade (Lenin)
- Do Capitalismo, a Humanidade só pode passar diretamente ao Socialismo, quer dizer, à posse comum dos meios
de produção e à distribuição dos produtos segundo o trabalho de cada um. Mas, o nosso Partido vê mais longe:
o Socialismo deve infalivelmente se transformar, pouco a pouco, em Comunismo, que tem inscrito na sua bandeira
o lema: "De cada um segundo as suas capacidades, a cada um segundo as suas necessidades".
- Na sociedade burguesa, o trabalho vivo é sempre um meio de aumentar o trabalho acumulado.
Na sociedade comunista, o trabalho acumulado é sempre um meio de ampliar, enriquecer e melhorar cada vez
mais a existência dos trabalhadores. (7).
- Comunismo é a doutrina política e o sistema econômico e social baseados na propriedade comum de todos os
bens e na igual distribuição de riqueza entre todas as pessoas. Segundo o modelo comunista implementado por
Lenin na Rússia, o Estado era dono de todos os meios de produção - fábricas, máquinas, matérias-primas, terras,
cultivos agrícolas, recursos naturais, comércio, sistemas de transporte. As pessoas, porém, podiam ser donas
apenas de poucos bens, como móveis e eletrodomésticos, e de objetos pessoais. (8).
Prosperidade (Consolador)
- A igualdade absoluta das riquezas não é possível, porque a diversidade das faculdades e dos caracteres a isso se
opõe.
Os que apregoam ser esse o remédio para os males da sociedade são sistemáticos ou ambiciosos e invejosos. Não
compreendem que a igualdade com que sonham logo seria desfeita pela força das coisas. Em vez de correr atrás
de quimeras, o homem deve é combater o egoísmo, que é a grande chaga social.
- A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere
apenas a vida atual.
A primeira questão que se apresenta é esta: Por que nem todos os homens são igualmente ricos? Não o são por
uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e
previdentes para conservar.
- É, aliás, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, daria a cada um parcela
mínima e insuficiente; que, supondo-se efetuada essa divisão, o equilíbrio estaria desfeito em pouco tempo, pela
diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que
viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o
bem-estar da Humanidade; que, admitindo que ela desse a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que
impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos,
é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.
- Mas como é, ao mesmo tempo, poderoso meio de ação para o progresso, Deus não quer que ela permaneça
longo tempo improdutiva, razão pela qual Ele incessantemente a desloca.
Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela. Para uns, a pobreza
é a prova da paciência e da resignação; para outros, a riqueza é a prova da caridade e da abnegação. Deus
experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo emprego que dá aos seus bens e ao seu poder.
Conclusão
262
Para concluir este estudo e estabelecer diretrizes seguras à nossa meditação (e imaginando que um dia Estados e
Nações possam estar imbuídos nos valores cardeais que iluminam a Doutrina do Consolador), valemo-nos de uma
profunda reflexão de Rui Barbosa - glória do Brasil e exemplo vivo de espírito laborioso e íntegro -, na qual ele
estabelece a estratégia ideal e a metodologia perfeita para o enfrentamento inevitável, neste mundo, entre o bem
e o mal, ou seja, entre a força da treva, que está fora da Lei, e o poder da luz, que é a própria Lei:
O Estado é o grande representante da inteligência contra o obscurantismo; é o inimigo armado das trevas; é o
irradiador vitorioso da luz. Mas as vitórias da luz realizam-se ensinando e não inibindo de ensinar os inimigos dela;
mas as ciladas encobertas no seio das trevas evitam-se, levando até o fundo do esconderijo o raio sereno da
demonstração livremente discutida; mas a força desserve, em vez de servir, a inteligência, cujos triunfos nunca
hão de ser sólidos e irrevogáveis, senão quando o obstáculo for suprimido, sem violência, nem injustiça, em
combate igual, pela energia invencível, posto que inerme, da verdade; mas privar o obscurantismo das garantias
do direito comum, é dignificá-lo com a majestade do infortúnio, cingir-lhe a palma do martírio, aureolá-lo com o
esplendor da santidade, inspirar-lhe esses imprevistos movimentos de abnegação, esses grandes rasgos cênicos
de heroísmo moral, que lhe cativam na mulher a mais poderosa metade da nossa espécie, e prostram-lhe aos pés,
na atitude religiosa da contemplação e da prece, as imaginações populares, fascinadas por essa generosa simpatia
que diviniza nos perseguidos os erros mais perigosos e as causas mais funestas. [...] (9).
***
REFERÊNCIAS: (1) - O czar Nicolau II, monarca russo à época, era chamado de “paizinho” pelo povo.
Enciclopédia mirador internacional, v. 18, verbete Rússia (Rússia I, 1.19.1).
(2) - Disponível em: www.rdpizzinga.pro.br/livros/vladlen/vladlen.htm Acesso em: jul. 2017.
(3) - KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos e O Evangelho segundo o Espiritismo, passim (texto condensado).
FEB Editora, trad. Evandro Noleto Bezerra.
(4) - Disponível em: 2bgalois.wordpress.com/socialismo-e-comunismo/ Acesso em: jul. 2017.
(5) - LENIN, V. I. Esquerdismo – doença infantil do comunismo, it. VIII, “Nenhum compromisso?”, disponível
na Internet.
(6) - MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista.
(7) - ______. ______.
(8) - Disponível em: klickeducacao.com.br/enciclo/encicloverb/0,5977,POR-6677,00.html (texto condensado).
Acesso em: jul. 2017.
(9) - Disponível em: casaruibarbosa.gov.br/scripts/scripts/rui/mostrafrasesrui.idc?CodFrase=1893 Acesso
em: jul. 2017.
***
Revista Reformador - Novembro 2017 Mário Frigéri / mariofrigeri@uol.com.br
***
#marxismo #espiritismo #liberdade #propriedade #responsabilidade #comportamento #revolução
263
Nada mais comum, nas atividades terrenas, do que o hábito enraizado das querelas, dos desentendimentos, das
chateações.
Nada mais corriqueiro entre os indivíduos humanos.
Como num grupo de meninos, em que cada gesto, cada nota, cada menção se torna um bom motivo para
contendas e mal-entendidos, também na sociedade dos adultos ocorre o mesmo fenômeno.
Mais do que compreensível que nós, como se fôssemos um menino de pavio curto, liberemos adrenalina nos
episódios cotidianos que desafiam a nossa estabilidade emocional.
Compreensível que nos agitemos, que nos irritemos, que levantemos a voz, que afivelemos ao rosto expressões
feias de diversos matizes.
Tudo isso é possível de acontecer por causa do nível do nosso mundo íntimo.
***
No entanto, é bom lembrarmos que não viemos para a Terra para fixar nossas deficiências, nossas dificuldades.
Estamos aqui para tratar delas, cultivando saúde íntima.
Não estamos no mundo para agirmos, atendendo aos nossos impulsos irracionais, mas para fazê-los amadurecer
para os campos da razão lúcida.
Não nascemos para nos permitirmos levar pelo destempero, pela irritação que nos desequilibra, nos torna pessoas
de difícil trato.
Cabe-nos o dever de nos educarmos, porque temos na pauta da nossa vida o compromisso de cooperar com Deus,
à medida que cresçamos, que amadureçamos, que nos tornemos pessoas nobres.
Desse modo, os nossos aborrecimentos diários, embora sejam admissíveis em almas infantis e destemperadas,
provocam ruídos infelizes, desconcertantes e indesejáveis, nas almas que vivem e convivem conosco.
Tornamo-nos pessoas causadoras de distúrbios, de inconveniências, em síntese, de problemas.
***
Observemo-nos. Façamos uma análise de nós mesmos e nos conheçamos um pouco mais. Verifiquemos nossos
pontos negativos e trabalhemos para deles nos libertarmos.
Eles nos infelicitam e causam preocupações aos familiares, amigos, colegas.
Afinal, quem pode ficar tranquilo ao lado de quem parece sempre pronto a estourar?
Resistamos aos impulsos inferiores que ainda rondam a nossa intimidade.
Aproximemo-nos mais dos benfeitores espirituais que nos amparam.
Perante as perturbações alheias, aprendamos a não imitá-las.
Diante da rebeldia de alguém, analisemos e não façamos o mesmo.
Notando a explosão violenta de alguém, reflitamos nas consequências danosas, a fim de não agirmos de igual
forma.
Cada esforço que fizermos por nos melhorarmos, por nos educarmos, será secundado pela ajuda de luminosos
imortais que estão, em todo tempo, investindo no nosso progresso.
Eles esperam que cresçamos e nos iluminemos, tornando-nos cooperadores com Deus, superando a nós mesmos,
transformando nossas noites morais em radiosas manhãs de perene formosura.
***
Quando formos visitados pelo sofrimento ou por contrariedades, não nos deixemos dominar.
Finalmente, quando tivermos vencido nossos ímpetos de impaciência, de cólera, ou de desespero, digamos, para
nós mesmos, cheios de justa satisfação: Fui o mais forte.
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 146, fala sobre aborrecimentos e irritações:
264
A irritabilidade é espinho cravado nas carnes da emoção, que deve ser extirpado.
Quanto mais permanece, piora o estado de quem o conduz, gerando infecções duradouras quão perniciosas.
A pessoa irritável não necessita de motivos para o mau humor, a insatisfação. Gera-os com facilidade, por
conduzir-lhes os germes nos sentimentos agressivos e amargurados.
Faz-se intratável e exala o morbo que lhe caracteriza a conduta.
Agrada-se, quando desagrada; alegra-se, quando se desforça em quem defronta, mesmo que este nada lhe tenha
feito de mal.
É sempre infeliz por prazer.
Vence a irritação, ou, do contrário, serás por ela destruído.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 13 do livro PARA USO DIÁRIO, pelo Espírito Joanes, psicografia de Raul Teixeira, ed.
Fráter.
***
#momentoespirita #aborrecimentos #irritação #autoconhecimento #comportamento #psicologiaespirita
#PsicologiaEspírita
265
Permitamos, pois, que essa luz brilhe por toda parte: a nossa luz, a luz dos que amam em abundância.
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 47, nos aconselha:
Acompanha a marcha dos acontecimentos sem sofreguidão.
A tua ansiedade ou o teu receio não alterarão o curso das horas.
Aguarda o que há de suceder, sem que te imponhas sofrimento desde a véspera.
O que pensas que acontecerá, talvez se dê, não porém da forma como aguardas, porquanto, a vida obedece
a um plano de incessantes mudanças e transformações.
Desse modo, espera com harmonia íntima, afastando do teu programa a agitação e o medo.
***
Extraído do Momento Espírita (Título original: Uma Causa)
Referência: Livro VIDA FELIZ, 47, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
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267
Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem - consta na resposta à questão número
459 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
Ora, cientes de que tal influência é usual e intensa, cabe-nos aprender a distinguir nossos próprios
pensamentos daqueles que nos são sugeridos.
Além disso, devemos ter em mente que os bons Espíritos sempre nos aconselham para o bem.
Os Espíritos infelizes, porém, são incapazes disso.
Resta-nos, portanto, usar o bom senso para fazermos tal diferenciação e nos valermos apenas das
orientações que nos possam levar ao caminho do bem e da verdade.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 459 e seguintes de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e livro LIÇÕES PARA A FELICIDADE,
capítulo 13, de Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
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#doutrinaespirita
269
Jesus nos é apresentado, pelos bons Espíritos, como o Modelo e Guia para a Humanidade.
Isso porque se trata do único Espírito perfeito que esteve na Terra.
Nasceu uma única vez entre nós, somente para nos lecionar a lei de amor, pois dada a Sua evolução, nada tinha a
resgatar.
Por essa razão, Ele é nosso Guia e nosso Modelo.
Modelo porque representa o ideal, o padrão de perfeição moral que devemos buscar construir em nós.
Ele é o paradigma, o referencial que temos para conduzir as nossas ações em direção ao progresso espiritual.
Também é nosso Guia porque é o educador, o conselheiro, Aquele que nos conduz.
Só pode ser Guia aquele que já trilhou o percurso, que o enfrentou e que, por essa razão, sabe identificar e evitar
seus perigos e armadilhas, conduzindo outras pessoas com segurança.
Dessa forma, podemos aceitar sem nenhuma restrição a sua informação: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.
Para que possamos ser verdadeiramente denominados cristãos, devemos conhecer esse Modelo em
profundidade e seguir Seu roteiro.
***
Jesus, vivendo com as massas sofredoras, compreendendo o orgulho e o degredo dos filhos da Samaria,
proclamou o amor como o libertador de consciências e o forte élan de ligação com Deus.
A Sua voz, dúlcida como um perene canto, proclamou os Direitos Humanos, antecipando em inúmeros séculos a
civilização ética, facultando esperança e alegria de viver.
Taumaturgo por excelência, ensinou a vida gloriosa, mudando as condições da miséria orgânica, moral e mental
dos infelizes, oferecendo-lhes a visão antecipada do poder de Deus, de que Ele era investido.
Por onde passava, permaneciam as marcas inconfundíveis da compaixão e da misericórdia, alterando o status quo
de maneira irrefragável.
Com um pequeno grupo escreveu nas páginas vivas da História o estatuto da felicidade e imolou-se em nome do
ideal a que se entregou.
***
Conhecer Jesus é conhecer os fatos da Sua vida, aprofundar-se nos Seus ensinos, refletir nos Seus exemplos.
Conhecer os costumes e as tradições da sociedade em que Ele viveu nos ajudará a melhor entender Suas lições.
Seus ensinos estão profundamente vinculados à vida cotidiana na Palestina.
Por isso, ao estudarmos a vida na época de Jesus, teremos maior compreensão de Suas valiosas lições.
Estudar os Evangelhos é mergulhar a mente nas Suas ações, nos Seus ditos, nos Seus feitos.
Tudo isso nos levará a conhecer um pouco a respeito dEsse personagem tão ilustre, tão grande.
Esse conhecimento, no entanto, é somente o começo da nossa trajetória para nos tornarmos Seus seguidores.
Cristãos.
É preciso aplicar Seus ensinos em nossas vidas.
***
Jesus é nosso Modelo, isso significa que Ele é a personificação de Suas lições.
É a nossa referência.
Viveu conforme as lições que pregava.
De igual forma, devemos transformar nosso viver conforme os Seus ensinos.
Esse é o segundo passo para sermos verdadeiramente cristãos.
Na medida em que vamos aplicando os ensinos de Jesus em nossas vidas, vamos nos modificando para melhor.
Essa nossa melhoria colabora para a melhoria daqueles que convivem conosco.
270
Melhoria de hoje, construção para o futuro feliz, considerando que nossas ações no presente são as sementes
para a colheita posterior.
Assim, se vivenciarmos os ensinos de Jesus hoje, teremos um amanhã mais promissor.
Espelhando-nos em Suas virtudes, Sua integridade moral, Sua excelência, nos inspiramos para as atitudes de cada
dia.
Seria como caminhar com Ele, ao lado dEle, espelhando-nos nEle.
Vamos ao passado para beber das Suas lições, apresentadas no hoje, nos registros dos quatro Evangelistas.
Vivenciar Suas lições é a semeadura que nos garantirá a colheita feliz, no futuro que pode ser próximo ou distante,
conforme seja a nossa decisão, a nossa vontade de seguir o Mestre, moldando-nos aos Seus ensinos.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 625 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e livro MOMENTOS DE SUBLIMAÇÃO, 16, por
Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #Jesus #espiritos #espiritismo #doutrinaespirita #Civilização
271
Eles eram jovens, amáveis e simpáticos. Seus semblantes irradiavam alegria. Amavam-se com esse primeiro
amor que se assemelha a uma árvore florida que espera a estação propícia para se transformar em um celeiro
de frutos.
Uniram-se por amor. Ele era um modesto empregado e ela costureira. Viram-se e se amaram. Amaram-se e
se uniram.
Ao se unirem, logo pensaram na bênção de um primeiro filho. A moça, olhando gravuras de querubins, pediu
a Deus que lhe desse um filho tão lindo como uma daquelas figuras angelicais.
Um ano se passou. O amoroso par juntou economias e preparou o necessário para vestir um recém-nascido.
Ela costurou roupinhas de cambraia com preciosas rendas, conjuntos brancos com finos bordados, gorros,
tudo de mais belo e delicado para receber o seu bebê.
Esperaram o filho que imaginavam belo e que deveria chegar pedindo beijos com seus sorrisos.
Enfim, chegou o momento do parto. Áurea sentiu as primeiras dores e depois de um laborioso período deu
à luz um menino.
Logo quis vê-lo, mas seu esposo e as pessoas que a rodeavam simplesmente a olhavam com tristeza.
Entre si trocavam olhares melancólicos e cochichavam algo que ela não conseguia entender.
Por fim, depois de insistir, Áurea acabou por gritar:
- Vocês não me escutam? Quero abraçar meu filho. Por acaso está morto?
- Não, disseram-lhe. É que...o menino não tem braços, nem pernas!
Áurea estendeu os próprios braços e respondeu com ansiedade:
- Pois tragam-no. Se não tem braços, nem pernas, ele estará mais tempo em meus braços.
O menino era lindo. Olhos azuis, expressivos, cabelos louros muito abundantes. Os pais o amaram. Mas o pai,
quando sua esposa não podia ouvir, dizia com profunda amargura:
"Eu queria tanto um filho. E ele veio sem braços nem pernas. Que grande injustiça cometeu Deus para comigo.
Se ao menos eu fosse rico, mas sou tão pobre!"
***
Ante um quadro tão doloroso, a Doutrina Espírita nos oferece profundas elucidações, através da lei dos
renascimentos, da tese das múltiplas existências, da Lei de Causa e Efeito.
Ela nos permite abrir uma porta para o nosso ontem, o nosso passado, dentro da História da Humanidade
terrestre.
Em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, os mensageiros espirituais esclarecem a grande questão do sofrimento, da dor,
da enfermidade, afirmando que não são fatores propostos pelo Criador, mas consequências das violações de
Suas Leis.
Assim, de acordo com a natureza das faltas cometidas pelo Espírito, ele mesmo escolhe as provas que queira
sofrer.
Provas que o levem à expiação das faltas cometidas e a progredir mais depressa.
Deus, na Sua justiça, permite que o culpado retorne ao cenário onde delinquiu, para a retificação dos seus
erros.
E como ensinou Jesus: Se teu olho for causa de escândalo, arranca-o e joga-o fora, as deficiências e mutilações
do hoje retratam exatamente a qualidade dos desacertos do ontem.
Mas, como Deus é Justiça e também Misericórdia, permite que almas devedoras nasçam junto a corações
amorosos que as aceitam e as ajudam com devoção, em sua trajetória de resgates e dores.
272
Por isso mesmo, é comum encontrarmos mães carregando filhos que não andam, sem lamentar o esforço
que realizam.
Mães que vivem com filhos de ouvidos e lábios fechados e que, no entanto, lhes falam à acústica da alma,
dizendo-lhes do seu amor.
Mães que recebem filhos deficientes de toda ordem e que a eles se dedicam, heroínas anônimas, com
desprendimento e amor.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 258 e 264 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e livro REENCARNAÇÃO E VIDA,
Capítulo SEM BRAÇOS E SEM PERNAS, por Amália Domingo Soler, ed. Ide
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #justica #justicadivina #reencarnação #misericórdia #espiritismo
#doutrinaespirita
273
A inconformação e a rebeldia, porém, normalmente armam o indivíduo com ambição e violência que
geram estados desditosos, mesmo quando ele consegue acumular excessos e quinquilharias a que atribui
valores relevantes, exagerados.
Nunca faltariam os recursos para a sobrevivência humana, caso não houvesse nos corações o predomínio
do egoísmo, da ganância, da avareza e do desinteresse fraternal.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro VIDA FELIZ, 142, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #vidafeliz #bemestar #egoísmo #ganancia #posses #equilibrio #Responsabilidade
#comportamento
275
Em O LIVRO DOS ESPÍRITOS (questão 766), de Allan Kardec, encontramos a seguinte pergunta feita aos Espíritos:
- A vida social está em a natureza?
Ao que os Benfeitores responderam:
- Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras
faculdades necessárias à vida de relação.
Não sendo o homem portador de faculdades completas, lógico é que, mediante o inter-relacionamento social elas
se completem para o seu bem-estar e progresso.
Dessa forma, as oportunidades de convívio nos são oferecidas desde cedo. O lar é nossa primeira experiência de
vida em sociedade e onde aprendemos as lições básicas de inter-relacionamento.
Depois vem a escola e, em seguida, o trabalho profissional.
E é no ambiente de trabalho que passamos grande parte da nossa existência, convivendo, geralmente, com
pessoas que, em princípio nos são estranhas.
Todavia, se é nesse ambiente que passamos boa parte da vida, por que não torná-lo o mais agradável possível?
Devido à falta de cuidado e atenção, muitos de nós fazemos do local de trabalho um verdadeiro campo de guerra.
Substituindo a cooperação pela competição, sofremos e fazemos sofrer, numa ânsia insana de galgar lugares de
destaque.
Esquecidos de que não somos conhecedores de tudo e que podemos fazer da cooperação uma forma de
fortalecimento da equipe, desejamos fazer carreira solo.
***
Quando Jesus, o grande Sábio da Humanidade, Se referiu à fortaleza do feixe de varas, era exatamente à união e
à cooperação que Ele se reportava.
Solidários, seremos união, separados uns dos outros pela sede de competição, seremos meros pontos de vista.
O reino animal nos dá excelentes exemplos de convivência pacífica e cooperação entre seres de espécies
diferentes.
Assistimos a um vídeo que mostrava um camarão e um peixe numa parceria perfeita.
O peixe podia ver mas não tinha moradia. O camarão era cego mas possuía uma grande toca para se abrigar.
Mesmo sem a linguagem articulada, ambos acertaram um sistema perfeito de cooperação mútua. Enquanto o
camarão trabalhava, ampliando as galerias da toca, o peixe ficava vigiando a entrada. Se surgisse um perigo, o
peixe imediatamente entrava e impedia que o camarão fosse até o exterior.
E quando o camarão saía para se alimentar dos musgos existentes no exterior da toca, mantinha uma antena
encostada no dorso do peixe e, ao menor movimento, ambos se refugiavam imediatamente.
***
E quanto a nós, que possuímos a fala e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação, como as temos
utilizado?
Seria importante que nos detivéssemos um pouco para pensar ou repensar nosso comportamento, já que estamos
vivendo os dias do Século XXI.
O Senhor estabeleceu a cooperação como base indispensável de êxito a qualquer trabalho.
O arado é precioso, mas inútil, se não possui a mão do lavrador que o dirige. O êxito é uma bênção de forças
conjugadas da natureza.
***
No livro VIDA FELIZ, 173, Joanna de Ângelis nos traz alguns oportunos conselhos para a vida em sociedade:
Usa a cortesia nos teus movimentos e ações, gerando simpatia e amizade.
O que possas fazer, não delegues a outrem.
276
Porque alguém trabalha contigo, não te cabe o direito de sobrecarregá-lo, exigindo-lhe além das suas
possibilidades.
Mesmo os teus serviçais merecem a tua consideração e respeito.
Cooperam contigo e são remunerados.
Faze mais: torna-os teus amigos.
Há pequenas e cansativas tarefas a eles afetas que podes executar sem te cansares nem os mortificar.
No trato com eles, usa as expressões:
"Por favor" e "muito obrigado", desse modo, educando-os mais e espalhando afeição em torno dos teus passos.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 766 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e verbete COOPERAÇÃO, do livro DICIONÁRIO
DA ALMA, psicografia de Francisco Cândido Xavier
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #sociedade #cooperação #leidesociedade #comportamento
#doutrinaespirita
277
168 - A VIRTUDE
Há alguns anos, conta o escritor Malba Tahan, uma pitoresca aldeia da Suíça foi destruída pelo fogo. Em poucas
horas, as lindas casas foram devoradas pelas chamas. Tudo ficou reduzido a escombros.
Passado o furor do incêndio, um dos moradores ficou tomado de grande desespero. Sua casa estava por terra,
totalmente destruída. Nada lhe havia sobrado. Nem roupas, nem móveis, sequer algumas paredes. Tudo jazia por
terra.
Pior, das suas vacas, que eram o seu sustento, não havia rastro em lugar algum. Para cúmulo da desgraça, o seu
filho, de apenas sete anos, estava desaparecido.
O pobre homem se pôs a chorar. Nenhuma palavra de conforto o podia acalmar. Sentou-se sobre as ruínas do seu
lar e passou toda a noite tristemente.
Quando surgiu alegre e fagueira a madrugada, os primeiros raios de sol romperam as trevas e o vieram encontrar
ainda ali, sentado, inconsolável. Parecia ter envelhecido dez anos, em apenas uma noite.
Então, um som bem conhecido o fez erguer a cabeça e olhar na direção de onde o vento lhe trazia a boa notícia.
Lá estava ela, vindo pela estrada, a sua vaca favorita.
Atrás dela, todas as outras e, por fim, seu filho querido.
Correu, abraçou o menino, entre lágrimas de pura alegria.
- Meu filho, perguntou, como você conseguiu escapar do incêndio?
- Muito simples, falou a criança. Quando vi o fogo, tratei logo de reunir as vacas e as levei para o campo, bem
distante, a fim de que nada sofressem.
- Você é um herói, exclamou o pai.
- Claro que não, afirmou o garoto. Herói é aquele que pratica algum ato de valor. Eu levei as vacas para o campo
somente porque vi que elas estavam em perigo. Sabia que era a única coisa acertada a fazer.
***
Assim agem as pessoas verdadeiramente virtuosas. Não alardeiam suas virtudes, mas praticam o bem com
desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmas.
Deixam-se guiar por suas inspirações e estão sempre aptas a grandes gestos, em favor dos demais.
Não aguardam elogios e a sua é a satisfação de realizarem o melhor.
Os que assim agem, ignoram mesmo que são virtuosos. Neles se encontram as qualidades da verdadeira virtude:
são bons, caritativos, laboriosos, sóbrios, modestos.
***
Toda virtude tem seu mérito próprio, ensinam os Espíritos Superiores, porque todas indicam progresso na senda
do bem.
Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores.
A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento
oculto.
A mais meritória de todas elas, é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 893 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, capítulo VII, item 8 de O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO e lenda do livro LENDAS DO CÉU E DA TERRA de Malba Tahan
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #sociedade #cooperação #leidesociedade #comportamento #virtudes
#doutrinaespirita
278
169 - PRESSENTIMENTOS
O dia 19 de abril de 1995 foi marcado por um ataque terrorista nos Estados Unidos.
Muitas das vítimas eram bebês que brincavam, na creche do edifício destruído pela explosão de um
carro bomba.
O interessante, no meio da tragédia, é saber dos pressentimentos, que livraram alguns deles da morte.
Michael Butler, um loirinho de quatro anos, por exemplo, continua vivo porque sua mãe, Kari, não o
deixou ir à creche naquela manhã.
- Alguma coisa me disse para deixar o Michael em casa, confessou ela a uma amiga.
A criança até chorou porque queria ir ver o seu amigo Aaron. A mãe ficou firme porque alguma coisa
continuava lhe dizendo: Não, hoje não!
Graças a esse estranho pensamento que falou a Kari, haverá muitos outros dias para Michael.
Com a menina Achley foi diferente. Nos seus quatro anos, pediu com insistência para a mãe:
- Um abraço. Preciso de um abraço.
- Mas eu já te dei um abração enorme, falou a mãe.
A garotinha insistiu:
- Mas eu quero outro, e quero um beijo também.
Com um riso cheio de amor, a mãe ouviu a menina dizer:
- Eu gosto de ti, mamãe. Eu te amo.
Parecia despedida. E foi mesmo.
Menos de duas horas depois, a mãe e os avós eram surpreendidos com as notícias da explosão. A menina
foi encontrada morta.
***
Existe pressentimento? O que é isso?
Pressentimento é o conselho íntimo e oculto de um Espírito que nos quer bem.
É, portanto, um amigo espiritual que nos alerta a respeito de um perigo, no intuito de nos salvaguardar.
Isso explica o caso da mãe do pequeno Michael.
De outras vezes, é a intuição da escolha que se haja feito, antes de renascer.
Antes de reencarnar, o Espírito tem conhecimento e até escolhe o gênero de provas a que se submeterá.
Ele conserva no seu íntimo uma espécie de impressão de tais provas e essa impressão, fazendo-se ouvir
quando lhe chega o momento de sofrê-las, se torna pressentimento.
Isso explica o caso da pequena Achley e sua despedida especialmente carinhosa, naquele dia.
***
O pressentimento pode ser considerado como a voz do instinto.
Como essa voz, por vezes, nos parece algo simplesmente vago, ocorre de nem sempre prestarmos
atenção.
Nesses momentos, é bom orar ao Espírito protetor, ao anjo da guarda ou diretamente a Deus, para que
possamos melhor discernir.
Os avisos dos Espíritos protetores objetivam tanto o nosso procedimento moral como também nos evitar
certos acidentes e transtornos.
Eles nos ajudam com seus conselhos, mediante a voz da consciência que fazem ressoar em nosso íntimo.
279
Como nem sempre ligamos a isso a devida importância, eles também se servem das pessoas que nos
cercam. São elas os seus instrumentos para nos aconselhar.
É bom que examinemos as diversas circunstâncias felizes ou infelizes da nossa vida.
Veremos que, em muitas ocasiões, recebemos conselhos que não aproveitamos e que nos teriam
poupado muitos desgostos, se os tivéssemos escutado.
Caminhemos mais atentos. Pensemos nisso.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Quesões 522 a 524 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e capítulo 39 do livro CONDUTA ESPÍRITA
por André Luis e Francisco Cândido Xavier
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #pressentimentos #intuição #pressentimento #comportamento
#doutrinaespirita
280
Nunca será demais falar sobre CORTESIA e RESPEITO. Em verdade, ambos bastante esquecidos na
atualidade, perdendo cidadania a passos largos.
É comum as pessoas falarem muito alto no ônibus, nos restaurantes, em lugares públicos em geral,
desrespeitando os demais.
E o mais delicado é que nem sempre a conversa é agradável. Às vezes se trata de críticas amargas ao
governo, a parentes, a amigos.
Ou problemas familiares de difícil solução, desentendimentos entre cônjuges ou entre pais e filhos.
Tudo vai sendo extravasado em altos brados, como se não houvesse outras pessoas compartilhando do
mesmo ambiente.
Não se sabe bem se a pessoa não tem condições de se ouvir e descobrir que está falando muito alto ou
se ela deseja que os outros tomem conhecimento da sua problemática ou da sua revolta.
Adolescentes e jovens esquecem, quase sempre, quando se encontram em grupos, que os lugares
públicos não lhes pertencem com exclusividade.
Por isso, gritam, dizem palavrões, falam de situações grotescas. Gesticulam, andam aos empurrões,
esbarrando em idosos e crianças.
Isso torna difícil para as famílias o passeio a parques e outros locais públicos.
Como impedir que as crianças presenciem cenas tão indelicadas e ouçam um palavreado que não é
habitual no seu lar?
E que dizer das discussões? Casais, amigos e colegas discutem seus problemas na rua, no
estacionamento, em restaurantes, sem cerimônia alguma.
***
Uma escritora relatou que presenciou, em um restaurante, várias famílias deixarem pelo meio os pratos
na mesa e se retirarem.
Tudo porque um casal resolveu brigar na mesa vizinha e não economizou o volume da voz. Muito menos
o vocabulário grosseiro.
De maneira estranha, todos se sentem incomodados mas ninguém diz nada.
Alguns alegam que essas pessoas não estão infringindo a lei. E de fato não há lei que regulamente essas
situações, que são uma questão de educação.
Mas o que está nos faltando é uma tomada de posição. A primeira, educando os nossos filhos no respeito
às pessoas.
A segunda é nos manifestarmos, de forma educada, pedindo a essas pessoas que nos respeitem.
Bastaria um “Por favor, falem mais baixo”. Ou “Eu não gostaria que meus filhos ouvissem o que estão
dizendo”.
Se todos passarmos a agir, essas pessoas terão que adotar uma nova postura, modificando-se e
modificando o mundo.
***
Não acreditemos quando nos falarem que a cortesia saiu da moda.
Quem não gosta de receber um gesto delicado? Quem não nota quando um rapaz se ergue do assento
e o oferece ao idoso cansado?
Quem não nota, com prazer, a pessoa que junta do chão um objeto e o devolve a quem deixou cair, sem
haver se dado conta?
283
Narra-se que uma das cunhadas do médium mineiro Francisco Cândido Xavier teve um filho com sérias dificuldades
físicas e mentais.
Braços e pernas atrofiados. Os olhos, cobertos por uma espessa névoa, mantinham-no mergulhado na mais completa
escuridão.
Inspirava medo às pessoas que o viam. Era tão deformado que a mãe, ao vê-lo, teve um choque e foi internada num
hospital psiquiátrico.
Chico ficou sozinho com o sobrinho.
Cuidar dele não era fácil. Medicá-lo, banhá-lo e aplicar-lhe um clister diariamente.
O menino não deglutia e, para alimentá-lo, Chico tinha que formar uma pequena bola com a comida, colocar em sua
garganta e empurrar com o dedo.
Isto, durante onze anos, aproximadamente.
Quando o sobrinho piorava, Chico orava muito por ele. Já o amava como um filho.
Um dia, porém, o Espírito de Emmanuel lhe disse:
- Ele só vai desencarnar quando o pulmão começar a desenvolver e não encontrar espaço. Aí, então, qualquer resfriado
pode se transformar numa pneumonia e ele partirá.
Quando estava próximo dos doze anos, foi acometido de uma forte gripe e começou a definhar.
Na hora da desencarnação, seus olhos voltaram a enxergar. Ele olhou para Chico e procurou traduzir toda a sua gratidão
naquele olhar.
Emmanuel, presente e emocionado como Chico, explicou:
- Graças a Deus. É a primeira vez, depois de cento e cinquenta anos, que seus olhos voltam para a luz. As suas dívidas
do passado foram aniquiladas. Louvado seja Jesus.
Chico Xavier sempre teve seus olhos voltados para a luz, e este é mais um dos inúmeros exemplos disso.
O sobrinho, necessitado de acerto com as Leis maiores, encontrou no amor do tio o estímulo necessário para deixar as
trevas.
***
Enquanto não acertamos as dívidas do passado, enquanto não cumprimos os compromissos assumidos até o fim, não
conseguimos nos libertar da escuridão.
A expiação é mecanismo infalível da Lei Divina.
Diz-nos ela que cada um de nós é responsável pelos equívocos realizados, nesta ou noutra existência, e que sempre
assumimos o compromisso de resgate perante a vida.
Assim é que as vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas
com relação ao futuro.
Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar.
Para voltar os olhos para a luz, novamente, faz-se necessário o arrependimento sincero, o aprendizado e o resgate.
É assim que a Justiça Divina opera, dando a cada um o que é seu, de acordo com sua necessidade.
Voltar os olhos para a luz é desprender-se, através do amor ou da dor, do passado de desvarios ao qual muitos ainda
estamos aprisionados.
É tempo de caminhar com passos seguros, mirando-se na caridade-doação de um Chico Xavier, que mostra o caminho
do amor para o encontro com a luminosidade que espera todos nós.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 399 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e capítulo DÍVIDA E RESGATE do livro CHICO de
Adelino da Silveira
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #dívida #resgate #aprendizado #arrependimento #comportamento #doutrinaespirita
#JustiçaDivina #expiação
285
Nos Estados Unidos, o livro TALKING TO HEAVEN, que reproduz as conversas do médium Van Praagh, com os mortos,
tem sido um sucesso.
O autor do livro, que é o próprio médium, defende a tese de que não existe morte, mas apenas vida.
A grande busca de livros como esse e outros do gênero demonstra o interesse dos homens pelo que vulgarmente se
chama sobrenatural, nesta virada de milênio.
O ser humano, trazendo em si mesmo a intuição da imortalidade, tem buscado ao longo dos tempos, provar que não é
apenas um amontoado de ossos e músculos.
Todavia, mergulhando no corpo físico, pelas portas da reencarnação, grande parte dos seres passa a duvidar da vida
após a morte, quando deixa um ser querido nas portas do túmulo e dele se afasta por tempo indeterminado.
***
Façamos uma comparação que talvez torne mais clara a questão da imortalidade.
Imaginemos que um navio, carregado de emigrantes, parta para destino longínquo.
Leva homens, mulheres e crianças de todas as condições, parentes e amigos dos que ficam.
Algum tempo depois da partida, surge a notícia de que o navio naufragou. Nenhum vestígio resta dele, nenhuma notícia
sobre sua sorte.
Acredita-se que todos os passageiros pereceram e o luto penetra em todas as suas famílias.
Entretanto, a equipagem inteira, sem faltar um único homem, foi ter a uma ilha desconhecida, abundante e fértil, onde
todos passam a viver ditosos.
Ninguém, todavia, sabe disso.
Porém, um belo dia, outro navio aporta a essa terra e lá encontra sãos e salvos todos os supostos náufragos.
A boa notícia se espalha com a rapidez do relâmpago e todos exclamam felizes: Não estão perdidos os nossos amigos
e familiares! E rendem graças a Deus.
E, embora não possam ver-se uns aos outros, correspondem-se e permutam demonstrações de afeto e, assim, a alegria
substitui a tristeza e a saudade se transforma em esperança de um reencontro futuro.
Tal é a imagem da vida terrena e da vida de Além-túmulo.
O segundo navio, por comparação, seriam as inúmeras mensagens dos mortos, ditadas através dos médiuns, trazendo-
nos a boa notícia da sobrevivência dos que partiram antes de nós.
E, para quem busca, com sinceridade, as provas da vida após a morte, as encontrará na vasta literatura que fala sobre
o assunto.
***
Durante o sono podemos manter contato com os seres que já partiram para a Pátria espiritual.
Ao contrário do que se pensa, os encontros entre vivos e mortos são muito comuns.
Tanto isso é uma realidade, que vários filmes e telenovelas enfocam o assunto com naturalidade.
Assim, o fato de sabermos que as pessoas que amamos continuam vivas no Além-túmulo é, verdadeiramente, uma
notícia consoladora.
Pensemos nisso!
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. I, item 62 de A GÊNESE, de Allan Kardec e em Entrelinhas do jornal Gazeta do Povo,
do dia 14/03/98.
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#momentoespirita #gênese #vida #reencarnação #imortalidade #morte #espiritos #doutrinaespirita
#desencarnação
286
Nessa sentença de Jesus estão sintetizadas todas as leis que regem as questões ético-morais.
Mas de que maneira essa justiça se estabelece?
Que mecanismo coordena essa distribuição, com justiça?
Primeiro, é importante lembrar que a justiça dos homens está calcada na legislação humana, com base em códigos legais
criados pelos próprios homens.
Quando há um litígio qualquer, um grupo de pessoas especializadas nesses códigos analisa o processo, julga e define as
penalidades aplicáveis ao réu.
A duração das penas é estabelecida pelo juiz.
Então, podemos concluir que a justiça dos homens se alicerça no arbítrio, segundo a visão dos magistrados.
Com a Justiça Divina é diferente. As consequências dos atos se dão de forma direta e natural, sem intermediários.
Em caso de uma falta qualquer, a penalidade se estabelece de maneira natural, e cessa também naturalmente, com o
arrependimento efetivo e a reparação da falta.
Importante destacar que, na Justiça Divina, não há dois pesos e duas medidas. As Leis são imutáveis e imparciais, e não podem
ser enganadas.
***
Um exemplo talvez torne mais fácil o entendimento.
Se alguém resolve beber uma dose considerável de veneno, as consequências logo surgirão no organismo, de maneira direta
e natural.
Não é preciso que alguém julgue o ato e decida o que vai acontecer com o organismo do indivíduo. Simplesmente o resultado
aparece.
Castigo? Não. Consequência natural derivada do seu ato, da sua livre escolha.
Os efeitos produzidos no corpo físico não fazem distinção entre o pobre ou o rico, o religioso ou o ateu, a criança ou o adulto.
As Leis Divinas não contemplam exceções, nem privilégios. São justas e sensatas.
E essas consequências duram tanto quanto a causa que as produziu.
***
No campo moral, a Justiça Divina se dá da mesma maneira, distribuindo a cada um segundo suas obras, sem intermediários.
Contudo, é de nos perguntarmos como podemos conhecer essas leis.
Bastará ouvir a própria consciência, que é onde se encontra esse Código Divino.
E nesse item, igualmente, Jesus se revela o maior de todos os sábios.
Numa sentença sintética Ele ensinou tudo o que precisamos saber para conquistar a nossa felicidade: A cada um segundo as
suas obras.
Assim, se as consequências dos nossos atos são diretas e naturais, podemos promover, desde agora, consequências felizes
para logo mais.
Se hoje sofremos as consequências de atos infelizes praticados, basta colher os resultados, sem nos queixarmos da sorte, e
agirmos com uma conduta ético-moral condizente com o resultado que desejamos obter.
Então, como depende de nós o aperfeiçoamento, podemos, em virtude do livre-arbítrio, prolongar ou abreviar nossos
sofrimentos, como o doente sofre, pelos seus excessos, enquanto não lhes põe termo.
Se desejamos um futuro mais feliz, busquemos ajustar nossos atos à nossa consciência, que é sempre um guia infalível, porque
nela estão escritas as Leis de Deus.
E, se em algum momento, surgir a dúvida de como agir corretamente, façamos aos outros o que gostaríamos que os outros
nos fizessem, e não haverá equívoco.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. I, item 32 de A GÊNESE, de Allan Kardec
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#momentoespirita #gênese #justiça #JustiçaDivina #obras #aprendizado #comportamento #doutrinaespirita
287
Pequena análise do comportamento humano nos permite perceber o quanto somos capazes de muito reagir
e de pouco agir.
Basta uma pequena rusga no trânsito, alguém que altere a voz em uma discussão, e a reação acontece.
Ou ainda, que alguém nos trate rispidamente, ou que falte com a polidez para conosco para que desencadeie
uma imediata reação em nós.
Reagimos de maneira impulsiva, algumas vezes, até violenta, e, consequentemente, impensada.
Reagimos, de súbito, para logo mais percebermos que poderíamos ter agido diferente.
Qual animal ferido ou acuado, reagimos para nos defender, sem analisar, refletir ou pensar.
Assim se dá porque vinculados a comportamentos ancestrais, trazemos o ímpeto de reagir, por impulso, por
instinto, sem raciocinar.
E, somente depois, a razão nos convida a avaliarmos as consequências do que foi dito, ou a maneira como
nos comportamos.
Por outro lado, somos sempre vítimas de nossas reações, enquanto a ação nos permite tomar a atitude que
escolhemos, o procedimento que achamos mais adequado.
Se a reação é instintiva, a ação é racional e reflexiva.
Se ao reagir não nos damos conta ou não nos apercebemos do estrago que podemos causar, o agir é
analisado e pensado.
Dessa forma, se percebemos que nossa reação gera muito mais dificuldades e problemas do que soluções e
tranquilidade, é hora de trocarmos a reação pela ação.
***
Por exemplo, se fazemos silêncio quando alguém nos dirige impropérios, é a ação da paz que foi nossa opção.
Fácil seria revidar na mesma moeda, reagir da mesma forma.
Desafiador é evitar a armadilha da reação e, lucidamente, optar pela clareza da ação.
Se alguém nos aborda de maneira grosseira, e respondemos com gentileza, paciência e calma, é a ação da
nossa compreensão para com o outro.
Talvez fosse mais fácil, pela força do hábito, nos comportarmos com reciprocidade, devolvendo a grosseria
que recebemos.
Porém, o grande desafio é deixar de reagir, escolhendo o agir, que gerará sempre melhores resultados, posto
que é fruto do equilíbrio e da reflexão.
E a transformação do nosso comportamento acontecerá paulatinamente e será o resultado da disciplina no
pensar, que gera o hábito da reflexão, culminando pelo desarmar de nossas atitudes.
Portanto, já não mais vítima das palavras rudes, do comportamento infeliz ou da atitude impensada.
Que a análise e reflexão de nossas atitudes possam fazer com que, aos poucos, a reação ceda lugar a ações,
pautadas em um comportamento de paz, lucidez e fraternidade.
***
Quando reagimos, revidando ofensas, agressões, descuidos alheios, passamos a sintonizar com quem as
produziu.
A partir daí, mantemos uma interdependência psíquica, que nos aprisiona em nuvens mentais de
sentimentos malsãos, que somente nos prejudicam, física e espiritualmente.
Optemos sempre pela ação ponderada e gozemos de saúde, de tranquilidade, vivendo sem sintonia com
aqueles que ainda transitam pelas faixas da inconsequência ou da maldade.
Façamos isso e nos sentiremos leves, felizes, plenificando-nos com as celestes bênçãos.
288
***
Joanna de Ângelis, no livro VIDA FELIZ, 9, nos fala da importância do equilíbrio em nossas vidas:
Mantém o teu controle emocional em todas as situações.
Sistema nervoso alterado, vida em desalinho.
Se dificuldades ameaçarem o teu equilíbrio, utiliza-te da oração.
A prece é medicamento eficaz para todas as doenças da alma.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Capítulo 9 de VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #equilibrio #justiça #ponderação #aprendizado #disciplina #autoconhecimento
#vigilância #comportamento #doutrinaespirita
289
O ser humano possui inúmeras necessidades que precisam ser atendidas para se sentir pleno e feliz.
Algumas são muito elementares e perceptíveis, como alimentação, saúde e segurança.
Outras são mais sutis, mas nem por isso menos importantes.
Por exemplo, sentir-se acolhido e valorizado.
Dentre essas necessidades mais sofisticadas, encontra-se a de ser útil.
Por vezes, ela não é entendida nem por aquele que experimenta a sua carência.
No contexto da sociedade atual, abundam os passatempos e a busca pelo ócio.
As pessoas gastam longas horas em jogos, reais ou virtuais, passatempos e diversões.
São muito comuns as referências a festas que duram a noite toda.
De outro lado, valoriza-se bastante ter a cada dia mais tempo disponível.
Idealizam-se feriados prolongados, viagens e passeios.
A um olhar superficial, parece que a vida humana se destina primordialmente ao recreamento e ao nada fazer.
Contudo, entre festas e folgas, as crises existenciais e as doenças psicológicas se multiplicam.
***
Não se trata de negar a importância do descanso e das atividades lúdicas.
Mas de situá-las em seu devido lugar.
São o contraponto da atividade produtiva, não a finalidade do existir.
A rigor, só descansa quem trabalha.
O ócio, em si mesmo, é vazio e exasperante.
Nada substitui a sensação de plenitude de quem cumpriu o dever, ao terminar uma tarefa.
A consciência tranquila do dever bem cumprido constitui um prêmio em si só.
Quem logra tornar-se útil sente-se harmonizado com o coletivo.
Percebe que ocupa o seu lugar no mundo e goza de um automático bem-estar.
Assim, tarefas e deveres nobres não constituem obstáculo à felicidade.
Não há lucro algum em evitá-los ou minimizá-los, enquanto se gasta a vida com futilidades.
***
Os deveres são parte essencial de um existir equilibrado e pleno.
De outro lado, é importante não confundir utilidade com grandeza.
Quem busca a grandeza costuma se comparar com os semelhantes.
Com isso, tende a se angustiar.
Afinal, sempre há seres com maior e menor preparo e com tarefas correspondentes ao seu talento.
Em vez de se tranquilizar ao atender seus deveres com competência, rói-se de inveja de quem é convocado para
ocupar posições de maior destaque.
Também corre o risco de desprezar aquele que desempenha tarefas singelas.
Assim, o relevante é identificar os seus compromissos e empenhar-se em bem executá-los.
Cuidar dos próprios deveres com seriedade e competência.
Apreciar a sensação de ser útil e produtivo.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 24, nos recorda da importância de balancear o tempo de ocupação com tempo
de descanso:
O repouso é necessário para o corpo e para a mente.
290
Tem cuidado, porém, a fim de que ele não se te converta em ociosidade, em preguiça.
È justo que, ao trabalho suceda o refazimento de energias, através da variação de atividade ou do repouso, do
sono.
As muitas horas de descanso, todavia, violentam o caráter moral do homem e desarticulam as fibras e músculos
orgânicos destinados ao movimento, à ação.
Repousa, pois, o tempo suficiente e não em demasia.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro VIDA FELIZ, 24, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #trabalho #descanso #repouso #aprendizado #comportamento #doutrinaespirita
291
Os afazeres nas manhãs de sábado, naquela família, eram rotineiros, quase tradicionais. Era o dia da faxina.
Cabia à mãe coordenar as atividades, distribuindo às filhas os deveres domésticos, enquanto aos filhos cabiam os
deveres do mundo.
Injusta ou não, essa era a estrutura familiar vigente.
Certa manhã, após grande esforço físico e tempo dedicado, Cecília terminava de encerar e fazer brilhar o assoalho
da sala.
Sem os recursos da tecnologia, fazer com que as tábuas de madeira, gastas com o tempo, reluzissem tal qual a
mãe queria, não era tarefa fácil.
Quase a concluir o serviço, surgiu à porta seu irmão gêmeo, Jeremias.
Ao vê-lo adentrar a sala, imediatamente Cecília o proibiu de dar um passo a mais. Afirmava que ele deveria dar a
volta, pelos fundos da casa e entrar pela cozinha. Nem pensar em atravessar a sala, perfeitamente brilhante, como
desejava a mãe.
Ele insistiu e deu uns passos para dentro. Ela, cansada, ficou com muita raiva e gritou:
- Se pisar nesta sala, que estou acabando de encerar, nunca mais falo com você!!!
O irmão achou divertido o desafio. Riu e andou, a passos firmes, sala adentro.
Furiosa com as pegadas empoeiradas do irmão, que ficou do outro lado, a afrontá-la, tomando tudo como uma
grande brincadeira, Cecília cumpriu sua promessa.
Nos primeiros dias, todos os familiares acreditavam que se tratava de uma birra.
Porém, as semanas foram passando céleres, e o silêncio entre os dois não se modificou.
Ela não cedia, pois havia feito claramente uma promessa. Ele não se aproximava, pois via naquilo tudo uma
infantilidade da irmã.
Os anos foram se somando. O silêncio passou a ser hábito entre os dois.
Eles se enamoraram, cada qual se casou e deixou a casa dos pais, constituindo suas próprias famílias.
Os anos não modificaram a disposição de nenhum deles. Ninguém cedeu, tentou reaproximação, diluir algo que
acontecera, num dia que já se fazia distante.
Vinte e cinco anos se passaram desde aquela tolice de uma manhã de sábado.
O telefone tocou e a notícia atingiu o coração de Jeremias como um gélido punhal.
Rapidamente foi ao encontro da irmã no hospital, vitimada por um acidente vascular cerebral.
Ao vê-la imóvel no leito, deu-se conta dos anos corridos, da grande tolice que ambos se permitiram.
Por orgulho, mantiveram silêncio por tantos anos, afastaram-se um do outro, deixaram de conviver, de estreitar
ainda mais os laços do afeto.
Tudo por não querer ceder, não dar o primeiro passo, fazer o primeiro gesto, no sentido da reconciliação, de um
simples pedido de desculpas.
- Por quê? - Perguntava-se ele, aturdido, ante a irmã imóvel, no leito do hospital.
Qual o preço de tão absurdo orgulho? Abrira mão da convivência, do compartilhar a vida com ela, por orgulho.
Afinal, ele sempre esperara que ela, que fizera a promessa, tomasse a iniciativa da reconciliação e voltassem a se
falar, a conviver.
Agora, ante a dura lição, ele pôde aquilatar o preço que pagara pelo seu orgulho.
Logo mais descobriria que a irmã não retornaria à consciência.
***
Tolo orgulho o que carregamos no coração. Repensemos nossas atitudes e, se descobrirmos que alguém aguarda
nossas desculpas, caminhemos em sua direção, de imediato, sem aguardar o amanhã.
Sejamos nós a dar o primeiro passo, a estender a mão, a sorrir, a viver bem.
292
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 110, nos brinda com um excelente conselho para situações similares à narrada
acima:
Concede uma nova oportunidade ao teu desafeto, facilitando-lhe a aproximação.
Mantém-te receptivo.
É possível que ele tenha mudado de opinião, reconhecido o erro, e esteja aguardando ensejo.
Todos nos enganamos, e desejamos ocasião para nos reabilitarmos.
Se te encerras na mágoa e nada mais queres com ele, a tua é uma postura igual ou mais censurável que a dele.
Não deixes que um capricho do amor-próprio ou do orgulho ferido te roube uma excelente ensancha de ser
vencedor em ti mesmo.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 110 do livro VIDA FELIZ por Joanna de Ângelis e Divaldo Pereira Franco
***
#momentoespirita #humildade #orgulho #comportamento #sabedoria #relacionamento #magoa
293
Quem quer que tenha parado para observar uma criança tentando descobrir como funciona alguma coisa,
ou na tentativa de execução de algo que queira, já deve saber o que é perseverança.
Perseverança é essa virtude que leva à perfeição. Uma virtude que parece inata nos bebês e nos primeiros
anos, desaparecendo depois, quando os homens começam a crescer e passam a acreditar que o mais
importante, no mundo, é fazer muitas coisas, não importa de que forma.
Alguns pais incutem essa forma de pensar nos seus pequenos, quando os colocam em múltiplas atividades e
eles precisam correr de uma aula para outra, e fazer tudo às pressas, para darem conta do recado.
Possivelmente, seja este um dos motivos pelo qual muitos desistem, a meio caminho, quando desejam fazer
alguma coisa. É comum ouvir-se as pessoas falarem de seus projetos abandonados porque dificuldades
apareceram.
Abandona-se aquele e se opta por algo mais fácil, menos trabalhoso e cujo resultado seja quase imediato.
***
Isso nos recorda de uma experiência comovente de um artista japonês. Ele se chamava Hokusai e suas
pinturas eram muito cobiçadas pela realeza.
Um dia, um nobre o visitou e encomendou uma pintura de seu precioso pássaro. Ele deixou o pássaro com
Hokusai, e o artista disse ao nobre para que retornasse uma semana depois.
Porque gostasse muito do pássaro, o nobre ficou ansioso e, ao final de semana, retornou ao estúdio do artista.
Contudo, o quadro não fora feito.
O artista pediu humildemente que ele retornasse depois de duas semanas. As duas semanas se
transformaram em dois meses, em seis meses.
Um ano mais tarde, o nobre chegou no estúdio de Hokusai, exigindo a pintura de imediato e o seu pássaro
de volta. Conforme o costume japonês, Hokusai se curvou ante o nobre e retornou à sua mesa de trabalho.
Pegou um pincel, uma grande folha de papel de palha de arroz e, em poucos instantes, desenhou o pássaro,
sem nenhum esforço, exatamente como ele era.
O proprietário da ave ficou maravilhado diante da pintura para, logo em seguida, descarregar sua raiva:
- Por que você me fez esperar um ano se podia ter aprontado a pintura em tão pouco tempo?
- O senhor não entendeu, disse com voz macia o artista.
E convidou o nobre a entrar em um cômodo, onde as paredes estavam cobertas de pinturas do mesmo
pássaro. Nenhuma delas, no entanto, expressava a graça e a beleza do último trabalho.
Ele treinara durante um ano e o seu esforço estava recompensado: ele criara uma obra de arte.
***
Quando você estiver a ponto de desistir de um sonho, de um plano, de uma atividade, lembre do artista
japonês e de sua perseverança até atingir a perfeição.
Recorde da criança que tenta girar uma chave na fechadura do armário pela primeira vez e, sentada no chão,
ou de joelhos, tenta, tenta e tenta. E, se hoje não consegue, ele vai embora, para retornar depois e tentar
outra vez, e outra mais.
Recorde, finalmente, que você está no mundo para realizar uma obra de arte: a sua vida. E não meça esforços,
nem se importe com as repetições. São os rascunhos que conferem perfeição à obra final.
***
E Joanna de Ângelis, no livro VIDA FELIZ, 199 fala sobre a importância da Perseverança:
Nunca te apóies no pessimismo para deixar de lutar.
O que os outros conseguem através do trabalho, obterás também, se tiveres paciência e perseverança.
294
O reverendo Martin Luther King Junior, missionário do bem na Terra, certa feita afirmou:
- Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez conscienciosa.
Reflitamos sobre estas palavras fortes.
A acomodação na própria ignorância, ou mesmo a opção por ela, é terrível mal para o Espírito em
evolução.
Querer permanecer na ignorância é afastar-se do caminho da felicidade.
Querer permanecer na caverna das sombras, fazendo alusão aqui à alegoria platônica, é perder a chance
de conhecer o sol e toda sua luz benfazeja.
A ignorância não pode ser objetivo de ninguém na Terra.
Aparentemente, esta pode trazer algumas vantagens, conforme afirmam alguns desavisados, mas não,
não há benefício algum em permanecer nela.
Da mesma forma, a estupidez conscienciosa é chaga doentia para o homem e para a mulher que desejam
crescer moralmente.
***
Errar conscientemente é construir sua própria prisão moral de dor permanente.
Optar pelos caminhos da crueldade, do egoísmo e do orgulho, tendo a consciência de que são trilhas
prejudiciais a todos, é condenar-se à dor voluntariamente.
E quantos de nós, já esclarecidos pelos tesouros de uma religião, ainda optamos pelo mal
voluntariamente!
Cada vez que proferimos palavras grosseiras, cada vez que espezinhamos a vida alheia gratuitamente,
com comentários infelizes, estamos agindo no mal conscientemente.
Quantos de nós, ditos cristãos, não somos capazes de tolerar nem pequenos deslizes?
Quantos de nós, tendo capacidade de praticar o bem, escolhemos o caminho da acomodação, da
indiferença, mesmo sabendo que os tempos são chegados, que a hora é agora!
Sim, a estupidez conscienciosa é perigo constante. Perigo de ver a vida passar por nós, e perdermos mais
uma chance, depois de tantas que já recebemos da Misericórdia Divina.
Muitos de nós que aqui estamos, somos reincidentes no mal, e recebemos a bênção de nova
oportunidade para que, desta vez, aproveitemos a encarnação para crescer no amor.
Temos, nesta vida, a última chance de nos colocarmos nas sendas do bem, de uma vez por todas, sem
mais delongas, sem mais espera, sem mais razões para permanecer no comportamento morno dos
covardes.
Os sinais dos tempos estão aí.
A grande transformação da Humanidade já se opera dia após dia, sem cessar.
Ou seremos os de alma adormecida, que deixaremos passar tal oportunidade, ou seremos os engajados
nas mudanças, na nova era de amor e entendimento.
***
Notemos que os grandes da Terra sempre optaram pelo amor, pela caridade, pelo perdão.
Qual será a sua opção?
A Humanidade tem realizado, até ao presente, incontestáveis progressos.
297
Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de
vista das ciências, das artes e do bem-estar material.
Resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar: o de fazerem que entre si reinem a caridade, a
fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral.
Já não é somente de desenvolver a inteligência o de que os homens necessitam, mas de elevar o
sentimento e, para isso, faz-se preciso destruir tudo o que superexcite neles o egoísmo e o orgulho.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 18, item 5 de A GÊNESE, de Allan Kardec
***
#momentoespirita #gênese #ignorância #estupidez #orgulho #egoismo #comportamento #doutrinaespirita
298
Por relevante que seja o argumento do outro, o vaidoso não consegue dar-lhe o devido valor.
Imagina que, se o fizer, diminuirá seu próprio brilho.
O vaidoso tem dificuldade em admitir quando erra, mesmo sendo isso evidente.
Ele não consegue perceber a grandeza que existe em admitir um equívoco. Que é mais louvável retificar o próprio
caminho do que persistir no erro.
A vaidade também dificulta o processo de perdoar.
O vaidoso considera muito importante a própria personalidade. Por conta disso, enxerga todas as ofensas que lhe
são dirigidas como gravíssimas. Já, quanto aos prejuízos que causa aos outros, ele sempre os considera pequenos.
Afinal, considera o próximo, invariavelmente, mais insignificante do que ele próprio.
A criatura acometida de vaidade dá-se uma importância desmedida. Imagina que os outros gastam horas
refletindo sobre seus feitos. Por conta disso, sente-se compelida a parecer cada vez mais evidente.
Como todo vício moral, a VAIDADE impede uma apreciação precisa da realidade.
Quem porta esse defeito não percebe que apenas se complica, ao cultivá-lo. Que seria muito mais feliz ao viver
com simplicidade.
Que ninguém se preocupa muito com sua pessoa e com sua pretensa importância.
Que, ao tentar brilhar cada vez mais, freqüentemente cai no ridículo e se torna alvo de chacota.
***
Analise seu caráter e reflita se você não possui excesso de vaidade.
Você reconhece facilmente seus erros?
Elogia as virtudes e os sucessos alheios?
Quando se filia a uma causa, o faz por ideal ou para aparecer?
Admite quando a razão está com os outros?
Caso se reconheça vaidoso, tome cuidado com seus atos.
Esforce-se por perceber o seu real papel do mundo.
Reflita que a vaidade é um peso a ser carregado ao longo do tempo.
Simplifique sua vida, valorize os outros, admita os próprios equívocos.
Ao abrir mão da vaidade, seu viver se tornará muito mais leve e prazeroso.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro A VIDA ESCREVE, 1º parte, cap. 19, por Hilário Silva e Francisco Cândido Xavier
***
#momentoespirita #gênese #ignorância #estupidez #orgulho #egoismo #comportamento
#doutrinaespirita
300
Ofereçamo-lo a Deus como homens, de pé, e não como escravos, de joelhos. Lembremo-nos de Deus também
nas horas de alegria e felicidade.
***
E, para finalizar este texto, apresentamos um conselho oportuno de Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 39:
Não te esqueças das pessoas que transitam em situações mais humildes e difíceis do que a tua.
Faze-te amigo delas.
È fácil desejar compartir das alegrias, dos momentos de triunfo, das situações invejáveis que os outros
experimentam.
O ideal é ser companheiro de todos.
A situação financeira, o poder, a saúde e a juventude são transitórios.
Converte o teu amor na mais valiosa conquista da tua vida, repartindo-o com todos os indivíduos.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro HÁ 2000 ANOS, Cap. V, parte 1, por Emmanuel e Francisco Cândido Xavier
***
#momentoespirita #emmanuel #vaidade #poder #orgulho #egoismo #comportamento #doutrinaespirita
302
Ao se falar a respeito de comunicação com os mortos, lembram alguns da proibição feita por Moisés.
No entanto, o que Moisés proibiu foram os abusos reinantes em sua época. Estabeleceu exatamente a mesma
norma que o Espiritismo recomenda: evitar a invocação de Espíritos para fins menos elevados, para consultas
frívolas ou para obter informações do terra-a-terra.
O que Moisés combatia era o uso da mediunidade sem objetivos sérios. Por outro lado, aplaudia toda vez que
reconhecia a seriedade com que médiuns idôneos falavam com os Espíritos.
A prova do que afirmamos se encontra no livro bíblico de Números, capítulo onze. Um moço foi denunciar a
Moisés que dois médiuns, de nome Eldad e Medad, estavam recebendo comunicações mediúnicas.
Imediatamente, seu assessor mais direto, Josué, falou:
- Moisés, proibe-lhes.
Contudo, o libertador do povo hebreu disse:
- Tens tu ciúme por mim? Quisera eu que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhe desse o seu Espírito!
Essa atitude deixa bem claro que a sua proibição não atingia os médiuns sérios e conscientes dos seus deveres.
Somente aqueles que não se preocupavam com a verdade e, por isso mesmo, se tornavam levianos porta-vozes
dos Espíritos mentirosos e enganadores.
Ele mesmo, Moisés, entrava em contato com o Espírito Jeová, o Espírito protetor da nação israelita.
Não existe lógica, portanto, em se afirmar que a proibição de Moisés fosse irrestrita. As páginas do Velho e do
Novo Testamento estão cheias de demonstrações do intercâmbio dos homens com o mundo invisível.
***
No dia de Pentecostes, todos os Apóstolos foram inspirados pelos Espíritos. Ocorreu aí a maior sessão coletiva de
mediunidade, na história religiosa do mundo.
Paulo de Tarso, o Apóstolo dos gentios, recebeu em seu quarto a visita de um Espírito que lhe pede que vá à
Macedônia, para esclarecer o seu povo a respeito dos ensinos da Boa Nova.
E, na sua Primeira Epístola aos Coríntios, afirma que a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for
útil. A cada um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria. E a outro, pelo mesmo Espírito, é dada a palavra da
ciência. E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé. E a outro, o dom de curar.
Finalmente, diz o Apóstolo tarsense: Todos podeis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam, e
todos sejam consolados.
O fato ocorrido com os médiuns Eldad e Medad é suficiente para provar que Moisés proibia somente a
mediunidade sem escrúpulos, a que visa atender a própria vaidade ou aos interesses terrenos.
Nada tem a ver com a mediunidade que se torna sublime atendimento ao irmão, no consolo, no esclarecimento,
no arrefecer das dores.
***
Na atualidade, não é mais possível se fazer silenciar as vozes dos Espíritos, porque estamos vivendo os tempos de
que o profeta hebreu Joel falou: O Espírito será derramado sobre toda a carne.
Época em que as pedras falarão. As pedras, se referindo aqui às lápides dos túmulos. No sentido alegórico, os
Espíritos que, um dia, habitaram os corpos que se encontram enterrados debaixo delas.
***
Extraído do Momento Espírita (Título original: ELDAD E MEDAD)
Referência: Capítulo ELDAD E MEDAD, do livro O EVANGELHO PEDE LICENÇA de Paulo Alves Godoy,
ed. FEESP.
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#momentoespirita #mediunidade #medium #Moisés #Pentecostes #doutrinaespirita #espiritismo
303
185 - A DEPRESSÃO
Entre os vários problemas causados através de perturbações espirituais, destaca-se a depressão. Existem
fatores endógenos e exógenos que respondem pela ocorrência.
Nada obstante, sendo o ser humano um espírito imortal, através das múltiplas existências –
reencarnações –, adquire experiências dignificadoras que o promovem, assim como outras infelizes que
lhe retardam a marcha do progresso.
Qual ocorre hoje com a grande maioria de indivíduos que não se preocupam com a própria
espiritualidade, considerando a atitude reflexiva e moral como algo do pretérito de ignorância,
ultrapassado pelas neurociências e pela tecnologia, permitindo-se leviandades graves e crimes, alguns
hediondos, acreditam que, pelo fato de permanecerem ocultos, tombam no aniquilamento.
Nada, porém, se aniquila no universo. Tudo se transforma e altera, “desde o átomo primitivo até o
arcanjo”. O bem e o mal que praticamos transformam-se em bênção ou desdita para nós mesmos.
Desse modo, ninguém foge à responsabilidade, especialmente aquela que diz respeito aos atos indignos.
Os espíritos que nos foram vítimas no passado como no presente, e não nos conseguiram perdoar,
perturbam-nos com a sua mente dominada pelo ódio, inspirando-nos pensamentos tormentosos,
interferindo em nossa conduta moral e mental, empurrando-nos para a melancolia ou a violência, por
fim, para a depressão, o suicídio... É muito mais expressivo o número de depressivos por obsessão do
que se pode imaginar.
E o que se pode fazer?
O Evangelho de Jesus dá-nos a receita preventiva e a curadora: pensamentos elevados, oração, conduta
fraterna e digna, ação da caridade, paciência e resignação dinâmica, transformação moral para melhor.
O espiritismo propicia àqueles que o buscam a mais eficiente psicoterapia, que é a da mudança de
comportamento moral saudável, ao lado dos passes, da água fluidificada e da desobsessão – a educação
do perseguidor. Em simultaneidade com a assistência médica especializada.
***
Fonte: Artigo publicado no jornal A Tarde - Divaldo Pereira Franco
***
#divaldofranco #depressão #depressaotemcura #melancolia #PsicologiaEspírita #psicologiaespirita
#autoconhecimento
304
Melindre tem várias definições. Pode ser definido como amabilidade, delicadeza no trato, recato, pudor.
No entanto, é quase certo que ao ser utilizado pelas pessoas, o conceito que expressa é de facilidade de se magoar,
de se ofender, suscetibilidade.
Nesse sentido, tem sido comum a sua invocação, nas relações humanas. As menores atitudes de um funcionário,
de um amigo recebem a adjetivação imediata.
Por isso, amizades se diluem, desentendimentos acontecem, duplicando mágoas de um e de outro lado.
Nas várias facetas do trabalho voluntário, melindre tem sido utilizado para justificar defecções, traições,
desajustes e quebra moral de contratos de voluntariado.
Que ele existe, é verdade. Mas que as pessoas se dão, por vezes, um valor maior do que verdadeiramente possuem
e aguardam tratamento especial, também é verdade.
***
No entanto, um outro lado da questão se apresenta e tem sido esquecido, quase sempre.
Se melindre é a manifestação do orgulho ferido, não menos verdade que medra, entre as criaturas, muita falta de
tato, delicadeza e gentileza.
Em nome de uma falsa caridade, de expressar a verdade, amigos e companheiros de trabalho se permitem lançar
ao rosto do outro tudo que pensam.
E não medem palavras nas suas expressões. É como se tomassem de pedras e as jogassem, sem piedade.
E o que esperam é que o outro aceite tudo. Quando o agredido se insurge, quando toma uma atitude, quando fala
de respeito, é tomado como aquele que se melindra.
Contudo, em nenhum momento o agressor, aquele que foi indelicado e feroz, se desculpa. Não, ele está certo. O
outro é que é portador de muito orgulho.
Nesse diapasão, vidas honradas de trabalho têm sido literalmente jogadas no lixo. Servidores de anos têm tido
seus esforços depreciados, como se fossem coisa alguma.
E o que critica maldosamente, o que aponta os erros mínimos é considerado o herói, a pessoa correta.
***
Refaçamos os nossos passos enquanto é tempo. Antes de destruirmos valores afetivos preciosos. Antes de
atacarmos instituições centenárias com folha irrepreensível de dedicação e serviço à comunidade.
Examinemos quantas vezes a culpa nos compete. Quantas vezes teremos sido nós os provocadores do afastamento
de pessoas de nosso convívio.
Ou da instituição a que prestamos serviço. Da nossa família, da nossa esfera de amizades.
Recordamos que, certa vez, em reunião de trabalho, um voluntário interrompeu de forma agressiva a fala do
coordenador.
Reclamou e reclamou, ferindo e humilhando-o frente aos demais.
O ferido se calou, dolorido. Depois de alguns dias, procurou o agressor em particular. A sós com ele, expressou a
sua mágoa, com o sincero objetivo de modificar a emoção ferida e apaziguar seu mundo íntimo.
O interlocutor, em vez de reconhecer a indelicadeza, reverteu a situação e deu o diagnóstico impiedoso: não
houvera agressão de sua parte. O outro é que, segundo ele era melindroso!
Será que a constatação quase diária de melindre nos outros não se tornou uma válvula de escape para nós?
Uma desculpa para a nossa rispidez cotidiana, o nosso relaxamento no trato com o semelhante?
***
Quem se melindra, deve trabalhar para se tornar menos suscetível.
Mas quem provoca o melindre não pode se esquecer da Lei de Caridade, da afabilidade e da doçura preconizados
por Jesus: Bem-aventurados os mansos e pacíficos.
305
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 31, tem um conselho oportuno para quem é melindroso ou agressivo:
Torna-te pacificador.
Onde te encontres, estimula a paz e vive em paz.
Os tumultos que aturdem os homens e as lutas que se travam em toda parte poderiam ser evitados, ou pelo menos
contornados, se os homens mantivessem o espírito de boa vontade, uns para com os outros.
Uma ofensa silenciada, uma agressão desculpada, um golpe desviado, evitam conflitos que ardem em chamas de
ódio.
Confia na força da não-violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro VIDA FELIZ, 31, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
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#momentoespirita #melindre #agressividade #comportamento #orgulho #vigilância #doutrinaespirita
#irritação #espiritismo
306
Qual a utilidade da infância para o Espírito que retorna à Terra através da reencarnação?
Por que, como seres humanos, temos uma infância tão longa, comparada a todos os animais irracionais?
A resposta a estas perguntas tem nuances muito interessantes e importantes para nossa vida.
Primeiramente precisamos compreender que esse ser pequenino, que os genitores conduzem em seus
braços carinhosos, não passa de milenário viajor da evolução para o Criador.
Sim, exatamente: um Espírito imortal que volta ao orbe terrestre com objetivos muito claros, envolvendo
a autossuperação, a reestruturação do caráter moral e abrilhantamento intelectual.
Este ser passa sempre por um processo de esquecimento do passado, recebendo a nova existência como
uma nova oportunidade. É um verdadeiro começar de novo.
Renasce desprotegido, totalmente dependente, inspirando cuidados e amor a todos que estão ao seu
redor.
Para não lhe impor uma severidade muito grande, Deus lhe dá todo o toque da inocência.
Essa inocência não é uma superioridade real sobre o que era antes. Não, é a imagem do que deveria ser.
E a bondade e beleza dos desígnios divinos não param por aí, pois não é apenas por esse ser que o
Criador lhe dá esse aspecto. É também e, principalmente, por seus pais, cujo amor é necessário para sua
fragilidade.
Esse amor seria notoriamente enfraquecido frente a um caráter impertinente e rude, ao passo que, ao
acreditar que seus filhos são bons e dóceis, os pais lhes dão toda afeição e os rodeiam com os mais
atenciosos cuidados.
***
Ainda há uma segunda razão, uma segunda utilidade para o período conhecido como infância.
O Espírito, encarnado para se aperfeiçoar, é mais acessível, durante esse tempo, às impressões que
recebe e que podem ajudar o seu adiantamento.
A criança é verdadeira esponja a sorver tudo o que acontece à sua volta.
Através dos exemplos que recebe, molda sua nova personalidade com características saudáveis ou não.
O que virem como usual no comportamento dos progenitores e tutores, tomarão para si com facilidade
muito grande.
Imitarão o palavreado, os gestos e as atitudes frente a esta ou aquela situação.
É desta forma que aqueles que estão encarregados de sua educação desempenham um papel
fundamental.
***
Assim, eis a séria advertência do Espiritismo aos pais e educadores:
Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus, que traz da sua existência anterior. A
estudá-los devem os pais aplicar-se.
Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho.
Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios, e cuidem de combatê-
los, sem esperar que lancem raízes profundas.
Façam como o bom jardineiro, que corta os brotos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 195, fala sobre a importância da educação das crianças:
307
Quem aspira por um futuro melhor para a Humanidade, deve contribuir para a educação e a vida infantil.
O que se aplique na criança, será devolvido com juros.
O investimento de amor retornará em forma de bênçãos salvadoras e o de abandono volverá como
delinquência e desgraça.
Se te faltam recursos mais específicos para auxiliar a criança, oferece-lhe palavras lúcidas, que não
corrompem, e exemplos que as estimulem a ser verdadeiros cidadãos mais tarde.
Constrói hoje os teus dias de amanhã.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 383 e 385, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, cap. XIV, item 9, do EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO e pt. 1, do livro DESAFIOS DA EDUCAÇÃO, por Camilo e Raul Teixeira.
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #infância #criança #aprendizado #educação #doutrinaespirita
#espiritismo
308
A cantora Celine Dion, décima quarta filha de uma família canadense, após o grande sucesso com a canção
tema do filme Titanic, tomou algumas decisões.
A mais importante: ser mãe. Casada, desde 1994, com seu empresário, decidiu que era hora de ficar mais
perto de casa. Há três anos seu marido recebera diagnóstico de câncer. Ela optou igualmente, por se dedicar
a ele.
Foram dois anos de folga dos palcos, dos shows, da vida artística. Tornou-se mãe e, para não ficar distante
do filho, optou por negociar um contrato que a mantivesse perto do lar.
Mudou-se para Las Vegas, saindo somente para os shows noturnos.
Disse ela: Meu filho é a prioridade. Todos os anos são importantes, mas os primeiros na vida da criança são
fundamentais.
Não me importa que ele seja lixeiro, bombeiro, guitarrista, advogado, dentista, pai. Só quero que seja uma
boa pessoa. Que seja generoso, responsável e tenha a mente aberta.
Às vezes, a pessoa não é ninguém na vida. Não tem dinheiro, nem sucesso, nem beleza, mas tem boas
intenções e um bom coração. Deveríamos prestar mais atenção a pessoas assim.
De onde é que lhe vêm esses valores? Celine diz que tem certeza de que isso se deve à sua criação numa
família sem dinheiro. Embora seus pais só tivessem o bastante para colocar comida na mesa, a porta estava
sempre aberta para quem batesse.
Os quatorze filhos foram educados na base do amor. Eles me deram segurança, diz a cantora. O que quer que
aconteça, quando temos essa base de amor, essa certeza de poder contar com pais e irmãos,sabemos que
sempre existe alguém para nos apoiar. Com uma família grande, sei que vou ter muita gente por perto. Minha
maior riqueza é a família, as pessoas que me cercam, o amor e o apoio que me dão.
A voz, continua ela, é só algo mais. Se ela não tivesse voz para cantar e fazer sucesso, seria feliz sendo mãe
ou trabalhando numa loja. Sua verdadeira felicidade, confessa, são suas raízes e seus valores.
E, conclui, falando a respeito da família: Se Deus quiser, ficaremos juntos o maior tempo possível. Somos
afortunados por viver cada dia. Devemos agradecer e dar valor ao que temos. Quando a morte nos vier
separar, acharemos força para enfrentá-la. Assim é a vida. Ela não nos foi dada, mas emprestada.
***
Os mensageiros espirituais nos ensinam que os Espíritos dos pais exercem grande influência sobre os Espíritos
dos seus filhos.
Eles têm por missão desenvolver esses Espíritos pela educação, pois que têm que contribuir para o progresso
deles.
Também nos ensinam que os anos primeiros da infância são de grande importância pois se constituem na
base para a nova vida que iniciam.
Por isso, a família é tão importante. Nada substituirá, no mundo, o carinho, os cuidados e os valores que os
pais transmitem aos seus filhos.
Valores que transcendem o tempo, o espaço, a vida terrena, pois transmigram de uma para outra etapa
reencarnatória, como herança pessoal inalienável.
***
Em VIDA FELIZ, 186, Joanna de Ângelis explica:
O lar é o templo da família.
Os filhos são empréstimos divinos para a construção do futuro ditoso.
Todo o tempo possível deve ser aplicado na convivência familiar, através dos diálogos, dos exemplos,
tomando-se o método mais eficaz de educação.
309
Os hábitos adquiridos no lar permanecem por toda a existência e se transferem para além do corpo.
Educar é viver com dignidade, deixando que se impregnem dos conteúdos, com vigor, aqueles que participam
da convivência doméstica.
Tudo quanto invistas no lar, retornará conforme a aplicação feita.
Faze do teu lar a oficina onde a felicidade habita.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 208, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, e artigo ELA VOLTOU, de SELEÇÕES
READER'S DIGEST, de novembro/2002
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #familia #lar #aprendizado #educação #filhos #doutrinaespirita
#espiritismo
310
Ao deixar a roupa suja no lugar apropriado, tropecei no diário da minha irmã de treze anos.
Logo pensei: O que eu faço agora?
Eu sempre tive ciúme de minha irmã caçula. Seu sorriso charmoso, sua personalidade cativante e muitos outros
talentos ameaçavam meu lugar como filha principal.
Eu competia com ela silenciosamente e via crescer suas habilidades naturais.
Por conseqüência, nós raramente nos falávamos. Eu procurava oportunidades para criticá-la e superar seus feitos.
Agora, seu diário estava aos meus pés. Eu não pensei nas conseqüências. Não levei em conta a sua privacidade, a
moralidade de minhas ações, nem seus sentimentos.
Eu apenas saboreei a chance de encontrar segredos suficientes para sujar a reputação de minha concorrente.
Raciocinei que seria meu dever, como irmã mais velha, verificar suas atividades.
Apanhei o livro do chão e o abri. Folheei as páginas, procurando por meu nome, convencida de que descobriria
tramas e calúnias.
Quando encontrei, o sangue gelou em meu rosto. Era pior do que eu suspeitava.
Senti-me fraca e sentei-me no chão. Não havia nenhuma conspiração, nenhuma difamação.
Havia uma descrição sucinta de si mesma, de seus objetivos e de seus sonhos, seguidos por um curto resumo da
pessoa que mais a inspirava. Eu comecei a chorar.
Eu era sua heroína. Admirava-me por minha personalidade, minhas realizações e, ironicamente, por minha
integridade.
Queria ser como eu. Tinha me observado por anos, quieta, maravilhando-se com minhas escolhas e ações. Eu
parei a leitura, golpeada pelo crime que havia cometido.
Eu tinha perdido tanta energia para mantê-la fora do meu caminho...
Agora, eu violara sua confiança.
Lendo as sérias palavras que minha irmã tinha escrito, me pareceu derreter uma barreira gelada em meu coração
e eu desejei conhecê-la de verdade.
Eu podia, finalmente, pôr de lado a insegurança estúpida que me manteve longe dela por tanto tempo.
Naquela tarde, quando consegui me sustentar sobre as próprias pernas, decidi ir até ela.
Mas, desta vez, para conhecer em vez de julgar, para abraçar em vez de lutar. Para viver como verdadeiras irmãs.
***
Por vezes, temos agido como crianças, com relação às pessoas que nos cercam.
Imaginamos que não gostam de nós, que desejam nossa infelicidade, nossa queda.
Importante não estabelecer pré-julgamentos em nenhuma situação, por mais que os fatos conspirem a favor.
Nem sempre será possível descobrir os sentimentos dos outros pelas aparências.
Há pessoas que não conseguem exprimir seus sentimentos e dão impressão de frieza ou indiferença.
Por essa razão é que o pré-julgamento é altamente prejudicial.
Assim sendo, se for preciso imaginar os sentimentos dos outros, façamos esforços para imaginar sempre o melhor.
O ciúme produz o câncer da suspeita, transformando os sonhos de sua esperança em pesadelo cruel, que se
converte em enfermidade demorada, a lhe corroer interiormente.
***
Joanna de Ângelis, em Jesus e Atualidade, 5, tem conselhos oportunos para sobre como agir em relação ao
semelhante:
Tem compaixão de quem cai. A consciência dele será o seu juiz.
Ajuda aquele que tomba. Sua fraqueza já lhe constitui punição.
311
Tolera o infrator. Ele é o teu futuro, caso não disponhas de forças para prosseguir bem.
A tolerância que utilizares para com os infelizes se transformará na medida emocional de compaixão que receberás,
quando chegar a tua vez, já que ninguém é inexpugnável, nem perfeito.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Texto de Elisha M. Webster, traduzido por Sergio Barros e livro JESUS E ATUALIDADE, cap. 5, por Joanna de Ângelis e
Divaldo Franco
***
#momentoespirita #ciúme #comportamento #julgamento #conselhos #espiritismo #julgamentos #tolerância #tolerancia #prejulgamento
312
"Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores.
E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro
lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história."
A constatação trazida pelo artigo que circula pela internet, com estes dizeres, é deveras interessante, e vale a pena
ser estudada.
O texto continua dizendo: Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um
extremo ao outro.
Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais, e a primeira geração de pais que obedecem
a seus filhos.
Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos.
E o pior: os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito.
***
Na medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma
radical, para o bem e para o mal.
Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam a suas ordens
e os tratavam com o devido respeito.
E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.
Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo, hoje, os bons pais
são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem.
E são os filhos que, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas
ideias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver.
E, além disso, que os patrocinem no que necessitarem para tal fim.
Quer dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o
inverso, como no passado.
Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores "amigos" e "dar tudo" a seus
filhos.
Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de
sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão.
Se o autoritarismo suplanta, humilha, o permissível sufoca.
Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas
enquanto forem menores.
Vamos à frente liderando-os e não atrás, carregando-os, e rendidos à sua vontade.
É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual muitos estão afundando,
descuidados.
Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito.
***
Allan Kardec, na questão 208 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, pergunta: O Espírito dos pais tem influência sobre o
do filho após o nascimento?
Há uma influência muito grande - respondem os Espíritos - como já dissemos, os Espíritos devem contribuir para
o progresso uns dos outros.
Pois bem, os Espíritos dos pais têm como missão desenvolver o de seus filhos pela educação. É para eles uma
tarefa: se falharem, serão culpados.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 69, ajuda a entender bem esta questão:
313
Um dos maiores temores que vibram no coração do homem é o medo do castigo divino.
Convivendo com a possibilidade de que Deus possa se ofender e castiga-lo por suas faltas, o indivíduo
sofre e se divide entre o amor e o temor de Deus.
Atribuindo ao Criador os mesmos vícios que ainda possui, o ser humano teme ser castigado a qualquer
momento por um Deus caprichoso e cruel que está sempre à procura de defeitos para se vingar,
impondo-nos sofrimentos.
Paulo, o apóstolo, se manifestou a respeito desse tema dizendo o seguinte: "Gravitar para a unidade
divina, eis o fim da humanidade.
Para atingi-lo, três coisas são necessárias: a JUSTIÇA, o AMOR e a CIÊNCIA. Três coisas lhe são opostas e
contrárias: a ignorância, o ódio e a injustiça.
Pois bem! Digo-vos, em verdade, que mentis a estes princípios fundamentais, comprometendo a idéia
de Deus, exagerando-lhe a severidade.
Duplamente a comprometeis, deixando que no espírito da criatura penetre a suposição de que há nela
mais clemência, mais virtude, amor e verdadeira justiça, do que atribuis ao ser infinito.
Quem é, com efeito, o culpado? É aquele que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se
afasta do objetivo da criação, que consiste no culto harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo
arquétipo humano, pelo Homem-Deus, por Jesus-Cristo.
Que é o castigo? A conseqüência natural, derivada desse falso movimento; uma certa soma de dores
necessária a desgosta-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento.
***
Assim, o que se chama castigo é apenas a conseqüência das leis naturais.
É graças à dor física que a criatura procura o remédio para sua enfermidade. É graças ao sofrimento
moral que a alma busca a própria cura.
O sofrimento só tem por finalidade a reabilitação, o retorno do aprendiz ao caminho reto.
Como podemos perceber, o mal não é de essência divina, é gerado pelas criaturas, ainda imperfeitas.
O sofrimento não é imposto por Deus como castigo, é o efeito natural do falso movimento da criatura, e
que a estimula, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma, a voltar ao objetivo traçado pelas leis divinas,
que é a harmonia.
E essas leis são justas, imparciais e amorosas.
Um exemplo disso acontece quando um homem, enlouquecido, assassina várias pessoas, foge e, na fuga,
se fere profundamente.
O que acontece com seu organismo?
Suas células, obedecendo a lei natural, começam imediatamente a se movimentar para estancar o
sangue, cicatrizar a ferida e expulsar os germes que causam infecção.
Se Deus quisesse castiga-lo, derrogaria suas próprias leis e faria com que as células desse indivíduo não
trabalhassem a seu favor, mas se rebelassem e o deixassem morrer.
Afinal, ele é um criminoso!
Mas não é isso que acontece. As leis divinas seguem naturalmente seu curso. O sol brilha, incansável,
sobre justos e injustos, sem se importar com o que acontece sob sua luz.
A chuva cai sobre a mansão e sobre o casebre. O frio fustiga a pobres e ricos. As catástrofes naturais
arrebatam sábios e ignorantes, velhos e crianças, fortes e fracos.
317
Por todas essas razões devemos entender que o Criador não derroga suas próprias leis para nos punir
ou para nos premiar.
***
As nossas ações é que geram efeitos sobre essas leis.
As boas ações geram efeitos positivos, e as infrações às leis geram efeitos desajustados.
Nada mais justo do que esta sentença: "A CADA UM DE ACORDO COM SUAS OBRAS".
Nem castigo, nem perdão. Deus não castiga porque suas leis são de amor, e não perdoa porque jamais
se ofende.
Pensemos nisso, e busquemos atender essas leis soberanas que estão inscritas em nossa própria
consciência.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 1009, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #causaeefeito #leinatural #castigo #perdão #comportamento #doutrinaespirita
#sofrimento #psicologiaespirita
318
A culpa é grave transtorno emocional de consciência que grassa velada ou claramente e aflige a sociedade
contemporânea.
Insidiosa, pode ser considerada como planta parasita que se nutre da seiva do vegetal no qual se hospeda e termina
por matá-lo.
Sob outro aspecto, apresenta-se como negra ave agourenta que abre suas asas sombrias e asfixia perversamente o
indivíduo que a agasalha.
Quase todos os reencarnados carregam no inconsciente alguma forma desse conflito inditoso que se manifesta de
variadas formas e trabalha em favor do seu sofrimento moral e emocional.
Herança macabra dos atos infelizes, procede dos comportamentos omissos ou prejudiciais durante a presente
existência ou as procedentes de outras passadas.
Ninguém consegue evadir-se da sua penosa injunção, por decorrência do desrespeito aos Soberanos Códigos da Vida.
Sorrateiramente explicita-se como complexo de inferioridade ou disfarça-se de narcisismo e empurra aquele que lhe
padece a compressão no rumo dos pântanos da angústia declarada ou transformada em fuga da realidade.
Normalmente o eu consciente procura escamoteá-la, para evitar o enfrentamento direto, que constitui o eficiente
recurso de diluir-lhe a presença punitiva até erradicá-la completamente...
De alguma forma expressa o cumprimento da Divina Justiça que alcança o infrator que se permitiu ludibriá-la.
Quando se instala, faz-se mordaz, porque diminui o ser a ínfima condição, torna-o inferior espiritualmente ou
subestima-o, nivelando-o por baixo na escala de valores morais.
Nessa fase, torna a sua vítima arredia ou prepotente, cínica ou cruel, complexada ou reacionária.
Quando lhe faltam os instrumentos edificantes de caráter ético e moral, transforma-se na sombra enfermiça que
impede as realizações nobilitantes e a aquisição dos valiosos tesouros que contribuem para o autoperdão e a
reabilitação.
Tem raízes no mal que se fez, mas igualmente no bem que se deixou de praticar.
***
Praticar o mal é um mau comportamento, porém, não executar o bem que está ao alcance de todos é um grande mal.
A existência humana está desenhada para a conquista do progresso moral tendo como foco a ser conseguido o estado
de plenitude ou Reino dos Céus.
Qualquer desvio da pauta comportamental estabelecida pelos Celestes Cânones, e o Espírito, ao dar-se conta de que
posterga a responsabilidade ou tenta sepultá-la no inconsciente, constitui-lhe gravame no processo evolutivo que exige
correção.
Nada obstante, ocasião surge em que ressuma por necessidade de iluminação da consciência ultrajada e obscurecida
pelo erro.
Ao deparar-te com esse parasita que se te apresenta, assume responsabilidade para logo providenciares a reparação e,
por fim, a sua remissão.
Quase sempre o motivo gerador da culpa permanece ignorado na área da razão, pois que se apresenta conflitiva na
conduta, exceção quando se opera o imediato despertamento que pode dar lugar ao choque pós-traumático
imobilizador.
O Evangelho de Jesus, nas suas profundas considerações sobre a vida e sua finalidade na Terra, receita
providencialmente a psicoterapia a ser utilizada, que deve ser iniciada mediante o esforço da autoconsciência, isto é,
pelo exame da causa desencadeadora.
Se não se consegue identificá-la de imediato, é necessário que se utilizem os instrumentos oferecidos pelo amor. a fim
de dar-se conta que o equivocar-se é normal no processo evolutivo, porém, manter-se no erro é resultado da falta de
discernimento, da imaturidade psicológica, da presunção ou da soberba.
Identificada a fragilidade pessoal, cabe seja produzida a reparação do delito através dos serviços de engrandecimento
interior, com imediata modificação da conduta íntima sempre para melhor. do auxílio ao próximo e da contribuição em
favor da harmonia da Natureza que serve de mãe generosa e, dessa forma, acalmando a ansiedade.
***
Apoia-te na meditação e renova-te na prece, torna-te útil e sai da concha calcária e escura do eu para o serviço geral
em favor do progresso da humanidade.
319
E, ressaltando a necessidade de vigiar o que dizemos, e como dizemos, Joanna de Ângelis nos alerta em
VIDA FELIZ, 16:
Substitui, no teu vocabulário, as más pelas boas palavras.
Expressões chulas e vulgares, talvez estejam na moda, porém "envenenam o coração".
A palavra é instrumento da vida para a comunicação, o entendimento, e não arma de agressão, violência
e vulgaridade
O uso irregular das palavras corrompe a mente e rebaixa o homem.
O verbo expressa a qualidade moral do indivíduo.
Porque há pessoas que falam bem e são más, não é justo que sendo bom, te apresentes mal.
***
Extraído do Momento Espírita (Título original: Palavrões)
Referência: Capítulo 16 do livro VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #vidafeliz #palavra #vigilância #reflexão #sintonia #PsicologiaEspírita #espiritismo
324
Quando se mencionam os anjos de guarda, quase sempre nos surgem à mente imagens de seres celestes, com asas brancas
e uma auréola luminosa a envolvê-los.
Foi assim que, através dos tempos, nós mesmos os idealizamos. E os artistas, pintores, escultores dessa forma os consagraram,
perpetuando essa nossa concepção.
No entanto, nossos anjos de guarda, que nos protegem e guardam, são apenas almas mais evoluídas do que nós.
Diga-se, bem mais evoluídas. Nem poderia ser diferente pois que sua missão é velar por seus protegidos.
Eles nos acompanham desde o nascimento até a morte física, podendo continuar conosco por mais tempo.
Têm a missão de nos encaminhar, de forma positiva, em nossas vidas, desde que lhes sejamos dóceis aos bons conselhos.
Eles agem, normalmente, como os pais para com os filhos. Guiam para o bom caminho, auxiliam com seus conselhos,
consolam nas aflições e nos sustentam a coragem frente às provas da vida.
***
Esses amigos espirituais são muito importantes para nós, embora nem sempre lhes saibamos agradecer pelo tanto que nos
ajudam.
No entanto, é importante termos ciência de que, por mais nos auxiliem, não são eles que determinam o rumo de nossas
existências.
Somos todos portadores de LIVRE-ARBÍTRIO, a liberdade de pensar e agir.
Por isso, quando nossas escolhas são negativas, opostas às suas sugestões, eles se afastam, em respeito à nossa liberdade.
Retornam quando lhes rogamos a presença, sempre atentos aos nossos comportamentos.
Esse assunto é tão cativante que deveria converter os mais incrédulos, por seu encanto e por sua doçura.
Pensar que temos sempre ao nosso lado, seres que nos são superiores, que estão ali para aconselhar, sustentar, ajudar a
escalar a montanha escarpada do bem.
Saber que são amigos mais firmes e mais devotados que as mais íntimas ligações que possamos ter na Terra é uma ideia
bastante consoladora.
***
Esses seres estão ali por ordem de Deus, que os colocou ao nosso lado.
Onde quer que estejamos, nosso anjo guardião estará conosco: nos cárceres, nos hospitais, nos lugares dos vícios, na solidão.
Nada nos separa desse amigo que não podemos ver, mas do qual recebemos os mais doces impulsos e os mais sábios
conselhos.
Infelizmente, muitos de nós desconhecemos essa verdade que nos ajudaria nos momentos de crise e nos salvaria de muitas
situações difíceis.
Ideal seria que mantivéssemos ligações com eles, essa terna intimidade que reina entre os melhores amigos!
E que não tentássemos lhes ocultar nada, pois eles são os olhos de Deus e não os podemos enganar!
Consideremos o futuro. Procuremos avançar nesta vida, e nossas provas serão mais curtas, nossas existências mais felizes.
Armemo-nos de coragem! Não estamos sós. Esses bons amigos, que somente desejam que sejamos felizes, têm os olhos
postos em nós.
Busquemos lhes ouvir os conselhos. Atendamos às suas sugestões.
Pensemos nisso!
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 491 e 495, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #anjosguardiões #AnjosdaGuarda #protecao #missão #livrearbitrio
#espiritismo
325
A décima sexta edição do Prêmio Innovare, em 2019, premiou a iniciativa da Penitenciária Regional de
Curitibanos, em Santa Catarina.
Com um trabalho iniciado há uma década, o Projeto Ressocialização no Sistema Prisional, conta com o
apoio de onze empresas.
Tudo começa com a aprendizagem de uma profissão.
As fábricas, construídas dentro do presídio, empregam cem por cento dos detentos. Seus salários se
destinam parcialmente à manutenção da unidade prisional.
Os que cursam Ensino Superior à Distância pagam o próprio curso.
Com o tempo empregado entre trabalho e estudo acabaram as tentativas de rebelião e de fuga. Também
com esses itens associados, naturalmente diminui a reincidência no crime.
Trata-se de um ganho para todos: os empresários que investiram na ideia, o Estado, o detento, a
sociedade.
***
Em essência, é o que todos desejamos. Que o ser humano se reformule, seja produtivo, opere para o
bem geral.
Quanto mais seres humanos com as mãos no trabalho, que enobrece a criatura, melhor será a sociedade.
Quem produz para o próprio sustento, para sua família, somente terá olhos no futuro promissor.
E não constituirá peso a ninguém.
***
Deus fez o ser humano para viver em sociedade. Essa é uma lei natural.
Também para o trabalho, lei igualmente natural, divina, que é uma necessidade para o corpo e para o
Espírito.
As leis humanas tendem a se renovar conforme as necessidades, sendo preciso surgir diretrizes para
alcançar novos e positivos resultados em parâmetros mais dignos.
Quando vemos um exemplo, como o relatado, alcançando êxito, alimentamos a esperança de um mundo
mais justo e pacífico, a breve tempo.
Em se falando de progresso sabemos que o homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas,
nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo.
Por isso, cabe aos mais adiantados auxiliar o progresso dos outros, por meio do contato social.
***
Somos todos irmãos perante Deus e é dando-nos as mãos nesta caminhada, que chamamos de vida na
Terra, que venceremos a jornada.
Vivemos os tempos em que, em breve, deverá reinar a grande fraternidade entre todos os seres humanos.
Cabe-nos trabalhar no sentido de diminuir as diferenças entre nós.
Aos considerados criminosos podemos iniciar lhes enviando o socorro das nossas preces.
E se pudermos fazer algo mais, engajemo-nos em alguma atividade que permita lhes cheguem palavras
de consolo, de encorajamento, de amor.
São, com certeza, criaturas infelizes por se encontrarem no erro.
Nossas preces e nossas atitudes os poderão tocar de arrependimento e levá-los a se transformarem.
Como todas as almas, eles foram, igualmente, criados para o aperfeiçoamento.
326
O pai auxilia o filho com a lição de casa. Ao folhear um livro, se depara com fotos das pirâmides do Egito.
- Pai, quem construiu isso?
- Foram os egípcios. - Foi a resposta rápida.
- Isso eu sei. - Diz o esperto garoto. Quero saber quem foi que colocou as pedras umas sobre as outras para
montar as pirâmides.
- Ora, foram os construtores, os trabalhadores, os escravos. - Esclarece o pai.
- Mas qual era o nome deles? Devem ter sido muitos.
- Com certeza. Faz muito tempo e não sabemos os nomes deles. Só ficaram registrados o nome dos faraós
que as mandaram construir e de alguns dos arquitetos que as planejaram.
- Mas pai, isso não é justo. Tinha de ter uma plaquinha com os nomes de todos os que trabalharam duro prá
gente poder agradecer essa belezura que eles fizeram.
Diante do raciocínio do filho, o pai sorriu e pensou em muitas outras obras magníficas feitas por mãos
anônimas.
***
Assim como o ser humano edifica monumentos, também outros seres elaboram obras incríveis, nas quais
muitas vezes nem reparamos.
Pássaros fazem ninhos, simples ou complexos, que acolhem os ovos, protegem os filhotes e acomodam a
família.
Insetos constroem abrigos, casulos e colmeias com intrincados sistemas de organização.
Alguns animais constroem tocas com lascas de madeira, galhos e folhas.
Mesmo os seres que não possuem mobilidade, como árvores e plantas, trabalham ao produzir oxigênio,
flores, frutos e seiva.
Na natureza, o trabalho de construção é incessante. O fruto do trabalho dos seres preserva as espécies e
mantém o equilíbrio das coisas.
Quando pensamos em trabalho, normalmente nos vem à mente uma ação que remunera e provê recursos
para obter bens materiais, pagar contas, manter a vida.
Mas nem todo trabalho envolve dinheiro. Trabalho é, em verdade, toda ocupação útil.
O que define sua utilidade é o que esperamos obter com ele, de acordo com a forma como enxergamos a
vida.
Para alguns, trabalho é obrigação, servidão. Para os escravos egípcios a construção das pirâmides foi um
trabalho forçado, penoso e que custou o sacrifício de suas vidas.
Para muitos trabalhadores, é algo que lhes confere status, dignidade, motivo para acordar de manhã.
Para alguns, trabalhar é fazer algo que possa ser usufruído por outros. Executam seu trabalho com prazer,
cientes de estarem cumprindo com um dever que transcende a matéria. Trabalham conectados a algo maior,
sem se importar com reconhecimento e fama.
***
Quando o objetivo do trabalho é unicamente obter dinheiro para sustentar necessidades e patrocinar
prazeres, não propiciará a plena realização e evolução do ser humano.
Quando se foca no progresso, na construção de um mundo melhor para todos, saindo de uma visão restrita
e egocêntrica, objetivando edificar o melhor para a coletividade, passa a ser prazeroso.
328
Trabalho comprometido com justiça, respeito, qualidade de vida, igualdade e em equilíbrio com a natureza
traz muito mais que resultados materiais. Traz ganhos preciosos que, mesmo sem serem vistos, podem ser
sentidos.
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 2, aconselha:
Considera o trabalho o melhor meio para progredir.
Quem não trabalha, entrega-se à paralisia moral e espiritual.
O homem que não se dedica à ação libertadora do trabalho faz-se peso negativo na economia da sociedade.
O trabalho é vida.
***
Extraído do Momento Espírita (título: Ocupação Útil)
Referência: Questão 674 e seguintes de O LIVRO DOS ESPÍRITOS (Lei do Trabalho)
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #trabalho #dinheiro #sociedade #leidotrabalho #espiritismo
329
Algumas notícias nos passam a impressão de que estamos vivendo dentro de filmes de ficção científica.
Poderíamos até nos perguntarmos: Qual o limite do homem? Qual o limite da tecnologia? Se algo pode ser
pensado, será que um dia não poderá ser realizado?
Em pleno ano de 2019 foram testadas as primeiras próteses controladas pelo pensamento.
Um consórcio de engenheiros, neurocientistas e clínicos de um projeto financiado pela União Europeia,
conseguiu inovar, de forma surpreendente, nessa tecnologia revolucionária.
A equipe apresentou o primeiro protótipo e os primeiros testes realizados em um paciente. Trata-se de uma
prótese de mão que também poderá fornecer à pessoa sensações naturais de toque e movimento.
Isso não é incrível? Percebamos o bem que o conhecimento aplicado com fins nobres pode realizar.
***
Por outro lado, temos posições não tão benéficas.
Todos que lidamos com dispositivos eletrônicos como computadores, smartphones, tablets etc, temos
enfrentado ameaças constantes. São os malwares ou vírus.
Hostil, intrusivo e intencionalmente prejudicial, o malware ou software malicioso, invade, danifica ou
desabilita computadores, sistemas de computador, redes e dispositivos móveis.
Esse intruso geralmente assume o controle das operações desses aparelhos, podendo extrair informações e
destruir sua estrutura interna.
Os chamados Cavalos de Tróia, por exemplo, trazem programas que aparentam ser legítimos, mas que
escondem alguma espécie de código que possibilita o cometimento de atividades prejudiciais aos usuários.
Alguns criminosos chegam a pedir resgate on-line pelas informações que, dessa forma, usurparam de
organizações e usuários.
Outros fazem o mal pelo prazer de prejudicar apenas...
Leis específicas tiveram que ser criadas para tipificar tais crimes, que podem levar a grandes desastres.
Assim, podemos refletir sobre o mal que o conhecimento aplicado com fins mesquinhos pode realizar.
É de nos questionarmos: Onde chegamos? Em que ponto estamos da evolução humana?
Tanta inteligência, tanta criatividade, mas ainda utilizadas de formas tão distintas! O bem e o mal como as
escolhas de sempre.
***
Allan Kardec, na obra fundamental do Espiritismo, O LIVRO DOS ESPÍRITOS, indagou à Espiritualidade o
porquê de povos mais esclarecidos serem, por vezes, os mais pervertidos.
A resposta obtida foi de que o progresso completo é o alvo a atingir. Os povos, porém, como os indivíduos,
só passo a passo o atingem. Enquanto não tenham desenvolvido o senso moral, pode mesmo acontecer que
se sirvam da inteligência para a prática do mal. A moral e a inteligência são duas forças que só com o tempo
chegam a se equilibrar.
Percebamos o detalhe: duas forças que só com o tempo chegam a se equilibrar.
Esse é o equilíbrio que devemos buscar, trazendo o senso moral para os mesmos patamares da inteligência.
E é a partir desse ponto que construiremos nossa verdadeira felicidade.
E recordemos que, consoante está no Livro dos Espíritos, item 785, o orgulho e o egoísmo são os maiores
obstáculos ao progresso moral, porque o progresso intelectual continua sempre.
À primeira vista, parece mesmo que o progresso intelectual aumenta a atividade daqueles vícios,
desenvolvendo a ambição e o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas
que lhe esclarecem o Espírito.
330
Assim é que tudo se prende, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode nascer o
bem. Porém esse estado de coisas não durará para sempre; mudará à proporção que o homem compreender
melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona, uma felicidade existe infinitamente maior e
infinitamente mais duradoura.
Pensemos a respeito e comecemos hoje nossa proposta de melhoria moral.
***
Extraído do Momento Espírita (título: Onde chegamos)
Referência: Questões 780b e 785 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS (Lei do Progresso)
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #progresso #evolução #sociedade #leidoprogresso #orgulho #egoismo
#espiritismo
331
Segundo consta de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, 625, Jesus constitui o tipo mais perfeito, oferecido por Deus ao
homem, para lhe servir de Modelo e Guia.
Trata-se de uma afirmativa plena de significados.
Por vezes, as criaturas se declaram desencantadas com aqueles a quem admiravam. E, muitas chegam a
abandonar suas crenças, sob tal justificativa.
Miravam-se em seres frágeis, embora bem intencionados, mas que não resistiram a algumas provações.
Eles podem ser líderes religiosos, políticos, amigos, pais ou irmãos.
Ocorre que a fragilidade é inerente à condição humana.
Apenas Espíritos puros não erram e nem fraquejam.
Todos os demais estão sujeitos a vicissitudes.
Por certo, alguns homens destacados podem servir de inspiração.
Há muitas pessoas honradas e notáveis, mas, como não são perfeitas, por vezes elas erram.
Para que o ideal do bem não pereça, convém admirá-las, mas sem excesso de expectativas.
***
Para o ser humano, no mundo, o modelo a considerar é Jesus.
Em Sua extrema pureza, Ele nunca Se equivocou.
Por toda a Sua vida, pairou acima de hipocrisias e de preconceitos, portando-Se com invariável sabedoria.
Seu Evangelho traz os roteiros a serem considerados, em quaisquer circunstâncias.
Se os homens, ainda frágeis, de vez em quando erram, isso é algo para ser lamentado, e não copiado.
Outra decorrência desse ensinamento consiste na impropriedade de se importar demais com a opinião dos outros.
Nessa linha, Jesus disse:
Ai de vós quando todos os homens falarem bem de vós, porque assim faziam seus pais em relação aos falsos
profetas.
***
Indubitavelmente, muitas pessoas existem de parecer estimável.
A elas se pode recorrer em momentos oportunos.
Mas ninguém deve desprezar a opinião da própria consciência.
A voz de Deus costuma se manifestar nesse santuário Divino.
Por ponderado que pareça um homem, ele corre o risco de se enganar em uma ou outra coisa.
Em caso de dúvida, convém refletir nos exemplos de Jesus e buscar no próprio íntimo a inspiração necessária.
No mais, constitui rematada loucura esperar a aprovação geral.
O alerta do Cristo, quanto ao consenso popular, segue atual e oportuno.
Em um ambiente de ilusões e contrastes como a Terra, não é possível agradar a todos simultaneamente.
A verdade costuma demorar para aparecer e o homem prudente jamais é aplaudido pelos imprudentes.
***
O próprio Cristo, em Sua época, não foi apreciado por toda a gente.
Para Maria Madalena, Ele era o Salvador.
Mas para Caifás, era o revolucionário perigoso.
O tempo foi a única força de esclarecimento geral.
Se você se encontra em serviço edificante e sua consciência o aprova, aquiete-se.
As opiniões levianas ou falsas pouco importam.
332
Não é possível conciliar o dever com a leviandade, nem a verdade com a mentira.
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 158, nos apresenta o seguinte raciocínio:
O erro nunca deve ser tomado como exemplo.
Numa época de epidemia gripal, o estado normal de saúde não passa a ser este, somente porque a maioria das
pessoas está infectada.
Vacina-te contra os abusos e permanecerás com a vida em ordem, talvez sem os supérfluos, nunca, porém, com
escassez ou falta.
***
Extraído do Momento Espírita (título: Onde chegamos)
Referência: Questão 625 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e cap. 80 do livro CAMINHO, VERDADE E VIDA
por Emmanuel e Francisco Cândido Xavier
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #Jesus #evolução #sociedade #comportamento #tempo #consciência
#espiritismo
333
No capítulo 7 da terceira parte do LIVRO DOS ESPÍRITOS nossos irmãos maiores nos explicam que Deus fez o ser
humano para viver em sociedade. E que a palavra e outras faculdades nos foram concedidas para uma vida de
relação com o semelhante.
E que, por, instinto os seres humanos buscam conviver em sociedade que e todos devem concorrer para o
progresso, auxiliando-se mutuamente.
E nos esclarecem que o ser humano que busca se isolar, acaba por se embrutecer e estiolar.
Alertam também que quem busca se isolar, faz isso por egoísmo, pois esquece a Lei de Amor e Caridade para com
o semelhante.
***
Extraído do Momento Espírita (título: Onde chegamos)
Referência: Questão 766 e seguintes de O LIVRO DOS ESPÍRITOS (Lei de Sociedade)
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #sociedade #leidesociedade #comportamento #fraternidade #reflexão
#espiritismo
335
Está se tornando comum o palavrão. A pouco e pouco, palavras de baixo calão vão sendo incorporadas ao
vocabulário. Passam a ser utilizadas, habitualmente.
Lá se foram os anos em que o palavrão era utilizado pelas pessoas ditas de má educação. Hoje, atingiu status.
Políticos se permitem utilizá-lo para defesa das suas ideias ou para a própria defesa.
O teatro foi inundado por artistas que fazem dos palavrões meios de comunicação. Tudo em nome de uma
pretensa arte.
A televisão exibe cenas de violência e sexo, manipulando gestos e palavrões. As empresas públicas, que exploram
a telefonia, permitem que, com o simples discar de um número, se ouçam piadas maliciosas e se aprendam mais
alguns palavrões.
Atores e atrizes não se limitam a dizer piadas fortes. Vão além. Fazem também gestos agressivos. E o pior: o público
aplaude. Como se ouvissem frases de efeito que encerrassem uma filosofia ou um ensinamento.
Pais ensinam aos filhos os palavrões. E as ocasiões para os utilizar. Para ofender os brios de alguém. Para irritar
simplesmente. Ou só para desabafar.
Observamos como a linguagem vai se tornando grosseira, grotesca.
***
Em O LIVRO DOS ESPÍRITOS aprendemos que se reconhecem os Espíritos pela linguagem. Entre os Espíritos,
como entre os homens, a linguagem é sempre um indicativo de qualidade moral e intelectual.
Ao abordar a questão da palavra, Jesus foi enérgico: Aquele que disser a seu irmão: "Raca, merecerá condenado
pelo conselho. Aquele que lhe disser: és louco, merecerá condenado ao fogo do inferno."
Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso. Significava homem que nada vale. Era pronunciado cuspindo
e virando-se para o lado a cabeça.
Ao afirmar que mereceria o fogo do inferno, o que significa intenso sofrimento, Jesus vai bem longe. Como pode
uma simples palavra, louco, se revestir de tanta gravidade que mereça tão severa reprovação?
É que toda palavra exprime um sentimento e vai carregada de vibração correspondente. Desse modo, toda palavra
ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade. Constitui um golpe desferido na
fraternidade.
***
Quando vemos nossa infância e juventude absorvendo tão rapidamente os palavrões, esquecendo as verdadeiras
denominações dos objetos, lamentamos.
Alguns defendem o retorno aos antigos métodos repressores. Da pimenta na boca, palmada nos lábios à censura
ostensiva em todos os veículos de comunicação.
A repressão, a agressão não resolvem o problema. Existem sempre os que afirmam que a lei existe para ser violada.
O problema é, pois, de educação. Educação do pensamento para uso da palavra devida.
A boca fala do que está cheio o coração. A boca expressa os sentimentos. A ideia é uma força criadora e nossas
palavras aderem a ela elaborando formas e coisas.
De maneira simbólica, podemos comparar a palavra ao ferro gusa. Após escorrer do forno da nossa mente se
solidifica nos trilhos, bons ou maus, sobre os quais o comboio da nossa existência seguirá.
***
Habituemo-nos a falar o bem. Não incorporemos ao próprio vocabulário expressões de cunho malicioso ou
grotesco.
Vigiemos o pensamento. Habituemo-nos à boa leitura.
Alimentemos a mente e o coração com o que é belo e bom.
A palavra tem vida. Vitalizemos o bem.
***
337
A palavra é faculdade natural que Deus concedeu ao homem. Graças a ela, o homem se expressa no Mundo,
vivendo em sociedade.
Quando bem utilizada, é veículo de bênçãos grandiosas.
Em periódico norte-americano, colhemos a história de um episódio acontecido com um industrial.
Sherman Rogers recebeu o cargo de administrador de um acampamento de madeireiros no Idaho.
Logo conheceu Tony, empregado que sempre vivia de mau humor e, por isso, pensou em despedi-lo.
Tony tinha como função cobrir de areia um morro coberto de gelo, para evitar que troncos de árvores gigantescos
escorregassem sobre os homens e os animais que trabalhavam nas encostas.
O proprietário da empresa abordou Sherman e lhe disse:
- Haja o que houver, aconselho-o a não mexer com Tony. Ele é irritadiço, birrento, impulsivo mas, em 40 anos desse
trabalho, nunca vi melhor empregado. Nunca se perdeu um só homem ou cavalo por negligência dele.
Naquela manhã gélida, Sherman observou Tony de pé, junto a uma fogueira. Mas ele não estava se aquecendo.
Estava aquecendo a areia que ia jogar na colina gelada coberta de neve.
O administrador se aproximou, cumprimentou o empregado e lhe falou:
- O patrão me disse que você é um excelente empregado.
A reação emocional de Tony foi comovedora. Seus olhos se encheram de lágrimas. Apertou demoradamente a
mão de Shermann. Depois, agarrou a pá e foi trabalhar com um vigor redobrado.
À noite, Tony foi o assunto de todas as conversas. Entre risadas, comentou-se que ele jogara tanta areia nas
encostas do morro que daria para cobrir uma dúzia deles.
E, mais: ele rira e fizera brincadeiras o dia inteiro.
Somente o administrador sabia o porquê do comportamento do operário.
Doze anos depois, encontrou Tony trabalhando como Superintendente na construção de uma ferrovia, em um dos
maiores acampamentos de madeireiros do oeste americano.
- Aquele momento em que o senhor me disse aquelas palavras estimuladoras mudou toda a minha vida, confessou
Tony a Sherman Rogers.
***
A palavra tem um poder que ainda estamos longe de aquilatar. Seu uso correto constrói impérios, e incorreto pode
destruir vidas.
SIM ou NÃO são palavras monossilábicas, mas que definem rumos para quem as ouve.
Um SIM pode concordar com a honra, a dignidade. Ou com a corrupção e a ganância desenfreada.
Um NÃO pode significar preguiça, indolência e acomodação. Ou motivar alguém a buscar novos caminhos, ante
aqueles que estão a se fechar.
Na educação da criança, SIM e NÃO têm pesos específicos. O que significará, no futuro, termos no Mundo um
homem de bem ou um corrupto.
***
A palavra adequada estimula, aquece corações, incentiva.
Pensemos nisso! E, na próxima vez que encontrar alguém triste, chateado ou revoltado, lembremos de utilizar a
palavra adequada para o retirar desse estado.
Acrescentemos um sorriso ao vocábulo que emitirmos e transformaremos a tristeza em serenidade.
Adicionemos um aperto de mão, um abraço às palavras de estímulo e conquistaremos amigos.
Agradeçamos às pessoas que estão à nossa volta por existirem.
Expressemos em palavras a gratidão.
Façamos as pessoas saber como elas são importantes na nossa vida, no Mundo.
341
Não é o mal que me fazem que realmente me faz mal, mas sim o mal que eu faço.
Queixamo-nos muito do mal que nos fazem, daquilo que somos obrigados a suportar das pessoas, dos ataques,
dos comportamentos violentos, das injustiças que sofremos aqui e ali.
Curioso é que esse suposto mal em verdade não nos faz mal.
O mal que fazemos é o que realmente nos faz mal.
Vamos entender melhor.
Consideremos o seguinte: No Universo, comandado por Deus, não há injustiçados. Suas leis perfeitas
permitem que o sofrer só nos chegue quando necessário. E apenas para nos educar - nada mais.
Assim, a violência que nos alcança, as avalanches que nos carregam à força, não estão em verdade nos fazendo
mal. Pois, elas são corrigendas da vida. São provas e expiações. Desafios e reparos à lei anteriormente
desrespeitada.
Embora nos tragam incômodo, prejuízos materiais e momentos de tensão, estão moldando nossa alma.
Em muitos casos, estão nos libertando de um mal que causamos em algum momento.
***
E o mal que deliberadamente causamos a alguém ou a nós mesmos?
Esse sim, nos faz mal... Somos nós infringindo as leis, somos nós trazendo para a vida aflições desnecessárias.
Nesse caso, somos os infratores. Somos nós que estamos adquirindo compromissos. Somos nós que nos
estamos colocando no caminho da necessidade de resgate posterior.
Percebamos a diferença. No primeiro caso, estamos nos libertando do erro, quitando uma dívida, nos
liberando dos compromissos com a lei.
No segundo caso, estamos contraindo dívidas. Estamos nos colocando no começo de um processo doloroso,
que poderia ter sido evitado.
Os mecanismos das leis divinas, muitas vezes, nos colocam na situação daqueles que ofendemos, daqueles
que desvirtuamos, fazendo-nos conhecer o outro lado, como uma grande lição.
Para que não mais façamos ao outro aquilo que não gostaríamos que nos fizessem.
Ninguém, em sã consciência, deseja sofrer, obviamente, mas essa visão nos ajuda a entender melhor porque
o mal nos alcança com tanta veemência.
Essa visão nos ajuda a compreender, a nos resignar e, principalmente, a não devolver o mal recebido.
Devolver significaria iniciar um novo ciclo, que poderia estar acabando ali, naquele instante, se soubéssemos
receber o mal com sabedoria.
Pensemos nisso: se causarmos mal a alguém, causamos a nós mesmos.
O que fizermos ao outro, estamos fazendo conosco. É uma sementeira.
Dessa forma, que tal invertermos tudo isso e semearmos o bem?
***
Pequeninas sementeiras de bondade geram abençoadas fontes de alegria.
O trabalho bem vivido produz o tesouro da competência.
Atitudes de compreensão e gentileza estabelecem solidariedade e respeito, junto de nós.
Otimismo e esperança, nobreza de caráter e puras intenções atraem preciosas oportunidades de serviço,
em nosso favor.
Todo dia é tempo de semear.
Todo dia é tempo de colher.
Não é preciso atravessar a sombra do túmulo para encontrar a justiça, face a face. Nos princípios de causa e
efeito, achamo-nos incessantemente sob a orientação dela, em todos os instantes de nossa vida.
***
Redação do Momento Espírita, com citações do cap. 160, do livro Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB
***
#momentoespirita #fonteviva #semear #semeadura #causaeefeito #justica #bem #mal #justicadivina
#reflexão #doutrinaespirita
344
Ela foi chamada Phillis porque esse era o nome do navio negreiro que a trouxe, aos sete anos, da África para
a América do Norte. E Wheatley, por ser o nome da família da cidade de Boston, que a comprou.
Os filhos da família a ensinaram a ler e a escrever. Ponto importante em seu aprendizado foi o fato do
negociante John Wheatley ser um conhecido progressista.
Aos doze anos, Phillis Wheatley se deliciava lendo os clássicos.
Aos treze anos, escreveu seu primeiro poema. A partir de então, John passou a apoiar ainda mais a sua
educação, tirando-a dos afazeres, que foram delegados a outros escravos.
Para provar que fora ela mesma quem escrevera o poema foi interrogada por um grupo de intelectuais de
Boston, que assinaram atestado da autenticidade da autoria.
Eram tempos difíceis para uma mulher, negra e escrava.
Ela foi a primeira escritora afro-americana a publicar um livro nos Estados Unidos e a segunda mulher a fazê-
lo na América.
Depois da morte de seu benfeitor, ela foi emancipada, conforme registro das suas últimas vontades.
Dificuldades que lhe envolveram a vida, determinaram sua morte aos trinta e um anos de idade.
***
Alguns poderão dizer que ela foi privilegiada por Deus, para fazer o que fez, em tão adversas condições e numa
época de tantos preconceitos.
No entanto, para quem conhece as Leis Divinas e a Sabedoria do Pai, tudo está muito claro.
Tratava-se de uma alma antiga, trazendo, em sua intimidade, conhecimentos antes adquiridos e, tendo a
mínima possibilidade de colocar seu saber em prática, o fez.
Passou por todos os tipos de testes a que os homens a submeteram. Mostrou que, embora nem todos a
respeitassem, pela sua condição, era portadora de uma alma lúcida e nobre.
***
Aprendemos, nas obras espíritas, que o Espírito que progrediu não retrocede.
Poderá escolher para renascer, uma posição mais precária do que as que já teve, para servir-lhe de
ensinamento e ajudá-lo a progredir.
Dessa forma, o saber e moralidade conquistados estarão sempre presentes para ajudar no constante
aprendizado e trabalho a realizar.
As grandes diferenças sociais com as quais o ser humano luta na Terra não partem das Leis Divinas, mas do
orgulho e da conveniência dos homens.
As leis humanas, nas variadas épocas, vão perecendo, se modificando, ao influxo das Leis Divinas.
Quando o egoísmo, o orgulho, a vaidade e os interesses mesquinhos deixarem de existir, desaparecerão os
preconceitos que dividem os seres humanos.
O merecimento será a bússola a que todos se renderão, pois será o fiel da balança respeitado.
Então, nos reconheceremos como filhos de Deus, participantes de uma única e sólida família universal, onde
nosso bem-estar primordial dependerá do bem-estar de nossos irmãos.
Entenderemos que só o Espírito é mais ou menos puro, e isso não depende da cor da pele, da nacionalidade,
da posição social, ou crença religiosa.
Aparência e posições materiais ficarão perdidas no tempo.
Somos Espíritos imortais fadados à perfeição.
Este o grande desafio que nos está proposto: alcançarmos o nosso destino como filhos de Deus.
***
Extraído do Momento Espírita (Título Original: A Pioneira)
Referência: Questão 805 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e dados biográficos de Phillis Wheatley.
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #bondade #dificuldades #fazerobem #evolução #comportamento #progresso
#filhosdeDeus
345
Hoje um dos maiores problemas da humanidade é o que chamamos sofrer por antecipação.
Pois vira um transtorno com o individuo sofrendo todas alterações físicas por algo que esta só na imaginação e
que ainda nem aconteceu.
A nossa mente subconsciente não sabe o que é real e o que é imaginário, ela vai reagir como se aquilo que está
sendo imaginado estivesse realmente acontecendo.
Muitas vezes as alterações físicas são diarréias, perda do sono ou despertar frequente, tremores, transpiração fria,
ansiedade, nervosismo, ou seja alterações que provocam grande sofrimento a pessoa e o pior sem que aquilo
realmente esteja acontecendo mas sim a imaginação do que possa acontecer e na maioria das vezes nem
acontecerá.
André Luis escreveu:
Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a vida resolva o seu problema, ainda hoje, sem qualquer
esforço de sua parte.
Não é a preocupação que aniquila a pessoa e sim a preocupação em virtude da preocupação.
Antes das suas dificuldades de agora, você já faceou inúmeras outras e já se livrou de todas elas, com o auxílio
invisível de Deus.
Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para lembrar injúria ou ingratidão.
Disse um notável filósofo: "uma criatura irritada está sempre cheia de veneno", e podemos acrescentar: "e de
enfermidade também".
Trabalhe antes, durante e depois de qualquer crise e o trabalho garantirá sua paz.
Conte as bênçãos que lhe enriquecem a vida, em anotando os males que porventura lhe visitem o coração, para
reconhecer o saldo imenso de vantagens a seu favor.
Geralmente, o mal é o bem mal-interpretado.
Em qualquer fracasso, compreenda que se você pode trabalhar, pode igualmente servir, e quem pode servir
carrega consigo um tesouro nas mãos.
Por maior lhe seja o fardo do sofrimento, lembre-se de que Deus, que agüentou você ontem, agüentará também
hoje
***
Extraído do Momento Espírita, com base no livro SINAL VERDDE de André Luiz e Francisco Cândido
Xavier
***
#momentoespirita #sofrimento #aflição #vida #problemas #conselhos #ansiedade
346
Dentre os problemas que preocupam as criaturas, na face da Terra, está o planejamento familiar.
Apontam-se estatísticas alarmantes, tentando mostrar o fantasma da superpopulação em uma Terra
semi-exaurida, incapaz de alimentar a todas as bocas. Fala-se de miséria e de fome.
É da competência exclusiva do casal estabelecer o número de filhos ideal, o período mais propício para
a gravidez, elegendo, ainda, o método contraceptivo que utilizará.
Importante recordar que a planificação da família se dá no mundo extrafísico, antes do renascimento.
Aqui, na Terra, somente é ratificado pelo marido e mulher.
Como não errar na planificação agora? Basta que o casal, ao limitar o número de filhos que deseje para
si, o faça sob as bênçãos do Evangelho, desprovido do egoísmo, comodismo e vaidade.
E quanto ao período propício, leve em consideração a necessidade do organismo da mulher se recompor
após a gravidez, o parto, a amamentação, bem assim as exigências do bebê nos primeiros anos de vida.
Importante igualmente que não se escolham métodos contraceptivos radicais.
Dada a eventualidade de estabelecermos o número menor do compromisso assumido anteriormente,
chegará o designado pelas vias normais da maternidade.
Se assim não for, poderão nos chegar por via indireta, através de terceiros, por vezes, não como amigos.
***
Os métodos artificiais para a contracepção são muito antigos.
No papiro de Pétri, datado de 1850 a.C. há a descrição de várias misturas de mel e carbonato de sódio,
de fezes de crocodilo, de gomas de árvores para uso intravaginal.
O objetivo era modificar o Ph vaginal, reduzindo a mobilidade dos espermatozoides.
Os antigos hebreus prescreviam substâncias esponjosas para a mulher, entre outros métodos.
Na Grécia e Roma, datam do Século IV a.C. as informações de como evitavam a procriação de certos
animais, utilizando óleo de cedro ou óleo de oliva com incenso.
O condom, a nossa tão falada camisinha, era conhecida dos romanos. Largamente utilizada na Idade
Média, com o objetivo principal de se preservar de doenças sexualmente transmissíveis.
Hoje, além dos métodos de barreiras, químicos ou hormonais, há um elenco de métodos naturais.
De um modo geral, são preteridos por exigirem do casal entendimento e disciplina.
Mas se não conseguirmos colocar disciplina no desejo sexual, como pretendemos que ela se apresente
em outros setores da nossa vida?
Dessa forma, por se entregar ao gozo sexual quando o desejem, muitos preferem os métodos artificiais
que podem apresentar consequências danosas ao físico e ao psiquismo da criatura.
Em 1857, quando do lançamento de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, já encontramos as referências aos
obstáculos à reprodução.
Analisados pelos Espíritos, afirmam esses que, quando tais usos têm por objetivo deter a reprodução,
visando a satisfação da sensualidade somente, demonstram a predominância do corpo sobre a alma e o
quanto o homem está imerso na matéria.
***
Antes de aderires ao entusiasmo reinante para a limitação dos filhos, reparte com o outro cônjuge as
tuas preocupações.
Discute o problema à luz da reencarnação.
347
Compreendem que Deus é um Pai amoroso, aguardando que Seus filhos tenham maturidade para entender as
Leis que regem o Universo.
E Deus sabe que quando isso acontecer, nenhuma proibição será necessária, pois os seres humanos agirão com
consciência, visando sempre ao bem de tudo e de todos.
***
E Jesus, quando de sua vinda, resumiu os DEZ MANDAMENTOS a apenas 2, onde afirmou: Amarás ao Senhor Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a tí mesmo.
E emendou: Nestes dois mandamentos estão contidas toda a Lei e todos os profetas...
Aí fica a pergunta: Estamos nos esforçando para praticar estes mandamentos?
Pensemos nisso!
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 614 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e Cap. 1 de O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO, por Allan Kardec.
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#momentoespirita #livrodosespiritos #evangelhosegundooespiritismo #dezmandamentos #educação
#evolução #aprendizado
350
Quem aspira por um futuro melhor para a Humanidade, deve contribuir para a educação e a vida infantil.
O que se aplique na criança, será devolvido com juros.
O investimento de amor retornará em forma de bênçãos salvadoras e o de abandono volverá como delinquência
e desgraça.
Se te faltam recursos mais específicos para auxiliar a criança, oferece-lhe palavras lúcidas, que não corrompem, e
exemplos que as estimulem a ser verdadeiros cidadãos mais tarde.
Constrói hoje os teus dias de amanhã.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 384 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS
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#momentoespirita #livrodosespiritos #evolução #aprendizado #infância #crianca #reencarnação
#doutrinaespirita #espiritismo
352
Existem pessoas que se confundem ao meio em que vivem a tal ponto que perdem a própria identidade. É a esse
tipo de criaturas que Jesus chama raça de víboras.
Pelo mimetismo, capacidade que certos animais possuem de tomarem a cor e a configuração dos objetos em cujo
meio habitam, a víbora se confunde, por assim dizer, ao meio, tornando difícil a sua localização.
Muitos de nós, em situações adversas, preferimos nos deixar confundir com o meio do que sermos taxados de
piegas ou moralistas indesejáveis.
Se estamos no meio dos corruptos, aplaudimos a corrupção.
Se nos encontramos entre os viciados, apoiamos o vício.
Se estamos com os sexólatras, louvamos a sexolatria.
Se estamos rodeados por pessoas honestas e dignas, enaltecemos a honestidade e a dignidade.
Falta-nos a coragem moral para nos posicionarmos de conformidade com a nossa consciência, independente do
meio em que nos achemos.
Como cristãos, sabemos qual é a postura correta, mas preferimos nos deixar levar pela maioria pensando enganar
a própria consciência. Esquecemos a recomendação do Homem de Nazaré: Seja o seu falar sim, sim, não, não.
Todo mundo faz! Este é o argumento com o qual alguns de nós tentamos justificar os atos indignos.
***
No momento em que Jesus se refere aos fariseus como raça de víboras, enfatiza também que todo pecado ou
blasfêmia nos serão perdoados, exceto os cometidos contra o Espírito, contra a consciência.
O que o Cristo quis dizer é que os equívocos cometidos por ignorância, não serão contabilizados pelas leis maiores
como infração, mas como tentativa mal sucedida.
Mas as infrações cometidas com conhecimento de causa, ou seja, contra a consciência, essas não serão perdoadas,
e o infrator responderá por elas diante das leis que regem a vida.
Assim, a desculpa de que todo mundo faz, não nos isentará da responsabilidade pessoal, pois a cada um será dado
conforme suas obras, e não conforme as obras da maioria, pois o mérito ou demérito são individuais e
intransferíveis.
Dessa forma, por mais que tentemos nos confundir com o todo ou com a maioria, não impediremos que as leis
divinas nos localizem e registrem as nossas mais secretas intenções.
Deixemos o mimetismo para os animais e tomemos a postura cristã onde quer que estejamos, sem receio.
Sejamos firmes em nossas decisões nobres, sem nos preocuparmos em agradar as massas, mas com a única
preocupação de agradar a Deus.
***
Allan Kardec, ao codificar a Doutrina Espírita, teve oportunidade de perguntar aos Espíritos:
- Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?
Os benfeitores responderam:
- Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem,
preponderarão.
Esta e outras tantas questões estão em O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
Aproveite para conhecê-lo, neste ano em que completa cento e cinquenta e seis anos de esclarecimento e consolo.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 158, nos alerta:
Os negócios escusos dão rendimentos venenosos.
Muitas pessoas justificam-nos e exaltam os lucros deles advindos, informando que são frutos da época e todos
devem aproveitar a ocasião.
355
Como a moral está desgovernada, não te deixes conduzir por ela, antes controla os abusos e excessos que te
cheguem, a fim de corrigires a situação caótica.
O erro nunca deve ser tomado como exemplo.
Numa época de epidemia gripal, o estado normal de saúde não passa a ser este, somente porque a maioria das
pessoas está infectada.
Vacina-te contra os abusos e permanecerás com a vida em ordem, talvez sem os supérfluos, nunca, porém, com
escassez ou falta.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 932 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS
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#momentoespirita #livrodosespiritos #coragem #comportamento #honestidade #responsabilidade #fariseus
#doutrinaespirita
356
Interpretou-se por longos anos, erradamente, que o batismo produziria o renascimento do homem.
O Senhor, porém, foi incisivo quanto ao retorno à vida física.
Os modernos conhecimentos científicos atestam que as primeiras formas de vida, desde a concepção, se fazem
em ambiente aquoso, seja a própria constituição do gameta feminino como o masculino, de cuja fusão (água)
nasce o novo corpo, que, adquirindo personalidade diversa da que possuía antes (espírito), recomeça o cadinho
purificador, expungindo males e sublimando experiências para "entrar no Reino dos Céus".
E, no mesmo capítulo a nobre mentora espiritual nos lembra que:
A reencarnação é a mais excelente demonstração da Justiça Divina, em relação aos infratores das Leis, na
trajetória humana, facultando-lhes a oportunidade de ressarcirem numa os erros cometidos nas existências
transatas.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 191 e 195 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e livro ESTUDOS ESPÍRITAS, capítulo
RENASCER
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #reencarnação #evolução #progresso #doutrinaespirita #espiritismo
358
Quem não deseja saber como modificar o seu próprio destino? Quem não aspira obter revelações sobre
o futuro para, de posse destes informes, construir com mais segurança a sua própria caminhada? Quem
não almeja tomar de maneira absoluta as rédeas de sua própria vida e seguir conforme seus anseios, ao
sabor de seus próprios ventos, segundo apenas o seu livre arbítrio? O tema é palpitante.
Evidentemente, a temática considera apenas os espiritualistas, os crentes em um ou muitos deuses e
igualmente na continuidade da vida, visto que não há qualquer sentido em se debater o tema sob a óptica
puramente materialista, considerando se que, para se acreditar em destino, dever-se-á crer igualmente
em uma entidade superior, delineando, segundo seus princípios e desejos, os nossos particulares rumos.
Para iniciar uma breve reflexão sobre assunto tão importante, seria preciso primeiramente avaliar se
do ponto de vista espírita há destino. Os nossos dicionários, enciclopédias das palavras, de modo
geral, definem destino como um conjunto de acontecimentos alcançando-nos de modo inevitável,
inexorável, como sinônimo de fatalidade, sina, sorte.
Dentro desta linha de entendimento, em princípio, não poderíamos alterar o desfecho de nossa existência,
pois não teríamos como modificar as circunstâncias, ou conjunção de fatos, a nos atingir fatalmente,
mais cedo ou mais tarde.
Graças ao Bom Deus, assim não se dá!.
Com efeito, se assim fosse, não haveria mérito, tampouco responsabilidade sobre qualquer ato,
considerando não ser possível escapar ou enganar o implacável destino. Tudo que fizéssemos, de bom ou
de mau, seria tempo perdido, pois nada mudaria a nossa sorte, muito menos a daqueles a quem
endereçássemos nossos esforços e ações.
Outrossim, perguntamos:
- Por qual razão possuímos livre arbítrio?
Esta faculdade que tem o Espírito para determinar sua própria conduta, construída cuidadosamente ao
longo de numerosas encarnações, seria totalmente inútil e ineficaz, uma vez que o seu exercício se
mostraria impotente para alterar a implacável realidade futura.
Adicionalmente, a Lei do Progresso não faria mais nenhum sentido: afinal, progredir para quê, se o
futuro está delineado? Ademais, pela prece podemos louvar, agradecer ou pedir. Em relação à última
possibilidade, se tornaria uma ação na maior parte dos casos inócua, porquanto nada obteríamos em
resposta às nossas súplicas, por mais fervorosas fossem, pois, de modo geral solicitamos mudanças e
benesses para o futuro no quadro material de nossas existências e dos que nos cercam, exceção feita às
petições de ordem moral, quando pertinentes, que poderiam ser atendidas normalmente.
A ideia de um destino preestabelecido está relacionada à fatalidade, sendo oportuno conhecer as
pouquíssimas propriamente ditas fatalidades.
Elencamos aquelas recolhidas até o momento da consoladora Doutrina:
• Atingir a plenitude da evolução, representada pela aquisição de uma perfeição relativa, ou seja, o
fatalismo da evolução é para o equilíbrio, a ordem, o bem, e a destinação é para a felicidade, quando
consolidaremos a vitória definitiva sobre nós mesmos e trabalharemos mais próximos de Deus,
contribuindo para o cumprimento de seus sábios desígnios.
• O instante da morte é uma fatalidade, uma vez que, dele, não se pode escapar, e o momento em
que devemos reaparecer também o é.
• Vivenciar provas, expiações ou missões, previamente selecionadas e discutidas na erraticidade,
conjugando as deliberações do livre-arbítrio e as ponderações dos Espíritos responsáveis pela nova
reencarnação, tudo baseado no mapa de realizações construído em existências passadas do futuro
reencarnante. Como exemplos destas escolhas temos: gênero ou causa da morte, doença específica que
surgirá em determinado momento de nossa próxima existência, significativo revés econômico,
dificuldade familiar de monta, grandes dores morais como resultado de infortúnios diversos, limitação
física de nascença oriunda de uma deficiência perispiritual, ou seja, alguns aspectos materiais na
existência podem constituir fatalidades.
Um ponto importante sobre as decisões e opções tomadas antes de reencarnar é que este ajuizamento
conjunto com os Espíritos mais sábios ocorre quando o reencarnante possui uma bagagem de evolução
362
tal, viabilizando ser frutífera esta interação; caso contrário, os grandes marcos da vida são
inteiramente determinados pelos responsáveis por esta nova existência na Terra.
Esta realidade nos faz perceber estar a fatalidade tão mais presente na vida do Espírito quanto menos
evoluído ele se encontrar.
Contudo, vale a pena lembrar, as consequências da vivência destas escolhas ou determinações dependem
da forma como o Espírito enfrenta estas situações, ou seja, os efeitos morais dos acontecimentos nunca
são fatais.
É interessante ponderar que mesmo estes grandes marcos materiais em nossa existência podem sofrer
pequenos ajustes, podem ser replanejados, dependendo de como vivemos, da forma como aproveitamos
as oportunidades oferecidas pela vida. Desta forma, a época ou gênero da morte poderia ser alterada caso
estivéssemos: praticando muita caridade, buscando fazer apenas o bem ao próximo, levando uma vida
produtiva do ponto de vista moral, pessoas estivessem dependendo de nossa ajuda. Desta forma, o
momento da desencarnação poderia ser adiado, não por muito tempo, raro mecanismo em mundo de
provas e expiações conhecido por moratória; por outro lado, caso conduzamos a nossa existência da
forma "padrão", sem grandes sacrifícios e conquistas morais, observando conforme o dito popular
apenas o nosso umbigo, os grandes marcos se farão presentes e impostergáveis.
No entanto, cumpre ainda notar sempre existir no homem a liberdade de optar pelos atos da
vida moral e como reagir às tentações, um campo totalmente aberto, incerto e imprevisível, sujeito
às escolhas de conduta de cada um, ou seja, à vontade individual.
• Há considerável fatalidade nos reinos mineral e vegetal; nestas fases da evolução quase tudo acontece
segundo as leis básicas que regem a matéria - químicas, físicas e biológicas -, considerando que há certa
imprevisibilidade na natureza subatômica da matéria.
É pertinente esclarecer sobre o uso do conceito de fatalidade pela mídia e a sociedade, pois em linhas
gerais está completamente desvirtuado. Os acidentes espetaculares causando mortes de pessoas não
estão nos desígnios de Deus, quando o autor estava: embriagado ou drogado, dirigindo em velocidades
acima do permitido, com veículo adulterado em seus componentes básicos, não possuía habilitação,
entre outras causas, ocorrendo nestes casos apenas a imprudência do agente; e se este não for julgado
pela sociedade da forma correta, o será pelas Leis Divinas.
Se estes acidentes fossem fatais, predeterminados, o responsável teria renascido com a "missão" de matar
um semelhante, impondo Deus previamente uma conduta absurda ao causador do desastre. Este
entendimento representa um absoluto despropósito em relação ao amor de Deus por todas as suas
criaturas.
Além de classificar por fatalidade os acidentes espetaculares do cotidiano, criamos uma outra fatalidade
para justificar a morte "prematura" pela chamada bala perdida. O espírita está ciente de que não há acaso
nas Leis Divinas, nenhum imprevisto existe regendo ocorrências, ainda mais deste tipo; sendo assim, a
bala jamais estará perdida, esta interpretação sugere que Deus não estaria ciente do que viria acontecer,
estava "desatento", e que a morte do atingido pela bala perdida se deu sem controle, antecipadamente,
ou seja, o indivíduo morreu antes da hora esperada.
A onisciência e onipotência de Deus se chocam frontalmente com esta incorreta hipótese.
Ninguém há que acreditar ter nascido sob a sina de uma má ou boa estrela, vivendo desta forma sob uma
fatalidade considerada imerecida em relação à primeira estrela.
Quando os acontecimentos possuem uma característica repetitiva em termos de fracassos e sucessos,
respectivamente, devem-se em alguns casos aos acertos prévios que fizemos na erraticidade antes de
para a Terra voltarmos. Continuadas aparentes desgraças ou repetidos triunfos, nada mais representam
do que verificações de aprendizado, talvez sejam provas, que devem ser encaradas naturalmente,
solicitando, ao considerarmos as primeiras, muita paciência e perseverança; quanto aos segundos,
jamais nos imaginarmos privilegiados, não permitindo que o orgulho ou a vaidade nos alcancem na
infantil suposição de que tudo que fazemos dá certo e de que fomos agraciados pelo dedo de Deus ao
nascer. Além disso, continuados fracassos podem ser resultado do despreparo e inaptidão do indivíduo,
e seguidos sucessos podem caracterizar uma pessoa inteligente e perspicaz para só se lançar em
empreitadas em que vislumbre maiores chances de êxito: não há azar tampouco sorte no ordenamento
celestial.
A propósito, jamais deveremos bater às portas dos chamados magos, bruxas, videntes ou adivinhos, os
auto-intitulados profetas, para nos informar sobre o que está por vir, qual seria o nosso "glorioso e
esplendoroso" destino.
363
De modo geral estes exploradores da fé e da ignorância popular nada mais são do que aplicados
aproveitadores, astutos interlocutores, a maioria nem sequer é médium, não possuindo qualquer dom
para nos instruir sobre o porvir. Habilmente treinados, muitos sabem o que as pessoas desejam conhecer,
seus anseios, dúvidas ou apreensões e, por meio de perguntas simples, vão delineando as expectativas
do particular consulente, finalizando por dizer exatamente aquilo que mais agrada ao incauto. Ao final,
aguardam ávidos alguma recompensa monetária devida aos seus espontâneos préstimos "mediúnicos".
Como resultado, todos ficam muito satisfeitos, o iludido e o falso iluminado.
Informações sobre o futuro, quando úteis, são apresentadas de forma natural, sem que a pessoa
pergunte ou mostre interesse em conhecer. Às vezes, podem ser reveladas, mas em caráter particular
e sem qualquer expectativa de remuneração.
Conclui-se, pelos exemplos citados anteriormente, que o conceito de fatalidade não se prende apenas a
um desfecho ruim, conforme alguns acreditam; a fatalidade pode conduzir a um bom resultado sem
deixar de ser fatal, sendo apenas a resultante da Lei de Causa e Efeito. Este justo postulado divino é
neutro, não comporta preferências nem tendências.
Como se denota, as fatalidades são em número muito reduzido, relacionando-se a acontecimentos e não
a resultados, e não poderia ser diferente; se assim não fora, seríamos "autômatos" sem qualquer controle
sobre as nossas existências. Contudo, não nos iludamos, há certos compromissos assumidos antes de
reencarnar, poucos, que não podem ser alterados. Sendo assim, a visão espírita no que tange a este
fascinante tema é intermediária entre os extremos do tudo está escrito e do seu oposto, nada está escrito,
tendendo para o último, ou seja, pouco está escrito.
Então, em resumo, podemos alterar o destino?
Sem sombra de dúvida! Trabalhando dedicadamente agora no presente, esforçando-nos para aprender
e agir corretamente, criamos condições de esperar um futuro melhor e diverso de qualquer leviano
prognóstico que porventura nos tenha sido informado, porquanto, com a existência do livre-arbítrio e da
razão há sempre parcial fatalidade, e, se esta fosse absoluta, não poderia haver responsabilidade,
tampouco mérito pelos atos praticados, sejam estes quais forem.
A obra divina é perfeita, suas leis são justas e equilibradas, razão por que há harmonia e estabilidade
entre conceitos aparentemente tão antagônicos, tais como: destino, fatalidade e livre-arbítrio, o
último possuindo por esteio a razão.
Somos Espíritos imortais, já tivemos e ainda teremos inúmeras existências.
Comparando este conjunto de vivências corporais que individualizam a caminhada evolutiva dos
Espíritos a um livro, a introdução e os capítulos iniciais já estão preenchidos pela história passada de
cada qual, não podendo mais ser alterados, muito menos apagados, influenciando por largo tempo a
trajetória de cada um.
Em seguida, ainda considerando esta alegoria, há vários capítulos em branco, em que qualquer um deles
contempla pelo menos duas previstas fatalidades - o nascimento e a morte - e, no derradeiro, há
poucas linhas escritas, descrevendo a fatalidade maior: o nosso destino, a aquisição da perfeição relativa.
Como a maior parte das páginas do nosso livro da vida ainda não foi preenchida, cabe-nos "recheá-las"
caprichosamente e com sabedoria, tendo como modelo e guia os inesquecíveis exemplos do incomparável
Amigo Celestial.
***
Revista Reformador Abril 2020 / Rogerio Miguez / rogmig55@gmail.com
***
#Reformador #Fatalidade #livrearbitrio #destino #doutrinaespirita
364
"Haverá quem, pela sua posição, não tenha possibilidade de fazer o Bem?”
“Não há quem não possa fazer o Bem. Somente o egoísta nunca encontra ensejo de o praticar. Basta que se esteja em relações
com outros homens para que se tenha ocasião de fazer o Bem, e não há dia da existência que não ofereça, a quem não se
ache cego pelo Egoísmo, oportunidade de praticá-lo. Porque, fazer o Bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso,
mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário”
(Resposta da questão 643 de O Livro dos Espíritos)
***
Com efeito, TODOS estamos em condições de fazer o Bem, E fazer o Bem, ao contrário do que à primeira vista possa parecer,
não é somente doar um pedaço de pão a quem tem fome, um par de sapatos a quem está descalço, um agasalho a quem
não tem onde se abrigar ou, como é mais comum, repassar algum dinheiro para as necessidades mais urgentes de outrem,
conquanto tudo isso seja excelente e deveras importante, servindo também, no mínimo, de treinamento para o desapego
dos bens materiais, que ninguém levará para o outro lado da vida, a vida espiritual, de onde todos proviemos e para onde
todos retornaremos, e, simultaneamente, valendo como exercício da caridade que, no dizer do apóstolo Paulo de Tarso, “é o
amor em ação”.
Fazer o Bem é ser útil, na medida do possível; é doar-se, doando um pouco do seu tempo, da atenção, do carinho, da amizade,
do respeito, da compreensão, do amor…
E todos, sem exceção, podemos ser úteis, doando-nos, como, por exemplo, quando ouvimos com atenção e interesse o
interlocutor aflito, desejoso de conhecer outra opinião ou, pelo menos, de desabafar, aliviando-se da angústia ou da
ansiedade.
Por igual, quando conseguimos impor silêncio à tentação de reclamar, o que seguramente aumentaria a confusão, pacificando
quanto possível o ambiente em que nos encontramos, optando pelo entendimento, sempre.
Também podemos ser úteis no dia-a-dia, nas mínimas coisas, prestando informação correta a quem não seja da cidade;
auxiliando um cego a atravessar a rua; visitando um doente que esteja hospitalizado, levando-lhe uma palavra de esperança;
oferecendo-nos para a realização de trabalhos diversos, nos mais variados campos, sem esperar pela convocação;
trabalhando, enfim, com capricho em tudo o que fizermos, nas tarefas simples ou nas complexas, cumprindo por esse modo
a nossa parte e contribuindo para a harmonia e o equilíbrio das relações sociais, uma vez que vivemos em regime de
interdependência, vale dizer, dependemos uns dos outros.
***
Não praticar o mal, portanto, é um bom começo, mas não é por si suficiente.
Não basta.
É preciso, é absolutamente indispensável, que haja a prática do Bem. E, a despeito das aparências em contrário, só o Bem é
real e permanente!
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 116, tem um conselho bastante oportuno para nos auxiliar na prática do bem:
Com certeza não solucionarás todos os problemas do mundo.
Não obstante, podes e deves contribuir para que isto aconteça.
Se não impedes a guerra, tens recursos para evitar as discussões perturbadoras que te alcançam; se não consegues alimentar
a multidão esfaimada, possuis uma côdea de pão para oferecer a alguém; se não dispões de saúde para brindar aos enfermos,
logra socorrer um padecente; se não solucionas os dramas humanos, concorre para acalmar uma pessoa; se não tens meios
para liderar grupos acelerando mudanças que se devem operar no mundo, modifica-te, interiormente, enobrecendo-te na
ação do bem e da solidariedade.
***
Extraído do Jornal Mundo Espírita de Junho de 1998
Referência: Questão 643 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e cap. 116 de VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e
Divaldo Franco
***
#espiritismo #livrodosespiritos #vidafeliz #bem #aprendizado #doutrinaespirita #problemas #comportamento
#conselhos
365
Os ecologistas, no mundo inteiro, lutam pela vida. Asseveram que se o homem não cuidar do meio ambiente, zelando
pela fauna e a flora, a natureza lhe responderá, pela própria lei de ação e reação, de forma agressiva, e a vida se tornará
inviável na Terra.
É assim que lutam pela não extinção das baleias, pelo respeito aos golfinhos, ao mico-leão dourado, e outros tantos
espécimes ameaçados, cuja existência já se encontra comprometida, por causa da atuação predadora do homem.
Observam-se grupos lutando, no mundo inteiro, para saciar a fome, que infelicita comunidades e nações. E as imagens
televisivas nos sensibilizam, conclamando-nos ao auxílio, mostrando-nos crianças esquálidas, seios sem leite, sugados
com avidez por bebês mirrados, homens e mulheres em incrível situação de penúria.
***
Ao lado de tantos que assim batalham pela vida, existem os que lutam contra ela. São os defensores do abortamento,
apresentando seus motivos, que vão desde as questões do comodismo a dificuldades financeiras, preconceitos e filhos
indesejados.
Se soubessem tais defensores como se opera o milagre da vida e do empenho do Espírito que deseja renascer, quiçá
pudessem reverter suas propostas.
Pois tudo começa na doce intimidade da trompa feminina, como uma doce esperança, uma delicada primavera.
Como se fosse um planeta perdido no espaço, o óvulo é ejetado pelo ovário na Trompa de Falópio, e ali permanece
fértil por um período de vinte e quatro horas.
Um halo luminoso o circunda. São as células nutrientes que alimentam a semente de vida.
Enquanto isso, os espermatozoides utilizam suas caudas, agitando-as com rapidez e cerca de cem deles chegam até à
célula feminina.
Eles removem, febrilmente, as células nutrientes que envolvem o óvulo e agitando, ainda vigorosamente, suas caudas,
giram como uma broca, na tentativa de furar a parede externa do óvulo.
Embora quase uma dúzia de espermatozoides esteja prestes a furar o invólucro, ao mesmo tempo, quando um deles
consegue, ocorre um fato extraordinário: a mulher concebe.
É neste momento exato que o Espírito se une à célula ovo e, desde então, há vida.
Eis porque interromper a gravidez, em qualquer momento, é sempre crime. É por esse mesmo motivo que as sensíveis
aparelhagens ecográficas nos mostram o pequenino ser, lutando no interior do útero, pela vida, quando se sente
ameaçado.
***
É por isso mesmo que os Espíritos Superiores nos conclamam a lutar sempre e sempre pela vida, defendendo esses
pequeninos seres que se preparam para nascer e procuram o melhor lugar: o útero materno.
Local que deveria ser sempre sua melhor defesa e que, por vezes, se transforma em um palco de guerra, com
combatentes armados somente de um lado, enquanto do outro, permanece a vítima, indefesa, sem ninguém que lhe
possa ouvir os gritos silenciosos de horror e de agonia.
Você sabia que há crime sempre que se transgride a Lei de Deus?
E que uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento,
por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando?
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 358 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS
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#momentoespirita #livrodosespiritos #ecologia #aborto #vida #direitoavida #aborto #doutrinaespirita
#espiritismo
366
Jesus é o diamante que se tornou estelar, mantendo o brilho interior, sem permitir-se ofuscar, clareando
consciências e amando-as. Todo o Seu é ministério de esperança e de amor, de compaixão de auxílio,
movimentado pela ação do Bem, único recurso para minimizar ou anular as ocorrências dos infortúnios ocultos
Conhecendo cada pessoa que dEle se acercava, graças à capacidade de penetrar o insondável do coração e da
mente, sem humilhar ou jactar-se, conseguia oferecer combustível de amor para a transformação interior que se
deveria operar, e quando essa não ocorria, assim mesmo estimulava ao seu prosseguimento, pois que um dia seria
alcançada...
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 625 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e cap. 4, do livro O MESTRE DA SENSIBILIDADE,
de Augusto Cury
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#momentoespirita #livrodosespiritos #Jesus #vida #autoconhecimento #comportamento #esperança
#doutrinaespirita #sabedoria
368
Ele criou o Universo e a vida, enriqueceu a Sua Obra de sabedoria e beleza, colocando-te, por amor, como parte
integrante dessas maravilhas e facultando-te fruí-las todas.
Por direito natural possuis tudo que é d'Ele, bastando somente que desenvolvas os dons em ti latentes, a fim de
que possas desfrutar de toda essa opulência e grandeza.
Amado por Deus, és também herdeiro das idéias sublimes, que te proporcionam conquistar espaços, penetrar o
mecanismo da vida e decifrar os enigmas desafiadores que te aguardam.
O teu dever é fazeres-te receptivo ao Pensamento Divino em tudo e em todos presente, de modo a captá-lo e pô-
lo em ação à medida que o conquistes.
Pensemos nisso! E coloquemos em prática essas sugestões.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 119 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e artigo de João Manuel Simões, publicado no Jornal
Gazeta do Povo, de Curitiba, Paraná, em 11 de março de 2003.
***
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#joannadeangelis #FilhoDeDeus
370
Que possamos ser o olhar de alegria e otimismo quando todos só enxergarem tristeza.
Que consigamos cantar quando o mundo opressor nos queira calar.
Que possamos nos sentir como os braços do Criador, atuando no mundo com afeto e
segurança, não permitindo que ninguém, que passe pelo nosso caminho, permaneça
desamparado.
Sejamos os olhos de alguém.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 793 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e artigo de João Manuel Simões, publicado no
Jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, Paraná, em 11 de março de 2003.
***
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#fraternidade #comportamento #doutrinaespirita #espiritismo #civilização
372
226 - AS QUEIXAS
Você costuma se queixar?
Poucas coisas são tão desagradáveis quanto a queixa sistemática, mas a pessoa queixosa perturba muito mais a si
mesma do que às outras que a cercam.
Deve-se reconhecer que a vida é difícil, que a luta diária pela sobrevivência requer muito esforço e esse esforço
redunda, não poucas vezes, insuficiente para vencer todos os compromissos que a sociedade impõe.
Entretanto, essa é a situação de mais da metade do povo brasileiro.
O queixoso não se dá conta disso, e julga-se o único atingido pelas vicissitudes da existência.
***
Conta-se que uma senhora adentrou desesperada numa sociedade espírita. Imediatamente foi atendida naquilo
que chamamos Diálogo Fraterno.
Em particular, ela recebeu a atenção de um senhor muito prestativo e sorridente. Relatou-lhe, então, a razão de sua
angústia, entremeando a narrativa com lágrimas muito sentidas.
O senhor não imagina o meu sofrimento. Acontece que, há vinte anos, o meu marido me deu um anel de brilhantes
como presente de aniversário. Isso foi bem antes de ele morrer e me deixar viúva.
Continue, encorajou-a o homem, interessado.
Pois veja o senhor meu sofrimento: nesta manhã, dei-me conta que o anel havia sumido... O senhor não é capaz
de imaginar o tamanho da minha dor.
Será que vocês, aqui no Centro Espírita, não podiam localizar meu anel? É a única recordação que tinha da minha
felicidade com meu marido!
Revelando compaixão e serenidade, o homem atencioso esclareceu-a, explicando que os centros espíritas não se
prestavam a tais serviços. Mas que ela deveria confiar na bondade de Deus, pois, talvez, antes do que pudesse
acreditar, teria a alegria de encontrar o anel, caído em algum canto da casa.
A seguir, falou-lhe da beleza da vida e das lembranças emotivas que deveria guardar, com otimismo, em relação ao
marido que, apesar de morto para a realidade física, prosseguia vivendo no mundo invisível.
A mulher, finalmente, se acalmou.
Somente na despedida, quando foi agradecer pela atenção recebida, é que ela pôde perceber que o homem que a
tranquilizara pela perda de um anel não tinha os dois braços.
***
De modo algum podemos cerrar os olhos para as verdades dolorosas da existência, contudo, essas dores se
tornam muito mais amenas quando paramos para pensar e socorrer aqueles que suportam pesos ainda maiores
do que os nossos.
Assim, espanquemos a nuvem da queixa com os instrumentos de segurança plena, e apaguemos a fogueira da
impulsividade que nos impele aos atos impensados, afastando-nos dos deveres para com a vida.
A queixa pode ser comparada a um ácido perigoso que sempre produz dano.
Antes de nos lamuriarmos, olhemos para trás e contemplemos os que estão na retaguarda.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 86, nos alerta:
Dilui a queixa sistemática, que te torna uma pessoa de difícil convivência.
È muito desagradável a companhia de alguém que está sempre a reclamar, vendo defeitos em tudo e desejando
que o mundo gire na sua órbita e de conformidade com a sua maneira de ver as coisas.
Não poderás modificar os outros, porém, deves empenhar-te para conseguir a própria transformação para
melhor.
Se tudo te desagrada e estás, costumeiramente, reclamando, cuidado, porquanto esta é uma atitude de quem está
de mal com a vida e vive mal consigo mesmo.
É necessário que te toleres, aprendendo a ser tolerante com o próximo.
***
Extraído do Momento Espírita
Referências: Verbete QUEIXAS do livro REPOSITÓRIO DE SABEDORIA, V.2, por Joanna de Ângelis e Divaldo
Franco
***
#momentoespirita #vida #queixas #reclamações comportamento #reflexão #doutrinaespirita #psicologiaespirita
373
Joanna de Ângelis, no livro RUMOS LIBERTADORES, nos ajuda a entender porque, muitas vezes, adotamos
atitudes conflitantes:
Constrangido a atuar mediante aparelhagem nervosa deficiente, o espírito que defraudou as leis do equilíbrio
universal ressurge, na Terra, sob a injunção de conflitos inquietantes.
O ser humano que padece de conflitos íntimos continuados é alguém alcançado pela imutável Lei da justiça divina.
Quase todos nós, transitando na carne ou habitando os círculos espirituais de suas proximidades, carregamos
conflitos íntimos de vário porte. Isto, porque, procedemos das sombras do erro em que nos comprazíamos,
rumando para a madrugada de paz que nos comove e incita ao avanço.
***
Extraído do Momento Espírita (Título original: Diferentes aspectos)
Referências: livro RUMOS LIBERTADORES, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco.
***
#momentoespirita #comportamento #conflitos #disciplina #conhecimento #evolução #psicologiaespirita #PsicologiaEspírita
#doutrinaespirita
375
A hora que passa não retorna, qual a água que corre sob a ponte.
A eternidade é feita de segundos, e o tempo medido pelas horas é a concessão de Deus para
te proporcionar bem-estar.
Trabalha sem desânimo e acumula as tuas horas de ação benéfica.
***
Extraído do Momento Espírita (Título original: Dias de pressa)
Referências: Cap. 79 do Livro VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco.
***
#momentoespirita #comportamento #tempo #passagemdotempo #reflexão #psicologiaespirita
#PsicologiaEspírita #doutrinaespirita
377
Serve o sol, mantendo o equilíbrio geral e, graças ao seu tropismo, se realizam os programas divinos na Terra e no
sistema que a sustenta.
Não terá, então, o Arquiteto Maior um plano para o homem, ao qual deu domínio sobre todas as coisas vivas?
Pensemos nisso!
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 8, do livro HERANÇAS DE AMOR, pelo Espírito Eros, psicografia de Divaldo Pereira
Franco, ed. LEAL.
***
#momentoespirita #vida #vidaaposamorte #conhecimento #reencarnação #reflexão #doutrinaespirita
#aprendizado
381
O pior que pode acontecer a alguém é se entregar ao desânimo, apagando a chama íntima da fé e caminhar em
plena escuridão.
Assim, confia em Deus, e, com coragem, prossegue de espírito tranquilo.
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 190, diante dos desafios da vida, nos recorda:
Toda pessoa que pensa, enfrenta problemas, porquanto a vida no corpo transcorre sob a ação de variadas
situações difíceis.
Aprende a conviver com eles, tentando resolvê-los, quanto possível, sozinho. Se não o conseguires, busca a
experiência de outrem e luta até solucioná-los no momento próprio.
Não os transfiras para os outros, que também os têm, embora não o demonstrem.
É desrespeito sobrecarregar o próximo com os nossos problemas, sem considerar as aflições que, certamente, lhe
pesam sobre a existência.
Um problema hoje solucionado é lição para os que estão por vir.
Aprende a resolvê-los, para viver em paz.
***
Extraído do Momento Espírita (título original: O MAIOR DESAFIO)
Referência: Cap. 9 do livro CONVITES DA VIDA, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco e carta endereçada
a um cego, de nome Juliano, em Curitiba.
***
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#comportamento #doutrinaespirita
383
Você sabia que, na cidade de Colônia, na Alemanha, um jovem, recém integrado no estudo do Espiritismo, pediu
ao Departamento Federal do Serviço Social do seu país para não servir ao exército?
Não gostaria de lutar contra a violência, falou, porém, colocar-me à disposição da paz. Ofereceu-se para prestação
de serviço social, nesse período, desejando ser útil de forma diferente.
O órgão federal alemão autorizou o jovem a recursar o serviço militar armado.
***
O Espiritismo convida o ser humano para ser hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje. Seu
objetivo é a REFORMA ÍNTIMA da criatura.
Kardec escreve no Capítulo 27, ítem 4 do EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO que se reconhece o VERDADEIRO
ESPÍRITA pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Introdução de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Item 28 do LIVRO DOS MÉDIUNS e Revista
PRESENÇA ESPÍRITA de maio/junho de 1995.
***
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#espiritismo #evangelhosegundooespiritismo #doutrinaespirita
385
234 - A FUGA
Num desses dias agitados, em que se tem mil coisas diferentes para fazer, encontramos Justin, o filho de 4
anos de idade de um jovem casal.
O garoto não parava de fazer bagunça e, depois de ouvir seu pai pedir por várias vezes para que sossegasse
um pouco, acabou ficando de castigo no canto da sala.
Justin chorou, esperneou, emburrou e finalmente disse: Vou fugir de casa.
A primeira reação da mãe foi de surpresa que, irritada, falou: Ah, vai?
Quando ela virou-se e o olhou, ele parecia um anjo, tão pequeno, encolhido ali no canto, com um ar tão
triste...
Ela decidiu largar tudo que estava fazendo e parou.
Com o coração partido, ela lembrou-se de uma passagem de sua própria infância, quando ela também quis
fugir de casa porque se sentia rejeitada e incompreendida.
Ela sabia que ao anunciar Vou fugir de casa, Justin estava dizendo: Por favor, prestem mais atenção em mim.
Eu também sou importante. Por favor, façam com que eu me sinta desejado e amado incondicionalmente.
Tudo bem, Justin, você vai poder fugir de casa, falou a mãe baixinho para ele, enquanto começava a pegar
umas roupas em seu armário e colocar numa sacola.
Mamãe, ele perguntou, o que você está fazendo?
Ela respondeu: Se você vai fugir de casa, então mamãe vai com você, porque não quero ver você sozinho
nunca. Gosto muito de você, Justin.
Ela então o abraçou, e ele perguntou, surpreso: Por que você quer ir comigo?
Ela olhou-o com carinho e disse: Porque eu gosto muito de você e vou ficar muito, muito triste se você for
embora. E também quero tomar conta de você para que nada de mal aconteça.
Papai também pode ir? - Perguntou ele, com uma voz acanhada.
Não, papai tem que ficar com seus irmãos, e papai tem de trabalhar e tomar conta da casa quando nós não
estivermos aqui.
O meu hamster pode ir?
Não, ele também tem que ficar aqui.
Justin parou um instante para pensar e disse: Mamãe, podemos ficar em casa?
Claro, Justin, podemos ficar em casa.
Mamãe. - Disse ele suavemente.
O que é, Justin?
Eu amo você.
Eu amo você também, querido, muito, muito, muito. Que tal me ajudar a fazer pipoca?
Oba! Tudo bem. - E lá se foi Justin com sua mãe.
Naquele instante ela se deu conta da maravilhosa dádiva que é ser mãe. De como somos fundamentais
quando levamos a sério a responsabilidade sagrada de ajudar uma criança a desenvolver o sentido de
segurança e o amor-próprio.
Abraçando Justin, ela percebeu que em seus braços tinha o tesouro inestimável da infância, uma pessoinha
que dependia do amor e segurança que recebesse, do atendimento de suas necessidades, do
reconhecimento de suas características únicas para tornar-se um adulto feliz.
Ela aprendeu que, como mãe, jamais deveria fugir da oportunidade de mostrar aos seus filhos que eles são
amados, desejados e importantes - o presente mais precioso que Deus lhe deu.
***
387
Reserva algum período do teu tempo ao serviço sem remuneração à caridade fraternal, à ação em favor
da comunidade.
A "hora vazia" é sempre espaço mental perigoso. Oferece-a ao teu próximo, a alguma Sociedade ou
Agremiação que se dedique à benemerência, à construção de vidas.
Pequenas ajudas produzem os milagres das grandes realizações.
Jamais te escuses a este mister de ajuda desinteressada, não retribuída.
Há muita aflição esperando socorro e compreensão.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, cap. XV, item 4, e verbete CARIDADE do livro
DICIONÁRIO DA ALMA, Espíritos Diversos e psicografia de Chico Xavier.
***
#momentoespirita #caridade #comportamento #amor #evangelhosegundooespiritismo #espiritismo
391
Se dizemos confiar em Deus, é momento de assumir essa confiança. A confiança de que toda árvore que nosso
pai não plantou será arrancada, conforme ensinou Jesus.
E a violência certamente não é árvore plantada pelo Criador.
Portanto, é hora de fazer luz. É hora de somar as boas qualidades e fazer valer o bem que desejamos.
É hora de altear bem alto a bandeira do bem, para que o bem sobrepuje o mal. Para que a luz afugente as trevas.
Pensemos nisso e consideremos que basta apenas querer o BEM.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 932 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e Evangelho de Lucas, cap. 9, versículo 50
***
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#doutrinaespirita
396
241 - OS DESAFIOS
Desafio é considerado como aquilo que é difícil, perigoso. Todos temos nossos desafios diários. Uns, maiores do
que outros. E, na pauta das nossas realizações, cada qual encara o desafio de uma maneira diferente.
Alguns o creditam à conta das dificuldades, estancam o passo e se dão por derrotados, sem combater.
Outros tantos enfrentam os desafios e se tornam vencedores.
Diz-se que o General Mac Arthur foi recusado na Academia Militar de West Point, não uma, mas duas vezes.
Tentou uma terceira vez, foi aceito e graduou-se como primeiro aluno, no ano de 1903.
Já na reserva, durante a Segunda Guerra Mundial, foi chamado à ativa e marchou para os livros de História.
Recebeu a capitulação japonesa em 1945 e comandou as tropas de ocupação até 1950.
Nesse ano, foi convocado para chefiar as tropas, sob a bandeira da ONU, na Coreia.
Albert Einstein foi qualificado por sua professora como mentalmente lerdo, não sociável e sempre perdido em
devaneios tolos.
Ele não deu ouvidos às referências nem às dificuldades com aprendizagem, nos primeiros anos escolares.
Doutorou-se na Universidade de Zurique, ofereceu ao mundo a Teoria da Relatividade e foi Prêmio Nobel de Física
de 1921.
Alexander Graham Bell, ao inventar o telefone, em 1876, não tocou o coração de financiadores com o aparelho.
Houve quem comentasse: É uma invenção extraordinária, mas quem vai querer usar isto?
No entanto, o telefone lhe valeria o Prêmio Volta, do Instituto francês.
O dinheiro do prêmio serviu-lhe para montar um laboratório em Washington, legando à Humanidade, entre outras
tantas invenções, o ouvido artificial, capaz de registrar sons e o pulmão de aço para respiração artificial.
Ludwig Van Beethoven teve uma vida marcada por amarguras, por causa da perda progressiva da audição, que
teve início aos 31 anos.
Aos 44 anos, ficou completamente surdo, o que não o impediu de continuar a compor sonatas para piano,
variações sobre uma valsa de Diabelli, a Nona Sinfonia.
Sua música, naquele período, se tornou abstrata, diferente.
Winston Churchill foi um estudante medíocre. Seu pai o transferiu para um colégio militar e ele concluiu o curso
com brilho.
Perdeu a primeira eleição que disputou. Sua carreira política somente se iniciou depois de sua fuga de um campo
de prisioneiros na África do Sul.
Seria sucessivamente derrotado em três eleições, e sua maior contribuição ao mundo se daria quando já era
cidadão idoso.
Foi jornalista, escritor, pintor, orador e político, numa sucessão de perdas e recomeços, até alcançar o que o
mundo considera sucesso, reconhecimento público.
Informando-nos a respeito dos feitos e das lutas incessantes de homens como esses, com certeza nos
perguntaremos:
Qual a diferença entre eles e nós? Por que eles conseguiram vencer?
E a resposta é que eles acreditaram em si mesmos. Não desistiram ante as derrotas ou insucessos, não deixaram
de lutar contra o desânimo, o fracasso, nem se deixaram levar pelas observações apressadas de pessoas sem visão
de futuro.
***
Todos somos portadores de dificuldades. O grande desafio é vencê-las, quando e onde se apresentem.
Para o cristão, o maior dos desafios será viver fielmente os princípios que esposa, num mundo onde quem mais
tem, é melhor considerado.
Contudo, tem por modelo o maior de todos os vencedores: Jesus. Ele venceu o desafio do abandono dos amigos,
a solidão nas horas mais amargas e a morte vergonhosa que Lhe impuseram.
397
Um dos Seus mais belos exemplos é o de que o homem tudo pode, quando movido pela certeza das verdades que
carrega.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 50, nos aconselha, com relação aos desafios da vida:
Deus dotou-te de força de vontade.
Se te parece fraca, é porque nâo a tens exercitado.
Toda e qualquer função orgânica ou moral necessita de exercício a fim de atender com rapidez aos comandos
mentais.
Treina-a nos pequenos hábitos viciosos, buscando corrigi-los, e, lentamente, vai passando para desafios mais
expressivos.
Através de uma vontade disciplinada conseguirás atingir os objetivos máximos da tua atual existência.
Não desistas, se, de início, fracassares.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Capítulo 50 do livro VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo P. Franco
***
#momentoespirita #desafios #problemas #dificuldades #comportamento #vontade #doutrinaespirita
398
***
Cada Espírito é o que aprendeu, o que realizou, o quanto conquistou.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 584 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS e item 295 de O LIVRO DOS MÉDIUNS, por Allan Kardec
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #tesouros #tesourosocultos #riqueza #bensmateriais #trabalho #leidotrabalho #leismorais
#doutrinaespirita
400
Certamente vale a pena moderar um pouco os próprios anseios, em prol de uma vida harmoniosa.
De nada adianta enriquecer causando o empobrecimento alheio.
Não é possível viver em paz em meio à miséria e à dor dos semelhantes.
A genuína felicidade surge quando se aprende a compartilhar.
Quem experimenta a ventura da solidariedade jamais volta atrás.
***
Allan Kardec, preocupado com os principais obstáculos ao progresso da sociedade, perguntou aos imortais:
- Qual o maior obstáculo ao progresso?
E os irmãos espirituais responderam:
- O ORGULHO e o EGOÍSMO. Refiro-me ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre. À primeira
vista, parece mesmo que o progresso intelectual duplica a atividade daqueles vícios, desenvolvendo a ambição e
o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas que lhe esclarecem o Espírito.
Assim é que tudo se prende, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode nascer o bem.
Porém esse estado de coisas não durará para sempre; mudará à proporção que o homem compreender melhor
que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona, uma felicidade existe infinitamente maior e infinitamente
mais duradoura.
E Kardec, logo depois explica que há duas espécies de progresso, que uma a outra se prestam mútuo apoio, mas
que, no entanto, não marcham lado a lado: o progresso intelectual e o progresso moral.
O progresso intelectual está relacionado com os avanços da ciência e tecnologia.
Já o progresso moral tem a ver com a melhoria comportamental dos cidadãos de uma sociedade. E temos de
concordar que ainda há muito por se fazer nesta área. Portanto, comecemos por nós.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questão 785 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, por Allan Kardec
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#doutrinaespirita
402
Não mentalizemos os que se foram como se estivessem gélidos e imóveis nas urnas funerárias. Ao
contrário, pensemos neles ativos, lúcidos, vivendo a nova realidade.
Não deixaram de nos amar. Como nós, têm saudades. Ansiariam estar conosco.
Mas como o aprendizado em que se encontram é de suma importância, não sejamos nós a lhes opor
obstáculos e criar algemas.
Se algo lhes desejamos ofertar, que seja a prece sentida e vivida.
Prece que dulcifica a saudade, aproxima as almas e reconforta o Espírito.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 4, parte 1, do livro DEPOIS DA MORTE, por Leon Denis, Ed. FEB
***
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#doutrinaespirita
404
245 - E SE A MORTE...
E se a morte for apenas uma passagem, como um portal, para um outro ambiente, para outro local, onde tudo
muda, porém continuamos a ser a mesma pessoa?
Analisando assim, a morte não seria o fim, o término, o ponto final. Apenas passagem.
E se a morte for apenas uma viagem? Dessas em que nos despedimos de quem vai para muito longe, sentimos
saudades, lembramos sempre, sabendo que o outro está seguindo a vida.
Não nos desesperamos, só choramos baixinho de saudades, porque sabemos que não é uma viagem sem volta,
ou uma partida sem reencontro.
Amanhã, também viajaremos, e nossos amores, nossos amigos, estarão no cais do porto para se despedirem e
assistir ao nosso embarque.
Assim considerada, a morte não seria a separação sem fim, um destino incerto. Seria apenas uma viagem.
E se a morte for apenas uma mudança de casa? A mudança do vizinho amigo, que morava há anos ao nosso lado,
e se foi...
É verdade que a casa permanece vazia, sem vida, sem alegria, porque ele não se encontra ali. Nossa amizade já
não se faz no contato diário, nas conversas ao pé do muro.
Mas, sabemos que ele está em outro lugar, em outro local, em outra casa.
Pensando assim, a morte não é o abandono, o desaparecer, o não existir. Apenas uma mudança.
E se a morte for o voltar para casa, depois de longa viagem, dessas onde se percorrem estradas, se visitam
localidades, aprendem-se lições e vivências acontecem?
Então, o término da viagem seria a alegria do viajor que retorna para o lar, enquanto outros companheiros de
viagem ainda têm trechos a percorrer.
Trechos que, logo mais, eles também concluirão e estarão conosco.
Por esse ângulo, a morte não é a conclusão, o epílogo, o fechamento de uma história. Apenas o retomar da vida
em outras paragens, para mais um capítulo.
***
Em verdade, assim é a morte: a mudança, a passagem, a transição, a viagem ou o retorno.
Mas, todos continuaremos. A vida prossegue tão ou mais pujante mesmo quando a consideramos encerrada.
Isso porque não somos o corpo físico, que um dia abandonaremos.
Ele é apenas a vestimenta física, em caráter de empréstimo pela Providência Divina, a fim de vivenciarmos as
lições de que carecemos.
Concluído o que aqui viemos fazer, apartamo-nos dele, e prosseguimos a viver.
Por isso, a morte não deve se constituir na dor pungente do adeus. Apenas nas saudades do até logo.
Além disso, não permanecemos isolados totalmente de nossos amores que nos antecederam na saída do corpo.
Eles comparecem em nossos sonhos, nos visitam para amenizar as saudades, ou para nos aconselhar, ou nos
atender em alguma circunstância.
Quantas vezes demonstram suas presenças invisíveis com um abraço caloroso, palavras doces, que nos levam a
recordá-los, senti-los, emocionando-nos até às lágrimas?
Dessa forma, se as saudades nos apertam o coração, tenhamos paciência.
Não tarda o dia em que todos aportaremos no lado de lá, a fim de continuarmos a vida, sepultando
definitivamente a morte.
***
Joanna de Ângelis, no livro APÓS A TEMPESTADE, escreve sobre a morte:
Não há morte, ninguém se equivoque.
Só há vida, onde quer que se detenha o pensamento.
405
Sucede que, desacostumadas aos sentimentos puros, as pessoas reagem por mecanismos de
autodefesa.
Insistindo, porém, conseguirás demonstrar a excelência desse sentimento sem limite e
mimetizarás aqueles a quem amas, recebendo de volta a bênção de que se reveste.
Ama, portanto, sempre.
***
Extraído do Momento Espírita (Título original: Tomando o Amor ao colo)
Referência: Questão 785 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, por Allan Kardec, Biografia da Família Donegar e livro VIDA FELIZ, 160,
por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #orgulho #egoísmo #progresso #amor #vida #leidoprogresso #leismorais #doutrinaespirita
410
Tem cuidado, porém, a fim de que ele não se te converta em ociosidade, em preguiça.
È justo que, ao trabalho suceda o refazimento de energias, através da variação de atividade ou do repouso, do
sono.
As muitas horas de descanso, todavia, violentam o caráter moral do homem e desarticulam as fibras e músculos
orgânicos destinados ao movimento, à ação.
Repousa, pois, o tempo suficiente e não em demasia.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 682 e 683 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, por Allan Kardec, e VIDA FELIZ, 24, por
Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
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#momentoespirita #livrodosespiritos #trabalho #repouso #leidotrabalho #leismorais #doutrinaespirita
412
Jesus disse: "Não se turbe o teu coração", ensinando que a calma e a confiança em Deus devem ser o lema de
toda criatura que deseja encontrar a felicidade.
Nunca faltam motivos para preocupações, inquietando o coração, perturbando a vida.
A existência humana é uma oportunidade de valorização dos bens eternos e de iluminação íntima.
Se colocas as tuas ansiedades em Deus e Lhe confias a tua vida, tudo transcorre normalmente, e, se algo
perturbador acontece, a serenidade assume o controle da situação e age com acerto.
Deste modo, não te permitas turbar o coração nem a mente, ante as ocorrências malsucedidas.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: cap. 1, do livro O HOMEM INTEGRAL, e livro VIDA FELIZ, 81, por Joanna de Ângelis e Divaldo
Pereira Franco
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#momentoespirita #PsicologiaEspírita #psicologiaespirita #ansiedade #comportamento #conselhos
#doutrinaespirita
418
A felicidade é um estado íntimo, defluente do bem-estar que a vida digna e sem sobressaltos
proporciona.
Mesmo que te faltem dinheiro, posição social de relevo e saúde, podes ser feliz, vivendo com
resignação e confiança em Deus.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro VIDA FELIZ, 43, por Joanna de Ângelis e Divaldo Pereira Franco
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#momentoespirita #PsicologiaEspírita #psicologiaespirita #felicidade #comportamento #conselhos #doutrinaespirita
420
Resguarda-te na simplicidade.
Evita as aparências fulgurantes e malsinadas.
Reflete na lição do Senhor em torno dos lírios do campo e sua beleza comovedora, insuperável, medrando
a esmo, do lodo, exteriorizando aroma penetrante.
Ele próprio, Nosso Divino Senhor, cantando e vivendo as excelsas belezas do Reino Celeste, se utilizou da
simplicidade de tal modo que o Seu Evangelho continua como um hino de luz tecido com as melodias
inspiradas no povo simples e sofredor de todos os tempos.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro CONVITES DA VIDA, capítulo CONVITE À SIMPLICIDADE, por Joanna de Ângelis e
Divaldo Pereira Franco
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#momentoespirita #convitesdavida #comportamento #conselhos #simplicidade #doutrinaespirita
422
Não se apegue a coisas pequenas, como a vaidade e o orgulho, pois tais fissuras morais somente o
infelicitam
Aprenda a fazer o bem sem qualquer interesse pessoal ou sentimento oculto.
Ame e respeite a vida, seja nobre e solidário.
No início pode ser necessária alguma disciplina, mas com o tempo você incorporará esse modo de
viver e será uma pessoa maravilhosa.
Eis uma meta pela qual vale a pena lutar.
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Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #leidoprogresso #comportamento #conselhos #progresso #aprendizado #doutrinaespirita
425
Jesus foi o exemplo máximo de liderança. Seus ensinos e orientações ultrapassaram as fronteiras
de Sua terra natal e influenciaram o mundo todo.
Mesmo sem ter sido conhecido pessoalmente pelos cristãos da atualidade, continua servindo de
Modelo e Guia para boa parte da Humanidade.
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #lideranca #liderança #liderancadeequipe #Jesus #exemplo #comportamento
#comportamentohumano
428
***
Conforme os Imortais nos explicam no LIVRO DOS ESPÍRITOS (766), Deus fez o homem para viver em sociedade.
É por isso que temos a faculdade da palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação.
É por instinto que os seres humanos buscam a sociedade e todos devem concorrer para o progresso, auxiliando-
se mutuamente.
Como precisamos uns dos outros, precisamos viver em sociedade e não isolados. Pois, no insulamento, o ser
humano se embrutece e estiola.
Pensemos nisso.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 766 e seguintes do LIVRO DOS ESPÍRITOS e seminário coordenado por Cosme
Massi, realizado na Federação Espírita do Paraná, em 19/04/2004
***
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#doutrinaespirita
431
É sabido que as religiões cristãs reverenciam, com profunda gratidão, a figura ímpar de Maria de Nazaré.
Sua elevação espiritual sempre foi tida como parâmetro maior, por ter recebido de Deus a missão de ser
Mãe do Messias.
Intimamente, trazia o compromisso de colaborar para que o Divino se fizesse Homem entre os homens.
Aceitou a tarefa e cumpriu-a de maneira extraordinária.
Quando a dor maior invadiu seu coração, na hora do martírio, exclamou: Meu filho! Meu amado filho!
E ouviu a resposta significativa, enquanto Jesus indicava o Apóstolo João: Mãe, eis aí teu filho!
Ela compreendeu que era o momento da renúncia maior da sua alma.
Era a lição da família universal colocada em prática pelo filho amado que se fazia substituir pelo amigo
querido.
Maria! Alma santificada pela dor, pelo silêncio, pela renúncia, mas essencialmente pelo amor.
***
A Doutrina Espírita, através da mediunidade responsável, tem permitido que nos cheguem relatos
biográficos de Maria de Nazaré.
Os autores espirituais buscam os dados originais nos arquivos fieis do mundo espiritual.
Foi assim que o Espírito Humberto de Campos nos trouxe, através de Chico Xavier, informações mais
detalhadas, além das contidas nos Evangelhos.
Atendendo à promessa que fizera ao Mestre, aos pés da cruz, tão logo pôde, o Apóstolo João foi buscar
Maria e a levou a Éfeso, onde residia.
Ali, durante o dia, ele saía para cuidar de seus afazeres e da divulgação da Boa Nova, enquanto Maria
passou a atender os caminhantes necessitados.
Com o passar do tempo, aquela casa se tornou um ponto de referência para quem quisesse ouvir falar a
respeito de Jesus.
O Apóstolo Lucas, por orientação de Paulo de Tarso, foi até Éfeso. Seu objetivo era entrevistar a Mãe de
Jesus, a fim de poder escrever a biografia do Mestre, segundo as suas lembranças.
Idosos, doentes, mães infortunadas a buscavam para serem por ela abençoados.
Sentia-se um pouco mãe daquelas criaturas sofridas, e lhes falava de Jesus e de Seus ensinamentos como
uma mãe fala aos seus amores.
Acalmava os corações sofridos com palavras amigas, onde se destacava um quase refrão: Isso também
passa.
Certa feita, um doente, sentindo alívio em suas chagas, ao beijar-lhe as mãos, murmurou:
Senhora, sois a Mãe de nosso Mestre e a nossa Mãe Santíssima.
Desde então, a sua casa passou a ser conhecida como a casa da Mãe Santíssima.
Um dia, em que a saudade do filho era muito grande, ela atendeu a um peregrino.
Com mais intenso sentimento, ela falou daquele Jesus, que se fora da Terra, há alguns anos. E disse da
sua imensa saudade.
Então, o peregrino retirou o capuz, e com a voz que ela conhecia muito bem, disse: Minha mãe!
Ela se emocionou. O coração começou a bater mais forte. E ele completou:
Vim te buscar porque meu Pai quer que sejas, no meu reino, a rainha dos anjos!
Naquela noite, João, retornando das atividades, lhe assistiu aos últimos momentos.
Ela partiu, mansamente. E como uma estrela, de intenso brilho, adentrou a Espiritualidade.
***
Fonte: Redação do Momento Espírita, com base nos capítulos 2 e 30 do livro Boa Nova, Irmão X, com o
título MÃE SANTÍSSIMA
***
#momentoespirita #Maria #maedejesus #espiritismo #doutrinaespirita #boanova
432
E, se iniciamos o dia, sob a luz da oração, o concluamos, de igual forma, agradecendo tudo que foi realizado,
o amigo reconquistado, a voz fraterna ouvida, a nova aquisição intelectual.
Agradeçamos pela iluminação da mente e a paz do coração.
Valorizemos nosso tempo! Ele nos é dado para a construção do melhor, sempre.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 10, nos aconselha:
Organiza a tua agenda, a fim de ganhares o tempo com propriedade.
Cada tarefa deve ser exercida no seu respectivo momento.
O tumulto na realização, não apenas prejudica a ordem, mas também, a sua qualidade.
Um após outro, com calma e continuamente, realiza os teus deveres.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 5, do livro MOMENTOS DE DECISÃO por Marco Prisco e Divaldo Pereira Franco
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#momentoespirita #tempo #planejamento #comportamento #trabalho #preguiça #ociosidade #disciplina
434
E se, de repente, seu coração acelerar, seus olhos ficarem úmidos e uma indescritível sensação de felicidade tomar
conta de você, não tenha dúvida: são os efeitos contagiantes e deliciosos do amor.
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E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 21, tem uma mensagem oportuna sobre O AMOR:
O amor é tônico da vida.
Quando se centraliza nos interesses inferiores do sexo e das paixões primitivas, torna-se cárcere e deixa de ser o
sentimento elevado, que dignifica - libertando.
Examina os teus sentimentos, na área afetiva e observa se eles te desarmonizam ou tranquilizam.
Através da sua qualidade, detectarás, se amas ou apenas desejas.
O verdadeiro amor supera o egoísmo e trabalha sempre em favor da pessoa querida.
Ama, portanto, sem escravizar aquele a quem te devotas, não se lhe escravizando também.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 21 do livro VIDA FELIZ por Joanna de Ângelis e Divaldo Pereira Franco
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#momentoespirita #vida #vidafeliz #comportamento #amor #família #familia #relacionamento #casamento
438
Como podemos nos tornar pessoas melhores? Como retirar do coração e da mente sentimentos e valores que
não apreciamos mais, que não nos fazem bem?
Com certeza esse tipo de pensamento, esse desejo, essa preocupação nos ocorre, com certa frequência.
Perdemos a calma quando desejaríamos ter muita paciência.
Falamos rispidamente quando teríamos preferido não alterar a voz.
Utilizamos palavras rudes quando melhor seria que mantivéssemos a gentileza e os bons tratos.
Quantas vezes isso ocorre? Quantas vezes não nos vemos exatamente nessas situações?
Depois que os momentos de fúria passam, sentimos como que uma ressaca moral a nos maltratar, arrependidos
por termos agido de forma tão desagradável.
Nesse momento, voltamos a nos perguntar: Como nos tornarmos pessoas melhores? Como nos modificarmos de
dentro para fora?
***
Esse é o grande desafio de todos nós: conquistar o progresso moral, insculpindo em nossa intimidade valores
nobres.
Porém, logo nos perguntamos: Como aprender aquilo que ainda não sabemos? Como nos alfabetizarmos nas
lições que ainda não dominamos?
A lógica nos diz que, para um bom aprendizado, é necessário um bom mestre e uma boa cartilha.
Para se iniciar em um campo que desconhecemos, busquemos o melhor exemplo, a melhor referência.
E, quando falamos de progresso moral, da busca de virtudes que nos farão melhores, qual a melhor referência?
Quando questionados a respeito do tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia
e modelo, os Espíritos superiores responderam a Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, em uma síntese
perfeita: Jesus.
É por isso que, sem sombra de dúvida, afirmamos que Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que podemos
aspirar na Terra.
Não há melhor Mestre para nos ensinar as virtudes do que Ele, o pastor das nossas almas.
Amoroso sem perder a firmeza, compreensivo sem ser complacente, Jesus oferece em Suas lições o melhor roteiro
para as dificuldades morais que ainda atravessamos.
Reflitamos sobre as bem-aventuranças...
Quantos de nós investimos nossa vida, ou educamos nossos filhos para que sejamos todos misericordiosos, ou
mansos ou pacíficos?
Quantos acreditamos que é uma ventura ter sede e fome de justiça ou ainda chorar e ser pobre de espírito?
***
Sabedor das nossas dificuldades e mazelas, foi Jesus quem nos indicou buscá-lO, quando estivéssemos cansados
e aflitos pois Ele nos aliviaria.
Ensinando que Seu fardo é leve e suave o Seu jugo, esclareceu que o grande alívio da alma é Sua proposta de amar.
Portanto, quando cansados de nós mesmos, quando fartos de repetir os mesmos erros e tropeçar nas mesmas
dificuldades, busquemo-lO.
Seja na reflexão em torno de Seu Evangelho, seja na prece a nos conectar com Ele, buscar Jesus será sempre a
terapia maior para nossa alma.
Quando, corajosamente, O adotarmos como o Modelo e Guia para nossos dias, alegrias e venturas terão morada
permanente em nossos corações.
E, finalmente, alcançaremos a reforma interior que tanto desejamos.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 15 nos oferece este excelente conselho para nossa melhoria íntima:
449
***
E Joanna de Ângelis, no livro VIDA FELIZ, 11, tem um conselho oportuno sobre cultivar amizades:
Torna-te amigo de todas as pessoas.
A amizade é um tesouro do espírito, que deve ser repartido com as demais criaturas.
Como um sol, irradia-se e felicita quantos a recebem.
Há uma imensa falta de amigos na Terra, gerando conflitos e desconfianças, desequilíbrio e insegurança.
Quando a amizade escasseia na vida, o homem periga em si mesmo.
Sê tu o amigo gentil, mesmo que, por enquanto, experimentes incompreensão e dificuldades.
***
Extraído do Momento Espírita (Título original: Seja amigo de sí mesmo)
Referência: Cap. 11 e 15, do livro AÇÕES CORAJOSAS PARA VIVER EM PAZ, pelo Espírito Benedita
Maria, psicografia de Raul Teixeira
***
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#pensamento #psicologiaespirita #PsicologiaEspírita
456
Um simples adesivo, fixado num vidro de carro, revela uma filosofia de vida muito perigosa.
Diz assim: A vida é curta. Quebre algumas regras.
Precisamos analisar essa cultura do Aproveite a vida, pois ela é curta, com bastante cuidado.
Percebemos que esse tipo de entendimento circula pelo mundo fazendo muitos adeptos que, por vezes, caem em
armadilhas terríveis, sem perceber.
Parece haver em muitas pessoas uma aversão a regras, a leis, mesmo quando essas servem apenas para regular
a vida em sociedade. Por isso, tão necessárias.
É a repulsa à responsabilidade que ainda encontra forças em tantas mentes que teimam em não crescer.
Quebrar regras simplesmente por diversão ou por achar que a vida está muito certinha – como se fala – é atitude
infantil, imatura e perigosa.
Basta, por exemplo, uma única vez, extrapolar na velocidade na condução de um automóvel para se comprometer
uma vida toda.
Uma brincadeira, um simples pega, pelas vias de uma cidade, para se colocar em risco um grande número de vidas,
inclusive a própria.
Assim, não é um tipo de regra que pode ser quebrada de quando em vez.
Por que quebrar regras para se aproveitar a vida? Quem disse que para se curtir cada momento da existência com
alegria, precisamos infringir leis?
Aproveitar a vida não significa fazer o que se quer, quando e onde se queira. Esta é a visão materialista, pobre e
imediatista do existir.
Aproveitar a vida consiste em fazer o que se deve fazer, determinado pela consciência do ser espiritual, que sabe
que está no mundo por uma razão muito especial.
O ser maduro, consciente, encontra no caminho do bem, da família, do amor, sua curtição, sem precisar sair por
aí quebrando regras e infringindo leis.
***
A vida é curta ou longa. A escolha está em quem vive.
Ela é curta para os que desperdiçam tempo na ociosidade. Longa para os que se dedicam a uma causa nobre.
A vida é curta para os que acompanham os filhos crescerem de longe. Longa para os que aproveitam cada instante,
cada beijo de bom dia, cada beijo de boa noite.
A vida é curta para os que acham que os vícios não fazem mal. Longa para os que desenvolvem hábitos sadios
para seus dias.
A vida é curta para os que acham que a vida é uma só. Longa para os que já descobriram que o Espírito é imortal,
já existia antes desta vida e continuará existindo depois.
A vida é curta para quem não perdoa. A mágoa mata mais cedo. É longa para os que buscam a reconciliação,
evitando a vingança destruidora.
A vida é curta para quem não sorri. A depressão mata mais cedo. É longa para quem cultiva o bom humor perante
as situações difíceis da existência.
A vida é curta para os vilões. Longa para os heróis.
A vida pode ser curta ou longa. Cabe a você escolher.
***
Extraído do Momento Espírita
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#momentoespirita #vida #comportamento #Responsabilidade #disciplina #disciplinaefoco #livrearbitrio
#psicologiaespirita
457
É comum o cristão experimentar a angustiante sensação de que não está à altura da crença que esposa.
Ele pensa que não se esforça o bastante para viver o que acredita.
Ou que seus esforços não dão os resultados que gostaria.
Uma triste dúvida por vezes lhe baila na mente: será que ele é apenas um hipócrita, enamorado de belos ideais,
mas sem colocá-los em prática?
O modelo cristão é bastante elevado.
Trata-se da figura do Cristo, sublime sob todos os aspectos.
Embora em constante contato com seres ignorantes e transviados, preservou Sua pureza.
Ensinou, curou e exemplificou as mais excelsas virtudes.
Submetido às maiores violências, perdoou imediatamente.
Rigorosamente paciente com os simples e ignorantes, soube usar de energia ao tratar com os poderosos e os
sábios de coração vazio.
***
Jesus alterou a História e os valores da Humanidade. Com ele, a palavra amor ganhou uma nova acepção.
Não mais se tratava apenas de erotismo ou de amizade, conforme o legado dos filósofos gregos.
Tinha-se doação incondicional, sem qualquer expectativa de retorno.
Surgiu a concepção de que o semelhante deve ser amado apenas porque existe, independentemente de seus
valores e de seus atos.
Aí reside um fator de dificuldade para uma boa parte dos cristãos.
A figura de Jesus cintila em Suas perfeições. O relato de Seus feitos provoca um intenso desejo de segui-Lo, de
imitar-Lhe a conduta.
Mas para isso é preciso desenvolver um amor desinteressado e abrangente.
Entretanto, a Humanidade parece tão lamentável e suscita tão pouca simpatia!
Pessoas genuinamente boas são raras no Mundo.
Já os desonestos são tão abundantes e ardilosos!
As notícias sobre políticos corruptos não colocam o coração humano em disposição amorosa. Os criminosos
sempre estão a conseguir um modo de sair da cadeia. Vê-se por todo lado a esperteza, a desonestidade e o
egoísmo.
Parece que todo mundo está à cata de vantagens e de privilégios.
Fala-se mais em greves do que em serviços eficientemente prestados.
***
Amar uma Humanidade assim parece uma tarefa bem difícil, quase impossível ...
Entretanto, Jesus é o Modelo e conviveu com homens ainda mais rudes e os amou.
Um fator importante a considerar é que cada qual recebe conforme suas obras.
A Justiça Divina preside a harmonia universal.
Não é necessário gastar tempo com atitudes de revolta e inconformismo
As leis humanas são falhas e freqüentemente são burladas
Mas as Leis Divinas são incorruptíveis e infalíveis.
Todo ato, seja digno ou indigno, tem naturais e automáticas repercussões.
Assim, os que se permitem viver no mal devem apenas ser lamentados.
Eles estão semeando dores em seus destinos.
***
458
282 - PACIFICADORES
Cada vez maior é o número daqueles assustados pela violência social.
As ocorrências que pareciam distantes, no noticiário, hoje são fatos em nossas relações sociais e familiares.
Somos todos tocados pela violência, senão pessoalmente, através de alguém do nosso círculo familiar ou de
amigos.
Deixou de ser apenas um comentário abstrato para ser realidade a se conviver.
Temendo-a, muitos nos trancamos em casa, fechamo-nos em nós mesmos e para o mundo.
Vitimados pela violência, alguns aderimos a ela, tornando-nos agressivos, num mecanismo do instinto animal de
defesa.
Armamo-nos, programamos vinganças, planejamos reações frente a um possível roubo, a uma invasão familiar,
ou a uma abordagem na via pública.
Vítimas que nos sentimos da violência, nos utilizamos dela mesma para o que alegamos ser nossa autodefesa.
Sem nos darmos conta de que assim agindo, apenas engrossamos as fileiras dos violentos, passamos a atuar como
agentes do mal.
***
Porém, muitos nos cansamos da violência, não suportando mais viver nessa interminável troca de sermos
agredidos e revidar, sermos vítima e algoz.
Exauridos e um tanto mais amadurecidos, percebemos ser necessário encontrar outros mecanismos para o
combate eficaz contra ela.
Somos os que elegemos a paz como o grande antídoto, não nos limitando à sua definição, ao seu conceito ou em
somente a citá-la em frases de efeito.
Somos os que nos tornamos pacificadores, pois que passamos a vivenciar, cultivar e multiplicar a paz.
Nossas ações deixam de ser reativas e passam a ser proativas.
Não nos permitimos ser alvos fáceis da violência alheia, mas também não lhe fazemos coro, nem nos deixamos
contaminar por ela.
Somos homens e mulheres que decidimos que nosso falar e nosso agir devem ser de paz e para a paz.
Somos as pessoas que, maltratadas no trânsito pela grosseria alheia, agimos com gentileza.
Quando atingidas pela falta de urbanidade de alguns, no trato cotidiano, optamos por oferecer atitudes de
cidadania e respeito.
E quando enfrentamos achaques, mau humor e grosseria de um familiar ou de um colega de trabalho, guardamo-
nos no silêncio da paz que cultivamos, aguardando momento oportuno para retomar o diálogo.
Somos os pacificadores do mundo. Somos os que estamos transformando a Terra em um mundo de paz.
Somos os que conseguimos entender a proposta franciscana e a ela aderimos: Onde houver violência, que eu leve
a paz.
***
Unamo-nos nessa proposta de busca da paz!
Façamos de nossas ações, atitudes, diálogos, um hino à paz.
Se nos deparamos com a violência no mundo, que possamos oferecer atitudes de paz.
Será apenas dessa forma, com uma invasão de pacificadores que a violência será banida, não encontrando mais
lugar na sociedade.
Que essa mudança parta de nós, que sejamos dos primeiros a aderir à pacificação, tornando-nos seus artífices
mais dedicados e valiosos.
Ante o vozerio dos agressivos, sejamos a voz da serenidade.
No tumulto, nos asserenemos e convoquemos os demais à pacificação, cujos efeitos mais imediatos são a
tranquilidade, a harmonia, em fomento da paz.
465
***
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 8, tem um conselho singelo sobre a busca da Paz:
Vive sempre em paz.
Uma consciência tranquila, que não traz remorsos de atos passados, nem teme ações futuras, gera harmonia.
Nada de fora perturba um coração tranquilo, que pulsa ao compasso do dever retamente cumprido.
A paz merece todo o teu esforço para consegui-la.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 8 do livro VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
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#momentoespirita #vida #comportamento #reflexão #conselhos #vida #pacificadores #paz
466
Os Espíritos adiantados, quando dormem, vão para junto dos que lhes são iguais ou superiores. Com estes
viajam, conversam e se instruem. Trabalham mesmo em obras que se lhes deparam concluídas, quando
volvem, morrendo na Terra, ao mundo espiritual. O sonho deles traduz-se por lembranças agradáveis e felizes.
Os Espíritos mais imperfeitos vão, enquanto dormem, ou a mundos inferiores à Terra, onde os chamam velhas
afeições, ou em busca de gozos quiçá mais baixos do que os em que aqui tanto se deleitam. (2) Os seus sonhos
são pesados, confusos, atormentados, muitos deles sob a forma de pesadelos.
***
TELEPATIA
A telepatia ou transmissão do pensamento é um faculdade anímica que ocorre entre as pessoas,
independentemente de estarem dormindo ou acordadas. O Espírito comunica-se telepaticamente porque ele
não se acha encerrado no corpo como numa caixa; irradia para todos os lados. Segue-se que pode comunicar-
se com outros Espíritos, mesmo em estado de vigília, sem bem que mais dificilmente. A telepatia, linguagem
inarticulada do pensamento, é uma forma de comunicação que dá causa a que duas pessoas se vejam e
compreendem sem precisarem dos sinais ostensivos da linguagem. Poder-se-ia dizer que falam entre si a
linguagem dos Espíritos.
***
BICORPOREIDADE
Na bicorporeidade, o Espírito afasta-se do corpo, tornando-se visível e tangível. Enquanto isso, o corpo
permanece adormecido, vivendo a vida orgânica.
Isolado do corpo, o Espírito de um vivo [encarnado] pode, como o de um morto, mostrar-se com todas as
aparências da realidade. Demais […] pode adquirir momentânea tangibilidade. Este fenômeno, conhecido
pelo nome de bicorporeidade, foi que deu azo às histórias de homens duplos, isto é, de indivíduos cuja
aparição simultânea em dois lugares diferentes se chegou a comprovar. Antônio de Pádua, padre português
canonizado pela igreja católica, e Eurípedes Barsanulfo, espírita mineiro de Sacramento, são dois grandes
exemplos de Espíritos que, quando encarnados, possuíam, em grau de elevado desenvolvimento, esse tipo de
fenômeno anímico.
***
DUPLA VISTA OU SEGUNDA VISTA
É […] a faculdade graças à qual quem a possui vê, ouve, e sente além dos limites dos sentidos humanos.
Percebe o que existe até onde estende a alma a sua ação. Vê, por assim dizer, através da vista ordinária e como
por uma espécie de miragem. No momento em que o fenômeno da segunda vista se produz, o estado físico do
indivíduo se acha sensivelmente modificado. O olhar apresenta alguma coisa de vago. Ele olha sem ver. Toda
a sua fisionomia reflete uma como exaltação. Nota-se que os órgãos visuais se conservam alheios ao fenômeno,
pelo fato de a visão persistir malgrado à oclusão dos olhos.
***
Extraído da Revista O Espírita de out/dez 1995 – pág. 8.
***
Sugestão bibliográfica:
01.KARDEC, Allan. Dos médiuns escreventes ou psicógrafos. In:_. O livro dos médiuns. 53. ed. Rio de
Janeiro:FEB, 1986. pt. 2, cap. XV, itens 180, 182, 183.
02.FRANCO, Divaldo Pereira. Mediunidade socorrista. In:_. Depoimentos vivos. Por diversos autores
espirituais. Salvador:LEAL, 1975. cap. 15.
03.__. A grande usina.In:_. Op. cit. cap. 23.
04.__. Mediunidade. In:_. Estudos espíritas. Pelo espírito Joanna de Ângelis. Rio de Janeiro:FEB, 1982. cap.
18.
05.__. Exercício consciente da mediunidade. In:_. Terapêutica de emergência. Salvador:LEAL, 1983. cap.
28.
06.PERALVA, Martins. Mediunidade com Jesus. In:_. Estudando a mediunidade. 5. ed. Rio de Janeiro:FEB,
1971. cap. I.
07.__. Mandato mediúnico. In:_. Op. cit. cap. XXIV.
08.XAVIER, Francisco Cândido. Vida. In:_. O consolador. Pelo espírito Emmanuel. 5. ed. Rio de Janeiro:FEB,
1970. pt. 2, cap. I, perg. 122
***
#mediunidade #espiritismo #telepatia #sonhos #bicorporiedade #medium #espiritismo #doutrinaespirita
471
Joanna de Ângelis tem um conselho oportuno, em VIDA FELIZ, 90, para quem busque se isolar, não importa o
motivo:
Não te isoles, no círculo social onde te encontras.
A solidão aconselha mal.
Quem se afasta do convívio familiar, do trabalho, da comunidade, se perturba.
A fuga do mundo gera distrofia da razão, apresentando uma visão desfocada a respeito das pessoas e das coisas.
Os homens existem para viver em sociedade, ajudando-se reciprocamente e aprendendo uns com os outros.
Na luta diária e na atividade humana aferem-se os valores, que se devem desenvolver e aprimorar.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Lucas, cap. 12, vers. 16 a 23 e livro VIDA FELIZ, 90, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco.
***
#momentoespirita #evangelho #comportamento #ilusão #conselhos #riqueza #solidão #posses
#psicologiaespirita #PsicologiaEspírita
474
Quanto tempo você dispensa ao seu filho, em um dia? Quanto tempo você dedica para uma
leitura edificante, que lhe traga elevados objetivos e lhe retempere o ânimo?
Quanto tempo você dedica à oração?
Será você um daqueles que afirma não ter tempo para nada e leva a vida de roldão? Uma
verdadeira roda viva. Um turbilhão.
Tempo é uma questão de escolha. Equacionar as horas de forma a tudo resolver, sem
desequilíbrio, esquecimentos e correrias é questão de administração.
***
Existem criaturas que surpreendem, pelo tanto que realizam, nas mesmas vinte e quatro horas
em que nada fazemos além de reclamar da falta de tempo.
Um consagrado escritor, James Michener, que morreu em outubro de 1997, era uma dessas
pessoas que sabia exatamente como lidar com o tempo.
Foi professor, revisor de livros, alistou-se na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, teve
histórias suas adaptadas para musicais na Broadway.
Certa vez, uma garotinha de oito anos, acompanhada de seu pai, o visitou em sua residência.
Levou-lhe um livro que continha uma história que ela mesma escrevera.
O homem ocupado com tantas coisas dispôs de tempo para se sentar no sofá junto à pequena,
abrir a primeira página e ler em voz alta: Focas, por Hana Grobel.
Enquanto prosseguia a leitura, o telefone tocou. Ele atendeu e ao interlocutor explicou: Estou
lendo os originais de uma jovem escritora. Pediu licença e atendeu a ligação em outra sala.
Depois tornou a sentar-se ao lado de Hana e prosseguiu a leitura.
Esse homem inacreditável fora uma criança rejeitada. Jamais soube quem foram seus pais. Foi
recolhido por uma viúva, por ela criado e amado. Jamais descobriu o local e a data do seu
nascimento.
Passou toda sua vida ajudando discretamente a quem desejasse estudar, reconhecendo que
sua instrução foi o que de mais precioso sua mãe adotiva lhe dera.
Dispunha de tempo para tudo e para todos. Até mesmo para uma criança que escrevera uma
história minúscula em um pequeno livro.
A história é muito boa, foi seu comentário, porque no final todos ficam felizes.
Incentivar as gerações futuras era uma missão que considerava importante e a que se dedicava.
Atender uma criança de oito anos que buscava estímulo, um estudante de engenharia que lhe
vinha agradecer a bolsa de estudos, atender ligações de instituições de ensino que lhe
solicitavam recursos.
Dez dias antes de sua morte, com os rins falhando, teve tempo para oferecer a uma jovem a
oportunidade de estudar na Universidade do Texas, disponibilizando-se para lhe custear a
primeira anuidade escolar.
Mesmo lhe restando poucos dias o seu tempo era para fazer o bem.
***
Valorizemos o tempo, usando-o com propriedade. Não menosprezemos o tesouro dos minutos
porque a eternidade é feita de segundos.
Utilizemos os valores do tempo e conquistemos méritos, não nos permitindo a sua
desvalorização em atitude morna e inútil.
O tempo nos é dado pela Divindade para a realização da grande tarefa de transformação de
nós mesmos, na jornada da perfeição.
***
479
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 10, nos aconselha, com relação ao tempo:
Organiza a tua agenda, a fim de ganhares o tempo com propriedade.
Cada tarefa deve ser exercida no seu respectivo momento.
O tumulto na realização, não apenas prejudica a ordem, mas também, a sua qualidade.
Um após outro, com calma e continuamente, realiza os teus deveres.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Verbete TEMPO do livro REPOSITÓRIO DE SABEDORIA, Vol. II, por Joanna de Ângelis e
Divaldo Franco e artigo MEU TIPO INESQUECÍVEL: James Michener, de SELEÇÕES DE READER'S
DIGEST, de outubro de 1998.
***
#momentoespirita #tempo #compreensão #autoconhecimento #psicologiaespirita #PsicologiaEspírita
#doutrinaespirita
480
293 - A SURPRESA
A família estava se mudando para um bairro, do outro lado da cidade.
Os amigos aconselharam a ter muito cuidado, a trancar as portas, o portão, coisas que não tinha o hábito de
fazer. Afinal, ali eram todos amigos. Os vizinhos cuidavam uns dos outros.
O caminhão da mudança foi à frente e os carregadores receberam instruções de trancar a casa. Mas,
esqueceram desse detalhe.
Quando a família chegou, assustou-se. A porta estava aberta. Entrou cuidadosamente na casa, o pai à frente,
em atitude defensiva.
Logo constataram que alguém havia estado ali, naquele curto período de tempo.
Os intrusos tinham deixado um cartão de visita. Sobre o balcão da cozinha, havia um bule de café recém coado,
um bolo de chocolate, um vidro grande de doce e todos os ingredientes para uma refeição de boas-vindas ao
bairro.
***
A desconfiança, muitas vezes, nos faz sermos infelizes. A violência que vemos, no mundo, nos faz esquecer
que existem corações bondosos, criaturas prestativas e generosidade crescente.
Não nos permitamos erguer muros na alma. Se a segurança física nos exige que tranquemos portas, janelas e
tenhamos sistemas de alarme em nossas casas e em nossos carros, não nos permitamos fazer o mesmo com
as portas dos nossos corações.
Num mundo onde a solidão é tão grande, onde as pessoas passam com rapidez sem olhar para o lado,
permitamo-nos o sorriso espontâneo, o gesto gentil.
Experimentemos entrar no elevador, cada manhã e saudar a todos com um Bom dia!
Acostumemo-nos a indagar dos vizinhos, ao cruzar com eles, na rua, ou ao passar em frente a suas casas, como
está sua saúde.
Habituemo-nos a dizer Olá, Oi, Como vai?
Exercitemos o agradecimento a funcionários que nos abram a porta do carro no estacionamento, em locais de
trabalho. Eles não são robôs, nem máquinas eletrônicas. São criaturas que amam, têm família, sentimentos e
apreciam um agradecimento, um sorriso.
Alonguemos o exercício a caixas de supermercados, que ficam longas horas em trabalho mecânico e exaustivo,
quase sempre recebendo somente reclamações.
Utilizemos, com frequência: Por favor... Pode fazer a gentileza de... Seria possível me dizer... Poderia me
informar?
A tecnologia cada dia nos oferece maior conforto material, contudo não nos tornemos nós também técnicos
no relacionamento interpessoal.
Não nos esqueçamos de que somos seres humanos, a caminho da angelitude. Não nos tornemos máquinas de
raciocinar, porque toda vez que o coração deixa de abraçar o cérebro, o mundo enlouquece.
O Mestre de Nazaré ensinou: Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei.
O amor começa e termina nas coisas mais simples, pequenas e insignificantes.
Comecemos hoje nosso exercício de amar.
***
Em toda parte a astúcia, a violência e o crime se apresentam vitoriosos. Estes são dias de insensatez e cálculo
para o mal.
Certamente, há uma avalanche de loucura ameaçadora.
Mas, jamais houve tanto amor e tanta bondade na Terra.
Inumeráveis pessoas acreditam e trabalham pelo seu próximo, promovendo a era da felicidade.
Unamo-nos a esses heróis anônimos do bem e projetemos o homem, ajudando-o a ser livre e ditoso.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 193 de VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco e cap. O DIA DA MUDANÇA, do livro
HISTÓRIAS PARA O CORAÇÃO DA MULHER, por Alice Gray, United Press.
***
#momentoespirita #confiança #julgamentos #autoconhecimento #gentileza #respeito #conselhos #educação #doutrinaespirita
481
294 - SUPERSTIÇÕES
O que você faz quando um gato preto lhe atravessa o caminho? E se derramar sal, sem querer?
Você acredita que plantas, como arruda e guiné, são segura proteção ao mal?
É interessante observar como no Século de tanta tecnologia, em que o homem conquistou a lua, envia
naves para investigar o Cosmo, ainda se entretém com coisas da ignorância.
É comum visitar-se um doente e encontrar debaixo da cama tesouras abertas, carvões acesos.
Na era em que a medicina realiza extraordinárias cirurgias, devassando a intimidade do ser humano,
ainda mesmo antes dele nascer.
Os supersticiosos são almas infantis. Preferem o temor ao amor, sufocam a esperança na desconfiança.
Ao invés de combater os inimigos de dentro, acreditam ser mais fácil se utilizar de subterfúgios.
Para o sucesso, a cor certa, o amuleto devido. Há os que falam em começar o dia com o pé direito. Oxalá
Deus nos permita dispor dos dois - o que nos facilita a locomoção, não é mesmo?
Os que se deixam enlear pelas superstições acabam vítimas de enganadores da Terra e do Além, que os
exploram. Basta lembrar das inúmeras cestinhas da fortuna à venda, dos gnomos da sorte, das bruxinhas,
das flores exóticas ou populares para atraírem isso ou aquilo.
Também se tornam excessivamente preocupados, infelicitando-se.
***
O cristão que estuda e aprende sobre a LEI DE CAUSA E EFEITO sabe que nenhum mal o atingirá, se
não estiver incurso nessa Lei como devedor. Por ter fé, confia na Providência Divina, que nunca
desampara Seus filhos e a ela se entrega.
Se busca o êxito nos seus empreendimentos, esforça-se no estudo e no trabalho, caminhos que o
conduzem ao progresso, sem dúvida.
As superstições e os supersticiosos são heranças da insensatez e do obscurantismo. É próprio do homem
que prefere a treva à luz, o sofrimento ao amor, a piedade ao respeito.
Os que apregoam amuletos e fórmulas mágicas são criaturas que ainda se mantém presas ao pretérito da
Humanidade.
Ninguém conceberia chamar Deus a um homem somente porque descesse de um avião.
Não se pode conceber que uma fita, uma planta, uma estátua possa nos modificar a vida. Seria jogar por
terra conquistas intelectuais e morais já realizadas.
Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. A frase de Jesus tem mais de vinte séculos de existência.
Continua atual. O convite persiste. Vamos ler e nos instruir?
Vamos movimentar nossas energias mentais nos pensamentos positivos na oração fervorosa?
Isso sim é libertar-se.
***
Você sabia que aquilo que convencionamos chamar de SORTE representa uma situação natural no mapa
de serviços do Espírito reencarnado?
Não há necessidade de intervenção dos Espíritos para a execução das experiências pessoais.
A chamada sorte é também uma prova de responsabilidade, pois cada um responde pelo que recebe,
na vida.
Pensa em prosperidade, abundância, mas não só de valores materiais, e sim, dos demais bens de Deus,
que são essenciais à vida para sempre.
Pensa e viverás consoante a onda mental que emitires.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 20 do livro APÓS A TEMPESTADE, e cap. 15 do livro FILHO DE DEUS, por Joanna de Ângelis e Divaldo
Franco e item 215 do livro O CONSOLADOR, por Emmanuel e Francisco Cândido Xavier
***
#momentoespirita #causaeefeito #justiça #sorte #superstição #responsabilidade #doutrinaespirita #leidecausaeefeito
482
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 41, tem uma reflexão oportuna com relação ao
arrependimento:
Depois que cometas um erro e tenhas consciência dele, começa a reabilitação.
Nada de entregar-te ao desalento ou ao remorso.
Da mesma forma como não deves insistir no propósito inferior, não te podes deixar consumir pelo
arrependimento.
Este tem somente a função de conscientizar-te do mal feito.
Perdoa-te, encoraja-te e dá início à tarefa de reequilíbrio pessoal, diminuindo e reparando os
prejuízos causados.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 9 do livro DESPERTE E SEJA FELIZ e cap. 41 de VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #arrependimento #perdão #autoperdão #remorso #responsabilidade #doutrinaespirita #psicologiaespirita
485
Tanto é assim que se altera constantemente o alvo da troça. É necessário que os participantes de um grupo ou
meio social tenham certa liberdade uns com os outros.
Evidentemente, sem ultrapassar limites.
Sem uma certa dose de sinceridade e espontaneidade, resta somente a formalidade e a hipocrisia.
Em um clima hipócrita, nada de real se cria e ninguém se sente seguro e à vontade.
Assim, sejamos leves em nosso viver.
Não nos ofendamos a todo instante, por tudo e por nada.
Isso apenas nos isolará dos demais, sem qualquer resultado útil.
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 75, tem um conselho oportuno sobre O MELINDRE:
Afugenta o melindre da área do teu comportamento pessoal.
Sempre encontrarás pessoas simpáticas como inamistosas pelo caminho por onde segues.
Não vale a pena melindrar-se, remoendo insatisfação.
Toda marcha está sujeita a tropeços e dificuldades, que constituem desafio e emolução para o avanço.
Uma jornada sem problemas torna-se monótona e desmotivadora.
Tu cresces em razão das lutas que enfrentas.
Permanece, pois, de bom humor sempre, mesmo diante das pessoas congeladoras ou agastantes.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro VIDA FELIZ, 75, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco.
***
#momentoespirita #comportamento #melindre #sinceridade #conselhos #emoções #psicologiaespirita
#PsicologiaEspírita #sentimentos
491
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 95, tem conselhos oportunos no sentido de cultivarmos o Bom
Senso:
Refreia os impulsos, que procedem dos instintos desgovernados, e age sob o comando da razão.
É verdade que o sentimento bom deve derreter o gelo da lógica racional, no entanto, muitas vezes, a
frieza da emoção ou a sua loucura agressiva necessitam da vigilância do raciocínio.
Cérebro e coração devem atuar juntos, proporcionando as vantagens do equilíbrio e do comedimento,
em favor de uma vida sadia.
Ouve com o sentimento e age com a razão, dosando bem a participação de cada um.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro VIDA FELIZ, 95, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #calma #comportamento #prudencia #conselhos #bomsenso #bemaventurados
#equilibrio #autocontrole
494
***
Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 62, tem conselhos oportunos para quando precisamos tomar decisões:
Tua experiência é um valor que logras através do tempo, vivendo as lições da vida, no teu processo de evolução.
Estrada percorrida, caminho conhecido.
Face a tal conquista, descobres que há uma grande distância entre a teoria e a prática.
Medita mais, antes de agires, tomando decisões tranquilas e alentadoras.
Quando ages por impulso, estás sujeito a erros graves.
Há acontecimentos que sucedem no momento próprio, no entanto, é o homem sábio quem estabelece a hora para
as realizações superiores.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Livro VIDA PLENA, 3, e livro VIDA FELIZ, 62, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #calma #comportamento #prudencia #decisoes #bomsenso #decisões #equilibrio
#provas #autocontrole
496
Muito além dos presentes, da ceia, do encontro familiar, comemorar o Natal significa viver a
mensagem do Divino Aniversariante, lançada há mais de dois mil anos e que até hoje
prossegue ecoando nos corações...
***
E Joanna de Ângelis, no livro ESPÍRITO E VIDA, 60, nos aconselha, com relação ao NATAL:
O Natal é dádiva do Céu à Terra como ocasião de refazer e recomeçar.
Detém-te a contemplar as criaturas que passam apressadas. Se tiveres olhos de ver percebê-
las-ás tristes, sucumbidas, como se carregassem pesados fardos, apesar de exibirem tecidos
custosos e aparência cuidada. Explodem facilmente, transfigurando a face e deixando-se
consumir pela cólera que as vence implacavelmente.
Todas desejam compreensão e amor, entendimento e perdão, sem coragem de ser quem
compreenda ou ame, entenda ou perdoe.
Espalha uma nova claridade neste Natal, na senda por onde avanças na busca da Vida.
Engrandece-te nas pequenas doações, crescendo nos deveres que poucos se propõem
executar.
Desde que já podes dar os valores amoedados e as contribuições do entendimento moral,
distribui, também, as jóias sublimes do perdão aos que te fizeram ou fazem sofrer.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 60 do livro ESPÍRITO E VIDA, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #Jesus #comportamento #compreensão #natal #bondade #equilibrio #entendimento
#caridade
500
***
Se você procura o Mestre Divino e a experiência cristã, para além das ilusões do mundo, pare
e reflita.
Lembre-se de que há na Terra clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam
arrasamento.
Ser cristão, desfrutar de Sua sublime paz, implica cooperar com Ele.
Para isso, é necessário dispor-se a extinguir as trevas, acendendo em si próprio aquela sublime
luz para iluminar.
É indispensável dispor-se a amar e servir, fazendo disso um hábito, pela repetição incessante.
Pensemos nisso.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 44 do livro SEGUE-ME!, por Emmanuel e Francisco Cândido Xavier
***
#momentoespirita #Jesus #comportamento #compreensão #natal #bondade #equilibrio #entendimento
#caridade
502
evolução em que a noção da posse não mais a preocupa, esta criatura está em condições de
doar.
Pensemos nisso.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: cap. DOAÇÃO DE ÓRGÃOS do livro CHICO DE FRANCISCO, de Adelino da Silveira
***
#momentoespirita #doador #doacaodeorgaos #caridade #vidaaposamorte #aprendizado #reflexão
#transplante
504
És um ser social e necessitas da convivência com o teu próximo, a fim de colimares as metas para as quais
renasceste.
A solidariedade é um dos instrumentos mais valiosos para o êxito do tentame.
Torna-te útil, sé gentil, esparze a bondade, e, em compensação jamais te encontrarás a sós.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: cap. 135 do livro VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
***
#momentoespirita #solidariedade #fraternidade #caridade #conselhos #aprendizado #reflexão #vidafeliz
506
***
A criança é, sem contestação, a base do amanhã da Terra, e, como você está destinado a retornar à Terra,
amanhã, pela inderrogável Lei da reencarnação, atenda bem a sua criança de agora, para que ela bendiga
seus passos e sua existência no mundo, futuramente.
E Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 28, nos aconselha:
Sê gentil com as crianças.
Elas necessitam de oportunidade e de amor para lograrem o triunfo.
Esses cidadãos em formação ignoram as lutas que os aguardam.
Distende-lhes o gesto de simpatia, transmitindo-lhes confiança na humanidade que representas.
Não as atemorizes, nem as maltrates.
Quem visse aquele menino, em Nazaré, no passado, entre outras crianças, brincando descuidadamente,
não poderia imaginar que era o Construtor da Terra, nosso Modelo e Guia.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Cap. 10, do livro VEREDA FAMILIAR, por Thereza de Brito, psicografia de José Raul Teixeira
***
#momentoespirita #infância #criança #educação #comportamento #conselhos #aprendizado #reflexão #psicologiaespirita
#PsicologiaEspírita #educacaoinfantil
508
Assim sendo, Deus não criou o mal. Deus criou o amor, a fé, que existem como existe a luz e o calor.
Já o mal é resultado da falta de Deus nos corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão
que acontece quando não há luz.
Diante da lógica da argumentação do aluno, o professor se calou, pensativo.
***
O mal não tem vida própria, é apenas a ausência do bem.
Onde o bem se faz presente, o mal bate em retirada.
Já o amor é de essência Divina, e está presente nos corações de todos os homens, mesmo que em estado latente,
esperando a oportunidade de germinar, crescer e florescer.
***
Allan Kardec, no capítulo das Leis Morais do LIVRO DOS ESPÍRITOS, indagou dos benfeitores espirituais a respeito
do Bem e do Mal e recebeu as seguintes explicações:
O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de
acordo com a lei de Deus; fazer o mal é desrespeitar esta lei.
E após Kardec perguntar sobre se o ser humano pode enganar-se na apreciação do bem e do mal, e crer que
pratica o bem quando em realidade pratica o mal, os benfeitores responderam:
- Jesus disse: Vede o que quereríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganareis.
E na pergunta 633 os irmãos espirituais lembram que quando comemos em excesso, verificamos que isso faz mal.
E lembram que é Deus quem nos dá a medida daquilo de que necessitamos. Quando excedemos dessa medida,
somos punidos. Em tudo é assim. A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades. Se ele
ultrapassa esse limite, é punido pelo sofrimento. Se atendesse sempre à voz que lhe diz basta, evitaria a maior
parte dos males cuja culpa lança à natureza.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 630 e seguintes de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec.
***
#momentoespirita #livrodosespiritos #leinatural #leismorais #bem #mal #aprendizado #reflexão
#doutrinaespirita
510
Allan Kardec, no LIVRO DOS ESPÍRITOS, questão 919, indagou dos benfeitores espirituais qual o meio prático mais
eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal.
E eles aconselharam a buscar o conhecimento de si mesmo.
Aí Kardec perguntou qual o meio de conseguirmos nos conhecer.
E o Espírito de Santo Agostinha tece uma resposta excelente à pergunta 919a, onde nos oferece um roteiro de
meditação ao final do dia para avaliarmos nossos acertos e erros do dia, e o que poderíamos ter feito melhor.
Adicionalmente esclarece que o conhecimento de si mesmo é a chave do progresso individual.
E enfatiza a necessidade desta revisão individual do dia no sentido de buscarmos a melhoria íntima como valor
fundamental para nosso progresso individual.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 919 e 919a do LIVRO DOS ESPÍRITOS e cap. 2, do livro PARA USO DIÁRIO, por
Joannes e Raul Teixeira
***
#momentoespirita #comportamento #responsabilidade #amizade #aprendizado #reflexão #disciplina
#autoconhecimento
513
"Ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não
faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e
a ver o que em mim precisava de reforma".
E ele também ressalta: "O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual".
***
Extraído do Momento Espírita
***
#momentoespirita #psicologia #conselhos #autoconhecimento #PsicologiaEspírita #psicologiaespirita
#livrodosespiritos
525
Descuidar da família, relaxar em seus propósitos e objetivos será abandonar o educandário, menosprezando a
grande chance que se tem para sair da vida física, rumo à espiritual, em condições bem superiores às que tínhamos
quando aqui chegamos.
Além da afetividade, onde se reúnem os corações afins, a família tem a função de promover o aprendizado ideal
para a correta convivência social, pois que ensina como vencer o orgulho e o egoísmo.
Pensando e agindo uns pelos outros, na defesa do interesse familiar, aprendemos a renunciar, a proteger a quem
amamos e também a nos proteger, a defender os anseios alheios, a calar diante de uma exaltação, a trabalhar
objetivando amparar os que estão sob nossos cuidados, a ser solidários, fraternos..., enfim, aprendemos a viver
em família, fator que nos assegura, também, como viver em sociedade.
***
Olhando a Humanidade como uma grande família, todas as barreiras que separam os povos caem por terra, pois
num outro país, numa outra raça, numa outra religião, pode estar alguém que já foi nosso parente consanguíneo
ou nosso grande amigo numa existência física passada.
Assim, se você entender que isso tudo faz sentido, comece a ver as pessoas que cruzam seu caminho com outros
olhos. Com olhos de quem entende e atende a recomendação do Cristo: Ame o próximo como a si mesmo.
***
Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 775 e 696 do LIVRO DOS ESPÍRITOS e palestra de Raul Teixeira
***
#momentoespirita #família #responsabilidade #familia #casamento #reflexão #sociedade #doutrinaespirita
527
326 - A BRANDURA
Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra.
Por esta e outras máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei.
Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês que alguém possa usar para com seu
semelhante.
Podemos perceber, dessa forma, que os ensinos de Jesus não são bem compreendidos por nós e, menos ainda, vivenciados.
Prova disso é o nosso comportamento diário, diante de situações e pessoas.
Dia desses, transitávamos, de carro, por uma rua da nossa cidade e paramos no semáforo, quando o sinal fechou para a via
em que nos encontrávamos.
Observamos no veículo ao lado um adesivo com a seguinte citação evangélica: Já não sou eu quem vive, mas o Cristo que vive
em mim.
A frase nos lembrou do Apóstolo Paulo, que a escreveu e chamou nossa atenção pela beleza da ideia que expressa.
Ainda estávamos extasiados pelo belo pensamento quando vimos se aproximar um desses garotos que entregam panfletos
de propaganda nas esquinas.
A senhora que dirigia o veículo, com aquele maravilhoso adesivo, gesticulou, raivosa, espantando o menino.
Mais uma vez nos demos conta de que Jesus tem sido muito divulgado, mas pouco vivido.
***
Para que o Cristo possa de fato viver em nós, é necessário que nos esvaziemos um pouco do egoísmo.
Enquanto estivermos cheios de nós mesmos, certamente não haverá lugar para Ele, em nossa intimidade.
É muito fácil viver os ensinamentos de Jesus dentro dos templos religiosos que frequentamos, onde a situação e as pessoas
nos favorecem.
Quando tudo está calmo e todos se comportam com serenidade, é fácil sermos brandos e pacíficos.
Todavia, os ensinos do Mestre de Nazaré devem ser vivenciados em todas as horas do nosso dia.
É verdade que algumas coisas não são bem como gostaríamos que fossem.
Não nos agrada encher o veículo de papéis e mais papéis, que nos são entregues a cada parada no semáforo. Mas será preciso
agredir com palavras aqueles que os entregam?
Agindo assim, deixamos de lado outro ensino do Cristo: Fazer ao próximo o que gostaríamos que ele nos fizesse.
É importante, antes de agirmos com rudeza, colocarmo-nos no lugar do outro e nos perguntarmos como gostaríamos de ser
tratados se estivéssemos em seu lugar.
Se fizermos isso, com toda certeza não nos equivocaremos mais. Como consequência, estaremos agindo como verdadeiros
cristãos.
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Os mundos, como as criaturas, igualmente evoluem.
É dessa forma que podemos entender a afirmação de Jesus de que os brandos herdarão a Terra.
Nosso planeta, que é um planeta de expiações e provas, se encontra em transição para mundo de regeneração.
Nele permanecerão os Espíritos que se melhoraram, adaptando-se a essa nova ordem.
Os que persistirmos no mal, iremos para outros planetas, de conformidade com nossa condição evolutiva.
É assim que se expressa a Justiça Divina. A ninguém desampara, mas também a ninguém privilegia. Todos temos as mesmas
chances, basta que saibamos aproveitá-las.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: cap. IX, item 4, de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, ed. FEB.
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"Crianças materialistas seriam mais propensas à depressão”. Esse é o título de uma matéria que foi publicada
pela rede CNN em março de 2003, em Portugal.
Segundo o autor do artigo, “as crianças que equiparam a felicidade ao dinheiro, a fama e à beleza, são mais
propensas a sofrer de depressão do que outras que não dão tanto valor à riqueza e à aparência, de acordo com
um estudo realizado na Austrália."
A Dra. Helen Street, do Queen Elizabeth Medical Centre, de Perth, disse, numa conferência sobre psicologia, na
Grã-Bretanha, que o fenômeno pode ser notado até mesmo em crianças de 4 anos, acrescentando que até 20 por
cento correm o risco de sofrer da doença no futuro.
Ainda de acordo com Street, as crenças, em uma época da vida tão precoce, sobre felicidade e objetivos poderiam
ser um indício, em crianças pequenas, de sua vulnerabilidade à depressão.
"As crianças que pensam que dinheiro suficiente e popularidade trazem a felicidade correm um risco maior de
depressão do que aquelas que acreditam que o dinheiro pode ser uma coisa boa de ter, mas que sua felicidade
vem de seu desenvolvimento pessoal", declarou a especialista.
O estudo foi realizado com 402 crianças australianas, com idades entre 9 e 12 anos.
A equipe da Dra. Street identificou 16 com sinais de depressão clínica e 112 com risco de sofrer de depressão no
futuro.
As crianças foram incentivadas a revelar seus principais objetivos na vida e o que as tornaria felizes."
Boas relações com a família e os amigos e se sentir bem consigo mesmas apareceram entre os principais objetivos.
As quase 12 por cento disseram que ter muito dinheiro era a coisa mais importante.
Essas crianças foram, também, as que apresentaram maior propensão a sofrer de depressão, de acordo com a
especialista.
Street aconselhou os pais a permanecerem alertas para possíveis sintomas de depressão em crianças, que incluem
mudanças nos hábitos de comer e de dormir, irritabilidade e perda de interesse na escola, nos amigos e nas
atividades favoritas.
Os pais devem também, segundo a especialista, ajudar seus filhos a compreender o que é mais provável que as
faça mais felizes na vida e que nem tudo gira em torno de fama e dinheiro.
Tal é a gravidade desse problema que já mobilizou especialistas, preocupados com o assunto.
***
Infelizmente, a idéia de que riqueza, beleza e fama são condições básicas da felicidade vem se alastrando de forma
generalizada em nossa sociedade.
E essa idéia distorcida da realidade não infelicita somente as crianças, que ainda não tem o discernimento
necessário para entender as leis que regem a vida.
A idéia de que valemos pelo que temos, e não pelo que somos, também tem levado muitos adultos à depressão e
ao suicídio.
Isso tudo é resultado da falta de entendimento das leis de Deus, ensinadas por Jesus.
Os ensinamentos de Jesus são todos voltados para os valores espirituais.
E as conquistas espirituais dependem exclusivamente de cada pessoa. A felicidade não está ligada à beleza física
nem aos bens materiais, e sim na disposição íntima de conquistá-la.
Na Educação está a chave para solucionar esse problema. Se as crianças com idéias materialistas receberem dos
pais e outros educadores, lições que enalteçam os verdadeiros valores da vida, certamente ajustarão seus
sentimentos e aquietarão seus corações aflitos.
Você que é pai, mãe ou responsável por alguma criança, pense com carinho no que está fazendo com esse espírito
que o Criador lhe confiou para que o eduque e proteja.
Lembre-se que o destino dessa criatura de Deus está basicamente em suas mãos.
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Allan Kardec, que questionou os imortais longamente sobre múltiplos aspectos da vida, escrevendo, com base
nestas respostas, as obras da Doutrina Espírita, tece os seguintes comentários sobe o MATERIALISMO:
“Por uma aberração da inteligência, há pessoas que não vêem nos seres orgânicos nada mais que a ação da
matéria, e a esta atribuem todos os nossos atos.
Os materialistas não vêem no corpo humano senão a máquina elétrica; não estudaram o mecanismo da vida
senão no funcionamento dos órgãos; viram-na extinguir-se muitas vezes pela ruptura de um fio, e nada mais
perceberam além desse fio; procuraram descobrir o que restava, e como não encontraram mais do que a matéria
inerte, não viram a alma escapar-se e nem puderam pegá-la, concluíram que tudo estava nas propriedades da
matéria, e que. portanto, após a morte, o pensamento se reduz ao nada.
Triste conseqüência, se assim fosse, porque então o bem e o mal não teriam sentido; o homem estaria certo ao
não pensar senão em si mesmo e ao colocar acima de tudo a satisfação dos prazeres materiais; os laços sociais
estariam rompidos e os mais santos afetos destruídos para sempre. Felizmente, essas ideias estão longe de ser
generalizadas; pode-se mesmo dizer que estão muito circunscritas, não constituindo mais do que opiniões
individuais, porque em parte alguma foram erigidas em doutrina.
Uma sociedade fundada sobre uma base materialista traria em si mesma os germes da dissolução, e os membros
se despedaçariam entre si, como animais ferozes”.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Comentário de Kardec à questão 148 do LIVRO DOS ESPÍRITOS.
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Lá nos é informado que o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao
corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com
os outros Espíritos.
É explicado que o espírito conquista esta liberdade pelos sonhos.
Quando o corpo repousa, o Espírito tem mais faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e
algumas vezes prevê o futuro. Adquire maior potência e pode pôr-se em comunicação com outros Espíritos, quer
neste mundo, quer noutro.
Com o corpo entorpecido, o Espírito consegue investigar o passado e até o futuro, e colocar-se em contato com
outros espíritos.
É explicado também que quando dormimos, estamos, por algum tempo no estado em que ficaremos
permanentemente depois que morremos.
Portanto cultivemos o hábito da prece antes de dormir para atrair boas presenças para perto de nós e entrarmos
em sintonia com espíritos de padrão espiritual melhor.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Questões 401 e seguintes de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, cap. MERGULHO NA
ETERNIDADE, do livro VIVER EM PLENITUDE, por Richard Simonetti e versos do poema NÃO CHORE À
BEIRA DE MEU TÚMULO, da poetisa Mary Elizabeth Frye.
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536
Que os sentimentos doentios gastam mais energias para se manifestar do que aqueles revestidos de
amor verdadeiro.
Que temos liberdade de escolha para nossas opções, mas teremos que responder por todas as escolhas
feitas.
Que é muito mais fácil e gratificante optarmos pelo sentimento que nos conduzirá à convivência feliz.
Como somente o amor tem a função de unir, com a possível brevidade, treinemos humildade e oração.
A humildade fortalecerá nossa paz íntima e a oração nos dará forças para vencermos a fraqueza cruel.
Sigamos nossa caminhada, pacificados, deixando a irritabilidade simplesmente como uma experiência
no nosso passado.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: cap. 146 do livro VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
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A fim de termos sucesso, precisamos ser um fator de paz e harmonia, onde quer que nos encontremos.
Para sermos fiéis a esse propósito, é importante estarmos dispostos a ceder, a tolerar e a suportar.
No contexto da vida maior, somente se pacifica quem aprende a ceder em favor da paz dos outros.
Pensemos nisso.
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Extraído do Momento Espírita (Título original: A Razão do Chamado)
Referência: cap. 118, do livro PÃO NOSSO, por Emmanuel e Francisco Cândido Xavier.
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Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 141, traz um conselho oportuno no assunto relacionamentos:
Dosa com cuidado as tuas emoções.
Uma atitude afetada é sempre desagradável, tanto quanto o retraimento injustificável é responsável por
muitas dificuldades no relacionamento social.
A afetação é distúrbio de conduta, e o retraimento é sintoma de insegurança.
Auto-analisa-te com carinho e sinceridade, buscando superar as ansiedades e os temores que respondem
pelo teu comportamento.
Atitudes tranquilas são resultado de realização íntima, que somente conseguirás mediante exercícios de
prece, paciência e meditação.
Assim, o controle das tuas emoções se fará possível.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: cap. 141, do livro VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco.
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As circunstâncias e os sofrimentos gerais que constringem os homens têm logrado expressivas alterações no
comportamento geral, não, porém, o suficiente para mudar a face egoísta da sociedade.
O trabalho atual é de preparação psicológica e buscar despertar os que dormem na indiferença acerca dos valores
do espírito e da necessidade da paz.
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Atua, em paz e confiança, sem pressa nem imposição.
A vida se manifesta em ciclos que se traduzem em resultados eficazes.
Há um período para a sementeira e outro para a germinação; hoje é o dia do crescimento, amanhã, o da flor e,
mais tarde, o do fruto...
O embrião espera o tempo para alcançar a plenitude da forma.
Nas realizações morais do espírito, o tempo é, igualmente, fator de sua importância.
Procede com equilíbrio e jamais te desanimes. Um dia os resultados se darão e esses, sim, isso é o que mais
importa.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Capítulo ATUA EM PAZ do livro ROTEIRO DE LIBERTAÇÃO, por Joanna de Ângelis e Divaldo
Franco.
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339 - O PRECONCEITO
Joanna de Ângelis explica que o preconceito é herança do primarismo egoístico do ser humano, de
quando somente almejava todos os frutos de alegria e felicidade para si mesmo, e divide as criaturas e
assinalando-as com o ferrete do desequilíbrio.
O preconceito - esse degradante julgamento antecipado que subestima o que não conhece ou a quem
combate por paixão inferior - é chaga moral que ainda se demora no organismo social e deve ser
combatido com vigor.
Dividindo as pessoas e classificando-as sob padrões que as chancelam, engrandecendo a umas e
estigmatizando a outras indevidamente, o preconceito racial, político, social, tem levado gerações
volumosas à miséria, ao degredo, e até à morte.
O preconceito está presente nas religiões que se destacam pelo fanatismo e os seus fregueses se
apresentam envenenados pelo orgulho, pela ignorância da realidade, prejulgando quem não pertence à
sua religião.
E Joanna de Ângelis lembra que Jesus experimentou preconceito de rabinos e fariseus, apesar de
demonstrar a Sua superioridade moral, intelectual, religiosa, que mais os perturbava, levando-os à trama
covarde culminada na Sua crucificação.
A única superioridade que devemos perseguir, com ardor, é a superioridade moral.
Ela nos conferirá fraternidade, amor e justiça, afastando de nós todo preconceito, egoísmo e orgulho,
porque nos elevará à condição de verdadeiros filhos de Deus.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Artigo RACISMO, de autoria desconhecida e mensagem de Joanna de Ângelis recebida,
através de Divaldo Franco em 07.05.1997, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador-BA
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#momentoespirita #preconceito #julgamento #comportamento #conselhos #sociedade #sociedade
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Joanna de Ângelis, em VIDA FELIZ, 40, tem um conselho bastante oportuno sobre este assunto:
Enquanto alguém estiver sendo acusado, mantêm-te em silêncio.
Os acontecimentos quando estouram, têm antecedentes que são ignorados pela maioria dos circunstantes.
As coisas nem sempre são conforme se apresentam, mas consoante são nos seus valores íntimos.
Não faças coro com as acusações expostas.
O delinquente e o infeliz pecador, merecem, quando menos, comiseração e oportunidade de reeducação.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Capítulo 40 do livro VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco.
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Nestes dias agitados a angústia caminha com o homem, disfarçada de medo, de ansiedade, de sentimento de
culpa.
Naturalmente, as pressões a que a pessoa está sujeita respondem por tal situação.
A ansiedade pelo prazer exorbitante frustra; os fatores agressivos amedrontam, e a timidez encontra uma forma
de levar ao complexo de autopunição.
Afasta da mente esses fantasmas responsáveis por males inumeráveis.
És filho de Deus, por Ele amado, que te protege e abençoa.
Não te afastes das Suas Leis e se te enganares, ao invés de te entregares a conflitos desnecessários, retorna ao
caminho do dever, sem receio algum.
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Extraído do Momento Espírita
Referência: Capítulo 187 do livro VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco.
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#psicologiaespirita
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Joanna de Ângelis, no livro VIDA FELIZ, nos aconselha:
Num dia extenso com 24 horas, reserva alguns momentos à reflexão.
Quem caminha sem meditar, perde o contato consigo mesmo.
Encurralado nos ponteiros do relógio, ou disparado à frente deles, ou vagarosamente após eles, aturde-se,
esquecendo o rumo...
É indispensável ao êxito fazer periódica revisão de metas e de ações.
Usando a reflexão, repassarás os equívocos e terás tempo de repará-los, reprogramarás os deveres e te renovarás
com mais facilidade.
Fala menos, dorme um pouco menos e medita mais.
Minutos que desperdiças, se os usares para a meditação, se transformarão em pontos luminosos do teu dia.
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Extraído do Momento Espírita (Título original: Uma viagem salutar)
Referências: Cap. 160 do livro VIDA FELIZ, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
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