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O enfermeiro especialista em traqueostomia: Um membro essencial da equipe

multidisciplinar

Artigo no The Journal of Laryngology & Otology - janeiro de 2014

DOI: 10.1017/S0022215114000024 - Fonte: PubMed

CITAÇÕES LEITURA

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3 autores, incluindo:

Robin Crosbie Jessica Cairney

NHS Lanarkshire Universidade de Bedfordshire
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The Journal of Laryngology & Otology (2014), 128, 171-173. COMUNICAÇÃO CURTA
© JLO (1984) Limited, 2014
doi:10.1017/S0022215114000024

O enfermeiro especialista em traqueostomia:

um membro essencial da equipe
multidisciplinar

R CROSBIE, J CAIRNEY, N CALDER

Departamento de Otorrinolaringologia, Monklands Hospital, Airdrie, Escócia, Reino Unido

Resumo
Histórico: As traqueostomias são um procedimento comum nas especialidades de otorrinolaringologia e terapia
intensiva. O departamento de otorrinolaringologia do Monklands Hospital desenvolveu o cargo de especialista em
enfermagem clínica em traqueostomia para melhorar o gerenciamento de pacientes com traqueostomia. Há evidências
que apoiam o desenvolvimento de uma equipe multidisciplinar para o gerenciamento de pacientes com traqueostomia
após o tratamento na unidade de terapia intensiva; no entanto, a criação de um cargo específico de especialista em
enfermagem clínica em traqueostomia não foi amplamente endossada na literatura.
Objetivo: Este artigo descreve o papel do enfermeiro especialista em traqueostomia, defendendo essa posição dentro da
equipe multidisciplinar.

Palavras-chave: Traqueostomia; Comunicação Interdisciplinar; Enfermeiros Clínicos

pacientes com traqueostomia.

Introdução
As traqueostomias são realizadas com frequência na
especialidade de otorrinolaringologia (e estão sendo cada vez
mais realizadas em departamentos de terapia intensiva) para
o tratamento de uma variedade de problemas ventilatórios e
de vias aéreas. O procedimento está associado a várias
complicações, como sangramento, deslocamento do tubo,
bloqueio ou decanulação.1 Essas complicações podem
ocorrer em qualquer estágio enquanto a cânula de
traqueostomia estiver instalada, e não apenas no período
perioperatório. Essa questão tem sido discutida na
literatura, mais ainda nos últimos anos com o
desenvolvimento das diretrizes padronizadas do National
Tracheostomy Safety Project.1
Os pacientes submetidos a uma traqueostomia são
tratados por uma equipe de indivíduos de diversas
especialidades, em ambientes de cuidados primários,
secundários e críticos. Como era de se esperar, a gama de
experiência necessária para gerenciar pacientes com
traqueostomia e laringectomia nessas especialidades é
variada. Esse ponto já foi abordado anteriormente, com
alguns trusts desenvolvendo unidades de atendimento
intensivo para auxiliar na decanulação e promover a
continuidade do atendimento após o tratamento na unidade
de terapia intensiva.2
Acreditamos que o recente aumento do foco no
tratamento de pacientes com traqueostomia se deveu em
parte a relatos de acidentes fatais ou quase acidentes. Um
desses eventos, ocorrido no National Health Service (NHS)
Lanarkshire, provocou uma investigação mais aprofundada
sobre a maneira como os pacientes com traqueostomia
eram tratados. Um resultado dessa investigação foi o
desenvolvimento de uma função de enfermeiro clínico
especializado em traqueostomia. Até onde sabemos, esse
cargo é o primeiro do gênero na Escócia.
Este artigo descreve a função do enfermeiro especialista
em traqueostomia, defendendo essa posição dentro da
equipe multidisciplinar (MDT) para o tratamento de

Relato de caso
Histórico
Em 2004, os eventos que levaram à infeliz morte de um
paciente com traqueostomia em uma enfermaria de uma
unidade de t r a t a m e n t o não intensivo (não UTI)
foram explorados durante um inquérito local sobre
acidentes fatais. Concluiu-se que a morte foi o resultado
de várias falhas. Muitas delas estavam relacionadas ao
gerenciamento do paciente com traqueostomia em
enfermarias não especializadas e à comunicação de
informações relacionadas à traqueostomia entre os
profissionais de saúde. O treinamento insuficiente dos
profissionais de saúde também pareceu ser um fator
importante. Essas são algumas das áreas problemáticas
identificadas e examinadas em uma publicação recente do
National Tracheostomy Safety Project.1 Um
desdobramento dessa pesquisa foi o desenvolvimento de
um cargo de enfermeiro clínico especialista no NHS
Lanarkshire. Uma única enfermeira clínica especialista foi
recrutada para cobrir a região do NHS Lanarkshire, que
Aceito para publicação em 11 de junho de 2013Primeira publicação on-line em 30 de janeiro de 2014
abrange uma área de 4732 km2 e uma população de
563.185 habitantes.3 Três hospitais gerais distritais
compõem o NHS Lanarkshire; no entanto, desde 1997,
todos os atendimentos otorrinolaringológicos em pacientes
são realizados no Monklands Hospital. Nossa enfermeira
clínica especialista em traqueostomia trabalhava na
enfermaria de otorrinolaringologia do Monklands desde
1994. Posteriormente, em 2005, ela passou a fazer parte da
equipe de atendimento de emergência do hospital para
admissões de emergência em otorrinolaringologia. Isso
envolvia a avaliação inicial de pacientes adultos que se
apresentavam ao hospital por meio de encaminhamento de
um clínico geral ou do departamento de acidentes e
emergência. Ela obteve com sucesso o novo cargo de
especialista em enfermagem clínica em traqueostomia
em 2009.
Funções e responsabilidades
O cargo de enfermeiro especialista em traqueostomia
envolve a coordenação do tratamento de traqueostomia ou
laringectomia
172 R CROSBIE, J CAIRNEY, N CALDER

pacientes do NHS Lanarkshire. As funções e recursos Discussão

As responsabilidades desse cargo multifatorial são descritas Considerando a logística de cobrir as três unidades
a seguir. hospitalares do NHS Lanarkshire, também temos de levar
O cargo implica em contato regular com a equipe e os em conta as despesas de viagem, que normalmente ficam
pacientes nos diferentes locais, além de revisões de entre £60 e
pacientes com traqueostomia. Requer a participação em £100 por mês.
uma variedade de clínicas ambulatoriais para pacientes com
traqueostomia e inclui a execução de clínicas de troca de
tubo e de válvula de fala de fístula traqueoesofágica. O
cargo envolve uma função no planejamento de alta, o que
requer contato frequente com enfermeiros da comunidade
para evitar atrasos na alta e readmissões hospitalares
desnecessárias. Isso implica o treinamento de enfermeiros e
médicos no manejo seguro da traqueostomia. Envolve a
prestação de consultoria especializada sobre os produtos de
traqueostomia atuais e a tomada de decisões relacionadas
às cânulas de traqueostomia apropriadas para pacientes
específicos. Envolve a redação, o desenvolvimento e a
implementação de Integrated Care Pathways em todas as
alas relevantes do NHS Lanarkshire, com a assistência dos
grupos de direção de traqueostomia. O cargo envolve
avaliações de desmame e decanulação de pacientes. Requer
a organização de equipamentos para os pacientes após o
tratamento na unidade de terapia intensiva. Também
envolve a prestação de cuidados psicológicos e apoio
contínuo aos pacientes (e suas famílias), alguns dos quais
podem precisar de uma traqueostomia para o resto de suas
vidas. O enfermeiro especialista em traqueostomia deve
permanecer em contato para emergências ou orientações
por meio de um telefone celular.
Nossa enfermeira clínica especialista trabalha em um
horário flexível que depende de vários fatores. Uma
semana de trabalho típica envolveria a participação e o
funcionamento da clínica de câncer de cabeça e pescoço e
das clínicas de troca de tubo ou válvula falante de fístula
traqueoesofágica, analisando uma média de 10 a 15
pacientes por semana. Na reunião semanal da MDT, em
que são discutidos aproximadamente cinco pacientes com
traqueostomia, a enfermeira clínica especialista é uma
figura importante no planejamento do tratamento de cada
paciente. Embora a necessidade de revisões nas
enfermarias varie consideravelmente, cerca de 25 pacientes
costumam ser revisados por nossa enfermeira clínica
especialista nas três unidades hospitalares durante uma
semana normal. Nossa enfermeira clínica especialista
comprometeu-se a participar do grupo de apoio Speak Easy
para pacientes com câncer de cabeça e pescoço uma manhã
por mês. Além disso, ela visita regularmente (pelo menos
uma vez por semana) hospícios locais, unidades de lesão
cerebral e casas de repouso para avaliar pacientes com
traqueostomia. A flexibilidade do horário significa que as
visitas domiciliares podem ser organizadas conforme a
necessidade, mas, em uma semana normal, isso incluiria
cerca de três pacientes e envolveria o treinamento de
enfermeiras distritais em cuidados domiciliares de
traqueostomia. Nossa enfermeira clínica especialista
também faz várias consultas telefônicas todos os dias para
manter-se atualizada com os pacientes e aconselhar os
profissionais de saúde sobre todos os assuntos relacionados
a traqueostomias.

Considerações financeiras
Com a pressão constante para reduzir os custos no NHS, há
implicações financeiras a serem consideradas ao se
desenvolver a função de enfermeiro especialista em
traqueostomia. Nosso cargo de enfermeiro clínico
especialista foi classificado no nível 6, o que corresponde a
um salário médio entre £25.783 e £34.530 por ano.4
Comparações com outros estudos especializado traz preocupações com relação à cobertura
em caso de doença ou licença. Entretanto, isso não tem sido
Os benefícios de uma equipe dedicada para pacientes com um problema específico desde que a função foi introduzida
traqueostomia após o tratamento na unidade de terapia em 2009. Acreditamos que isso se deve principalmente a
intensiva já foram descritos anteriormente. Por exemplo,
de Mestral et al. apresentaram sua experiência no
desenvolvimento de uma MDT para o gerenciamento
de pacientes com traqueostomia, desde a colocação do
tubo até a alta hospitalar.5 Os autores realizaram uma
auditoria de: taxas de complicações, tempo para
decanulação e incidência de colocação de válvula de fala.
A implementação da MDT foi associada a uma redução
estatisticamente significativa nas taxas de complicações (ou
seja, reduções na incidência de bloqueios de tubos (25 a
5%, p = 0,016) e chamadas por dificuldade respiratória
(37,5 a 16,7%, p = 0,039) e um aumento no número de
pacientes que receberam válvulas de fala (19,4 a 67,4%,
p < 0,001)).5
O desenvolvimento de um grupo especializado em
cuidados de traqueostomia no Leicester General Hospital
foi novamente associado a uma redução significativa nas
complicações relacionadas à traqueostomia (p = 0,031).6
Norwood et al. demonstraram essa melhora no
atendimento após a implementação de um serviço
especializado em traqueostomia (composto por um
fisioterapeuta respiratório com interesse em
traqueostomias e uma irmã da unidade de terapia
intensiva), no qual os pacientes eram avaliados
diariamente após a colocação da sonda, até a alta ou
morte.6
Os resultados desses estudos confirmam os benefícios das
MDTs desenvolvidas para o tratamento de pacientes com
traqueostomia; entretanto, o papel do enfermeiro
especialista em traqueostomia não tem sido amplamente
apoiado. Em 2001, Russell e Harkin tentaram promover o
cargo de especialista em enfermagem clínica
demonstrando os benefícios associados, que incluíam a
continuidade do atendimento prestado aos pacientes.7
Infelizmente, isso não foi consolidado com nenhuma
forma de dados de auditoria clínica.

Benefícios
Apesar da falta de dados abrangentes de auditoria,
acreditamos que a criação do cargo de especialista em
enfermagem clínica em traqueostomia foi benéfica tanto
para os pacientes quanto para os profissionais médicos do
NHS Lanarkshire. Desde que o cargo foi introduzido, não
houve relatos de mortes ou incidentes clínicos
relacionados à traqueostomia e, de modo geral, houve
menos chamadas para o otorrinolaringologista de plantão
relacionadas a pacientes com traqueostomia ou
laringectomia. Acreditamos que a continuidade do
atendimento aos pacientes prestado por esse cargo é
inquestionável. A criação desse cargo possibilitou o
desenvolvimento de um respeito e confiança mútuos entre
a enfermeira clínica de traqueostomia e seus pacientes,
além de permitir um melhor tratamento de questões
práticas e psicológicas.
A transferência do atendimento hospitalar de
otorrinolaringologia para um único centro do NHS
Lanarkshire gerou problemas associados à redução da
atividade da equipe especializada em traqueostomia
treinada nos outros locais. Nossa enfermeira especializada
tem a vantagem de ser móvel, estar presente nos outros
centros pelo menos uma vez por semana e estar disponível
para orientações específicas durante o horário comercial,
por telefone. Acreditamos que o desenvolvimento desse
ponto único de atendimento tenha sido vantajoso para os
pacientes e para a equipe médica e de enfermagem do
NHS Lanarkshire.

Preocupações e limitações
Obviamente, o desenvolvimento de um único cargo
ESPECIALISTAS EM ENFERMAGEM CLÍNICA EM TRAQUEOSTOMIA
porque um número maior de enfermeiros não treinados em
unidades de terapia intensiva (e não em unidades de terapia
intensiva) está mais familiarizado com as traqueostomias e
as complicações associadas, como resultado de um melhor
treinamento desde que o enfermeiro especialista foi
nomeado. Além disso, de acordo com a orientação do
National Tracheostomy Safety Project, nossos pacientes
com traqueostomia são mantidos juntos em determinadas
enfermarias, o que melhora a continuidade do atendimento
e a segurança. Quando o enfermeiro especialista está
ausente, a equipe de plantão ou os otorrinolaringologistas
visitantes ajudam a responder aos problemas de
traqueostomia ou às dúvidas dos diferentes locais.
Um trainee de otorrinolaringologia pode estar preocupado
com o fato de que o desenvolvimento de um cargo de
especialista em enfermagem clínica em traqueostomia
reduzirá sua exposição. Argumentamos que a criação
d e s s e cargo melhora as oportunidades de aprender
métodos seguros e baseados em evidências de cuidados
com a traqueostomia. Embora atualmente haja
pouquíssimos pacientes que precisem trocar a cânula de
traqueostomia ou que tenham problemas com a válvula de
fala nas clínicas gerais d e o t o r r i n o l a r i n g o l o g i a
ou nas enfermarias de otorrinolaringologia, esses pacientes
são atendidos em números concentrados nas clínicas que
são atendidas e dirigidas por nossa enfermeira clínica
especialista. Essas clínicas dedicadas oferecem excelentes
oportunidades de treinamento para obter um alto grau de
exposição em um ambiente seguro e com suporte.
Acreditamos que isso proporciona ao estagiário uma
experiência significativamente melhor do que a "troca
ocasional de cânula" e melhora muito a confiança no caso
de um problema de traqueostomia durante o plantão.
Também precisamos considerar o impacto desse cargo
recém-criado sobre os outros profissionais de saúde aliados
dentro da MDT, em especial os terapeutas da fala e da
linguagem. Em geral, houve um impacto limitado nas
atividades diárias dos terapeutas da fala e da linguagem
desde a nomeação do enfermeiro especialista em
traqueostomia. A introdução da clínica de troca de válvulas
de fístula traqueoesofágica facilitou o atendimento conjunto
dos pacientes pelo especialista em otorrinolaringologia e
pelos fonoaudiólogos (o atendimento do último não
representa mais um serviço ad hoc nem exige visitas
clínicas separadas), o que teve resultados positivos.
implicações em termos de recursos e gerenciamento de
tempo.
Conclusão
O desenvolvimento de cargos de especialista em
enfermagem clínica em traqueostomia tem sido pouco
evidente em outras áreas de
173
no Reino Unido; de fato, as únicas publicações são da
Inglaterra.7,8 Até onde sabemos, não há outros enfermeiros
empregados em um cargo tão dedicado na Escócia.
Pedimos a outras unidades de otorrinolaringologia que
considerem a criação desse cargo em seus departamentos e
MDTs. Nosso objetivo é apoiar nossas afirmações iniciais
com mais evidências por meio de uma auditoria clínica.
Referências
1 Projeto Nacional de Segurança em Traqueostomia (Manual
NTSP 2013). In: http://www.tracheostomy.org.uk [20 de
dezembro de 2013]
2 Lewis T, Oliver G. Improving tracheostomy care for ward
patients. Nurs Stand 2005;19:33-7
3 NHS Lanarkshire. Public Health 2011/12: the Annual Report
of the Director of Public Health (Saúde pública 2011/12: o
relatório anual do diretor de saúde pública). Em:
http://www.nhslanarkshire.org.
uk/Services/PublicHealth/Directors-Annual-Report-2011-
2012/ Documents/PublicHealth-2011-12.pdf [20 de
dezembro de 2013]
4 Carreiras no NHS. Agenda for change - pay rates (Agenda para
mudança - taxas salariais). In: http://www.
nhscareers.nhs.uk/working-in-the-nhs/pay-and-benefits/agenda-
for-change-pay-rates/ [20 de dezembro de 2013]
5 de Mestral C, Iqbal S, Fong N, LeBlanc J, Fata P, Razek T et al.
Impact of specialised multidisciplinary tracheostomy team on
tracheostomy care in critically ill patients. Can J Surg 2011;54:
167-72
6 Norwood MG, Spiers P, Bailiss J, Sayers RD. Evaluation of the
role of a specialist tracheostomy service (Avaliação do papel de
um serviço especializado em traqueostomia). From critical care to
out- reach and beyond. Postgrad Med J 2004;80:478-80
7 Russell C, Harkin H. The benefits of tracheostomy specialist
nurses (Os benefícios dos enfermeiros especializados em
traqueostomia). Nurs Times 2001;97:40-1
8 Hospitais da Universidade de Cambridge. Serviço de Enfermagem
em Traqueostomia: um guia para pacientes, familiares e
cuidadores. Em: http://www.cuh.org.uk/
cms/sites/default/files/publications/PIN1020_tracheostomy_
v5. pdf [20 de dezembro de 2013]
Endereço para correspondência:
Sr. R. Crosbie,
Departamento de Otorrinolaringologia,
Monklands Hospital,
Airdrie, Escócia ML6 0JS, Reino Unido
E-mail: crosbie.robin@gmail.com
O Sr. R. Crosbie assume a responsabilidade pela integridade
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