Você está na página 1de 22

Universidade Politécnica

Instituto Superior Politécnico e Universitário de Nacala – ISPUNA

Tema: Momentos e Produtos de Inercia de Massa

Cadeira: Mecânica Geral II

Licenciatura em Engenharia Mecânica

Docente: Zacarias António Matique

Nacala, 2023
Nikil Vipin Jeentilal

Momentos e Produtos de Inercia de Massa

O presente trabalho do modelo


avaliativo tem como forma
apresentar o estudo já avaliado na
cadeira Mecânica Geral II, 2º ano,
Curso Nocturno

Docente: Zacarias António Matique

Universidade Politécnica
Instituto Superior Politécnico e Universitário de Nacala – ISPUNA
Nacala, 2023

ii
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4
2. OBJECTIVOS .................................................................................................................... 5
2.1. Objectivo Geral ........................................................................................................... 5
2.2. Objectivos Específicos ................................................................................................ 5
3. MOMENTO DE INERCIA ................................................................................................ 6
3.1. Definições de Momentos de Inércia para Áreas.......................................................... 7
3.2. Produto de Inercia ....................................................................................................... 8
3.3. Momento Polar de Inércia ........................................................................................... 8
3.4. Teorema dos Eixos Paralelos para uma Área .............................................................. 9
3.5. Momento de Inércia para Áreas Compostas ............................................................. 12
3.5.1. Procedimento para Análise ................................................................................ 12
3.5.2. Peças compostas ............................................................................................. 12
3.5.3. Teorema dos Eixos Paralelos ......................................................................... 12
3.5.4. Soma ............................................................................................................... 12
3.6. Exercícios .................................................................................................................. 12
3.6.1. Resolução ........................................................................................................... 14
3.7. Momento de Inercia de Massa .................................................................................. 20
4. IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES ................................................................................. 20
5. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 21
6. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 22

iii
1. INTRODUÇÃO
Os momentos e produtos de inércia de massa são conceitos fundamentais na mecânica,
especialmente na análise de rotação e movimento de objectos. Esses parâmetros descrevem a
distribuição de massa de um corpo em relação a um eixo de rotação, e são cruciais para calcular
a resistência de um objecto a mudanças em seu estado de movimento angular. Este trabalho de
pesquisa tem como objectivo explorar os conceitos de momentos e produtos de inércia de
massa, entender sua importância em diversos contextos e fornecer exemplos que ilustram a
aplicação desses conceitos.

4
2. OBJECTIVOS

2.1. Objectivo Geral

✓ Compreender os conceitos de momentos de inércia


2.2. Objectivos Específicos
✓ Definir momentos de inércia e produtos de inércia de massa;
✓ Apresentar exemplos práticos de cálculos de momentos de inércia.
Para realizar esta pesquisa, foram utilizadas diversas fontes de informação, incluindo
artigos científicos, livros especializados, periódicos da área de engenharia e sites confiáveis.
O trabalho está estruturado em elementos pré-textuais: capa, contra-capa e índice;
elementos textuais: introdução, desenvolvimento e conclusão. Por fim, elementos pós-textuais:
bibliografia.

5
3. MOMENTO DE INERCIA
Quantidades denominadas momentos de inércia surgem repetidamente nas análises de
problemas de engenharia. Momentos de inércia de áreas são utilizados no estudo de forças
distribuídas e no cálculo de deflexões de vigas. O momento exercido pela pressão em uma
placa plana submersa pode ser expresso em termos do momento de inércia da área da placa.
Na dinâmica, momentos de inércia de massa são utilizados para calcular os movimentos
rotacionais de objectos. (Bedford & Fowler, 2008)
Segundo o (Bigler, 2023), é definido como “a quantidade expressa pelo corpo que
resiste à aceleração angular, que é a soma do produto da massa de cada partícula com seu
quadrado da distância do eixo de rotação.”
O momento de inercia é um pouco mais complicada do que a inércia em um sistema
não rotativo sistema. Suponha que tem uma massa que está sendo girada no final de uma corda.
A inércia da massa a mantém se movendo em um círculo na mesma velocidade. Se encurtar
repentinamente a corda, a massa continua se movendo na mesma velocidad e pelo ar, mas como
o raio é menor, a massa faz mais revoluções ao redor do círculo em um determinado período
de tempo. Em outras palavras, o objecto tem a mesma velocidade linear (não a mesma
velocidade pois sua direcção muda constantemente), mas sua velocidade angular (graus por
segundo) aumentou. Isso significa que o momento de inércia de um objecto (sua tendência a
continuar movendo-se a uma velocidade angular constante) deve depender de sua distância do
centro de rotação e sua massa.
Para uma massa pontual (uma simplificação que assume que toda a massa existe em
um ponto único):
𝐼 = 𝑚𝑟2
Onde: I – momento de inercia;
m – massa do objecto;
r – raio.
Isso significa que a momento de inercia da massa pontual é a mesma

Figura 1
que a inércia do objecto.

6
𝐼 = ∑ 𝑚 𝑖 𝑟𝑖2
𝑖

Ou seja, para cada objecto ou componente (designado por um


subscrito), primeiro multiplicara-se 𝑚𝑟2 para o objecto e, em
seguida, soma-se as inércias rotacionais para cada um dos objectos
para obter MI total.
Figura 2

3.1. Definições de Momentos de Inércia para Áreas

Sempre que uma carga distribuída atua perpendicularmente a uma área e sua
intensidade varia linearmente, o cálculo do momento do carregamento em torno de um eixo
envolverá uma integral da forma ∫ 𝑦 2 𝑑𝐴. (Hibbeler, 2016)

Por exemplo, considerando a placa na Fig. 3, está submerso em


um fluido e submetido à pressão p. Esta pressão varia
linearmente com a profundidade, tal que 𝑝 = 𝛾𝑦, onde g é o peso
específico do fluido. Assim, a força que atua na área diferencial
𝑑𝐴 da placa é 𝑑𝐹 = 𝑝 𝑑𝐴 = (𝛾𝑦)𝑑𝐴. O momento dessa força
Figura 3 em relação ao eixo x é, portanto, 𝑑𝑀 = 𝑦 𝑑𝐹 = 𝛾𝑦 2 𝑑𝐴, assim
integrando 𝑑𝑀 por toda a área da placa rende 𝑀 = 𝛾 ∫ 𝑦 2 𝑑𝐴. A
integral ∫ 𝑦 2 𝑑𝐴 é por vezes referido como o “segundo momento” da a área em torno de um
eixo (o eixo x), mas mais frequentemente é chamado de momento de inércia da área. A palavra
“inércia” é usada aqui porque a formulação é semelhante ao momento de inércia de massa,
∫ 𝑦 2 𝑑𝑚.

Por definição, os momentos de inércia de uma área diferencial


(𝑑𝐴) sobre os eixos x e y são 𝑑𝐼𝑥 = 𝑦 2 𝑑𝐴 e 𝑑𝐼𝑦 = 𝑥 2 𝑑𝐴,
respectivamente, a Fig. 4, para toda a área 𝐴, os momentos de a
inércia é determinada pela integração; isto é:

Figura 4

7
• Momento de inércia em relação ao eixo 𝑥 No sistema de coordenadas 𝑥𝑦, o momento
𝟎
de inércia de 𝐴 em relação ao eixo 𝑥 é: 𝐈𝐱 = ∫𝐀 𝐲 𝟐 𝐝𝐀

• Em relação ao sistema de coordenadas 𝑥𝑦, o momento de inércia de 𝐴 em torno do eixo


𝟎
𝑦 é: 𝐈𝐲 = ∫𝐀 𝐱 𝟐 𝐝𝐀
3.2. Produto de Inercia

Em termos do sistema de coordenadas 𝑥𝑦, o produto de inércia é:


0 0
𝐼𝑥𝑦 = ∫ 𝑥𝑦𝑑𝐴 = ∫ (𝑥 ′ + 𝑑𝑥 )(𝑦 ′ + 𝑑𝑦 )𝑑𝐴
𝐴 𝐴
0 0 0 0
′ ′
𝐼𝑥𝑦 = ∫ 𝑥 𝑦 𝑑𝐴 + 𝑑𝑦 ∫ 𝑥′𝑑𝐴 + 𝑑𝑥 ∫ 𝑦′𝑑𝐴 + 𝑑𝑥 𝑑𝑦 ∫ 𝑑𝐴 ;
𝐴 𝐴 𝐴 𝐴

Vê-se que o teorema dos eixos paralelos para o produto da inércia é


𝐼𝑥𝑦 = 𝐼𝑥′𝑦′ + 𝐴𝑑𝑥 𝑑𝑦
3.3. Momento Polar de Inércia

O momento polar de inércia 𝐽𝑂 = 𝐼𝑋 + 𝐼𝑦. Somando as Equações anteriores, o teorema dos


eixos paralelos para o momento polar de inércia é:

𝐽𝑂 = 𝐽′𝑂 + (𝑑𝑥2 + 𝑑𝑦2 )𝐴 = 𝐽′𝑂 + 𝑑 2 𝐴

Também pode-se formular esta quantidade para 𝑑𝐴 sobre o “pólo” O ou eixo z, Fig. 4.
Isso é chamado de momento polar de inércia. está definido como 𝑑𝐽𝑂 = 𝑟2 𝑑𝐴, onde r é a
distância perpendicular do pólo (eixo z) ao elemento 𝑑𝐴. Para toda a área, o momento polar de
0
inércia é 𝐽𝑂 = ∫𝐴 𝑟2 𝑑𝐴 = 𝐼𝑋 + 𝐼𝑦
Das formulações acima, vê-se que 𝐼𝑥, 𝐼𝑦 e 𝐽𝑂 sempre serão positivos, pois envolvem o
produto da distância ao quadrado pela área. Além disso, as unidades de momento de inércia
envolvem comprimento elevado à quarta potência, por exemplo,
• 𝑚4 ;
• 𝑐𝑚4 ;
• 𝑚𝑚4 ;
• 𝑝é𝑠 4 .

8
3.4. Teorema dos Eixos Paralelos para uma Área

Segundo (Hibbeler, 2016), o teorema dos eixos


paralelos pode ser usado para encontrar o momento de inércia
de uma área em relação a qualquer eixo paralelo a um eixo que
passa pelo centróide e sobre o qual o momento de inércia é
conhecido. Para desenvolver este teorema, considera-se
encontrar o momento de inércia da área sombreada mostrada
na Fig. 5 sobre o eixo 𝑥. Para começar, escolhe-se um elemento
diferencial 𝑑𝐴 localizado a uma distância arbitrária 𝑦 ′ do
Figura 5
centroidal do eixo 𝑥 ′. Se a distância entre os eixos 𝑥 e 𝑥 ′
paralelos é 𝑑𝑦 , então o momento de inércia de 𝑑𝐴 sobre o eixo 𝑥 é 𝑑𝐼𝑥 = (𝑦 ′ + 𝑑𝑦 )2 𝑑𝐴.
Para toda a área, terá:
0 0 0 0
2
𝐼𝑥 = ∫ (𝑦 ′ + 𝑑𝑦 )2 𝑑𝐴 = ∫ 𝑦 ′ 𝑑𝐴 + 2𝑑𝑦 ∫ 𝑦 ′ 𝑑𝐴 + 𝑑𝑦2 ∫ 𝑑𝐴
𝐴 𝐴 𝐴 𝐴

De acordo com (Bigler, 2023), “para calcular o momento de inércia para uma forma
arbitrária requer cálculo. No entanto, para objectos sólidos e regulares com formas bem
definidas, seus momentos de inércia pode ser reduzida a fórmulas simples:”
1. Ponto de massa à distância;
2. Cilindro oco;
3. Cilindro Sólido;
4. Argola sobre Diâmetro;
5. Esfera oca;
6. Esfera Sólida;
7. Haste sobre o meio;
8. Haste sobre o Fim.

Figura 6

Como podem os teoremas do eixo paralelo ser usados para determinar os momentos de
inércia de uma área composta? Suponha que se queira determinar o momento de inércia em
relação ao eixo 𝑦 da área como mostra (Fig. 7(a)). Pode-se dividir essa área em um triângulo,
uma semicircunferência e uma região circular vazada, denominadas como partes 1, 2 e 3 (Fig.
7(b)).

9
Usando o teorema do eixo paralelo, pode-se determinar o momento de inércia de cada
parte em relação ao eixo 𝑦. Por exemplo, o momento de inércia da parte 2 (a
semicircunferência) em relação ao eixo 𝑦 é ilustrado na (Fig. 7(c)).

Figura 7:
(a) Uma área composta.
(b) As três partes da área.
(c) Determinando (𝐼𝑦)2

Os teoremas do eixo paralelo são relações entre os


momentos e produtos de inércia de uma área
expressos em termos de um sistema de
coordenadas 𝑥’𝑦’𝑧’, tendo sua origem no centróide
da área − e um sistema de coordenadas paralelo
xyz.

10
11
3.5. Momento de Inércia para Áreas Compostas
Uma área composta consiste em uma série de partes “mais simples” conectadas ou
formas, como retângulos, triângulos e círculos. Proporcionado o momento de inércia de cada
uma dessas partes é conhecida ou pode ser determinada em torno de um eixo comum, então o
momento de inércia para a área composta sobre este eixo é igual à soma algébrica dos
momentos de inércia de todas as suas partes. (Hibbeler, 2016, pp. 540-543)
3.5.1. Procedimento para Análise
Segundo o (Hibbeler, 2016), “o momento de inércia para uma área composta em torno
de um eixo de referência pode ser determinado usando o seguinte procedimento.”
3.5.2. Peças compostas
• Usando um esboço, divide-se a área em suas partes individuais compostas e indica-se
a distância perpendicular do centróide de cada peça ao eixo de referência.
3.5.3. Teorema dos Eixos Paralelos
• Se o eixo central de cada peça não coincidir com o eixo de referência, o teorema dos
eixos paralelos, 𝑰 = 𝑰 + 𝑨𝒅𝟐 (figura abaixo), deveria estar usado para determinar o
momento de inércia da peça em relação ao eixo de referência.

3.5.4. Soma
• O momento de inércia de toda a área sobre o eixo de referência é determinado pela
soma dos resultados de suas partes compostas sobre este eixo.
• Se uma peça composta tiver uma região vazia (furo), seu momento de a inércia é
encontrada subtraindo o momento de inércia desta região a partir do momento de inércia
de toda a peça incluindo a região.
3.6. Exercícios
1. Dado a Figura. 1 abaixo:
a) Determine o momento de inércia da área sombreada em torno do eixo 𝑥, em unidade
𝑐𝑚4 .

12
b) Determine o momento de inércia da área sombreada em torno do eixo y, em unidade
𝑐𝑚4 .

Figura 1

2. Dado a Figura. 2 abaixo:


a) Determine o momento de inércia da área sombreada em torno do eixo 𝑥, em unidade
𝑐𝑚4 .
b) Determine o momento de inércia da área sombreada em torno do eixo 𝑦, em unidade
𝑐𝑚4

Figura 2

3. Dado a Figura. 3 abaixo:


a) Determine o 𝐼𝑦 .

Figura 3

13
3.6.1. Resolução

Exemplo 1: Escolhe-se as partes; A área é dividida em um rectângulo, recorte circular,


sendo designadas como partes 1 e 2, respectivamente (Figura 1.a).
Determinação dos Momentos de Inércia das Partes 1 e 2: Os momentos de inércia das
partes são calculados em termos dos sistemas de coord enadas e da localização do centróide do
rectângulo e do círculo. Utiliza-se o teorema do eixo paralelo para determinar o momento de
inércia de cada parte em relação aos eixos x e y.

a) Momento de inércia da área sombreada em torno do eixo 𝑥.


Parte 1 (Rectângulo):
𝑏 = 100𝑚𝑚 = 10𝑐𝑚
ℎ = 150𝑚𝑚 = 15𝑐𝑚
𝑥 = 50𝑚𝑚 = 5𝑐𝑚
𝑦 = 75𝑚𝑚 = 7,5𝑐𝑚
2
⇒ 𝐼𝑥𝑥1 = 𝐼𝑥1 + 𝐴Rectângulo 𝑑𝑦
3
𝑏ℎ
⇒ 𝐼𝑥𝑥1 = + (𝑏ℎ)(𝑑𝑦 2 )
12
(10𝑐𝑚)(15𝑐𝑚)3 2
⇒ 𝐼𝑥𝑥1 = + (10𝑐𝑚)(15𝑐𝑚)(5𝑐𝑚 )
12
⇒ 𝐼𝑥𝑥1 = 2812,5𝑐𝑚4 + (150𝑐𝑚2 )(25𝑐𝑚2 )
⇒ 𝐼𝑥𝑥1 = 6562,5𝑐𝑚4

Parte 2 (Círculo):
𝑟 = 25𝑚𝑚 = 2,5𝑐𝑚
𝑥 = 50𝑚𝑚 = 5𝑐𝑚
𝑦 = 75𝑚𝑚 = 7,5𝑐𝑚
2
⇒ 𝐼𝑥𝑥2 = 𝐼𝑥2 + 𝐴Círculo 𝑑𝑦

14
𝜋𝑟4
⇒ 𝐼𝑥𝑥2 = + (𝜋𝑟2 )( 𝑑𝑦 2 )
4
𝜋(2,5𝑐𝑚)4 2 2
⇒ 𝐼𝑥𝑥2 = + (𝜋(2,5𝑐𝑚) )(7,5𝑐𝑚)
4
⇒ 𝐼𝑥𝑥2 = 30,644𝑐𝑚4 + (19,625𝑐𝑚2 )(56,25𝑐𝑚2 )
⇒ 𝐼𝑥𝑥2 = 1134,55𝑐𝑚4

Momento de Inercia
𝐼𝑥 = 𝐼𝑥𝑥1 − 𝐼𝑥𝑥2 ⇒ 𝐼𝑥 = 6562,5𝑐𝑚4 − 1134,55𝑐𝑚4 ⇒ 𝐼𝑥 = 5427,95𝑐𝑚4
b) Momento de inércia da área sombreada em torno do eixo 𝑦
Parte 1 (Rectângulo):
𝑏 = 100𝑚𝑚 = 10𝑐𝑚
ℎ = 150𝑚𝑚 = 15𝑐𝑚
𝑥 = 50𝑚𝑚 = 5𝑐𝑚
𝑦 = 75𝑚𝑚 = 7,5𝑐𝑚
2
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 𝐼𝑦 + 𝐴Rectângulo 𝑑𝑥
1 1

ℎ𝑏3
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = + (𝑏ℎ)(𝑑𝑥 2 )
1 12
(15𝑐𝑚)(10𝑐𝑚)3 2
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = + (10𝑐𝑚)(15𝑐𝑚)(7,5𝑐𝑚 )
1 12
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 1250𝑐𝑚4 + (150𝑐𝑚2 )(56,25𝑐𝑚2 )
1

⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 9687,5𝑐𝑚4
1

Parte 2 (Círculo):
𝑟 = 25𝑚𝑚 = 2,5𝑐𝑚
𝑥 = 50𝑚𝑚 = 5𝑐𝑚
𝑦 = 75𝑚𝑚 = 7,5𝑐𝑚
2
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 𝐼𝑦 + 𝐴Círculo 𝑑𝑥
2 2

𝜋𝑟4
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = + (𝜋𝑟2 )( 𝑑𝑥 2 )
2 4
𝜋(2,5𝑐𝑚)4 2 2
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = + (𝜋(2,5𝑐𝑚) )(5𝑐𝑚)
2 4
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 30,644𝑐𝑚4 + (19,625𝑐𝑚2 )(25𝑐𝑚2 )
2

⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 521,269𝑐𝑚4
2

Momento de Inercia
𝐼𝑦 = 𝐼𝑦𝑦1 − 𝐼𝑦𝑦2 ⇒ 𝐼𝑦 = 9687,5𝑐𝑚4 − 521,269𝑐𝑚4 ⇒ 𝐼𝑥 = 9166,231𝑐𝑚4

15
Exemplo 2: Escolhe-se as partes; A área é dividida em um rectângulo, recorte circular
e triângulo, sendo designadas como partes 1, 2 e 3, respectivamente (Figura 2.a).
Determinação dos Momentos de Inércia das Partes 1, 2 e 3: Os momentos de inércia
das partes são calculados em termos dos sistemas de coordenadas e da localização do centróide
do rectângulo e do círculo. Utiliza-se o teorema do eixo paralelo para determinar o momento
de inércia de cada parte em relação aos eixos x e y.

a) Momento de inércia da área sombreada em torno do eixo 𝑥.


Parte 1 (Rectângulo):
𝑏 = 200𝑚𝑚 = 20𝑐𝑚
ℎ = 300𝑚𝑚 = 30𝑐𝑚
𝑥 = 100𝑚𝑚 = 10𝑐𝑚
𝑦 = 150𝑚𝑚 = 15𝑐𝑚
2
⇒ 𝐼𝑥𝑥1 = 𝐼𝑥1 + 𝐴Rectângulo 𝑑𝑦

𝑏ℎ3 2
⇒ 𝐼𝑥𝑥1 = + (𝑏ℎ)(𝑑𝑦 )
12
(20𝑐𝑚)(30𝑐𝑚)3 2
⇒ 𝐼𝑥𝑥1 = + (20𝑐𝑚)(30𝑐𝑚)(15𝑐𝑚 )
12
⇒ 𝐼𝑥𝑥1 = 45000𝑐𝑚4 + (600𝑐𝑚2 )(225𝑐𝑚2 )
⇒ 𝐼𝑥𝑥1 = 180000𝑐𝑚4

Parte 2 (Círculo):
𝑟 = 75𝑚𝑚 = 7,5𝑐𝑚
𝑥 = 100𝑚𝑚 = 10𝑐𝑚
𝑦 = 150𝑚𝑚 = 15𝑐𝑚
2
⇒ 𝐼𝑥𝑥2 = 𝐼𝑥2 + 𝐴Círculo 𝑑𝑦
𝜋𝑟4
⇒ 𝐼𝑥𝑥2 = + (𝜋𝑟2 )( 𝑑𝑦 2 )
4
𝜋(7,5𝑐𝑚)4 2 2
⇒ 𝐼𝑥𝑥2 = + (𝜋(7,5𝑐𝑚) )(15𝑐𝑚)
4

16
⇒ 𝐼𝑥𝑥2 = 2483,789𝑐𝑚4 + (176,625𝑐𝑚2 )(225𝑐𝑚2 )
⇒ 𝐼𝑥𝑥2 = 42224,414𝑐𝑚4

Parte 3 (Triângulo):
ℎ = 300𝑚𝑚 = 30𝑐𝑚
𝑏 = 150𝑚𝑚 = 15𝑐𝑚
𝑏3 15𝑐𝑚
𝑥 = 𝑏1 + 𝑏2 + ⇒ 𝑥 = 10𝑐𝑚 + 10𝑐𝑚 + ⇒ 𝑥 = 25𝑐𝑚
3 3
ℎ 30
𝑦= ⇒𝑦= ⇒ 𝑦 = 10𝑐𝑚
3 3
2
⇒ 𝐼𝑥𝑥3 = 𝐼𝑥3 + 𝐴Triângulo 𝑑𝑦

𝑏ℎ3 𝑏ℎ
⇒ 𝐼𝑥𝑥3 = + ( )(𝑑𝑦 2 )
36 2
(15𝑐𝑚)(30𝑐𝑚)3 (15𝑐𝑚)(30𝑐𝑚) 2
⇒ 𝐼𝑥𝑥3 = +( )(10𝑐𝑚) )
36 2
⇒ 𝐼𝑥𝑥3 = 11250𝑐𝑚 + (225𝑐𝑚 )(100𝑐𝑚2 )
4 2

⇒ 𝐼𝑥𝑥3 = 33750𝑐𝑚4

Momento de Inercia
⇒ 𝐼𝑥 = 𝐼𝑥𝑥1 + 𝐼𝑥𝑥 2 − 𝐼𝑥𝑥 3 ⇒ 𝐼𝑥 = 180000𝑐𝑚4 − 42224,414𝑐𝑚4 + 33750𝑐𝑚4

⇒ 𝐼𝑥 = 171525,586𝑐𝑚4
b) Momento de inércia da área sombreada em torno do eixo 𝑦
Parte 1 (Rectângulo):
𝑏 = 200𝑚𝑚 = 20𝑐𝑚
ℎ = 300𝑚𝑚 = 30𝑐𝑚
𝑥 = 100𝑚𝑚 = 10𝑐𝑚
𝑦 = 150𝑚𝑚 = 15𝑐𝑚
2
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 𝐼𝑦 + 𝐴Rectângulo 𝑑𝑥
1 1

ℎ𝑏3
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = + (𝑏ℎ)(𝑑𝑥 2 )
1 12
3
(30𝑐𝑚)(20𝑐𝑚)
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = + (20𝑐𝑚)(30𝑐𝑚)(10𝑐𝑚2 )
1 12
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 20000𝑐𝑚4 + (600𝑐𝑚2 )(100𝑐𝑚2 )
1

⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 80000𝑐𝑚4
1

17
Parte 2 (Círculo):
𝑟 = 75𝑚𝑚 = 7,5𝑐𝑚
𝑥 = 100𝑚𝑚 = 10𝑐𝑚
𝑦 = 150𝑚𝑚 = 15𝑐𝑚
2
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 𝐼𝑦 + 𝐴Círculo 𝑑𝑥
2 2

𝜋𝑟4
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = + (𝜋𝑟2 )( 𝑑𝑥 2 )
2 4
𝜋(7,5𝑐𝑚)4
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = + (𝜋(7,5𝑐𝑚)2 )(10𝑐𝑚)2
2 4
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 2483,789𝑐𝑚4 + (176,625𝑐𝑚2 )(100𝑐𝑚2 )
2

⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 20146,289𝑐𝑚4
2

Parte 3 (Triângulo):
ℎ = 300𝑚𝑚 = 30𝑐𝑚
𝑏 = 150𝑚𝑚 = 15𝑐𝑚
𝑏3 15𝑐𝑚
𝑥 = 𝑏1 + 𝑏2 + ⇒ 𝑥 = 10𝑐𝑚 + 10𝑐𝑚 + ⇒ 𝑥 = 25𝑐𝑚
3 3
ℎ 30
𝑦= ⇒𝑦= ⇒ 𝑦 = 10𝑐𝑚
3 3
2
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 𝐼𝑦 + 𝐴Triângulo 𝑑𝑥
3 3

ℎ𝑏3 𝑏ℎ 2
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = + ( )(𝑑𝑥 )
3 36 2
(30𝑐𝑚)(15𝑐𝑚)3 (15𝑐𝑚)(30𝑐𝑚)
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = +( )(25𝑐𝑚)2 )
3 36 2
⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 2812,5𝑐𝑚4 + 140625𝑐𝑚4
3

⇒ 𝐼𝑦𝑦 = 143437,5𝑐𝑚4
3

Momento de Inercia
⇒ 𝐼𝑦 = 𝐼𝑦𝑦1 − 𝐼𝑦𝑦2 + 𝐼𝑦𝑦3 ⇒ 𝐼𝑦 = 80000𝑐𝑚4 − 20146,289𝑐𝑚4 + 143437,5𝑐𝑚4

⇒ 𝐼𝑦 = 203291,24𝑐𝑚4

18
Exemplo 3: Escolhe-se as partes; divide-se a área em um rectângulo, um semicírculo e
o recorte circular, chamando-os de partes 1, 2 e 3, respectivamente (Fig. a).

Determinação dos momentos de inércia das partes:

Soma dos resultados: o momento de inércia da área composta em torno do eixo y é


𝐼𝑦 = (𝐼𝑦 )1 + (𝐼𝑦 )2 − (𝐼𝑦 )3
𝐼𝑦 = (4,608 + 4,744 − 1,822) × 107 𝑚𝑚4
𝐼𝑦 = 7,530 × 107 𝑚𝑚4

19
3.7. Momento de Inercia de Massa

(Hibbeler, 2016) diz que o “momento de inércia de massa de um corpo é uma


propriedade que mede a resistência do corpo a acelerações angulares”. Momento de inércia de
massa é calculado como o ‘o segundo momento’ em relação a um eixo de todos os elementos
de massa dm que compõem o corpo, como mostrado no corpo rígido mostrado abaixo. O
momento de inércia de massa do corpo em relação ao eixo z é:

1) 𝐼 = 𝑚𝑟2 ; mas
0
2) 𝑚 = ∫𝑚 𝑑𝑚; Substituindo 2 em 1:
𝟎
Tem-se: 𝑰 = ∫𝒎 𝒓𝟐 𝒅𝒎

Uma vez que 𝑟2 é sempre positivo, o momento de inércia é sempre uma


grandeza positiva e suas unidades usuais são:
• quilograma metro quadrado (kg·m2 ) em unidades SI e;
• slug-pés quadrado (slug.pés2 ) em unidades imperiais ou americanas.

4. IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES
Os momentos e produtos de inércia de massa têm aplicações em várias áreas. Na
engenharia estrutural, são usados para projectar componentes que precisam resistir a forças de
torção, como vigas e colunas. Na engenharia mecânica, são fundamentais para calcular a
estabilidade de sistemas rotacionais, como motores e hélices. Em engenharia aeroespacial, são
essenciais para projectar aeronaves que mantenham sua estabilidade em diferentes manobras
de voo. (Bigler, 2023)
Além disso, na física, esses conceitos são usados para modelar o movimento de objectos
em rotação, como a rotação de planetas e galáxias. Em robótica, são importantes para o projecto
de robôs que precisam manipular objectos e se mover em diferentes direcções. A compreensão
desses conceitos é crucial para resolver problemas complexos em muitas áreas da ciência e da
tecnologia.

20
5. CONCLUSÃO
A análise de momentos de inércia em áreas compostas desempenha um papel
fundamental na engenharia e na física, permitindo-nos entender como diferentes regiões com
distribuições variáveis de massa contribuem para a resistência à rotação em torno de eixos
específicos. Essa compreensão é vital em uma ampla gama de aplicações, especialmente
quando esta sendo lidado com objectos não-uniformes ou estruturas complexas.
Ao estudar áreas compostas, como objectos com partes de formas distintas, as
propriedades de inércia podem variar consideravelmente. A determinação dos momentos de
inércia para esses casos é uma tarefa desafiadora, mas crucial para o projecto eficiente de
sistemas e estruturas. A aplicação desses conceitos se estende a áreas como a engenharia de
materiais, aeronáutica, mecânica e arquitectura.
A compreensão dos momentos de inércia em áreas compostas é especialmente relevante
para garantir a estabilidade de estruturas, prever a resposta a forças externas, e projectar
equipamentos que necessitam de um comportamento preciso sob movimento angular.
Ao enfrentar problemas em que áreas compostas estão envolvidas, a análise cuidadosa
dos momentos de inércia é essencial. Deve-se considerar as diferentes partes da área composta,
calcular os momentos de inércia para cada uma delas.

21
6. BIBLIOGRAFIA
Bedford, A., & Fowler, W. (2008). Engenharia Meânica: Estatica (5ª. ed.). Texas: Pearson
Prentice Hall.

Bigler, J. (2023). Fisica I. Boston: Universidade de Boston.

Hibbeler, R. C. (2016). Estätica (14ª. ed.). Estados Unidos da América: Prentice Hall.

22

Você também pode gostar