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UNIVERSIDADE A POLITÉCNICA

Instituto Superior Politécnico


Universitários Nacala- ISPUNA
Curso de: Engenharia Mecânica
Materiais de Construção I

Aula 8: Estrutura cristalina e geometria


dos cristais
Docente:
Engo Aristides Miteca
20/05/2023 1
Conteúdos
3. Cristalina e geometria dos cristais
3.1. Introdução
3.2. Principais estruturas cristalinas
3.3. Cristais cúbicos
3.4. Cristais Hexagonais
3.5.Sequencia de empilhamento
3.6. Alotropia
3.7. Posições, direções e planos em cristais
3.8. Analise da estrutura cristalina

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Cristalina e geometria dos cristais

Sequencia de empilhamento
• Como vimos na aula anterior, tanto a estrutura cristalinacubica de faces
centradas quanto a estrutura cristalina hexagonal compacta possuem um
fator de empacotamento atomico de 0,74, que e o empacotamento mais
eficiente de esferas ou atomos com o mesmo tamanho.

• Alem das representacoes das celulas unitarias, essas duas estruturas


cristalinas podem ser descritas em termos dos planos compactos de
atomos (isto e, dos planos que possuem uma densidade maxima de
compactacao dos atomos ou esferas);

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Cristalina e geometria dos cristais

Sequencia de empilhamento

Ilustracao da fracao de planos

Ambas as estruturas cristalinas podem ser geradas pelo empilhamento dessesplanos


compactos, uns sobre os outros; a diferenca entre as duas estruturas esta na
sequencia desse empilhamento.

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Cristalina e geometria dos cristais

Sequencia de empilhamento

Ilustracao da fracao de planos

Vamos chamar de A os centros de todos os atomos em um plano compacto. Associados a


esse plano existem dois conjuntos de depressões triangulares equivalentes, formadas por
tres atomos adjacentes, nos quais o proximo plano compacto de atomos pode se apoiar.
As depressões que possuem o vertice do triangulo apontado para cima sao designadas
arbitrariamente como posições B, enquanto as demais depressões, aquelas que tem o
vertice do triangulo apontando para baixo, estao marcadas com um C
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Cristalina e geometria dos cristais

Sequencia de empilhamento

Ilustração da sequencia de
empilhamento AB

Um segundo plano compacto pode ser posicionado com os centros dos seus atomos
tanto sobre os sitios marcados com a letra B quanto sobre os sitios marcados com a
letra C; ate esse ponto, ambos são equivalentes. Suponha que as posições B sejam
escolhidas arbitrariamente; essa sequência de empilhamento é denominada AB

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Cristalina e geometria dos cristais

Sequencia de empilhamento
A verdadeira distinção entre as estruturas
CFC e HC está no local onde a terceira camada
compacta está posicionada. Na estrutura HC, os
centros dessa terceira camada estão alinhados
diretamente sobre as posições A originais. Essa
sequência de empilhamento, ABABAB…, se repete
uma camada após a outra. Obviamente, um arranjo
Sequência de empilhamento de
ACACA seria equivalente. Esses planos compactos
planos compactos para a
para a estrutura HC são planos do tipo (0001) estrutura hexagonal compacta
(HC)
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Cristalina e geometria dos cristais

Sequencia de empilhamento
Na estrutura cristalina cúbica de faces centradas, os
centros do terceiro plano estão localizados sobre os
sítios C do primeiro plano.
Isso produz uma sequência de empilhamento
ABCABCAB; isto é, o alinhamento atômico se
repete a cada três planos. É mais difícil
correlacionar o empilhamento de planos compactos
Sequencia de empilhamento de
com a célula unitária CFC.
planos compactos para a
estrutura cristalina cúbica de
faces centradas (CFC).
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Cristalina e geometria dos cristais
Alotropia
• Alguns metais, assim como alguns ametais, podem ter mais de uma
estrutura cristalina, um fenomeno conhecido como polimorfismo. Quando
encontrada em solidos elementares, essa condicao e frequentemente
denominada alotropia.

• A estrutura cristalina que prevalece depende tanto da temperatura quanto


da pressao externa. Um exemplo familiar e encontrado no carbono: a
grafita e o polimorfo estavel sob as condicoes ambientes, enquanto o
diamante e formado sob pressoes extremamente elevadas.

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Cristalina e geometria dos cristais

Alotropia
• Ainda, o ferro puro possui uma estrutura cristalina CCC a temperatura

ambiente, que muda para CFC a 912°C (1674°F). Na maioria das vezes,

uma transformacao polimorfica e acompanhada de uma mudanca na

massa especifica e em outras propriedades fisicas.

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Cristalina e geometria dos cristais
Posições, direções e planos em cristais
• Frequentemente, é necessário identificar posições, direções e planos em
um cristal, ito é, particularmente importante mo caso de metais e suas ligas,
que apresentam propriedades que variam com a orientacao cristalografica.

• Por exemplo, a existencia de determinados conjuntos de planos e direções


definidos como compactos, desempenham importante papel durante a
deformacao plástica de metais.

• A existencia de propriedades dependentes da orientacao cristalografica


resulta na necessidade de se determinar posições, direções e planos em
um cristal.

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Cristalina e geometria dos cristais
Posições de cristais
• Algumas vezes e necessario especificar uma posicao na rede cristalina dentro
de uma celula unitaria.
• Isso e possivel usando tres indices de coordenadas de pontos: q, r e s. Esses
indices sao multiplos fracionariosdos comprimentos da aresta da celula unitaria
a, b e c, isto e, q e algum comprimento fracionario de a ao longo do eixo x, r e
algum comprimento fracionario de b ao longo do eixo y e, de maneira
semelhante, para s; ou:
 qa = posicao na rede cristalina em referencia ao eixo x
 rb = posicao na rede cristalina em referencia ao eixo y
 sc = posicao na rede cristalina em referencia ao eixo z

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Cristalina e geometria dos cristais
Posições de cristais
• Algumas vezes e necessario especificar uma posicao na rede cristalina dentro
de uma celula unitaria.
• Isso e possivel usando tres indices de coordenadas de pontos: q, r e s. Esses
indices sao multiplos fracionariosdos comprimentos da aresta da celula unitaria
a, b e c, isto e, q e algum comprimento fracionario de a ao longo do eixo x, r e
algum comprimento fracionario de b ao longo do eixo y e, de maneira
semelhante, para s; ou:
 qa = posicao na rede cristalina em referencia ao eixo x
 rb = posicao na rede cristalina em referencia ao eixo y
 sc = posicao na rede cristalina em referencia ao eixo z

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Cristalina e geometria dos cristais

Posições de cristais
• Para ilustrar, considere a celula unitaria na Figura abaixo, o sistema
coordenado x-y-z com sua origem localizada em um vertice da celula
unitaria, e o local da rede cristalina localizado no ponto P. Observe como a
posicao de P esta relacionada com os produtos entre seus indices
coordenados q, r e s e os comprimentos das arestas das celulas unitarias.

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Cristalina e geometria dos cristais

Posições de cristais

A maneira segundo a qual sao determinadas as coordenadas q, r e s do ponto P no


interior da celula unitaria. A coordenada q (que e uma fracao) corresponde a
distancia qa ao longo do eixo x, para a qual a e o comprimento da aresta da celula
unitaria. As respectivas coordenadas r e s para os eixos y e z são determinadas de
maneira semelhante.
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Cristalina e geometria dos cristais

Posições de cristais

Posições atómicas em uma célula CCC

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Cristalina e geometria dos cristais

Direções de cristais
• Uma direção cristalográfica e definida como uma linha direcionada entre
dois pontos, ou um vetor. As seguintes etapas sao usadas para determinar
os tres indices direcionais:
1. Em primeiro lugar, constroi-se um sistema de coordenadas x-y-z para a
direita. Por questao de conveniencia, a sua origem e posicionada em um
vertice da celula unitaria.
2. São determinadas as coordenadas de dois pontos que estão sobre o
mesmo vetor direção (em referência ao sistema de coordenadas). Por
exemplo, para a parte traseira do vetor, o ponto 1: x1, y1 e z1; enquanto
para a parte dianteira do vetor, o ponto 2: x2, y2 e z2.
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Cristalina e geometria dos cristais

Direções de cristais
3. As coordenadas do ponto traseiro são subtraídas dos componentes do
ponto dianteiro, isto é, x2 – x1, y2 – y1 e z2 – z1.

4. Essas diferenças nas coordenadas são então normalizadas em termos de


(isto é, divididas por) seus respectivos parâmetros da rede cristalina a, b e c,
ou seja,

𝑥2 −𝑥1 𝑦2 −𝑦1 𝑧2 −𝑧1


que fornece um conjunto de três números.
𝑎 𝑏 𝑐

5. Se necessário, esses três números são multiplicados ou divididos por um


fator comum para reduzi-los aos menores valores inteiros.

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Cristalina e geometria dos cristais
Direções de cristais
6. Os três índices resultantes, sem separação por vírgulas, são colocados entre
colchetes: [uvw]. Os inteiros u, v e w correspondem às diferenças de coordenadas
normalizadas com referência aos eixos x, y e z, respectivamente.
Em resumo, os índices u, v e w podem ser determinados usando as seguintes
equações:
𝑥2 − 𝑥1
𝑢=𝑛
𝑎
𝑦2 − 𝑦1
𝑣=𝑛
𝑏
𝑧2 − 𝑧1
𝑤=𝑛
𝑐
Nessas expressões, n é o fator que pode ser exigido para reduzir u, v e w a
números inteiros.
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Cristalina e geometria dos cristais
Direções de cristais
• Para cada um dos três eixos haverá tanto coordenadas positivas quanto
coordenadas negativas.

• Dessa forma, índices negativos também são possíveis, os quais são


representados por uma barra sobre o índice apropriado. Por exemplo, a direção
[111] teria um componente na direção –y. Além disso, a mudança dos sinais de
todos os índices produz uma direção antiparalela; isto é, a direção [1 1 1] é
diretamente oposta à direção [1 1 1]. Se mais de uma direção (ou plano) tiver
que ser especificada para uma estrutura cristalina específica, torna-se
imperativo para manter a consistência, que uma convenção positiva-negativa,
uma vez estabelecida, não seja mudada.

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Cristalina e geometria dos cristais

Direções de cristais

As direções [100], [110] e [111] dentro


de uma célula unitária.

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Cristalina e geometria dos cristais

Direções de cristais Hexagonais


• Um problema surge quando ha cristais com simetria hexagonal, pois
algumas direcoes cristalograficas equivalentes nao possuem o mesmo
conjunto de indices. Por exemplo, a direcao [111] e equivalente a direcao
[101] em vez da direcao com indices que sao combinacoes de 1s e –1s.
Essa situacao e resolvida com a utilizacao de um sistema de coordenadas
com quatro eixos, ou de Miller-Bravais

Sistema de eixos coordenados para uma celula


unitaria hexagonal (sistema de Miller-Bravais).

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Cristalina e geometria dos cristais

Direções de cristais Hexagonais


• Os tres eixos a1, a2 e a3 estao contidos em um unico
plano (chamado de plano basal) e formam angulos de
120° entre si. O eixo z e perpendicular a esse plano
basal.
• Os indices direcionais, que sao obtidos como descrito
anteriormente, sao representados por quatro indices,
no formato [uvtw]; por convencao, os indices u, v e t
estao relacionados com diferencas nas coordenadas
do vetor em referencia aos respectivos eixos a1, a2 e a3
no plano basal; o quarto indicediz respeito ao eixo z.
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Cristalina e geometria dos cristais

Direções de cristais Hexagonais


A conversao do sistema com tres indices para o sistema com quatro
indices, conforme [UVW] = [uytw] e realizada com o emprego das
seguintes formulas:

2
𝑢 = (2𝑈 − 𝑉)
3
2
𝑣 = (2𝑉 − 𝑈)
3
𝑡=− 𝑢+𝑣
𝑤=𝑊
Aqui, os indices escritos em letras maiusculas U, V e W estao associados
ao sistema com tres indices (em lugar de u, v e w, conforme
anteriormente), enquanto os indices em letras minusculas u, v, t e w estao
associados
20/05/2023 ao novo sistema com quatro indices de Miller-Bravais. 24
Cristalina e geometria dos cristais

Planos de cristais
• As orientacoes dos planos em uma estrutura cristalina sao representadas
de uma maneira semelhante.

• Novamente, a celula unitaria e a base, com o sistema de coordenadas com


tres eixos

• Em todos os sistemas cristalinos, a excecao do


sistema hexagonal, os planos cristalograficos sao
especificados por tres índices de Miller na forma
(hkl). Quaisquer dois planos paralelos entre si sao
equivalentes e possuem indices identicos.

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Cristalina e geometria dos cristais
Planos de cristais
• O procedimento utilizado para determinar os valores dos indices h, k e l e o seguinte:
1. Se o plano passa pela origem que foi selecionada, um outro plano paralelo deve ser
construido no interior da celula unitaria mediante uma translacao apropriada, ou uma nova
origem deve ser estabelecida no vertice de outra celula unitaria.

2. Desse modo, ou o plano cristalografico intercepta ou e paralelo a cada um dos tres eixos.
A coordenada para a intersecao do plano cristalografico com cada um dos eixos e
determinada (em referencia a origem do sistema de coordenadas). Essas intersecoes para
os eixos x, y e z serao designadas por A, B e C, respectivamente.

3. E preciso obter os valores inversos desses numeros. Para um plano paralelo a um eixo,
deve-seconsiderar como tendo uma intersecao no infinito resultando, portanto, em um
indice igual azero.

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Cristalina e geometria dos cristais

Planos de cristais
• O procedimento utilizado para determinar os valores dos indices h, k e l e o
seguinte:
4. Os inversos das intersecoes sao entao normalizados em termos (isto e,
multiplicados por) de seus respectivos parametros da rede cristalina a, b e c.
Ou seja,
𝑎𝑏𝑐
𝐴𝐵𝐶
5. Se necessario, esses tres numeros sao mudados para o conjunto de
menores numeros inteiros pela multiplicacao ou divisao por um fator comum.

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Cristalina e geometria dos cristais
Planos de cristais
• O procedimento utilizado para determinar os valores dos indices h, k e l e o seguinte:
6. Finalmente, os indices inteiros, nao separados por virgulas, sao colocados entre
parenteses: (hkl). Os inteiros h, k e l correspondem aos inversos normalizados das
intersecoes, com referencia aos eixos x, y e z, respectivamente.
𝑛𝑎
ℎ=
𝐴

𝑛𝑏
𝑘=
𝐵
𝑛𝑐
𝑙=
𝐶
Nessas expressoes, n e o fator que pode ser exigido para reduzir h, k e l a numeros inteiros.

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Cristalina e geometria dos cristais

Planos de cristais
• Uma intersecao no lado negativo da origem e indicada por uma barra ou
um sinal de menos posicionado sobre o indice apropriado. Alem disso, a
inversao das direcoes de todos os indices especifica outro plano, que e
paralelo e esta do lado oposto e de maneira equidistante da origem.

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Cristalina e geometria dos cristais

Planos de cristais

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Cristalina e geometria dos cristais

Analise da estrutura cristalina – Densidade


Atómica em Cristais
• Nas duas secoes anteriores discutiu-se a equivalencia de direcoes e planos
cristalograficos nao paralelos.

• A equivalencia direcional esta relacionada com a densidade linear no


sentido de que, para um material especifico, as direcoes equivalentes
possuem densidades lineares identicas. O parametro correspondente para
planos cristalograficos e a densidade planar, e os planos que possuem os
mesmos valores para a densidade planar tambem sao equivalentes.

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Cristalina e geometria dos cristais

Analise da estrutura cristalina – Densidade


Atómica em Cristais
• A densidade linear (DL) e definida como o numero de atomos, por unidade
de comprimento, cujos centros estao sobre o vetor direcao para uma
direcao cristalografica especifica; isto é,
Nú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 á𝒕𝒐𝒎𝒐𝒔 𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒐 𝒗𝒆𝒄𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒊𝒓𝒆𝒄𝒂𝒐
𝑫𝑳 =
𝑪𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒗𝒆𝒄𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒊𝒓𝒆𝒄𝒂𝒐
As unidades para a densidade linear sao os inversos do comprimento (por
exemplo, nm–1, m–1).

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Cristalina e geometria dos cristais

Analise da estrutura cristalina – Densidade Atómica em


Cristais
Por exemplo, vamos determinar a densidade linear a direção [110] para a
estrutura cristalina CFC. Uma célula unitária CFC (representada por meio
de esferas reduzidas) e a direção [110] no seu interior como mostra a figura
de lado a).

Na figura b) estão representados os cinco átomos que


estão na face inferior dessa célula unitária, aqui o
a)
vector direção [110] vai do centro do átomo X, através b)
do átomo Y, e finalmente até o centro do átomo Z.
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Cristalina e geometria dos cristais

Analise da estrutura cristalina – Densidade Atómica em


Cristais
Em relação aos números de átomos, é necessário levar em consideração o
compartilhamento dos átomos com células unitárias adjacentes.

Cada um dos átomos dos vértices, X e Z, também é compartilhado com outra


célula unitária adjacente ao longo dessa direção [110]

Isto é, metade de cada um desses átomos pertence á


célula unitária que está sendo considerada, enquanto
a)
átomos Y está localizado totalmente dentro da célula b)
unitária.
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Cristalina e geometria dos cristais

Analise da estrutura cristalina – Densidade Atómica em


Cristais
Dessa forma, existe o equivalente a dois átomos ao longo do vector direção
[110] na célula unitária. Agora, o comprimento do vector direção é igual a
4R, assim, a partir da equação do slide 32, a densidade linear [110] ara
estrutura CFC, é de:

2 Á𝑇𝑂𝑀𝑂𝑆 1
𝐷𝐿110 = =
4𝑅 2𝑅
a)
b)

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Cristalina e geometria dos cristais

Analise da estrutura cristalina – Densidade Atómica em


Cristais
• De maneira analoga, a densidade planar (DP) e definida como o numero de
atomos por unidadede area que estao centrados sobre um plano
cristalografico particular, ou seja:
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑖𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜
• 𝐷𝑃 = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜

• As unidades para a densidade planar sao os inversos da area (por


exemplo, nm–2, m–2).

a)
b)
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Cristalina e geometria dos cristais

Analise da estrutura cristalina – Densidade Atómica em


Cristais
• Considere a secao de um plano (110) no interior de uma celula unitaria
CFC, como representado nas Figuras a) e b).

• Embora seis atomos tenham centros localizados nesse plano b) apenas um


quarto de cada um dos atomos A, C, D e F, e metade dos atomos B e E,
resultando no equivalente total de apenas 2 atomos, estao sobre aquele
plano. A area dessa secao retangular e igual ao produto do seu
comprimento pela sua largura.

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Cristalina e geometria dos cristais

Analise da estrutura cristalina – Densidade Atómica em


Cristais
• A partir da figura b), o comprimento (dimensão horizontal) é igual 4R,
enquanto a largura (dimensão vertical) é igual 2𝑅 2, uma vez que ela
corresponde ao comprimento da aresta da célula unitária CFC. Assim, a

área dessa regiao planar é de 2𝑅 2𝑅 2 = 8𝑅2 2, e a densidade planar


é determinado conforme a seguir:

2 𝑎𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 1
𝐷𝑃110 = =
8𝑅2 2 8𝑅2 2

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Cristalina e geometria dos cristais

Analise da estrutura cristalina – Densidade Atómica em


Cristais
• As densidades linear e planar sao consideracoes importantes relacionadas
com o processo de deslizamento— isto é, ao mecanismo pelo qual os
metais se deformam plasticamente.

• O deslizamento ocorre nos planos cristalograficos mais compactos e,


nesses planos, ao longo das direcoes que possuem o maior
empacotamento atomico.

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