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ANO 16 - AGOSTO DE 2023 157 ANOS

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É PRECISO SE
REINVENTAR PARA
PERMANECER NO JOGO

A
história que nos trouxe para esta edição especial Parece ter herdado do pai a alegria de gostar de gente,
da Revista da ACC legitima a máxima citada no o prazer de poder ajudar os outros. Todos as suas obras
título acima. Narra a trajetória de um empreen- foram erguidas sobre pilares humanos, assentadas numa
dedor que fez das suas raízes nordestinas o argumento ética que valorizava as pessoas em primeiro lugar. Nunca
maior para as inúmeras vitórias que conquistou. se achou superior, mais sábio, melhor. Pelo contrário, se
Nascido nos sertões sergipanos, em um tempo no qual permitiu aprender e aprimorar seu saber a cada novo
as oportunidades eram ralas, evaporavam ao calor do encontro, a cada nova amizade.
sol ou se perdiam na peneira do tempo caso não fossem Hoje ele tem consciência de que foram as pessoas que
aproveitadas à hora, João Carlos Paes Mendonça soube encontrou pelo caminho, os amigos que conquistou, os
transformar as dificuldades em possibilidades de vitória, companheiros de viagem que ajudou, aqueles que lhe
e construir, em pouco mais de um par de décadas, uma animaram a mudar os rumos das velas nas tantas vezes
história de sucesso que já se estende por mais de meio que as regras do jogo mudaram.
século e precisa ser lida e reconhecida como exemplo. Foram eles que lhe apoiaram nos momentos nos quais
Havia um propósito que o movia. Inspirado no sonho precisou se reinventar e dar novos rumos à sua história.
do pai, Pedro Paes Mendonça, que acreditava ser possível E que bela história João Carlos Paes Mendonça tem es-
mudar a realidade herdada do berço e experimentar uma crito até aqui.
vida mais digna, tratou de fazer da sua lida diária um
instrumento de transformação social. Francílio Dourado Filho
Editor da Revista ACC

ACC - Associação Comercial do Ceará | 3


SUMÁRIO

05 Palavra do Presidente
Dr. João Porto Guimarães 36 GRUPO JCPM
Grupo JCPM

08 Trófeu
Troféu Carnaúba 38 Ao pai
Pedro Paes Mendonça

12 Galeria
Homenageados 41 CMEC
Nasce o Conselho da
Mulher Empreendedora e
Cultura do Ceará – CMEC CE
20 Troféu Carnauba 2023
João Carlos 45 Troféu Carnaúba 2022
Lúcio Brasileiro
Paes Mendonça

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PALAVRA DO PRESIDENTE

RESILIÊNCIA E
CRIATIVIDADE É
O QUE NOS MOVE

João Porto Guimarães


Presidente da ACC

A
Associação Comercial do Ceará está comple- salas nasceram ideias e soluções inovadoras, reflexo do jeito
tando 157 anos de história, o que faz dela uma criativo do nosso empresariado, que sabe plantar e fazer
das mais longevas organizações associativas em brotar da aridez do nosso solo, frutos de valor transformador.
atividade no ambiente corporativo brasileiro. Ao longo Foi para reconhecer, valorizar e aplaudir esses homens
desse tempo, se fez parceira de todas as iniciativas econo- e mulheres que, acreditando no potencial do Ceará, têm
micamente produtivas, em especial aquela que simboliza investido sua energia na construção de empreendimentos
a vocação primeira desse estado, que é o comércio. verdadeiramente transformadores, que nós instituímos
No percurso entre o seu nascimento, acontecido no o Troféu Carnaúba.
distante 13 de abril de 1886, e os tempos atuais, a ACC E quando a nossa diretoria atual se reuniu para eleger
teve a sua resiliência testada por crises dos mais diferentes quem seria o homenageado deste ano, a unanimidade se
portes e matizes. Mas a nenhuma delas se curvou. Ao fez sábia na escolha. O sergipano João Carlos Paes Men-
contrário, soube se fazer ainda mais necessária e forte donça, que soube tão bem se fazer merecedor do título
quando protagonizou importantes movimentos políti- de cidadão cearense, sintetiza esse espírito que nos move
co-empresariais em defesa das classes que empreendem e tem uma história de vida que simboliza por excelência
e são as responsáveis maiores pela promoção do desen- a resiliência do povo nordestino.
volvimento socioeconômico do Ceará. Ao lhe entregar o Troféu Carnaúba 2023, estamos
Por sua diretoria passaram os mais relevantes nomes simplesmente lhe dizendo: Muito obrigado por ter acei-
da economia cearense. Dos encontros promovidos em suas tado caminhar ao nosso lado.

ACC - Associação Comercial do Ceará | 5


ACC

CE
AR
Á
MNIA
LABOR O VINCIT

1866

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO CEARÁ

DIRETORIA EXECUTIVA ACC - 2022-2025

Presidente: João Porto Guimarães • 1º Vice-presidente: Paulo Sousa Barbosa

• Vice-Presidentes: Lagildo Brasileiro de Lima, Ana Luiza Franco Costa Lima,


Aluisio da Silva Ramalho e Antonio Gomes Guimarães Neto • Diretor Secretário:
Antonio José Gomes Costa • Diretor Secretário Adjunto: Samuel Machado
Guimarães • Diretor Financeiro: Pretextato Salvador Q. Gomes de O. Mello •
Diretor Financeiro Adjunto: Olivio Feitosa Costa Filho • Diretores: José Edilmo

Matias Cunha, Antonio Erildo Lemos Pontes, Pedro Jorge Medeiros, Antonio
Eliseu de Barros Junior, Estevan São Tiago Machado e Aleteia Patrícia Pessoa
Lopes • Conselho Superior: Urbano Costa Lima C

CM

EXPEDIENTE MY

CY

Realização: Associação Comercial do Ceará - ACC. Coordenação Geral: João Porto CMY

Guimarães - Impressão: Gráfica Tiprogresso - Projeto Editorial e Gráfico: E2 Editora K

Coordenação Editorial: Francílio Dourado - Coordenação de Arte: Keyla Américo - Direção


de Arte e Publish Designer: Augusto Oliveira - Produção: Luan Américo - Jornalista
Responsável: Rafaela Veras Ramos (2605/JP) - Imagens: Arquivo Associação Comercial
e Arquivo JCPM - Tiragem: 5000 exemplares.

A Revista ACC é uma publicação anual da Associação Comercial do Ceará, que


detém os direitos reservados. A publicação se reserva ao direito de adequar
os textos enviados por colaboradores. As matérias divulgadas não expressão
necessariamente a opinião da revista. Muito zelo e técnica foram empregados
na edição desta obra, no entanto podem ocorrer erros de digitação, impressão
ou dúvida conceitual; em qualquer das hipóteses, solicitamos que entrem em
contato. Os anúncios não são de responsabilidade da Editora.

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO CEARÁ


Rua Dr. João Moreira, 207 . Centro . Fortaleza . Ceará
CEP: 60.030-000 . Tel.: 85 3252.2052 - FAX: 85 3251.1541
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TROFÉU

TROFEU
CARNAÚBA

O
ouro não era a única carga infinidade de usos. Da maçã ao código menagear per-
preciosa que as caravelas de barras ela está ao nosso redor o sonalidades que, de forma
dos portugueses levavam tempo todo. A resistência do batom corajosa e inovadora, haviam
do Brasil no século XVIII. Usada ao calor é obtida acrescentando-se a investido seus talentos, energias
para fazer as velas que iluminavam cera à sua composição. No polimen- e competências, na construção
as casas da nobreza europeia, a cera to de assoalhos, móveis e carros é a de empreendimentos verdadei-
de carnaúba transformou-se, já na- carnaúba quem dá mais intensidade ramente comprometidos com a
quela época, em um dos principais ao brilho. Por não conduzir energia mudança para melhor, do perfil
produtos brasileiros de exportação. elétrica, é também usada como iso- socioeconômico do nosso esta-
O consumo aumentou nos séculos lante em chips, além de ser aplicada do, escolheu a carnaúba como
seguintes e atingiu o auge nos anos em diversas partes do computador, símbolo maior.
1950, quando saíam das folhas da protegendo-as contra a umidade. É Assim, em 1997, nascia o
planta quase 100 mil toneladas de a cera de carnaúba quem forma o “Troféu Carnaúba”, que passa-
cera, usadas para fazer papel-carbono revestimento sobre os comprimidos ria a ser entregue anualmente,
e graxa para sapatos, impermeabilizar para evitar a umidade, sendo ainda durante as comemorações do
metais e na fabricação dos falecidos usada na fabricação de cápsulas de aniversário de fundação da
discos de vinil. remédios. Antes de serem exporta- associação, fato ocorrido há
Hoje a produção já não é mais a das, frutas como manga e maçã são 151 anos, no dia 13 de abril
mesma. Das matas ainda nativas dos cobertas com a cera, o que evita a de 1866. À época a ACC era
estados do Ceará, Piauí e Rio Grande perda de água, mantém a qualidade presidida pelo coronel Lívio
do Norte, onde floresce a carnaúba, e dá brilho. Vários vernizes carregam Silva de França, que delegou
saem cerca de 20 mil toneladas de carnaúba na sua fórmula, como é o
cera que é exportada anualmente para caso das tintas térmicas, que facilitam
países como Estados Unidos, Japão a leitura de códigos de barras.
e Alemanha. Daí que, quando a Associação Co-
Considerada a verdadeira árvore mercial do Ceará (ACC) resolveu
da vida, a Carnaúba se presta a uma instituir uma comenda para ho-

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ao artista plástico Otoch (Grupo Otoch), Jaime Tomás
Sérvulo Esmeraldo, a missão de dar de Aquino (Companhia Industrial de
forma e vida ao troféu. O resultado, Óleos do Nordeste – Cione), Francisco
três carnaúbas encravadas sobre uma Deusmar de Queiroz (Grupo Pague
base sólida, simbolizava a um só tem- Menos), José Carlos Pontes (Grupo
po, a resiliência do empreendedor Marquise), Gil Fernandes Bezerra
cearense e a crença do nosso povo (Indústria Naval do Ceará – Inace),
na sua capacidade de superar as mais Francisco Humberto Bezerra (BIC
adversas condições. Banco), Gerardo Gusmão Bastos
No primeiro ano a outorga coube (Grupo Gerardo Bastos), Edyr Rodri-
a Yolanda Queiroz, empresária cea- gues Rolim (Grupo C. Rolim), Tasso
rense que, de forma ímpar, soubera Ribeiro Jereissati (Grupo Jereissati),
dar substância e concretude ao legado Everardo Ferreira Telles (Grupo Ypió-
herdado, construindo um dos mais ca), Fernando Cirino Gurgel (Grupo
sólidos conglomerados econômicos Durametal), Ednilton Gomes de Soa-
deste país, o Grupo Edson Queiroz. rez (Grupo 7 de Setembro), Lavanery
Em seguida vieram Humberto Fon- Wanderley (Grupo Apiguana), Ro-
tenele (Grupo Humberto Fontelene), berto Proença de Macêdo (Grupo J.
Ivens de Sá Dias Branco (Grupo M. Macêdo), Jorge Alberto Vieira Studart
Dias Branco), José Dias de Macedo Gomes (Grupo BSPar), Antônio José
(Grupo J. Macêdo), José Abrahão de Freitas Mello (Grupo Normatel),
Emilio Ary Filho (Grupo Casablanca
Tecidos), Paulo Souza Barbosa (Imo-
biliária Paulo Barbosa), José Ximenes
Tabosa (Grupo Frangolância), Alci
Porto Gurgel (Sebrae Ceará) e Lúcio
Brasileiro (Jornalista).

ACC - Associação Comercial do Ceará | 9


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TROFÉU CARNAÚBA 2023

JOÃO
CARLOS
PAES
MENDONÇA

2023

18 | REVISTA ACC | 157 anos


E
m 2023 se comemoram os 157 anos da Associação
Comercial do Ceará (ACC), instituição que tem
pautado a sua atuação na luta intransigente pela
ética nas relações socioeconômicas, no fortalecimento do
comércio como instrumento de promoção da cidadania,
e na construção de um Ceará cada vez mais forte e com-
petitivo. E foi com esse espírito que a diretoria plena da
ACC elegeu por unanimidade, para receber sua comenda
máxima, o Troféu Carnaúba 2023, um empresário cuja
trajetória simboliza a força e determinação do comerciante
nordestino. Nascido em berço simples, ele ousou escrever
a sua própria história e no percurso, construiu um dos
mais respeitados e sólidos grupos econômicos do setor de
supermercados do Nordeste o grupo JCPM. É, portanto,
com merecimento que João Carlos Paes Mendonça recebe
a vigésima sexta edição do Troféu Carnaúba.

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TROFÉU CARNAÚBA 2023

“O homem é feito
JOÃO CARLOS
PAES MENDONÇA

E de tal forma que,


le mal começara a vida e o co-
mércio já incendiara sua alma.
Ainda pequeno, se esticava
sobre um tamborete atrás do balcão quando alguma coisa
incendeia sua alma,
para ser visto e poder ver de perto os
olhos e os trejeitos dos fregueses que
acorriam à mercearia de Pedro Paes
Mendonça, o pai, em busca de algo
que lhes animasse a lida diária.
as impossibilidades
Ali, João Carlos Paes Mendonça, o
filho, aprenderia o valor da amizade,
desaparecem.”
do respeito ao próximo, do cuidado
com a família, a importância de cons- Jean de La Fontaine
truir relacionamentos virtuosos e tudo
o mais que um bom comerciante pre-
cisava saber para satisfazer os desejos
e necessidades de sua clientela, poder
cativar as pessoas e deixá-las felizes.
O pai foi seu grande mestre. Quan-
do, a partir de um contexto totalmente
adverso vivido na distante Serra do
Machado, no interior de Sergipe,
ousou abandonar a enxada, deixar o
passado no passado, e instalar uma
pequena bodega no povoado onde
morava, estava ensinando ao filho
os primeiros passos da longa estrada
que ele mesmo haveria de percorrer
vida afora.
Disciplinado e atento a tudo o que
acontecia em seu redor, o pai logo
se fez o melhor merceeiro da região,
sendo querido e respeitado por todos.
Em sua mercearia procurava oferecer
de um tudo, e sempre tinha algo novo
para surpreender a freguesia. Mas
aquilo era pouco para quem, como ele,

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João Carlos Paes Mendonça

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Armazém de Aracaju em 1951.

acreditava que era possível e preciso


fazer sempre mais.
Na primeira oportunidade que
teve, ousou ampliar os horizontes
da família e instalou um diversifica-
do armazém na sede do município,
a cidade de Ribeirópolis, onde fez
um breve pouso antes de iniciar a
construção de uma nova história na
capital do estado. As razões alegadas
para a saída rumo ao mar de Aracaju,
estavam numa experiência frustrada
com a política, mas há quem acredite
que era o destino ditando os rumos
da vida. A história trataria de mostrar
que aquela foi uma sábia decisão.
Desde então o filho João Carlos,
que seguia cada passo do pai e se dei-
xava encantar com tudo o que via e
aprendia, entendeu de uma vez por
todas que não havia limites para o
homem, que ele mesmo poderia ir
até onde seus sonhos mais ousados
o levassem. E assim o fez.
Aos 17 anos estava à frente do
armazém da família. Apesar da tenra
idade, já demonstrava grande habi-
lidade de negociação e sabia como
poucos conquistar a admiração e
simpatia de clientes, fornecedores e
de todos que com ele trabalhavam.
Atento aos acontecimentos, tal qual
o pai, cedo percebeu que se quisesse
vencer não podia se aquietar, per-
manecer onde estava, precisava ir
além, desbravar novas fronteiras,
conquistar novos mercados.
Não se fez de rogado. Decidido a
ser grande, mal completou maioridade
iniciou um processo de expansão dos

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Armazém de Aracaju, pós incêndio.

“Onde pisava
enxergava
oportunidade, e
oportunidades
não podiam ser
perdidas.”
negócios da família. Primeiro com a
abertura de um novo armazém na
cidade de Propriá, onde enxergava um
mercado promissor. Aliás, enxergar
longe, imaginar cenários, era uma arte
que cultivava cotidianamente, e aquilo
seria fundamental no futuro. Pouco
tempo depois seria a vez do município
de Lagarto receber uma filial da Pedro
Paes Mendonça & Cia., empresa ainda
familiar, mas que começava a ganhar
ares de grupo empresarial.
Entre os dois últimos passos –
Propriá e Lagarto – um incêndio
inesperado, que destruiu toda a loja
de Aracaju, serviu para reforçar a re-
siliência do jovem João Carlos. Ao
lado da família, reconstruiu tudo e se
tornou ainda mais forte e crente na
sua capacidade de superar desafios.
Onde pisava enxergava oportuni-
dade, e oportunidades não podiam
ser perdidas. E assim seguiu abrindo
novas filiais dos seus armazéns de
atacado de secos e molhados e criando
outros negócios, como uma usina
de beneficiamento de milho e arroz,
produto que acabou abrindo portas
para sua entrada na próspera Recife.
Tinha um olhar todo especial para
a capital pernambucana, cidade cuja

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Reinauguração do Armazém de Aracaju.

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história econômica trazia um vín-
culo muito forte com o comércio, e
que ele, João Carlos, considerava um
eldorado a ser conquistado. Quando
se apaixonou por Maria Auxiliadora
e com ela se casou, escolheu Recife
como palco para passar a lua de mel
ao lado daquela que elegera como o
grande amor da sua vida. Um ano
depois nasceria sua única filha, Jaci.
A paternidade fez dele um novo
homem, pois tomou consciência de que
sua responsabilidade com o amanhã
tinha agora uma razão maior. Deste-
mido, foi em busca de pavimentar os
caminhos do futuro que imaginava
ideal para sua filha viver. No ano se-
guinte instalaria, ainda em Propriá,
o primeiro supermercado de outros
tantos que viriam. Ao lado do pai, dos
irmãos e dos primos, acabou cons-
truindo uma história de sucesso em
seu estado natal, Sergipe, onde aos 26
anos já era conhecido por todos como
um vitorioso homem de negócios.
Mas apesar do tanto que já conquis-
tara, tudo ainda lhe parecia pequeno
diante do quanto sonhava alcançar.
Latejava em seu coração o desejo de
desbravar todo o potencial que Recife
sinalizava. Sempre que lhe sobrava
algum tempo corria para visitar aquela
cidade, pesquisar seus mercados, co-
nhecer os gostos das pessoas. De tanto
ir e vir passou a acreditar que era lá que
habitava o seu sonho de ser grande, e
não renunciaria a isso. Decidido, em
1966 mudou-se com a mulher e a filha
para a “Veneza brasileira” e iniciou
uma nova história de vida.

26 | REVISTA ACC | 157 anos Casamento de João Carlos e Maria Auxiliadora.


João Carlos Paes Mendonça e Auxiliadora.

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João Carlos Paes Mendonça no escritório do Bompreço em 1981.

Inauguração do Hiper Bompreço Shopping Center Recife 1980.

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Hiper Bompreço de Casa Amarela 1974.

Naquele mesmo ano instalaria a “O melhor


primeira loja dos “Supermercados
Bompreço”, no bairro de Casa Ama-
marketing é gostar
rela. Com espaços de circulação gene- de gente”, costumava
rosos, um ambiente onde se respirava dizer para as
modernidade, extensa diversidade de
marcas e produtos, uma política de
pessoas com as quais
marketing e de preço agressiva e um trabalhava, desde o
atendimento que se diferenciava da mais simples ao mais
concorrência pela forma acolhedora
com que tratava os clientes, logo caiu
graduado...”
nas graças da população.
Sempre com o ouvido aberto aos Viagem. Esta, aliás, já nasceu grande,
desejos de sua clientela e o olhar aten- e por muito tempo foi considerada
to aos movimentos do mercado, dois uma das lojas de supermercado mais
anos depois João Carlos estava inau- modernas do Brasil.
gurando a segunda loja, ainda mais Senhor de uma personalidade for-
moderna, ampla e aconchegante. A te, seguro daquilo que defendia como
forma transparente e ética com que valores inegociáveis no trabalho e na
conduzia suas relações com colabo- vida, João Carlos Paes Mendonça se fez
radores, parceiros e fornecedores, lhe referência e sua palavra passou a ser
dava uma credibilidade única, todos solicitada nos mais diferentes fóruns
queriam estar ao lado daquele ho- do setor supermercadista brasileiro.
mem que não temia a concorrência, Cada vez que subia ao palco, a plateia
mas a respeitava a ponto de querer silenciava para ouvi-lo, pois sabia que
estar sempre à sua frente, entregando algo importante estava para ser dito.
algo a mais. “Esse é o nosso negócio, senhores!
“O melhor marketing é gostar de Fazer chegar às mãos do consumidor,
gente”, costumava dizer para as pes- da forma mais eficiente possível, a
soas com as quais trabalhava, desde o resultante de um gigantesco processo
mais simples ao mais graduado, com produtivo”, falou na abertura da VI
o propósito de lhes mostrar o valor Convenção Nacional das Empresas
dos bons relacionamentos. E assim, de Supermercados, em 1972.
dia a dia, ele ia construindo a cultura Desde então teve cadeira cati-
organizacional que transformaria a va, com direito a voz, em inúmeros
Rede de Supermercados Bompreço, eventos Brasil afora. Todos queriam
numa das mais fortes marcas do Re- conhecer aquele nordestino que, saído
cife, com lojas espalhadas por diver- do nada, com inteligência e muito
sos bairros da cidade, a exemplo do labor, estendera suas ideias por vá-
Parque Amorim, Ceasa, Arruda e Boa rios estados da região. Naquele tempo

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Inauguração da loja Bompreço Conselheiro Aguiar, Boa Viagem 1971.

30 | REVISTA ACC | 157 anos


João Carlos já instalara suas lojas em “Ao mesmo tempo
diversas cidades do Pernambuco e da
Paraíba, além de Sergipe, sua terra de
em que expandia
origem. E foi sua palavra que o levou suas fronteiras,
a ser eleito presidente da Associação sua imaginação se
de Profissionais de Comércio Vare-
jista de Empresas de Supermercado,
inquietava, estava
mais tarde denominada Associação sempre em busca de
Brasileira de Supermercado (Abras). algo novo.”
Depois seria um dos fundadores e
presidiria a Associação Latino-A-
mericana de Supermercados (Alas). permercados Bompreço. A ideia se
Ao lado de seus pares, deu grande mostrou revolucionária, fez crescer
contribuição para o fortalecimento do sobremaneira as vendas nas lojas e
setor, e, por extensão, para a sociedade logo ganhou similares por todo o país.
como um todo. Não por acaso recebeu No longo percurso entre o sertão
títulos de cidadania nas mais diferen- e o mar, ouve um momento em que
tes cidade e estados onde pregou sua a dor bateu em sua porta sem pedir
missão de gerar transformação social licença. O pai, em pleno vigor dos 69
a partir do trabalho. anos, se foi quando ele menos espe-
O sucesso alcançado lhe permitiu rava, deixando um vazio que jamais
alçar voos mais altos. No início dos seria preenchido. Quase uma década
anos 1980 – para muitos considera- depois, João Carlos voltaria à Serra
da a “década perdida” – João Carlos do Machado para realizar um desejo
ultrapassava os limites do Nordeste, antigo que lhe fora confidenciado pelo
inaugurando novas lojas no Espírito pai, de que gostaria de ajudar a Serra do
Santo e em São Paulo. “Chegamos Machado, onde estavam fincadas suas
aqui não como retirantes [...] mas raízes, a se desenvolver. Ali instalou
trazendo tecnologia para enfrentar e a Fundação Pedro Paes Mendonça.
vencer nesse grande mercado”, diria Desde então pai e filho nunca mais
em depoimento para a obra História estiveram ausentes da Serra do Ma-
empresarial vivida, organizada pelo chado, mesmo distantes, um ao lado
professor Cleber Aquino. de Deus, o outro em suas caminhadas
Ao mesmo tempo em que expan- mundo afora, os dois estão sempre
dia suas fronteiras, sua imaginação se presentes pela ação cotidiana daquela
inquietava, estava sempre em busca instituição que se tornaria símbolo de
de algo novo. Foi numa dessas viagens cidadania e compromisso social para
imaginárias que nasceu o Hipercard, todos que vivem na região.
um cartão de crédito com bandeira Quando das comemorações pelos
própria, com a marca dos agora Hi- 100 anos do nascimento de Pedro

ACC - Associação Comercial do Ceará | 31


32 | REVISTA ACC | 157 anos Pedro Paes Mendonça e Maria, pais de João Carlos Paes Mendonça.
Paes, o filho fez um longo discurso “Questionado sobre uma parceria com cadeia de varejo
de homenagem ao pai. “O mundo holandesa, Royal Ahold, que mais
real é produto das nossas ações, da
o porquê de tanto tarde lhe compraria o controle total
capacidade de cada um e de todos em vigor em um tempo da Bompreço S.A. Supermercados do
construir o melhor para a sociedade. crítico como aquele, Nordeste. Se despediu com uma men-
Quanto mais bem-feitas forem nossas sagem que traduzia um sentimento
ações, mais eficazes serão os resulta-
João Carlos disse: que carregava no peito:
dos. Quanto mais o talento, a criati- “Não existe mágica “É chegado o momento da des-
vidade e a combatividade estiverem para superar crises. pedida, o momento em que o meu
presentes, mais contribuiremos para caminho pessoal começa a sepa-
o desenvolvimento de nossa região.
Existe trabalho e rar-se do caminho do Bompreço.
Quanto maiores os conhecimentos, seriedade.” É o momento em que tenho que
maiores as nossas chances de transpor me apartar de tantos amigos, co-
obstáculos. Tem sido assim, e assim tor de um patrimônio exuberante, que laboradores fiéis, pessoas que têm
será por toda vida.” incluía, entre os negócios mantidos, batalhado há muito tempo junto
“Busca de soluções é melhor que mais de 100 lojas Bompreço espalhadas comigo, junto com a família Bom-
reclamar!” Com esta afirmação a revista por todo o Nordeste. Era hora de fazer preço, para a construção deste ideal
Exame de 14 de julho de 1989 abria o algo novo para animar seus sonhos. de empresa [...] é a hora de entrar-
editorial sobre as 200 empresas que mais Inaugurou, em 1997, o Shopping Ta- mos também com alegria nos novos
haviam crescido no Brasil. E como ante- caruna, na divisa dos municípios de caminhos, carregando a esperança
cipava a capa, o Bompreço era destaque Recife e Olinda. Depois viriam muitos de um futuro melhor. Separo-me
com um crescimento superior a 1.100% outros (em Recife, Salvador, Fortaleza de vocês com o orgulho de ter par-
nos últimos 15 anos. Questionado sobre e Aracaju), que acabariam por incluir ticipado ativamente da construção
o porquê de tanto vigor em um tempo o futuro grupo JCPM entre os quatro de uma grande empresa e, mais do
crítico como aquele, João Carlos disse: maiores do país nesse segmento. que isso, de uma instituição exem-
“Não existe mágica para superar crises. Paralelamente, cuidou de inter- plar, altamente conceituada na sua
Existe trabalho e seriedade.” nacionalizar os negócios firmando comunidade, respeitada, invejada,
E foi com esse espírito que João querida por todos os que nos ro-
Carlos Paes Mendonça seguiu am- deiam. Além disso, tenho a certeza
pliando seus horizontes a cada novo
“Aquele não era o de que deixo o Bompreço em boas
momento da vida. Diversificou sua fim de um sonho, mãos, nas mãos da Royal Ahold,
atuação com investimentos que iam mas a abertura de que dará continuidade e ampliará o
da indústria ao comércio, da comu- trabalho que realizamos até agora.”
nicação ao ramo imobiliário, sem
um universo novo Aquele não era o fim de um sonho,
deixar de dar a necessária atenção de possibilidades mas a abertura de um universo novo
às ações de impacto social. Como para o homem que se de possibilidades para o homem que
imaginara antes, não havia limites se tornara símbolo da resiliência do
quando a causa era nobre.
tornara símbolo da povo nordestino, confirmando a má-
Antes que o novo século chegasse, resiliência do povo xima euclidiana de que “o sertanejo
João Carlos Paes Mendonça era deten- nordestino.” é antes de tudo um forte.”

ACC - Associação Comercial do Ceará | 33


GRUPO JCPM

GRUPO
JCPM
A
o longo de sua trajetória o Mendonça, um apaixonado por vi-
Grupo JCPM se fez prota- nhos, a sua mais recente experiência
gonista de todas as histórias é a Quinta Maria Izabel, instalada na
que ajudou a construir. Oito décadas Região do Douro, em Portugal, onde
depois da primeira bodega instalada produz os mais finos vinhos.
no povoado Serra do Machado, inte- Os negócios que empreende
rior de Sergipe, tem hoje uma atuação empregam mais de 3,4 mil pessoas
marcante nos segmentos de Shopping e impulsionam outras cerca de 40
Center, estando entre os cinco maiores mil vagas de trabalho. Além disso,
do país. Também desenvolve relevantes os investimentos que realiza contri-
projetos imobiliários, comanda um dos buem para a melhoria da qualidade
mais importantes grupos de comu- de vida, o desenvolvimento territorial
nicação do Nordeste e, por iniciativa e o crescimento socioeconômico das
de seu líder maior, João Carlos Paes cidades onde se faz presente.

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Diante da diversidade de seg-
mentos onde atua, a governança dos
empreendimentos se dá sob a gestão
de duas holdings: a JCPM Shopping
Centers S.A. – que administra a
participação em 11 shoppings loca-
lizados nas cidades de Aracaju (SE),
de Fortaleza (CE), do Recife (PE) e
de Salvador (BA); e a JCPM Partici-
pações e Investimentos Ltda. – que
responde pela gestão dos negócios
da Divisão Imobiliária, do Sistema
Jornal do Commercio de Comunica-
ção (SJCC), da área de Compromisso
Social (Fundação Pedro Paes Men-
donça e Instituto João Carlos Paes
Mendonça de Compromisso Social)
e da Quinta Maria Izabel.

ACC - Associação Comercial do Ceará | 37


AO PAI

PEDRO PAES
MENDONÇA
Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos, porque eles
têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas; pois suas almas moram na
mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria: Pois assim
como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.

Khalil Gibran (O Profeta, 1923)

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ACC - Associação Comercial do Ceará | 39
CMEC

NASCE O CONSELHO
DA MULHER
EMPREENDEDORA E
CULTURA DO CEARÁ –
CMEC CE

V
inculados as associações nas áreas empresarial, político-ins- sociações comerciais e empresariais
comerciais, os Conselhos titucional e social, atuando como dos respectivos estados brasileiros, a
da Mulher Empreende- representantes dos interesses das CACB tem na sua estrutura o CMEC
dora e Cultura, atuam no fortale- mulheres empreendedoras, empre- nacional que dá apoio aos CMECs
cimento do empreendedorismo e sárias e colaboradoras. estaduais e municipais através das
protagonismo feminino em âmbito O sistema da CACB – Confede- suas coordenadorias.
local e regional. São núcleos, de base ração das Associações Comerciais Para implementar o CMEC CE a
associativista criados para incentivar do Brasil, congrega as 27 federações presidente da entidade nacional, Ana
e fomentar a participação da mulher de todo país, com mais de 2.500 as- Cláudia Badra Cotait, esteve em visita

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42 | REVISTA ACC | 157 anos
a Fortaleza, para dar posse à conselhei- elevarão o desenvolvimento do nosso
ra do Ceará, Ana Luiza Costa Lima. estado a um patamar de maior equi-
Na ocasião foi recepcionada pelo pre- dade”, destacou Ana Luiza durante o
sidente da Associação Comercial do encontro com a diretoria da ACC.
Ceará, João Porto Guimarães, como Criado originalmente com a mis-
também participou de um almoço são de “promover e fomentar o em-
e reunião com a diretoria da ACC. preendedorismo feminino, a econo-
A conselheira Ana Luiza Costa mia criativa, com apoio à capacitação e
Lima, assume o conselho de forma en- qualificação, foco no desenvolvimento
tusiasmada, ressaltando que o CMEC de produtos, serviços e programas
Ceará já nasce com um importante de facilitação e aperfeiçoamento dos
projeto de capacitação em parceria negócios liderados por mulheres”, o
com o Sebrae nacional, que é o projeto CMEC tem como visão de futuro “ser
Desenvolve Mulher Empreendedora. reconhecido como órgão de apoio
“Acreditamos que a implementa- às mulheres que ocupam posição
ção dos CMECs no estado do Ceará, de liderança, seja em uma empresa
irá contribuir significativamente para privada ou em seu próprio negócio,
o incremento de políticas socioeco- contribuindo para o aumento de mu-
nômicas e culturais voltadas para lheres em posições de destaque, como
incentivo à atuação da mulher em- forma de construir uma sociedade
preendedora cearense e, por extensão, mais justa e equilibrada.”
haverá de gerar frutos que certamente Entre os valores que cultua des-
tacam-se: Sororidade, empreendedo-
rismo, ética, diversidade, liderança,
cooperativismo, inclusão social, libe-
ralismo econômico, profissionalismo,
conhecimento, educação, qualifica-
ção, protagonismo e cultura.

SERVIÇO
Para saber mais sobre o CMEC CE
e sua atuação, manter contato com
escaneando o QR Code.

ACC - Associação Comercial do Ceará | 43


TROFÉU CARNAÚBA 2022

2022
A
edição 2022 do Troféu “... uma a seu tempo, mas todas elas do
Carnaúba homenageou o Viemos aqui para nos confrater- seu jeito de ser. A trajetória de Lúcio
jornalista Lúcio Brasileiro, nizar e comemorar mais um ano de Brasileiro é um belo exemplo que me-
nascido Francisco Newton Quezado existência da Associação Comercial do rece ser seguido.
Cavalcante, que ao longo de sua tra- Ceará, essa instituição cuja história se Esta comenda que, por aprovação
jetória se fez Paco, um dos maiores confunde com a história socioeconô- unânime de sua diretoria, a Associa-
representantes do colunismo social mica do nosso estado. ção Comercial do Ceará lhe confere,
da imprensa brasileira. E o que é ainda mais gratificante: o Troféu Carnaúba 2022, foi a melhor
Durante a solenidade de entrega vamos comemorar com a entrega da forma que encontramos de lhe dizer:
do troféu, o presidente da Associa- nossa comenda maior, o Troféu Car- Obrigado meu caro Lúcio Brasi-
ção Comercial do Ceará, João Porto naúba, há três personagens contidos leiro, por nos manter sempre muito
Guimarães, ressaltou a importância eu um só: Ao cidadão do mundo Fran- bem-informados. Obrigado meu amigo
do homenageado. cisco Newton Quezado Cavalcante; Paco, por nos deixar caminhar e expe-
ao competente e arrojado jornalista, rimentar a beleza da vida ao seu lado.
Lúcio Brasileiro, o mais longevo, e ao Sua amizade e sabedoria nos faz
mesmo tempo atual, colunista diário cada dia mais felizes e melhores. Saiba
da impressa mundial; e ao querido que todos que aqui se encontram te
amigo Paco, que generosamente tem amam e te admiram muito. E queremos
aceitado dividir conosco a sua inteli- expressar esse amor e admiração, te
gência, etiqueta, bom gosto e elegância. dando um forte e caloroso abraço, na
Nosso amigo Paco é a prova viva forma de aplausos.
de que as respostas às nossas respon- Ao agradecer a homenagem
sabilidades e papeis sociais não estão recebida, Lúcio Brasileiro disse:
escritas nos manuais da vida, mas “A Carnaúba é a árvore que é símbolo do
impressas nas mais simples ações do Ceará e suas terras do sertão semiárido
nosso dia a dia. e é reconhecida como a árvore da vida.
Lúcio Brasileiro soube como nin- Eu me sinto extremamente honrado
guém nos mostrar o valor da caminha- em receber essa homenagem diante de
da. Quando resolveu ser jornalista, não tantos nomes que admiro que já foram
esperou pelas oportunidades, correu agraciados. Isso é de suma importância
atrás, fez todas elas acontecerem, cada para minha história.”

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