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Projeto Torno Mecânico - Máquinas Operatrizes
Projeto Torno Mecânico - Máquinas Operatrizes
FERNANDO GUSMÃO
VICENTE PENIDO
SALVADOR
2023
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Sumário
1. Introdução ................................................................................................... 3
1.1. Apresentação do projeto ............................................................................. 3
2. Variáveis de entrada para o projeto ............................................................ 3
3. Sistema de transmissão de movimento e mudança de velocidades ............ 7
3.1. Sistema 1 – Mudança de velocidade do motor pro eixo árvore via polias e
correias 7
3.2. Sistema 2 – Mudança de velocidade através de sistema de engrenagens
deslizantes sobre eixo estriado ......................................................................................... 9
3.3. Sistema 3 – Mudança de velocidade do motor pro eixo árvore via polias e
correias na caixa de avanço ............................................................................................ 10
4. Diagramas de rotações para os sistemas de transmissão de movimento e
mudanças de velocidade ................................................................................................. 10
4.1. Eixo-árvore ............................................................................................... 10
4.2. Caixa de avanço ........................................................................................ 11
5. Referências ............................................................................................... 11
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1. Introdução
A mesa deve ser movimentada por um fuso e/ou uma cremalheira, e para o início
do projeto algumas variáveis precisam ser definidas, como por exemplo, diâmetro
admissível, velocidades de corte, rotações, avanços, degraus, etc. Esses tópicos serão
abordados nos capítulos seguintes.
A ferramenta a ser utilizada no torno será uma ferramenta de corte de aço rápido,
e de acordo com a tabela 1, as velocidades de corte podem variar de acordo com o material
a ser usinado, portanto, escolhendo o alumínio como material a ser usinado, as
velocidades de corte mínima e máxima (Vmin e Vmax) serão definidas pelos valores
mínimo e máximo da tabela, que são 30 e 90 m/min, respectivamente, permitindo assim
as operações de desbaste, acabamento e rosca/recartilhamento.
Tabela 1. Velocidades de corte para torno mecânico (m/min)
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Geralmente, a velocidade mais baixa do eixo-árvore em tornos mecânicos fica em
torno de 30 a 50 rotações por minuto (RPM). Essa faixa de velocidade é adequada para
operações que exigem alta potência, como o desbaste de materiais duros. A velocidade
média do eixo-árvore em tornos mecânicos normalmente varia de 150 a 400 RPM. Essa
faixa de velocidade é adequada para operações de usinagem gerais, como corte,
faceamento e acabamento. Portanto, para o parâmetro de menor rotação para o eixo árvore
(n1) será definido como 50 RPM. As velocidades médias e mais altas podem ser obtidas
com o sistema de transmissão de movimento e mudanças de velocidades.
A motorização será feita por um motor Weg F56H 1F IC01 de 2 cv, nas
especificações mostradas nas Figura 1, Figura 2 e Figura 3.
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Figura 1. Motor selecionado.
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Tem-se então, um motor de 2 cv de potência, com 2 pares de polos (4 polos),
escorregamento (s) de 4,0% e rotação (n) de 1500 RPM.
O coeficiente de atrito nas guias (f2) de um torno mecânico pode variar de 0,08 a
0,15, novamente dependendo do material das guias, do acabamento superficial, do tipo
de lubrificação e das condições operacionais. Uma lubrificação adequada é essencial para
reduzir o atrito e o desgaste nas guias, garantindo um movimento suave e preciso da mesa
e do carro transversal.
Para os coeficientes de atrito f1 e f2 vamos admitir o caso médio para ambos, que
é de 0,10.
Parâmetro Valor
D1 500 mm
Vmin 30 m/min
Vmax 90 m/min
n1 50 RPM
ma 9
mf 4
2p 2
6
s 4,0%
C 400 mm
f1 0,10
f2 0,10
Fu ------
G ------
d 150 mm
h 1 mm
Como o motor selecionado tem uma rotação padrão de 1500 RPM, esse primeiro
sistema de polias precisa ter um jogo de polias que permita a rotação mínima definida em
50 RPM e a máxima definida a partir da razão da PG (r) de sequências de rotações do
eixo-árvore em função das velocidades mínima e máxima, e também um par de polias
escalondas na quantidade de 4 degraus (4 rotações permitidas), seguindo o esquema da
Figura 3.
Dados:
𝑛2 = 𝑛1 ∗ 𝑟 = 50 ∗ 3 = 150 𝑅𝑃𝑀
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Calculando agora os diâmetros das polias motoras, tem-se:
𝐶 400
𝑑′1 = 𝑛 = = 12,9 𝑚𝑚
+ 1 1500
𝑛1 + 1
50
𝐶 400
𝑑′2 = 𝑛 = = 36,4 𝑚𝑚
+ 1 1500
𝑛2 + 1
150
𝐶 400
𝑑′3 = 𝑛 = = 92,3 𝑚𝑚
+ 1 1500
𝑛3 + 1
450
𝐶 400
𝑑′4 = 𝑛 = = 189,5 𝑚𝑚
+ 1 1500
𝑛4 + 1
1350
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3.2. Sistema 2 – Mudança de velocidade através de sistema de
engrenagens deslizantes sobre eixo estriado
Para esse sistema, seria utilizado um jogo de engrenagens com acoplamento
frontal, na possibilidade de 2 mudanças de velocidade, no entanto seria perdido as
rotações originais vindas da polia escalonada. Portanto, para se manter as rotações
originais e adicionar mais 2 rotações para cada “nível”, é necessário o uso de engrenagens
deslizantes sobre eixo estriado (esquema da Figura 4).
𝐷1 + 𝐷2
=𝐼
2
𝐷3 + 𝐷4
=𝐼
2
𝐷5 + 𝐷6
=𝐼
2
E também
𝐷1 𝑛1
=
𝐷2 𝑛
𝐷3 𝑛2
=
𝐷4 𝑛
𝐷5 𝑛3
=
𝐷6 𝑛
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Primeiro, encontra-se os diâmetros das engrenagens. Definindo a distância entre os
eixos em 300 mm, será utilizada uma relação que dobra e uma que divide a rotação do
eixo motor pela metade, tem-se que:
n1 = (D1/D2) * n = ½ n
n2 = (D3/D4) * n = 2 n, e
n3 = (D5/D6) * n = 1 n,
é necessário que D4 seja 2D3 e que D6 seja D5/2.
4.1. Eixo-árvore
Como temos 2 sistemas, o diagrama tem 8 possibilidades, que são 4 provenientes
dos degraus da polia escalonada e as outras 2 diferentes rotações provenientes da
engrenagem deslizante sobre eixo estriado, ficando o diagrama da seguinte forma:
Faz-se para cada “n” (n1 – n4) da polia escalonada as novas relações (2 a mais)
quando engrenada a deslizante.
n1 = 50 n5 = 25
n6 = 100
n2 = 150
n2 = 150 n7 = 75
n8 = 300
n = 1500
n3 = 450
n3 = 450 n9 = 225
n10 = 900
n4 = 1350
n12 =
2700
5. Referências
NACE MR0175/ISO 15156-1. GENERAL PRINCIPLES FOR SELECTION OF
CRACKING-RESISTANT MATERIALS. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1ucjp7aceOurKsH7dpETQNbBGdDq97N2g/view
USE OF INTERNATIONAL STANDARD NACE MR0175/ISO15156. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1TBbLSCnmhjeSBZyaW3BlwAj_EGtpjs18/view
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ANSI/NACE STANDARD TM0177-96. STANDARD TEST METHOD. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/15HuTvz-t2-SQjuaPR9lzRx2lZP5Ce9mC/view.
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE AS NORMAS NACE PARA APLICAÇÕES DE
GASES ÁCIDOS COM PRODUTOS WIKA. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1EQpZtWqbIbvjfoH3FKanMzap9eN-ThOb/view
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