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UNOPAR / PITÁGORAS / ANHANGUERA

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ANA PAULA MOURA DIOGO

TRAUMAS PSICOSSOCIAIS EM VÍTIMAS DE ACIDENTE DE


TRÂNSITO

Santana do Livramento / RS

2023
2

ANA PAULA MOURA DIOGO

TRAUMAS PSICOSSOCIAIS EM VÍTIMAS DE ACIDENTE DE


TRÂNSITO

Artigo apresentado como requisito obrigatório para a


conclusão do curso, orientado pelo tutor à distância
do curso de Bacharelado em Enfermagem.
Orientador: Francielly Imazu Gomes

Santana do Livramento / RS

2023

SUMÁRIO
3

RESUMO ................................................................................................. 4
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 5
2. OBJETIVOS ......................................................................................... 7
2.1 GERAL ..................................................................................... 7
2.2 ESPECÍFICOS.......................................................................... 7
3. METODOLOGIA DA PESQUISA.......................................................... 7
4. DISCUSSÃO E RESULTADOS ............................................................ 8
4.1 DISCUSSÃO ............................................................................. 8
4.2 RESULTADOS .......................................................................... 11
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 14
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 15

RESUMO

Busca este trabalho identificar e analisar estudos empíricos sobre traumas com vítimas
de acidentes de trânsito, que abordam variáveis psicossociais como consequências ou
4

preditoras do envolvimento com acidentes de trânsito. Para isso foi realizado um


levantamento bibliográfico eletrônico da literatura indexada, no período de 2015 a 2020,
através do PsycINFO, MedLINE e LILACS, utilizando-se as palavras chave: Acidentes
de Trânsito, Ansiedade, Depressão, Adaptação Psicossocial e Qualidade de Vida.
Foram identificados e analisados vários artigos e matérias de revistas agrupados em
duas categorias, uma relativa à ansiedade e qualidade de vida pós-acidente e outra
relativa às variáveis pessoais dos condutores que se envolveram em acidentes. Foi
possível constatar nos estudos analisados em artigos e matérias, a associação de
acidentes de trânsito à ansiedade, depressão, prejuízos psicossociais, identificando
como indicadores do envolvimento com os acidentes de trânsito, em sua maioria:
jovens, sexo masculino, com tendência a agressividade e transgressão social.

Palavras-Chave: Acidentes de Trânsito; Ansiedade; Depressão; Qualidade de Vida;


Traumas.

RESÚMEN

Este trabajo busca identificar y analizar estudios empíricos sobre traumas con víctimas
de accidentes de tránsito, que abordan variables psicosociales como consecuencias o
predictoras de la participación en accidentes de tránsito. Para eso, fue realizado un
levantamiento bibliográfico electrónico de la literatura adjunta, en el período de 2015 a
2020, a través de PsycINFO, MedLINE y LILACS, utilizando las palabras clave:
Accidentes de Tránsito, Ansiedad, Depresión, Adaptación Psicosocial y Calidad de
Vida. Fueron identificados y analizados varios artículos y materiales de revistas
agrupados en dos categorías, una relativa a la ansiedad y calidad de vida después del
accidente y otra relativa a las variables personales de los conductores que estuvieron
involucrados en accidentes. Fue posible constatar, en los estudios analizados en
artículos y materias, la asociación de accidentes de tránsito a la ansiedad, depresión,
daños psicosociales, identificando como indicadores del involucramiento en los
accidentes de tránsito, en su mayoría: jóvenes, sexo masculino, con tendencia a la
agresividad y transgresión social.

Palabras-Clave: Accidentes de Tránsito; Ansiedad; Depresión; Calidad de Vida;


Traumas.

INTRODUÇÃO

Os acidentes de trânsito são considerados uma problemática da vida urbana e


da civilização suscitada pela popularização dos veículos automotores no cotidiano dos
5

cidadãos. São referidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como ocupando
mundialmente o 9° lugar entre as principais causas de mortalidade, representando 2,8%
do total mundial de disfunções e incapacidades. Estima-se que o número de mortes
como consequência de lesões em acidentes de trânsito aumentou de 5,1 milhões em
1990 para 8,4 milhões em 2020.
Em diversos países, e inclusive, no Brasil os acidentes de trânsito são
considerados um importante problema de saúde pública pelas implicações, tanto para
os indivíduos quanto para a sociedade, em função das sequelas físicas e psicossociais
decorrentes dos acidentes. Entende-se que essas sequelas, acabam por se transformar
em traumas enfrentados pelas vítimas, tais como: cicatrizes, imobilidade, dificuldades
respiratórias, dores, ansiedade, estresse, depressão, entre outras.
Faz-se necessário considerar que as incapacidades decorrentes dos acidentes
de trânsito podem acometer as pessoas envolvidas, independentemente de seu papel
na determinação da ocorrência do acidente, caracterizando-as como vítimas. O termo
vítima de acidente de trânsito é aplicado aos condutores, passageiros ou pedestres,
enquanto diferentes atores que têm em comum o envolvimento no acidente,
necessitando de atendimento médico hospitalar, independente da gravidade do evento.
O interesse pelas variáveis psicossociais associadas aos acidente de trânsito se
reveste de importância principalmente sob a condição de impacto para as vítimas,
quanto ao funcionamento psicológico e a qualidade de vida, e as características dos
condutores que podem favorecer o envolvimento com acidente de trânsito.
A análise dos estudos sob estas duas dimensões pode fornecer subsídios
relevantes para orientar práticas reabilitadoras no caso da saúde e qualidade de vida,
bem como preventivas.
Assim sendo, procura este trabalho, com base em uma revisão sistemática da
literatura indexada, identificar e analisar estudos empíricos sobre acidentes de trânsito
que abordam as variáveis psicossociais como consequências associadas à dificuldades
emocionais e prejuízo na qualidade de vida pós acidente, e como antecedentes ou
peculiaridades dos condutores associadas ao envolvimento com acidente de trânsito.
Conforme relatado no resumo, foi realizado um levantamento bibliográfico da
literatura indexada, no período de 2015 a 2020, nas bases de dados PsycINFO,
6

MedLINE e LILACS. Foram incluídos para análise todos os artigos relativos a estudos
empíricos, que abordaram variáveis psicológicas relativas a pessoas adultas
consideradas vítimas de acidente de trânsito, incluindo pedestres, passageiros e/ou
condutores, e assuntos relativos aos traumas pós acidente.

2 OBJETIVOS
7

2.1 OBJETIVO GERAL

Descrever as percepções de vítimas de traumas sobre alterações físicas e


psicológicas decorrentes de acidente de trânsito.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

A fim de atingir o objetivo geral, faz-se necessário trabalhar e entender os


seguintes objetivos específicos:
 Investigar como pessoas envolvidas em acidentes de trânsito percebem a
manifestação do transtorno do estresse pós-traumático;
 Identificar e analisar estudos empíricos sobre acidentes de trânsito que abordam
variáveis psicossociais como consequências do envolvimento com acidentes de
trânsito;
 Relacionar as deficiências motoras adquiridas por vítimas de acidentes com a
gravidade dos traumas sofridos;

3 METODOLOGIA

A pesquisa bibliográfica é o levantamento ou revisão de obras publicadas sobre


a teoria que irá direcionar o trabalho científico o que necessita uma dedicação, estudo e
análise pelo pesquisador que irá executar o trabalho científico e tem como objetivo
reunir e analisar textos publicados, para apoiar o trabalho científico. Para Gil (2002), a
pesquisa bibliográfica “[...] é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos”.
Este estudo está baseado em uma revisão de literatura, considerando os
materiais disponíveis na plataforma, bem como pesquisas nas bases de dados
bibliográficos disponíveis na WEB, compreendendo períodos de 2015 a 2020. Além da
utilização das ferramentas mencionadas, também cabe a consulta de livros na área de
8

mobilização urbana, traumas e sequelas herdadas em razão de acidentes de trânsito, a


fim de nortear este estudo.
O material de pesquisa foi analisado da seguinte forma:
 Foi realizada uma leitura exploratória do material a fim de entender do que
tratavam os artigos;
 A leitura seletiva foi necessária para a descrição e seleção do material
quanto à sua importância para o estudo, sendo excluindo os artigos que
não estavam de acordo com o tema;
 Finalmente foi feita uma leitura crítica buscando conceitos sobre os
traumas vividos pós acidente de trânsito.
Quanto às intervenções de enfermagem específicas para cada paciente vítima
de acidente de trânsito, busca-se considerar aquelas que são preventivas e
terapêuticas.
A discussão será realizada de forma qualitativa e descritiva para análise das
categorias em questão com embasamento nos autores utilizados no estudo.

4 DISCUSSÃO E RESULTADOS

Neste capítulo será abordado situações referentes à acidentes de trânsito, sejam


eles pedestres ou condutores de veículos automotores, bem como suas lesões fisicas e
ou psicológicas. Cabe ressaltar que para fundamentar a discussão e os resultados,
foram utilizadas algumas citações de autores em bibliografias pesquisadas ao longo do
estudo.

4.1 DISCUSSÃO

Segundo Geiger et. al (2018), sabe-se que os sistemas de transportes terrestres


são altamente relevantes para as relações sociais e econômicas de um país, bem como
geradores de acidentes e consequentemente de mortalidade prematura e sequelas
físicas e psicológicas nos acidentados. A rápida e não planejada urbanização,
9

acrescida da falta de infraestrutura adequada, contribui para o aumento do número de


acidentes de trânsito.
Na Lei N° 9.503/1997, a qual institui o Código Brasileiro de trânsito (CTB), o
trânsito é conceituado como a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga. Ainda, afirma que é direito de todos
e dever dos órgãos competentes assegurar condições seguras no trânsito. Diante
dessa perspectiva, nota-se que não só o Brasil, mas também o resto do mundo
enfrentam diversos desafios em garantir condições seguras no trânsito.
Devido à grande influência do capitalismo acelerado nos dias atuais, é possível
observar um grande aumento das frotas de veículos. Em consequência disso, observa-
se que a mobilidade urbana tem sofrido prejuízos gigantescos, uma vez que nos últimos
anos os acidentes de trânsito (AT) têm aumentado de forma expressiva ceifando
diversas vidas, tornando esse cenário um problema de saúde pública mundial.
Outro dado relevante, refere-se ao comportamento dos condutores no trânsito,
os quais muitas vezes não agem de maneira apropriada causando sérios acidentes.
Sendo que os motociclistas são as principais vítimas fatais nos AT. Visto que esses
condutores estão mais sujeitos as lesões devido o tipo do veículo, os quais estão mais
expostos. Ainda, existem muitos que não utilizam os equipamentos de segurança de
forma correta, como também desrespeitam as leis de segurança (MINISTÉRIO DA
SÁUDE, 2019).
Entende-se que a educação no trânsito é uma prática social que oferece o
desenvolvimento da consciência crítica das pessoas em relação às experiências no
trânsito. Essa prática não se limita apenas a debater regras de trânsito, mas também
visa contribuir para formar cidadãos autônomos, responsáveis e envolvidos com a
valorização da vida.19 A educação em saúde no trânsito é a principal forma de
sensibilizar as pessoas para um comportamento saudável no trânsito, contribuindo,
assim, para a diminuição dos acidentes envolvendo pedestres, ciclistas e condutores.
(SANTOS ET. AL, 2016)
Os acidentes de trânsito provocam altíssimos custos para os indivíduos e suas
famílias e constituem expressiva fonte de despesas aos cofres públicos sobretudo nos
10

serviços de saúde (OMS, 2012). Diante de tal fato, é notório a necessidade de ações de
prevenção e controle com a intenção de diminuir o número de acidentes a longo prazo
(SÁ FREIRE, 2011).
O serviço de atendimento pré-hospitalar é realizado com o intuito de garantir
chances maiores de sobrevivência e segurança aos indivíduos. O atendimento deve ser
realizado o mais rapidamente possível e por profissionais capacitados, além disso, a
remoção e transporte da vítima para os centros de emergência precisam ser feitos na
primeira hora do acidente conhecida como “golden hour” (hora de ouro) (DOLOR,
2008).
A equipe do atendimento pré-hospitalar é formada por médicos, enfermeiros,
técnicos de enfermagem, telefonistas, operadores de rádio e motoristas e, tem como
proposito assegurar a assistência médica e de enfermagem em situações de urgência e
emergência em casos de traumas, emergências psiquiátricas, clinicas, obstétricas e
pediátricas (ASCENÇÃO; VITOR, 2014)
De acordo com Lima; Macena e Mota (2017) os acidentes de trânsito ocupa a 9°
posição entre as principais causas de óbitos no mundo, os quais têm chamado a
atenção das autoridades a nível global para uma solução rápida da problemática.
O enfermeiro (a) exerce um papel fundamental no atendimento pré-hospitalar ás
vítimas com múltiplas lesões (politraumatismos). Visto que esse profissional pode estar
realizando a avaliação primária e ressuscitação (nessa fase são estabelecidos
procedimentos prioritários para estabilizar como também assegurar a vida da vítima),
avaliação secundária bem como reavaliação (uma avaliação mais minuciosa e
procedimentos especializados) (SILVA et al, 2012).
Além disso, o enfermeiro pode atuar no Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência e Emergência (SAMU), Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR),
gerenciamento, liderança de enfermagem e dentre outras atividades. Portanto, o
enfermeiro tem muita relevância desde o início dos primeiros atendimentos até o
momento da alta ou transferência dos utentes (SILVA E INVENÇÃO, 2018).
A pessoa que se envolve em um acidente de trânsito certamente vai ficar
incapaz temporariamente ou definitivamente. No melhor tratamento, são no
mínimo seis meses de recuperação. Sem contar que, com qualquer outra
complicação, pode chegar a mais de dois anos ou até uma impossibilidade de
retornar. Por vezes, ele pode não voltar a ter a mesma função e o custo disso é
estratosférico. (SAMPAIO, 2008)
11

Uma vez discutidos sobre definições de lesões, trânsito, contexto do trânsito no


mundo contemporâneo, cenário atual dos acidentes de trânsito no Brasil, como também
o papel do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar ás vítimas com múltiplas lesões,
passa-se aos resultados e discussão das principais lesões ocasionadas pelos acidentes
de trânsito.

4.2 RESULTADOS

Para Santos et. al (2016), as consequência dos acidentes de trânsito vai além
das lesões, levando às alterações físicas, psicológicas, cognitivas e sociais, o que
origina incapacidade funcional para a realização das atividades da vida diária e
alterações profundas na vida das vítimas, seja no ponto de vista profissional e/ou
pessoal. Uma das principais complicações decorrentes das vítimas de trauma é a
diminuição da capacidade funcional, para a qual vão precisar de intervenção
psicológica focada em ajudá-las a dar sentido as suas vidas, buscando ressignificar o
que a experiência traumática lhe ensinou acerca da vida, bem como suporte social.
Conforme Constancio et, al (2019), constata-se que as pessoas que sofreram
algum tipo de acidente de trânsito podem também precisar de algum tipo de tratamento
psicológico com a finalidade de auxiliá-las a dar significado às suas vidas; tentar
ressignificar o que a experiência traumática lhes ensinou; e proporcionar suporte social
e ocasiões para que elas aprendam a lidar com a situação vivenciada. Para isso, faz-se
necessário que os profissionais de saúde, inclusive os enfermeiros, contribuam na
reabilitação, na promoção do autocuidado e nas orientações em relação às práticas
seguras no trânsito por meio da educação continuada.
As lesões consequentes dos acidentes resultam, constantemente, em
deficiências e inabilidades temporárias ou permanentes, que prejudicam a capacidade
das vítimas sobreviventes exercerem tarefas que delas são esperadas, assim como a
qualidade de vida. O trauma reduz a qualidade de vida relacionada à saúde em médio e
longo prazo, além de ocasionar sintomas de ansiedade e depressão e de diminuição do
convívio social e familiar com dificuldade de retorno ao trabalho.
12

Os acidentes de trânsito refletem de maneira negativa no bem-estar físico e


psicológico das vítimas e de seus familiares, representado pela diminuição da qualidade
de vida desses indivíduos (CARMO et. al., 2019). A gravidade do trauma e das lesões
podem interferir no tempo de internação, no tipo de incapacidade, na dependência de
medicamentos e de tratamentos médicos (SILVEIRA; SOUZA, 2016).
Segundo Ministério da Saúde (2015) traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma
lesão cerebral resultante de um trauma externo, que pode provocar alterações
anatômicas no crânio como fratura ou laceração do couro cabeludo, como também o
comprometimento funcional das meninges, encéfalo e vasos. Ainda, pode provocar
alterações cerebrais momentâneas ou permanentes, seja de natureza cognitiva seja
funcional. Marinho et al (2019) aponta em seu estudo de campo, que 90% das vítimas
com TCE são jovens do sexo masculino, motociclistas, com idade de 20 a 29 anos.
O traumatismo cranioencefálico bem como lesão medular são fatores
predisponentes para as lesões neurológicas (alterações motoras e cognitivas), e que
dependendo da gravidade os indivíduos podem desenvolver sequelas como déficit de
cognição.
Ainda nessa perspectiva, Cruz (2013) cita que as incapacidades decorrentes
dessas lesões não só geram um impacto físico como também emocional, social,
familiar, econômico. Além disso, tais incapacidades podem colocar esses indivíduos
nas estatísticas das deficiências adquiridas.
Na maioria dos casos que atende na associação, a pessoa envolvida em um
acidente tem sequelas graves, como a paraplegia. O processo de adaptação e de
aceitação é lento, e mais demorado ainda quando a estrutura familiar se desmancha
por conta da deficiência.
Para Silva et al. (2019) as lesões ortopédicas são traumas que acometem o
sistema musculoesquelético, que pode ocasionar sérias consequências nas vítimas de
AT, tais como amputações, invalidez temporária ou permanente. Ainda, as regiões que
são mais acometidas são os membros inferiores (perna, joelho e quadril). Isso,
corrobora com o estudo epidemiológico transversal de Rodrigues et al. (2014), o qual
relata que o joelho e perna são as regiões mais atingidas em motociclistas e ciclistas,
devido esses membros estarem mais suscetíveis.
13

A pessoa que se envolve em um acidente de trânsito certamente vai ficar


incapaz temporariamente ou definitivamente. No melhor tratamento, são no mínimo seis
meses de recuperação. Sem contar que, com qualquer outra complicação, pode chegar
a mais de dois anos ou até uma impossibilidade de retornar. Por vezes, ele pode não
voltar a ter a mesma função e o custo disso é estratosférico.
14

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando em considerações os estudos realizados, constata-se que os acidentes


de trânsito são um problema de saúde pública a nível mundial, visto que estes ocupam
a 9° posição entre as principais causas de óbitos no mundo.
As principais lesões ocasionadas pelos acidentes de trânsito encontradas nessa
pesquisa foram: as lesões medulares, lesões cerebrais, lesões neurológicas, bem como
as lesões ortopédicas. Logo, o enfermeiro tem um papel fundamental diante desse
contexto, posto que esse profissional tem contato com os utentes críticos desde o início
dos primeiros atendimentos até a alta dos mesmos.
Pode-se ainda citar que a maior predominância dessas lesões foram em
motociclistas, visto que estão mais suscetíveis devido o tipo do veículo, além disso,
entre os fatores que mais contribuem para acidentes de trânsito estão o uso incorreto
dos equipamentos de proteção, como também o desrespeito às leis de segurança.
Neste sentido, essa problemática não é responsabilidade apenas das
autoridades governamentais, mas também de toda a sociedade. Dado que, é essencial
que cada cidadão coloque em prática os regulamentos instituídos, agindo assim, com
certeza teremos um trânsito mais saudável.
A qualidade de vida da população está ligada a diversos fatores, como a saúde,
educação e segurança. No que diz respeito à segurança no trânsito, observou-se que,
além da colaboração dos condutores quanto à legislação e direção consciente, espera-
se o mesmo dos ciclistas e pedestres.
Em virtude do crescimento populacional e da expansão do número de veículos,
problemas cotidianos acompanham o nível de crescimento e tornam-se cada vez mais
recorrentes na rotina da população: congestionamento, acidentes de trânsito e ausência
de política efetiva de mobilidade urbana.
Destaca-se, nesse contexto, que diante do crescimento do número de
ocorrências de acidentes de trânsito, principalmente envolvendo motociclistas, a
preocupação da população em relação à segurança tem aumentado. Por essa razão,
esse assunto deve ser enfrentado com responsabilidade pelas autoridades públicas
pertinentes, no sentido de oferecer à população maior segurança no tráfego.
15

REFERÊNCIAS

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Andrea Cristine Bressane; VITOR, Cristiane de Souza; SANTOS, Maria Aparecida
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Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm. Acesso em: 15 fev.
2023.

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CONSTÂNCIO, Tatiane O. de Souza; Rocha, Roseane M.; Nery, Adriana Alves;


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16

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SILVEIRA Jucimara Zacarias Martins; SOUZA, José Carlos Sequelas de acidentes de


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