Você está na página 1de 6

Assucena Celeste Djedje

Surgimento da Psicologia

Licenciatura em Ensino Básico


(1º ano – Laboral)

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo, 2023
Assucena Celeste Djedje

Surgimento da Psicologia

Trabalho de pesquisa, a ser


entregue na Faculdade de
Educação e Psicologia (FEP),
na cadeira de Psicologia Geral,
para efeitos de avaliação, sob
orientação da Docente Ana
Paula de Sousa.

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo, 2023
Surgimento da psicologia
A palavra “psicologia” deriva da junção de duas palavras gregas, Psiche e logos-significa
“estudo da mente ou da alma”.
As suas origens remontam à Grécia antiga entre 400 e 500 anos a.C.
A psicologia não surgiu directamente como uma ciência, ela começou como um ramo da
filosofia e continuou por cerca de 2000 anos antes de emergir como uma ciência.
Psicologia começou como resultado das curiosidades dos cosmólogos para entender sobre as
experiências místicas e actividades de pessoas e ventos. Estes incluem as suas experiências na
vida, nos sonhos, vida materialista, os impulsos que têm e peculiaridades no comportamento das
pessoas em diferentes situações.
As ideias modernas sobre a mente e seu funcionamento foram derivadas da filosofia grega. Uma
das primeiras pedras na base da psicologia como ciência foi colocada pelo médico do grego
clássico Alcmeão de Crotona no século VI a.C., que propõe que a “a vida mental é uma função
do cérebro”.
Esta ideia fornece uma base para entender a psique humana até hoje. Os outros filósofos gregos
notáveis são Hipócrates (460-370 a.C.), Sócrates (469-399 a.C.), Platão (428/7-348ª.c) e
Aristóteles (384-322 a.C.).
Hipócrates, conhecido como pai da medicina, classifica as pessoas em quatro tipos com base nos
humores: fleumático (fleuma), sanguíneo (sangue), melancólico (bile negra), colérico (bile
amarela) e fleumático (cátaro). Sócrates reconhecia a mente também além da alma.
Ele tinha analisado as actividades da mente na forma de pensamento, imaginação, memória e
sonhos. Seus alunos Platão e Aristóteles reforçam a ideia. No entanto, eles não têm muita crença
na existência da alma, então eles enfatizaram a capacidade de raciocínio do homem e chamaram
o ser humano de animal racional.

Surgimento da psicologia científica


Wilhelm Wundt fundador da psicologia científica, originalmente treinado como médico,
Wilhelm Wundt (1832-1920) leccionou fisiologia na universidade de Heidelberg na Alemanha.
No início da sua carreira demonstrou grande interesse pelos outros estudos dos processos
mentais.
Na época de Wundt a psicologia não existia. Seu conteúdo fazia parte da filosofia, a ambição de
Wundt era estabelecer uma identidade independente a psicologia. Com este objectivo em mente,
deixou Heidelberg para tornar-se chefe do departamento da filosofia da universidade de Leipzig.
Muitos anos mais tarde Wundt fundou o primeiro grande laboratório de pesquisa em psicologia.
Wilhelm Wundt, homem erudito e extremamente produtivo, publicou mais de 50.000 páginas ao
longo da sua vida. A psicologia de Wundt-psicologia da consciência humana, tinha uma
característica peculiar (Blumenthal, 1979). Ele acreditava que os psicólogos deveriam investigar
“os processos elementares da consciência humana” suas combinações, relações e interacções.
É comum descrever Wundt como um “químico” da vida mental que estudava seus átomos
sistematicamente. Muito apropriadamente, o método de Wundt é em geral chamado de
espiritualismo.
Mas o que é um elemento da mente? Um dos estudiosos de Wundt descreveu tais elementos da
seguinte forma (Tichener, 1915, p.9):
O mundo da psicologia contém aparências e nuanças e toques; é o mundo da escuridão e da luz,
do ruido e do silêncio, do áspero e do macio; seu espaço às vezes é grande e às vezes é pequeno,
como sabem todos aqueles que, na idade adulta, voltaram a […] casa da infância; seu tempo às
vezes é curto e às vezes é longo […]. Contém também pensamentos, emoções, memórias,
imaginações, volições (escolhas) que naturalmente atribuímos a mente.
Wundt sentiu que era particularmente importante estudar as operações mentais centrais. Era
fascinado pelas funções que “fluíam” e “evoluíam”, como propósitos, valores, intenções,
objectivos e motivações (Blumenthal, 1979).
Como os psicólogos estudariam a consciência? Wundt endossou os métodos científicos da
fisiologia e as práticas informais de observações que usamos diariamente. Concebeu também um
outro instrumento, chamada introspecção analítica. Os padrões de Wundt eram rigorosos.
Observadores eram considerados inadequados a fornecer dados para publicação até que tivessem
10.000 observações.
Ao usar o termos observações Wundt tinha algo muito especial em mente. Em estudo, que nos
servirá de exemplo, ele e seus colegas escutaram pulsação de um metrónomo, este instrumento
mecânico pulsa repetidamente e pode ser ajustado para manter ritmos específicos.
O programa de pesquisa de Wundt era duplo: análise seguida de síntese. Após quebrar a
consciência em seus elementos, ele tentava juntá-la de novo, combinando os elementos a fim de
obter alguma compreensão de percepções e julgamentos complexos.
A psicologia de Wundt foi logo adoptada, disseminando-se com especial rapidez pela Europa
pelos Estados Unidos da América e pelo Canadá. O laboratório de Wundt inspirou influência
universal que conferiu a Wundt o título de “fundador da psicologia científica”.

A psicologia hoje
Definimos a psicologia como uma disciplina única, como em geral se faz. Todavia, essa área é
na verdade um conjunto de subáreas. Cada um tem características e exigências próprias e
exclusivas; e no âmbito geral pode razoavelmente ser chamada de estudos psicológicos, em vez
de psicologia (Koch, 1981).
Referências bibliográficas
DAVIDOFF, Linda L (2001). Introdução à Psicologia. Traducao Lenke Peres; revisão técnica
Joses Fernando Bittencourt Lomaco, 3a ed., São Paulo: Pearson Makron Books.

Bock, Ana; Furtado, Odair; Teixeira, Maria de Lourdes (2009). Psicologias - Uma Introdução
ao Estudo de Psicologia, 14 ed., São Paulo.

Você também pode gostar