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Posso responder suas perguntas.

E não, Deus não descarta pessoas, até porque TODOS nós


somos importantes para Ele. Maria além de ser uma boa serva, era filha de Deus. O Senhor
tinha um propósito na vida de Maria para se cumprir, porque ela era a ÚNICA que era capaz de
carregar em seu ventre o bendito fruto que era Jesus Cristo, o Messias. Porque Deus precisava
se fazer como homem e andar no meio de nós para que houvesse redenção. Precisava ser um
homem sem pecado nascido de uma virgem para nos dar a salvação! Precisava que o sangue
de um inocente fosse derramado, porque Jesus foi o sacrifício perfeito, ele é o cordeiro de
Deus.

Certo, obrigado pela sua resposta. Ela está correta, porém apenas o verbo “precisava” que
usastes não está de acordo com a onipotência de Deus, pois Deus tudo pode, logo não
precisava de Maria, nem muito menos que seu filho se encarnasse, mas Deus quis precisar, Ele
quis que Seu Filho se encarnasse no seio da Virgem Maria para nos dar a salvação por meio
d’Ele.

Como Cristã Protestante, acredito que o Senhor achou graça sim em Maria, até porque o anjo
disse a mesma: Ave Maria cheia de graça! (Lucas 1:28) em outras versões podem se encontrar
a agraciada, mas não muda o significado. Podemos concluir que Maria era a única mulher vista
com bons olhos perante ao Senhor para gerar o seu filho unigênito, pois ela era uma boa serva
e tinha pureza em seu coração! Gerou a Jesus através de uma inseminação do próprio Espírito
Santo. E sim, o gerou sendo virgem!

Porém, na Bíblia relata que Maria teve outros filhos, como é o caso de Tiago, o justo e entre
outros... porém ela não morreu virgem e nem santa. Na palavra fala para sermos santos,
porque Deus é Santo! Podemos viver a vida buscando pela santidade, mas se nós ainda
estamos aqui nesta Terra é porque ainda não a alcançamos, pois todos nós somos pecadores,
gerados da desobediência. Um servo aprovado pela sua excelência foi Enoque. Ele foi colhido
por Deus, por conta da sua conduta perante ao Senhor que se agradou tanto que o levou para
a Glória. Que possamos ser assim, para alcançarmos o céu! Que Deus te abençoe!

Sobre essa resposta tenho algumas observações. Sobre o anúncio do nascimento de Jesus “o
anjo entrou onde ela (Maria) estava e disse: ‘Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está
contigo’”. (Lc 1, 28) Nesse ponto concordamos, porém houve um equívoco ao falar que Maria
teve outros filhos, porque isso não é verdade e mesmo que fosse, não haveria problema
nenhum, pois ter filhos não impede ninguém de ser santo, ou seja, se Maria tivesse tido
relações com José e dessa relação tivesse nascido filhos, isso não impediria a santidade de
Maria, ela somente não seria virgem, mas continuaria sendo santa, pois o sexo no matrimônio
não impõe mácula nenhuma na mulher. Contudo, vamos explicar a realidade, isto é, Maria
sempre foi virgem, antes, durante e depois do parto. Agora vamos ver algumas passagens que
comprovam que Maria não teve outros filhos. Veja bem, a Sagrada Escritura fala dos irmãos de
Jesus, mas nunca falou dos filhos de Maria. Isaías profetizou “A virgem ficará grávida e dará à
luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel. (Is 7, 14b) e depois Mateus reproduziu a profecia
de Isaías (Cf. Mt 1, 23), portanto Maria concebeu Jesus pelo Espírito Santo e permaneceu
virgem para ser toda de Deus. Entretanto, pode haver uma objeção em relação ao versículo 25,
onde Mateus diz: “(José) não conviveu com ela (Maria) enquanto não deu à luz o filho, ao qual
pôs o nome de Jesus” (Mt 1, 25), porém, isso não quer dizer que depois de Maria ter dado à
luz, José tenha tido relações com ela, pois a mesma expressão “enquanto”, ou, em outras
tradições aparece “até que”, também aparece na primeira carta aos Coríntios onde Paulo fala
“Pois é preciso que ele (Cristo) reine, até que Deus ponha todos os seus inimigos debaixo de
seus pés” (1Cor 15, 25), ou seja, será que Cristo não vai reinar depois? Ocorre que o termo
grego traduzido por “até que” não quer dizer que depois aconteceu ou deixou de acontecer.
Logo, da mesma forma que José, depois que Jesus nasceu, também não teve relações sexuais
com Maria. Essa é a interpretação da Igreja desde os primeiros séculos.

Quanto aos irmãos de Jesus, a Bíblia não diz que eram filhos de Maria. Na Bíblia o
termo “irmãos” não significa apenas filhos de uma mesma mãe, mas sim generaliza também
para parentes. Por exemplo, Abraão era tio de Ló, porém Abraão, ainda “Abrão disse a Ló: ‘Não
haja contenda entre mim e ti, entre os meus pastores e os teus, pois somos irmãos’”. Logo, os
irmãos de Jesus podiam ser parentes ou até mesmo irmãos na fé. Além do mais, na Cruz,
“Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo (João) a quem amava, disse à mãe: ‘Mulher,
eis o teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis tua mãe!’ A partir daquela hora, o discípulo a
acolheu em sua casa”. (Jo 19, 26-27) Logo, não é estranho que Jesus tenha entregado sua mãe
para que João cuidasse, sendo que João, que era filho de Zebedeu, não era nem parente de
Jesus? Onde estavam os irmãos de sangue de Jesus? Isto é, seria inconcebível para o povo
judeu entregar a mãe, por exemplo, para que alguém que não fosse pelo menos parente, para
cuidá-la. Portanto, Maria não teve outros filhos, pois recebeu de seu Filho a missão de ser mãe
de toda a humanidade quando Ele a entregou como mãe de João.

No evangelho de Marcos, o evangelista escreve: “Não é ele (Jesus) o carpinteiro, o filho


de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E suas irmãs não estão aqui conosco?
(Mc 6, 3), Porém, no mesmo evangelho, o evangelista escreve: “Estavam ali também algumas
mulheres olhando de longe; entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago Menor e de
José, e Salomé”. (Mc 15, 40). Assim também o evangelho de Mateus revela: “Entre elas
estavam Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”. (Mt
27, 56) Portanto, a mãe de Tiago, José e Salomão não é a Maria mãe de Jesus. Ou seja, o
evangelista, ao escrever o termo “irmãos” se refere a qualquer parentesco e não irmãos filhos
de uma mesma mãe. Por fim, essa explicação está de acordo com a fé da Igreja Católica, pois
não é possível compreender a Bíblia sem a Igreja, pois: "Deveis saber, antes de tudo, que
nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular". (2Pe 1, 20)

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