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CAPÍTULO XII — O ISLAMISMO

A Europa não conheceu apenas as invasões dos povos ditos “bárbaros”. Tomou
também contacto com uma nova religião: o islamismo. Em breves traços, tentemos
conhecer o fundador dessa nova religião, seu percurso, sua doutrina, difusão do seu
ensinamento.

Fundador: Maomé. Nasceu em Meca, na atual Arábia Saudita, em 570 d.C.. Órfão em
criança, foi criado pelo avô e, mais tarde, pelo tio. Trabalhou como mercador e aos 25
anos desposou Cadija, uma viúva rica. À medida que o tempo passava, começou a meditar
no monte Hira, logo à saída de Meca, onde em 610 recebeu a primeira revelação de Deus,
feita pelo Arcanjo Gabriel. A partir de 613 proclamou-a ao povo politeísta de Meca, mas
o acolhimento não foi satisfatório. Os ensinamentos radicais sobre a singularidade de
Deus enfureceram os ouvintes e estes perseguiram-no, bem como aos seus seguidores,
alguns dos quais fugiram para a Etiópia. Em 622, ainda vítima de perseguições e já viúvo,
Maomé aceitou o acolhimento do povo de Yathrib (mais tarde conhecida como Medina)
e foi para Norte. Essa emigração, ou hégira, assinala o começa da era islâmica. Maomé
lutou com os habitantes de Meca até 630, altura em que se apoderou da cidade. Viria a
morrer em 632, aos 62 anos de idade.

O Corão: contém as revelações que o profeta recebeu. A mesma mensagem já tinha sido
comunicada a outros profetas mais antigos, como a Moisés e a Jesus, mas as comunidades
anteriores corromperam aquilo que lhes tinha sido transmitido. Agora, O Alcorão
expressa, sem defeito, a Palavra de Deus. É por isso que o Alcorão não pode ser traduzido
em qualquer outra língua, podendo apenas ser parafraseado ou interpretado. Divide-se em
114 suras (= capítulos), e estas em ayat's (= versículos).

Deus: desde o primeiro momento emocionante no Monte Hira, Maomé recebeu a


compreensão fundamental de que, se Deus é Deus, não pode haver relatos competitivos
acerca de <quem é Deus>, e certamente nunca há deuses rivais ou muitos deuses. Só pode
haver Deus, e por essa razão se Lhe chama Alá, <o que é Deus>. Nem tão pouco pode
haver religiões que rivalizem, nem pessoas divididas e em posições que se contradigam
— todos os indivíduos vêm de Deus e para Ele regressam, após a morte, passando por um
julgamento exato das suas ações. Por conseguinte, toda a gente devia tornar-se numa só
ummah, ou comunidade, e cada ação e aspeto da vida devia testemunhar que <não há
nenhum deus senão Deus, e Maomé é o seu mensageiro>.

Os cinco pilares do Islão: sustentam e estruturam a vida islâmica.


O primeiro pilar é a Shahada, ou seja, a afirmação: “Não hã outro deus senão
Deus, e Maomé é o Seu mensageiro”.
O segundo pilar é o Salat, isto é, as orações estipuladas que os islamitas devem
dizer na direcção da Kaaba - o santuário sagrado no centro da mesquita, em Meca —
cinco vezes por dia (perto da alvorada, ao meio-dia, à tarde, ao sol poente e à noite. De
cada vez, os islamistas devem preparar-se com abluções, consciencializando-se da sua
intenção de orar, além de procurarem um local limpo. Então, repetem o sinal sucessivo
de se curvarem, ajoelharem e prosternarem, acompanhado por invocações a Deus e
recitação de partes do Alcorão em árabe),
O terceiro pilar é o sawm, o jejum quotidiano que se faz no Ramadão. Os
muçulmanos não tocam em comida nem em bebida e não há intimidade sexual durante as
horas diurnas. O Ramadão termina com o Jd al-Firt, a Festa da Quebra do Jejum, em que
se fazem orações e se trocam prendas.
O quarto pilar é a zakat, a esmola, geralmente constituída por um quadragésimo
dos rendimentos anuais, destinada aos pobres e causas de beneficência.
O quinto pilar é a hégira, ou peregrinação a Meca no 12º mês islâmico, que todos
os muçulmanos devem tentar ao menos uma vez na vida.

A guerra santa: O Alcorão não santifica a guerra. Desenvolve a noção de uma guerra
justa de autodefesa para proteger valores decentes, mas condena o homicídio e a agressão.

Os rosários: quando vão na rua, os muçulmanos levam consigo os rosários. Têm


habitualmente 99 contas, cada uma com um dos Mais Belos Nomes de Deus. Enquanto
caminham desfiam o rosário pelos dedos, murmurando um nome por cada conta.
Esquecendo-se de algum dos nomes, simplesmente murmuram: Alá, Alá, Ala.

Locais de culto: as mesquitas. Nestas a qibla = direcção de Meca, para onde os devotos
devem voltar-se quando oram, é indicada Por um mirhab vazio ou alcova. No exterior
das mesquitas destacam-se os Minaretes, símbolos da supremacia e singularidade de
Deus, Da varanda do minarete, o muezim chama para a oração...

A sucessão de Maomé: antes de morrer, o profeta não escolheu sucessor. Depressa surgiu
a cisão entre sunitas (encabeçados por Abu Bark, o primeiro califa eleito por maioria de
votos) e xiitas (liderados por Ali, primo de Maomé). Os sunitas, ramo maioritário que
engloba 90% dos muçulmanos são, à letra, <aqueles que seguem o lider>.

A expansão do Islamismo: cerca de 45 nações têm uma população maioritariamente


muçulmana e outras 30 têm comunidades muçulmanas significativas. A Indonésia é o
país com a maior comunidade islâmica do mundo. Na Europa, a Albânia e o Kosovo são
predominantemente muçulmanos, enquanto a Bulgária, a Bósnia, a Macedónia e a
Geórgia têm comunidades significativas. Em França, o cálculo ronda os 4 milhões de
muçulmanos, a Alemanha apresenta 3 milhões, a Grã-Bretanha tem 1 milhão e 700 mil,
a Espanha e a Holanda meio milhão e na Bélgica são perto de 300 mil. Em Portugal, os
números oscilam entre os 30 e os 40 mil.

Islamismo — Cristianismo: ao lado de diferenças fundamentais, o Islamismo e o


cristianismo apresentam vários aspetos comuns: a fé num único Deus, à crença numa
Revelação, a veneração pela Virgem Maria (que eles consideram Mãe puríssima), um
esforço moral e espiritual, a ideia de submissão a Deus (sim ou islão = entrar numa
situação de paz e segurança com Deus por meio de aliança e rendição a Ele). Mais ainda:
os islâmicos acreditam nas criaturas invisíveis, na imortalidade da alma, no julgamento
de Deus, na ressurreição da carne, no paraíso e no inferno.
Substancial diferença: para eles, Jesus (de quem falam muito) é apenas um grande profeta,
suplantado por Maomé.
Aprofundando...

“Choque civilizacional - O Islamismo no mundo ocidental”

“O séc. XX testemunhou várias mudanças no mundo muçulmano: guerras


mundiais; fim do domínio colonial; surgimento de novos Estados na Ásia, no Médio
Oriente e em África; a descoberta do petróleo; desenvolvimento de novas indústrias e sua
exploração comercial Por empresas multinacionais; crescente facilidade e frequência de
viagens; comunicação através de rádio, televisão, Internet; migração em massa — tudo
isso propiciou aos muçulmanos um contacto com comunidades e culturas estrangeiras e
não-islâmicas” (BOWKER, John (Coord.) — A História Ilustrada das Religiões. Ed.
Seleções do Reader's Digest. Lisboa 2004, 301). Vale também, como é óbvio, a
constatação inversa: o séc. XX incrementa o contacto dos não-islâmicos com os
islâmicos.
Quase 20% da população do mundo, 1.600 milhões de pessoas professam o Islão.
Ele é a segunda maior religião do mundo, superada apenas pelo cristianismo” (Susan
Tyler HITCHCOCK; John L. ESPOSITO - Geografia da Religião. Lusomundo Editores.
Coimbra 2004, p. 386). “Ele floresce não apenas nas 56 nações muçulmanas, mas à escala
planetária [...]” (p. 386).

Os islâmicos têm uma taxa de natalidade muito superior à dos europeus ocidentais
(7,8 contra 1,2). O islamismo está aí, um pouco por todo o lado...
Há que encará-lo, desprovidos de uma mentalidade maniqueísta...
Centrar-nos-emos apenas em algumas questões (preferentemente jurídicas)
pertinentes no diálogo entre a cultura ocidental europeia e a cultura islâmica...

1) A questão da paz e da guerra

Generalizou-se a ideia que os muçulmanos defendem a “guerra santa”, ou a


“guerra justa”. Talvez isso seja verdade. Mas não é assim tão líquido. Com efeito, os
muçulmanos distinguem três tipos de jihad, ou de luta:
a) A luta maior (al-fihad-al-akbar). Esta “luta maior” é, afinal, uma luta interior, um
esforço contínuo, incessante por tornar cada aspeto da vida pessoal conforme à vontade
de Deus. Tem apenas a ver com o próprio e com o seu crescimento;

b) A “jihad social”: implica a construção de uma sociedade de acordo com a vontade de


Deus. É a luta por ser homens e mulheres de fé na sociedade secularizada atual;

c) A luta contra a injustiça e a opressão. É, sem dúvida, a mais preocupante para nós. De
facto, os muçulmanos sentem de dever opor- se a todas as formas de injustiça e de
opressão. Se a força for o único meio para implementar isto, os muçulmanos acreditam
que podem usá-la, e se todas as outras alternativas falham, podem empreender uma ação
militar (Cfr MICHEL, Thomas — Um cristão encontra o islão. Ed. A.O. Braga 2002,
47).

Não será difícil percebermos como se explicitará esta terceira “luta” num contexto
de aplicação de sanções, por parte dos Estados Unidos, ao Iraque; ou no cenário da
invasão do Kuwait; ou aquando do bombardeamento de Bagdad. De factos como estes,
nasce o terrorismo, expressão eloquente de frustração e revolta.
Convém notar que Maomé condenava quer o homicídio quer a agressão. Mas não
condenava a auto-defesa, nem as ações tendentes à proteção dos valores tidos por
decentes.
O perigo da guerra é ainda maior se considerarmos um segundo factor: é que existe
um fortíssimo vínculo de unidade entre todos os islâmicos. Todos se sentem a adorar um
único Deus (cfr a Shahada = Não há outro deus senão Deus); todos sentem de ser
submissos à Sua vontade (mustim = alguém que se submete); todos rezam, todos rezam
as mesmas orações, todos rezam às mesmas horas (a Salat); todos olham na mesma
direcção, a de Meca (lembremo-nos das qibla, nas mesquitas); todos jejuam no mesmo
mês (o sawm, no mês de Ramadão); todos ajudam os mais necessitados (através da sodaqa
= esmola voluntária, e do zakat = imposto obrigatório, correspondente normalmente a
2,5% do vencimento ou 10% dos frutos da terra). Esta consciência comunitária, este
sentido fortíssimo de pertence uma única umma ou comunidade universal, facilmente
permite que um ataque a um país islâmico se leia como um atentado a todo o mundo
islâmico. E se há ataque... há direito à legítima defesa...
2. A questão da mulher e do casamento

Para os islâmicos, o casamento não é um sacramento, antes um acordo legal


em que cada parte pode incluir condições.
Nenhuma rapariga muçulmana pode casar contra sua vontade, ainda que os pais
ou tutores possam sugerir jovens que lhes pareçam adequados. Duas testemunhas tornam
público o consentimento da noiva.
A khutba (noivado) deve ser anunciada festivamente (festa de urs) antes do
casamento (nikah), juntamente com a aceitação e a proposta. O pai da noiva deve dizer:
“Concedo a mão da minha filha em casamento com…”. O noivo deve dizer: “Aceito-a
em casamento com o seguinte dote...”.
A noiva deve ser informada das condições do noivo, e vice-versa.
A noiva deve estar em estado de pureza no dia do casamento. E este não pode ser
consumado durante o período de espera.
Existem impedimentos de consanguinidade e afinidade. Assim, o marido não pode
casar com: mãe, avó, filha, irmã, tia paterna, tia materna, mãe adotiva, irmã de leite,
enteada, neta, irmã da esposa ainda viva, mulher que maldiz o marido, ou a mulher em
estado de ihram.
Quanto ao casamento em si, ocorre na Conservatória, sem aparato de maior, com
a presença de duas testemunhas. A festa do casamento propriamente dita (walimah) só
acontece 3 a 7 dias após a consumação do mesmo.
Para Maomé, todos devem casar-se, excetuando-se os que não têm recursos ou
não encontram mulher adequada. Quanto a estes últimos, devem manter-se castos, “até
que Allah os enriqueça com Sua graça”. Mas o ideal é que todos se casem, pois o
casamento traz muitos benefícios: ajuda a desviar o olhar...; protege a genitalidade; ajuda
a imitar Maomé (que a paz e à bênção de Deus estejam com ele); ajuda ao crescimento
da comunidade; permite que homens e mulheres exercitem e usufruam do prazer dos seus
instintos de forma licita; permite que homens e mulheres se conheçam uns aos outros
pelos meios da convivência; aproxima as pessoas através
de ligações firmes.
O mesmo homem pode ter mais que uma esposa, na condição de ser justo. Os
conselhos, ao propósito, deixados por Maomé são os seguintes (Corão, 4:3): "casai com
as mulheres que vos parecem boas para vós — duas, três ou quatro. E se receais que não
podereis proceder com equidade com todas, então casal com uma somente”,
Quanto ao divórcio, não é comum, embora não seja proibido, como último
recurso, Maomé afirmou: “De todas as coisas lícitas, a mais abominável para Allah é o
divórcio”,
O divórcio torna-se necessário quando marido e esposa já não estão bem há muito
tempo. Por entre as causas especificamente previstas, contam-se o adultério dela ou dele
(ou de ambos) e a impotência.

3. A questão do dinheiro e dos outros bens

O ideal corânico de uma vida virtuosa cimenta-se na generosidade, no interesse


concreto pelos pobres, na capacidade de sofrer em tempos de dificuldade.
O islâmico “deve reconhecer que não tem direito absoluto à sua propriedade, pois
Deus, pelo mandamento de agir em favor dos pobres da comunidade, «intervém» no
direito de propriedade de cada um.
É obrigatório para cada muçulmano pagar um imposto para os pobres, legalmente
calculado. O imposto islâmico é diferente da esmola, no sentido de que a esmola é uma
oferta feita livremente aos mendigos ou necessitados. A esmola é também conhecida e
recomendada no Islão, mas com outro termo, o de sadaqa. O imposto islâmico para os
pobres, chamado zakat, ao contrário da esmola, não depende da boa vontade ou dos
sentimentos de generosidade, mas faz parte integrante da identidade islâmica, um
elemento que um muçulmano não pode descuidar ou ignorar sem incorrer na punição
divina” (MICHEL, Thomas — Um cristão encontra o islão. Ed. A.O. Braga 2002, 20-
21).
Estabelece-se expressamente que a zakat não deve ser aplicada na construção de
mesquitas ou monumentos, mas sim no socorro aos mais necessitados: anciãos, órfãos,
doentes, vítimas da guerra ou de desastres pessoais...
“[..] a zakat sublinha que um elemento inegável da identidade islâmica é o sentido
de irrevogável responsabilidade para com os pobres da comunidade” (Ib., 21).
Esta responsabilidade para com os pobres está ainda patente em duas outras
ocasiões: quando se trata de dividir a herança de alguém e quando se celebra a festa do ld
al-Fitr.
Quanto à partilha da herança, o Alcorão estabelece: “Os homens terão uma parte
daquilo que deixaram os pais e os parentes próximos. Não importa se é uma parte grande
ou pequena, mas uma parte é-lhes destinada. Quando é apresentada aos parentes
próximos, aos órfãos e aos pobres a divisão (da herança) providencie-se-lhes através dela
e sejam tratados com gentileza”. Dito doutro modo: os parentes, os órfãos e os pobres
também têm direito à herança. E não devem ser tratados como intrusos ou hóspedes
indesejáveis, mas... com gentileza.
Relativamente à festa do Id al-Fitr, a festa da quebra do jejum, nessa altura os
muçulmanos têm a obrigação de dar aos pobres um terço da carne dos animais que são
sacrificados.

4. A questão fé-razão

Em contraste com o racionalismo, empirismo, pragmatismo, indiferentismo,


ateísmo europeus, o muçulmano revela-se profundamente teocêntrico e dotado deuma
fortíssima espiritualidade.
A espiritualidade e o teocentrismo muçulmanos manifestam-se essencialmente
nos seguintes elementos:
- No primeiro dos cinco pilares do Islamismo = a Shahada, ou seja, a convicção
de que: “Não há deus senão Deus»;
- No próprio termo «muçulmano» (em árabe muslim), que significa, literalmente,
«alguém que se submete», De facto, para o muçulmano, Deus tem o direito de pôr e dispor
da vida humana, Não cabe ao homem decidir o que é bom ou mau, verdadeiro ou falso;
cabe-lhe apenas submeter-se ao ensinamento revelado por Deus;
- No segundo pilar do Islamismo que é a Salat, isto é, a oração. Como se sabe, a
oração islâmica acontece cinco vezes ao dia: ao amanhecer, ao meio-dia, à tarde, ao pôr-
do-sol, à noite. Assim, todo o dia passa por Deus. Desde que acorda até que se deita, o
muçulmano repete a sua submissão a Deus. Uma submissão sublinhada pelos gestos que
acompanham as palavras: diante de Deus, o muçulmano prostra-se - postura que não
assume face a mais alguém;
- No Ramadão, ou sawm, que é o terceiro pilar do islamismo. Ao contrário do que
normalmente se pensa, o Ramadão não é apenas jejum, “[...] mas prática de exercícios
espirituais que compreendem grupos de estudo do Alcorão, conferências sobre temas
islâmicos, práticas devocionais, leitura privada do Alcorão, orações noturnas para pedir
o perdão dos pecados e, sobretudo durante a última semana, vigílias durante toda a noite
nas mesquitas” (Ib., 22).
Muitos muçulmanos que vivem em países não predominantemente islâmicos, de
tal modo respeitam o Ramadão que aproveitam esse mês para tirarem as suas férias. E
não se pense que o fazem contristados. Não! O Ramadão é para eles um tempo de alegria,
porque lhes permite fazerem, em conjunto, algo de muito difícil dedicado a Deus. É um
tempo de estreitar laços com a família, os amigos, os vizinhos. É um tempo de
crescimento na vivência comunitária da fé. É um reforço dos vínculos sagrados.

O quadro exposto nesta secção de aprofundamento é real. Mas é claro que não esgota a
realidade. Só quer dos defeitos muitos têm falado; e têm-se encarregado de os mostrar...

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