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ANEXO 1:

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS DA EMPREITADA DE


CONCEPÇÃO, CONSTRUÇÃO E APETRECHAMENTO DE EDIFÍCIOS PARA AS
FACULDADES DA UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA

Julho/ 2023

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Prédio 2/Luanda-Angola
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CONTEÚDO
1. PRESSUPOSTOS ........................................................................................................................... 3

2. DIRECTRIZES PARA O CÁLCULO DA CAPACIDADE DOS ESPAÇOS ......................... 5

Tipologia dos espaços .................................................................................................................... 5

Número de lugares existente ...................................................................................................... 5

Taxa de utilização ............................................................................................................................ 6

Taxa de ocupação ............................................................................................................................ 7

Factor de utilização ......................................................................................................................... 7

Capacidade das instalações ......................................................................................................... 8

3. DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS PRINCIPAIS ........................................................................ 8

4. ESTUDOS E PROJECTOS............................................................................................................ 9

5. EXIGÊNCIAS ESPECÍFICAS RELATIVAS AO ESTUDO PRÉVIO ................................... 9

6. EXIGÊNCIAS ESPECÍFICAS RELATIVAS AOS PROJECTOS EXECUTIVOS............. 10

7. EXIGÊNCIAS ESPECÍFICAS RELATIVAS AOS PROJECTOS DE APETRECHAMENTO


11

8. METODOLOGIA DE CONSTRUÇÃO .................................................................................... 11

9. ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO .................................................................................. 12

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1. PRESSUPOSTOS
1.1. A Universidade Katyavala Bwila (UKB) tem actualmente, 141 docentes, 191
funcionários administrativos e 2.304 estudantes, distribuídos pelas três (3)
Unidades Orgânicas, nomeadamente: i)Faculdade de Medicina; ii) Faculdade
de Direito; e iii) Faculdade de Economia. Os serviços são prestados de ensino
são no centro da cidade de Benguela, em instalações sem mínimas condições
para um ensino de qualidade e sem qualquer possibilidade de responder a
crescente demanda e expansão das actuais instalações, tendo em conta os da-
dos espelhados no quadro abaixo.

Quadro 1: Potenciais utentes

Unidades Orgânicas Estudantes Docentes Administrativo


Faculdade de Medicina 375 31 32
Faculdade de Economia 708 40 35
Faculdade de Direito 1.221 59 49
Reitória -- 11 75
Totais 2.304 141 191

1.2. A empreitada de concepção, construção e apetrechamento de edifícios para as


Faculdades da Universidade Katyavala Bwila, será executada na Baía Farta,
província de Benguela.

1.3. A referida empreitada será executada no município da Baia Farta, província de


Benguela, num terreno de aproximadamente 160 hectares (1.6 km²) de área.

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Figura 1: Localização e limites do terreno

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1.4. Os edifícios a serem concebidos, apetrechados e construídos deverão acomo-
dar autonomamente para cada Unidade Orgânica (Faculdades), os seguintes
serviços:
a) Administração e Serviços Gerais (Gabinetes);
b) Serviços de ensino (Salas de aulas, Auditórios; Laboratórios, biblioteca e
espaços de simulação);
c) Serviços de Investigação Científica (oficinas para treinamentos, experi-
mentação e ensaios); e
d) Outros serviços (refeitórios, posto médico e espaços de armazenagem).

2. DIRECTRIZES PARA O CÁLCULO DA CAPACIDADE DOS ESPAÇOS


2.1. O cálculo da capacidade dos espaços das instalações a serem edificadas deve-
rão obedecer ao Decreto Executivo nº 337/22 de 10 de Agosto – Regulamento
para a criação e licenciamento de Instituições de Ensino Superior e de Cursos
de Graduação e Pós-Graduação.

Tipologia dos espaços


2.2. Os espaços de ensino das instalações das instituições de ensino superior são
classificados, de acordo com a sua utilização, em:

a) Salas de aula;

b) Anfiteatros de ensino;

c) Salas de informática;

d) Laboratórios de ensino;

e) Outros espaços de ensino prático.

Número de lugares existente

2.3. O número de lugares existente de cada espaço é determinado e atribuindo a


cada ocupante uma determinada área em função do tipo de utilização.

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2.4. Os valores de referência de área (m2) /aluno adoptados são os seguintes, por
tipo de utilização:

a) Salas de aula (ensino teórico): 1,5 m2/aluno;

b) Anfiteatros de ensino: 1 m2/aluno;

c) Salas de informática: 2 m2/aluno;

d) Laboratórios de ensino: 3 - 5 m2/ aluno;

e) Outros espaços de ensino prático: objecto de apreciação casuística.

2.5. O número de lugares existente é determinado dividindo a área útil do espaço


pelo valor da área (m2)/aluno correspondente à sua tipologia.

2.6. Exceptuam-se da regra referida em 2.5 casos os anfiteatros com soluções de


mobiliário fixo.

Taxa de utilização

2.7. A taxa de utilização estabelece, em termos médios, a relação entre o número de


horas em que um espaço é utilizado e o número máximo de horas em que o
poderia ser, de acordo com a sua tipologia.

2.8. Os valores de referência utilizados para esta taxa são os seguintes:

a) Salas de aula (ensino teórico): 0,9;

b) Anfiteatros de ensino: 0,75;

c) Salas de informática: 0,75;

d) Laboratórios de ensino: 0,75;

e) Outros espaços de ensino prático: objecto de apreciação casuística.

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Taxa de ocupação

2.9. A taxa de ocupação estabelece, em termos médios, a relação entre o número de


lugares ocupados e o número de lugares existente de um espaço, de acordo com
a sua tipologia.

2.10. Os valores de referência utilizados para esta taxa são os seguintes:

a) Salas de aula (ensino teórico): 0,9;

b) Anfiteatros de ensino: 0,8;

c) Salas de informática: 0,8;

d) Laboratórios de ensino: 0,8;

e) Outros espaços de ensino prático: objecto de apreciação casuística.

2.11. As taxas de utilização dos espaços e de ocupação são calculadas com base
em standards de utilização para um normal período de funcionamento,
ou seja, 40 horas semanais.

Factor de utilização

2.12. O factor de utilização é o resultado do produto da taxa de utilização pela taxa


de ocupação.

2.13. Em consequência, os valores de referência utilizados, para este factor são os


seguintes:

a) Salas de aula (ensino teórico): 0,9 x 0,9 = 0,8;

b) Anfiteatros de ensino: 0,75 x 0,8 = 0,6;

c) Salas de informática: 0,75 x 0,8 = 0,6;

d) Laboratórios de ensino: 0,75 x 0,8 = 0,6.

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Capacidade das instalações

2.14. A capacidade das instalações é o resultado do produto do número de lugares


físicos pelo factor de utilização.

3. DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS PRINCIPAIS


3.1. A Empreitada de Concepção, Construção e Apetrechamento de edifícios para
as Faculdades da Universidade Katyavala Bwila, inclui os seguintes trabalhos
principais:
a) Realização de levantamento topográfico e prospecção geotécnica, abrevi-
adamente designado por PR1;
b) Estudo Prévio Definitivo: estudo resumido da implementação do pro-
jecto, apontamento de volumetrias, distribuição genérica de espaços. Este
estudo é aprovado pelo Contratante, abreviadamente designado por PR2;
c) Projecto de licenciamento: desenvolvimento das especialidades neces-
sárias para submeter o projecto de licenciamento pelas entidades compe-
tentes (incluído: emolumentos, taxas e licenças do processo), abreviada-
mente designado por PR3;
d) Projecto de Execução: desenvolvimento detalhado de todas as especiali-
dades, pormenores construtivos, especificações de matérias, mapas de
acabamentos, mapas de medições e cadernos de encargos, abreviada-
mente designado por PR4;
e) Projectos de Apetrechamento: desenvolvimento detalhado de todos
mobiliários, equipamentos e laboratórios de especialidades e respectivas
especificações técnicas de acordo as aprovações prévias do Dono da Obra,
abreviadamente designado por PR5:
f) Construídos os Edifícios: os edifícios e demais serviços de empreitada
neste âmbito, deverão ser construídos de acordo com os documentos
acima mencionados devidamente aprovados pelo Dono da Obra, abrevia-
damente designado por PR6.

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4. ESTUDOS E PROJECTOS
4.1. Os Estudos e Projectos da presente empreitada abarcarão todos os aspectos
das infraestruturas das Faculdades da Universidade Katyavala Bwila, dentre
os quais:
a) Arquitectura e Construção Civil;
b) Estrutura e Fundações;
c) Hidráulica;
d) Instalações Eléctricas – Segurança – Solar;
e) Climatização e ventilação;
f) Arruamentos, passeios, estacionamentos e zonas verdes (Arranjos Exte-
riores).

5. EXIGÊNCIAS ESPECÍFICAS RELATIVAS AO ESTUDO PRÉVIO


5.1. O Estúdio Prévio Definitivo previsto na prestação deverá incluir:
a) Memoria detalhada, justificando a solução adoptada, indicando as carac-
terísticas funcionais, espaciais e as relações entre as diferentes partes de
cada Projecto;
b) Estimativa dos custos por categorias de obra, arquitectura, estrutura, ins-
talações sanitárias, instalação eléctrica, etc;
c) Planos detalhados, croquis, elevações e cortes necessários para permitir a
completa compreensão do projecto, incluindo:
i. Planos gerais à escala 1/200, incluindo a localização das constru-
ções, assim como outros elementos característicos do projecto;
ii. Planta de todas as construções a 1/100;
iii. Memoria Descritiva indicando critérios gerais construtivos (cader-
nos de especificações técnicas).

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6. EXIGÊNCIAS ESPECÍFICAS RELATIVAS AOS PROJECTOS EXECUTIVOS
6.1. Os Projectos Executivos de cada edificação das Unidades Orgânicas da Unidade
Katyavala Bwila, deverá incluir:
a) Respeitar os critérios estabelecidos quanto às áreas e acabamentos;
b) Preparar todos os planos gerais e detalhados de arquitectura e de enge-
nharia necessários para orçamentar o custo das obras a empreender e o
processo de construção;
c) Apresentar uma lista com as quantidades de trabalhos estimados e o or-
çamento indicativo de obra a realizar;
d) O Projecto Executivo incluirá, em geral, pelo menos os elementos seguin-
tes:
i. Projecto de arquitectura;
ii. Estudos Geotécnico dos Solos;
iii. Projecto de estabilidade (fundações, contenções periféricas e estru-
turas);
iv. Instalações Eléctricas e sinaléticas;
v. Instalações Telefónicas, Intercomunicações e Televisão;
vi. Rede de abastecimento de águas;
vii. Rede de drenagem de águas residuais e pluviais;
viii. Climatização, ventilação e desenfumagem;
ix. Projecto de Segurança;
x. Arranjos exteriores;
xi. Coordenação técnica do projecto.

6.2. Os documentos de arquitectura e de engenharia dos Projectos Executivos, uma


vez aprovado o Estudo Prévio Definitivo, e tendo em conta as eventuais obser-
vações formuladas, deverão em particular incluir:

a) Todas as plantas exteriores e de implementação de obras, à escala 1/200;

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b) Todas as plantas necessárias de interior, alçados e os cortes em escala
1/100, com medidas completais para permitir a sua compreensão na to-
talidade e garantir a construção do projecto, incluindo os detalhes de ca-
sas de banhos, escadas à escala 1/50 ou 1/20, com todos os pormenores
considerados necessários à escala 1/10;
c) Plantas de pormenor de janelas de madeira, metal ou alumínio, portas,
cercas, etc. que sejam necessários construir;
d) Plantas de estabilidade, incluindo todos os dados em relação aos matérias,
secções, aos procedimentos de construção, aos ajustamentos;
e) Plantas detalhadas de rede de águas, esgotos, incluindo reservatórios, po-
ços, etc., com secções dos tubos e condutas;
f) Plantas detalhadas das redes de electricidade, incluindo os detalhes de lo-
calização das tomadas de corrente, painéis, arames;
g) Descrição detalhada dos acabamentos para o chão, tectos, elementos de
madeira ou metal;
h) Memória descritiva para a construção, incluindo especificações das maté-
rias a utilizar na construção.

7. EXIGÊNCIAS ESPECÍFICAS RELATIVAS AOS PROJECTOS DE APETRECHAMENTO


7.1. Os Projectos de Apetrechamento de cada edificação das Unidades Orgânicas
da Universidade Katyavala Bwila, deverá incluir:
a) Listagem geral precificada do mobiliário e respectivos desenhos;
b) Listagem geral precificada dos equipamentos;
c) Listagem geral dos laboratórios e respectivos desenhos;
d) Especificações técnicas dos fornecimentos, incluindo a origem.

8. METODOLOGIA DE CONSTRUÇÃO
8.1. Fundamenta-se nos métodos tradicionais de construção, ou seja:

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a) Estrutura resistente composta por pilares vigas e lajes em betão ar-
mado;
b) Pilares assentes em sapatas de fundação;
c) Paredes em alvenaria de Tijolo ou blocos de Cimento, reboco de regu-
larização pelo interior e exterior;
d) Paredes revestidas a reboco com rasgos decorativos;
e) em reboco decorativo c nas fachadas;
f) Pavimentos a revestir por material impermeável;
g) Paredes a estucar e pintar pelo interior;
h) Zonas húmidas com paredes a revestir por peças cerâmicas e pavi-
mento em mosaico antiderrapante;
i) Tetos falsos acessíveis param manutenção de equipamentos de ar con-
dicionado e infraestruturas de saneamento;
j) Cobertura em Lage para os terraços;
k) Nas fachadas expostas a incidência solar, os vãos de janelas deverão
ser protegidos por elementos de assombreamento tipo “Brise Soleil”.

9. ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
9.1. Devem ser previstos nos espaços exteriores, um campo de jogos e/ou de acti-
vidade artística e cultural ao ar livre, um parque de estacionamento com capa-
cidade para 100 viaturas ligeiras e 5 lugares reservados a pessoas com mobili-
dade reduzida, espaços ajardinados com respectivo equipamento urbano.
9.2. A proposta de arruamento que permita a fácil circulação automóvel. A disposi-
ção dos lugares de estacionamento em três ou mais zonas evita os grandes aglo-
merados de viaturas.
9.3. Devem ser previstas rampas de acesso aos diferentes edifícios, distribuídas
pelo perímetro de implantação.

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9.4. Devem ser previstas 3 entradas com circuitos de segurança e de controlo dos
acessos ao interior dos edifícios. Uma entrada central exclusiva para pessoas
(utentes e funcionários), bem como entrada mais vocacionada para cargas e
descargas, apoio ao auditório e refeitório e para apoio a casa do gerador (opci-
onal) e depósito de água (opcional).

MESCTI, em Luanda, Julho de 2023.

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