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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

DEPARTAMENTO DE AGROECOLOGIA E AGROPECUÁRIA


CURSO: BACHARELADO EM AGROECOLOGIA

LAURA ADELINO OLIVEIRA

Atividade – Genética

Atividade

LAGOA SECA – PB
2023
A Teoria sintética da evolução o processo de especiação, enfocando quais os principais
elementos envolvidos e como eles agem:

A Teoria Sintética da Evolução, também conhecida como Neodarwinismo, é uma


síntese moderna das ideias de Charles Darwin sobre evolução e as descobertas da genética
mendeliana. Ela fornece uma explicação abrangente sobre como as espécies evoluem ao longo
do tempo e como ocorre o processo de especiação.

A principal premissa da Teoria Sintética da Evolução é que a evolução é impulsionada


pela seleção natural, que atua sobre a variabilidade genética presente em uma população. A
variabilidade genética é gerada por mutações aleatórias no DNA, que podem levar a diferenças
hereditárias entre os indivíduos.

A seleção natural é o processo pelo qual certas características hereditárias se tornam


mais ou menos comuns em uma população ao longo do tempo, devido às suas influências na
sobrevivência e reprodução dos indivíduos.

A variabilidade genética é essencial para que a seleção natural possa ocorrer. Essa
variabilidade é gerada principalmente por mutações aleatórias no DNA. As mutações são
alterações nos genes que ocorrem de forma espontânea e aleatória, introduzindo novas
variantes genéticas, conhecidas como alelos, na população. Essas mutações podem ocorrer
durante a replicação do DNA, exposição a agentes mutagênicos ou erros nos processos de
reparo do DNA.

Como resultado das mutações, surgem diferenças hereditárias entre os indivíduos de


uma população. Alguns desses alelos recém-criados podem conferir vantagens adaptativas,
tornando os indivíduos portadores desses alelos mais aptos a sobreviver e se reproduzir em
um determinado ambiente. Por outro lado, outros alelos podem ser desvantajosos e reduzir as
chances de sobrevivência e reprodução dos indivíduos.

A seleção natural atua sobre essa variabilidade genética existente em uma população.
Os indivíduos com características vantajosas têm maior probabilidade de sobreviver, se
reproduzir e transmitir seus genes para as gerações futuras. Com o tempo, essas
características vantajosas se tornam mais comuns na população, enquanto as desvantajosas
tendem a diminuir em frequência ou até mesmo desaparecer.

Assim, a seleção natural age como um filtro, favorecendo a reprodução diferencial dos
indivíduos mais adaptados ao ambiente. Esse processo resulta em mudanças graduais nas
frequências alélicas da população ao longo do tempo, levando à adaptação das espécies às
condições ambientais.

Em resumo, a principal premissa da Teoria Sintética da Evolução é que a seleção


natural atua sobre a variabilidade genética gerada por mutações aleatórias no DNA. Através
desse processo, as características vantajosas são selecionadas e se tornam mais comuns na
população, impulsionando a evolução das espécies ao longo do tempo.
Existem três principais elementos envolvidos no processo de especiação:

 Variação genética: A variabilidade genética é essencial para a evolução. Ela surge


através de mutações, que são mudanças aleatórias no material genético. Essas
mutações podem criar novos alelos, variantes alternativas de um gene, que podem
afetar as características dos organismos. A existência de variação genética é crucial
para que a seleção natural possa agir, favorecendo certas características em
detrimento de outras. A variabilidade genética é um dos principais motores da
evolução e também desempenha um papel fundamental na especiação. Ela é
resultado das mutações aleatórias no DNA, que introduzem novas variantes genéticas
em uma população. Essas mutações podem ocorrer em qualquer parte do genoma,
alterando a sequência de nucleotídeos do DNA. A variação genética pode levar a
diferenças hereditárias entre os indivíduos, como variações na estrutura corporal,
coloração, comportamento, resistência a doenças, entre outras características. É
importante ressaltar que a variabilidade genética fornece a matéria-prima para a
seleção natural agir, promovendo a sobrevivência e reprodução diferencial dos
indivíduos com características vantajosas.

 Seleção natural: A seleção natural é o principal mecanismo que impulsiona a evolução.


Ela ocorre quando certas características conferem uma vantagem adaptativa aos
indivíduos em seu ambiente, aumentando sua sobrevivência e reprodução. Os
indivíduos com essas características têm maior probabilidade de deixar mais
descendentes na próxima geração, transmitindo seus genes com maior frequência.
Com o tempo, essas características vantajosas se tornam mais comuns na população,
enquanto as desvantajosas tendem a diminuir. A seleção natural é um mecanismo
central na especiação. Ela atua sobre a variabilidade genética presente em uma
população, favorecendo a sobrevivência e reprodução dos indivíduos mais adaptados
ao ambiente. A seleção natural pode ocorrer de diferentes maneiras: seleção
estabilizadora, direcional e disruptiva. Na seleção estabilizadora, os indivíduos com
características intermediárias são favorecidos, enquanto extremos são selecionados
contra. Na seleção direcional, ocorre um deslocamento na média das características,
favorecendo um dos extremos. Já na seleção disruptiva, indivíduos com características
extremas são favorecidos, enquanto aqueles com características intermediárias são
selecionados contra. A seleção natural pode levar à adaptação dos organismos ao
ambiente local, impulsionando a formação de novas espécies ao longo do tempo.

 Isolamento reprodutivo: O isolamento reprodutivo é um fator-chave no processo de


especiação, que ocorre quando uma população se divide em grupos isolados que não
se reproduzem mais entre si. Existem diferentes mecanismos de isolamento
reprodutivo, incluindo o isolamento geográfico, no qual as populações são separadas
por barreiras físicas, como montanhas ou corpos d'água, e o isolamento
comportamental, no qual as diferenças de comportamento ou sinais de acasalamento
impedem a reprodução entre os indivíduos. O isolamento reprodutivo é o processo
pelo qual populações são separadas, impedindo a troca de genes entre elas. Esse
isolamento pode ocorrer de diferentes maneiras e é um fator-chave na especiação.
Existem dois tipos principais de isolamento reprodutivo: pré-zigótico e pós-zigótico. O
isolamento pré-zigótico ocorre antes da formação do zigoto e impede o encontro ou a
reprodução entre indivíduos de populações diferentes. Isso pode ser devido a
diferenças no comportamento de acasalamento, incompatibilidade de estruturas
reprodutivas ou até mesmo separação geográfica, que leva ao isolamento geográfico.
O isolamento pós-zigótico, por sua vez, ocorre após a formação do zigoto e resulta na
inviabilidade ou esterilidade dos híbridos formados a partir do cruzamento entre
indivíduos de populações diferentes. Esses mecanismos de isolamento reprodutivo
garantem que as populações evoluam de forma independente e, ao longo do tempo,
podem acumular diferenças genéticas significativas, levando à formação de novas
espécies.

Em suma, a especiação envolve a presença de variação genética na população, a ação da


seleção natural que molda essa variação e o isolamento reprodutivo que separa as populações,
impedindo a troca de genes. Esses três elementos trabalham em conjunto e interagem ao
longo do tempo para promover a divergência genética e a formação de novas espécies.

À medida que a seleção natural atua de forma diferencial em cada grupo isolado, ocorrem
mudanças genéticas específicas em cada população. Com o tempo, essas diferenças
acumulam-se e se tornam mais significativas, levando à formação de novas espécies. Quando
essas populações isoladas não podem mais se reproduzir entre si e produzir descendentes
férteis, ocorre a especiação.

A Teoria Sintética da Evolução fornece uma base sólida para entender como ocorre a
evolução e a formação de novas espécies. Ela incorpora conceitos genéticos e populacionais,
fornecendo uma visão abrangente dos mecanismos que impulsionam a diversidade biológica
ao longo do tempo. Essa teoria continua sendo a principal explicação para a evolução e tem
sido amplamente apoiada por evidências empíricas, como estudos de genética de populações,
fósseis e observações de processos evolutivos em ação.
Referências bibliográficas que me ajudaram sobre a Teoria Sintética da Evolução:

1. Futuyma, D.J. (2013). Evolution (Third Edition). Sinauer Associates.


 Este livro é amplamente utilizado em cursos de biologia evolutiva e fornece
uma introdução abrangente à Teoria Sintética da Evolução, abordando os
princípios fundamentais e os processos evolutivos.

2. Coyne, J.A., & Orr, H.A. (2004). Speciation. Sinauer Associates.


 Este livro se concentra especificamente no processo de especiação,
explorando as diferentes formas de isolamento reprodutivo, os mecanismos
evolutivos envolvidos e os estudos de caso que ajudam a ilustrar os conceitos.

3. Mayr, E. (2001). What Evolution Is. Basic Books.


 Escrito pelo renomado biólogo Ernst Mayr, este livro aborda uma visão geral
da teoria evolutiva, incluindo a Teoria Sintética da Evolução, e discute as
principais ideias e evidências relacionadas à evolução das espécies.

4. Ridley, M. (2003). Evolution (Third Edition). Blackwell Publishing.


 Neste livro, o autor explora a teoria e os processos evolutivos, incluindo a
Teoria Sintética da Evolução. Ele aborda tópicos como seleção natural,
variação genética, especiação e outros aspectos-chave da evolução.

5. Barton, N.H., Briggs, D.E.G., Eisen, J.A., Goldstein, D.B., & Patel, N.H. (2007). Evolution.
Cold Spring Harbor Laboratory Press.
 Este livro é uma referência valiosa para entender os processos evolutivos e os
princípios da genética evolutiva, incluindo a Teoria Sintética da Evolução. Ele
fornece uma perspectiva atualizada sobre o tema, com base em pesquisas
recentes e avanços científicos.

Essas referências oferecem uma base sólida para a compreensão da Teoria Sintética da
Evolução e do processo de especiação.

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