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CM69A – ESTRUTURAS DE MADEIRA

Prof. Rodolfo Krul Tessari

DIMENSIONAMENTO À
COMPRESSÃO
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1. ELEMENTOS SOB COMPRESSÃO


 Colunas
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1. ELEMENTOS SOB COMPRESSÃO


 Elementos de contraventamento
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1. ELEMENTOS SOB COMPRESSÃO


 Barras de treliça
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1. ELEMENTOS SOB COMPRESSÃO


 Travamentos de Conjuntos Estruturais
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1. ELEMENTOS SOB COMPRESSÃO


 Travamentos de Conjuntos Estruturais
COMPORTAMENTO DA
MADEIRA SOB COMPRESSÃO
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2.1 COMPORTAMENTO FÍSICO

Comportamento elastoplástico do material

Direção paralela às fibras


a. Tração
b. Compressão

Direção normal às fibras


c. Tração
d. Compressão

Fonte: Tomasi, R., Parisi, M. A., & Piazza, M. (2009). Ductile Design of Glued-Laminated Timber Beams. Practice
Periodical on Structural Design and Construction, 14(3), 113–122.
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2.2 COMPORTAMENTO MECÂNICO


 Elementos reais estão sujeitos a imperfeições

- Tração → retifica as peças


- Compr. → acentua curvaturas
iniciais
Flambagem
por flexão

 Peças curtas: ESMAGAMENTO DAS FIBRAS


 Peças de média
e alta esbeltez: PERDA DE ESTABILIDADE
DIMENSIONAMENTO
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3. DIMENSIONAMENTO
Exigências impostas dependem do índice de esbeltez:

L0 L0 L0 – comprimento teórico de referência


  i – raio de giração relativo ao eixo de
i I A flambagem

L0 → vinculação

λ ≤ 40 CURTAS
L
MEDIANAMENTE
L0 40 < λ ≤ 80
L  L0 L L0 L
L0 ESBELTAS
80 < λ ≤ 140 ESBELTAS

L  0,5 L0 L  0,7 L0 L  2 L0
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3. DIMENSIONAMENTO

Dimensionamento para Estados Limites Últimos


distintos em função da esbeltez do elemento

 Peças Curtas (λ ≤ 40)

 Peças Medianamente Esbeltas (40 < λ ≤ 80)

 Peças Esbeltas (80 < λ ≤ 140)


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3.1 PEÇAS CURTAS (λ ≤ 40)

 ELU: Esgotamento da capacidade resistente


do material

Não se desenvolvem fenômenos de instabilidade!

 Condição de segurança:
σcd – tensão solicitante de projeto à compressão
 cd  f c ,d fcα,d – tensão resistente de projeto à compressão
para uma inclinação α em relação às fibras

 Tensão solicitante de projeto:


𝜎𝑐𝑜,𝑑 = 𝑁𝑑 /𝐴
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3.1 PEÇAS CURTAS (λ ≤ 40)

 Para compressão paralela às fibras:

f c 0,k
f c 0,d  kmod 
1, 4

 Para compressão normal às fibras:

f c 90,d  0,25  f c 0,d


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3.1 PEÇAS CURTAS (λ ≤ 40)

 Compressão normal junto aos apoios:

f c 90,d  0,25  f c 0,d   n Tabela 13: Valores de αn

Extensão da
αn
carga, ℓ (cm)
1 2.00
2 1.70
3 1.55
4 1.40
5 1.30


7.5 1.15
 15cm
Se   n  1 (tabelado) 10 1.10
a  7,5cm 15 1.00
Nos demais casos,  n  1. Fonte: NBR 7190: 1997 (p. 21)
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3.1 PEÇAS CURTAS (λ ≤ 40)

 Compressão inclinada de um ângulo α:

Fórmula de
HANKINSON
f 0 . f90
f 
f 0 .sin ²  f90 .cos ²
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3.2 PEÇAS MED. ESBELTAS (40 ≤ λ ≤ 80)

 ELU: Instabilidade de primeira ordem

 Condição de segurança:
 Nd  Md   Nd  N d A
 1 
f c 0,d f c 0,d  Md  M d W
σNd : Valor de projeto da tensão normal de compressão,
devida à força normal solicitante

σMd : Valor de projeto da tensão normal de compressão,


devida ao momento fletor solicitante
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3.2 PEÇAS MED. ESBELTAS (40 ≤ λ ≤ 80)


Ainda que não exista momento fletor na situação original
de projeto, deve-se considerar um momento fletor
decorrente de imperfeições geométricas em peças
medianamente esbeltas:
𝑀𝑑 = 𝑁𝑑 ∙ 𝑒𝑑 FLEXOCOMPRESSÃO
sendo a excentricidade de projeto dada por:
𝑀1𝑑 ℎ
𝑒i = ≥
𝐹𝐸 𝑁𝑑 30
𝑒𝑑 = 𝑒1 ∙ 𝑒1 = 𝑒i + 𝑒a
𝐹𝐸 − 𝑁𝑑 𝐿0
𝑒a =
300
ea – excentricidade acidental (imperfeições geométricas)
ei – excentricidade do carregamento
M1d – momento fletor de 1ª ordem (em casos de flexocompressão)
h – altura da peça (em relação ao eixo de flambagem)
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3.2 PEÇAS MED. ESBELTAS (40 ≤ λ ≤ 80)

𝐹𝐸
𝑒𝑑 = 𝑒1 ∙
𝐹𝐸 − 𝑁𝑑

Para o cálculo da excentricidade de projeto, devemos


calcular antes a força elástica de flambagem da coluna,
dada pela fórmula de Euler:

𝜋² ∙ 𝐸𝑐𝑜,𝑒𝑓 ∙ 𝐼
𝐹𝐸 =
𝐿20

I – Momento de inércia (relativo ao eixo de flambagem).


L0 – Comprimento de flambagem, dado em função da geometria e da
vinculação da peça.
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3.2 PEÇAS MED. ESBELTAS (40 ≤ λ ≤ 80)

 Momento fletor máximo:


 Fe 
M d  N d (ea  ei )  
 Fe  N d 
 Tensão normal de flexão:

Md Md
 Md    ymax
W I
Md
– Para seções retangulares:  Md  2
bh 6
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3.3 PEÇAS ESBELTAS (80 ≤ λ < 140)

 ELU: Instabilidade de segunda ordem


(não linear física e geométrica)

 Condição de segurança:
 Nd  Md   Nd  N d A
 1 
f c 0,d f c 0,d  Md  M d W
Sendo:
𝐹𝐸
𝑀𝑑 = 𝑁𝑑 ∙ 𝒆𝟏,𝐞𝐟 ∙ 𝒆𝟏,𝐞𝐟 = 𝑒1 + 𝒆𝒄 = 𝑒i + 𝑒a + 𝒆𝒄
𝐹𝐸 − 𝑁𝑑

Dimensionamento análogo ao de
peças medianamente esbeltas
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3.3 PEÇAS ESBELTAS (80 ≤ λ < 140)


𝐿0 Parcela permanente
Excentricidade acidental: 𝑒a =
300 Parcela acidental

Excentricidade de 𝑀1𝑑 𝑴𝟏𝐠,𝐝 + 𝑴𝟏𝐪,𝐝 ℎ


𝑒i = = ≥
primeira ordem: 𝑁𝑑 𝑵𝒅 30

Excentricidade suplementar (fluência da madeira):


    N gk   1   2  N qk   
ec  (ea  eig ) exp     1

  N cr   N gk   1   2  N qk   
com ψ1 + ψ2 ≤ 1
ϕ – coeficiente de fluência
eig – excentricidade inicial devido apenas às ações permanentes
Ngk , Nqk – força normal devido às cargas permanentes e variáveis
ψ1, ψ2 – fatores de combinação e de utilização
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3.3 PEÇAS ESBELTAS (80 ≤ λ < 140)

Tabela 1: Coeficiente de Fluência (φ)

Fonte: ABNT NBR 7190:1997, p. 26.


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3.3 PEÇAS ESBELTAS (80 ≤ λ < 140)


Tabela 2: Fatores de Combinação e
Utilização (Ψ)

Fonte: ABNT NBR 7190:1997, p. 09.


EXEMPLO
Verificar a segurança do banzo superior da treliça
apresentada na imagem.

ATENÇÃO: A verificação deve ser realizada individualmente


para os planos de rigidez principais da peça.
EXEMPLO
Dados de projeto:
• Distância entre montantes e diagonais: L = 169 cm
• Força normal aplicada: - 13 410 N
• Dicotiledônea – Classe C40
• Classe de Umidade 1
• Madeira classificada apenas visualmente
• Carregamento de longa duração

10 cm

6 cm
EXEMPLO
Valores de referência (ABNT NBR 7190:1997)

Tabela 1: Valores de Kmod,1


EXEMPLO
Valores de referência (ABNT NBR 7190:1997)

Tabela 2: Valores de Kmod,2


EXEMPLO
Valores de referência (ABNT NBR 7190:1997)

Tabela 3: Classe de Resistência


EXEMPLO
Índice de Esbeltez

𝐿0
𝜆=
𝑖
𝑖: raio de giração em relação ao eixo de inércia analisado
𝐿0 : comprimento de flambagem da peça

𝐼
𝑖= 𝐿0 = 𝐾𝐸 ∙ 𝐿
𝐴
EXEMPLO
Tabela 6: Valores dos coeficientes KE

Fonte: PN NBR 7190: 2013

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