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Patrimônio Histórico Cultural
Patrimônio Histórico Cultural
Os autores buscam demonstrar que o meio ambiente e a cultura são bens de grande
relevância, que estão interligados, que são entendidos como parte do mínimo existencial
e, consequentemente, considerados como direitos fundamentais previstos
constitucionalmente.
O texto, por fim, analisa o direito humano ao meio ambiente sob uma perspectiva
transnacional, levando-se em consideração a diversidade de culturas existentes no
planeta.
Caminhos da Reportagem: Nosso Patrimônio, Nossa
Identidade
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O Canal TvBrasil possui um quadro chamado “Diálogo Brasil”, que tem um modelo de
entrevista clássico, no qual é chamado um convidado (ou mais) para debater sobre o
tema em pauta.
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Kátia Borgéa ressalta a riqueza e a diversidade cultural brasileira representada pelo seu
vasto patrimônio artístico e cultural de natureza material e imaterial reconhecidos pelo
IPHAN, que tem a incumbência de proteger e fiscalizar esses bens para que sejam
preservados e valorizados pela sociedade. A presidente do IPHAN destaca o teatro
Amazonas, em Manaus, os Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, e o conjunto arquitetônico
da Pampulha, em Belo Horizonte, como patrimônios materiais de grande relevância
artística e cultural.
Na entrevista, Kátia Borgéa também trata da trajetória do IPHAN ao longo dos seus 80
anos de existência, ressaltando que, em sua “fase heroica”, dos anos 1930 aos 1970, a
preocupação inicial desse órgão preservacionista era a construção da noção de
identidade nacional do Brasil a partir do reconhecimento e valorização do seu
patrimônio cultural. Nesse período, houve um predomínio do tombamento de conjuntos
urbanos, igrejas, palacetes e centros históricos representativos do passado colonial
brasileiro. A partir dos anos 1980, o IPHAN passou a reconhecer e valorizar a
pluralidade cultural do país expressa em todas as regiões pelo seu patrimônio material e
imaterial, esses últimos representados por festejos, gastronomia e religiosidade, entre
outros.
Kátia Borgéa ressaltou que um dos principais desafios do IPHAN na atualidade é
continuar exercendo seu papel de proteção e valorização do patrimônio cultural
brasileiro diante de um quadro técnico tão reduzido, composto, em 2017, por apenas
696 profissionais que atuam em todo o país. Diante dessa realidade, outro desafio
comentado pela entrevistada é o de reforçar o papel da sociedade civil enquanto guardiã
do patrimônio visando à sua proteção e à valorização da história, da memória e das
raízes culturais do povo brasileiro. Isso se dá pelo desenvolvimento constante de
programas de educação patrimonial para que se possa conhecer o que se pretende
proteger.
O Museu Nacional e a memória material: por que é tão
importante preservar?
O artigo “O Museu Nacional e a memória material: por que é tão importante preservar?”
escrito por Bruna Toni, publicado no jornal Estado de São Paulo, traz uma reflexão
sobre as consequências resultantes do trágico incêndio ocorrido no Museu Nacional, no
dia 2 de setembro de 2018, que resultou em uma perda irreparável para o nosso passado.
No incêndio, foram dizimados 90% do seu acervo composto por mais de 20 milhões de
itens, entre objetos, documentos, coleções, pesquisas, mobiliários de época, entre outros
bens materiais que retratam a história, a memória e a cultura do povo brasileiro e de
outros povos e civilizações. O museu também possuía um rico acervo da área de
zoologia, botânica, paleontologia e geologia.
VIAGEM
No artigo, também são citados os efeitos resultantes dos danos provocados pelo
incêndio, fato que perpassa pela relevância dos museus na atualidade, por sua função
ligada à preservação da memória, à conservação de seu acervo e aos estudos e pesquisas
destinadas à produção e divulgação do conhecimento. Elas resultam na possibilidade de
múltiplas leituras e formas de interpretação do passado para que nós, no período
presente, e as gerações futuras possamos conhecer melhor as pessoas, os lugares e as
referências culturais do passado e do presente.
O Museu Nacional, como tantos outros espaços antigos, são patrimônios culturais que
representam traços da nossa história e da nossa cultura. A proteção desse patrimônio
envolve o aumento do repasse de verba para assegurar a manutenção adequada de seu
acervo e da estrutura de seus edifícios dotados de grande relevância histórica e cultural
para que continuem exercendo o seu papel de espaço coletivo e público valorizado pela
sociedade que fomenta o debate, a troca de ideias e a aquisição do conhecimento.
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Políticas Imigratórias
Políticas Imigratórias
Políticas Imigratórias em 5 Países: Estados Unidos,
Canadá, Japão, Alemanha e Rússia
Compreender a realidade mundial, tal qual se apresenta neste século, torna-se
indispensável para qualquer estudante, especialmente de Nível Superior, pois não basta
demonstrar que você domina os conhecimentos específicos de sua profissão (por meio
dos conhecimentos adquiridos em seu Curso Superior), é necessário demonstrar que
você, como cidadão(ã), está atento(a) aos movimentos das Sociedades e antenado(a)
com os acontecimentos que podem interferir direta ou indiretamente na execução de seu
trabalho (profissional).
Assim, o texto apresentado tem como objetivo conduzir você a uma reflexão sobre um
dos temas mais polêmicos e importantes deste século: as políticas imigratórias.
Nos Estados Unidos, os dois últimos presidentes (Barack Obama e Donald Trump, o
presidente atual) trataram de forma distinta a questão da imigração.
O Canadá, por sua vez tem uma política favorável à entrada de imigrantes, e o Japão é
um dos países que menos recebe imigrantes. Historicamente, foi um país muito fechado
à imigração, mas que começa a abrir mais suas portas.
A Rússia foi o terceiro país a mais receber imigrantes em 2016, somente atrás dos
Estados Unidos e da Alemanha, mas o número de refugiados na Rússia é muito baixo,
somando apenas 600 pessoas ao final de 2016.
O texto apresenta a questão do Brexit, que é a saída do Reino Unido da União Europeia
e de que forma a Irlanda do Norte será afetada nesse processo.
A questão das fronteiras é um tema relevante neste século, especialmente, pois envolve
mais do que simples linhas que separam países. Envolve relações econômicas, políticas
e sociais, principalmente no caso da imigração.
Por anos, a Irlanda e a Irlanda do Norte não mantêm uma fronteira física que as divida,
mas, com a proposta do Brexit, essa questão vem à tona e a busca de uma solução para
isso parece ser bastante complicada.
Imagine que você pode circular livremente entre dois lugares distintos e num dado
momento será impedido de passar livremente, devendo para isso portar documentos e
passar por um trâmite burocrático de fronteira (como alfândega, por exemplo), que pode
atrasar sua viagem.
RFI
O Refúgio
Muito embora na América Latina com muita frequência ouçamos falar em “asilo”, na
verdade, em Direito Internacional a forma de proteção jurídica dada a pessoas como as
mencionadas no artigo é o “refúgio”.
Refúgio e asilo, ainda que guardem algumas características comuns, não são
A norma que, basicamente, trata do refúgio é a Convenção das Nações Unidas sobre o
Estatuto dos Refugiados, de 28 de julho de 1951, criada, especificamente, para tratar
dos milhões de pessoas que foram obrigadas a se deslocar para outras regiões em razão
dos combates e das perseguições que ocorreram na Segunda Guerra Mundial.
Essa convenção apresenta uma série de importantes características, e entre elas podemos
listar as seguintes:
Ela teve a função de consolidar diversos outros instrumentos de Direito Internacional
anteriormente existentes relativos aos refugiados, buscando estabelecer, de forma mais
compreensível e sistematizada, os direitos internacionais das pessoas que estão nessa
situação de risco;
Ela estabelece padrões básicos para o tratamento dos refugiados pelos diversos Estados
Nacionais, contudo, não tem o poder de obrigar estes a adotarem, na íntegra, as práticas
recomendadas.
Dessa forma, não há como impor a um país que receba refugiados ou que tenha uma
determinada forma de tratamento para as pessoas que solicitam a entrada e permanência
em seu território em razão dessas situações de risco. Em nome de sua soberania, um
país tem amplos poderes de regular a entrada e permanência de estrangeiros em seu
território, o que acaba por englobar a questão dos refugiados.
Pouco antes da elaboração dessa convenção foi criado um órgão da ONU, o ACNUR -
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados que, igualmente, deveria ter
atuação focada nos refugiados na mencionada Guerra Mundial. Seu inicial mandato foi
de três anos, contudo, com as crises humanitárias nas décadas seguintes, se verificou a
necessidade de que essa organização internacional passasse a ser permanente, com a
ampliação de seu escopo de atuação, não mais limitado à Europa, podendo agir,
obedecidas as regras de Direito Internacional, em qualquer parte no globo onde houver
necessidade.
Em vários países essa questão foi tratada de forma bastante incisiva em diversas
campanhas eleitorais recentes, fazendo com que, em muitos deles, somente candidatos
alinhados com esse tipo de restrições fossem eleitos.
As pressões internas e externas sobre a forma como os refugiados devam ser tratados
faz com que haja, em muitos casos, uma dualidade de discursos. Por um lado, para a
comunidade internacional, há demonstrações de colaboração com essa questão;
contudo, internamente, há uma política restritiva que dá grande ênfase ao controle de
entrada de estrangeiros em geral, com especial foco no estabelecimento de severos
critérios para que o refúgio seja concedido.
No final, os perseguidos continuam sendo pouco respeitados em seus direitos humanos.
Apesar dos discursos, nem sempre demonstram a grande tragédia humana que estamos
vivendo.
FOLHA DE S.PAULO
O final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, iniciou uma profunda reflexão que
envolveu diversas pessoas em vários países sobre formas de prevenir a ocorrência de
novos conflitos. Essa guerra e a Primeira Guerra Mundial mostraram que havia uma
clara necessidade de estabelecer mecanismos para uma paz duradoura.
Esse esforço global para a prevenção de novos conflitos armados culminou com a
criação da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Carta das Nações
Unidas, que foi firmada por diversos países em São Francisco, em 26 de junho de 1945,
sendo que nesse mesmo documento foi estabelecido o Estatuto da Corte Internacional
de Justiça, órgão jurisdicional ligado à ONU que até hoje busca resolver conflitos entre
países evitando que as tensões evoluam e possam gerar guerras.
Uma das bases jurídicas de formação da União Europeia foi o Tratado de Maastricht,
que recebeu o nome da cidade dos Países Baixos onde foi assinado em 7 de fevereiro de
1992. Este e outros tratados formaram o conceito de “Cidadania Europeia” que confere
a quem a detém uma série de direitos e prerrogativas, em especial, a de poder
livremente circular nos países que fazem parte dessa União, o que inclui o acesso ao
mercado de trabalho. Para ser cidadão europeu basta ter nacionalidade reconhecida por
algum dos países que integram a União Europeia.
Por apertada margem foi aprovada saída do Reino Unido do Bloco Continental, naquilo
que foi batizado de “Brexit”, uma palavra formada pela junção dos termos, em inglês,
“britânico” (British) e “saída” (exit).
Muito embora essa saída não represente um rompimento com várias posturas europeias
que buscam preservar a paz e a prosperidade, é certo que as tensões internas no Reino
Unido mostram que a questão dos estrangeiros em seu território – particularmente no
que se refere à inserção no mercado de trabalho – é um dos mais importantes temas de
fundo dessa decisão.
Dessa forma, com a saída do Reino Unido da União Europeia, o governo daquele país já
anunciou que serão estabelecidas novas regras sobre o trato com os estrangeiros,
europeus ou não, em uma clara restrição ao livre trânsito de cidadãos europeus em seu
território. Sem dúvida, o conceito de cidadania europeia começa a perder força.