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ATITUDES PODEROSAS PARA

AUMENTAR SUA AUTOESTIMA


O Guia Absolutamente Completo

ATENÇÃO: No final deste ebook temos uma surpresa especial para você!
O termo autoestima muitas vezes pode ser incorretamente associado à
vaidade excessiva e grandiosidade, como em uma espécie de narcisismo ou
prepotência. De fato, muitas pessoas que se consideram ter a autoestima
elevada acabam portando-se de forma hostil e arrogante ao interagir com
outras pessoas, julgando-se superiores e merecedoras de tratamentos
especiais. No entanto, este fenômeno não consiste em um caso de autoestima
saudável.

Quando analisamos a origem etimológica do termo autoestima,


percebemos claramente que tal terminologia não se refere à arrogância ou
prepotência. A palavra autoestima é uma combinação do termo Grego
AUTÓS, que significa “a si mesmo”, junto do termo Latim AESTIMARE,
que pode ser traduzido para o português como “valorizar; apreciar”. Assim, a
autoestima é a qualidade que se observa em um indivíduo satisfeito consigo a
ponto de conseguir se valorizar e apreciar a si mesmo (tanto em termos de
beleza física quanto no que se refere à conduta, modo de agir, desempenho
profissional, etc).

Na sociedade atual, a autoestima parece ter se tornado uma espécie de


moeda de qualificação social. Ou seja, se você vive de forma a ter autoestima,
você está vivendo certo. Por outro lado, se você não possui autoestima, há
algo de desajustado com você. E há um paradoxo importante neste aspecto,
tendo em vista que os padrões almejados são praticamente inatingíveis.

Para ser considerado bonito de acordo com o chamado padrão de


beleza você precisa medir mais de 1,80 m, ter menos de 10% de gordura
corporal, músculos hipertrofiados e simétricos, pele bronzeada e hidratada,
circunferência abdominal minúscula, e tantos outras características. Já para
ser bem sucedido você precisa ter sua casa e seu carro próprios por volta dos
20 anos, ter viajado pelo país, concluir uma graduação e ter uma carreira
estável. E o que acontece com quem deseja atingir este padrão e não
consegue? Sente-se um fracassado e perde a autoestima.

Por outro lado, também é importante sinalizar que há algo subjacente a


este mecanismo descrito anteriormente. Desconsiderando toda a influência do
capitalismo, da cultura e dos padrões de beleza, supondo que o mecanismo
descrito anteriormente não existisse, ainda assim a autoestima seria um
fenômeno inerente ao ser humano. É saudável e totalmente comum ter certo
nível de autoestima.

O próprio Freud, Médico, Neurologista e criador da Psicanálise,


entendia que há um aspecto vital neste sentido. Em suas obras, Freud
utilizava o termo “narcisismo” que, dentro da teoria psicanalítica e sobretudo
no trabalho de Freud, acaba tendo um significado mais amplo. Contudo, o
ponto principal aqui é o fato de que Freud já havia percebido que é
importante o sujeito ter certa admiração por si mesmo. Do contrário, ele não
investe em si a ponto de cuidar de sua saúde, concluir seus projetos, cuidar
sua higiene, praticar atividades físicas e inúmeras outras atividades.

Diante desta breve introdução alguns questionamentos são levantados.


Excesso de autoestima acaba sendo prejudicial? A autoestima é algo
biológico ou uma construção social? Quais os prejuízos da falta de
autoestima, e o que leva uma pessoa a perder totalmente a estimação por si?
E, talvez o mais importante nos dias de hoje, como uma pessoa pode
recuperar sua autoestima de forma natural e saudável?

Estas questões serão debatidas nas próximas páginas, visando


possibilitar reflexões importantes acerca do tema, bem como estratégias para
recuperar a autoestima por parte de pessoas que sofram com sua falta.
Lembramos, no entanto, que a leitura deste e-book não substitui o
atendimento especializado por um profissional de saúde, caso a pessoa
possua o diagnóstico de Depressão, transtornos de ansiedade ou qualquer
outra patologia.
Boa leitura!
Capítulo 1
Autoestima: construção social ou característica natural?

Ainda que até há alguns anos atrás fosse algo restrito ao público
acadêmico, sobretudo das áreas de Ciências Humanas, nos últimos tempos, a
ideia de construção social passou a ser entendida, ou ao menos discutida, a
nível de senso comum. Então, antes de nos perguntarmos se a autoestima é
uma construção social, devemos entender o que é uma construção social.

Como praticamente tudo que faz parte do universo das Ciências


Humanas, a construção social é um termo relativamente subjetivo e de
definição pouco precisa. No entanto, a ideia de construção social está muito
associada a algo que circula o imaginário social vigente da época em questão,
atravessado por características da cultura, da política e das tensões sociais. Há
pesquisadores que ainda enfatizam o aspecto linguístico, afirmando que
construção social seria algo abstrato, que só conseguimos experimentar
porque estamos inseridos em uma linguagem e em uma cultura.

Em outras palavras, a ideia de construção social parte do princípio que


determinado fenômeno ou determinada conduta só existem por conta das
características sociais do presente. Não haveria como surgir de forma natural.

Por outro lado, a noção de característica natural está muito relacionada


ao chamado determinismo biológico, isto é, uma característica pré-
determinada geneticamente. Nossa capacidade de andarmos em postura ereta,
necessidade de se alimentar, dormir, beber água, nossas características físicas
e até nosso temperamento emocional são alguns exemplos de características
humanas que parecem se tratar de determinismo biológico.

Todavia, os fenômenos humanos são demasiados complexos, de modo


que nem sempre é possível estabelecer uma divisão tão simplificada entre
determinismo e construção social. Por isso, apresentamos neste capítulo
algumas hipóteses sobre esta problemática.

1 – O valor biológico

Quando falamos em determinismo biológico, em geral estamos nos


referindo a características que possuem valor biológico, isto é, características
que aumentam as chances da espécie perpetuar e se reproduzir. Neste sentido,
pode-se dizer que há certo valor biológico na noção de autoestima.
Isso porque uma pessoa com autoestima apresenta mais motivação
para cuidar de sua saúde física e de sua estética. Cuidando de sua saúde
física, ela diminui o risco de ter descendentes com complicações sindrômicas,
aumentando assim a chance de gerar descendentes saudáveis e prosperar.
Além disso, quando analisado historicamente, parece que a autoestima está
presente em diferentes culturas e em diferentes épocas de forma mais ou
menos semelhante, aumentando assim a possibilidade de se tratar de uma
característica influenciada biologicamente.

2 – O aspecto social
Embora a autoestima possa ser influenciada biologicamente, também
parece inegável que ela possua certa dimensão social. Isso porque inúmeras
características discutidas socialmente influenciam a expressão da autoestima.

Conforme mencionado na introdução deste e-book, existem valores


construídos socialmente que passam a ser considerados indicativos de estima.
Logo, se a pessoa consegue adquirir tais valores (um emprego estável,
sucesso financeiro, corpo dentro do padrão de beleza, etc.) aumenta-se as
chances da pessoa ter autoestima elevada.

Este ponto talvez seja o mais complexo e também mais preocupante


acerca da autoestima. Complexo pelo fato de estarmos nos referindo a algo
totalmente abstrato e de difícil definição. Preocupante por tratar-se de algo
que afeta a visão que a pessoa tem acerca de si, podendo ser a causa de
sofrimento e isolamento social. E por mais que se consiga perceber o efeito
devastador deste fenômeno, em alguns casos é simplesmente impossível
controlar o impacto de valores sociais sobre a autoestima.

3 – Autoestima e psiquismo

Sigmund Freud, fundador da Psicanálise, dizia que nós temos uma


espécie de energia mental, a qual é traduzida como libido nos livros de Freud.
O que encontramos sendo chamado de libido nos livros de Psicanálise é
muito semelhante ao que por vezes se chama volição, isto é, uma certa
energia e proatividade necessárias para concluir objetivos e tomar iniciativa.
Mas afinal, o que a libido teria a ver com autoestima? Bem, a
autoestima, se pegarmos a obra de Freud como referência, seria a capacidade
de investirmos libido em nós mesmos. Sendo assim, uma pessoa com
autoestima é uma pessoa com energia psíquica disponível para concluir suas
tarefas, cuidar de si e ser altruísta.

O que aconteceria, então, se a pessoa tivesse libido direcionada a ela


própria em níveis muito atípicos? Provavelmente, alguma característica
psíquica ou comportamental atípica/patológica se manifestaria. E é isso que
se discute nos capítulos seguintes.
Capítulo 2
Autoestima em excesso é prejudicial?

Existe uma expressão popular que afirma que “tudo em excesso faz
mal”. E parece que essa expressão é bastante pertinente e verdadeira. Quando
pensamos em diferentes aspectos de nossa vida, parece que, de fato, tudo em
excesso faz mal. E talvez com relação à autoestima não seja diferente.

Só que é importante entender de que forma a autoestima em excesso


faz mal, justamente para não cometermos o desagradável equívoco de
banalizar a autoestima, ou de torna-la pejorativa por associa-la a conceitos
distintos. Por vezes, associamos pessoas arrogantes e narcisistas com pessoas
com a autoestima elevada ao ponto de tornar-se excessiva. Mas entenderemos
a diferença a seguir.

1 – Como é uma pessoa com autoestima elevada

Uma pessoa com autoestima elevada é uma pessoa confiante, segura,


vaidosa e que se porta com elegância. É uma pessoa que sabe reconhecer seus
méritos, que sabe precificar seu serviço adequadamente, e que não precisa se
submeter a humilhações e situações abusivas.

Mas a pessoa com autoestima elevada também sabe reconhecer o


mérito de outras pessoas, também sabe cobrar valores moderados por seu
serviço visando atrair novos clientes e estabelecer relações profissionais
saudáveis e também pode se doar a outras pessoas. É um ser humano normal,
com emoções positivas e negativas, com qualidades e defeitos, com ações
assertivas e impulsivas.

O principal ponto é que uma pessoa com autoestima é perfeitamente


capaz de realizar atividades profissionais, criar vínculos, ter momentos de
lazer, relações sexuais e explorar seu potencial. Uma pessoa em estado de
autoestima baixa, normalmente ficará privada destas atividades.

2 – Como é uma pessoa narcisista?

Antes de qualquer coisa, é importante lembrar que, ainda que o termo


narcisista seja dito no senso comum, há um quadro de transtorno psiquiátrico
chamado Transtorno da Personalidade Narcisista. Na grande maioria das
vezes as pessoas que no senso comum consideramos narcisistas preenchem
os critérios para o diagnóstico de Transtorno da Personalidade Narcisista,
mas é importante não nos apropriarmos indevidamente desta terminologia, e
lembrar que às vezes consideramos “narcisista” simplesmente uma pessoa
com características semelhantes a de alguém com o diagnóstico. Contudo,
nesta sessão se discute a pessoa com o diagnóstico de Transtorno da
Personalidade Narcisista.

Uma pessoa narcisista é uma pessoa totalmente incapaz de reconhecer


méritos de outras pessoas. Algumas vezes a pessoa narcisista até pode adotar
uma postura humilde e caridosa, mas tal conduta não é genuína. Há, de forma
subjacente, uma crença de que, ao agir desta forma, ela é a melhor pessoa do
Universo, se não a única capaz de agir da forma como todo mundo deveria
agir.

Mas o que o narcisismo tem em comum com a autoestima? Ainda que


a pessoa narcisista e a pessoa com autoestima elevada sejam bastante
distintas, por vezes o modo de agir de ambas pode ser incorretamente
associado. Isso porque a pessoa narcisista faz questão de provar o tempo todo
sua segurança (aliás, tenta provar uma segurança que na verdade não existe,
pois teme mostrar-se tão vulnerável quanto de fato é). E a pessoa com
autoestima elevada, por definição, é uma pessoa segura.
No entanto, ambos os casos, na prática, acabam sendo ligeiramente
distintos. Não é correto fazermos uma associação entre narcisismo e
autoestima.

3 – Afinal, como distinguir uma pessoa narcisista de uma pessoa com


autoestima elevada?

Uma pessoa narcisista distingue-se de uma pessoa com autoestima


elevada pelo impacto que ela causa nas outras pessoas. Uma pessoa com
autoestima elevada não se direciona aos outros de forma hostil, competitiva e
arrogante. Uma pessoa com a autoestima elevada, tendo em vista que é uma
pessoa segura, age sempre de forma assertiva e confiante.

Já uma pessoa narcisista é extremamente competitiva, busca diminuir


o valor das outras pessoas e criticá-las com discurso de ódio e implicância. É
uma pessoa cuja convivência é difícil, desgastante e tóxica. É uma pessoa que
você não gostaria de ter por perto!
4 – Mas afinal, autoestima pode ser prejudicial por ser excessivamente
elevada?

Como vimos, a autoestima elevada não tende a implicar as relações


interpessoais. Em geral, pessoas com autoestima elevada são seguras,
confiantes e companhias agradáveis. No entanto, em alguns casos podem
haver certos prejuízos em decorrência de tal segurança, mas são prejuízos
moderados.
Os prejuízos maiores em relação à autoestima ocorrem justamente por
conta de falta de autoestima, e não por excesso. Por isso, reservamos o
próximo capítulo para abordar o efeito da falta de autoestima na vida das

pessoas.

Capítulo 3
Causas e consequências da falta de autoestima
A falta de autoestima é um problema altamente presente em nossas
vidas atualmente. Inúmeras pessoas sofrem com este problema, apresentando
isolamento social, descuidado pessoal, timidez e insegurança.

Em alguns casos, a falta de autoestima pode indicar um problema


subjacente muito maior, como depressão ou algum transtorno psiquiátrico.
Em outros casos, é justamente a falta de autoestima e as estratégias de
enfrentamento que a pessoa escolhe que acabam deixando-a deprimida e/ou
ansiosa.

Também é importante mencionar que em alguns casos a pessoa nasce


com malformações corporais, e isso por si só já as faz ter autoestima baixa.
Somando-se a isso, infelizmente muitas pessoas nestas condições ficam mais
expostas a sofrer bullying, sobretudo na adolescência, e já há um número
elevado de estudos comprovando que o fato de sofrer bullying é um fator de
risco para desenvolver baixa autoestima.

Dada a complexidade da autoestima, naturalmente este e-book não é


capaz de discutir, massivamente, todas as suas possíveis causas. Todavia,
serão mencionadas algumas das possíveis causas mais comuns, buscando
discutir sua correlação.

1 – Depressão

A Depressão é um transtorno mental severo, que possui sintomas


bastante específicos. Entre eles, destacam-se os seguintes:
Perda do interesse e da sensação de prazer associados à
atividades do cotidiano;
Insônia ou hipersonia
Diminuição da libido
Isolamento social
Perda ou ganho significativo de peso não intencionais
Dificuldade de concentrar-se e concluir tarefas
Baixa autoestima
O objetivo em mencionar a depressão aqui não é banaliza-la ou
estimular o autodiagnostico da depressão. Mas sim orientar as pessoas que
sofrem com baixa autoestima a procurar auxílio especializado, inclusive no
intuito de investigar as causas de tal fenômeno.
Se você tem baixa autoestima e apresenta mais alguns dos sintomas
mencionados anteriormente, talvez seja importante procurar um especialista.
Além de ajudar você a cuidar de sua autoestima, um profissional de saúde
mental também irá cuidar da sua saúde como um todo.

2 – Bullying

Conforme já mencionado, sofrer bullying (especialmente na infância e


na adolescência) pode influenciar o desenvolvimento da autoestima. Isso
porque estes períodos do desenvolvimento são importantes para a formação
de crenças e da percepção que o indivíduo terá acerca de si, dos outros e do
mundo.
Importante mencionar que, mesmo nos casos em que o bullying não
gera baixa autoestima, o ato de cometer bullying é extremamente nocivo e
desadaptativo. Mas na infância e na adolescência o efeito tende a ser mais
devastador.

Pessoas que sofrem bullying criam uma percepção negativa acerca de


si. Constantemente, sentem-se coagidas, isoladas, desprovidas de atrativos e
indignas de serem amadas. São pessoas propensas a criar crenças de
abandono e vulnerabilidade, a perceberem os outros como ameaças e o
mundo como um lugar hostil e ameaçador.
É por conta deste complexo mecanismo que o bullying acaba sendo
um dos fatores associados à baixa autoestima.

3 – Traumas

Traumas sempre deixam marcas. Aliás, a expressão trauma deriva do


Grego, que significa “ferimento”. E inúmeros eventos traumáticos podem
ocasionar baixa autoestima. Entre estes destacam-se os seguintes:

Abuso infantil: além de ser uma atitude hostil e violenta, a


pessoa que sofre abuso infantil tende a sentir nojo e desprezo
por seu próprio corpo.

Assédio moral: no assédio moral poderíamos incluir o


bullying, mas situações de autoritarismo familiar também
podem deixar a pessoa com dificuldade de manter a autoestima
elevada.

Traição: por mais que a pessoa traída tenha sido vítima de


uma atitude antiética e imoral, ela tende a sentir-se desprovida
de valor e indigna de ser amada.

Morte precoce dos pais: os pais são a fonte de proteção nos


primeiros anos de vida, e a morte de um ou de ambos os pais
pode afetar significativamente a autoestima do indivíduo.

Como os demais casos, passar por estes eventos na infância ou na


adolescência tende a ser mais prejudicial, pois a imaturidade deixa a pessoa
menos apta a elaborar traumas e gerar respostas adaptativas frente a
problemas.

4 – Fatalidades e acidentes

Acidentes que danifiquem a aparência física da pessoa tendem a causar


sérias implicações na autoestima. Os mais comuns são:

Queimaduras;
Cortes profundos no rosto;
Perda de membros ou dedos;
Acidentes que deixem a pessoa com limitações de
movimentos.
Pensando em fatalidades mais graves, a perda da autoestima costuma
se fazer presente em casos onde a pessoa fratura a coluna e perde os
movimentos ou contrai doenças crônicas.
Entre as doenças crônicas, podemos citar a Esclerose Lateral
Amiotrófica, o HIV e alguns tipos de câncer. Em todas estas doenças, além
de baixa autoestima, também é comum a pessoa apresentar sintomas de
depressão após receber o diagnóstico.

No caso da Esclerose Lateral Amiotrófica, doença neurodegenerativa


que causa atrofia dos neurônios responsáveis pelo movimento muscular, a
pessoa passa a viver com sensação de impotência, sensação que vai
aumentando conforme os sintomas evoluem. Já no caso do HIV, a pessoa
sente a sexualidade ficar impossibilitada, além de sentir-se frustrada com o
fato de não ter tomado as devidas precauções.

Tratando-se de câncer, existem diferentes aspectos importantes. Em


primeiro lugar, o tratamento mais convencional de quimioterapia costuma
ocasionar queda completa de cabelo, fato que abala bastante a autoestima.
Outro ponto é quando o câncer atinge órgãos sexuais, especialmente
mulheres que precisam remover os seios, ou homens que precisam amputar o
pênis.
5 – Rigidez excessiva

Algumas pessoas são excessivamente rígidas em relação a seu


desempenho, ou em relação aos padrões sociais mencionados no início deste
e-book. Tendo em vista que tais padrões são ligeiramente distintos do que
ocorre naturalmente, é comum as pessoas sentirem-se frustradas por não
atingi-los. E essa frustração dessas pessoas, pode gerar baixa autoestima.

6 – Falta de amor

Pode parecer excessivamente poético, mas não há nada de romantizado


nisso. A autoestima é uma espécie de amor e apreciação por si. E, em geral,
só conseguimos amar da forma que recebemos amor.
Inúmeras teorias e áreas científicas tentam entender a real importância
do amor por parte dos pais em relação ao desenvolvimento da criança, e
nenhuma teoria parece ser suficiente para explicar algo tão complexo. Mas é
inegável que a forma como nossos pais (ou cuidadores) nos amam influencia
a forma que iremos nos inserir em nossos primeiros círculos sociais, e, por
conseguinte, isso também influencia a forma através da qual
desenvolveremos autoestima.

Conforme apresentado neste capítulo, a autoestima pode ser abalada


por inúmeros fatores, muitos deles difíceis de controlar. Mas o mais
importante é que existem estratégias de enfrentamento que qualquer pessoa
pode aplicar em sua rotina para ter mais autoestima, tais como as que
apresentamos no capítulo seguinte.
Capítulo 4
Como aumentar a autoestima com atitudes simples

“A ação antecede a motivação”


(Autor desconhecido)

Nossas ações influenciam nossas emoções, nossos pensamentos, nossa


motivação e até mesmo nossa autoestima. Deste modo, existem algumas
ações simples que podem ter um impacto bastante positivo sobre sua
autoestima.

É importante, no entanto, lembrar que tais ações não substituem a ação


de um profissional especializado. Se a causa da baixa autoestima estiver
relacionada a algum transtorno mental, dos quais a depressão é o mais
comum, a pessoa deve procurar um profissional de saúde mental para auxiliá-
la.

Todavia, alguns dos comportamentos aqui mencionados estão


presentes no tratamento da depressão, e podem ajudar a reduzir os sintomas
deste quadro psicopatológico. Veja a seguir quais ações podem aumentar sua
autoestima e entenda porque isso acontece.
1 – Dizer “não”

Dizer “não” pode parecer algo extremamente simples, e de fato o é.


Mas pessoas com baixa autoestima tendem ao autossacrifício visando
satisfazer expectativas e desejos de outras pessoas, especialmente de pessoas
que julgam ser importantes a elas.

Não raro, pessoas com baixa autoestima mantém relacionados


abusivos, empregos onde há assédio moral e desvio de função, submissão aos
pais e amigos, entre tantos outros hábitos destrutivos que poderiam ser
evitados ou reparados pelo fato de dizer “não”. Por isso é extremamente
importante praticar este hábito.

Algumas pessoas podem ter receio de dizer “não” a amigos, pais,


chefe e pessoas próximas com tamanha intensidade que talvez possam
precisar do auxílio terapêutico de um profissional de Psicologia. Todavia,
com a prática a pessoa vai aumentando sua autoeficácia e passa a ter
confiança suficiente para expressar suas verdadeiras intenções e desejos,
mesmo que se tratem de dizer “não” a alguma proposta de alguém próximo.
2 – Afaste-se de pessoas tóxicas

Lembra das pessoas narcisistas que falamos nas sessões anteriores?


Pois é, fique longe delas. Elas tendem a fazer mal para nossa autoestima.
Não que elas tenham intencionalmente a capacidade de afetar a
autoestima de uma pessoa saudável, mas o fato é que conviver com pessoas
arrogantes e hostis nos gera emoções desagradáveis, e manter emoções
desagradáveis por muito tempo pode diminuir nossa autoestima.
Nem sempre é tarefa fácil se afastar de uma pessoa narcisista,
especialmente se essa pessoa for membro de sua família. Mas ao menos
aprenda a impor limites realistas nessas pessoas (coisa que muito
provavelmente nunca tiveram na vida).

Há um ditado popular, que inclusive acabou virando meme na internet,


que diz o seguinte: “nunca deixe uma pessoa se sentir confortável lhe
desrespeitando”. Isso porque quando uma pessoa se sente confortável lhe
desrespeitando ela aprende que tem o direito de continuar fazendo isso
sempre.

Não importa se a pessoa é familiar, companheiro, ou até mesmo se a


pessoa diz ser seu amigo. Se a pessoa está lhe desrespeitando ela não merece
seu respeito, e se você quer manter sua autoestima elevada, afaste-se dela.

3 – Crie oportunidades para estar próximo de pessoas saudáveis com as


quais possui vínculo
Tão importante quanto manter distância de pessoas tóxicas é manter-se
próximo de pessoas saudáveis. Lógico, nossa rotina nem sempre permite
termos momentos diários de lazer, e não estamos falando para você
descumprir suas atividades de trabalho apenas para ficar próximo de pessoas
saudáveis.

Mas procure criar algumas oportunidades de interação com tais


pessoas. Nem que seja envolvendo projetos pessoais, falar sobre trabalho,
combinar de ir na academia com algum amigo, enfim. Tudo é válido,
contando que você esteja próximo de pessoas saudáveis. Sua autoestima
agradece!

3 – Conheça pessoas novas

É atribuído a Albert Einstein a expressão “uma mente que se abre a


novas opiniões jamais volta a seu tamanho original”. Independente de tal
afirmação ter mesmo sido proferida pelo pai da Física moderna, o fato é que
nosso cérebro gosta de novidades.

Conhecer lugares e pessoas novas faz bem para nossa saúde mental
como um todo. Tais experiências obrigam o cérebro a criar novas sinapses,
isto é, novas formas de comunicação entre os neurônios, e o corpo entende
isso como algo positivo. Não que a autoestima dependa unicamente de
sinapses, mas com certeza isso irá lhe ajudar.
Além disso, quanto mais pessoas você conhece, mais habilidades
sociais você desenvolve. E isso faz você aprender a dizer não com mais
facilidade, ter mais oportunidades de lazer com pessoas agradáveis e
experimentar emoções adaptativas.
Em resumo, conhecer pessoas novas faz bem para nossa autoestima!

4 – Cuide de sua saúde física

Cuidar da saúde física é parte extremamente importante no processo de


recuperar autoestima. Os cientistas ainda estudam este fenômeno para
compreendê-lo melhor, mas já se sabe que cuidar da saúde física afeta
positivamente nossa autoestima.
Novamente, não se trata de reduzir algo tão complexo como a
autoestima a um “simples” cuidado da saúde física. Mas temos uma
tendência biológica a nos sentirmos bem cuidando de nossa saúde.
Alguns hábitos envolvendo cuidar da saúde física que podemos incluir
para melhorar nossa autoestima são:

Ter uma alimentação regrada: não é necessário fazer


nenhuma dieta restritiva, mas controlar a quantidade de macro
e micronutrientes, comer frutas e verduras frequentemente e
evitar frituras já ajuda bastante. Novamente, não é que os
nutrientes presentes nos alimentos sejam responsáveis por
regular a autoestima, mas o fato de ter uma alimentação
saudável sinaliza ao nosso organismo que estamos cuidando de
nossa saúde, e isso causa bem-estar e melhora a autoestima.
Evitar bebidas alcoólicas: as bebidas alcoólicas estão
amplamente presentes em nossa cultura. Inúmeros rituais
incluem consumir bebidas alcoólicas, e consumi-las com
moderação pode até ajudar a aliviar a tensão e promover
momentos de interação com amigos. Mas o fato é que em
excesso as bebidas alcoólicas acabam causando alguns
prejuízos, e evitar seu consumo pode também ajudar a manter a
autoestima elevada.

Atividades físicas ao ar livre: atividade física leve é algo sem


contraindicações, e o fato de estar ao ar livre acaba sendo ainda
melhor para quem quer melhorar a autoestima. Além dos
benefícios que a própria atividade física já causaria, inúmeros
profissionais de saúde vem demonstrando que quando
realizadas ao ar livre, sobretudo na companhia de pessoas com
as quais temos vínculo, as atividades físicas acabam
promovendo melhoras importantes na autoestima do indivíduo.

Faça musculação: a musculação é uma das atividades físicas


mais completas, e ela é extremamente recomendada para a
saúde. Melhora a função cardíaca, regula o sono, alivia a
ansiedade, aumenta a imunidade e ainda tem um bônus em
relação à autoestima, que é a mudança corporal. Muitas vezes
uma mudança sutil envolvendo perda de gordura ou aumento
da massa muscular já pode ajudar a pessoa a melhorar sua
autoestima, por isso a musculação é uma das atividades mais
recomendadas para quem busca aumento da autoestima.
Dança: a dança é uma atividade completa, pois envolve
movimentos repetitivos, contato com música e interação com
outras pessoas. Os efeitos da dança para nossa saúde como um
todo ainda não são totalmente conhecidos, e já são alvo de
pesquisas científica há um bom tempo. Mas o fato é que se
você estiver com baixa autoestima, a dança é uma forma
excelente de você cuidar da sua saúde e ainda aumentar sua
autoestima.

Estes cuidados mostram, de modo geral, que nossa saúde física e nossa
saúde mental estão diretamente relacionadas. Por isso, muitas vezes o
atendimento psicológico acaba sendo indispensável para que a pessoa consiga
aumentar sua autoestima, conforme descrito a seguir.

5 – Cuide de sua saúde mental

Nossa saúde mental é a base de nossa autoestima. Somente quando


conseguimos ter uma visão saudável acerca de nós mesmos é que
conseguimos manter nossa autoestima equilibrada.
Conforme já mencionado neste e-book, muitas vezes os problemas
com a autoestima podem ser ocasionados por sintomas psicopatológicos, por
isso exigem tratamentos específicos. Em outros casos, problemas de
relacionamento e exposição ao contato com pessoas abusivas e desrespeitosas
podem comprometer nossa autoestima. Em ambos os casos, a psicoterapia
tem ação extremamente importante para melhorar a autoestima.

Neste tópico, iremos mencionar algumas técnicas comportamentais,


usadas principalmente por Psicólogos inseridos na linha denominada Terapia
Cognitivo-Comportamental, que podem servir tanto para tratar sintomas da
depressão quanto para retomar a autoestima. Salientamos, no entanto, que as
informações aqui mencionadas são superficiais e não substituem a
avaliação e a orientação de um profissional de saúde. Estes tópicos
possuem apenas caráter informativo e, em alguns casos, podem ser aplicados
pelo próprio indivíduo de forma satisfatória. Todavia, aplica-los com
orientação profissional qualificada é infinitamente mais efetivo.

5.1 Ativação comportamental

A ativação comportamental é um dos principais tratamentos da


depressão. Entende-se que “a ação antecede a motivação”, de modo que
muitas vezes o paciente com diagnóstico de depressão é estimulado a agir,
mesmo que não se sinta motivado.

Como a depressão causa diminuição da energia e do interesse em


atividades cotidianas, a ativação comportamental visa fazer o indivíduo a
realizar suas atividades, mesmo que aparentemente não tenha desejo e
motivação para tal. O que os Psicólogos observam é que, após iniciarem as
atividades, os pacientes acabam tornando-se motivados a continuar
realizando tais atividades.
Como isso acontece? Bem, vamos imaginar que o paciente com
diagnóstico de depressão esteja com a casa desorganizada há alguns meses.
Naturalmente, sua energia reduzida lhe impede de sentir motivação para
arrumar toda a casa. Então o Psicólogo pede para que ele apenas faça uma
tarefa muito específica em sua casa, como por exemplo arrumar a cama,
recolher o lixo, organizar a pia ou a cozinha.

O que geralmente acontece é que, após ver uma parte pequena da casa
devidamente organizada, o paciente sente-se motivado a organizar outras
partes da casa. E assim ele vai retomando sua autoeficácia.
Com relação à autoestima pode-se fazer o mesmo. Lógico, a
autoestima está muito relacionada ao sentimento e a valorização acerca de si,
e não é possível valorizar-se um pouco mais para tornar-se motivado a
continuar se estimando, ao menos não de forma consciente.

Então, como a ativação comportamental funciona em relação a


autoestima? Na verdade, a ativação comportamental funciona de forma muito
semelhante ao exemplo anterior, ou até mesmo de forma totalmente
relacionada. No exemplo anterior, ainda que o paciente tenha sido estimulado
a arrumar a casa, é bem provável que ele já tivesse certa elevação na
autoestima, afinal há uma satisfação envolvida.

Mas o que acaba tendo resultado mais imediato é o indivíduo começar


valorizando pequenos aspectos de si mesmo. Lembre-se que uma pessoa com
baixa autoestima se considera feia, desprovida de qualquer beleza ou
qualidades. Então o que se deve fazer é valorizar apenas uma característica
específica.
Imagine, por exemplo, um homem com baixa autoestima, com o
barbear descuidado, a pele oleosa e o cabelo despenteado. Se ele encontra
motivação para reparar sua barba, ou seu cabelo, muito provavelmente ele irá
gostar do resultado. Então perceberá que o mesmo pode ser feito em relação a
todo seu corpo; naturalmente não irá se tornar o homem mais lindo do
Universo, mas poderá recuperar beleza o suficiente para conviver bem
consigo mesmo.
E o mesmo vale para mulheres. Imagine uma mulher que se considera
totalmente desprovida de beleza. Um certo dia, ela resolve ir ao salão de
beleza mudar seu cabelo e põe uma maquiagem apropriada ao seu estilo.
Certamente isso trará um efeito positivo, lhe fazendo perceber que pode
aplicar o mesmo esforço como um todo, cuidando também de sua pele, sua
roupa e etc.

5.2 – Reorganização de crenças

Este aspecto definitivamente não deve ser trabalhado sem auxílio


profissional, ou ao menos não costuma surtir os mesmos efeitos que o auxílio
profissional proporciona. No entanto, sabe-se que a pessoa com baixa
autoestima possui crenças distorcidas e irracionais acerca de seu corpo,
geralmente de caráter catastrófico.
Ao perceber que está acima do peso, a pessoa com baixa autoestima
não costuma ter o raciocínio organizado como “acho que eu seria mais
bonito(a) se emagrecesse”, mas sim “ninguém gosta de mim por eu ser
feio(a)/gordo(a) deste jeito”. Nestes casos, a distorção do pensamento mostra
que a pessoa tem uma crença desajustada.
O problema é que as crenças, em geral, são construídas no início de
nossa infância. Por isso, modificar crenças com caráter catastrófico requer o
auxílio de um profissional especializado, apto a atuar neste sentido.

5.3 – Aumento da autoeficácia

O aumento da autoeficácia é complementar à ativação


comportamental, e também costuma ser utilizado para tratar depressão. Em
geral, pessoas com baixa autoestima, além de sentir-se feias, também sentem-
se desprovidas de qualquer competência.
O que seria necessário então para que pudessem mudar esta
percepção? Fazer algo bem feito!
O grande obstáculo é que as pessoas que possuem baixa autoestima
não possuem coragem de tentar fazer algo, pois acreditam previamente que
não conseguirão realizar atividades com qualidade. Então o objetivo desta
intervenção é motivar as pessoas a darem o primeiro passo, isto é, fazerem o
que desejam, mesmo que julguem ser desprovidas de habilidades.
O que acontece é que as pessoas, em geral, sentem-se satisfeitas tanto
com o ato de terem dado o primeiro passo, quanto com a aceitação e
reconhecimento do que produzem, uma vez que tenha de fato realizado algo
com qualidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este e-book apresentou considerações acerca da autoestima, buscando
apresentar formas de aumentar sua autoestima naturalmente. Conforme
mencionado, inúmeras pessoas apresentam problemas com a autoestima por
conta de conviver com pessoas tóxicas, ter dificuldade em dizer “não” ou
mesmo por desconhecer seu potencial. O material presente neste e-book visa
justamente mudar este cenário positivamente.

Chegamos ao fim por aqui. Na próxima página temos


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