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5.2 Taxas
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8. A partir de um prisma didático, convém classificar como Taxas do Poder de
Polícia aquelas que têm origem, ensejo e justificativa no vigiar e punir, ou seja, na
fiscalização, que é interesse eminentemente estatal, reservando a categoria das taxas de
serviço para aquelas que se desenvolvem em função do interesse do usuário, ante a
compreensão de que esse interesse é relevante para definir a atividade como serviço.
9. Na espécie, os valores exigidos à guisa de ressarcimento originam-se do exercício de
poderes fiscalizatórios por parte da Administração Tributária, que impõe a aquisição dos
selos como mecanismo para se assegurar do recolhimento do IPI, configurando-se a
cobrança como tributo da espécie Taxa de Poder de Polícia. RECURSO ESPECIAL No
1.405.244 – SP, RELATOR MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, j. 08 de agosto
de 2018.
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5.2.1 Taxa de polícia
CTN, Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,
limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada
pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)
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CTN, Art. 78, Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso
ou desvio de poder.
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TAXA DE LOCALIZAÇÃO X TAXA DE FUNCIONAMENTO
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O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder de polícia
daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando apenas a estas a
prestação potencial do serviço público. A regularidade do exercício do poder de polícia é
imprescindível para a cobrança da taxa de localização e fiscalização. (...) É constitucional
taxa de renovação de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício
do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes para o
respectivo exercício, tal como verificado na espécie quanto ao Município de Porto Velho/RO
[RE 588.322, rel. min. Gilmar Mendes, j. 16-6-2010, P, DJE de 3-9-2010, Tema 217.]
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5.2.2 Taxa de serviço
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CTN, Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua
disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
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Súmula Vinculante 41: “O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa” (conversão da Súmula 670)
Súmula Vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos
de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
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Súmula 549/STF: A taxa de bombeiros do Estado de Pernambuco é constitucional,
revogada a Súmula 274.
Súmula 274/STF: É inconstitucional a taxa de serviço contra fogo cobrada pelo Estado
de Pernambuco. (revogada)
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TAXA DE COMBATE A INCÊNDIO – INADEQUAÇÃO CONSTITUCIONAL. Descabe
introduzir no cenário tributário, como obrigação do contribuinte, taxa visando a
prevenção e o combate a incêndios, sendo imprópria a atuação do Município em tal
campo.
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5.2.3 Base de cálculo
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Jurisdição (custas judiciais) x Acesso à jurisdição
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CF, art. 145, § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
CTN - Art. 77, Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador
idênticos aos que correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das
emprêsas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 1967)
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Sumula Vinculante n. 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de
um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde
que não haja integral identidade entre uma base e outra.
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EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO: BASE DE
CÁLCULO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS, S.P. I. - O fato de um dos elementos
utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU - a metragem da área construída do
imóvel - que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na
determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base
de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço constitui a base imponível da taxa. Todavia,
para o fim de aferir, em cada caso concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área
construída do imóvel, certo que a alíquota não se confunde com a base imponível do
tributo. Tem-se, com isto, também, forma de realização da isonomia tributária e do princípio
da capacidade contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, § 1o. II. - R.E. não conhecido. (RE
232393, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgado em 12/08/1999).
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Base de cálculo x atividade exercida pela empresa
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AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO
TRIBUTÁRIO. TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS (TFE). LEI
13.477/2002. CRITÉRIO. ATIVIDADE EXERCIDA PELO CONTRIBUINTE.
IMPOSSIBILIDADE. 1. É ilegítimo utilizar-se como parâmetro a atividade exercida pelo
contribuinte para fixar o valor da Taxa de Fiscalização de Estabelecimento (TFE), uma vez
que se distancia do requisito da referibilidade das taxas. 2. Agravo regimental a que se
nega provimento, com aplicação de multa, nos termos do art. 1.021, §4º, do CPC e
majoração de honorários advocatícios, com base no art. 85, § 11, do CPC, observados os
limites dos §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo.
A G .REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.085.183 SÃO PAULO, rel.
Min. Edson Fachin, j. em 16.03.2018.
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TJRS- JUIZ SUBSTITUTO/2018 80. O prefeito do Município X pretende instituir uma taxa para custear o
serviço de coleta, remoção e destinação do lixo doméstico produzido no Município. A taxa será calculada em
função da frequência da realização da coleta, remoção e destinação dos dejetos e da área construída do
imóvel ou da testada do terreno. Acerca dessa taxa, é correto afirmar que ela é
(A) ilegal, porque a coleta, remoção e destinação do lixo doméstico não podem ser considerados como
serviço público específico e divisível.
(B) ilegal, porque sua base de cálculo utiliza elemento idêntico ao do IPTU, qual seja, a metragem da área
construída ou a testada do imóvel.
(C) legal se houver equivalência razoável entre o valor cobrado do contribuinte e o custo individual do serviço
que lhe é prestado.
(D) ilegal, porque não possui correspondência precisa com o valor despendido na prestação do serviço.
(E) legal, porque foi instituída em razão do exercício regular de poder de polícia, concernente à atividade da
Administração Pública que regula ato de interesse público referente à higiene.
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5.2.4 Competência
- Comum
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5.3 Contribuições de melhoria
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5.3.1. Fato gerador
CF, Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
CTN, Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
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5.3.2 Base de cálculo
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Limites
▪ Total ou geral:
▪ Individual:
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PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. CONFISSÃO DE DÍVIDA. CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO
IMPEDE A DISCUSSÃO JUDICIAL SOBRE A LEGALIDADE DO TRIBUTO.
PAVIMENTAÇÃO DE VIA PÚBLICA. ILEGALIDADE DA CONTRIBUIÇÃO FUNDADA
APENAS NO CUSTO DA OBRA PÚBLICA, SEM LEVAR EM CONSIDERAÇÃO A
RESPECTIVA VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA. 2. A jurisprudência Corte pacificou-se no
sentido de que "o fato gerador da contribuição da melhoria é a valorização do imóvel, não
cabendo sua fixação meramente sobre o valor da obra realizada" (REsp 651.790/RS, 2ª
Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJ de 5.4.2006), ou seja, "a contribuição de melhoria tem
como fato gerador a valorização do imóvel que lhe acarreta real benefício, não servindo
como base de cálculo tão-só o custo da obra pública realizada" (REsp 280.248/SP, 2ª
Turma, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, DJ de 28.10.2002).
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3. Assim, a cobrança da contribuição de melhoria deve levar em consideração o acréscimo
do valor do imóvel, decorrente da realização de obra pública, não sendo possível
estabelecer a sua cobrança com base no custo total da obra dividido pelo número de
unidades existentes na área beneficiada.
4. Agravo regimental não provido.
(AgRg no AgRg no REsp 1018797/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/04/2012, DJe 26/04/2012)
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5.3.3 Competência
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5.4 Empréstimos compulsórios
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STF, Súmula 418: O empréstimo compulsório não é tributo, e sua arrecadação não está
sujeita à exigência constitucional da prévia autorização orçamentária.
EC 1/69 Art. 18 (...) § 3º Somente a União, nos casos excepcionais definidos em lei
complementar poderá institui empréstimo compulsório.
Art. 21 (...) § 2º A união pode instituir (...)
II- empréstimos compulsórios, nos casos especiais definidos em lei complementar aos
quais se aplicarão as disposições constitucionais relativas aos tributos e as normas gerais
do direito tributário.
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5.4.2 Fato gerador
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5.4.3 Competência e situações autorizadoras
CF, art. 148: A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
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INVESTIMENTO PÚBLICO URGENTE DE
GUERRA EXTERNA/CALAMIDADE RELEVANTE INTERESSE NACIONAL
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5.4.4 Destino da arrecadação e modo de devolução
Cobrança:
Fato Gerador:
Arrecadação:
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5.4.5 Empréstimos compulsórios no CTN
CTN, art. 15: Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir
empréstimos compulsórios:
I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu
resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.
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5.5 Contribuições especiais (art. 149 e 149-A da CF)
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5.5.2 Subdivisão das contribuições especiais
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§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus
servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art.
40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos
efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003).
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no
art. 150, I e III.
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5.5.2.1 Contribuições sociais
- gerais –
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