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DIREITO TRIBUTÁRIO – ANA CAROLINA

Aula 02
5.2 Taxas

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,


de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;

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8. A partir de um prisma didático, convém classificar como Taxas do Poder de
Polícia aquelas que têm origem, ensejo e justificativa no vigiar e punir, ou seja, na
fiscalização, que é interesse eminentemente estatal, reservando a categoria das taxas de
serviço para aquelas que se desenvolvem em função do interesse do usuário, ante a
compreensão de que esse interesse é relevante para definir a atividade como serviço.
9. Na espécie, os valores exigidos à guisa de ressarcimento originam-se do exercício de
poderes fiscalizatórios por parte da Administração Tributária, que impõe a aquisição dos
selos como mecanismo para se assegurar do recolhimento do IPI, configurando-se a
cobrança como tributo da espécie Taxa de Poder de Polícia. RECURSO ESPECIAL No
1.405.244 – SP, RELATOR MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, j. 08 de agosto
de 2018.

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5.2.1 Taxa de polícia

CTN, Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,
limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada
pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)

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CTN, Art. 78, Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso
ou desvio de poder.

Norma de restrição -> poder de polícia em abstrato


Taxa pelo exercício do poder de polícia -> exercício do poder de polícia (em concreto)

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TAXA DE LOCALIZAÇÃO X TAXA DE FUNCIONAMENTO

EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE LOCALIZAÇÃO E


FUNCIONAMENTO. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA. EFETIVO EXERCÍCIO DE PODER DE
POLÍCIA. AUSÊNCIA EVENTUAL DE FISCALIZAÇÃO PRESENCIAL. IRRELEVÂNCIA.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. 1. A incidência de taxa pelo exercício de
poder de polícia pressupõe ao menos (1) competência para fiscalizar a atividade e (2) a
existência de órgão ou aparato aptos a exercer a fiscalização. 2. O exercício do poder de
polícia não é necessariamente presencial, pois pode ocorrer a partir de local remoto, com o
auxílio de instrumentos e técnicas que permitam à administração examinar a conduta do
agente fiscalizado (rel. min. Gilmar Mendes, Pleno, julgado em 16.06.2010. Cf. Informativo
STF 591/STF).

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O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder de polícia
daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando apenas a estas a
prestação potencial do serviço público. A regularidade do exercício do poder de polícia é
imprescindível para a cobrança da taxa de localização e fiscalização. (...) É constitucional
taxa de renovação de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício
do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes para o
respectivo exercício, tal como verificado na espécie quanto ao Município de Porto Velho/RO
[RE 588.322, rel. min. Gilmar Mendes, j. 16-6-2010, P, DJE de 3-9-2010, Tema 217.]

• Presunção (relativa) do exercício do poder de polícia: existente órgão


fiscalizador/servidores em funcionamento no local, independentemente da fiscalização
porta a porta.

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5.2.2 Taxa de serviço

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou


potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;

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CTN, Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua
disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

CTN, Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:


II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção,
de utilidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos
seus usuários.

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Súmula Vinculante 41: “O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa” (conversão da Súmula 670)

Súmula Vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos
de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

Taxa de limpeza de logradouros públicos

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Súmula 549/STF: A taxa de bombeiros do Estado de Pernambuco é constitucional,
revogada a Súmula 274.

Súmula 274/STF: É inconstitucional a taxa de serviço contra fogo cobrada pelo Estado
de Pernambuco. (revogada)

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TAXA DE COMBATE A INCÊNDIO – INADEQUAÇÃO CONSTITUCIONAL. Descabe
introduzir no cenário tributário, como obrigação do contribuinte, taxa visando a
prevenção e o combate a incêndios, sendo imprópria a atuação do Município em tal
campo.

A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo


da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem
como a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de
taxa para tal fim.
[Tese definida no RE 643247, rel. min. Marco Aurélio, P, j. 1º-8-2017, DJE 292 de 19-
12-2017 - Tema 16.]

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5.2.3 Base de cálculo

• Correlação com o custo da atividade

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Jurisdição (custas judiciais) x Acesso à jurisdição

STF, Súmula 667: “Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa


judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa”.

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CF, art. 145, § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

CTN - Art. 77, Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador
idênticos aos que correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das
emprêsas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 1967)

STF, Súmula 595: É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de


rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto territorial rural.

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Sumula Vinculante n. 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de
um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde
que não haja integral identidade entre uma base e outra.

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EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO: BASE DE
CÁLCULO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS, S.P. I. - O fato de um dos elementos
utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU - a metragem da área construída do
imóvel - que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na
determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base
de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço constitui a base imponível da taxa. Todavia,
para o fim de aferir, em cada caso concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área
construída do imóvel, certo que a alíquota não se confunde com a base imponível do
tributo. Tem-se, com isto, também, forma de realização da isonomia tributária e do princípio
da capacidade contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, § 1o. II. - R.E. não conhecido. (RE
232393, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgado em 12/08/1999).

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Base de cálculo x atividade exercida pela empresa

‘Recurso extraordinário com agravo. Tributário. Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos


(TFE). Lei nº 13.477/02 do Município da São Paulo. Critério geral para dimensionar a
exação. Tipo de atividade desenvolvida no estabelecimento do contribuinte.
Impossibilidade. 1. As taxas comprometem-se tão somente com o custo do serviço
específico e divisível que as motiva, ou com a atividade de polícia desenvolvida. 2. O
critério da atividade exercida pelo contribuinte para se aferir o custo do exercício do poder
de polícia desvincula-se do maior ou menor trabalho ou atividade que o Poder Público se
vê obrigado a desempenhar. Precedentes. 3. Recurso a que se nega provimento.’ ARE
990.914, de relatoria do Ministro Dias Toffoli, j. 20.6.2017, DJe 18.9.2017

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AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO
TRIBUTÁRIO. TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS (TFE). LEI
13.477/2002. CRITÉRIO. ATIVIDADE EXERCIDA PELO CONTRIBUINTE.
IMPOSSIBILIDADE. 1. É ilegítimo utilizar-se como parâmetro a atividade exercida pelo
contribuinte para fixar o valor da Taxa de Fiscalização de Estabelecimento (TFE), uma vez
que se distancia do requisito da referibilidade das taxas. 2. Agravo regimental a que se
nega provimento, com aplicação de multa, nos termos do art. 1.021, §4º, do CPC e
majoração de honorários advocatícios, com base no art. 85, § 11, do CPC, observados os
limites dos §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo.
A G .REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.085.183 SÃO PAULO, rel.
Min. Edson Fachin, j. em 16.03.2018.

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TJRS- JUIZ SUBSTITUTO/2018 80. O prefeito do Município X pretende instituir uma taxa para custear o
serviço de coleta, remoção e destinação do lixo doméstico produzido no Município. A taxa será calculada em
função da frequência da realização da coleta, remoção e destinação dos dejetos e da área construída do
imóvel ou da testada do terreno. Acerca dessa taxa, é correto afirmar que ela é

(A) ilegal, porque a coleta, remoção e destinação do lixo doméstico não podem ser considerados como
serviço público específico e divisível.
(B) ilegal, porque sua base de cálculo utiliza elemento idêntico ao do IPTU, qual seja, a metragem da área
construída ou a testada do imóvel.
(C) legal se houver equivalência razoável entre o valor cobrado do contribuinte e o custo individual do serviço
que lhe é prestado.
(D) ilegal, porque não possui correspondência precisa com o valor despendido na prestação do serviço.
(E) legal, porque foi instituída em razão do exercício regular de poder de polícia, concernente à atividade da
Administração Pública que regula ato de interesse público referente à higiene.

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5.2.4 Competência

- Comum

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5.3 Contribuições de melhoria

Origem e fundamento filosófico

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5.3.1. Fato gerador

CF, Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

CTN, Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.

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5.3.2 Base de cálculo

Ementa: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.


CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA DECORRENTE DE OBRA PÚBLICA. FATO GERADOR:
QUANTUM DA VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA. CARÁTER PROTELATÓRIO. IMPOSIÇÃO
DE MULTA. 1. Esta Corte consolidou o entendimento no sentido de que a contribuição de
melhoria incide sobre o quantum da valorização imobiliária. Precedentes. 2. Inaplicável o
art. 85, § 11, do CPC/2015, uma vez que não houve fixação de honorários advocatícios. 3.
Agravo interno a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, §
4º, do CPC/2015.
(RE 982415 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em
11/11/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-263 DIVULG 09-12-2016 PUBLIC 12-12-
2016)
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CTN, Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.

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Limites

▪ Total ou geral:

▪ Individual:

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PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. CONFISSÃO DE DÍVIDA. CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO
IMPEDE A DISCUSSÃO JUDICIAL SOBRE A LEGALIDADE DO TRIBUTO.
PAVIMENTAÇÃO DE VIA PÚBLICA. ILEGALIDADE DA CONTRIBUIÇÃO FUNDADA
APENAS NO CUSTO DA OBRA PÚBLICA, SEM LEVAR EM CONSIDERAÇÃO A
RESPECTIVA VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA. 2. A jurisprudência Corte pacificou-se no
sentido de que "o fato gerador da contribuição da melhoria é a valorização do imóvel, não
cabendo sua fixação meramente sobre o valor da obra realizada" (REsp 651.790/RS, 2ª
Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJ de 5.4.2006), ou seja, "a contribuição de melhoria tem
como fato gerador a valorização do imóvel que lhe acarreta real benefício, não servindo
como base de cálculo tão-só o custo da obra pública realizada" (REsp 280.248/SP, 2ª
Turma, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, DJ de 28.10.2002).

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3. Assim, a cobrança da contribuição de melhoria deve levar em consideração o acréscimo
do valor do imóvel, decorrente da realização de obra pública, não sendo possível
estabelecer a sua cobrança com base no custo total da obra dividido pelo número de
unidades existentes na área beneficiada.
4. Agravo regimental não provido.
(AgRg no AgRg no REsp 1018797/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/04/2012, DJe 26/04/2012)

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5.3.3 Competência

5.3.4 Outros aspectos relevantes

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. REQUISITOS. NEXO DE CAUSALIDADE


ENTRE A OBRA E A VALORIZAÇÃO DO IMÓVEL. PROVA QUE COMPETE AO ENTE
TRIBUTANTE. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 7 E 83 DO STJ.
1. É assente nesta Corte o entendimento segundo o qual é imprescindível para a instituição
da contribuição de melhoria lei prévia e específica; e valorização imobiliária decorrente da
obra pública, sendo da administração pública o ônus da referida prova.
(AgRg no AREsp 539.760/PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,
julgado em 16/09/2014, DJe 23/09/2014)
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PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA.
2. Ainda que afastasse tais óbices, ressalto ser cediço que o fato gerador do
tributo em análise é a valorização imobiliária decorrente da obra pública, a qual
deve ser comprovada, não se podendo falar nem mesmo em presunção.
3. Assim, não existindo prova da efetiva valorização imobiliária decorrente de obra
pública, e levando-se em conta que a valorização não pode ser presumida, não
cabe a cobrança da Contribuição de Melhoria. Incidência da Súmula 7/STJ.
4. Recurso Especial não conhecido.
(REsp 1698570/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 21/11/2017, DJe 19/12/2017)

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5.4 Empréstimos compulsórios

5.4.1 Natureza jurídica

3. No caso em exame, a discussão envolve relação processual entre o credor (possuidor


de um título judicial exequível) e o devedor, cuja obrigação originou-se de vínculo público,
qual seja, o empréstimo compulsório à Eletrobrás, denominação, por si, reveladora de sua
natureza publicística, cogente, imperativa, a determinar o dever de "emprestar" os valores
respectivos, nas condições impostas pela legislação de regência.
(REsp 1119558/SC, Rel. Ministro LUIZ FUX, Rel. p/ Acórdão Ministro ARNALDO ESTEVES
LIMA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/05/2012, DJe 01/08/2012)

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STF, Súmula 418: O empréstimo compulsório não é tributo, e sua arrecadação não está
sujeita à exigência constitucional da prévia autorização orçamentária.

EC 1/69 Art. 18 (...) § 3º Somente a União, nos casos excepcionais definidos em lei
complementar poderá institui empréstimo compulsório.
Art. 21 (...) § 2º A união pode instituir (...)
II- empréstimos compulsórios, nos casos especiais definidos em lei complementar aos
quais se aplicarão as disposições constitucionais relativas aos tributos e as normas gerais
do direito tributário.

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5.4.2 Fato gerador

- Definidos na lei complementar instituidora

- Não confundir fato gerador com situação autorizadora

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5.4.3 Competência e situações autorizadoras

CF, art. 148: A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra


externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,


observado o disposto no art. 150, III, "b".

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INVESTIMENTO PÚBLICO URGENTE DE
GUERRA EXTERNA/CALAMIDADE RELEVANTE INTERESSE NACIONAL

COBRANÇA IMEDIATA ANTERIORIDADE + NOVENTENA

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5.4.4 Destino da arrecadação e modo de devolução

CF, art. 148:


Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será́
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Cobrança:
Fato Gerador:
Arrecadação:

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5.4.5 Empréstimos compulsórios no CTN

CTN, art. 15: Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir
empréstimos compulsórios:
I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu
resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.

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5.5 Contribuições especiais (art. 149 e 149-A da CF)

5.5.1 Natureza jurídica e fato gerador

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5.5.2 Subdivisão das contribuições especiais

CF, art. 149: Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de


intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6o,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

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§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus
servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art.
40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos
efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003).

Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no
art. 150, I e III.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura


de consumo de energia elétrica.

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5.5.2.1 Contribuições sociais

- de seguridade social (previdência / assistência / saúde) –

- de seguridade social residuais –

- gerais –

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