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Bimestral 2a
Bimestral 2a
7ª CREDE – CANINDÉ / CE
Professor (a): JORÂM FELIPE Data: / / NOTA:
Aluno (a): Série: 2ª Turma: A
AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE LÍNGUA PORTUGUESA
A mais bela coragem é a confiança que devemos ter na capacidade do nosso esforço
seja plenamente legitima e capaz de saciar minha fome O texto sobre os chamados nativos digitais traz
matinal?” informações com a função de
O problema é que temos uma cultura de valorizar quem A- propor ações específicas para cada etapa da infância.
demonstra ser inteligente ao invés de valorizar quem é. B- estabelecer regras que devem ser seguidas à risca.
Pela nossa lógica, todo mundo que fala difícil tende a ser C- explicar os efeitos do acesso precoce à internet.
mais inteligente do que quem valoriza o simples, e 99,9% D- determinar a incorporação de rituais à educação dos
das pessoas que estivessem na padaria iriam ficar filhos.
boquiabertas se alguém fizesse uso das palavras que eu E- educar com base em um conjunto de estratégias
disse acima em plenas 7 da manhã em vez de dizer: “Bom formativas.
dia! O senhor poderia me vender cinco reais de pão
francês?”. QUESTÃO 5
QUESTÃO 6
ENEM 2016
Querido diário
Disponível em: https://tab.uol.com.br/. Acesso em: 25 ago. 2017 (adaptado). Hoje topei com alguns conhecidos meus
A mais bela coragem é a confiança que devemos ter na capacidade do nosso esforço
Me dão bom-dia, cheios de carinho
Dizem pra eu ter muita luz, ficar com Deus Os tipos cheios de si
Eles têm pena de eu viver sozinho O difícil é encontrar quem nunca cruzou com (ou se
[...] passou por) um desses on-line.
Hoje o inimigo veio me espreitar
Armou tocaia lá na curva do rio
Trouxe um porrete a mó de me quebrar
Mas eu não quebro porque sou macio, viu
HOLANDA, C. B. Chico. Rio de Janeiro: Biscoito Fino,
2013 (fragmento).
QUESTÃO 7
QUESTÃO 9
QUESTÃO 8
ENEM 2019
A mais bela coragem é a confiança que devemos ter na capacidade do nosso esforço
A atitude de Romeu em relação a Dalila revela: Os que ouviam não batiam palmas nem pediam
(A) compaixão. música nenhuma; ficavam simplesmente bebendo em
(B) companheirismo. silêncio aquele choro, o floreio do clarinete, o repinicado
(C) insensibilidade. vivo e triste da viola.
(D) revolta. Só essa música que nos arrasta e prende, nos dá
alegria e tristeza, nos leva a outras noites de emoções —
QUESTÃO 10 e grátis. Ainda há boas coisas grátis, nesta cidade de
coisas tão caras e de tanta falta de coisas. Grátis — um
S6 – Identificar o tema de um texto; favor dos negros.
Alma grátis, poesia grátis, duas horas de felicidade
Leia o texto e, a seguir, responda. grátis — sim, só da gente do povo podemos esperar uma
coisa assim nesta cidade de ganância e de injustiça. Só o
Tristeza do infinito pobre tem tanta riqueza para dar de graça.
Cruz e Sousa Texto adaptado de BRAGA, Rubem. Um pé de milho. 5
ed., Rio de Janeiro: Record, 1993, pp. 104-105.
Anda em mim, soturnamente,
uma tristeza ociosa, Observando as marcas lingüísticas que evidenciam o
sem objetivo, latente, locutor do texto, podemos afirmar que se trata de
vaga, indecisa, medrosa. A) um narrador observador que não participa dos fatos.
Como ave torva e sem rumo, B) um narrador personagem que participa dos
ondula, vagueia, oscila acontecimentos.
e sobe em nuvens de fumo C) alguém que apenas ouviu de outros a narração dos
e na minh'alma se asila. fatos.
D) alguém que se mantém distante e indiferente.
Uma tristeza que eu, mudo, E) um narrador onisciente capaz de ver os acontecimentos.
fico nela meditando
e meditando, por tudo LITERATURA ARCÁDICA
e em toda a parte sonhando.
Tristeza de não sei donde,
de não sei quando nem como...
[...]
A) saudade melancólica.
B) dor existencial.
C) mágoa e tristeza.
D) melancolia e perda.
E) lamento e angústia.
QUESTÃO 11 QUESTÃO 12
ENEM 2018
S11- Identificar os elementos da narrativa e o conflito
gerador; TEXTO I
Leia o texto e, a seguir, responda. Manuel da Costa Ataíde (Mariana, MG, 1762-1830),
assim como os demais artistas do seu tempo, recorria a
Choro bíblias e a missais impressos na Europa como ponto de
Rubem Braga partida para a seleção iconográfica das suas composições,
que então recriava com inventiva liberdade.
Eram todos negros: uma viola, um clarinete, um
pandeiro e uma cabaça. Juntaram-se na varandinha de Se Mário de Andrade houvesse conseguido a oportunidade
uma casa abandonada e ali ficaram chorando valsas, de acesso aos meios de aproximação ótica da pintura dos
repinicando sambas. E a gente veio se ajuntando, calada, forros de Manuel da Costa Ataíde, imaginamos como não
ouvindo. Alguém mandou no botequim da esquina trazer teria vibrado com o mulatismo das figuras do mestre
cerveja e cachaça. E em pé na calçada, ou sentados no marianense, ratificando, ao lado de Antônio Francisco
chão da varanda, ou nos canteiros do jardinzinho, todos Lisboa, o Aleijadinho, a sua percepção pioneira de um
ficamos em silêncio ouvindo os negros. surto de racialidade brasileira em nossa terra, em pleno
século XVIII.
A mais bela coragem é a confiança que devemos ter na capacidade do nosso esforço
(FROTA, L. C. Ataíde: vida e obra de Manuel da Costa Ataíde.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982)
No século XVIII, a arte brasileira, mais
O Texto I destaca a inovação na representação artística especificamente a de Minas Gerais, apresentava a
setecentista, expressa no Texto I pela: valorização da técnica e um estilo próprio, incluindo a
escolha dos materiais. Artistas como Aleijadinho e
a) reprodução de episódios bíblicos. Mestre Ataíde têm suas obras caracterizadas por
b) retratação de elementos europeus. peculiaridades que são identificadas por meio:
c) valorização do sincretismo religioso.
d) recuperação do antropocentrismo clássico. a) do emprego de materiais oriundos da Europa e da
e) incorporação de características identitárias. interpretação realista dos objetos representados.
b) do uso de recursos materiais disponíveis no local e da
QUESTÃO 13 interpretação formal com características próprias.
ENEM 2016 c) da utilização de recursos materiais vindos da Europa e
Soneto VII da homogeneização e linearidade representacional.
d) da observação e da cópia detalhada do objeto
Onde estou? Este sítio desconheço: representado e do emprego de materiais disponíveis na
Quem fez tão diferente aquele prado? região.
Tudo outra natureza tem tomado; e) da utilização de materiais disponíveis no Brasil e da
E em contemplá-lo tímido esmoreço. interpretação idealizada e linear dos objetos representados.
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado: QUESTÃO 15
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso! UNIFESP - Leia o poema de Bocage:
Árvores aqui vi tão florescentes,
Que faziam perpétua a primavera: Olha, Marília, as flautas dos pastores
Nem troncos vejo agora decadentes. Que bem que soam, como estão cadentes!
Eu me engano: a região esta não era; Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Mas que venho a estranhar, se estão presentes Os Zéfiros brincar por entre flores?
Meus males, com que tudo degenera! Vê como ali, beijando-se, os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
(COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: Ei-las de planta em planta as inocentes,
www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 jul. 2012) As vagas borboletas de mil cores.
Naquele arbusto o rouxinol suspira,
No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a Ora nas folhas a abelhinha para,
contemplação da paisagem permite ao eu lírico uma Ora nos ares, sussurrando, gira:
reflexão em que transparece uma: Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira,
a) angústia provocada pela sensação de solidão. Mais tristeza que a morte me causara.
b) resignação diante das mudanças do meio ambiente.
c) dúvida existencial em face do espaço desconhecido. O soneto de Bocage é uma obra do Arcadismo
d) intenção de recriar o passado por meio da paisagem. português, que apresenta, dentre suas características, o
e) empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra. bucolismo e a valorização da cultura greco-romana,
que estão exemplificados, respectivamente, em:
QUESTÃO 14
a) Tudo o que vês, se eu te não vira/Olha, Marília, as
ENEM 2015 flautas dos pastores.
b) Ei-las de planta em planta as inocentes/Naquele arbusto
Síntese entre erudito e popular o rouxinol suspira.
c) Que bem que soam, como estão cadentes!/Os Zéfiros
Na região mineira, a separação entre cultura popular (as brincar por entre flores?
artes mecânicas) e erudita (as artes liberais) é marcada d) Mais tristeza que a morte me causara./Olha o Tejo a
pela elite colonial, que tem como exemplo os valores sorrir- se! Olha, não sentes.
europeus, e o grupo popular, formado pela fusão de várias e) Que alegre campo! Que manhã tão clara!/Vê como ali,
culturas: portugueses aventureiros ou degredados, negros beijando-se, os Amores.
e índios. Aleijadinho, unindo as sofisticações da arte
erudita ao entendimento do artífice popular, consegue QUESTÃO 16
fazer essa síntese característica deste momento único na
história da arte brasileira: o barroco colonial. Assinale a alternativa que NÃO apresenta um trecho
do Arcadismo brasileiro.
(MAJORA, C. BrHistória, n. 3, mar. 2007 – adaptado)
A mais bela coragem é a confiança que devemos ter na capacidade do nosso esforço
(UFRR) Sobre o Arcadismo, é correto afirmar que:
a) “Se sou pobre pastor, se não governo
Reinos, nações, províncias, mundo, e gentes; A- Expressa a sociedade medieval, teocêntrica, de caráter
Se em frio, calma, e chuvas inclementes servil e fortemente religioso. Ao mesmo tempo, é marcado
Passo o verão, outono, estio, inverno;” pelo surgimento de formas de expressões artísticas de
caráter popular, vinculadas a classes sociais consideradas
b) “Destes penhascos fez a natureza “inferiores” à época;
O berço em que nasci! oh quem cuidara,
Que entre penhas tão duras se criara B- É marcado pelo rebuscamento das formas, pela riqueza
Uma alma terna, um peito sem dureza!” de detalhes e pelos contrastes. Influenciado pela
Contrarreforma, foi concebido como uma reação ao
c) “Musas, canoras musas, este canto Renascimento;
Vós me inspirastes, vós meu tenro alento
Erguestes brandamente àquele assento C- É também chamado de Neoclassicismo, surge como
Que tanto, ó musas, prezo, adoro tanto.” uma releitura do Renascimento (ou Classicismo),
preconizando uma arte pautada pela observância das
d) “Meu ser evaporei na lida insana formas clássicas e dos ideais humanistas. O bucolismo e o
Do tropel das paixões que me arrastava, pastoralismo podem ser citados como características do
Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava Estilo no Brasil;
Em mim, quase imortal, a essência humana!”
D- Surge como reação direta à arte e às concepções de
e) “Não vês, Nise, este vento desabrido, mundo medievais, valorizando o passado greco-latino e a
Que arranca os duros troncos ? Não vês esta, explicação científica do mundo; é teocêntrico, em
Que vem cobrindo o Céu, sombra funesta, contraponto ao antropocentrismo difundido pela Igreja;
Entre o horror de um relâmpago incendido?”
E- É marcado pelo rebuscamento das formas, pela riqueza
QUESTÃO 17 de detalhes e pelos contrastes. Expressa a sociedade
medieval, teocêntrica, de caráter servil e fortemente
(MACKENZIE) religioso. Surge como reação direta à arte e às concepções
de mundo medievais e é marcado pelo surgimento de
Ornemos nossas testas com as flores, formas de expressões artísticas de caráter popular,
e façamos de feno um brando leito; vinculadas a classes sociais consideradas “inferiores” à
prendamo-nos, Marília, em laço estreito, época.
gozemos do prazer de sãos amores (…)
(…) aproveite-se o tempo, antes que faça QUESTÃO 19
o estrago de roubar ao corpo as forças
e ao semblante a graça. (UFN)
A mais bela coragem é a confiança que devemos ter na capacidade do nosso esforço
B- O Arcadismo brasileiro propôs uma poesia palaciana,
marcada por um aristocrático trato da linguagem. A- Apesar de o tempo ser sempre o mesmo em todas as
C- Os aspectos biográficos que circundam Marília de épocas, na modernidade ele parece passar mais rápido; daí
Dirceu são dispensáveis para sua compreensão na história a urgência do amor, presente na canção contemporânea de
da literatura brasileira. Lulu Santos, mas ausente na lira de Gonzaga, do século
D- As liras de Dirceu mantêm um preceito de decoro ao XVIII.
retratar a beleza da amada, privilegiando, especialmente, o
seu rosto. B- Embora os textos tratem do mesmo tema, eles se
E- A poesia regionalista do Arcadismo é matriz de poetas diferem quanto à abordagem adotada. Na lira de Gonzaga,
como Murilo Mendes e Mário de Andrade. prevalece a idealização amorosa e a relação com a
natureza; na canção de Lulu Santos, por sua vez, prevalece
QUESTÃO 20 a relação entre amor e tempo.
(UEMG)
Tempos Modernos
(Lulu Santos)
A mais bela coragem é a confiança que devemos ter na capacidade do nosso esforço
A mais bela coragem é a confiança que devemos ter na capacidade do nosso esforço