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O Alienista
O Alienista
O autor do livro que li chama-se Joaquim Maria Machado de Assis, nasceu a 1839 e morreu em
1908, com 69 anos. Foi um escritor brasileiro, muito importante na literatura brasileira do
século XIX.
A obra gira à volta da história de Simão Bacamarte, médico respeitado que viajou pela Europa e
pelo Brasil. Abriu um consultório na cidade brasileira de Itaguaí e resolveu casar-se com uma
viúva D. Evarista. Esta relação não era baseada no amor, mas sim na possibilidade de ter filhos,
que nunca chegaram a ter.
Mais tarde, resolve criar um manicómio na cidade, dando-lhe o nome de Casa Verde.
Empenhado nos seus estudos voltados para a psiquiatria, Simão começa a ter muitos doentes
internados, que viviam em Itaguaí e arredores. Isso porque o médico começou a diagnosticar
loucura em imensas pessoas. Costa, um homem que perdeu toda sua herança, foi considerado
louco pelo alienista.
Quando 75% da cidade estava internada, Simão resolve voltar atrás e liberar todos os
“doentes” internados, convencido de que sua teoria estava errada. Assim, o alienista recomeça
a internar outras pessoas, agora seguindo outra teoria. O primeiro a ser internado é Galvão,
um político da cidade.
Tempos depois, conclui que a sua teoria está novamente errada, por isso, dá alta a todos os
pacientes internados na Casa Verde e conclui que o louco era ele. Assim, o alienista resolve
fechar-se na Casa Verde, onde morre dezassete meses depois.
Apesar de ter uma linguagem um pouco difícil, gostei de ler este livro, porque não só tem
momentos cómicos, como também inesperados. Este livro obriga-nos a refletir sobre a
importância de saber ouvir o próximo. E ainda, a ter a humildade de reconhecer que nem
sempre temos razão e podemos estar errados. O final surpreendeu-me, quando o médico
Simão, se fecha na Casa Verde, com o objetivo de encontrar uma cura para si mesmo.