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2° Guerra Patriótica

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito global que envolveu as principais potências do
mundo entre 1939 e 1945. Para os soviéticos, porém, essa guerra teve um significado especial:
foi chamada de Grande Guerra Patriótica¹, pois representou a defesa da pátria contra a invasão
nazista. E era uma guerra de aniquilação total ao modelo soviético, tanto que foi a maior
ofensiva militar da história. Os soviéticos entenderam o que se passava e resistiram
bravamente, tendo realizado também as maiores defesas e passado pelos maiores cercos
militares existentes. A vitória soviética custou mais de 20 milhões de vidas e foi celebrada
como um triunfo do povo e do socialismo.

Neste momento, perante todas as ofensivas da OTAN, existe uma 2° Grande Guerra Patriótica?
Este jornal afirma que sim, que o processo complexo e violento de cerco a Ucrânia foi o avanço
mais significativo do Ocidente contra os russos e, caso obtivesse total sucesso, tiraria dos
russos a soberania do Cáucaso, seu acesso ao Mar Negro e uma das principais bases militares
(Sebatopol). Todavia, depois do avanço da OTAN no Leste Europeu ser quase que ignorado
pelos russos depois do fim da União Soviética, Putin decidiu se impor a isso.

As investidas foram muitas: a OTAN interveio na guerra da Bósnia em 1995 e na guerra do


Kosovo em 1999, bombardeando as forças sérvias e apoiando os separatistas albaneses. Além
disso, incorporou vários países que antes faziam parte do bloco socialista ou da própria União
Soviética, como Polônia, Hungria, República Tcheca, Estônia, Letônia, Lituânia, Eslovênia,
Eslováquia, Bulgária e Romênia. Desta forma, a Rússia temia que a OTAN se aproximasse de
suas fronteiras e cercasse seu território.

A dissolução da Iugoslávia, por sua vez, foi um processo complexo e violento que ocorreu entre
1991 e 2001. Isso desencadeou uma série de guerras civis que envolveram limpezas étnicas,
massacres, genocídios e intervenções internacionais. A Iugoslávia se fragmentou em sete
Estados independentes: Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro,
Macedônia e Kosovo⁵.

A desintegração da Iugoslávia pode ser vista como uma ameaça à segurança e à integridade da
Rússia, que também enfrentou movimentos separatistas em algumas de suas regiões, como a
Chechênia.

A guerra na Ucrânia é outro capítulo dessa disputa geopolítica entre a Rússia e o Ocidente. A
Ucrânia é um país que faz fronteira com a Rússia e que tem uma população dividida entre os
que se identificam com a cultura eslava e ortodoxa e os que se sentem mais próximos da
Europa Ocidental e da União Europeia. Em 2013, o presidente ucraniano Viktor Yanukovych
recusou-se a assinar um acordo de associação com a União Europeia, preferindo se alinhar com
a Rússia. Isso provocou uma onda de protestos populares na capital Kiev, que culminou na
deposição de Yanukovych em fevereiro de 2014. A Rússia considerou esse episódio como um
golpe de Estado orquestrado pelo Ocidente e reagiu anexando a península da Crimeia, uma
região de maioria russa que abriga um

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