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Apostila Cirurgia Odontológica Bruna
Apostila Cirurgia Odontológica Bruna
Biossegurança
As sanções previstas na lei podem ir desde uma simples advertência ou multa classificada em
leve, grave ou gravíssima, até à interdição do estabelecimento odontológico. [Decreto-Lei
214de 17 de junho de 1975].
Definições
Antissepsia: Visa o controle de infecção a partir do uso de substâncias microbicidas ou
microbiostáticas de uso de pele ou mucosa.
Artigos Críticos: São aqueles que penetram através da pele e mucosa adjacentes. Estão nesta
categoria os materiais, como agulhas, lâminas de bisturi, sondas exploradoras, sondas
periodontais, materiais cirúrgicos e outros. Exigem esterilização ou uso único (descartáveis).
Artigos Semi-Críticos: São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com
mucosas íntegras, como condensadores de amálgama, espátulas de inserção de resinas, alicates
de uso ortodôntico etc. exigem desinfecção de alta atividade biocida ou esterilização.
Artigos não Críticos: São destinados ao contato com a pele íntegra do paciente, requerem
limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.
Artigos Descartáveis: São aqueles que após o uso perdem suas características originais.
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Barreiras: Todo meio físico que pode ser utilizado com forma de impedir ou dificultar o
carreamento de agentes patogênicos de um indivíduo para outro.
Esterilização: É o processo físico ou químico, através do qual são destruídas todas as formas
microbianas, inclusive os esporos bacterianos.
EPI: Equipamentos de proteção individual. São eles: protetores oculares, máscaras, luvas,
gorros, avental, protetores oculares para luz halógena, roupa branca de uso exclusivo para o
atendimento no consultório e avental plumbífero (para gônadas e tireoide).
Limpeza: É o processo pelo qual são removidos materiais estranhos (matéria orgânica, sujidade)
de superfícies e objetos. Normalmente é realizada através da aplicação de água e sabão ou
detergentes e ação mecânica.
Janela Imunológica: Período no qual o organismo, após o contágio pelo agente infeccioso,
deflagra o mecanismo de ativação linfocitária, no intuito de produzir anticorpos. Como estes
anticorpos ainda não atingiram níveis detectáveis pelos métodos usuais de diagnósticos, tais
como Elisa e Imunofluorescência, podem aparecer resultados falso-negativos. Este período dura
de 3 a 6 meses.
a) Diretas: Ocorre pelo contato direto entre o portador e o hospedeiro, por exemplo: doenças
sexualmente transmissíveis, hepatites virais, HIV.
As luvas são consideradas imprescindíveis como barreira mecânica para as mãos, pois é a
medida de proteção do profissional, pessoal auxiliar e do paciente. Seu uso é indispensável
durante os procedimentos odontológicos clínicos, cirúrgicos e laboratoriais, pois esses
procedimentos permitem o contato direto ou indireto com o sangue e saliva.
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A máscara se constitui na mais importante medida de proteção das vias aéreas superiores contra
os microrganismos presentes nas partículas e aerossóis produzidos durante os procedimentos
odontológicos.
Uso de gorros descartáveis no consultório: Devem sempre ser usados no consultório, pois
evitam que haja a contaminação dos cabelos dos profissionais por gotículas de saliva e de
sangue provenientes da cavidade bucal.
Os óculos de proteção são o melhor meio de proteção contra partículas que podem lesar e
contaminar o globo ocular. As infecções causadas na conjuntiva são principalmente as grandes
partículas projetadas da boca do paciente durante os procedimentos de remoção de restaurações
de amálgama, remoção de cáries, raspagens periodontais, profilaxias etc. Assim, eles devem ser
usados por todos os membros da equipe do consultório. É importante que após o atendimento do
paciente os óculos contaminados sejam lavados com sabão líquidos e soluções detergentes, e
antissépticas (devem ser desinfetados com glutaraldeído a 2% por 30 minutos sob imersão) e,
então, sejam bem enxaguados e secos com toalhas de papel ou guardanapos. É necessário
também o uso de óculos de proteção para o paciente, esses têm a finalidade de proteger seus
olhos a produtos irritantes, contaminados e perfurocortantes.
O avental de preferência, deve ter gola do tipo “gola de padre”, com mangas longas, punho em
elásticos e com comprimento de ¾ cobrindo os joelhos. Pode ser confeccionado em algodão ou
polipropileno (descartável). Deve ser sempre usado nos atendimentos odontológicos, devendo-
se trocar o avental diariamente e sempre que for contaminado por fluidos corpóreos. Retirar
todas as vezas que sair da sala clínica. Evite manipular o avental contaminado. Após o uso, ele
deve ser acondicionado em saco plástico e só retirado para lavagem (quando não for
descartável).
Proteção de superfícies
As superfícies mais contaminadas pelas mãos do profissional e sua auxiliar são: Cabos e
interruptores; Encosto de cabeça; Comando manual da cadeira; Pontas - seringa tríplice, alta-
rotação e micromotor; Encaixe das pontas; Unidade auxiliar; Unidades de controles; Mesa
auxiliar; Cabo de RX e seus controles. Estas superfícies devem ser cobertas para que sejam
estabelecidas as barreiras. A cobertura deve ser feita por material impermeável à água, como o
plástico (PVC), folha de alumínio e o látex.
b) Resíduos infectantes: Como algodão, gaze, ou qualquer material contendo sangue ou fluidos
corpóreos, curativos, resíduos de cirurgias, modelo de gesso, moldagens e kits para exames.
Devem ser acondicionados em sacos plásticos de cor branca leitosa, padronizados, com o
símbolo de risco biológico. Estes sacos devem estar contidos dentro de coletores próprios. Seu
destino final deve ser a vala séptica ou célula especial em aterro sanitário.
e) Recipientes: No âmbito das salas, onde são gerados os resíduos resultantes de assistência ao
paciente, deve haver: recipiente com tampa acionada por pedal e destinada apenas ao
recolhimento de resíduos infectantes, os recipientes para resíduos infectantes contundentes e
restos de insumos, e os recipientes para lixo comum.
g) Coleta: O destino final dos resíduos de risco biológico deve ser a vala séptica, e seu
recolhimento é dever da municipalidade. Para isto, todos os serviços de odontologia, devem
contatar o serviço de limpeza pública de sua cidade, e solicitar o cadastro para coleta especial.
Se o seu Município não dispõe de coleta especial para resíduos desta natureza, exerça a sua
cidadania solicitando a Delegacia Regional do C.R.O. o envio de oficio à Vigilância Sanitária
Municipal, Comissão de Saúde da Câmera de Vereadores, Companhia Municipal de Limpeza
Urbana e Órgãos de Defesa do Meio Ambiente as providências cabíveis para implantar o
serviço na sua cidade. Assim, agindo localmente, os profissionais da Odontologia estarão
contribuindo efetivamente para proteção do meio ambiente e promoção da saúde da população
em sua comunidade.
h) Resíduos não infectados ou lixo comum: É o chamado lixo administrativo, não necessita de
cuidados especiais, pode ser descartado na lixeira acondicionado em sacos plásticos de qualquer
cor.
OBS.: Durante a esterilização os ciclos não podem ser interrompidos, caso isto aconteça
os ciclos deveram ser iniciados novamente. É interessante ver o manual do fabricante
porque o tempo poderá ser alterado de acordo com a carga e o fabricante.
Estufa ou Forno de Pasteur (Calor Seco): Estufa é outra forma física de destruição de
microrganismos que utiliza a circulação do ar quente no interior da estufa. Este ar é
produzido pela corrente elétrica que aquece a resistência localizada na parte inferior das
estufas, produzindo o ar quente. As estufas são dotadas de termômetros que indicam a
temperatura interna mantida através de um termostato. O uso da estufa tem limitações,
pois o calor não tem distribuição homogênea. O centro da estufa não alcança a mesma
temperatura das laterais, daí serem chamados de pontos frios.
Agentes químicos
Um número considerável de agentes químicos é utilizado nos estabelecimentos de saúde.
Entretanto, não existe um desinfetante que atenda a todas as situações e necessidades
encontradas, sendo preciso conhecer as características de cada um para se ter subsídios
suficientes que permitam a escolha correta do produto, evitando custos excessivos e uso
inadequado. Na escolha do desinfetante se deve levar em consideração aspectos como: espectro
de atividade desejada, ação rápida e irreversível, toxidade, estabilidade e natureza do material a
ser tratado.
Álcoois: Os álcoois mais empregados em desinfecção são álcool etílico e o isopropílico (etanol
e isopropanol). O álcool etílico tem maior atividade germicida, menor custo e menor toxicidade
que o isopropílico. Além de ser o mais usado no nosso país.
O álcool isopropílico tem ação seletiva para vírus, é mais tóxico e com menor poder germicida
que o etílico. Os álcoois etílicos e isopropílico apresentam atividade rápida sobre bactérias na
forma vegetativa como os cocos Gram-positivos, enterobactérias e bactérias Gram-negativas
não fermentadoras da glicose, como a Pseudomonas. Atuam também sobre as micobactérias,
incluindo o Mycobacterium tuberculosis, sobre alguns fungos e vírus lipofílicos. Não possuem
atividade sobre esporos bacterianos e vírus hidrofílicos (Hugo&Russel,1982: Rutala,1987 e
1990).
É contra indicado em acrílico, enrijece borrachas, tubos plásticos e pode danificar o cimento das
lentes de equipamentos.
Desinfecção de nível intermediário: álcool iodado, contendo 0,5-1,0% de iodo livre em álcool
etílico de 77%v/v, que corresponde a 70% em peso; iodóforos na concentração de 30-50 mg/1
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de iodo livre. Os iodóforos possuem baixa toxicidade, sendo irritante para os olhos e, em menor
extensão, para a pele (Collins,1983).
Contra indicações: metais não-resistentes à oxidação, como: cromo, ferro, alumínio e outros.
O acondicionamento deve ser feito em frasco fechado, escuro e depositado em local ventilado
O seu uso em Estabelecimentos de Saúde é limitado pelos vapores irritantes, odor desagradável
e comprovado potencial carcinogênico. O limite de exposição permitido é 1ppm, durante 30
minutos.
O mecanismo de ação sobre os esporos ainda não foi bem elucidado. Baixa concentração inibe a
germinação de esporos de Bacillus subtilis e Bacillus pumilus e concentrações mais altas (2%)
são esporicidas. É usado para esterilização de artigos críticos e termossensíveis. O tempo de
exposição nas concentrações de 2% deve estar de acordo com a orientação do fabricante. Para
esterilização de artigos termo resistentes. A primeira opção é o meio físico com calor saturado.
A escolha deste método vem como segunda opção e é de caráter provisório (não misturar artigos
de metais diferentes, pois pode haver corrosão eletrolítica, se houver contato entre eles).
O glutaraldeído é um composto tóxico, irritante para a pele, mucosas e olhos, porém em menor
grau do que o formaldeído. Após ativação, usar a solução em recipiente de vidro ou plástico,
manter os recipientes tampados.
Fenol Sintético: Os fenóis sintéticos são ativos para bactérias na forma vegetativa Gram-
positiva e Gram-negativas, incluindo micobactérias, fungos e vírus lipídicos. Não possuem
atividade biocida para esporos bacterianos e vírus hidrofílicos.
Os compostos liberadores de cloro são muito ativos para bactérias na forma vegetativa, Gram-
positivas e Gram-negativas, ativos para micobactérias, esporos bacterianos, fungos, vírus
lipofílicos e hidrofílicos. Os desinfetantes à base de cloro reagem rapidamente com a matéria
orgânica, incluindo sangue, fezes e tecidos.
São indicados para desinfecção de nível intermediário de artigos nas concentrações que variam
de 0,02 a 1%, devendo o artigo ficar imerso por um período de vinte a sessenta minutos. Sua
atividade é dificultada pela presença de matéria orgânica que reduz sua eficácia. O cloro
também é inativado pela luz, por altas temperaturas e pH (mais ativo em pH ácido, porém,
menos estável).
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O Cloro é altamente corrosivo para metais. O Hipoclorito de Sódio deve ser colocado em
recipiente plástico escuro com tampa, devido às suas fotossensibilidade e volatilidade.
Compostos clorados são altamente instáveis, por isso deve-se utilizá-los imediatamente após
diluídos e desprezá-los em 24 horas após a diluição.
Quaternário de Amônia: De uma maneira geral, os compostos quaternários de amônio são muito
efetivos para bactérias Gram-positivas e efetivos em menor grau para as Gram-negativas, sendo
as Pseudomonas especialmente mais resistentes. São ativos para alguns fungos e para vírus não-
lipídicos. Não apresentam ação letal para esporos bacterianos, para vírus hidrófilos e para
micobactérias.
São recomendados para desinfecção ordinária de superfícies não-críticas como pisos, mobiliário
e paredes. São apresentados em formulações complexas e concentradas, contendo um ou mais
princípios ativos, que devem ser diluídas de acordo com a recomendação do fabricante.
OBS.: Ao final de qualquer processo adotado, desinfetar pia, torneiras, expurgo, recipientes e
luvas de borracha utilizadas na limpeza ou descontaminação de artigos. Os compostos
quaternários de amônio apresentam baixa toxicidade, porém podem causar irritação e
sensibilidade da pele.
Óxido de Etileno: Este processo de esterilização é indicado apenas para artigos termossensíveis.
O Óxido de etileno, aplicado em condições controladas de umidade, temperatura de exposição,
tempo de contato e concentração esteriliza artigos entre 4 e 12 horas. Devido à alta toxicidade
do gás, várias precauções devem ser adotadas, tanto em relação aos artigos processados quanto
ao local de instalação e pessoal que irá operar o equipamento.
c) Evitar procedimentos que aumentem a área exposta (cortes e injeções locais), e a utilização
de soluções irritantes como éter, hipoclorito de sódio ou glutaraldeído;
a) Volume do sangue;
d) Acidentes com agulhas ou dispositivos invasivos que foram previamente utilizados em veias
ou artérias;
No caso da hepatite C, não existe, até o momento nenhuma medida específica eficaz de
profilaxia pós exposição, constituindo-se num dos desafios da saúde pública para os próximos
anos. Sendo recomendado para estes casos, investigação do paciente fonte e acompanhamento
sorológico do profissional de saúde. O tratamento ainda é sintomático. Não há ainda um
tratamento com eficácia comprovada, nem imunização disponível.
Na exposição ocupacional a material infectado pelo HIV, o profissional de saúde além dos
cuidados locais, já descritos, deverá ser acompanhado pelo período de seis meses após o
acidente, mesmo procedimento será adotado quando o paciente fonte não for reativo para o HIV
nos últimos 3a 6 meses, devido a possibilidade de o vírus não ser detectado durante o período
chamado de “janela imunológica”.
O acompanhamento sorológico Anti- HIV (Elisa), deve ser realizado imediatamente após o
acidente e repetido decorridos 6,12 semanas e pelo menos 6 meses. Sendo garantido ao
profissional a confidencialidade dos resultados. Se houver um resultado de sorologia anti-HIV
reativo, deverá ser esclarecido ao profissional que o resultado não se deve a esta exposição,
estando indicado o encaminhamento para tratamento específico.
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Lavagem de instrumental
l. Tuberculose .............................................................................................................SIM
NÃO
m. Você tem tosse persistente ou tosse com sangue ..................................................SIM NÃO
n. Doenças venéreas ...................................................................................................SIM NÃO
o.
Outras(listar)__________________________________________________________________
__________________________
7. Você teve algum sangramento anormal associado a extrações dentárias
anteriores, cirurgia ou trauma......................................................................................SIM NÃO
a. Você tem equimoses facilmente .................................................................SIM
NÃO
b. Você já teve necessidade de transfusão sanguínea ....................................SIM
NÃO
c. Se sim, especifique as circunstâncias ..........................................................SIM
NÃO
8. Você já teve algum distúrbio hematológico como anemia, incluindo a anemia
Falciforme.....................................................................................................................SIM
NÃO
9. Fez algum tratamento cirúrgico ou com radiação para tumor, câncer ou
outra condição na região da cabeça e pescoço.............................................................SIM NÃO
10. Você utiliza alguma droga, medicamento ou fitoterápico ....................................SIM
NÃO
Se utiliza, qual
_________________________________________________________________
11. Você está tomando algum dos seguintes medicamentos:
a. Antibióticos ou fármacos à base de sulfa ....................................................SIM
NÃO
b. Anticoagulantes (para afinar o sangue) .......................................................SIM
NÃO
c. Medicamento para hipertensão ..................................................................SIM NÃO
d. Cortisona (esteroides) (incluindo prednisona) ............................................SIM
NÃO
e. Tranquilizantes ............................................................................................SIM
NÃO
f. Aspirina ........................................................................................................SIM
NÃO
g. Insulina, tolbutamina (Orinase) ou droga similar para diabetes .................SIM
NÃO
h. Digitálicos ou fármacos para problemas cardíacos .....................................SIM
NÃO
i. Nitroglicerina ...............................................................................................SIM
NÃO
j. Anti-histamínicos .........................................................................................SIM
NÃO
k. Anticoncepcional ou outra terapia hormonal ..............................................SIM
NÃO
l. Medicamentos para osteoporose ................................................................SIM NÃO
m. Outros ______________________________________________________________
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_________________________________
Assinatura do Paciente (verificando
a precisão das informações descritas)
_____________________________
Assinatura do Dentista
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EXAME FÍSICO
Qualquer exame físico deve ser iniciado com a aferição dos sinais vitais. Isso serve como um
esquema de triagem para problemas clínicos não suspeitados e como um padrão para futuras
aferições.
REVISÃO RESPIRATÓRIA
Dispneia ao esforço, falta de ar, tosse, produção excessiva de secreções, tosse com eliminação
de sangue (hemoptise).
ASA VI: Paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos serão removidos com propósito de
doação
Diabetes não-insulino-dependente
1. Adiar a cirurgia até que o diabetes esteja controlado
2. Agendar a consulta para o período da manhã; evitar consultas demoradas
3. Usar um protocolo de redução de ansiedade
4. Monitorar o pulso, a respiração e pressão sanguínea antes, durante e após a cirurgia
5. Manter a comunicação verbal com o paciente durante a cirurgia
6. Se o paciente comeu ou bebeu antes da cirurgia oral e tiver dificuldade para se alimentar e
beber após a cirurgia, orientá-lo a não tomar a medicação hipoglicemiante no dia da cirurgia
7. Se o paciente puder comer e beber após a cirurgia, orientar paciente a comer seu desjejum
normalmente e ingerir a dose usual do agente hipoglicemiante
8. Observar sinais de hipoglicemia
9. Tratar as infecções agressivamente
Categoria B: Ou os estudos em reprodução animal não demonstraram risco fetal e não existem
estudos controlados em mulheres grávidas, ou estudos em reprodução animal demonstraram um
efeito adverso (outro efeito que não a diminuição da fertilidade) que não foi confirmado por
estudos controlados em mulheres no primeiro trimestre de
gravidez (e não existem evidências de risco nos trimestres subsequentes).
Categoria C: Ou os estudos em animais demonstraram efeitos fetais adversos e não existem
estudos controlados em humanos, ou estudos em mulheres e animais não estão disponíveis. Os
fármacos desta categoria devem ser administrados somente se alternativas seguras não
estiverem disponíveis e se o benefício potencial justificar o(s) risco(s) fetal(is) conhecido(s).
Categoria D: Existem evidências de risco fetal humano, mas os benefícios para a mulher grávida
podem ser aceitáveis apesar do risco, como em doenças graves e com risco de morte para as
quais os fármacos seguros não podem ser utilizados ou são ineficazes. Uma declaração
apropriada deve aparecer na seção “advertências” da bula do fármaco dessa categoria.
Categoria X: Ou estudos em animais ou em humanos demonstraram anormalidades fetais, ou
existe evidência de risco fetal baseada na experiência humana (ou ambos); e o risco de usar o
fármaco em mulheres grávidas é injustificável em detrimento de qualquer benefício. O fármaco
é contraindicado em mulheres que estão ou podem ficar grávidas. Uma declaração esclarecedora
deve aparecer na seção “contraindicações” da bula dos fármacos dessa categoria.
Indicações e Contraindicações da
Exodontia
Indicações
Dentes associados a lesões Radioterapia
patológicas
Dentes fraturadosTratamento ortodôntico
Dentes inclusos
Necrose pulpar Doença periodontal
Fraturas maxilares
Cáries extensas
Dentes supranumerários
Contraindicações
Contraindicações Sistêmicas
Uma contraindicação sistêmica é um grupo de condições denominadas de doenças
metabólicas descompensadas e severas.
Diabetes não controlada e falência renal com uremia severa fazem parte desse grupo.
Os pacientes que apresentam leucemia e linfoma não controlados não devem ter os
dentes removidos até que a doença maligna possa ser controlada.
Os pacientes com qualquer de várias doenças cardíacas severas e não controladas
também devem ter suas extrações proteladas até que a doença possa ser controlada.
Os pacientes com isquemia severa do miocárdio, como angina pectoris instável, e
pacientes que tiverem tido um infarto do miocárdio significante recentemente não
devem ter um dente extraído, exceto em caso de emergência em ambiente hospitalar.
Pacientes que possuem hipertensão maligna também devem ter as extrações adiadas,
Pacientes com arritmias cardíacas não controladas e severas devem, também, ter suas
extrações adiadas.
A gravidez é uma contraindicação relativa às extrações; os pacientes que estejam no
primeiro ou no terceiro trimestre devem ter suas extrações adiadas se for possível.
Pacientes que apresentem coagulopatias severas, como hemofilia, ou distúrbios
plaquetários severos não devem ter seus dentes extraídos até que a coagulopatia tenha
sido corrigida.
Pacientes que tomam ou tenham tomado uma variedade de medicamentos devem ter a
cirurgia feita com cautela. Drogas que devemos ter cuidado incluem corticosteroides,
agentes imunossupressores, bifosfonados e agentes quimioterápicos para câncer.
Contraindicações Locais
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Exames complementares
De acordo com a Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego n° 397 de 2002, que estabelece
a Classificação Brasileira de Ocupações, compete ao Cirurgião-Dentista solicitar exames
complementares, entre eles, a solicitação de risco cirúrgico e exames de laboratório em geral.
Tipos
1. Hematológicos
Indicações
o Anemia, trombopatias, leucemia
o Infecções e agranulocitose
o Avaliações pré-operatórias
o Avaliação da capacidade de hemostasia
2. Imaginológicos
o Radiografias periapicais
o Radiografias oclusais
o Radiografias panorâmicas
o Outras técnicas radiográficas
o Tomografia computadorizada
o Ressonância magnética
o Ecografia (Ultrassonografia)
3. Bioquímicos
o Glicemia = dosagem de glicose. Descobrir se existe alteração no metabolismo da
glicose.
⇒ hiperglicemia = aumento (diabetes).
⇒ hipoglicemia = diminuição (anemia).
o VN = 70-100mg/dl.
4. Sorológicos
5. Biópsia
6. Citologia esfoliativa
Os pacientes, por sua vez, podem relatar esses problemas na anamnese que, quando relatados ou
suspeitados pelo profissional por algum sinal clínico, devem ser investigados pelo cirurgião-
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O hematócrito representa a proporção entre a parte sólida e a parte líquida do sangue. Quando
há anemia no paciente, o Hct encontra-se diminuído por causa da falta de glóbulos vermelhos.
Os três primeiros dados, contagem de eritrócitos - E, dosagem de hemoglobina e hematócrito
são analisados em conjunto e avaliam a presença de anemia ou policitemia no paciente.
O volume corpuscular médio avalia o tamanho dos eritrócitos. Um VCM elevado indica
hemácias macrocíticas. Um VCM reduzido indica hemácias microcíticas. Esse dado ajuda a
diferenciar os vários tipos de anemia. Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico e
vitamina B12, e o alcoolismo apresentam hemácias grandes (macrocíticas), enquanto anemias
por deficiência de ferro apresentam hemácias pequenas – microcíticas.
O Red Cell Distribution Width é o índice que revela anisocitose, ou seja, presença de hemácias
de tamanhos variados na amostra examinada.
Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos no sangue. Sua elevação normalmente
ocorre em processos alérgicos e estados de inflamação crônica.
Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento
de tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos anticorpos. Quando temos um
processo viral, é comum que o número de linfócitos aumente.
Deve-se evitar a indicação, para pacientes anêmicos não controlados, de uso de sedação e
anestesia geral, devido à capacidade reduzida de transporte de oxigênio nestes indivíduos.
No leucograma, o que devem ser considerados em sua interpretação são os valores dos
leucócitos totais e neutrófilos. Devem-se adiar as cirurgias eletivas se os valores estiverem
muito abaixo do normal. Em valores aproximados ao normal, deve-se fazer profilaxia
antibiótica em tratamentos invasivos.
O tempo de protrombina é realizado para medir o tempo que o plasma leva para formar o
coágulo. O tempo de protrombina prolongado pode estar associado a uma coagulação e a um
sangramento pós-operatório anormal.
O dentista, portanto, ao tratar estes pacientes, deve pesar o risco de uma complicação
hemorrágica, em comparação com aqueles das doenças tromboembólicas subjacentes. O médico
do paciente deve ser consultado antes do início do tratamento dentário. Para extrações dentárias,
as estratégias vão desde a interrupção completa dos anticoagulantes até a continuidade do
medicamento, sem qualquer ajuste de dose. Na prática corrente, as estratégias mais comuns
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utilizadas pelos médicos, são as seguintes: substituição dos anticoagulantes orais por heparina
não fraccionada; substituição dos anticoagulantes orais por heparina de baixo peso molecular;
diminuição dos níveis de anticoagulação no perioperatório; descontinuação temporária da
terapêutica anticoagulante oral.
A história familiar de distúrbios hemorrágicos também precisa ser registrada. Além disso, os
medicamentos do paciente devem ser revistos, fazendo-se perguntas específicas em relação à
ingestão de aspirina, que é um antiagregante plaquetário e aumenta o tempo de coagulação.
No questionário dentário, deve-se deixar espaço para anotar todos os medicamentos que o
paciente faz uso, a fim de detectar aqueles que contêm aspirina. Durante o exame dentário, o
dentista precisa estar alerta para os dados físicos sugestivos de distúrbios hemorrágicos.
Finalmente, antes de cirurgias dentárias de médio e grande porte, os pacientes devem ser
submetidos à exames de rotina, para identificação de possíveis diáteses hemorrágicas. Em caso
de dados clínicos ou histórias que levem à suspeita de sangramento, é recomendada a solicitação
do coagulograma. Por fim, os planos cirúrgicos devem ser traçados de modo a permitir
hemostasia ótima.
Deve-se também avaliar com o médico se há a indicação de uso, por via oral, de
antifibrinolíticos, como o ácido épsilon-aminocapróico ou o ácido tranexâmico. A
administração de antifibrinolíticos por via oral deve ser iniciada 24 horas antes do procedimento
cirúrgico e até sete dias após o evento. O médico poderá estabelecer o plano terapêutico para o
Instrumentais cirúrgicos
Aposição dos campos estéreis
• Campo fenestrado para o paciente
• Campo sobre a mesa cirúrgica (ou equipo)
• Montagem do sistema de aspiração – Capas protetoras da mangueira do sugador
• Montagem da proteção do refletor e canetas.
• Conferência de todo o material e montagem da mesa cirúrgica
o Outros Afastadores
o Tesouras
•Íris
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•Metzembaum
•Goldman fox
o Descoladores
•Molt n. 9 •Cureta Molt 2-4
•Sindesmótomos
•Espátula 7
o Canetas
•Baixa rotação
• Alta rotação
o Brocas
•Baixa rotação
702 – Troncocônica 8 – Esférica
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•Alta rotação
Zekrya 28 mm 702 – Troncocônica
o ALAVANCAS
•Apexo (apicais) 301 ou 304
o Fórceps
•150
151
16
17
18L
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18R
65
69,
01
o Pinças
•de Campo – Backhaus,
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o Pinças
•Clínica
•Dente de rato
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•Dissecção
o Cuba de inox
o Curetas de Lucas
o Fios de Sutura
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Técnicas anestésicas
O anestésico será infiltrado estritamente na área em que será realizado o procedimento,
bloqueando os nervos terminais.
Etapa 5: Seque o tecido. Uma gaze de 5 × 5 cm deve ser usada para secar o tecido no local de
penetração da agulha e para remover quaisquer detritos macroscópicos
Etapa 7B: Comunique-se com o paciente. Durante a aplicação do anestésico tópico é desejável
que o operador converse com o paciente a respeito das razões para seu uso.
Etapa 9: Deixe o tecido bem esticado. Os tecidos no local de penetração da agulha devem ser
esticados antes da inserção da agulha
Etapa 11A: Introduza a agulha na mucosa. Com o bisel da agulha corretamente orientado (ver a
técnica específica de injeção quanto à orientação do bisel; contudo, via de regra o bisel da
agulha deve estar orientado em direção ao osso).
Etapa 14: Deposite algumas gotas do anestésico local antes de tocar o periósteo. Em técnicas de
anestesia por bloqueio regional em que a agulha encosta no periósteo ou dele se aproxima,
algumas gotas da solução devem ser depositadas imediatamente antes do contato. O periósteo é
ricamente inervado e o contato com a ponta da agulha provoca dor.
Considerações Anatômicas
Divisão Oftálmica (V₁). A divisão oftálmica é o primeiro ramo do nervo trigêmeo. Ela é
puramente sensorial e é a menor das três divisões. Ela sai do crânio e penetra na órbita pela
fissura orbital superior. Imediatamente antes de passar pela fissura orbital superior, o nervo
oftálmico se divide em três ramos principais: os nervos nasociliar, frontal e lacrimal.
Segue-se um resumo da inervação da divisão maxilar:
1. Pele
a. Parte média da face
b. Pálpebra inferior
c. Lateral do nariz
d. Lábio superior
2. Membrana mucosa
a. Nasofaringe
b. Seio maxilar
c. Palato mole
d. Tonsila
e. Palato duro
3. Dentes maxilares e tecidos periodontais
Divisão Maxilar (V₂). A divisão maxilar do nervo trigêmeo se origina do meio do gânglio
trigêmeo. De tamanho intermediário entre a divisão oftálmica e a mandibular, ela tem função
puramente sensorial. O nervo maxilar segue horizontalmente para a frente, saindo do crânio
pelo forame redondo. O forame redondo está localizado na asa maior do osso esfenoide. Depois
de sair do crânio, o nervo maxilar cruza a parte mais superior da fossa pterigopalatina, entre as
lâminas pterigoides do osso esfenoide e do osso palatino. A divisão maxilar emerge sobre a
superfície anterior da face pelo forame infraorbital, ponto em que se divide a seus ramos
terminais, suprindo a pele da face, do nariz, da pálpebra inferior e do lábio superior.
A divisão maxilar emite ramos em quatro regiões: intracraniana, na fossa
pterigopalatina, no canal infraorbital e na face. Depois de sair do crânio pelo forame
redondo, a divisão maxilar cruza a fossa pterigopalatina. Nessa fossa são emitidos
vários ramos: o nervo zigomático, os nervos pterigopalatinos e o nervo alveolar
superoposterior. Os ramos dos nervos pterigopalatinos incluem aqueles que suprem
quatro áreas: órbita, nariz, palato e faringe.
P á g i n a | 48
Nervo zigomatofacial
b. Nervos pterigopalatinos
Ramos orbitais
Ramos nasais
Nervo nasopalatino*
Ramos palatinos
Nervo palatino maior (anterior)*
Nervos palatinos menores (médio e posterior)
Ramo faríngeo
c. Nervo alveolar superoposterior*
3. Ramos no canal infraorbital
a. Nervo alveolar superior médio*
b. Nervo alveolar superoanterior*
4. Ramos para a face
a. Ramos palpebrais inferiores
b. Ramos nasais externos
c. Ramos labiais superiores
Divisão Mandibular (V₃). A divisão mandibular é o maior ramo do nervo trigêmeo. Ela constitui
um nervo misto com duas raízes: uma grande raiz sensorial e uma raiz motora menor (esta
última representa todo o componente motor do nervo trigêmeo). A raiz sensorial da divisão
mandibular se origina do ângulo inferior do gânglio trigêmeo, enquanto a raiz motora se origina
de células motoras localizadas na ponte e na medula oblonga. As duas raízes emergem do crânio
separadamente pelo forame oval, com a raiz motora situando-se medialmente à raiz sensorial.
P á g i n a | 50
A terceira divisão do nervo trigêmeo emite ramos em três áreas: do nervo não
dividido e das divisões anterior e posterior.
Ramos do Nervo Não Dividido: São eles o nervo espinhoso (ramo meníngeo do
nervo mandibular) e o nervo pterigoide medial.
Ramos da Divisão Anterior. Os ramos da divisão anterior de V₃ fornecem
inervação motora aos músculos da mastigação e inervação sensorial à membrana
mucosa da bochecha e à membrana mucosa bucal dos molares mandibulares. O nervo
bucal, também designado como nervo bucinador e nervo bucal longo, fornece inervação
sensorial à gengiva bucal dos molares mandibulares e à prega mucobucal nessa região.
O bloqueio do nervo bucal pode ser administrado imediatamente após se completar o
bloqueio do nervo alveolar inferior.
A anestesia do nervo bucal é importante para procedimentos odontológicos
requerendo a manipulação dos tecidos moles sobre a superfície bucal dos molares
mandibulares.
O nervo lingual é o segundo ramo da divisão posterior de V₃.O nervo lingual é
o trato sensorial aos dois terços anteriores da língua. Ele fornece tanto sensação geral
como sensação gustativa (paladar) a essa região. É ele o nervo que supre para a
sensação geral, enquanto que a corda do tímpano (um ramo do nervo facial) supre para
o paladar. Além disso, o nervo lingual fornece inervação sensorial às membranas
mucosas do assoalho da boca e à gengiva na parte lingual da mandíbula. O nervo
lingual é o nervo mais comumente associado a casos de parestesias (danos nervosos
sensoriais prolongados ou per manentes).
O nervo alveolar inferior é o maior ramo da divisão mandibular. Ele desce
medialmente ao músculo pterigoide lateral e lateroposteriormente ao nervo lingual, até
o ligamento esfenomandibular e a superfície medial do ramo da mandíbula, onde
penetra no canal mandibular ao nível do forame mandibular. A artéria se situa
imediatamente anterior ao nervo. O nervo, a artéria e a veia seguem pelo canal
mandibular até o forame mentual, no qual o nervo se divide a seus ramos terminais: o
nervo incisivo e o nervo mentual.
Divisão do nervo V₃
a. Divisão anterior
Nervo ao músculo pterigoide lateral
Nervo ao músculo masseter
P á g i n a | 51
A, Nervos cutâneos da face. V1 (nervo oftálmico): SO, Nervo supraorbitário; ST, nervo
supratroclear; L, nervo lacrimal; IT, nervo infratroclear; NE, nervo nasal externo. V2
(nervo maxilar): IO, nervo infraorbitário; ZT, nervo zigomaticotemporal; ZF, nervo
zigomaticofacial. V3 (nervo mandibular): AT, nervo auriculotemporal; B, nervo bucal;
M, nervo mentoniano. Nervo espinhal: AM, nervo auricular maior.
B, Nervos motores dos músculos da expressão facial. Ramos faciais do NC VII: T, Ramos
temporais; Z, ramos zigomáticos; B, ramos bucais; M, ramos mandibulares; C, ramos cervicais.
que é relativamente denso). O ápice do incisivo central de um adulto também pode estar
localizado sob um osso mais denso (p. ex., do nariz), aumentando assim a frequência de
insucesso (ainda que não de maneira significativa).
Técnica
1. É recomendada agulha de calibre 27.
2. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do ápice do dente a
ser anestesiado
3. Área-alvo: região apical do dente a ser anestesiado
4. Pontos de referência:
a. Prega mucovestibular
b. Coroa do dente
c. Contorno da raiz do dente
5. Orientação do bisel: voltado para o osso
6. Procedimento:
a. Preparar o tecido no local de injeção.
(1) Limpar com gaze seca estéril.
(2) Aplicar um antisséptico tópico (opcional).
(3) Aplicar anestésico tópico por, no mínimo, 1 minuto.
b. Orientar a agulha de modo que o bisel esteja voltado para o
osso.
c.
Levantar o
lábio e
tensionar o
tecido.
d.
Segurar a
seringa paralela
ao longo eixo
do dente.
e. Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular sobre o
dente-alvo.
f. Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do
dente ou acima desta (Tabela 13-1). Na maioria dos casos, a
profundidade da penetração será de apenas alguns milímetros.
Como a agulha está no tecido mole (não tocando o osso), não
deve haver resistência ao seu avanço nem deve haver qualquer
desconforto para o paciente com esta injeção.
g. Aspirar duas vezes.
(1) Caso a aspiração seja negativa, injetar
aproximadamente 0,6 ml (um terço de um tubete)
lentamente em 20 segundos. (Não deixe os tecidos
inflarem como um balão.)
h. Retirar a seringa lentamente.
Indicação. Casos em que se desejam tanto o controle da dor como a hemostasia para o
tratamento periodontal ósseo e dos tecidos moles.
Contraindicação.
Infecção ou inflamação grave no local
da injeção.
Técnica
1. É recomendada uma agulha curta de
calibre 27.
2. Área de inserção: centro da papila
interdental adjacente ao dente a ser
tratado
3. Área-alvo: a mesma
4. Marcos: triângulo papilar, a cerca de 2 mm abaixo da ponta, equidistante dos dentes
adjacentes
5. Estabilizar a seringa e orientar a agulha corretamente
(1) Plano frontal: 45° em relação ao eixo longo do dente
(2) Plano sagital: em ângulo reto em relação ao tecido mole
(3) Bisel voltado para o ápice do dente.e. Injetar bem devagar algumas gotas do
anestésico local quando a agulha entrar no tecido mole e avançar a agulha até fazer
contato com o osso.
6. Enquanto aplica pressão à seringa, empurrar a agulha um pouco mais profundamente (1 a 2
mm) para dentro do septo interdental.
7. Depositar de 0,2 a 0,4 ml do anestésico local em não menos de 20 segundos.
(1) Com o uso de uma seringa convencional, a espessura do obturador de
borracha equivale a 0,2 ml.
Indicações
1. Tratamento de dois ou mais molares superiores
2. Quando a injeção supraperiosteal está
contraindicada (p. ex., na presença de
infecção ou inflamação aguda)
3. Quando a injeção supraperiosteal foi
ineficaz Contraindicação
Quando o risco de hemorragia é muito
grande (como no hemofílico), caso no qual é
recomendada a injeção supraperiosteal ou do
LPD.
Técnica
1. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada
2. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do segundo molar
superior
3. Área-alvo: nervo ASP — posterior, superior e medial à borda posterior da
maxila
4. Pontos de referência
a. Prega mucovestibular
b. Tuberosidade da maxila
c. Processo zigomático da maxila
5. Prosseguir com todos os procedimentos básicos
6. Avançar a agulha lentamente para cima, para dentro e para trás em um só
movimento (não em três movimentos).
(1) Para cima: superiormente em um ângulo de 45 graus com o plano oclusal
(2) Para dentro: medialmente em direção à linha média em um ângulo de 45
graus com o plano oclusal
(3) Para trás: posteriormente em um ângulo de 45 graus com o eixo longitudinal
do segundo molar
7. Avançar a agulha até a profundidade desejada
(1) No adulto de tamanho normal, a
penetração até uma profundidade de 16 mm
colocará a ponta da agulha muito próxima
do forame através do qual o nervo ASP
entra na face posterior da maxila. Quando
uma agulha longa é usada (comprimento
P á g i n a | 57
Contraindicações
1. Inflamação ou infecção no local da injeção
2. Pequenas áreas de tratamento (um ou dois dentes)
Técnica
1. Uma agulha curta calibre 27 é recomendada.
2. Área de introdução: tecidos moles levemente
anteriores ao forame palatino maior
3. Área-alvo: nervo palatino maior (anterior), quando passa anteriormente entre os
tecidos moles e o osso do palato duro
4. Pontos de referência: forame palatino maior e junção do processo alveolar
maxilar e osso palatino
5. Localizar o forame palatino maior
(1) Colocar uma haste de algodão na junção do processo alveolar maxilar com o
palato duro.
(2) Começar na região do primeiro molar superior e palpar posteriormente
pressionando firmemente os tecidos com a haste de algodão.
P á g i n a | 61
(3) A haste de algodão “cairá” na depressão formada pelo forame palatino maior
(4) O forame se localiza mais frequentemente num ponto distal ao segundo
molar superior, mas pode se localizar anterior ou posteriormente à sua posição
habitual.
11. Bloqueio do nervo nasopalatino, recomendado para o tratamento dos tecidos moles
e ósseos palatinos de canino a canino bilateralmente
Indicações
1. Quando for necessária anestesia dos tecidos moles palatinos para tratamento restaurador em
mais de dois dentes (p. ex., restaurações subgengivais e inserção de matriz subgengival)
2. Controle da dor durante procedimentos periodontais ou cirúrgicos orais envolvendo os
tecidos moles e duros do palato
Contraindicações
1. Inflamação ou infecção no local da injeção
2. Pequenas áreas de tratamento (um ou dois dentes)
Técnica (Injeção Única no Palato)
1. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada.
2. Área de introdução: mucosa palatina imediatamente lateral à papila incisiva
(localizada na linha média atrás
dos incisivos centrais); o tecido aqui é
mais sensível que o restante da mucosa
palatina
3. Área-alvo: forame incisivo, sob a
papila incisiva
4. Pontos de referência: incisivos
centrais e papila incisiva
5. Trajeto de introdução: aproximar o
local de injeção em um ângulo de 45 graus em direção à papila incisiva
6. Avançar a agulha lentamente em direção ao forame incisivo até que toque
suavemente o osso.
(1) A profundidade de penetração é de aproximadamente 5 mm.
(2) Injetar pequenos volumes de anestésico enquanto avança a agulha. À medida
que o tecido é perfurado, haverá aumento da resistência à injeção da solução, o
que é normal no bloqueio do
nervo nasopalatino.
P á g i n a | 62
Indicações
1. É mais facilmente executada com um sistema C-CLAD
2. Quando são realizados procedimentos odontológicos
envolvendo os dentes anterossuperiores ou os tecidos
moles
3. Quando é desejada a anestesia de múltiplos dentes
anterossuperiores a partir de uma única injeção
4. Quando da realização de raspagem e alisamento
radicular dos dentes anteriores
5. Quando da execução de procedimentos cosméticos
anteriores, sendo necessária a avaliação da linha do
sorriso para um tratamento bem-sucedido
6. Quando uma abordagem facial da injeção supraperiosteal foi ineficaz devido ao osso cortical
denso
Contraindicações
1. Pacientes com tecidos palatinos extraordinariamente finos
2. Pacientes que não conseguem tolerar um tempo de
administração de 3 a 4 minutos
3. Procedimentos que requerem mais de 90 minutos
Técnica
1. Uma agulha curta calibre 27 é recomendada.
2. Área de introdução: no palato duro, na metade do caminho ao longo de uma linha
imaginária conectando a sutura palatina mediana à margem gengival livre; a linha está
localizada no ponto de contato entre o primeiro e o segundo pré-molar
3. Área-alvo: osso palatino no local da injeção
4. Pontos de referência: ponto de interseção na metade do caminho ao longo de uma linha
da sutura palatina mediana à margem gengival livre, fazendo interseção com o ponto de
contato entre o primeiro e o segundo pré-molar.
Técnica
1. Uma agulha curta calibre 27 é recomendada.
2. Área de introdução: imediatamente lateral à papila
incisiva no sulco papilar
3. Área-alvo: forame nasopalatino
4. Pontos de referência: papila nasopalatina
5. Depois que uma palidez inicial (aproximadamente 30
segundos) é observada, fazer uma pausa de alguns
segundos para permitir o início da anestesia superficial.
6. Continuar a técnica de introdução lenta no canal
nasopalatino. A orientação da agulha deve ser paralela ao
longo eixo dos incisivos centrais. A agulha é avançada
até uma profundidade de 6 a 10 mm
Nota: Caso seja encontrada resistência antes de chegar à
profundidade final de penetração, não force a agulha
adiante. Retire-a um pouco e reoriente-a para minimizar
o risco de penetração no assoalho do nariz.
7. Assegure-se de que a agulha está em contato com a parede óssea interna do canal.
14. Bloqueio do Nervo Maxilar é um método eficaz para produzir anestesia profunda
de uma hemimaxila.
Indicações
1. Controle da dor antes de procedimentos cirúrgicos extensos, periodontais ou restauradores
que requeiram anestesia de toda a divisão maxilar
2. Casos em que uma inflamação ou infecção tecidual impede o uso de outros bloqueios
regionais (p. ex., ASP, ASA, ASMA, P-ASA) ou da injeção supraperiosteal
3. Procedimentos diagnósticos ou terapêuticos para neuralgias ou tiques da segunda divisão do
nervo trigêmeo
Contraindicações
1. Profissional inexperiente
2. Pacientes pediátricos
a. Mais difícil devido às dimensões anatômicas menores
b. O paciente deve ser cooperativo
c. Geralmente desnecessário em crianças, devido à elevada taxa de sucesso de outras técnicas de
bloqueio regional
3. Pacientes não cooperativos
4. Inflamação ou infecção dos tecidos sobrejacentes ao
local da injeção
5. Casos em que há risco de hemorragia (p. ex., em um
hemofílico)
6. No acesso ao canal palatino maior: incapacidade de
conseguir acesso ao canal; obstruções ósseas podem estar
presentes em 5% a 15% dos canais
Técnica (Abordagem da Tuberosidade Alta)
P á g i n a | 65
1. Uma agulha longa de calibre 25 é recomendada. Uma agulha longa calibre 27 é aceitável.
2. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima da face distal do segundo molar
superior
3. Área-alvo:
a. Nervo maxilar, no ponto onde ele atravessa a
fossa pterigopalatina
b. Superior e medial à área-alvo do bloqueio do
nervo ASP
4. Pontos de referência:
a. Prega mucovestibular na face distal do
segundo molar superior
b. Tuberosidade da maxila
c. Processo zigomático da maxila
Técnica (Abordagem do Canal Palatino Maior).
1. Uma agulha longa de calibre 25 é recomendada. Uma agulha longa de calibre 27 também é
aceitável.
2. Área de introdução: tecidos moles palatinos diretamente sobre o forame palatino maior.
3. Área-alvo: o nervo maxilar, no ponto que atravessa a fossa pterigopalatina; a agulha atravessa
o canal palatino maior para alcançar a fossa pterigopalatina
4. Pontos de referência: forame palatino maior, junção do processo alveolar maxilar e o osso
palatino
5. Localizar o forame palatino maior. Após localizar o forame, avançar a agulha muito
lentamente no canal palatino maior até uma profundidade de 30 mm. Aproximadamente 5% a
15% dos canais palatinos maiores apresentarão obstruções ósseas que impedem a passagem da
agulha.
RESUMO
Dentes Superiores
e Técnicas de
Anestesia Local
Disponíveis Tecido Mole
Nervos Anestesiados
1. Alveolar inferior, um ramo da divisão posterior da divisão
mandibular do nervo trigêmeo (V3)
2. Incisivo
3. Mentual
4. Lingual (comumente)
Áreas Anestesiadas.
1. Dentes mandibulares até a linha média
2. Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula
3. Mucoperiósteo bucal, membrana mucosa anteriormente ao forame mentual (nervo mentual)
4. Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual)
5. Periósteo e tecidos moles linguais (nervo lingual)
Indicações
1. Procedimentos em múltiplos dentes mandibulares num quadrante
2. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles
bucais
3. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles
linguais
Contraindicações
1. Infecção ou inflamação aguda na área de injeção (rara)
2. Pacientes que tenham maior probabilidade de morder o
lábio ou a língua, como uma criança muito pequena ou um
adulto ou criança portador de deficiência física ou mental
Técnica
1. Uma agulha dentária longa é recomendada em pacientes adultos. Dá-se preferência a
uma agulha longa de calibre 25; uma agulha longa de calibre 27 é aceitável.
2. Área de inserção: membrana
mucosa do lado medial (lingual) do ramo da
mandíbula, na interseção de duas linhas —
uma horizontal, representando a altura de
inserção da agulha, e a outra vertical,
representando o plano anteroposterior de
injeção
3. Área-alvo: nervo alveolar inferior
ao descer em direção ao forame
mandibular, porém antes de ele entrar no
forame
4. Marcos
a. Incisura coronoide (concavidade maior na borda anterior do ramo da
mandíbula)
b. Rafe pterigomandibular (parte vertical)
c. Plano oclusal dos dentes mandibulares posteriores
P á g i n a | 68
(a) Em muitos pacientes não é necessário injetar nada da solução anestésica local ao se
penetrar o tecido mole.
(b) Em
pacientes
ansiosos ou
sensíveis
pode ser
7. Precauções
1. Não depositar o anestésico local se não houver o contato com o osso. A ponta da agulha pode
estar situada no interior da glândula parótida, próximo ao nervo facial (VII nervo craniano), e
P á g i n a | 70
um bloqueio transitório (paralisia) do nervo facial pode ocorrer se a solução anestésica local for
depositada.
2. Evitar a dor não fazendo o contato com o osso com muita
força.
A, Retraia a língua para ganhar acesso à borda lingual da
mandíbula e aumentar a visibilidade desta.
B, Direcione a ponta da agulha abaixo da região apical do
dente imediatamente posterior ao dente em questão.
1. É recomendada uma agulha longa de calibre 25 ou 27. Isso é usado mais frequentemente
porque o bloqueio do nervo bucal é administrado em geral imediatamente após um BNAI. A
agulha longa é recomendada devido ao local
de depósito posterior, e não à profundidade de inserção tecidual (que é mínima).
2. Área de inserção: membrana mucosa distal e bucal em relação ao dente molar mais distal no
arco.
3. Área-alvo: nervo bucal ao passar sobre a borda anterior do ramo da mandíbula
4. Marcos: molares mandibulares, prega mucobucal
5. Penetrar a membrana mucosa no local de injeção, em posição distal e bucal relativamente ao
último molar.
6. Avançar a agulha devagar até fazer contato de leve com o mucoperiósteo.
(1) Para evitar a dor ao contato da agulha com o mucoperiósteo, depositar algumas
gotas de anestésico local imediatamente antes do contato.
(2) A profundidade de penetração raramente é de mais de 2 a 4 mm e
geralmente de apenas 1 ou 2 mm.
4. BLOQUEIO MANDIBULAR DE
BOCA FECHADA DE VAZIRANI-
AKINOSI
abordagem com a boca fechada à anestesia
mandibular.
Bloqueio mandibular extraoral utilizando a
abordagem lateral através da incisura sigmoide.
Como a divisão mandibular do nervo trigêmeo
fornece inervação motora aos músculos da
mastigação, um bloqueio da terceira divisão
(V3) vai aliviar o
trismo que é produzido secundariamente a um
espasmo muscular.
Nervos Anestesiados
1. Alveolar inferior
2. Incisivo
3. Mentual
4. Lingual
5. Milo-hióideo
Áreas Anestesiadas.
1. Dentes mandibulares até a linha média
2. Corpo da mandíbula e parte inferior do ramo mandibular
3. Mucoperiósteo e membrana mucosa bucais anteriores ao
forame mentual
4. Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual)
P á g i n a | 74
Contraindicação.
Infecção ou inflamação aguda na área de injeção.
Técnica
1. É recomendada uma agulha curta
de calibre 25 ou 27.
2. Área de inserção: prega
mucobucal no forame mentual ou
imediatamente anterior ao mesmo
3. Área-alvo: nervo mentual à saída
do forame mentual (geralmente
localizado entre o ápice do primeiro
pré-molar e o do segundo)
4. Marcos: pré-molares
mandibulares e prega mucobucal
5. Localizar o forame mentual.
(1) Colocar seu dedo indicador na prega mucobucal e fazer pressão contra o corpo da mandíbula
na área do primeiro molar.
P á g i n a | 76
(2) Mover seu dedo devagar em sentido anterior até que o osso sob seu dedo tenha uma
aparência irregular e algo côncava
(a) O osso posterior e anterior ao forame mentual é liso; o osso imediatamente
em torno do forame, porém, é mais áspero ao tato.
(b) O forame mentual é encontrado habitualmente em torno do ápice do
segundo pré-molar. Contudo, ele pode ser encontrado anterior ou posteriormente a esse
local.
(c) O paciente pode comentar que a pressão do dedo nessa área produz irritação,
por ser o nervo mentual comprimido contra o osso.
6. Penetrar a membrana mucosa no local de injeção, no canino ou no primeiro pré-molar,
dirigindo a seringa ao forame mentual.
7. Avançar a agulha bem devagar até chegar ao forame. A profundidade de penetração é de 5 a 6
mm. Para o bloqueio do nervo mentual ser bem-sucedido, não há nenhuma necessidade de
entrar no forame mentual ou de fazer contato com o osso.
Nervos Anestesiados.
Mentual e incisivo.
Áreas Anestesiadas.
1. Membrana mucosa bucal anterior ao
forame mentual, geralmente do segundo pré-
molar até a linha média
2. Lábio inferior e pele do queixo
3. Fibras nervosas pulpares aos pré-molares,
ao canino e aos incisivos
Indicações
1. Procedimentos dentários envolvendo a
anestesia pulpar em dentes mandibulares
anteriores ao forame mentual
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2. Casos em que o BNAI não está indicado: a. Quando são tratados seis, oito ou 10 dentes
anteriores (p. ex., de canino a canino ou de pré-molar a pré-molar), o bloqueio do nervo incisivo
é recomendado em lugar de BNAI bilaterais.
Contraindicação.
Infecção ou inflamação aguda na área da injeção.
Técnica
1. É recomendada uma agulha curta de calibre 27.
2. Área de inserção: prega mucobucal no forame mentual ou imediatamente anterior a ele
3. Área-alvo: forame mentual, através do qual o nervo mentual sai e no interior do qual o nervo
incisivo está localizado
4. Marcos: pré-molares mandibulares e prega mucobucal
5. Localizar o forame mentual.
6. Penetrar a membrana mucosa no canino ou no primeiro pré-molar, dirigindo a agulha ao
forame mentual.
7. Avançar a agulha bem devagar até chegar ao forame mentual. A profundidade de penetração
é de 5 a 6 mm. Não há nenhuma necessidade de se entrar no forame mentual para que o
bloqueio do nervo incisivo seja bem-sucedido.
8. Caso a aspiração seja negativa, depositar lentamente 0,6 ml (aproximadamente um terço de
um cartucho) em 20 segundos.
(1) Durante a injeção, manter uma pressão leve do dedo diretamente sobre o local de
injeção para aumentar o volume de solução entrando no forame mentual. Isso pode ser
feito com uma pressão intra ou extraoral.
(2) Os tecidos no local da injeção devem inflar como um balão, porém muito
ligeiramente.
Resumo
Dentes
Mandibulares
e Técnicas
Anestésicas
Locais
Disponíveis Tecidos moles
Dentes Pulpar Bucal Lingual
Incisivos Incisivo (Inc) BNAI BNAI
Alveolar inferior (BNAI) GG GG
Gow-Gates (GG) VA VA
Vazirani-Akinosi (VA) Inc LPD
Injeção no ligamento periodontal (LPD) IS IS
Intrasseptal (IS) Mental Inf
Intraóssea (IO) PDL IO
Infiltração (infiltração bucal e lingual) Inf Inf
P á g i n a | 78
possível
Anestésicos locais
Os anestésicos locais (AL) são agentes que causam redução da sensibilidade,
através do bloqueio reversível da condução nervosa, quando aplicados a uma região
P á g i n a | 82
Aspectos Farmacocinéticos
– Penetração: Lipossolubilidade/pH do meio/Concentração do AL.
• Em tecidos inflamados (ambiente + ácido), o AL tende à forma ionizável (hidrossolúvel), não
permeável. Observa-se menor efeito anestésico em tecidos inflamados.
– Absorção: Alta principalmente em mucosas.
• Agentes vasoconstritores (adrenalina, noradrenalina, fenilefrina, etc) diminuem a absorção,
diminuem efeitos tóxicos sistêmicos, aumenta o tempo de ação no local e reduz a dose
necessária, além de reduzir o sangramento.
– Distribuição: Órgão de maior perfusão.
• Saída da corrente sanguínea: lipossolubilidade e ligação às proteínas plasmáticas.
– Biotransformação: Através de hidrólise enzimática
• AL do tipo éster: rápida biotransformação por esterases plasmáticas e hepáticas. AL do grupo
amida são metabolizados principalmente no fígado
Procedimentos de curta e média duração que demandem anestesia pulpar > 30 minutos
• Lidocaína 2% com epinefrina 1:100000
• Mepivacaína 2% com epinefrina 1:100000
• Articaína 4% com epinefrina 1:100000
P á g i n a | 83
Situações especiais:
• Pacientes com problemas cardíacos e hipertensão controladas: Utilizar no máximo 2 tubetes de
Lidocaína com epinefrina ou Mepivacaína com epinefrina (1:100000) que é menos
vasodilatador, ou Prilocaína com felipressina (influencia menos na PA).
• Casos de hipertensão severa (PAS > 180 mmHg): não tratar no consultório, encaminhar para
atendimento hospitalar.
• Se houver contra indicação absoluta ao uso de vasoconstritores (situação rara), usar
Mepivacaína 3% sem vasoconstritor.
• Lembrar que o mais importante em pacientes saudáveis e com comprometimento sistêmico é
controlar a dor e ansiedade, que podem elevar a liberação de catecolaminas endógenas. O uso de
anestésicos sem vasoconstritor reduz a duração da anestesia, requer suplementação, aumenta o
estresse e a toxicidade.
Situações especiais:
• GESTANTES: Preferência para Lidocaína 2% com epinefrina 1:100000, no máximo 2
tubetes. Evitar Prilocaína e Mepivacaína (risco de metahemoglobina) e felipressina (induz
contrações uterinas).
• DIABÉTICOS: Dar preferência para Prilocaína 3% + felipressina. Evitar o vasoconstritor
epinefrina pelo risco de aumento da glicemia.
• IDOSOS E PACIENTES COM DISFUNÇÃO RENAL OU HEPÁTICA: A articaína é
também metabolizada por colinesterases plasmáticas gerando metabólitos inativos e inertes,
eliminados pelos rins. É o anestésico ideal para esses pacientes.
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• CRIANÇAS: Preferência por Lidocaína 2% com epinefrina 1:100000. O maior cuidado deve
ser em relação à dose, para não provocar sobre dosagem, em função do peso corporal.
• ALÉRGICOS À SULFA: Não utilizar Articaína, pois contém enxofre.
Anestésico Vasoconstritor
Lidocaína Adrenalina
Noradrenalina
Fenilefrina
Sem vasoconstritor
Prilocaína Felipressina
Mepivacaína Adrenalina/ Noradrenalina
Sem vasoconstritor
Levonordefrina
(3%) Sem vasoconstritor
Bupivacaína Adrenalina
Sem vasoconstritor
Articaína Epinefrina
Analgésicos e antiinflamatórios
1- Analgesia preventiva: regime introduzido após a estimulação nociceptiva, porém, antes
do início da sensação dolorosa.
2- Analgesia preemptiva: é iniciada antes dos estímulos nociceptivos, ou seja, previamente
ao trauma tecidual.
3- Analgesia perioperatória: o regime é iniciado antes do estímulo nociceptivo, sendo
mantido no período pós-operatório imediato.
Geralmente: A dor pós operatória tem seu ápice de 6 a 8 horas após o procedimento. O edema
inflamatório é máximo 36 h após o procedimento. Por isso, é uma boa alternativa, em
P á g i n a | 85
Ácido acetilsalicílico, dipirona e paracetamol não são AINEs clássicos, pois possuem fraca ação
anti-inflamatória, somente em doses maiores. Seus principais efeitos são analgésicos e
antipiréticos.
Prescrição
Dipirona
- 500 mg de 6 em 6 hrs.
-10 – 15 mg/kg.
-1/2 gota a 1 gota por kg.
Até 48 horas.
Paracetamol Mais indicado para controle da dor.
-500 mg de 6 em 6 hrs.
-10 – 15 mg/kg.
-1 gota/kg.
Ibuprofeno
-600 mg de 6 em 6 hrs.
Diclofenaco
-50 mg de 8 em 8 hrs. Até 3 dias.
Mais indicado para controle de dor e
edema.
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Cetorolaco
-10 – 20 mg de 8 me 8 hrs.
Nimesulida
-100 mg de 12em 12 hrs.
Coxibes: Recomendado para pacientes com problemas gástricos e renais graves (sem fator de
risco para coagulação).
Celecoxib
-100 a 200 mg de 1 a 2 vezes por dia por até 3 dias.
Etoricoxib
-60 a 120 mg de 1 a 2 vezes por dia por até 3 dias.
Na Odontologia, a utilização é por curto prazo, geralmente com uso preemptivo, 1 h antes de
procedimento em que há maior expectativa de edema e dor intensa, como exodontias múltiplas
de dentes retidos, implantes, cirurgias maiores, etc.
OBS: O uso de opioides pode provocar tolerância (necessidade de aumento das doses para
observar os mesmos efeitos anteriores) e dependência.
Codeína 15 – 30 mg 4–6
Tramadol 50 mg 4–6
Morfina 5 – 10 mg 3–4
Metadona 5 – 10 mg 8 – 12
Hidromorfona oros 8 mg 24
Oxicodona 10 – 20 mg 12
Fentanil transdérmico 12 – 24 µg 72
Seleção do antibiótico
Administrar por via oral, preferencialmente: mais facilidade e menores efeitos alérgicos, de
forma geral, 1 h antes ou 2 h após refeições.
• PENICILINAS: primeira escolha para tratamento de infecções bucais bacterianas. Penicilina
V, Amoxicilina e Ampicilina são efetivas contra cocos aeróbios gram positivos e bacilos
anaeróbios gram negativos.
• AMOXICILINA: Primeira escolha entre as Penicilinas. Possui melhor absorção oral, tempo de
meia vida maior, bem tolerada. (GRÁVIDAS)
• CEFALOSPORINAS: Não são primeira escolha, possui maior espectro que penicilinas, mas
que não coincidem com as bactérias predominantes nas infecções bucais. Mais utilizadas para
infecções mais graves.
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OBS: Recomenda-se iniciar com uma dose de ataque (geralmente o dobro da dose de
manutenção), para atingir concentrações eficazes no sangue rapidamente. O tratamento pode ter
duração variável, geralmente em torno de 7 dias.
Antivirais
A estomatite herpética primária afeta geralmente crianças de 1-6 anos, produz manifestações
bucais nos lábios, gengivas, língua, mucosa, com vesículas e feridas doloridas, febre, perda de
apetite, dificuldade de deglutição. - Geralmente é autolimitada, cicatrizando entre 10-14 dias.
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Contudo, o vírus fica latente no gânglio trigeminal, e o indivíduo fica susceptível a recorrências
por toda a vida.
Tratamento: analgésico para dor, dieta líquida ou pastosa, repouso
Herpes labial recorrente
Aciclovir é um agente antiviral que bloqueia a síntese da enzima DNA polimerase, impedindo a
duplicação viral.
Aciclovir creme dermatológico 5 % – aplicar 5 vezes ao dia por 5 dias
Aciclovir comprimidos 200 mg – administrar, por via oral, 5 vezes ao dia por 5 dias
Antifúngicos
Candidoses bucais Infecções fúngicas que afetam a mucosa bucal, geralmente oportunista, com
variadas características clínicas. O Candida albicans é o agente etiológico mais comum.
Tratamento
Remoção da causa, higienização da boca, higienização da prótese
- Nistatina – suspensão oral 100000UI/ml – frasco com 50 ml – uso tópico. Bochechar com 5 ml
4 vezes/dia por 14 dias.
Reter a solução na boca por 2 minutos. Pode deglutir.
- Cetoconazol – comprimidos 200 mg – uso oral – 1 comprimido/dia por 7-14 dias
- Miconazol – gel em bisnaga de 40 g – uso tópico - aplicar sobre a prótese 4 vezes/dia por 7-14
dias.
Fármacos ansiolíticos
Métodos de controle da ansiedade
Em crianças:
• Midazolam: 0,25-0,5 mg/Kg – 30 minutos antes
• Diazepam: 0,2-0,5 mg/Kg – 1 hora antes
menos força de movimento lingual no ápice do dente. Esse processo diminui a chance
de fratura do ápice radicular.
As pressões vestibulares causam expansão da cortical vestibular, particularmente na
crista óssea do alvéolo. Embora a pressão vestibular gere forças de expansão na crista
do alvéolo, é importante lembrar que também gera pressão lingual no ápice. Portanto,
força excessiva pode fraturar o osso vestibular ou causar uma fratura do terço apical da
raiz.
A pressão palatina ou lingual é similar ao conceito da pressão vestibular, mas objetiva
expandir a crista óssea lingual e, ao mesmo tempo, evitar pressões excessivas no osso
apical vestibular.
A pressão rotacional, como o nome indica, gira o dente, o que
causa certa expansão interna do alvéolo
dentário. Dentes com raízes únicas,
cônicas (como os incisivos maxilares e
os pré-molares mandibulares) e com
raízes que não sejam curvas são mais
passíveis de serem luxados por essa
técnica. Dentes que tenham raízes que
não sejam cônicas ou que tenham
múltiplas raízes –
especialmente se essas raízes
forem curvas – possuem maior chance de fraturar com
esse tipo de pressão.
As forças de tração são úteis para remover o dente do
alvéolo uma vez que tenha sido
obtida uma adequada expansão
óssea. Forças de tração devem ser
limitadas à parte final do processo
de extração e deve ser delicada. Se
for necessária uma força excessiva, outras manobras devem ser
refeitas para melhorar a luxação
O fórceps para extração deve ser posicionado com forte pressão apical
para expandir a crista óssea e para deslocar o centro de rotação o mais
apicalmente possível.
Se o centro de rotação (*) não estiver suficientemente apical, ele fica muito oclusal, o que
causa excesso de movimento do ápice dentário (A). B, Excesso de movimento do ápice
radicular devido a um alto centro de rotação resulta em fratura do ápice radicular.
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Pressão vestibular aplicada ao dente irá expandir a cortical vestibular na direção da crista
óssea, com alguma expansão lingual no terço apical da raiz. Asterisco, Centro de Rotação.
Devido ao fato de o osso vestibular maxilar ser, geralmente, fi no e o osso palatino, um osso
cortical mais espesso, dentes maxilares são, em geral, removidos por forças vestibulares
intensas e forças palatinas menos vigorosas. Na mandíbula, o osso vestibular é mais fi no da
metade posterior para a área dos molares. Por consequência, os incisivos, caninos e pré-molares
são removidos, principalmente, como resultado de força vestibular intensa e pressões linguais
menos vigorosas. Os dentes molares da mandíbula têm um osso vestibular mais espesso e,
geralmente, necessitam de uma pressão lingual mais forte que os outros dentes na boca.
A B C
A. Pressão lingual irá expandir a cortical lingual na região da crista e expandir discretamente o
osso vestibular na região apical. Asterisco, Centro de Rotação.
B. Forças de tração são úteis para a remoção final do dente do alvéolo. Devem ser sempre forças
leves, pois os dentes não são puxados.
C. Forças rotacionais úteis para dentes com raízes cônicas, como os incisivos maxilares e os
pré-molares mandibulares.
Etapa 1: Liberação dos tecidos moles aderidos à porção cervical do dente. A liberação do tecido
mole do dente tem dois objetivos. Primeiro, permite que o cirurgião tenha certeza de que uma
anestesia profunda foi obtida. O cirurgião, então, inicia o procedimento de descolamento do
tecido mole, gentilmente no início e, gradualmente, aumenta a força. A
segunda razão do descolamento do tecido mole é permitir o
posicionamento mais apical da alavanca e do fórceps para extração, sem
a interferência do tecido mole da gengiva. Conforme o tecido mole é
descolado do dente, ele é discretamente refletido, o que,
consequentemente, aumenta a largura do sulco gengival e permite a
entrada da ponta ativa biselada em cunha do fórceps.
Etapa 3: Adaptação do fórceps ao dente. O fórceps é, então, posicionado sobre o dente de forma
que as extremidades das pontas ativas do fórceps apreendam à raiz abaixo do tecido mole
descolado. A ponta ativa lingual, geralmente, é posicionada primeiro e, só depois, a ponta ativa
vestibular é posicionada. Deve-se ter cuidado de verificar que as extremidades das pontas ativas
estejam abaixo do tecido mole e que não estejam apreendendo um dente adjacente. Uma vez
que o fórceps esteja posicionado no dente, o cirurgião segura o fim do cabo do fórceps para
maximizar o controle e a vantagem mecânica.
Se o dente estiver mal posicionado de maneira que o fórceps padrão não possa
apreender o dente sem traumatizar os dentes adjacentes, outro fórceps com pontas ativas mais
finas deve ser usado. O fórceps para raiz maxilar pode, frequentemente, ser útil para os dentes
anteriores inferiores apinhados.
As pontas ativas do fórceps devem ser mantidas paralelas ao longo eixo do dente para
que as forças geradas pela aplicação da pressão ao cabo do fórceps possam ser transmitidas pelo
longo eixo do dente para se obter a máxima efetividade na dilatação e na expansão do osso
alveolar. Se as pontas ativas não estiverem paralelas ao longo eixo do dente, provavelmente a
raiz do dente irá fraturar.
O fórceps é, então, forçado o mais apicalmente possível para
apreender a raiz do dente o mais apicalmente possível. Isso resulta em
dois fatores: primeiro, as pontas ativas do fórceps atuam como cunhas
dilatando a crista óssea nas faces lingual e vestibular. Segundo, ao
forçar as pontas ativas apicalmente, o centro de rotação (ou fulcro) do
fórceps aplicado ao dente é deslocado para o ápice do dente, o que
resulta em maior efetividade e menor chance de fratura do ápice do
dente.
P á g i n a | 95
Etapa 4: Luxação do dente com o fórceps. O cirurgião inicia a luxação do dente utilizando os
movimentos já discutidos. A maior parte da força é direcionada para o osso mais fi no e,
consequentemente, mais fraco. Portanto, na
maxila e em todos os dentes mandibulares com
exceção dos molares, o principal movimento é
vestibular. O cirurgião utiliza uma força lenta e
constante para deslocar o dente
vestibularmente, em vez de uma série de
movimentos pequenos e rápidos que pouco
fazem para expandir o osso. O movimento é
calculado e lento, e aumenta, gradualmente,
em força.
O dente é, então, movimentado mais
uma vez na direção oposta com uma pressão
forte, deliberada e lenta. Conforme o osso
alveolar começa a se expandir, o fórceps é
reposicionado apicalmente com um
movimento deliberado e firme, que causa
expansão adicional do osso alveolar e desloca,
ainda mais, para apical o centro de rotação. As
pressões vestibular e lingual continuam a
expandir o alvéolo. Para alguns dentes, os movimentos rotacionais são, então, usados para
auxiliar na expansão do alvéolo dentário e na ruptura das inserções do ligamento periodontal.
Etapa 5: Remoção do dente do alvéolo. Uma vez que o osso alveolar tenha expandido o
suficiente e o dente tenha sido luxado, uma força de tração leve, em geral direcionada
vestibularmente, pode ser utilizada. A força de tração deve ser minimizada, pois é o último
movimento que é usado, uma vez que o processo alveolar esteja expandido o suficiente e o
ligamento periodontal, completamente rompido.
Dentes Maxilares
A, Os incisivos maxilares são extraídos com o fórceps no 150. A mão esquerda apreende o
processo alveolar.
D, A pressão palatina é
aplicada com menos
vigor que a pressão vestibular.
A, A extração dos molares maxilares. O tecido mole dos lábios e da bochecha é afastado e o
processo alveolar é apreendido com a mão oposta.
Dentes Mandibulares
A, Quando extraímos os dentes anteriores da
mandíbula, o fórceps no 151 é usado. O
assistente afasta a bochecha e fornece aspiração.
A, O fórceps no 23 é, cuidadosamente,
posicionado para se encaixar na área da
bifurcação do molar inferior.
D, Forças linguais fortes são usadas para luxar ainda mais o dente.
Diérese
É o conjunto de manobras realizadas para a abordagem do objetivo cirúrgico. Dividida em
Incisão e Divulsão.
Tipos de incisões
Envelope / linear
– Indicações:
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Semilunar / Partsch
Triangular
– Indicação:
Todos os dentes inclusos de uma forma geral.
– Contraindicação:
Incisão horizontal não deve ser realizada em região de ostectomia (deve ser realizada ao
nível das papilas).
– Vantagens:
Bom acesso e visualização;
Possibilidade de ampliação;
Facilidade de reposicionamento (início da sutura no ângulo entre as incisões horizontal
e relaxante).
– Desvantagens:
Pacientes com prótese fixa;
Trapezoidal / Neumann
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Incisão em Y ou duplo Y
Palato sulcular
DIVULSÃO
É a cuidadosa separação dos tecidos. Deve ser feita com instrumento rombo.
Tipos:
Destaca periósteo
Tesouras
P á g i n a | 105
Exérese
Tipos
✓ Ostectomia: remoção de fragmento ósseo.
-Brocas, serras, cinzéis, limas;
-Rotatórios: refrigeração: torque elevado
Não introduzir ar no campo cirúrgico.
-Pinça goiva, alveolótomo.
✓ Curetagem
Manobra pela qual se movem do campo operatório formações estranhas, patológicas ou não ou
ainda aquelas decorrentes do ato cirúrgico.
-Curetas
✓ Avulsão
É a retirada total ou parcial de um órgão com o uso de força mecânica.
-Fórceps
-Extratores
-Pinça mosquito
Hemostasia
A prevenção da perda excessiva de sangue durante a cirurgia é importante para preservar a
capacidade do paciente de carrear oxigênio. Hematomas aplicam pressão sobre as feridas,
diminuindo a vascularidade; aumentam a tensão sobre as bordas da ferida e atuam como meio
de cultura, potencializando o desenvolvimento de uma infecção na ferida.
Uma segunda maneira de se obter hemostasia é através do uso de calor, com o objetivo de
fundir as porções terminais dos vasos seccionados (coagulação térmica). O calor é geralmente
aplicado por meio de uma corrente elétrica que o cirurgião concentra sobre o vaso em
sangramento ao segurá-lo com um instrumento de metal, tal como uma pinça hemostática, ou
tocando diretamente o vaso com a ponta do eletrocautério.
A primeira é unindo os planos teciduais por suturas para minimizar vazios pós-operatórios.
A terceira maneira de eliminar o espaço morto é inserir um tampão no interior do vão até que o
sangramento tenha parado e então remover o tamponamento. Essa técnica é geralmente utilizada
quando o cirurgião não é capaz de unir os tecidos entre si ou posicionar curativos compressivos
(p. ex., quando cavidades ósseas estão presentes). O material do tampão é geralmente
impregnado com substâncias antibacterianas para diminuir a chance de infecção.
Descontaminação e desbridamento
Invariavelmente, bactérias contaminam todas as feridas que são abertas para o ambiente externo
ou oral. Pelo fato de o risco de infecção aumentar com o aumento de tamanho de uma
inoculação, um meio de diminuir a chance de infecção da ferida é diminuir a contagem
bacteriana. Isso é facilmente obtido por irrigação repetida da ferida durante a cirurgia e pelo
fechamento. A irrigação desloca bactérias e outros materiais exógenos e os remove da ferida. A
irrigação pode ser obtida aplicando-se grandes volumes de fluido sob pressão sobre a ferida.
Embora soluções contendo antibióticos possam ser utilizadas, a maioria dos cirurgiões utiliza
simplesmente solução salina estéril ou água esterilizada. Desbridamento da ferida é a remoção
cuidadosa de tecido necrótico e severamente isquêmico e de materiais exógenos do tecido
lesionado que poderiam impedir a cicatrização da ferida. Em geral, o desbridamento é utilizado
somente durante o tratamento de feridas traumaticamente induzidas ou para danos teciduais
severos causados por uma condição patológica.
Controle do edema
O edema ocorre após uma cirurgia como resultado de uma injúria ao tecido. Edema é
um acúmulo de fluido no espaço intersticial causado pela transudação a partir de vasos
danificados e obstrução linfática por fibrina. Duas variáveis ajudam a determinar o grau de
edema pós-cirúrgico. Primeiramente, quanto maior for a quantidade de dano tecidual, maior será
a quantidade de edema. Em segundo lugar, quanto mais tecido conjuntivo frouxo estiver contido
na região da injúria, maior será o edema presente.
O dentista pode controlar a quantidade de edema pós-cirúrgico realizando a cirurgia de
uma maneira que minimize o dano tecidual. Alguns acreditam que gelo aplicado a uma área
recém-ferida diminui a vascularidade e, dessa forma, a transudação. Contudo, nenhum estudo
controlado tem verificado a efetividade dessa prática. O posicionamento do paciente durante os
períodos iniciais do pós-operatório é também utilizado para
diminuir o edema, mantendo o paciente orientado a conservar sua cabeça elevada acima do resto
de seu corpo o máximo possível durante uns poucos dias do início do período pós-operatório.
Corticosteroides sistêmicos em altas doses e curta duração podem ser administrados ao paciente
e possuem uma habilidade impressionante para diminuir a inflamação e a transudação (e, desse
modo, o edema). Contudo, corticosteroides são úteis para o controle do edema somente se a
administração é iniciada antes que o tecido seja danificado.
Síntese
Manobra que visa manter reposicionadas as estruturas anatômicas
que foram rompidas ou interrompidas durante o ato cirúrgico.
Funções
✓ Imobilização da ferida
✓ Redução dos espaços anatômicos
✓ Estabilização do coágulo
Propriedades
✓ Sutura asséptica: evita-se a contaminação dos tecidos não
transportando germes ambientais.
✓ Sutura atraumática: evita-se aumentar o trauma cirúrgico
decorrente do ato operatório.
P á g i n a | 108
Tipos de sutura
1 2
3 4
5 6
P á g i n a | 109
7 8
Sutura Interrompida
Odontossecção
Manobra que promove a separação do dente em partes facilitando a exodontia.
Indicação
Vantagens
Instrumentos
rotatórios
broxas troncocônicas (multilaminadas 702 cirúrgica ou diamantada)
irrigação abundante.
A, Quando a coroa do molar inferior não está presente devido à fratura ou à cárie, afasta-se
pequeno retalho em envelope e
remove-se pequena quantidade de osso da crista alveolar. Utiliza-se, então, a broca para
seccionar o dente em duas raízes individuais. B, Após ter usado uma alavanca reta pequena para
mobilizar as raízes, utiliza-se a alavanca de Cryer a fim de elevar a raiz distal. A ponta da
alavanca é colocada dentro de uma ranhura preparada pela broca, e a alavanca é girada para
liberar a raiz. C, A outra alavanca do par de alavancas de Cryer é, então, usada para liberar a
raiz remanescente, usando o mesmo tipo de movimento de rotação.
A, Quando um molar maxilar precisa ser dividido para a realização de uma remoção criteriosa
(p. ex., nos casos de grande divergência das raízes), realiza-se pequena incisão em envelope e
remove-se pequena quantidade de osso. Isso permite que a broca seja usada para separar as
raízes vestibulares da coroa e do dente. B, Depois, um fórceps para molares superiores é usado a
fim de remover a coroa do dente junto com a raiz palatina. O dente é liberado no sentido buco-
oclusal, e não se faz pressão palatina, já que isso, provavelmente, causaria fratura da raiz
palatina da porção da coroa. C, Uma alavanca reta é depois usada para mobilizar as raízes
vestibulares e pode, ocasionalmente, ser utilizada para a extração dessas raízes. D, A alavanca
de Cryer pode ser empregada da maneira usual, colocando-se a sua ponta dentro do alvéolo
vazio e girando-a para liberar a raiz remanescente.
P á g i n a | 115
P á g i n a | 116
Introdução à CBMF
P á g i n a | 120
Prevenção e tratamento de
complicações
P á g i n a | 122