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Gestão de Estoque
Gestão de Estoque
PROPÓSITO
Compreender os fundamentos da gestão de estoques, bem como a aplicação do seu conjunto
de técnicas junto aos sistemas de informações utilizados para o desenvolvimento de sua
prática.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
As organizações, em geral, possuem estoques.
Uma loja, por exemplo, compra mercadorias de um atacadista e as mantém em estoque até
vendê-las aos clientes.
Uma fábrica mantém estoque de matérias-primas, componentes e produtos acabados.
O crescimento de outras organizações pode ser incentivado pelos estoques, seria o caso de
fornecedores e intermediários, oferecendo serviços especializados.
MÓDULO 1
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Evitar atrasos na entrega de produtos e garantir um bom nível de serviço para os clientes.
MATÉRIA-PRIMA
PRODUTOS ACABADOS
É um produto que pode ser vendido como um item completo ou peça de reparo, ou seja,
qualquer item sujeito a um pedido de compra do cliente ou produzido a partir da previsão de
vendas. Os produtos acabados são armazenados antes de serem enviados aos clientes finais.
Itens utilizados no suporte das operações e nas manutenções, como suprimentos, peças de
reposição e consumíveis usados no processo de fabricação e processos de apoio. Dão suporte
à produção, mas não se tornam parte do inventário.
TIPOS DE ESTOQUE
As organizações precisam administrar vários tipos de estoques necessários para a realização
das suas atividades.
Fonte: Freepik.
1. DE SEGURANÇA (ISOLADORES)
Este tipo busca garantir o nível de serviço prestado aos clientes, reduzindo os riscos do
desequilíbrio entre a oferta de produtos e do nível da demanda devido a possíveis flutuações.
Seus níveis são determinados pelo grau de incerteza dos fornecedores e pela a variabilidade
da demanda.
2. SAZONAIS
São necessários para atender a períodos de sazonalidade, tanto da demanda de produtos
acabados quanto da matéria-prima. Geralmente, a procura não ocorre de forma constante ao
longo do ano. Apesar disso, a capacidade de produção de determinados produtos é constante.
Para minimizar a falta de sintonia entre produção e consumo, estoques de produtos acabados
podem ser formados nos meses de baixa demanda para atender aos períodos em que a
demanda for alta.
3. DE ANTECIPAÇÃO
Usados, geralmente, quando as flutuações de demanda são significativas, mas relativamente
previsíveis — como, por exemplo, chocolate na Páscoa e cerveja no Carnaval. Também podem
ser usados quando as variações de fornecimento são significativas.
4. CÍCLICOS
Existem quando a produção é feita em lotes, para se obter algum tipo de economia.
Atualmente, nos sistemas de produção, está se reduzindo o tamanho dos estoques cíclicos e
aumentando a frequência dos pedidos, como no modelo just in time.
1. Custo do pedido
2. Custos de armazenagem
ETAPA 01
DE ARMAZENAGEM
ETAPA 02
DE OPORTUNIDADE
Ausência de remuneração financeira do capital, que fica aplicado em estoques. Os juros pagos
em empréstimos para financiar a operação também devem ser considerados.
ETAPA 03
DE OBSOLESCÊNCIA
Risco de perda de materiais por deterioração ou por se tornarem obsoletos rapidamente devido
a inovações em produtos e processos.
Ocorre quando existe demanda por itens de estoques em falta, sendo classificados em dois
tipos: custos de vendas perdidas e custos de atrasos.
Ele auxilia na determinação do tamanho do lote que minimiza o custo total de estoques a ser
encomendado. Cada vez que é necessária uma nova encomenda, deve-se calcular a
quantidade exata de um determinado insumo ou componente que minimiza estes custos.
Quanto maior for o tamanho do lote de reposição do estoque (Quantidade), maior será o seu
custo de armazenagem. Entretanto, lotes maiores reduzem o número de entregas e o custo
com pedidos.
Por outro lado, lotes menores reduzem o custo de armazenagem, mas aumentam o número de
entregas, elevando o custo com pedidos, como podemos ver no Gráfico 2 a seguir.
Custo de armazenagem
CA
onde:
CA = custo de armazenagem;
Ca = custo unitário de armazenagem do material;
L/2 = estoque médio de material no período.
Custo do pedido
onde:
CP = custo total com pedidos;
Cp = custo unitário do pedido;
D = demanda no período;
L = lote de compra;
D/L = número de pedidos no período.
O LEC pode ser calculado matematicamente e corresponde ao tamanho do lote para o qual o
custo de estoques é mínimo.
LEC=2×D×CPCA
onde:
Cp = custo unitário de um pedido;
Ca = custo unitário de armazenagem;
D = demanda no período.
A empresa IT Hardware produz laptops e consome 12.800 chips por ano. Supondo que a
empresa armazene seus chips a um custo de U$ 2,00 cada um e que o frete praticado é de
US$ 50,00 por viagem:
D = 12.800
Cp = 50
Ca = 2
L E C = 2 × D × C p C a = 2 × 12800 × 50 2
CT = CA + CP
CT = Ca x (L/2) + Cp x (D/L) = 2 x (800/2) + 50 x (12800/800)
CT = 800 + 800 = US$ 1.600
Ponto de ressuprimento
Define quando os estoques serão reabastecidos à medida que o tempo passa e o material é
consumido.
Lead time (LT): tempo decorrido desde a colocação de um pedido de ressuprimento até que o
material esteja disponível para utilização, como mostra, a seguir, o Gráfico 3.
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É o responsável por indicar a quantidade de itens que devem estar em estoque para que as
operações do negócio não sejam interrompidas por stock out, pois seus custos são impossíveis
de calcular.
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Eles afetam a venda, geram impactos sobre a marca e podem causar perda de clientes, além
de trazer uma indesejável vulnerabilidade aos controles físicos e sistemas de informações.
O ES evita que a falta de itens ocorra caso aconteça algum problema com os fornecedores ou
atrasos nas entregas.
COMENTÁRIO
Definimos como ponto de ressuprimento o ponto quando o nível de estoque chega a uma
quantidade limite (nível mínimo de um estoque sem prejudicar o negócio), sendo necessária a
sua reposição.
O ressuprimento de estoque pode ocorrer de forma diferente para cada item de estoque. Por
esse motivo, é essencial descobrir o nível de cada item, a fim de equilibrar a quantidade
sobrando ou faltando, o que também harmoniza as contas.
Outro fator a ser levado em conta é o estoque de segurança, que varia de acordo com nível de
confiança dos fornecedores.
Sendo que:
PR = ponto de ressuprimento (em quantidade de produtos);
Dm = custo unitário do pedido;
LT = lead time (tempo de ressuprimento);
Es = estoque de segurança.
Fonte: Freepik.
A empresa IT Hardware produz laptops e utiliza chips de um fornecedor cujo lead time é de 10
dias úteis. Cada laptop necessita de 2 chips para ser produzido.A produção diária deste item é
feita em 3 turnos de 8 horas cada um. A fabricação da IT Hardware é de 20 computadores por
hora.
PR = Dm x LT + ES
PR = Dm x LT + ES
ANÁLISE ABC
Trata-se de um sistema de controle de estoques utilizado para uma gama de itens de estoque,
como matéria-prima, componentes, produtos semiacabados e produtos acabados.
CATEGORIA A
CATEGORIA B
CATEGORIA C
A categoria “C” é a designação para itens relativamente sem importância.
Como base para um esquema de controle, cada classe deve ser tratada de maneira diferente.
A atenção será dedicada aos itens da categoria A, seguidos de B e menos dispensada para C,
como mostra a Figura 1:
A) Classe A: grupo de itens que requerem menor atenção dos gestores; Classe B: grupo de
itens em situação intermediaria; Classe C: grupo de itens mais importantes que devem ter
grande foco dos gestores.
B) Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ter grande foco dos gestores; Classe
B: grupo de itens em situação intermediaria; Classe C: grupo de itens que requerem menor
atenção dos gestores.
GABARITO
A classificação de itens de estoque ABC apresenta, em geral, uma distribuição na qual 20%
dos itens são considerados A e correspondem a 80% do valor de utilização anual.
Os 50% dos itens restantes que correspondem a 5% valor de utilização anual serão
considerados de classe C.
Muitos gestores estão familiarizados com a chamada regra 80/20, também conhecida como
análise de Pareto, que pode ser usada com a análise ABC para gerenciamento de inventário.
Isso significa que a análise ABC está em conformidade com o princípio de Pareto, que afirma
que a quantidade de itens que representam uma grande parte do valor total do estoque é
pequena e a quantidade de itens com valor baixo do estoque é grande.
Fonte: Shutterstock
Fonte: Freepik.
Também vale lembrar que as proporções dos valores ABC — tanto em termos de valor de
consumo quanto de número de itens — podem variar um pouco, desde que atinjam 100%.
Amplamente utilizada para gerenciamento da cadeia de suprimentos, sistemas de inventário e
métodos de verificação de estoque, a análise ABC pode ser aplicada ao projeto de sistemas de
contagem de ciclo.
EXEMPLO
Um armazém pode optar por contar itens A, de valor alto uma vez por trimestre; itens B duas
vezes por ano; e itens C apenas uma vez.
A verificação de inventário e o controle mais rígido de itens de maior valor não apenas ajudam
a manter uma melhor gestão dos ativos em estoque, como também auxiliam na reordenação
das diferentes classes, com menos itens de alto valor mantidos em estoque por longos
períodos.
Um dos principais desafios do setor para os gestores de armazéns que utilizam a análise ABC
é identificar quando os itens podem se enquadrar em uma das duas categorias A ou B.
CLASSIFICAÇÃO XYZ
Esta analisa o grau de criticidade dos itens e define quão imprescindível eles são para as
operações de uma empresa.
EXEMPLO
Em uma fábrica alimentícia, a falta de determinados itens pode parar a produção. Por outro
lado, a falta de outros insumos pode prejudicar as operações, nem necessidade de
paralisação. Além disso, é possível que esse item possa ser substituído por outros itens já em
estoque, reduzindo sua criticidade.
Freepik
CLASSE X
Itens de baixa criticidade. A falta desses não acarreta paralisações, riscos na segurança ou
prejuízos ao patrimônio; há várias alternativas de materiais substitutos; o fornecimento dos
itens é simples e rápido.
Freepik
CLASSE Y
Itens de criticidade média. A falta desses pode causar paradas na produção, riscos na
segurança ou prejuízos ao patrimônio; são itens relativamente fáceis de serem substituídos ou
adquiridos em caso de falta.
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CLASSE Z
EXEMPLO
A falta de um item de criticidade Z causa prejuízos sérios ao negócio. Em outros casos, sua
falta resulta em perdas de segurança ou operacionalidade.
ESPECIALISTAS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Estoques cíclicos.
B) Estoques de antecipação.
C) Estoques de segurança.
D) Estoques sazonais.
B) A classificação ABC analisa o grau de criticidade dos itens e define quão imprescindível eles
são para as operações de uma empresa.
C) A classe A é composta de itens de baixa criticidade. A falta desses itens não acarreta
paralisações, riscos na segurança ou prejuízos ao patrimônio.
D) A classe A é composta do grupo de itens mais importantes que devem ser ter grande foco
dos gestores.
GABARITO
2. A análise ABC é uma das técnicas de se controlar itens de estoques. Sobre esta
análise é correto afirmar:
MÓDULO 2
ESTOQUES DE SERVIÇOS
Serviços são perecíveis e não podem ser armazenados, revendidos ou devolvidos. Sua
produção e seu consumo devem ocorrer simultaneamente, portanto, tendem a perecer na
ausência de consumo. Produtos podem ser armazenados e vendidos em data posterior.
Entretanto, os serviços serão perdidos para sempre, caso não forem consumidos. Sendo
assim, o grande desafio está em conciliar a capacidade de serviços com o atendimento da
demanda.
O grande desafio que o gestor enfrenta em relação à perecibilidade dos serviços é a
incapacidade de manter estoques. A previsão de demanda para a utilização da capacidade dos
serviços é fundamental.
autor/shutterstock
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Fonte: Shutterstock
Fonte: Freepik.
E O SISTEMA DE RESERVAS?
O sistema de reservas permite que um serviço seja vendido de forma antecipada e faz com
que a demanda adicional seja desviada para outros horários.
Fonte: Freepik.
Nos horários de baixa demanda, os funcionários podem ser alocados em atividades de suporte
do back office. Esta flexibilidade evita a ociosidade dos serviços que são intensivos na
utilização de mão de obra.
GESTÃO DE FILA
Fonte: Shutterstock
Fonte: Freepik.
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO (TIC) APLICADAS A
ESTOQUES
As TICs estão revolucionando a gestão de estoques, já que estas variam de sistemas
integrados (ERP), gestão de armazéns (WMS) a scanners e chips de identificação por
radiofrequência (RFID), que agora permitem que as empresas gerenciem e rastreiem seus
itens de estoque desde o momento em que ocorre a compra de insumos nos fornecedores até
o momento em que os produtos finais chegam nas mãos dos clientes.
Fonte: Freepik.
Este sistema permite planejar e gerenciar custos, otimizar rotinas de gestão de estoques,
padronizar os principais processos de negócios, além de dar suporte a tomada de decisões.
A implantação do sistema ERP é uma decisão muito importante para o sucesso do negócio,
sendo fundamental identificar se a solução se encaixa nas demandas da organização e se a
maioria das expectativas dos gestores serão atendidas pela ferramenta.
MAIOR EFICIÊNCIA
A gestão de estoques por meio de um sistema integrado e centralizado — como o ERP — além
de diminuir o retrabalho de atualizar bases de dados redundantes, também reduz a
inconsistência devido a sistemas de informações fragmentados.
A utilização do ERP como sistema corporativo permite a automação de tarefas diárias elevando
a produtividade com resultados mais precisos em menos tempo.
REDUÇÃO DE CUSTOS
O sistema de gestão ERP automatiza e integra vários processos de negócios reduzindo e
padronizando o trabalho através de uma plataforma única. Sendo assim, os custos de
manutenção e desenvolvimento de sistemas são reduzidos e a operação do sistema é
facilitada.
O que é WMS?
Este sistema pode ser comercializados de forma independente ou por módulos de um sistema
integrado de gestão (ERP).
A implementação de um WMS pode ajudar uma empresa a reduzir os custos de mão de obra,
melhorar a precisão do inventário, flexibilidade e a capacidade de resposta, diminuir os erros
na coleta e envio de mercadorias e melhorar o atendimento ao cliente.
O uso do RFID para gestão de estoques requer um scanner que use ondas de rádio para se
comunicar com uma etiqueta RFID, que contém um microchip, permitindo ao leitor verificar
dados e também gravá-los na tag para atualização em tempo real.
Cada etiqueta é encapsulada em um material como plástico ou papel para proteção e pode ser
afixada em várias superfícies para rastreamento. A maioria das tags usadas para rastreamento
de inventário são etiquetas RFID passivas, o que significa que não contêm bateria e são
alimentadas pelas ondas dos leitores.
Fonte: Shutterstock
Fonte: Freepik.
O uso de etiquetas RFID para gerenciamento de inventário oferece vários benefícios, como
custos reduzidos de mão de obra e digitalização mais rápida. Por não exigirem uma
digitalização de “linha de visão”, como códigos de barras, é possível lê-las à distância para um
rápido processamento de inventário.
Elas também podem ser lidas em qualquer orientação e oferecem melhor visibilidade do seu
inventário, com o potencial de atualizações e locais de verificação mais frequentes.
COMENTÁRIO
Para as empresas que utilizam uma frota retornável de ativos, como contêineres e paletes,
geralmente, há um investimento de capital significativo para proteger. A utilização do RFID
permite rastrear esses ativos por todo o ciclo da cadeia de suprimentos e fornecer maior
visibilidade nos locais de inventário.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) De gestão de projetos.
D) De gestão de processos.
GABARITO
O uso de etiquetas RFID oferece vários benefícios, como custos reduzidos de mão de obra,
digitalização mais rápida e maior rastreabilidade dos itens de estoque entre fornecedores,
linhas de produção e clientes finais.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, aprendemos que, com o crescimento das vendas de comércio eletrônico e da
variedade de itens de estoque, os gestores precisam conhecer as técnicas e ferramentas de
gestão de estoques. Estas atividades desempenham um papel crítico nos processos de
compra, venda e na saúde financeira das empresas.
Se o seu objetivo é melhorar sua performance nos estudos e na sua área de atuação
profissional, os conhecimentos teóricos e práticos que foram abordados nestes módulos
poderão agregar muito valor.
REFERÊNCIAS
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: criando redes
que agregam valor. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
EXPLORE+
Procure vídeos sobre gestão de estoques em seu site de busca. Assistir a várias
explicações e casos práticos pode ajudar a compreender e aplicar essas valiosas
técnicas.
ERP SAP;
ERP TOTV.
CONTEUDISTA
Antônio Augusto Gonçaves
CURRÍCULO LATTES