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CAPA:

Olá, boa tarde! O tema do nosso trabalho é “Mulheres na China, política e


sociedade”. Eu sou Luiza Mandarino, ela é a Iris Ferraz e ela é a Carolina do Carmo.

INTRODUÇÃO:
Muitos acreditam que houve um retrocesso na posição social das mulheres nas
últimas duas décadas, especialmente em comparação com os anos após Mao Tsé-Tung
chegar ao poder. Até hoje em dia há muitas impedições no estilo de vida da mulher
chinesa, que ainda é relacionado com a cultura ancestral do país.
O objetivo do nosso trabalho é conscientizar as pessoas sobre como essas
mulheres são tratadas pelo seu próprio povo, e por ser um tema atual, é de extrema
relevância. Sendo assim, a monografia esta dividida entre três capítulos, o primeiro
falando sobre história, o segundo sobre feminismo e o terceiro conta relatos de mulheres
chinesas.

SLIDE 1:
Para entendermos como as mulheres são tratadas atualmente na China, temos
que entender sobre a ideologia chinesa de sobrevalorização do masculino e
inferiorização da figura feminina. Essa ideologia foi criada a muito tempo,
principalmente, pelo pensador Confúcio e seus discípulos. Ele ajudou a criar uma
cultura patriarcal na China, encorajando a dependência da mulher em relação ao homem
e a visão da mulher como um gênero inferior. Alguns costumes da sociedade
começaram a simbolizar essa ideologia, como os pés de lotus, que ocorreu durante a
dinastia Qing como uma exigência masculina ao corpo das mulheres.
Muitas pessoas consideram que a situação das mulheres melhorou com a
Revolução Comunista Chinesa e a chegada de Mao Tsé-Tung ao poder, em 1949. Mao
acreditava que mulher tinha tanto valor quanto o homem, o que é visto em sua famosa
frase: “As mulheres seguram metade do céu”. Com isso, a igualdade podia ocorrer
quando as características femininas eram substituídas em prol das masculinas, o que é
visto na lenda de Hua Mulan, em que a protagonista se veste de homem para ir ao
exército, podendo significar uma “rendição de gênero”.
Com o problema populacional na China, em 1979, foi estabelecida a Política do
Filho Único, em que era permitido apenas um filho por casal. Uma consequência dessa
política e do pensamento chinês de preferência pelo filho homem, foi a diminuição do
número de meninas, por múltiplos abortos e muitos abandonos e infanticídios
femininos. Isso levou a uma imensa desigualdade de gênero na China, como visto no
gráfico, que apenas aumentou a discriminação sexual contra as meninas.
Atualmente, mesmo com as melhoras no tratamento das mulheres, elas ainda são
tratadas de maneira retrógrada. A igualdade a educação das mulheres, só ocorreu em
1907, na dinastia Qing. Antes, elas eram apenas educadas em virtudes consideradas
úteis na vida da menina, como o jeito de agradar seu marido. Os casamentos arranjados
ainda ocorrem, muito pela pressão da família e da sociedade. Essas pressões também
influenciam os casamentos cedo, pois as mulheres solteiras após os 27 anos são
apelidadas ofensivamente de as “mulheres que sobraram”. Além disso, mães solteiras
recebem quase nenhum apoio do governo. Pelos julgamentos que sofrem, muitas
mulheres não têm coragem de enfrentar sua família e fazer o que querem da vida.

SLIDE 2:
“Casamentos infelizes e violência doméstica são os dois mais prevalentes
problemas que afligem as mulheres chinesas”.
A violência doméstica na China tem aumentado muito, principalmente durante a
pandemia. Em um levantamento de 2003, na época, 16% das mulheres chinesas
sofreram violência de seus maridos e 14,4% deles admitiram o ato. Especialistas dizem
que, na China, as autoridades judiciais não realizam medidas eficazes o bastante para
ajudar completamente as vítimas e separá-las dos abusadores. Em uma pesquisa, foi
visto que 50% das vítimas queriam o divórcio, mas não conseguiram porque não
tiveram o devido apoio legal, moral e administrativo. O aumento do feminicídio e
violência doméstica, começou a provocar revoltas contra o casamento.
Muitos relatos de mulheres chinesas são mostrados no livro “As boas mulheres
da China”, de Xinran, que contém muitas histórias reais de violência.
Foi apenas em 2016 que foi criada a Lei de Antiviolência doméstica, que define
o que é violência doméstica, autoriza os tribunais a emitirem ordens de restrição para as
vítimas e a polícia a emitir advertências contra os agressores.
Essa, muitas outras leis chinesas, como a lei do casamento, direito a propriedade,
Lei Civil (1930) e Lei de Trabalho (1994), e artigos da Constituição de 1982 da
República Popular da China, que, em teoria, promulgam a igualdade entre homens e
mulheres, ajudam a aumentar a credibilidade da mulher. Porém, infelizmente, os
direitos das mulheres ainda são muito desrespeitados. Com isso, é necessário esforços
para que as leis e regulamentos sejam cumpridas e não haja mais violação de direitos e
discriminação contra as mulheres.

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