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Livro A Ciencia Do Brincar
Livro A Ciencia Do Brincar
O FENÔMENO DO
BRINCAR: CIÊNCIA E
IMAGINAÇÃO
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2019, Editora Supimpa
brincadeiraseducativas@gmail.com
Facebook e Instagram: Brincadeiras e Jogos
São Paulo – SP – Brasil
DIREÇÃO
Tiago Aquino da Costa e Silva (Paçoca) e Alipio Rodrigues Pines Junior
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COMISSÕES
DIREÇÃO
Prof. Me. Alipio Rodrigues Pines Junior (GIEL/USP/CNPq e LAB-
BRINCAR)
Prof. Ma. Liana Cristina Pinto Tubelo (LAB-BRINCAR)
Prof. Esp. Tiago Aquino da Costa e Silva (LEL/DEF/IB/UNESP Rio Claro
– SP).
Prof. Esp. Rayane Monique Faria (LAB-BRINCAR)
Prof. Esp. Mário Luis Biffi Pozzi (LAB-BRINCAR)
Prof. Esp. Cristiano dos Santos Araujo (LAB-BRINCAR)
COMISSÃO CIENTÍFICA
Prof. Me. Alipio Rodrigues Pines Junior (GIEL/USP/CNPq e LAB-
BRINCAR)
Prof. Me. Cleber Mena Leão Junior (UNESPAR)
Profa. Dra. Giselle Helena Tavares (FAEFI-UFU e LEL/UNESP Rio
Claro)
Profa. Ma. Liana Cristina Pinto Tubelo (LAB-BRINCAR)
Profa. Dra. Roselene Crepaldi (GIEL/USP/CNPq)
COMISSÃO AVALIADORA
Prof. Me. Alipio Rodrigues Pines Junior (GIEL/USP/CNPq e LAB-
BRINCAR)
Profa. Barbara Celestino Barbosa Schwartz (UNIFESP)
Prof. Bruno Barbosa Schwartz (UNIFESP)
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Prof. Esp. Bruno Rossetto de Góis (LAB-BRINCAR)
Profa. Ma. Livia Cristina Toneto (Centro Universitário SENAC)
Prof. Esp. Marcos Antonio Neves da Silva (UNINOVE)
Profa. Esp. Marilia Camargo da Silva Araujo (LAB-BRINCAR)
Profa. Esp. Michela das Graças Resende Ribeiro (UEMG e LAB-
BRINCAR)
Prof. Esp. Paulo Sergio Armelin (Unifamma)
Profa. Dra. Roselene Crepaldi (GIEL/USP/CNPq)
Prof. Esp. Victor Cesar Shing (LAB-BRINCAR)
Prof. Esp. Virgilio Abrahão Junior (UNIAN ABC e GRU)
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 24
PROGRAMAÇÃO DO EVENTO 26
PALESTRAS E OFICINAS 28
BRINCADEIRAS E NATUREZA
Giselle Frufrek 52
BRINCADEIRAS GERACIONAIS
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BRINCADEIRAS, RITMO E MOVIMENTO
RESUMOS 77
ÁREA TEMÁTICA
ÁREA TEMÁTICA
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OFICINA DE JOGOS DE TABULEIRO NA EDUCAÇÃO:
POSSÍVEL RELEVÂNCIA AOS GRADUANDOS DE
PEDAGOGIA
Arnaldo V. Carvalho 84
LÚDICO/LUDICIDADE E O ENSINO DE
HISTÓRIA/GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS: ENCONTRO
FORMATIVO NO PNAIC – ALGUMAS REFLEXÕES
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FESTIVAL COMUNIDADE LÚDICA: LAZER NA FORMAÇÃO
INICIAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA
ÁREA TEMÁTICA
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O BRINQUEDO COMO OBJETO HISTÓRICO DA SOCIEDADE
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ÁREA TEMÁTICA
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EXERGAMES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
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Carla Virginia Paulino da Silva, Kadydja Karla Nascimento
Chagas
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AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA MEDIADA PELA TEORIA DAS
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: JOGOS E BRINCADEIRAS
COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
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Cristiano dos Santos Araújo, Roselene Crepaldi, Liana Cristina
Pinto Tubelo, Giselle Frufrek, Tiago Aquino da Costa e Silva
ÁREA TEMÁTICA
QUEIMADA-VÔLEI
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A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS EM
CONTEXTOS INCLUSIVOS
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JOGOS E BRINCADEIRAS COMO FACILITADORES DO
VÍNCULO E DO APRENDIZADO: OBSERVAÇÕES CLÍNICAS
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JOGOS TRADICIONAIS E A CULTURA LÚDICA DA CRIANÇA:
ELES NÃO VÃO DESAPARECER
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APRESENTAÇÃO
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Move Consultoria, Associação Brasileira de Recreadores (ABRE) e
Guia Escolas.
Neste documento reunimos textos bases das palestras e
oficinas, assim como os resumos dos trabalhos que foram aprovados
pela Comissão Científica do congresso.
Assim, convidamos a todos a refletir conosco e vislumbrar as
mais distintas possibilidades que o brincar nos propicia!
Os organizadores
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PROGRAMAÇÃO DO EVENTO
HORÁRIO ATIVIDADE
08:00 Credenciamento
Palestra
09:00
O cérebro gosta de brincar – Liana Tubelo
Palestra
10:20 O enigma psicomotor do jogo: o seu papel no
neurodesenvolvimento da criança – Vitor da Fonseca
Oficinas da Manhã
Brincadeiras e Natureza – Giselle Frufrek
Brincadeiras e Jogos Cooperativos – Cristiano dos
12:00 Santos Araujo
Brincadeiras, Dança e Folclore – Allan Kardec Sousa
Torres
Brincadeiras Cantadas – Rodrigo Lucas
Palestra
15:30
Aprender em Comunidade – José Pacheco
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Oficinas da Tarde
Brincadeiras Geracionais – Volney Paulo Guaranha
Brincadeiras e Jogos do Mundo Todo – Alipio Pines
16:50 Junior e Mérie Hellen G. de Araujo da Costa e Silva
Jogos e RPG – Victor Cesar Shing
Brincadeiras, Movimento e Ritmo – Marilia Costa e
Marília Camargo da S. Araujo
Painel Temático
Brincadeiras e Jogos no Século XXI – Tiago Aquino
18:10 (Paçoca)
Biologia da Infância – Mário Pozzi
Espaços do Brincar nas Cidades – Roselene Crepaldi
Palestra de Encerramento
19:10 Futuro, Jogos e Brincadeiras: Tecnologia Humana –
Wellington Nogueira
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28
O CÉREBRO GOSTA DE BRINCAR
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visceral que Edward Hall, antropólogo americano chamou de proxemia
primeira, o útero se configura o primeiro espaço íntimo de relação do
bebê. Nele a mãe oferece já a sensação do êxtase presente na
brincadeira, a diversão na entonação da voz que canta para o bebê,
que lhe apresenta o pai e demais familiares através do toque e da fala
divertida. Sim, ninguém fala com o bebê no ventre materno de forma
séria e fechada, salvo estejam presentes a rejeição e o descaso com a
gravidez.
E nesse cirandar das relações do bebê, seu cérebro vai se
moldando, redes neurais vão se construindo (Fig.1), dois anos iniciais
de muita exuberância sináptica (comunicação entre neurônios), com
grande conexão dendrítica (via de comunicação neuronal) e elaboração
de uma rede de atividade reserva que é chamada atualmente pelos
neurocientistas de default mode network (DMN), responsável por
atividades mentais, executivas e cognitivas durante o período de
descanso humano (BUCKNER. et al, 2008). Estudar como funciona a
DMN é o grande “boom” neurocientífico atual, no intuito de entender os
processos que acontecem em dependência de estímulos externos,
como a evocação de memórias antigas, planejamento futuro, imaginar
e “sonhar acordado”, a introspecção e os insights etc. O bebê ainda no
útero materno sonha, então que imagens ele recebe? É possível ver o
bebê sorrindo nos exames ecográficos, sentindo prazer ou alegria, estar
em “estado de felicidade” o que denota atividade dopaminérgica.
Os centros dopaminérgicos são encarregados da produção,
armazenamento e liberação da dopamina, um neurotransmissor
essencial para a constituição dos processos funcionais da atenção, do
aprendizado e das praxias, da cognição e comportamentos motivados,
dos estados de humor, da regulação do sono e recompensa emocional,
entre outros. É o sistema do prazer e recompensa do cérebro humano,
por isso está intimamente relacionado ao fenômeno do brincar infantil.
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O brincar causa prazer, estado atencional elevado e mecanismos de
memória e aprendizagens relacionados a aquisições de informações
por vias motoras e sensitivas da criança.
Anatomicamente falando, o desenvolvimento maturacional dos
órgãos cerebrais infantis acontecem do occipital (nuca) em direção ao
frontal (testa), ou seja, de trás pra frente (Fig.2) e transversalmente do
hemisfério direito para o hemisfério esquerdo (SIEGEL; TYSON, 2015),
tendo um cerebelo fisiologicamente bem pequeno, o que justifica a falta
de tônus e equilíbrio dos primeiros 24 meses de vida extrauterina do
bebê.
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Fig. 2 Desenvolvimento neurofisiológico do cérebro infantil. Imagem:
https://www.picruby.com/media/Bqa_v ZBAL4I (adaptado por Tubelo, 2018)
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da normalidade, vem ocorrendo um número crescente de crianças
sinestésicas, Ramachandran (2014) neurocientista indiano, refere que
sinestesia é a capacidade de sentir o gosto do som, ou ver cores ao
ouvir música, ou enxergar cores para cada número indo-arábico, ou
seja, um distúrbio de comunicação acentuada entre dois ou mais
sentidos. Por isso, um ambiente muito colorido atrapalha, confunde a
criança, sendo que ela percebe as cores como um código de
comunicação ou linguagem.
Assim, a percepção da criança, que parte do sensorial para o
motor, que compreende primeiramente os objetos por sua tridimensão,
peso, cor, comprimento, textura; que elabora simbolicamente a partir do
movimento exploratório dos objetos, do ambiente e da relação com seus
iguais e adultos, necessita de um diálogo ou apresentação do universo
adulto mediante a forma de sentir/aprender da própria criança. O
movimento de aprendizagem e percepção do adulto se constitui pela
via inversa a da criança, uma vez que as crianças são altamente
cinestésicas (movimento) e os adultos, em sua maioria, visuais.
Pelo ato de brincar a criança constrói vínculo, explora, elabora
hipóteses, testa e descobre as respostas aos desafios que lhe são
apresentados naturalmente ou em um ambiente planejado pelo adulto.
Quando está em meio à natureza, a criança já possui todos os recursos
que necessita ao seu alcance para brincar com galhos, terra, pedras,
folhas, água, seu próprio corpo e de outras crianças. Entretanto quando
ela se encontra em ambientes construídos pelo homem, este deve ser
pensado pela ótica da criança, entendendo que, através da brincadeira
a criança desenvolve suas funções motoras e psicológicas superiores
(atenção, percepções, memória, pensamento e linguagem) e que o
ambiente deve oferecer móveis e instrumentos adaptados para ela.
O cérebro humano adora uma novidade, por isso, para que
espinhas dendríticas se multipliquem nos terminais dos neurônios
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motores e sensitivos, são necessários novos caminhos de experiências,
então mesmo que a criança brinque com o mesmo objeto, ela vai
ressignificando o uso do mesmo toda vez que brinca, criando novas
possibilidades para este, descobrindo novos conceitos. A criança
constrói rotinas em tudo, com rituais próprios e isso não a impede de
elaborar novos começos para suas brincadeiras.
Desse modo, ela vai fixando memórias daquilo que já sabe e dialogando
com as novidades que cria, construindo novas aprendizagens. Cada
experiência vivida vai imprimindo marcas no nosso cérebro (na região
do hipocampo - centro da memória), que são chamadas de “engramas”
- os traços causados por mudanças bioquímicas e biofísicas no tecido
cerebral do diencéfalo, região límbica que armazena memória e
controla as emoções, entre outras funções ligadas ao comportamento
humano e à organização das funções orgânicas corporais.
Os mecanismos neuropsicológicos do brincar perpassam o
Sistema de Neurônios- espelho (MNS), pois que estão presentes no
comportamento lúdico da imitação, empatia e teoria da mente (colocar-
se no lugar do outro), características relacionais observadas em
pesquisas com crianças e adultos, realizadas pelo neurocientista
italiano Giácomo Rizzolatti e colegas. O MNS se encontra em inúmeras
áreas do córtex frontoparietal (giro frontal inferior e córtex pré-motor),
incluindo a área de Broca (área responsável pela fala e compreensão
simpráxica1), também a região anterior da ínsula (RIZZOLATTI;
CRAIGHERO, 2004).
O MNS contribui na constituição de um senso de self (noção
de si mesmo) para a criança, de ajuste cognitivo e de consciência de
suas próprias experiências, configurando um terço de todo o cérebro
1
Entonação de voz e gestos expressivos que comunicam algo (LURIA, 1973).
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infantil até os três anos de idade. Ao pinçar, por exemplo, a criança ativa
81% dos neurônios-espelho, quando a criança utiliza suas mãos e
dedos na manipulação ou em três dedos para pegar um objeto e
transportá-lo ou manuseá-lo de forma investigativa, também está
ativando (RIZZOLATTI; FOGASSI, 2014).
A criança demonstra, em seus primeiros anos de vida, uma
necessidade primaz em sentir o peso das coisas, inteligência intuitiva
que se explica por uma questão quase fisiológica de perceber seu
corpo, seu peso em relação aos objetos e as coisas do mundo externo,
o que chamamos de barognosia (percepção do peso), uma das noções
mais importantes para a conquista da independência e autonomia, uma
vez que esta percepção implica no controle de tônus motor, equilíbrio
estático e dinâmico. “O peso é uma abstração porque ele não existe em
si, mas somente nos objetos pesados”. O material sensorial que a
criança pega para explorar e brincar é, neste ponto de vista como que
uma “abstração materializada” (MONTESSORI, 2017, p. 170).
Outro princípio importante dentro das percepções e
aprendizagens motoras, que acontecem através do brincar infantil, diz
respeito à topognosia, a percepção de comprimento, onde o movimento
de experimentação sensorial dos objetos em relação ao seu próprio
corpo, vão imprimindo aos músculos e seu tônus (propriocepção), uma
mneme (memória) inconsciente de comparações e combinações de
grandezas (MONTESSORI, 2017). É a matemática e seus conceitos
presentes no brincar e nas experiências das crianças, por isso, é
sempre aconselhável que a criança possa ter acesso a materiais
naturais e menos a materiais de plástico, sem peso, uma vez que pode
retardar a aprendizagem de noções importantes para a aquisição de
conhecimentos básicos da criança. Esses conhecimentos se
relacionam profundamente com as conquistas já citadas de autonomia
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e independência, bem como fundamentos para a alfabetização global
do aprendente.
Associada a esses dois princípios descritos como
fundamentais para a aprendizagem da criança, se encontra a
estereognosia, a habilidade de reconhecer através da sensibilidade tátil,
contorno e forma dos objetos, das pressões e sensibilidade profunda
(muscular, tendinosa e articular). O refinamento dessa habilidade leva
a uma mneme inconsciente resultando em memória permanente, de
longo prazo. A estimulação tátil aciona várias regiões do córtex visual,
dessa forma, pelo desenvolvimento da acuidade tátil a plasticidade
transmodal processa informações de outros sentidos como, audição,
tato e visão (LENT, 2011; RAMACHANDRAN, 2014).
Assim, além de serem princípios sensoriais de aprendizagem
importante para a aquisição de habilidades para a própria sobrevivência
da criança, enquanto uma etapa do desenvolvimento humano, essas
três formas de percepção configuram-se como essenciais no processo
de alfabetização formal futura, colaborando com os três princípios
alfabetizadores da escrita, leitura e matemática, no currículo formal
escolar, são eles: a criança reconhece a tridimensão dos objetos por
uma percepção filogenética das imagens. Seu cérebro é constituído de
uma região bilateral que Stanislas Dehaene (2011) chamou de
“letterbox” (caixas de imagem) ou “visual word form área”, à região do
giro fusiforme nos hemisférios direito e esquerdo do cérebro,
correspondente à área 37 de Brodmann. E, devido à sua função
primordial no reconhecimento visual de imagens, Dehaene descreve
em sua teoria que, para a aprendizagem dos códigos gráficos
chamados de letras, o cérebro passa por um grande esforço de
reciclagem neuronal, transformando a capacidade da “letterbox” do
hemisfério esquerdo de reconhecer imagens, para a capacidade de
reconhecer caracteres gráficos.
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Dessa forma, a criança necessita dos objetos primariamente,
para compreender as coisas em um mundo do concreto e, aos poucos,
a partir das experiências, ela irá representar os objetos por imagens
bidimensionais no plano do papel; o adulto educador tem a missão de
realizar a apresentação respeitando essa hierarquia. Nosso cérebro,
filogeneticamente tem a capacidade de reconhecer objetos, rostos,
fisionomias conhecidas dentro de um padrão de memória ancestral, por
isso reconhecemos alguns animais como perigosos, como o caso das
serpentes, na nossa cultura ocidental, uma vez que os nossos
antecessores neste lado da Terra, tinham já medo de cobras. No oriente
isso já não acontece, sendo alguns desses répteis tratados como
animais de estimação.
Então temos um dos princípios alfabetizadores estabelecidos:
apresentar o conhecimento das coisas do tridimensional para o
bidimensional. Alguns métodos educacionais que desenvolvem a
aprendizagem da criança através dos sentidos, como o Montessori,
respeitam o modo como o cérebro da criança se desenvolve e percebe
as coisas, trazendo outro princípio alfabetizador pertinente à
compreensão da criança: apresentar o mundo da informação do
macrocosmos para o microcosmos, ou seja, quanto mais jovem a
criança, maior deverá ser os objetos e em pouquíssima quantidade.
Exemplificando, um cesto com brinquedos para bebês até 2,5 anos
deve conter no máximo 3 objetos (cesto dos tesouros), podendo conter
imagens reais de cada objeto para que a criança realize pareamento,
além de brincar com o material. Lembre-se que no início de seu
desenvolvimento da noção de corpo ou esquema corporal, o bebê
percebe sua cabeça e tudo é grande para ela. Quando começa a
rabiscar no papel, desenha cabeças enormes, aos poucos vai
reduzindo o tamanho de suas representações ao observar o mundo e
as pessoas que lhe são referência. Outra curiosidade que as crianças
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apresentam é com animais grandes como os dinossauros, adoram
perguntar sobre esses grandes répteis pré-históricos, assim como
querem saber sobre o planeta Terra e o Universo, onde ela, a criança
está situada dentro do planeta? Esta é uma das perguntas recebo das
crianças das escolas de educação infantil.
O terceiro princípio alfabetizador refere-se ao sentido da
escrita e leitura no nosso hemisfério ocidental do planeta. A leitura que
realizamos de nossos textos acontece da esquerda para a direita e de
cima para baixo, certo? Pois é, se você observar como a maior parte
das línguas orientais são escritas e lidas, se configuram exatamente ao
contrário (veja a escrita/ leitura originais das línguas japonesa, coreana,
chinesa, árabe, siríaco, mandeia, thaana, entre outras). O processo de
leitura da esquerda para direita, é arbitrário ao modo natural de
desenvolvimento do cérebro da criança, ou seja, o movimento natural
para ela, seria ler da direita para a esquerda e de baixo para cima.
Emília Ferreiro já descrevia esse fenômeno, juntamente com Ana
Teberosky em seu livro célebre “Psicogênese da língua escrita”. Por
isso, a criança necessita de exercícios intencionais diários realizando o
movimento da esquerda para a direita, com intuito de automatizar desde
tenra idade, através da vida prática, dos materiais lúdicos preparados
para ela. Um exemplo, é preparar um material de vida prática onde a
criança terá o desafio de transpor objetos com uma pinça de um pote
que se encontra à sua esquerda, para o pote da sua direita; outro
exemplo, transpor água de uma garrafa que está servida à esquerda da
criança para o copo que está à sua direita, dentro de uma bandeja de
borda alta para dar limite concreto do exercício.
Toda vez que um adulto ler um livro para a criança, deve
passar seu dedo abaixo das frases durante a leitura verbal, dessa forma
a criança vai apreendendo o sentido e modo de ler da nossa língua
ocidental. Assim, é relevante entender que o esforço da criança para
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aprender a ler é imenso e vai de encontro ao seu processo natural. Por
isso, usar instrumentos que explorem o sentido tátil e proprioceptores
para construção de uma memória permanente, como por exemplo,
caixa de areia para desenhar e realizar suas hipóteses de escrita
sensorialmente, é de extrema importância no processo da alfabetização
formal. O melhor de tudo é ter o exercício intencional da criança, através
de ações volitivas dela, na conquista psicomotora de requisitos
importantes para a aquisição grafomotora brincando em ambientes
preparados para suas necessidades lúdicas e de sobrevivência perante
uma sociedade antropocêntrica, ou seja, centrada no adulto.
Não basta respeitar o desejo de brincar das crianças, para que
um adulto compreenda a necessidade primaz contida nessa ação, é
imperativo que entenda os processos psíquicos, físicos e
neuropsicológicos que estão implicados na ação de brincar e que
também, brinque. Dito isso, o modo principal para buscar esse
entendimento é observando a criança a desenvolver suas ações
criativas e lúdicas, construindo relação com as teorias que
reconhecidamente foram elaboradas a partir da observação da infância.
O brincar, para Meltzoff (2011) e Vygotsky (2007) reside na
microgênese, no plano microgenético que se encontra entre o saber e
não saber, momento em que a observação da ação do outro e a
imitação, mecanismos de aprendizagem (FRUFREK; TUBELO, 2017),
constituem-se a Zona de Desenvolvimento Proximal, teoria de Lev. S.
Vygotsky. O psicólogo russo relata que a microgênese é definida pela
ação vivenciada pelo sujeito de modo muito particular e que ela provoca
transformações e desenvolvimento nas funções psicológicas
superiores, construindo um conectoma (arquitetura das ligações
neuronais) único de cada indivíduo. Werner (1999) lembra que a
microgênese revela ainda um esforço pessoal do indivíduo em executar
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com excelência uma tarefa, procurando as melhores soluções a partir
da experimentação (giro cingulado anterior).
Dentro desse paradigma desenvolvimental de Vygotsky, o
indivíduo evolui ao longo de toda a vida e a partir de sua interação com
o ambiente, com seus iguais, dentro de quatro planos genéticos, da qual
o plano microgenético faz parte juntamente com: filo, onto e
sociogenético.
O plano filogenético diz respeito a uma bagagem ancestral que
o ser humano possui e pelo qual seleciona, a partir de estímulos
ambientais e ampliando a capacidade adaptativa, em prol de sobreviver
e perpetuar a espécie. Deste modo, o cérebro humano foi arquitetado
para obter processos como: mapas cognitivos, filtros perceptivos,
códigos de aprendizagem, preparando nossa experiência para que
traga resultados evolucionistas, uma espécie de inteligência
antropogenética que possuímos.
Nas premissas constituintes do plano ontogenético, tendo
base na integração sensorial e na mielinização2, o indivíduo tem no seu
próprio corpo, o instrumento vital para conquistar o espaço de sua
imaginação e o controle de suas ações, no ganho de capacidades
cognitivas e emocionais (LURIA, 1973). A vitória adaptativa
ontogenética humana se dá através do processo organizacional,
estruturante e ao mesmo tempo, plástico das funções integradoras e
sensoriais do sistema nervoso (FREITAS, 2006). Dessa forma quero
referir que nada acontece fora de uma dança plástica e harmoniosa das
atividades cerebrais, onde as funções cooperam e se integram para que
2
Mielinização é o processo maturacional pelo qual os neurônios recebem bainha
de mielina, e vão se tornando mais competentes em suas funções, que entre
elas, se encontra levar a informação de um neurônio a outros com maior
eficiência.
40
as ações sejam executadas. E que o desenvolvimento humano
responde a um plano progressivo de ganho de habilidades desde a
concepção até a fase adulta, quando então, num processo de
retrogênese, o indivíduo inicia uma corrida inversa, perdendo em
habilidades motoras, outrossim, ganhando em sabedoria e
conhecimentos de como usar as informações conquistadas, até sua
morte.
O pensamento sociogenético traz o movimento de
internalização de todas as dimensões da experiência humana, sendo
esse plano o diferencial como salto quântico entre a psicologia animal
e a psicologia humana (VIGOTSKI, 2007). Encontra-se em Baldwin
(1906), Mead (1934) e Vigotski (2007), pesquisas pioneiras no pensar
as interações sociais como base do desenvolvimento das funções
psicológicas superiores.
Por último, quero referir o brincar como exercício motivacional
da investigação, da busca pelo conhecimento através do movimento
exploratório e associativo da criança. A motivação tem seu centro no
sistema mesolímbico, centro das emoções e das reações de
sobrevivência, uma pulsão primitiva da espécie, por isso se configura
como um comportamento ancestral também, de subsistência da
espécie.
Os neurônios dopaminérgicos traçam, a partir da ação
motivada, marcas já referidas como engramas no centro da memória
(hipocampo) também localizada na região límbica ou diencéfalo,
chegando ao núcleo acumbens (centro da recompensa) e gerando
muito prazer pela conquista realizada (ESPERIDIÃO-ANTÔNIO et al,
2008). Dessa forma, ao imprimir marcas, quando o estímulo é motivador
negativo, também teremos sensação de frustração e tristeza acionados.
O que leva o indivíduo a ter um decréscimo de dopamina no sistema,
gerando um efeito contrário ao que se deseja. Precisamos, enquanto
41
educadores, ser mobilizadores do que o psicólogo Mihály
Csíkszentmihályi, chamou de Flow, estado de fluxo emocional positivo.
Esse estado coloca o sujeito em condição de prazer absoluto pela
experiência vivida, que para criança chamamos em Heráclito (filósofo
grego) de tempo Aión, um tempo de grande entrega e intensidade, é o
tempo do brincar, ou em Jorge Larrosa (filósofo espanhol da atualidade)
poderemos chamar de “experiência de si”.
O brincar é a experiência de si, é um fenômeno do
comportamento humano palpável pela ciência, deve estar em evidência
nas pesquisas, uma vez que é uma pulsão natural. Tanto que, a
ausência do brincar na criança denota transtornos, distúrbios psíquicos
ou neuropsicológicos, emocionais ou sociais. Diferente do brincar dos
demais animais, a ludicidade humana apresenta atividade que conecta
os dois hemisférios cerebrais a áreas sensoriomotoras e cognitiva de
alto nível. Estimulando a ampliação de inteligências e habilitando o
indivíduo para conquistas humanas evolutivas como o pensar
simbólico, a observação e o colocar-se na situação do outro.
O cérebro humano evoluiu e o comportamento lúdico o
acompanha há quase 40 mil anos, imprimindo em nossa espécie o
gosto, o prazer em jogar/ brincar, em experimentar ludicamente a vida.
Certamente nosso cérebro gosta de brincar e assim continuará por
muitos séculos com novas formas de ser um Homem lúdico
acompanhando os tempos, entretanto, carregados de conteúdo de
recompensa e intensidade, sem esquecer que está presente em todas
as fases da condição de existência humana. Quem brinca, mesmo que
sozinho, brinca para alguém, uma vez que brincar é construir vínculo, é
construir relação.
REFERÊNCIAS
42
BALDWIN, J. Though and Things: A Study of the Development and Meaning of
Thought. London: Swan Sonnenschein & Co, 1906.
43
MEAD, G. Mind, self and society. University of Chicago Press, 1934.
SIEGEL, D. J.; TYSON, T.P. O cérebro da criança. SP: Editora Nversos, 2015.
44
BRINCADEIRAS E JOGOS NO SÉCULO XXI
45
O Direito ao Lazer está positivado no art. 6º da mesma
Constituição: “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição” (LUNARDI, 2010, p. 26).
O tempo diferenciado do trabalho vai influenciar diretamente
os demais tempos sociais. E estes sofreram também mudanças
significativas, com a tecnologia alterando as ocupações domésticas e o
tempo para cuidados pessoais e familiares.
Foram modificados sucessiva ou concomitantemente os
tempos das ocupações, familiares, domésticas, sociais e pessoais, bem
como os tempos de trabalho, de estudo, de descanso, de diversão e de
informação e usufruto dos bens culturais da civilização moderna. A nova
organização coloca o sujeito como protagonista de suas escolhas a
serem contempladas no lazer.
É perceptível a melhoria da qualidade de vida em grande parte
das nações do planeta, e não é diferente no Brasil. Desde que foi
adotado o Indicador da Organização das Nações Unidas (ONU), pelo
PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o
”Índice de Desenvolvimento Humano”, o hoje conhecido IDH, o Brasil
viu confirmado um gradual processo de mudanças socioeconômicas,
sociopolíticas e socioculturais. Segundo o Relatório do
Desenvolvimento Humano 2014, com dados de 2012-2013, o Brasil
alcançou o 79º lugar no ranking internacional do IDH, com um índice de
0,744, superior à média mundial, de 0,702.
Como visto anteriormente, a Renda per capita cresceu 55,9%
entre 1980 e 2013. Esse crescimento foi estimulado e favorecido pelo
plano de estabilização econômica e monetária implantado nos anos 90,
o Plano Real, que resultou na valorização da moeda e do seu poder de
compra.
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Mesmo no atual estágio, é possível identificar algumas
consequências desse desenvolvimento: alteram-se os padrões de
consumo, inclusive dos bens e serviços culturais; as comunidades
exigem novos benefícios e serviços públicos, em outras dimensões:
além de saúde, habitação, segurança e educação, saneamento
ambiental, instalações esportivas, creches, instalações culturais,
programas recreativos e turísticos passaram a fazer parte do acervo de
solicitações e reivindicações sociais em todo o país.
As referências ao lazer na sociedade brasileira acompanham
as descrições históricas do cotidiano, diferenciando os meios urbanos
e rurais, com relatos mais consistentes a partir do século XIX. As festas
populares sempre assumiram uma posição relevante, principalmente as
de origem religiosa estimuladas pelos feriados sugeridos pela Igreja
Católica, que minimizavam o fato de a semana de trabalho ter seis dias.
Os estudiosos do tema não o consideram o lazer mais como vinculado
ao trabalho, ocupando um tempo liberado após cumpridas as
obrigações laborais, e não pensam mais o lazer em oposição a esse
mesmo trabalho. O lazer é analisado, estudado e pesquisado em
conexão e interação com todas as esferas da existência individual e
coletiva da nossa sociedade. Repetindo, o lazer não é mais interpretado
como fator orientado pelo trabalho, como anteriormente (do início do
século vinte até a década de 70, aproximadamente), mas como um
fenômeno interdependente e em interação com os demais fatores e
processos socioculturais da nossa civilização.
A primeira observação, com base nas informações coletadas,
é que o lazer e a recreação no Brasil continuarão se transformando, na
continuidade do processo de desenvolvimento integral no qual o país
ingressou nas últimas três décadas.
Novas e crescentes exigências sociais em lazer e recreação.
O atual sistema de oferta – espaços, programas, atividades e
47
experiências – não atenderá mais com a qualidade desejada às novas
solicitações.
48
necessidade urgente da formação de público para o lazer participativo
em parques, praças e outros espaços.
A Recreação e a Gamificação
É cada vez mais real a “intromissão’ da gamificação e das
virtualidades na recreação. A Gamificação carrega, em sua prática,
características de jogo, sendo-as a imersão, a jogabilidade e a diversão.
Neste sentido, a gamificação assemelha-se muito à atividade lúdica,
principalmente quando ambos os conceitos se aproveitam de narrativas
para a imersão dos participantes, da participação livre para aumentar a
agência e pôr fim a diversão. Segundo Silva et al (2016) durante a
respectiva prática, o desafio proposto de “conquista” é o estimulo
catalisador para os participantes. Os desafios acontecem de diversas
formas – puzzle, códigos, textos, games, coordenadas e outros, que
dependerá exclusivamente de criatividade da equipe de produção
envolvida, bem como dos recursos disponíveis para esta ação.
49
O lazer e os idosos
A expectativa de vida, como visto, aumentou consistente e
continuamente no Brasil, nas últimas décadas, e mostra tendência de
continuar crescendo. Além do sujeito viver mais, será mais prolongado
o período de vida com saúde e disposição física. Tudo indica uma maior
participação das pessoas com mais de 60 anos nas atividades de lazer
no futuro próximo, desde que a sociedade lhes ofereça as condições de
renda, transporte público e de instalações de qualidade para a
recreação e o entretenimento.
Conexão afetiva
É fundamental a conexão afetiva dos programas recreativos e
de seu grupo de pessoas – recreadores, gestores e outros, com o
público atendido por tais. As ações relacionadas devem satisfazer às
necessidades reais do sujeito - sociais, psíquicas e físicas. A interação
com as pessoas preservará a participação social com grande
satisfação.
50
descritos e cumpridos, prevalecendo os resultados em experiência
positiva, na conquista dos índices e metas pré-estabelecidas e
participação ativa do sujeito.
REFERÊNCIAS
51
BRINCADEIRAS E NATUREZA
Giselle Frufrek
52
escola, como ela se relaciona com o ambiente e como este é concebido
são questões que serão aqui tratadas. Elucidar as relações
estabelecidas com um ambiente natural, sendo este, um jardim,
bosque, praças ou áreas rurais, bem como a oferta de materiais naturais
em sala de aula e outros ambientes escolares refletem a concepção de
infância e educação que temos enquanto educadores.
Mesmo em um jardim da comunidade, como em uma floreira
na sala de aula, pode-se mediar a observação e construção do
conhecimento. Podemos olhar com a criança esta flor e, ao observar
podemos absorver não apenas a biologia vegetal, que é o que estamos
fazendo na educação formal tradicional, mas a essência da "flor". O que
significa isso? Esta espécime representa uma classe na evolução do
planeta, possui sua contribuição à evolução das espécies e
consequentemente, para a evolução do homem. Como você traz essa
essência para uma criança, essa compreensão essencial? Nestas
metodologias ativas veremos que existem maneiras para que aconteça
este aprendizado.
Quando Montessori viveu na Índia por sete anos, ela veio a
compreender, durante a guerra, sobre a relação da criança com o meio
ambiente. Então antes disso, sua metodologia tratava mais sobre a
biologia física do desenvolvimento infantil, mas durante a sua incursão
pelo Oriente, Montessori compreendeu experiências como a de sair no
jardim com as crianças e entrar em um relacionamento com eles
percebendo “a flor”. Propõe à criança a pensar sobre o que você
percebe? O que você vê? Como isso aconteceu? Você gostaria de ouvir
a história sobre como essa flor surgiu? Então assim, a história
humanidade pode ser testemunhada na magia de um jardim. Portanto,
a essência deste relacionamento educativo é parte de quem você é,
antecipando que o educador é genuinamente interessado em permitir
que os alunos se apresentem com suas percepções, seus
53
entendimentos e assim, em seguida, ajudando-os a contextualizá-lo no
ambiente natural.
Ampliamos não somente a maneira como nós
tradicionalmente organizamos os assuntos e habilidades a serem
conquistadas pedagogicamente, mas também a integralidade do ser
criança. Isso leva à uma incrível preparação dos professores que se
torna um mediador consciente desta relação da criança entre as
brincadeiras e a natureza, libertando o ensinar e aprender de forma
congruente. O educador passa a compreender que há certos tipos de
quietude e reflexão interior que acontece na criança quando eles podem
ter experiências essenciais. Exemplificando, ao fazer uma jardinagem,
há uma empolgação das crianças sobre isso, mas há também esse
entendimento interno. A criança e o educador voltam-se ao seu interior,
no jardim ou na sala, ao cuidar de um vaso de flor. Podem realmente
libertar todas as coisas que levamos conosco por todo o dia e ser mais
presente, e apenas consciente, percebendo a beleza do mesmo e da
intimidade dos relacionamentos com o ambiente natural. Iremos ensinar
e aprender o tempo natural da história.
Do educador que atua nas escolas em grandes centros, com
características mais urbanas, bem como aqueles que estão em escolas
de periferia, com condições precárias, nesta oficina, receberão
elementos para acessar a complexidade, as questões mais profundas,
a relação de aprendizagem interna, as memórias afetivas que
permeiam esta conexão com o natural, no maior contexto, na grande
natureza, no universo. Desta forma, estimulamos e cuidamos da
capacidade de cada aluno de explorar os mundos interno e externo e
descobrir sua compreensão e visão imersas, lembrando-lhe que, este
aprendizado para a criança, leva à alegria e autoconhecimento, com os
adultos mediadores em suas vidas.
54
O fundamento filosófico da abordagem Montessori baseia-
se na premissa de que a educação deve ser uma ajuda para a vida. O
respeito pela personalidade das crianças e a confiança em suas
potencialidades internas são pré-requisitos para o estabelecimento de
um ambiente de aprendizagem saudável. Montessori afirma que a
educação baseada em suas descobertas produziria nada menos que o
nascimento de um novo humano. Ela identifica o objetivo da educação
como o desenvolvimento de um ser humano completo, orientado para
o meio ambiente e adaptado ao seu tempo, lugar e cultura. Hoje
estendemos isso pedindo às crianças que questionem profundamente
o que veem. Esperamos que eles consigam explorar soluções criativas
e desenvolver integridade pessoal para que estejam prontos para
atender o que a vida possa trazer.
Rudolf Steiner e a Pedagogia Waldorf aporta sua
metodologia na relação direta com os elementos da natureza e a
expressão artística da criança. Buscando uma interação com o
ambiente preparado com objetos, materiais e elementos naturais,
oferece experiências de observação, exploração e intervenção na
natureza e com a natureza. A partir desta experiência, visa proporcionar
à criança, possibilidades de expressões artísticas que refletem suas
percepções e aprendizado. Como o homem se percebe perante a
natureza é um dos principais pilares para a harmonia e evolução
humana nesta pedagogia.
Loris Malaguzzi e a abordagem Reggio Emilia tem o enfoque
no protagonismo infantil através da interação da criança com o meio,
respeitando a natureza lúdica do aprendizado. Nesta relação com o
meio a criança se apropria da cultura infantil, que se manifesta e
transforma. A escola pode conseguir isso preparando ambientes
baseados na idade do aprendiz, de modo que os indivíduos, do
55
nascimento até a maturidade, possam crescer e compreender a si
mesmos e suas relações entre si e com o mundo natural.
Estas abordagens de aprendizagem fornecem o maior
contexto possível para que a criança possa entender como tudo está
relacionado, percebem o relacionamento da humanidade com o
todo. Em todos os níveis, os professores podem enfatizar a
responsabilidade da humanidade perante a comunidade da Terra.
Estas abordagens combinam liberdade com responsabilidade, um
papel mais ativo para as crianças em sua aprendizagem e excelência
acadêmica com base na contribuição potencial de cada
pessoa. Também fornecem consciência social e desenvolvimento
integral e ético.
Brincadeiras e a natureza traz possibilidades para que o
desenvolvimento pleno da criança aconteça de forma natural, sem
interferência restritiva ao máximo potencial humano. Buscar a conexão
com natureza e ampliar a relação com está nos mais diversos ambiente
é o nosso desafio para que possamos compreender o que já foi e o que
há de ser. E tudo o mais.
56
BRINCADEIRAS, DANÇA E FOLCLORE
O QUE É CULTURA
57
Através dessas descrições e de acordo com Ferreira (1999),
podemos concluir que “a cultura erudita é ensinada ao homem de fora
para dentro, a espontânea nasce de dentro para fora, a de massa é
imposta”. Todas as pessoas possuem cultura espontânea, sendo essa
o objeto do folclore. “Os fatos folclóricos podem sofrer influência tanto
da cultura erudita quanto da cultura de massa, podendo, também,
influenciá-las” (GUIMARÃES, 2002).
O QUE É FOLCLORE
58
FATO FOLCLÓRICO
DANÇA FOLCLÓRICA
59
A dança, segundo Portinari (1989), sempre existiu na
qualidade de elemento constitutivo e integrante de inúmeros rituais
religiosos, guerreiros e fúnebres dos povos primitivos tais como
egípcios, astecas e bantus dentre outros.
De acordo com Guimarães (2002) “a dança parece ser,
segundo estudiosos, uma das manifestações culturais mais antigas do
homem, que a ela recorria, por exemplo, para agradecer às entidades
sobrenaturais”.
Entende-se por Dança Folclórica:
60
Pode-se dizer que a dança é um fato folclórico completo, pois
possui as principais características, quais sejam: “é manifestação
espontânea de uma coletividade. Sendo, portanto, coletiva e aceita pela
sociedade onde subsiste; tem como cenário comum às ruas, os largos,
praças públicas e possui estrutura própria através da reunião de seus
participantes e ensaios periódicos” (MEGALE, 1999, p. 93).
No Brasil, devido à grande variedade dos povos que trouxeram
as tradições dos seus países de origem como portugueses, africanos,
holandeses, espanhóis dentre outros que aqui vieram se misturar com
os índios, à dança folclórica apresenta-se de forma exuberante.
Mostrando, assim, características específicas de diferentes etnias que
a compõe, nas regiões onde é executada.
61
De acordo com Pereira (1986), "a dança folclórica brasileira
pode ser de roda, de fileiras frente a frente, de pares, de solista. Nela
se encontra umbigada, sapateado, palmeados, castanholas com as
pontas dos dedos. Tem várias funções, como a religiosa. Nunca será a
dança da moda”.
A dança folclórica brasileira faz parte da cultura popular que é
aprendida, aceita e transmitida de maneira informal. As diferentes
formas coreográficas apresentadas, revelam em última análise a cultura
regional do povo brasileiro e contribuem para a formação do caráter
humano do praticante e da comunidade a qual pertence. A dança
folclórica brasileira no ambiente escolar pode ser um grande
colaborador para o desenvolvimento motor e das qualidades mentais e
sociais, facilitando o aprendizado, servindo de fonte de observação do
educador, sobre as preferências do praticante e como desenvolvê-las.
Assim, a grande variedade de danças folclóricas brasileiras, trabalham,
não somente o movimento, mas revelam a cultura regional e contribuem
para formação do caráter humano do praticante e da comunidade no
seu entorno.
62
BRINCADEIRAS GERACIONAIS
63
antigamente havia com mais quantidade em nosso entorno, as ruas de
lazer, hoje temos menos quintais.
Dentro da Sociologia há estudos que nos revela uma
nomenclatura quanto ao comportamento das gerações. Ao se tratar da
era da informação há outro estudo que menciona às transformações
tecnológicas e a sua influência no comportamento, atribuindo um
determinado perfil comum a um grupo, que os define aproximadamente
aos tempos de nascimento e os diferencia como: Tradicionais antes da
década de 40; Baby Boomer entre os anos de 40 a 60; Geração X dos
60 aos anos 80; Geração Y fim dos anos 80 até os anos 90; Geração Z
já nos anos 2000; e por fim Geração Alpha, a partir dos anos 2010.
Para tanto compreendemos que essas trocas de experiência
levam em conta que os mais jovens precisam dos alguns
comportamentos do mais velhos, como por exemplo, a sabedoria e
conhecimento, a maturidade, o bons exemplos e conselhos, a
experiência e vivência. Em contrapartida os mais velhos precisam
também exercer e acompanhar a energia, rapidez na informação,
criatividade, visão de mundo, capacidade de fazer mais de uma coisa
ao mesmo tempo e motivação que os mais jovens têm para oferecer.
Para o professor Vitor da Fonseca, o jogo é uma oportunidade
de transmissão cultural intergeracional, não se deve confinar apenas a
uma atividade auto iniciada pela criança na medida em que os adultos
devem saber aproveitá-lo para expandir o seu potencial de
aprendizagem.
Não estou falando de jogos antigos, os quais nossos
ancestrais já brincavam, e sim de jogos atuais, que devem estar no
contexto na atualidade. Claro que brincar de pular corda, mãe da rua,
amarelinha entre outros jogos que fazem parte cultural de um povo e é
passado de geração em geração. Apresentam um ganho e
aproximação impactante na relação dos jogos geracionais, mas não
64
podemos esquecer que a internet também possui um repertório de
jogos online onde os adultos precisam acompanhar essa velocidade
virtual. Assim como num casamento, no qual ambos os parceiros
precisam ceder quando vão morar juntos, nos jogos geracionais
também há a necessidade de que um jogador ceda ao ritmo de vida e
entenda qual o seu momento de geração vivida por ele, sem que haja
um conflito entre os jogadores.
Inúmeras opções de atividades existem no mercado para que
tenha esta prática de jogos. Basta você usar o seu tempo,
condicionando para que seja mais frequente essa relação entre
gerações diferentes.
Seja reflexivo e observador ao jogar com pessoas de outras
gerações. Veja como eles se comportam durante o jogo, o que falam,
como agem, como desenvolvem a capacidade de criar. É através do
jogo que conhecemos hábitos, sentimentos, costumes, emoções,
competências e como o brincante se relaciona com o mundo e com o
meio. Afinal já diria a muitas gerações através um “tal” filósofo Platão
que “conhecemos muito mais uma pessoa em uma hora de brincadeira
do que um ano de conversa”.
Portanto, vamos nos organizar, planejar e readaptar nosso
tempo para que brincadeiras de outrora nunca morram e que tenhamos
mais poder de capacidade criativa de construir jogos que atentam a
atualidade e envolvam todos os interesses culturais do lazer. Ao término
destas informações faço um convite a você brincante, jogar da primeira
atividade que vier a sua cabeça com qualquer pessoa que esteja
próximo a ti. Sejam eles pais, mães, filhos, avós, tios, sobrinhos,
vizinhos, amigos ou desconhecidos. Faça um detox através dos jogos
geracionais.
65
BRINCADEIRAS E JOGOS DO MUNDO TODO
66
Eis que então veio a sistematização do projeto em formato de
curso e oficina, de com o intuito de promover tais atividades para
educadores poderem reproduzi-las nos mais diversos ambientes
(escolas, ruas, praças, brinquedotecas, entre outros), propagando boas
práticas e experiências lúdicas das mais diversas nações.
A cada oficina e/ou curso ministrado, nota-se o brilho nos olhos
dos educadores em experimentar atividades culturais diferentes das
habituais, mas que em muitos casos, são muito simples de serem
aplicadas, requerendo poucos materiais, como giz de lousa ou fita
crepe. Até mesmo um pedaço de graveto, caso houver um espaço com
terra, pode ser utilizado para desenhar um jogo.
Vivenciar e experimentar diferentes brincadeiras e jogos
permitem uma ampliação de repertório cultural por parte do brincante,
além de promover e desenvolver valores que são transportados para
além do momento dos jogos, sendo incorporados e praticados por eles
nas demais esferas de suas vidas.
67
BRINCADEIRAS, RITMO E MOVIMENTO
68
Associado ao trabalho com dança está o ritmo. Ele está
presente em tudo o que fazemos, em todos os movimentos da vida e é
inato ao homem. O nosso andar, o pulsar do coração, nossa respiração,
o brincar em um balanço, o quicar a bola no chão, cumprimentar um
amigo, entre outros exemplos, são formas de ritmo.
Especificamente na dança, o ritmo consiste em compreender
as noções de movimentos (sentir/fluir), coordenar movimentos com a
métrica de uma música, ter regularidade nas ações (movimentos
sucessivos em várias frequências), além de identificar os diferentes
gêneros musicais presentes na sua cultura ou na indústria musical.
A dança é educação. Ao educarmos nosso olhar para além da
mera execução de passos ou repetição de movimentos, abrirmos a
consciência para reproduzir sua percepção interior, o mundo externo.
69
Tais invenções precisam de estímulos para serem criadas,
para isso, o professor de dança precisa transcender o aprender a fazer
pela repetição, muitas vezes uma repetição alienada do movimento. É
preciso também aprender a conhecer, sobretudo conhecer a si, por isso
é imprescindível que o aluno entre em contato com o corpo de forma
lúdica, científica e mecânica para se ter conhecimento dos seus
próprios limites e potencialidades. Além disso, é preciso aprender a
conviver, compreender a existência do outro e da relação de
interdependência entre si, este é um fato relevante na dança já que sua
manifestação quase sempre é coletiva, é preciso fortalecer os laços da
cooperatividade, muitas vezes emaranhado nos laços da
competitividade. E por fim, dos aprendizados mais difíceis, é preciso
aprender a ser, a dança é capaz de fomentar os processos de
construção da autonomia, do discernimento e da responsabilidade.
Rigor, abertura e tolerância são características fundamentais
do professor de dança que visa criar estratégias que facilite que cada
um possa se desenvolver a partir de suas próprias potencialidades e
fragilidades, um aprendizado no qual o autodidatismo é estimulado e
métodos de padronização, punição e comparação, são absolutamente
negados. O rigor busca compreender todos os dados presentes em uma
situação, a fim de evitar distorções, já a abertura, é uma atitude que
comporta a aceitação do imprevisível e do desconhecido, e a tolerância,
resulta na constatação da existência de ideias e verdades contrárias às
que possui. Tais características fomentam a possibilidade do professor
construir junto com o aluno o conhecimento, orientando e estimulando
a criação, evitando ser para os alunos um modelo a ser seguido, cada
um deve encontrar o seu próprio movimento a partir de suas próprias
habilidades.
Compreender a Dança como um modo de existir e o corpo
como templo, morada e instrumento, é um aprendizado que deve antes
70
de tudo se iniciar nos professores, e esta é uma tarefa árdua, já que
estamos a todo momento criando rótulos, estereótipos, certezas,
modelos, padrões, e tantas outras verdades absolutas que nos
impedem de nos conectar com as infinitas possibilidades de criação.
Digo, portanto, que o professor pode e talvez deva se permitir criar,
reinventar, ousar e, portanto, correr riscos, deixar morrer as velhas
certezas em busca das bem-vindas incertezas. Carregue consigo a
empatia como mote para o encontro e crie, crie possibilidades de
descobertas do corpo, da dança e da vida que pulsa em cada
movimento.
71
Esperamos contribuir, desta forma, para a promoção e criação
de atividades rítmicas que possam vir a ser desenvolvidas nos mais
diversos âmbitos educacionais.
72
JOGOS COOPERATIVOS- JOGANDO EM BUSCA DE PAZ
73
uma formação integral, na busca eminente de desenvolver os
indivíduos para o SER e ESTAR JUNTOS numa sociedade harmoniosa
e respeitosa. Entendendo que ações positivas ou negativas ao serem
repetidas, vão se tornando hábitos e que estes conjuntos de ações
moldam o caráter.
Ao conseguir abrir os olhos, afirma Brotto, aprendemos a
enxergar também com o coração, sendo, por tanto, segundo
NIETZCHE, uma das principais metas da educação, ensinar a ver. Se
observarmos as colocações de Rubem Alves sobre o ver, onde
esclarece que “é preciso ser diferente para ver diferente”, passamos a
entender que as informações que a mim chegam por intermédio da
visão são decodificadas em relações ao que já está interiorizado em
mim, e por isso, é imprescindível que possamos trazer novas
possibilidades sociais desde a tenra infância, para que todos possam
ver com olhos de um amante apaixonado, pois quando somos movidos
por estes sentimentos enxergamos apenas o belo, e passamos a ouvir
as mais belas melodias que saem de todas as almas, sendo esta a
grande magia da arte de educar. Educar é escrever aos poucos um livro
coletivo, pelo qual cada história vai sendo escrita por cada indivíduo,
baseada nas diferentes referências e relações que o meio educacional
proporciona.
É sobre esta nova possibilidade de ver e viver que se trata o
jogar cooperativo. Jogar cooperativamente é valorizar o outro, olhar
para seu potencial, é perceber que é preciso criar e fazer juntos para
assim chegar no objetivo que deve ser comum ao grupo, com metas a
serem alcançadas por todos juntos, mesmo quando for um jogo no
formato do semi-cooperativo, temos que essencialmente buscar metas
a serem alcançadas e não adversário a serem vencidos, trocar a
maneira de se comunicar e apresentar velhas práticas de formas
diferentes, para assim caminhar para a sonhada mudança social.
74
Quando os seus talentos encontram as necessidades do mundo, ali
está a sua VOCAÇÃO (Aristóteles).
75
Jogo semi-cooperativo
Neste formato de jogo existe a possibilidade de mais de uma equipe, no
entanto o que será valorizado é o processo e não apenas o resultado.
• Jogos cooperativos de inversão de papeis: Neste formato de
jogo temos a “Exclusão” momentânea, uma vez que ao ser “derrotado”
o brincante passa a liderar, o jogo de alguma forma, como por exemplo:
marcando o início da próxima rodada, sendo a próxima rodada, sendo
o próximo pegador ou ainda auxiliando o pegador inicial.
• Jogos cooperativos pré-desportivos: Jogos com a intenção de
desenvolver habilidades dos esportes coletivos, sem deixar de
desenvolver os valores propiciados pelos Jogos Cooperativos. São
jogos que permitem a existência de uma ou mais equipes, sendo que
em cada equipe deve ser valorizada a cooperação, buscando sempre
não valorizar o resultado. (ARAUJO; SILVA, 2019 pag. 67 e 68)
É sempre importante esclarecer que o jogo por si só não faz a
ação de promover os princípios da cooperação, sendo necessário que
o Educador enquanto facilitador do processo, traga por intermédio de
sua fala em momentos de reflexão o que está sendo buscado com a
prática dos jogos, estes momentos são chamados de Feedback e
devem ser utilizados para promover discussões sobre ações que foram
percebidas durante o processo de jogo, validando e permitindo a todos
que se sintam à vontade e que possam colocar suas opiniões.
76
77
BRINCADEIRAS, JOGOS E
TECNOLOGIA
78
JOGOS E BRINCADEIRAS CONTEMPORÂNEAS: UMA
NOVA CONFIGURAÇÃO DO BRINCAR NO SÉCULO XXI
79
eu ia para a rua e jogava futebol... hoje o futebol é só no videogame”.
Pois é, tal sujeito não ficava no celular, porque o dispositivo celular não
existia. Os brinquedos mudaram, logo a prática do brincar também
mudo, ou seja, se configura de forma diferente.
80
BRINCADEIRAS, JOGOS COLETIVOS, ESPORTE E
TECNOLOGIA: RELATO PRELIMINAR DE EXPERIÊNCIAS
81
ação, com o propósito de compreender coletivamente possíveis
relações e promover mudanças para melhoria das estratégias nos
determinados contextos. Como resultados iniciais são observadas
maior participação e interação; as brincadeiras e jogos coletivos
contribuem com melhores aprendizagens das modalidades esportivas
coletivas; a utilização de smartphones para gravação, transmissão e
divulgação de aulas em redes sociais permitem, além da aproximação
de familiares e novos alunos/as, a autoavaliação das aprendizagens e
desempenhos alcançados.
82
FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO
EDUCADOR
83
OFICINA DE JOGOS DE TABULEIRO NA EDUCAÇÃO:
POSSÍVEL RELEVÂNCIA AOS GRADUANDOS DE
PEDAGOGIA
Arnaldo V. Carvalho
84
desenvolvidos a partir da terceira aula e voltados ao estudo das
possibilidades pedagógicas de um jogo à escolha do aluno. A Oficina
culminou na apresentação dos projetos no último dia de aula, em evento
livre oferecido aos estudantes de graduação, CAPE-ISERJ e
comunidade geral. Após, 100% dos participantes afirmaram em
avaliação escrita pretender utilizar os jogos para a finalidade
educacional.
85
COACHING DE LAZER: POSSIBILIDADE DE ATUAÇÃO
PROFISSIONAL
86
Palavras-chave: Lazer, Família, Brincadeiras, Jogos, Life Coaching.
87
BRINQUEDOTECA: PERCEPÇÃO DE PROFESSORES
DURANTE OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO
LÚDICO
88
mágicos para o brincar das crianças, alertando para o fato de não serem
um conjunto de brinquedos ou depósito de crianças pois compõe-se à
objetivos específicos. Conclui-se que, mediante as categorias
emergidas na análise de Bardin, os espaços preparados da
brinquedoteca como ferramenta de auto regulação e transformação dos
comportamentos sociais, um espaço que oferece autonomia, autoria de
pensamento, interrelações e criatividade, são percebidos pelos
professores que observam o brincar nessa brinquedoteca.
89
O ESPAÇO DO MOVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
90
Palavras-chave: Educação Infantil, Formação de Professores,
Movimento corporal.
91
LÚDICO/LUDICIDADE E O ENSINO DE
HISTÓRIA/GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS:
ENCONTRO FORMATIVO NO PNAIC – ALGUMAS
REFLEXÕES
92
ressaltam que este profissional “deve pesquisar”, possibilitar aulas que
apostem em estratégias didáticas que discutam a vida relacionada aos
conteúdos escolares. Posteriormente, os alfabetizadores sintetizaram
em grupo suas respectivas respostas por meio de um cartaz, utilizando
imagens-palavras de jornais e revistas, ou seja, explorando
criativamente a relação entre essas expressões. Concluímos, que o
lúdico existe nos espaços de formação continuada, principalmente
quando alfabetizadores se reconhecem neste percurso de socialização
de saberes teórico-práticos atrelados à docência, sobretudo ao agir
curiosamente, experimentar e interagir com seus pares, explorando
linguagens para sistematização de ideias, isto é lúdico. Assim tal
conceito ocupa a formação do PNAIC/UFRJ.
93
TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO: O DESAFIO DO
EDUCADOR SE MANTER COERENTE EM SUAS
PRÁTICAS DIÁRIAS
O brincar faz parte do mundo da criança, e nos últimos anos vem sendo
estudado por diversas áreas; Já é reconhecido como um facilitador dos
processos educativos e usado em diversos ambientes destinados ao
ensino. Brincar vem do latim e é o resultado das diversas formas que
assumiu a palavra vinculum, passando por vinclu, vincru até chegar
a vrinco. É assim que do significado inicial “laço” passa por diversos
outros até chegar à ideia de brincadeira, desse modo entende-se que
“brincar” é fundamental para a construção do vínculo, elemento
indispensável ao processo de desenvolvimento do ser humano, como
destaca pensadores como Piaget, Vygotsky e Wallon. Entretanto
frequentemente o adulto interfere nas brincadeiras das crianças, porque
pensando ou não em seu processo educativo. O objetivo desse trabalho
é analisar duas situações em que o adulto interferiu no brincar das
crianças e dialogar sobre o desafio do educador em manter suas
práticas educativas coerentes à teoria estudada. O trabalho consiste em
um diálogo entre revisão de literatura e experiência de campo
vivenciada pela autora em ambiente educativo não formal do terceiro
setor. O resultado do trabalho é a conscientização do desafio do
educador sempre revisitar seu trabalho, tanto dialogando com
companheiros da área, quanto através de registros pedagógicos, e ao
fazer isso rever a teoria, buscando sempre se aprimorar e se manter
coerente entre prática e conhecimento, visando se tornar um
profissional melhor e que favoreça ainda mais o desenvolvimento e
94
crescimento das crianças ao seu redor. Conclui-se que é um desafio se
manter sempre coerente, pois a rotina e o impulso tendem a levar o
educador a caminhos distintos do seu estudo, porém esse trabalho é
fundamental para seu aprimoramento e enriquecimento dos que estão
ao seu redor.
95
FESTIVAL COMUNIDADE LÚDICA: LAZER NA
FORMAÇÃO INICIAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA
96
estimular e promover uma formação crítica relacionada ao lazer,
entendo-o como fenômeno social importante na formação do ser
humano, principalmente por seu caráter lúdico.
97
A RELEVÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
UMA PROPOSTA DE REFLEXÃO HOLÍSTICA NAS ÁREAS
DE PSICOMOTRICIDADE E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
98
moldando sua personalidade, caráter e sua capacidade de aprender.
Desta forma, a Educação Infantil é um período muito importante na vida
escolar da criança, pois serão os educadores das creches os
responsáveis por projetarem ambientes enriquecedores com o intuito
de promoverem os estímulos adequados nas áreas de psicomotricidade
e educação matemática. A evolução será tanto corporal quanto
psíquica, garantindo habilidades cognitivas associadas ao
conhecimento matemático e a uma melhor aprendizagem em geral.
99
A LUDICIDADE NA DISCUSSÃO DE GARANTIA DE
DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
100
Estatuto da Criança e do Adolescente até encenações teatrais e
debates com brincadeiras de faz de conta. Acredita-se o curso de
formação para 150 educadores serviu de ferramenta para o trabalho
com cerca de 1500 crianças atendidas em 23 instituições.
101
O BRINCAR EM DIFERENTES
ESPAÇOS
102
A PSICOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: QUE
JOGO É ESSE?
103
considerados como pré-requisitos para construção desse processo.
Para se alcançar uma alfabetização eficaz é necessário observar o
sujeito em sua totalidade, compreendendo os fatores que podem vir a
interferir em sua aprendizagem.
104
TEM NATUREZA NO PÁTIO DA ESCOLA? TEM SIM
SENHOR!
105
atenção e hiperatividade. Brincar na natureza é, portanto, receita de
saúde!
106
O BRINQUEDO COMO OBJETO HISTÓRICO DA
SOCIEDADE
107
e nomeações – sugerindo uma educação dos seus usos e consumos.
Estudar o brinquedo é estudar a linguagem da criança – uma linguagem
corporal, verbal e não - verbal. Estudar a exposição do brinquedo é
estudar como esta linguagem é socializada e transmitida à criança.
108
SENTIDOS DO BRINCAR: A IMPORTÂNCIA DA
INTEGRAÇÃO SENSORIAL NO ATENDIMENTO
TERAPÊUTICO OCUPACIONAL
109
modulação sensorial de atenção e controle comportamental, e ou
integrar informações sensoriais como base para refinar o planejamento
motor, permitindo que a criança tenha uma maior participação na
escola, em jogos, em seu contexto social e em suas atividades de vida
diária. Sendo assim, nota-se a importância da terapia ocupacional,
profissional habilitado pelas atividades humanas sejam decorrentes as
ações cotidianas referentes ao brincar.
110
O BRINCAR NOS FAZ IGUAIS
Dafne Herrero
111
cotidiano dos pequenos e suas famílias. E o olhar para deficiência
mudou pelo fato de termos dado um novo olhar para o brincar como
fonte de desenvolvimento humano e possibilidade de enxergarmos que
o brincar nos faz iguais. Afinal para ser humano é preciso ter sido
criança.
112
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOTECA: AGENTES
POTENCIALIZADORES DE HABILIDADES NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
113
realizar a tabulação de análise de dados, a fim de verificar este
ambiente como meio facilitador no ensino a aprendizagem.
114
VOU LEVAR O BALAIO DE IAIÁ!
115
p. 91) “é o meio sociocultural que nos dá as bases para a nossa inserção
no mundo” e ampliar a criação dessas teias de relações é fundamental
para nossa sobrevivência.
116
A DISSEMINAÇÃO DA CULTURA POPULAR BRASILEIRA
ATRAVÉS DA DANÇA FOLCLÓRICA
117
Palavras-chave: Cultura popular, Danças folclóricas, Olímpia,
Diversidade, Educação.
118
O BRINCAR NO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E
FORTALECIMENTO DE VÍNCULO (SCFV): BREVES
APROXIMAÇÕES LÚDICAS
119
pesquisa indireta, assim, utilizou-se a pesquisa bibliográfica. Considera-
se por fim que o brincar em projetos sociais pode ser representado por
meio da reflexão do lazer educativo, onde existem possibilidades de se
aprender e de se exercitar de maneira equilibrada, pela participação
social e lúdica, podendo ser o momento de abertura a uma vida cultural
intensa, diversificada e equilibrada.
120
O BRINCAR, A ESCOLA E A
APRENDIZAGEM
121
ESTÍMULOS PSICOMOTORES NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR POR MEIO DE
BRINCADEIRAS E JOGOS COMO PREVENÇÃO DE
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
122
dificuldades de aprendizagem, dando relevância ao corpo, que não é
apenas o receptáculo do seu cérebro, mas inequivocamente, o habitat
da sua inteligência.
123
BRINCAR E JOGAR EM MEIO AO TIROTEIO: OFICINAS
LÚDICAS EM ESCOLAS DA FAVELA DA MARÉ
124
estão imersos. Oficinas lúdicas em ambientes de tiroteio possibilitam a
construção da autoria de pensamento, autonomia, o diálogo, e os
modos de ser lúdico. Assumimos que jogos e brincadeiras retomam a
escuta, diversão, angústia, prazer, sobretudo por permitir que sujeitos
vivenciem o espaço de simbolização e encontrem outros caminhos para
aprendizagem, como foi notadamente observado nas oficinas.
125
MENINO EM MOVIMENTO: QUE CAMINHOS PODEMOS
TRILHAR NA ESCOLA REGULAR RUMO À EDUCAÇÃO
INCLUSIVA?
126
utilização de uma Comunicação Alternativa e Aumentativa é necessária
para a aquisição do conhecimento da pessoa com deficiência que
apresenta um comprometimento da fala. As atividades lúdicas são
facilitadoras das vivências nos ambientes de aprendizagem, sendo
indispensável no ato de aprender de forma vivencial. Apresenta-se um
trabalho na perspectiva da inclusão e suas possibilidades para além da
integração e socialização no âmbito educacional.
127
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DIFICULDADES NA
APRENDIZAGEM X ESTÍMULOS PSICOMOTORES
128
iniciando a maturação e o desenvolvimento, tendo como os pré-
requisitos a organização do cérebro e da gênese de identidade
(FONSECA, 2012). Desta forma, a educação psicomotora é um
importante aliado da aprendizagem, pois se as crianças tiverem suas
funções psicomotoras bem desenvolvidas terão mais facilidade nas
aprendizagens.
129
BRINCANDO E APRENDENDO NO UNIVERSO DAS
INTELIGÊNCIAS
130
em cada dia uma atividade voltada para estimular as inteligências,
contando também com uma atividade final. Dessa forma, foi possível
perceber a contribuição de forma significativa junto as crianças além de
momentos prazerosos e de motivação proporcionando atividades de
auto identificação através do brincar.
131
EXERGAMES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR
132
COORDENAÇÃO ÓCULO MANUAL E
PSICOMOTRICIDADE: INFLUÊNCIA NA ATENÇÃO E
CONCENTRAÇÃO EM CRIANÇAS COM IDADE ENTRE 7 E
8 ANOS.
133
mudanças na concentração em sala de aula de modo geral. Somente
em alguns conteúdos, de acordo com a preferência de cada aluno.
134
PROGRAMA SISTEMATIZADO DE INTERVENÇÃO
PSICOMOTORA: ABORDAGEM FUNCIONAL
135
neurodesenvolvimento, o que faz do programa uma ferramenta
importante de prevenção na escola.
136
INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA
INCLUSÃO ESCOLAR
137
RELAÇÕES ENTRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA,
LUDICIDADE E PSICOMOTRICIDADE COMO PROPOSTA
PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
138
tanto cognitivas quanto lúdicas para alunos no nível de Educação
Infantil e no processo pedagógico referente a creches. Em seguida,
foram consideradas as condições de desenvolvimento neurobiológico
padrão da criança de zero a dois anos de idade. Por fim, a pesquisa
teve inspirações nas atividades de psicomotricidade para a composição
de uma proposta pedagógica referente a creches e pautada em
resultados científicos interdisciplinares das áreas de Educação
Matemática e Ludicidade.
139
O XADREZ E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE
ENSINO APREDIZAGEM NOS CURSOS TÉCNICOS
INTEGRADOS DO IFRN – CAMPUS NATAL–CIDADE
ALTA
140
pela falta de comunicação e/ou acompanhamento que o projeto
necessita, no entanto não tem. Com base nos resultados obtidos, foi
possível perceber que o jogo contribui na melhoria do raciocínio lógico,
concentração e no processo de ensino aprendizagem a pesquisadora
resolveu estudar e analisar, se essa contribuição existia no projeto por
parte dos alunos. O reforço atribuído pelo jogo de fato ajuda sim, em
sala de aula, nas disciplinas, socialização, foco, concentração,
raciocínio lógico, saúde mental e previne doenças.
141
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: A EXPERIÊNCIA
DO CORPO NO JOGO
142
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR ORIENTADO NA
CRIANÇA COM SURDEZ
A audição é o canal sensorial que nos fornece contato por meio do som
de forma direta, rápida e eficiente. A criança com deficiência auditiva
pode ter ausência total ou parcial desse sentido. Praticar novas
possibilidades de brincadeira nos espaços para crianças é importante
para seu desenvolvimento, e com crianças com deficiência auditiva
pode ser uma forma que contribui com a aprendizagem, com sua
movimentação segura, noção espacial, lateralidade e equilíbrio. A
brincadeira como uma estratégia de ensino-aprendizagem pode ser
uma grande influência nos estímulos motores trabalhados, juntamente
com as combinações culturais e vivências de cada indivíduo. A
brincadeira é pelo ser humano um momento que acontece naturalmente
um encontro com o fazer e o brincar voluntário, que pode ser sozinho
ou em grupos. Pode-se dizer que o brincar é um aprendizado
significativo. Pode ter como base auxiliar no crescimento e
desenvolvimento humano, desde a primeira infância. Brincando a
criança poderá experimentar vivências, representar suas experiências
significativas e como consequência estruturar a sua realidade e a
consciência do seu eu. A audição não é uma habilidade sensorial única,
isolada. Não se refere a uma mera detecção do som no meio em que
estamos inseridos, uma vez que muitos mecanismos e processos
neurofisiológicos e cognitivos são necessários para uma perfeita
decodificação, percepção, reconhecimento e interpretação do canal
auditivo. O seguinte trabalho tem como objetivo entender a importância
do brincar orientado e como objetivos específicos verificar o porquê ele
143
afeta positivamente no desenvolvimento psicomotor em crianças com
deficiência auditiva de 04 a 06 anos e 11 meses. A metodologia aplicada
será por meio de revisão de literatura baseado em referências
bibliográficas de diversos autores na intenção de obter valiosas
opiniões. Essa é uma pesquisa em andamento, cujos resultados serão
apresentados a posteriori.
144
BRINCANDO COM AS PALAVRAS: A ALFABETIZAÇÃO E
O LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS ALIADO ÀS
BRINCADEIRAS E JOGOS
145
uma percepção maior sobre os signos da escrita de forma significativa.
Consideramos que o jogo e a brincadeira são elementos fundamentais
para o desenvolvimento cognitivo e social do educando. Durante a as
atividades lúdicas percebemos o envolvimento maior dos educandos de
forma positiva enriquecendo os campos de experiências através das
brincadeiras e dos jogos.
146
VAMOS BRINCAR DE TEATRO? A REPRESENTAÇÃO DA
LENDA DO BOI BUMBÁ NA EDUCAÇÃO INFANTIL
147
Consideramos que o jogo e a brincadeira são elementos fundamentais
para o desenvolvimento cognitivo e social do educando. Durante a as
atividades lúdicas percebemos o envolvimento maior dos educandos de
forma positiva enriquecendo os campos de experiências através das
brincadeiras e dos jogos.
148
JOGOS E BRINCADEIRAS E SEU PAPEL NA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
149
Palavras-chave: Educação Inclusiva, Escola, Aprendizagem, Jogos,
Brincadeiras.
150
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E JOGOS COOPERATIVOS
Fabricio Monteiro
151
cooperativos, defendida em 2006 na Faculdade de Educação Física da
Universidade Estadual de Campinas – FEF-UNICAMP, que se
transformou no livro Educação Física escolar e jogos cooperativos:
Uma relação possível, publicado em 2012 pela Phorte Editora.
152
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA MEDIADA PELA TEORIA
DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: JOGOS E
BRINCADEIRAS COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
153
percebeu-se o desenvolvimento da inteligência linguística, musical e
corporal. A partir dos jogos cooperativos os alunos refletiram sobre as
inteligências inter e intrapessoal, entre outras. Os jogos esportivos
como: futebol de casais, handebol de baliza foi mobilizado e refletido as
inteligências lógico-matemática, corporal cinestésica e relações.
Percebeu-se a integração de alunos que ficavam ociosos no pátio da
escola.
154
EDUCAÇÃO FÍSICA E O BRINCAR: A COMUNIDADE E AS
BRINCADEIRAS TRADICIONAIS
155
brinquedos tradicionais: carrinhos de rolimã de madeira, perna de latas,
pernas de pau, tabuleiros, amarelinha, chinelão de três ou duas cordas,
pebolim, Twister, slackline, pipas, bete, bolinha de gude, jogos
motores, cooperativos, jogos de equilíbrio e jogos integrativos, o quais
a criança possa se desenvolver com seus pais e a comunidade.
156
O BRINCAR E A CRIATIVIDADE NAS ATIVIDADES DE
AVENTURA
157
haver oportunidades de criação nas aulas, envolvendo lúdico, risco e
imaginação. No ensino de aventura, a criatividade requer que as
crianças tenham experiências reais de aprendizagem dos
procedimentos de segurança e técnica. Assim, inferimos que o cenário
ideal é que as crianças se apropriem do conhecimento, o recriem na
prática social e consigam retornar ao projeto a síntese de suas criações.
158
AS CONTRIBUIÇÕES DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA
DOCÊNCIA SUPERIOR
159
fundamentações teóricas, o colegiado ressalta que tal estratégia lúdica
pedagógica poderá contribuir positivamente para a construção e
aprimoramento do processo de ensinagem dos conteúdos
programáticos das suas respectivas disciplinas, enriquecendo a
formação do corpo discente.
160
EXPERIÊNCIAS EM BRINCADEIRAS CANTADAS PARA
CRIANÇAS PEQUENAS: RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM
TRÊS ESCOLAS DO BRASIL
161
o brincar, brincadeiras cantadas e crianças pequenas. A pesquisa
aconteceu em 2018 em três locais distintos, sendo-os uma escola
pública de Araçatuba/SP, uma ONG em Recife/PE e uma escola
privada na mesma cidade. Participaram da amostra 182 crianças
pequenas que experienciaram as brincadeiras cantadas por duas
vezes por semana durante oito semanas. Considera-se por fim,
que as brincadeiras cantadas escolhidas pelos educadores
potencializaram os objetivos propostos da pesquisa como o
estímulo à memória, noção rítmica e corporal, e se configurou
como o momento mais esperado pelas crianças em aula. Este
trabalho terá continuidade a fim de averiguar de forma
quantitativa os resultados.
162
O BRINCAR E A IMAGINAÇÃO: UM RECURSO
MOTIVACIONAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
COM CRIANÇAS DE DOIS A CINCO ANOS DE IDADE
163
fora da toca), e registrou-se as interações e participação ativa.
Considera-se que o brincar simbólico inserido nas aulas de educação
física propiciaram a motivação e, por consequência, a participação ativa
dos alunos nas aulas e que laços afetivos foram fortemente criados para
com o educador que ministrava as aulas, onde as crianças passaram a
estar mais próximas, acolhendo todos os combinados feitos pelo
mesmo, ainda que não verbalizados inicialmente.
164
PRÁTICAS EM BRINCADEIRAS
E JOGOS
165
LEGO® SERIOUS PLAY® UMA ABORDAGEM
PODEROSA
166
Palavras-chave: Criatividade, Ponto de vista, Engajamento,
Divertimento, LEGO® Serious Play®.
167
JOGO DIDÁTICO: BINGO GEOGRÁFICO COMO
RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DA GEOGRAFIA:
ESPAÇO RURAL E URBANO
168
conteúdo de forma mais fácil e dinâmica. Além de possibilitar um
aprendizado inovador e significante para os estudantes, uma vez que é
necessário que os docentes busquem métodos para tornar o ensino
mais atraente e de fácil compreensão dos conteúdos explicados na sala
de aula.
169
QUEIMADA-VÔLEI
170
LAZER E SOCIEDADE: CONTEXTUALIZAÇÃO DO LAZER
DA PRÉ- INDUSTRIALIZAÇÃO À PÓS MODERNIDADE
171
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS EM
CONTEXTOS INCLUSIVOS
172
PAEE e posteriormente para todos os alunos – incluindo o PAEE – nas
classes comuns e na quadra. Os resultados mostram que os jogos e
brincadeiras são instrumentos pedagógicos importantes, pois, além de
contribuírem significativamente para o processo de ensino e
aprendizagem, também nos mostraram que através dos jogos e
brincadeiras a inclusão do PAEE aconteceu de forma mais natural.
Todos os alunos participaram ativamente das atividades.
173
UM RESGATE DA ANCESTRALIDADE DOS JOGOS,
BRINCADEIRAS E CANTIGAS TRADICIONAIS ATRAVÉS
DOS CORPOS EM CANAAN
174
fazer uma análise da percepção. No segundo semestre a pesquisa de
campo levantou informações junto à comunidade quanto às
brincadeiras do passado através de rodas de conversa. Um Grupo
Focal foi mediado para nortear os resultados qualitativos do trabalho.
Observou-se que as diferenças constituintes dos contextos formativos
dos estudantes permeiam atividades discentes, mas que a cultura
originária, suas raízes, mantém-se em constante processo de
revitalização em suas práticas. Concluímos que a educação precisa
despertar para o fortalecimento dos processos comunicativos dos
corpos e de pertencimento da valorização dos artefatos culturais que
vêm perdendo espaço na contemporaneidade, tais como jogos,
brincadeiras e cantigas tradicionais, propondo que o desenvolvimento
tecnológico coexista harmoniosamente com estes.
175
A ARTE DE REABILITAR PELO TEATRO
176
potencializa as capacidades de criatividade, espontaneidade e
transformação social.
177
BRINCADEIRAS DE ONTEM E CRIANÇAS DE HOJE:
UTILIZAÇÃO DE BRINCADEIRAS ANTIGAS NA
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
178
a entender as brincadeiras e foram muito participativos. Através do
resgate de algumas brincadeiras antigas e a aplicação das mesmas
nas aulas de educação física durante todo o ano letivo, será possível
fazer com que os alunos vivenciem diferentes formas de brincar (de
ontem), além de realizar uma análise das capacidades motoras
antes e depois da utilização destas brincadeiras e entender as
relações sociais e afetivas das crianças (de hoje).
179
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES, A PARTIR DO OLHAR DE UMA
GESTORA DE ESPORTE E LAZER
180
Desportiva e de Lazer, Educação Física e Técnico em Lazer, o núcleo
contou com 16 colaboradores, sendo 2 coordenadoras, 5 monitores e 9
voluntários. Ao final do projeto, a gestora pode perceber resultados
positivos atribuídos pelo brincar que de forma lúdica ajuda sim na
socialização, foco, concentração, raciocínio lógico, mental e
psicológico, esses foram os valores que os participantes obtiveram
durante os dias que estivemos em ação.
181
JOGOS E BRINCADEIRAS COMO FACILITADORES DO
VÍNCULO E DO APRENDIZADO: OBSERVAÇÕES
CLÍNICAS
182
haviam sido empregados. Nas intervenções psicológicas, observou-se
que os jogos foram facilitadores do processo terapêutico, pois
aproximaram e estimularam o desenvolvimento da confiança do
paciente pelo terapeuta, promovendo o estabelecimento do vínculo
através da ludicidade. Na intervenção pedagógica, a utilização dos
jogos promoveu a estimulação das Funções Executivas, auxiliando na
flexibilidade cognitiva, através do componente lúdico. Conclui-se que a
utilização de jogos como mediadores lúdicos constitui uma importante
ferramenta para as intervenções psicológicas e pedagógicas, pois
auxiliam na formação do vínculo, na expressão verbal e na
aprendizagem.
183
BRINCADEIRA VERSUS JOGO NA ÓTICA DA
FISIOLOGIA E DO COMPORTAMENTO
184
no aumento da frequência cardíaca e na interação entre as crianças
durante o jogo.
185
INTENSIDADE DE ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS
FRENTE A DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE JOGO
186
em relação a competição e cooperação para todas as variáveis
avaliadas.
187
BRINQUEDO, O JOGO E A PERSPECTIVA DO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA ESCOLA
188
palitampa, mini-totó. Uma segunda etapa da pesquisa está prevista
para 01/02/2019 a 31/02/2019 com aplicação em mais dez escolas de
Educação Básica dos referidos municípios. Os resultados preliminares
sinalizam que além da socialização e desenvolvimento motor, a
experiência em questão estimula a imaginação, formação do ato de
brincar enquanto possibilidade criativa e constrói um certo
empoderamento e consciência quanto aos padrões midiáticos de
compra do brinquedo veiculados pela indústria do consumo.
189
A CONFECÇÃO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS:
DESCONSTRUINDO A REAÇÃO ESTEREOTIPADA
PROVOCADA PELAS PRÁTICAS DE MODALIDADES
INSTITUCIONALIZADAS
Francislene de Sylos
190
confeccionaram o material alternativo, portanto é possível afirmar que
quando o estudante está no centro do processo, sente-se motivado,
além de promover situações nas quais valores como respeito,
solidariedade, cooperação, empatia são reforçados, garantindo, dessa
forma, a formação integral do educando.
191
JOGOS TRADICIONAIS E A CULTURA LÚDICA DA
CRIANÇA: ELES NÃO VÃO DESAPARECER
192
utilização de informações, conhecimentos, e dados já coletados por
outras pessoas e demonstrados de diversas formas. Considera-se que
reviver e ativar os jogos tradicionais de outros tempos, ou construir e
recriar brinquedos são fatores importantes para a vivência da cultura
lúdica pelas crianças na atual sociedade. Os jogos tradicionais estão
vivos e vibrantes em espaços e instituições educacionais, bem como
em projetos de recreação e lazer. Deve-se trazer ao mundo atual com
mais significado e com foco na ação do brincar livre ou ação educativa,
além da preservação dos espaços do brincar.
193
194
MENÇÕES HONROSAS
195
6. Programa sistematizado de intervenção psicomotora: abordagem
funcional - Luzia Ivone Ricardo do Nascimento, Sônia das Dores
Rodrigues, Sylvia Maria Ciasca
196
197