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Teste 5

O que é a arte?

Nome: N.º: Turma:

Professor/a: Classificação:

Grupo I

Seleciona a opção correta.

1. O problema filosófico de definir arte consiste em

A. distinguir as boas obras de arte das más.

B. encontrar uma boa obra de arte.

C. definir o que é uma má obra de arte.

D. distinguir obras de arte de outros objetos.

2. A distinção entre sentido valorativo e classificativo de arte implica que

A. se um objeto não é valorizado como arte, é preferível destruí-lo.

B. se um objeto tem valor, então é arte.

C. podemos classificar como arte uma obra de que não gostamos.

D. podemos valorizar como arte uma obra que não classificamos como tal.

3. Uma das seguintes afirmações é verdadeira. Identifica-a.

A. Um objeto classificado como arte pela teoria da imitação não o seria pela teoria da
representação.

B. Uma obra que é considerada arte segundo a teoria formalista jamais teria esse estatuto
de acordo com a teoria expressivista.

C. Uma pintura considerada arte pelo expressivismo pode ter esse estatuto de acordo
com qualquer outra teoria.

D. Se uma obra pretende representar a realidade, só é considerada arte de acordo com


a teoria representacionista.

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4. A tese da teoria da arte como imitação afirma que

A. se um objeto representa a natureza, então é uma obra de arte.

B. se um objeto é arte, então é a imitação de algo.

C. se um objeto representa uma realidade, então é uma imitação.

D. se um objeto é uma imitação, então não é uma obra de arte.

5. A teoria formalista defende que

A. as formas de determinado objeto são um aspeto irrelevante para determinar o seu


estatuto artístico.

B. um objeto é uma obra de arte se possuir um conjunto de características apreciadas


pelos críticos de arte.

C. um objeto é arte se causar emoções estéticas no público que o contempla.

D. a beleza da sua forma é suficiente para tornar um objeto numa obra de arte.

6. A teoria expressivista não defende que

A. todos os objetos que causam emoções devem ser classificados como artísticos.

B. a intenção do artista é fundamental para definir a sua criação como obra de arte.

C. a capacidade comunicativa da obra é essencial para definir o seu estatuto artístico.

D. o público de uma obra de arte tem de ser contagiado com o mesmo tipo de emoção que
o criador tinha em mente quando a criou.

7. Seleciona a opção que preenche corretamente o espaço. «O conceito de representação


é do que o de imitação.»

A. mais abrangente

B. menos abrangente

C. mais artístico

D. menos artístico

8. A pintura They tens mainstay IV (1907), de Hilma af Klint,


é um claro contraexemplo à teoria

A. da arte como forma.

B. da arte como imitação.


AGO11DP © Porto Editora

C. histórica.

D. institucional.

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Fig. 1: Hilma af Klint, They
tens mainstay IV, 1907.

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9. De acordo com a teoria institucional,

A. um graffiti não pode ser arte se for realizado numa parede sem autorização do seu
proprietário.

B. apenas os artistas têm capacidade para decidir se um objeto é uma obra de arte.

C. o mundo da arte é composto pelos especialistas na produção de objetos artísticos.


D. uma obra de arte é um objeto criado intencionalmente para ser exposto ao mundo
da arte.

10. Jerrold Levinson considera que

A. encarar um objeto como uma obra de arte é suficiente para lhe dar esse estatuto.

B. a intenção do artista é irrelevante para definir uma criação sua como obra de arte.
C. uma obra é arte se foi criada para ser encarada como foram corretamente encaradas
outras obras de arte no passado.

D. só o mundo da arte pode atribuir o estatuto de arte aos objetos que alguém pretende
ver reconhecidos como tal.

Grupo II

1. A arquitetura coloca alguns desafios às teorias essencialistas.


Alguma dessas teorias pode considerar, sem restrições, a arquitetura como um tipo de
arte? Justifica a tua posição.

2. Observa atentamente as duas obras seguintes.


Indica a(s) teoria(s) que reconheceriam ambas como arte. Justifica.

Fig. 2: Sónia Almeida, Black & White Mood, 2008. Fig. 3: Graffiti em Londres, maio de 2020 [foto de Samuel Ryde].

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3. Considera o texto seguinte:

«A melhor maneira de definir a forma significante é aquilo que causa a emoção


estética. Ora, esta é simplesmente a emoção sentida na presença da forma significante.
Bell sugere de facto que esta emoção pode ser extática ou arrebatadora, e diferente da
emoção provo- cada pela apreciação da beleza na natureza; mas isto não irá servir para a
distinguir de várias outras emoções que não são estéticas no seu sentido do termo. E, de
facto, Bell admite que a emoção estética não precisa de chegar a esse ponto de
intensidade, pelo que tais considerações são pouco informativas. Mais uma vez, o nosso
único indicador do que é uma emoção estética pode encontrar-se em função do outro
termo central da teoria, no- meadamente, a forma significante.»
Nigel Warburton, O Que é a Arte?, Lisboa, Bizâncio, 2007, pp. 37-38.

3.1. Clive Bell é acusado de cometer uma falácia na definição de forma significante.
Partindo da análise do texto, esclarece esta crítica ao formalismo.

4. «A teoria institucional é demasiado vaga.» Esclarece esta crítica à teoria institucional.

5. Observa atentamente as obras de arte seguintes e indica aquela(s) que pode(m)


servir como contraexemplo à teoria representacionista e à teoria formalista. Justifica
as tuas escolhas.

Fig. 4: Álvaro Siza Vieira, Fig. 5: Cornelia Parker,


Igreja de Santa Maria, Marco de Canaveses, 1996. Subconscious of a Monument, 2003.

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Fig. 6: Bill Bollinger, sem título, 1970.

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Grupo III

1. Considera a obra Cinderela, de Joana Vasconcelos.

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Fig. 7: Joana Vasconcelos, Cinderela, 2007

1.1. Podemos considerar esta obra como arte?


Justifica mobilizando conceitos e uma teoria estudada.

COTAÇÕES

Grupo Item (cotação em pontos)


1. a 10.
I 80 pontos
10 × 8 pontos
1. 2. 3.1. 4. 5.
II 90 pontos
20 20 20 10 20
III Item único 30 pontos

TOTAL 200 pontos

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Teste 5: O que é a arte?

Grupo I

1. D.

2. C.

3. C.

4. B.

5. C.

6. A.

7. A.

8. B.

9. D.

10. C.

Grupo II

1. Sim, a teoria formalista, como não assenta na imitação da natureza nem na sua representação
figurativa, não rejeita do universo artístico o desenho e a construção de edifícios e estruturas
arquitetónicas variadas. Se cada objeto arquitetónico possui uma forma, um arranjo de
caraterísticas geométricas, pictóricas, etc., é razoável aceitar que pode possuir forma
significante. Se possui, e tem como um dos seus principais objetivos mostrar essa forma
significante, então podemos aceitar que a arquitetura é arte e que os objetos arquitetónicos
são obras de arte.

2. As teorias formalista e institucional reconheceriam os dois trabalhos como artísticos. Em


ambas as pinturas encontramos uma configuração de formas, cores e linhas que provocam
emoção estética em quem as contempla. Para Clive Bell, a pintura abstrata é arte pois é capaz
de causar nos espectadores essa emoção estética. Segundo George Dickie, também estamos
perante duas obras de arte, pois, quer num caso, quer noutro, estamos perante artefactos que
foram propostos à apreciação pelo mundo da arte.
O expressivismo de Tolstoi teria dificuldade em aceitar a Fig. 2 como arte pois a pintura abstrata
desafia o conceito de expressão de emoções tal como Tolstoi o concebe. As teorias da imitação
e da representação também não aceitariam como arte a Fig. 2 pois a arte abstrata, por
definição, não é representativa nem imitativa.

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A teoria histórica não aceitaria, em princípio, a Fig. 3 como arte, pois os graffitis nem sempre
são realizados com autorização do proprietário das paredes. Assim, não cumpre a primeira
condição necessária da teoria.

3.

3.1. A teoria formalista de Clive Bell tem como conceitos centrais a “forma significante” e a
“emoção estética”. Os seus críticos afirmam que a explicação destes conceitos não
consegue escapar a um círculo vicioso: o conceito de forma significante é definido como o
arranjo de características dos objetos que desperta no ser humano a emoção estética, e
esta é definida como o tipo especial de emoção que é causada pela forma significante que
os objetos apresentam. O autor do texto refere claramente este problema quando afirma
que «a forma significante é aquilo que causa a emoção estética.» e que a definição desta
«é simplesmente a emoção sentida na presença da forma significante.» Clive Bell não
desenvolve definições independentes destes dois conceitos, mas deveria incluir pelo
menos uma explicação mais robusta do significado de cada um deles que nos permitisse
entender cada conceito sem fazer referência ao outro. Como essa explicação não existe,
cada um destes conceitos define-se pelo outro, e isso é um caso de uma falácia da
circularidade.

4. Alguns críticos acusam a teoria institucional de ter apresentado um critério vago e muito geral
para definir o que é a arte. Quando o “mundo da arte” aceita um objeto como artístico deve
fazê-lo com base em algo mais do que apenas a vontade de um ou alguns dos seus membros.
Se a proposta ou atribuição do estatuto de obra de arte tem um fundamento, se se baseia em
razões, uma teoria da arte deveria revelá-las, e a teoria institucional não o faz. Logo, não é
uma teoria aceitável.

5. A Fig. 4 é um contraexemplo à teoria representacionista. Os edifícios não representam


porque não existem em lugar de outra coisa. A igreja de Santa Maria não representa a casa
de Deus, ela é literalmente a casa de Deus.
A Fig. 5 pode ser classificada como arte por ambas as teorias, pois podemos interpretá-la
como representando a ideia de subconsciente, ou como apresentando uma forma significante
– existe um certo arranjo de formas, uma certa configuração de objetos.
A Fig. 6 é um contraexemplo à teoria formalista, pois estes dois carrinhos de mão cheios de
água são absolutamente indistinguíveis de qualquer outro carrinho de mão com água, portanto,
o que os define como obras de arte não é a forma significante, mas sim as características
relacionais que estes carrinhos estabelecem com o mundo da arte que os rodeia.

Grupo III

1.

1.1. Opção A – Sim, Cinderela, de Joana Vasconcelos, é uma obra de arte. Qualquer teoria
pode servir para fundamentar esta opção. A mais difícil de usar seria a teoria da imitação,
AGO11DP © Porto Editora
mas tomando o objeto como uma réplica gigante de um sapato, podemos aceitar que se
trata de uma imitação – embora este ponto seja controverso.
Opção B – Não, Cinderela, de Joana Vasconcelos, não é uma obra de arte. Esta posição
é difícil de defender, mesmo de um ponto de vista tradicional (essencialista), pois
podemos ver na obra uma imitação, uma representação, a expressão de sentimentos e
um objeto com forma significante. No entanto, devemos avaliar a capacidade
argumentativa do/a aluno/a.

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