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\oandeus 7 Sexta-feira, 7 de Outubro de 2016 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Preco deste ntimero - Kz: 250,00 Toa & CarspOndea, quer ORCA quer telativa a snincio © aninalums do «Disio dda Repibliew, deve ser diisida & Imprensa [Nacional - EP, an Luanda, Rua Hearkue de Ccarsao m° 2, Cidade Ak, Caixa Postal 1306, Asteée ten AL! sere AD eee winwimprasmional gova0 - Ein teleg ngs, AR sae SUMARIO Assembleia Nacional Leta 1716: Lede Bases do Sistema de Bducago e Easina, que estabelece os pri ‘pins eas bass gers do Sister de Beato e Enso. — Revoge ALecin® 18/01, de31 de Dezembro toda alegilagio que contac odisposto na presente Le Ministério do Interior Despacho n- 46616: (rin a Comisso Miinsecoral par Avani © Condo do Proceso de Abste dos Veleuls 4 Carga deste Ministerio ¢ dos respectivos Servigos Exesutvos, Ministério da Economia Despacho n.*4676: Chi # Comisso de Negocingso pars a condo do procesto deprive: tizagio da EMPROTEL— Lunds, coordesada por outa da Graga «daSiva Pallas ASSEMBLEIA NACIONAL Lein. 17116 de 7 de Outairo A implementagao da Lei n° 13/01, de 31 de Dezembro, que aprovou as Bases do Sistema de Educagio, permitiu 0 eres- cimento de todos os subsistemas de ensino e contribui para 0 desenvolvimento dos diferentes seetores da vida nacional, Parém, ante o novo quadiro constitacional eos novos desafios de desenvolvimento que se colocamn, traduzidos em diferen- tes Planos ¢ Programas Betratégicos de Desenvolvimento & ‘fim de garantir a inserco de Angola no contexto regional e intemacional, tona-se necessaria a aprovagao de uma nova, Lei de Bases do Sistema de Educagiio e Ensino. NATURA ‘pres de cada Tt pb ica nos Dios Ano | da Republica 1*€2° ste &de Kz: 7800 epara Kz 611 798.50] 3* sie Ke: 95.00, nrescido do respctivo e361 27000 Ke 18915000 Kz. 150111.00 Imposto do selo, dependendo a publicagao da | edie de dep ésitoprévioa efectuarnatesouraria sa Ingrensa Nacional -E.P A aprovagio de uma nova Lei de Bases do Sistema de Educagdio e Ensino vai permitir a criagiio de condigdes mais adequadas para a aplicagao das potiticas publicas¢ dos pro- ‘amas nacionais, como objective de continuar a assezurar, a incrementare a redinamizar 0 erestimento eo desenvolvi- 0 ¢ social do Pais, bem como a adopeio, 0 sperfeicoamento ou 2 modificagto de distintosinstrumentos de govemaa. Assim, o Sistema de Educagao e Ensino deve reafirmar, mento econém ‘entre 05 seus objectivos, a promogao do desenvolvimento Inumano, com base numa eduicago e aprendizagem ao longo dda vida para todos os individuos, que permita assegurar 0 ‘aumento dos niveis de qualidade de ensino, Deve igvalmente, ccontribuir de forma mais efectiva, para a exceléncia no pro- a cesso de ensino © aprendizagem, para 0 empreendedor para o desenvolvimento cientifico, téenico e tecnolégico de todos os sectores da vida nacional Sistema de Educagao ¢ Ensino deve nda garantir @ reafirmagao da formagao assente nos valores patriticos, civi- cos, morais, éticos e esteticos € a crescent dinamizagao do ‘emprego e da actividad econémica, a consolidagio da justica social, do humanismo e da democracia phualista, A presente Lei possibilita a implementagao de medidas ‘que visam melhorar cada vez mais a organizagao, a fimciona- lidade € o desempenkio do Sistema de Educagio e Ensino, bem ‘como fartalecer a aticulagio entre os diferentes Subsistemas de Ensino. AAssembleia Nacional aprova, por mandato de povo, nos: termos das disposighes combinadas da alinea i) do artigo 165° ‘eda alinea c) do n° 2 do artigo 166°, ambos da Constituigo dda Repiblica de Angola, a sesuinte: 3994 DIARIO DA REPUBLICA LEIDE BASES DO SISTEMA. DE EDUCACAO E ENSINO CAPITULO Dispostcoes Gerais, ARTIGO 1° (Object Appresente Lei estabelece os principios e as bases gerais, do Sistema de Educagao e Ensino antigo 2* (Edacapio¢ Sistema de Educasio Exsino) 1. A Educagao ¢ um processo planificado e sistematizado de ensino e aprendizagem, que visa prepatar de forma integral o individuo para. exiaéncins da vida individual ¢ colectiva 2. Nos termos do previsto nontimero anterior, o individu desenvolve-sena convivéncia humana, a fim de ser capaz de enfrentar os principais desafios da sociedade, especialmente nna consolidagao da paz, da unidade nacional, na promogdo € protecyao des direitos da pessoa humana, do ambiente, bem camo no processo de desenvolvimento cientifico, tecnico, teenoléaico, econémico, sociale cultural do Pais. 3.0 Sistema de Edneagéo e Ensino é 0 conjunto de estat +as, modalidadese instiigdes de ensino, por meio des qais se realiza 0 processo educativo, tendente a formagao harmoniosa « intezral do individuo, com vista & construgio de uma socie- dade livre, democratica, de dircito, de paze prosresso social ARTIGO 3° (mbit de apticagao da Lat) A presente Lei aplica-se a0 conjunto de estruturas, moda~ lidades e instituigses que constituem o Sistema de Edncagio € Ensino em todo 0 territério nacional e tem por base a Constinsigio da Repablica de Angola, a Estratéaia Nacional, de Desenvolvimento e as Politicas Nacionais de Educagio. ARTIGO4, (ins do Sisteana de Faeagao ¢ Fasino) inte fins: (0 Sistema de Educagiio e Ensino tem os ses i Desenvolver harmonicsamente as capacidades inte- lectuais, laborais, efvieas, morais, éticas, esteticas e fisicas, bem como o sentimento patristico dos cidadaos, especiaimente dos jovens, de maneira continua e sistemética e elevar o seu nivel cien~ 10 tecnologico, a fim de contribuir para o desenvolvimento sécio-econdmiico do Pais: b) Assegurar a aquisigao de conhecimentos © com peténcias necessérias a uma adequada e eficaz patticipagao na vida individual e colectiva, ) Formar um individuo capaz de compreender os problemas nacionais, regionais ¢ intemacionais de forma critica, consirutiva e inovadora para a sua participagao activa na sociedade, a Iuz dos Prineipios democriticos, tifico, teen @ Promover o desenvolvimento da consciéncia indi- ‘vidual, em particular 0 respeito pelos valores & simbolos nacionais, pela dignidade humana, a tolerancia ¢ cultura de paz, a unidade nacional, 1 preservagao do meio ambiente ea continua ‘melhoria da qualidade de vide: ¢) Fomentar o respeito mituo ¢ os superiores interes ses da nagfo angolana na promogio do direito ¢ respeitoa vida ea dignidade humana, a liberdade ea integridade pessoal e colectiva, P Descavolvero esptito de solidariedade entre os povos: em atitude de respeito pela diferenca, permitindo ‘uma sandavel integragio regional cintemacional; ) Garantir a exceléncia, o empreendedorismo, a cliciéncia ¢ a eficacia do pracesso de formagao intewral do individuo. CAPITULO Principios Gerais do Sistema de Educagio e Ensino ARTIGO S* (Princpios geras) 0 Sistema de Educagiio ¢ Ensino reae-se pelos principios| da legalidade, da integralidade, da laieidade, da universali- dade, da democraticidade, da gratuitidade, da obrigatoriedade, a intervengao do Estado, da qualidade de servigos, da edu- cagio e promogaie dos valores morais, civicos e patridticos, ARTIGO 6° (Leaalidade) ‘Todas as instituigses de ensino e os diferentes actores © pparceiros do Sistema de Educaco e Ensino devem pautar asua ‘acluagao em conformidade com a Censtituigao da Republica de Angola e com a lei ARTIGO 7° ntepraidade (O Sistema de Educagto ¢ Ensino assegura a comespondén- cia entre os objectivos da formagio € os de descavolvimento do Pais, que se matevializam através da unidade dos objectivos ‘econteiides de formagao, garantind a articulagao horizontal «evattical permanente dos subsistemas, niveis e modalidades de ensino. ARTIGO 8° Gaieidadey (O Estado assegura, independentemente da confissio reli- aiosa, a primazia da prossecugio dos fins do Sistema de Educagio ¢ Ensino e dos objectivos estabelecidos para cada, subsistema de ensino, o acesso aos diferentes niveis de ensino desde que estejam preenchidos os requisitos estabelecidos & anio-exallagio dos ideais de qualquer religiso nas institui- ‘g8es de ensino, ARTIGO 9° (Cuiversatiade) Sistema de Educagao e Ensino tem caricter universal pelo que, todos os individuos tém iguais direitos no acesso, na I SERIE -N¢ 170 - DE 7 DE OUTUBRO DE 2016 3995 ‘requéncia eno sucesso escolar nos diversos niveis de ensino, desde que sejam observados 0s criterios de cada Subsistema deEnsino, assegurando a inclusao social a igualdade de opor- lunidades c a equidade, bem como a proibigao de qualquer forma de discriminagiio, ARTIGO 10." @esnacraticinds) O Sistema de Educagao e Ensino tem caracter democr’- tico, pelo que, sem qualquer distingao, todos os individuos directamente envolvidos no processo de ensino e aprendiza- gem, na qualidade de agente da educagdo ou de parceiro,téen direito de participar na organizagao ¢ gestao das estruturas,, modalidades e instituigbes afectas & Educagio, nos termos a regulamentar para cada Subsistema de Ensino, ARTIGO 11° (Ceatuitidade) 1 Agratuitidade no Sistema de Edhucagao ¢ Ensino traduz-se na isengao de qualquer pagamento pela inscrigao, assisten- cia as aulas, material escolar € apoio social, dentre o qual a metenda escolar, para todos os individuos que frequentam © censino primério nas Instituigdes Piblicas de Ensino, 2. 0 Estado deve garantir ¢ promover as condighes neces- srias para manter gratuita a frequéncia da classe da Iniciago, © do T Ciclo do Ensino Secundario, bem como o transporte cescolar, a saiide escolar ¢ a merenda escolar nas Instituigoes, Piblicas de Ensino. 3. O pagamento da inscrigao, da assisténcia as aulas, do iaterial escolar e de outros encargos, no Il Ciclo do Ensino Secundario ¢ Ensino Superior, constituem respansabilidade dos Pais, Enearregados de Educagtio ou dos préprios alunos, fem caso de maior idade, 4. 0 Estado coloca a disposi¢ao mecanismos de apoio social para os quais podem candidatar-se os alunos que reii= ham os requisites estabelecidos nos termos da lei. 5. 0 disposto nos nimeros anteriores nao prejudica 0 recurso a bolsas de estudo cujo regi diploma proprio 1 € estabelecido em ARTIGO 12: (Obrigatriedadey 1. A obrigatoriedade da Edueagiio traduz-se no dever do Estado, da sociedade, das families ¢ das empresas, de assegurar © promover 0 acesso ea frequéncia ao Sistema de Educagio ¢ Ensino a todos os individuos em idade escolar 2. A obrigatoriedade da Exucagao abrange a classe da cingfo, o Ensino Primrio ¢ 0 I Ciclo do Ensino Secundiio. ARTIGO 13 ater vencio do Estado) 1 Ao Estado através do Titular do Poder Executive ineumbe as atribuicdes de desenvolvimento, regulagao, coordenayao, supervisio, fiscalizagio, controlo e avaliagao do Sistema de Edincagio e Ensino, 2. A iniciativa de desenvolvimento da educagao € uma responsabilidad do Estado, complementada pela iniciativa ‘empreendedora de entidades privadas on publico-privadas, nos termos a regulamentar em diploma préprio. 3. No exercicio do poder regulamentar, o Tittlar do Poder Executive aprova ¢ implementa politicas e normas sobre a ‘organizagao, funcionamento ¢ desenvolvimento do Sistema de Educagii e Ensino, nos seus diferentes subsistemas eniveis, independentemente da natureza pibtica, privada e ptiblico- -privada que as insituigbes de ensino possam revestir 4. 0 Estado pode apoiar iniciativas para o desenvolvi- mento de instituigdes privadas e piblico-privadas de ensino no desempenho efeetivo de uma fumgao de interesse publico, desde que intearadas no plano de desenvolvimento da educagto. ARTIGO 14° Quaidade de services) ‘No exarcicio da actividade educativa, as instituigdes de ‘sino devea cbservar elevados padres de desempenho ¢ sleangar os methoresresltados no dominio cientific, tecnico, tecnoldaico ¢ cultural ena promogao do sucesso escola, da ‘qualidade, da exceléncia, do méaito e da inovagao. ARTIGO 15° (aucaeto promogae ds valores moras, ees epateiieos) © Sistema de Educagao ¢ Ensino promove orespeito pelos simbolos nacionais ¢ a valorizagao da historia, da cultura nacional, da identidade nacional, da unidade e integridade territorial, da preservacio da soberania, da paz e do Estado

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