Introdução

ao Arduino

Eduardo Furiati
Douglas Chanan

07/11/2023
Sumário
História do Arduino........................................................................................................................... 3
Conceitos ........................................................................................................................................... 4
Componentes Básicos ..................................................................................................................... 4
Pinagem .............................................................................................................................................. 6
Digital vs Analógico .......................................................................................................................... 6
Voltagem de Funcionamento: 3.3v e 5v ..........................................................................................7
Software...............................................................................................................................................7
Selecionando a Placa Arduino correta e a porta USB para upload do firmware ..................... 8
Alterando idioma para Português ................................................................................................... 9
Bibliotecas ......................................................................................................................................... 9
Adicionando bibliotecas pelo Arduino IDE. .................................................................................. 9
Adicionando bibliotecas manualmente ........................................................................................10
Estrutura Básica do Sketch ............................................................................................................ 11
Interface Serial.................................................................................................................................. 12
Primeiro Sketch piscando o Led no Pino 13 ................................................................................ 13
Segundo Sketch lendo um botão................................................................................................... 14
Conservando memória RAM e FLASH .......................................................................................... 15
Identificação do programa .............................................................................................................. 15

Introdução ao Arduino – LABTED – Paraná Faz Ciência 2023 2

História do Arduino

O Arduino foi criado em 2005, na Itália, por um grupo de 5 pesquisadores: Massimo Banzi, David
Cuartielles, Tom Igoe, Gianluca Martino e David Mellis.

Massimo possuía o desejo de ensinar seus alunos noções básicas de eletrônica e programação, mas
não encontrava placas com preço acessível e esquemas simplificados.

Por conta disso, o objetivo do projeto era elaborar uma ferramenta adaptável e de baixo custo para
servir como base em seus projetos educacionais interativos.

Com características inovadoras, o Arduino se popularizou logo nos primeiros anos de existência,
vendendo mais de 50 mil unidades.

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Conceitos

O modelo Arduino UNO é uma placa que possui um microcontrolador Atmega328P, rodando a
16MHZ, e possui 2KB de SRAM e 32KB de memória FLASH, possuindo ainda 1KB de EEPROM.
Possui 14 Pinos Digitais e 06 Pinos Analógicos. A placa suporta voltagem de 7 a 12V em corrente
contínua

A placa possui ainda um processador USB para Serial Atmega16U2 rodando a 16MHz também.
OBS: placas “clones” podem possuir um outro processador no lugar do Atmega16U2, podendo gerar
problemas para se fazer upload do programa e/ou ler a interface serial.

A placa comporta SHIELDS, podemos comprar prontos ou desenvolver nossos próprios.

A SRAM é a memória onde o programa roda no Atmega328, a Memória FLASH é aonde o programa
fica armazenado e não se perde quando desligamos a energia. A EEPROM também não se perde
ao desligar a energia, sendo útil para guardarmos logs e configurações.

Componentes Básicos

A placa Arduino é composta basicamente pelos seguintes componentes:

1. Microcontrolador, que realiza o controle das operações e instruções dadas à placa;

2. Clock, controlado pelo cristal oscilador, geralmente é de 16 MHz, fornecer um ritmo para as
atividades do microcontrolador;
3. Módulo de comunicação com um computador, composto por uma entrada USB e um
microcontrolador dedicado, uma ponte para upload de um código para o Arduino;
4. Conector de alimentação;
5. Conectores para sensores, esses fazem ou leitura analógica ou leitura digital.
6.

Introdução ao Arduino – LABTED – Paraná Faz Ciência 2023 4

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Pinagem

O Microcontrolador ATMega possui pinos de entrada/saída, Pinos Analógicos e Pinos Digitais

possibilitando uma alta gama de aplicações, tais como:
• Acionar um relê;
• Ler um botão;
• Ler uma corrente DC;
• Acionar uma ventoinha e ler a velocidade da mesma;
• Ler um LDR;
• Acionar um led;
• Acionar um led infravermelho, imitando um controle remoto;
• Ler um sensor de Temperatura e Umidade;
• Ler e escrever em tags e cartões RFID;
• Ler um sensor ultrasônico...

Digital vs Analógico

Grandezas digitais são aquelas que não variam continuamente no tempo, mas sim em saltos entre
valores bem definidos. Um exemplo são os relógios digitais: apesar do tempo em si variar

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continuamente, o visor do relógio mostra o tempo em saltos de um em um segundo. Um relógio desse
tipo nunca mostrará 12,5 segundos, pois, para ele, só existem 12 e 13 segundos. Qualquer valor
intermediário não está definido.
Grandezas analógicas são aquelas que, ao contrário das grandezas digitais, variam continuamente
dentro de uma faixa de valores. O velocímetro de um carro, por exemplo, pode ser considerado
analógico, pois o ponteiro gira continuamente conforme o automóvel acelera ou trava. Se o ponteiro
girasse em saltos, o velocímetro seria considerado digital.

Voltagem de Funcionamento: 3.3v e 5v

Alguns sensores necessitam de 3.3v, outros de 5v para funcionar, alguns aceitam de 3v a5v sem
problemas, é sempre importante verificar a voltagem que o sensor aceita, o datasheet é importante
em caso de dúvidas sobre a voltagem.
Também é importante notar que se invertermos a polaridade, ou seja, ligarmos 5v ao GND, podemos
ter problemas e até queimas o microcontrolador ATMega e/ou o sensor que estamos utilizando.

Software

O software do Arduino, ou seja, todo o seu sistema, é chamado Arduino Integrated Development
Environment, ou Arduino Software (IDE).
Ele conta com um editor de texto para inserção dos códigos, um console de texto, um campo de
mensagens, e menus comuns de dispositivos do tipo.

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A IDE do Arduino é open-source, assim como a propriedade intelectual da fabricante. A sua interface
gráfica é baseada em Processing e outras linguagens de código aberto.
Uma grande biblioteca de códigos é disponibilizada para os usuários da plataforma, e por isso a
programação é intuitiva e prática.
O ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) do Arduino é bastante simplificado.
Ele pode ser obtido no endereço oficial do Arduino https://www.arduino.cc/en/software

Selecionando a Placa Arduino correta e a porta USB para upload do firmware

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Alterando idioma para Português

Bibliotecas

As bibliotecas aumentam em muito as funcionalidades do Arduino, possibilitando controlar LCDS,

motores, monitores VGA, sensores e outros muito mais facilmente.

Adicionando bibliotecas pelo Arduino IDE.

Exemplo: Instalando a biblioteca DHT11 (Sensor de Temperatura)

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Adicionando bibliotecas manualmente

Para adicionar bibliotecas manualmente, baixe o arquivo (Geralmente .zip) descompacte e coloque
a pasta dentro da pasta libraries do Arduino IDE, reinicie o Arduino IDE para completar a instalação.

https://github.com/fdivitto/FabGL

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Estrutura Básica do Sketch

#include <biblioteca.h>
#include “arquivo.h”

// esta linha é um comentário

/*
comentário em mais de uma linha

*/

void setup() {

void loop() {

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Interface Serial

A Interface Serial é importante para monitorarmos, obtermos informações quando estamos programando o
ATMega328, sendo uma ferramenta muito boa para debugarmos nosso programa.

• Serial.begin(int speed) → Inicia a porta serial, selecione a velocidade correta no monitor serial.

• Serial.print() → Imprime na saída serial

• Serial.println() → Imprime na saída serial e passa para a próxima linha.

Exemplos:

void loop(){
Serial.begin(9600);
Serial.println(“teste”);
}

O exemplo acima vai imprimir teste continuamente na saída serial.

Imprimindo a Leitura do botão na saída serial:

void setup() {
// put your setup code here, to run once:
pinMode(7, OUTPUT);
pinMode(2, INPUT_PULLUP); // ativa o resistor no pino 2
Serial.begin(9600);
}

void loop() {
// put your main code here, to run repeatedly:
if (!digitalRead(2)) {
digitalWrite(7, HIGH);
Serial.println(digitalRead(2));
}
else {
digitalWrite(7, LOW);
}
}

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Primeiro Sketch piscando o Led no Pino 13

void setup() {
digitalWrite(7, OUTPUT);
}

void loop() {
pinMode(7, HIGH); // Seta o pino 7 para ALTO ou 5V
delay(1000); // 1 segundo
pinMode(7, LOW); // Seta o pino 7 para BAIXO, ou 0V
delay(1000);

Esquema elétrico

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Segundo Sketch lendo um botão

Podemos ler um botão em um dos pinos de entrada do ATMega ligando um dos pinos do botão a um dos pinos
de entrada do Arduino e outro pino ao GND do Arduino.

Para isso, ligaremos o pino + do Led ao Pino 7 do Arduino, e o pino GND ao GND do Arduino, lembrando
que precisamos colocar um resistor entre o Led e o Arduino, para não queimarmos o Led.

Vamos fazer a leitura do botão e acender um Led.

void setup() {
// put your setup code here, to run once:
pinMode(7, OUTPUT);
pinMode(2, INPUT_PULLUP); // ativa o resistor no pino 2
Serial.begin(9600);
}

void loop() {
// put your main code here, to run repeatedly:
if (!digitalRead(2)) {
digitalWrite(7, HIGH);
}
else {
digitalWrite(7, LOW);
}
}

Esquema elétrico

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Conservando memória RAM e FLASH

Como o ATMega possui poucos recursos de memória, é importante otimizarmos nosso programa para caber
em memória FLASH e memória RAM, alguns exemplos úteis:

Utilizar byte ao invés de int. Se nosso contador for até no máximo 255, utilizamos byte. Exemplo: byte t=0;

void setup{
}

void loop{
for(t=0; t< 255; t++) {
echo “teste”/
}
}

Utilize o mínimo de Strings possível, Strings usam muita memória.

Exemplo: String alerta=”Erro no Sensor”;

Identificação do programa

Procure identificar o programa para facilitar a leitura, a localização para ajustes etc.

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