Você está na página 1de 2

O grito.

Ensinam-nos a não gritar,


Podemos sussurrar, falar, cantar
Será que podemos gritar?
Eu quero gritar.

Não sei como gritar,


nem sei como será o meu grito
Talvez um esgoelo suntuoso
Ou um sussurro infinito.

Será gritar um privilégio para os que podem fazer ouvir,


Ou um sonido de uma alma inquieta, que insiste em persistir,
E que os gritos dos que gritam para se fazer sentir,
No cosmos vasto, ecoem a existir.

Eu quero gritar.
Será que vou gritar?

O mundo.

Num mundo vasto encontramos o nosso lar,


As suas maravilhas, e a profundidade do mar.
Encontramos quem devemos amar,
Ou, pelo menos nisso quero acreditar.

Sob o céu infinito,


Reflito sobre o meu arbítrio.
Pensando o meu caminho ser incerto,
Até encontrar aquele que amo de perto.

Rumino nos meus pensamentos sobre os lugares distantes,


Onde os sonhos dos comuns se entrelaçam,
Na busca por prazeres e aventuras constantes.

Rumino pelos pensamentos dos desacreditados no amor,


Medito nos corações que desejam sem afago,
Que neste mundo vagueiam com esplendor,
Enquanto eu procuro o amor, o mais puro e raro.

E, se num universo incerto e infinito


O mundo se torna numa jaula de horizontes limitados,
Os anseios e sonhos tornam-se desgastados
O amor é a chave para o tornar mais bonito.
A jaula.

Quais serão os limites?

Temos o universo.

Será que todos os animais se sentem livres numa jaula maior?

Você também pode gostar