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SUMÁRIO

1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA FITOTERAPIA. ................................. 3

1.1 Fitoterapia no mundo................................................................... 3

1.2 Fitoterapia no Brasil..................................................................... 5

2 FITOTERAPIA E FITOTERÁPICOS .................................................. 7

2.1 Regulamentação da fitoterapia no Brasil ..................................... 8

2.2 Aplicabilidade da Fitoterapia na saúde pública brasileira .......... 10

3 TOXICOLOGIA APLICADA A FITOTERAPIA .................................. 13

3.1 Conceitos básicos de toxicologia aplicados na fitoterapia ......... 16

4 FITOTERAPIA APLICADA A ESTÉTICA ......................................... 20

4.1 Fitocosmética. ........................................................................... 21

4.2 Matérias-primas vegetais .......................................................... 23

4.3 Principais processos de obtenção da matéria – prima. ............. 29

5 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS PARA


USO EM COSMÉTICOS FITOTERÁPICOS. ................................................... 31

5.1 Produtos obtidos por ................................................................. 32

5.2 Os extratos na fitocosmética ..................................................... 38

5.3 Princípios ativos vegetais .......................................................... 38

6 PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS ............................................. 43

6.1 Prescrições................................................................................ 43

6.2 Orientações e cuidados na prescrição ...................................... 49

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 53

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1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA FITOTERAPIA.

1.1 Fitoterapia no mundo

Fonte: salud-milenaria.blogspot.com

A palavra fitoterapia deriva de therapeia /tratamento e phyton/ vegetal,


portanto o tratamento com plantas. A fitoterapia é muito antiga, utilizada desde
tempos remotos, e se confunde em alguns pontos com a própria história da
Medicina.
Num sítio arqueológico, no Iraque, foram encontradas várias plantas de
uso medicinal, sugerindo a existência do uso terapêutico de plantas há 60.000
anos. Durante as escavações que localizaram a biblioteca do Rei Assurbanípal,
3000 A.C, foram encontradas inúmeras tábuas em argila, que faziam referência
ao uso terapêutico de 250 espécies, como a cássia, mirra, pinheiro, aloé,
beladona, cardamomo (gengibre) e a raiz e as folhas de tâmara (rica em
potássio, ferro, cálcio e vitaminas).
Aproximadamente no mesmo período (2700 AC), Shen Nung, Imperador
chinês, iniciou um profundo estudo dos efeitos terapêuticos de centenas de ervas
(em torno de 365), algumas experimentadas nele próprio, sendo ele o autor do
primeiro Pen Tsao, onde descreve propriedades de inúmeras plantas como o
ginseng, a cânfora e a E Ma Huang, a base da efedrina. O Pen Tsao teve
participação de diferentes autores, que foram agregando modificações à obra
inicial, e por isso são atribuídas ao livro diversas autorias.

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A sua importância relaciona-se à minuciosa classificação de cada planta:
nome, habitat, preparação, toxicidade, etc. Muitas das centenas de plantas
descritas nele, ainda são utilizadas na China de hoje.
Outro grande centro de onde encontramos relatos da utilização da
Fitoterapia é o Egito. O papiro mais completo é o de Erbs, datado de 1550 A.C,
mencionando 800 prescrições e 700 plantas, no entanto, o papiro mais antiga
data de 1900 A.C, o Papiro Médico de Kahun. Esse papiro faz referência a
plantas comuns como absinto, alho, meimendro (hyosciamus),coriandro,
genciana, granado e funcho.
Há também o papiro de Edwin Smith (1600 A.C), fazendo referência a
procedimentos cirúrgicos, e que parece ter sido copiado de um outro documento
bem mais antigo (3000 A.C).
A Índia também se destaca na utilização da fitoterapia, ainda que dentro
do conceito de sua medicina Ayurvédica (ayur = vida; veda = conhecimento, o
estudo de). No passado, na Índia, quem exercia a medicina eram os Brâmanes
(sacerdotes de grande prestígio, pertencentes à primeira das quatro castas em
que se dividia o povo hindu).
Os primeiros textos datam de até 5 a 6 séculos A.C. Escavações
arqueológicas há 50 anos, na Índia, descobriram as cidades de Mohenjo-Daro e
Harapa, onde encontraram escritas e gravuras referindo o emprego de plantas
medicinais, tratavam-se dos Vedas. Estima-se que estes escritos datem de
1.500 – 1.000 a. C. Entre outras coisas, eles fazem menção às plantas
aromáticas de uso alimentício de forma terapêutica: gengibre (infecções
respiratórias, infecções bucais e antídoto contra picada de cobra), noz moscada,
pimenta, alcaçuz, alfavaca, cominho, açafrão, alho, etc.
Na Grécia a descrição mais precoce de práticas médicas, é feita por
Homero nas suas duas grandes obras, Ilíadas e Odisséia. Na antiga Grécia três
nomes se destacam Teofrasto (372- 287 AC), Hipócrates (460 – 375 A. C.) e
Galeno (200-130 DC). Das obras de botânica médicas escritas na Grécia,
considera-se a mais antiga a pertencente a Teofrasto (372 – 287 A. C), foi o
discípulo predileto de Aristóteles, e escreveu o livro História das Plantas (dividida
em nove volumes) fazendo menção à 455 plantas.
Galeno nasceu em Pérgamo e viveu no século II D. C, trabalhou em
Roma, onde permaneceu por três décadas, até um pouco antes de sua morte no

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ano de 201 D. C. Foi inicialmente médico de gladiadores e logo passou a corte
como médico dos Imperadores Marco Aurélio, Cômodo e Sétimo Severo. Foi o
primeiro a considerar diferentes formas de extração dos princípios ativos e
experimentou outros extratores como água, vinagre, álcool e óleo.
Em alguns períodos da História os tratamentos médicos e especialmente
o conhecimento das ervas ficou restrito a monastérios e abadias. Hildegard Von
Bigen (1078-1179), uma monja beneditina, se projetou dentro deste cenário
como uma profunda conhecedora das plantas.
Nesse período destaca-se também Paracelso, um médico visionário, um
revolucionário, que cria a Teoria das Assinaturas, onde ele presumia que as
plantas tinham um aspecto que já sugeria per si a sua indicação terapêutica.
Fazia parte da Escola de Florença, que em 1498, redige o célebre Receituário
Florentino, uma espécie de vade mécum terapêutico escrito por médicos e
farmacêuticos.

1.2 Fitoterapia no Brasil

Fonte: draandreaparanhos.wordpress.com

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No Brasil, inicialmente o conhecimento e a utilização de plantas
medicinais era fruto de uma mistura das práticas e conhecimentos de indígenas,
escravos e imigrantes. Maurício de Nassau (séc.XVII), durante sua permanência
em Recife (1637- 1644), trouxe médicos e químicos que pesquisaram em
profundidade a flora medicinal brasileira. Desses estudos surgiu a primeira
publicação sobre as plantas medicinais brasileiras, o livro “Historia Naturalis
Brasiliae”, que foi publicado em Amsterdam em 1648.
Mas a fitoterapia dá um grande salto realmente com Lineu (1707 D.C),
botânico, zoólogo e médico sueco, criador da nomenclatura binominal e da
classificação científica, sendo considerado “pai da taxonomia moderna”, criando
uma nomenclatura binominal- gênero e descritor específico.
Essa classificação foi fundamental, visto que os nomes populares das
plantas se prestam a inúmeras confusões, por exemplo, plantas com o mesmo
nome, mas com indicações terapêuticas diferentes. É o caso, por exemplo, das
chamadas Ervas de São João, que dependendo da região do país referem-se a
plantas totalmente diferentes, e com indicações também distintas, como
o Hypericum perfuratum, planta europeia utilizada para depressão, o Ageratum
conyzoides L. Sieber, conhecida como ipê roxo no nordeste brasileiro ou como
catinga de mulata no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro e utilizada para dores
articulares, febre e como diurética, ou ainda a Pyrostegia venusta Miers, uma
planta do Sul utilizada no tratamento do vitiligo.
Aos poucos ocorre um amadurecimento da fitoterapia gerando a demanda
de um perfil mais científico. O que chamamos hoje de medicamento fitoterápico
é obtido empregando-se exclusivamente matérias primas vegetais, sem nenhum
tipo de associação.
A Fitoterapia moderna se caracteriza pela incorporação de alguns
conceitos fundamentais como a utilização dos nomes científicos, evitando-se as
confusões de nomenclatura, a percepção da importância da identificação do
marcador (Marcador-componente ou classe de compostos presente na matéria-
prima vegetal; idealmente o próprio princípio ativo) da droga, aquilo que pode
nos balizar o grau de atividade terapêutica da planta, já que esse pode sofrer a
influência do local onde a planta é semeada, de como e quando ela é colhida, de
como seus princípios ativos são extraídos e de como é armazenada.

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Ao mantermos a concentração do marcador ativo estável, conseguimos
homogeneizar o medicamento permitindo a realização de estudos clínicos com
resultados reprodutíveis.

2 FITOTERAPIA E FITOTERÁPICOS

Fonte: dicasparaviverbem.net.br

A fitoterapia é uma “terapêutica caracterizada pelo uso de plantas


medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de
substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal”.
O CONBRAFITO – Conselho Brasileiro de Fitoterapia,considera
“fitoterapia” a utilização de plantas medicinais ou bioativas, ocidentais e/ou
orientais, in natura ou secas, plantadas de forma tradicional, orgânica e/ou
biodinâmica, apresentadas como drogas vegetais ou drogas derivadas vegetais,
nas suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas
isoladas e preparadas de acordo com experiências populares tradicionais ou
métodos modernos científicos.
O uso de plantas medicinais na arte de curar é uma forma de tratamento
de origem muito antiga, relacionada aos primórdios da medicina e fundamentada
no acúmulo de informações por sucessivas gerações. Ao longo dos séculos,

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produtos de origem vegetal constituíram as bases para tratamento de diferentes
doenças.
Desde a Declaração de Alma-Ata, em 1978, a OMS tem expressado a sua
posição a respeito da necessidade de valorizar a utilização de plantas medicinais
no âmbito sanitário, tendo em conta que 80% da população mundial utiliza essas
plantas ou preparações destas no que se refere à atenção primária de saúde.
Ao lado disso, destaca-se a participação dos países em desenvolvimento nesse
processo, já que possuem 67% das espécies vegetais do mundo.
O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento dessa
terapêutica, como a maior diversidade vegetal do mundo, ampla
sociodiversidade, uso de plantas medicinais vinculado ao conhecimento
tradicional e tecnologia para validar cientificamente esse conhecimento.
Fitoterápico, de acordo com a legislação sanitária brasileira, é produto
obtido de matéria-prima ativa vegetal, exceto substâncias isoladas, com
finalidade profilática, curativa ou paliativa, incluindo medicamento fitoterápico e
produto tradicional fitoterápico, podendo ser simples, quando o ativo é
proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou composto, quando o
ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal. (Resolução nº 93 da
ANVISA, de 12 de julho de 2016 - Altera a RDC nº 26, de 13 de maio de 2014).
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação
de produtos tradicionais fitoterápicos.)
Segundo estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
aproximadamente 80% da população de países em desenvolvimento utiliza-se
de práticas tradicionais na atenção primária à saúde e, desse total, 85% fazem
uso de plantas medicinais (Carvalho, 2007). Com base nesses fatos, o estudo
de plantas medicinais como fonte de medicamentos é advogado pela OMS como
parte do seu programa “Saúde Para Todos”.

2.1 Regulamentação da fitoterapia no Brasil

Diversas normas regulamentam a produção de medicamentos, incluindo


os fitoterápicos. Medicamentos fitoterápicos podem ser manipulados ou
industrializados, conforme a legislação brasileira. Podem ainda ser destinados

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ao uso humano ou veterinário, sendo regulamentados pela Anvisa pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), respectivamente.
A manipulação de medicamentos para uso humano é feita em farmácias
com autorização da Vigilância Sanitária (estadual ou municipal), com base em
preparações magistrais (elaboradas a partir de prescrições médicas, de
dentistas ou veterinários) ou oficinais (inscritas no Formulário Nacional ou em
Formulários Internacionais reconhecidos pela Anvisa).
A norma que regulamenta a manipulação é a RDC n° 67/2007, atualizada
pela RDC n° 87/2008, que define as boas práticas de manipulação de
preparações magistrais e oficinais para uso humano em farmácias. Apenas os
medicamentos fitoterápicos industrializados para uso humano são registrados na
Anvisa.
Para o registro de medicamentos fitoterápicos, existe regulamentação
específica desde 1967: Portaria n° 22, que foi seguida pela Portaria n° 06,
publicada em 1995; RDC n° 17, publicada em 2000; RDC n° 48, publicada em
16 de março de 2004; RDC n° 14, publicada em 05 de abril de 2010; e a norma
vigente RDC nº 26, de 13 de maio de 2014.
Como forma de aperfeiçoar o marco regulatório, inserido no contexto da
cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos, a legislação sanitária
brasileira que dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos foi
atualizada em 2014, sendo publicada na forma de Resolução RDC nº 26/2014,
permitindo o acompanhamento do desenvolvimento científico e tecnológico e
possibilitando a ampliação do acesso da população aos medicamentos.
O registro de medicamentos é o instrumento através do qual o Ministério
da Saúde, no uso de sua atribuição específica, determina a inscrição prévia do
produto no órgão ou na entidade competente, após avaliação de requisitos de
caráter jurídico-administrativo e técnico-científico relacionados à eficácia,
segurança e qualidade desses produtos, visando sua comercialização e
consumo.
Segundo a RDC n° 26/2014, são considerados medicamentos
fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas
vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e que
sejam caracterizados pela constância de sua qualidade.

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São considerados produtos tradicionais fitoterápicos os obtidos com
emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e
efetividade sejam baseadas em dados de uso seguro e efetivo publicados na
literatura técnico-científica e que sejam concebidos para serem utilizados sem a
vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de prescrição ou de
monitorização.
Os produtos tradicionais fitoterápicos não podem se referir a doenças,
distúrbios, condições ou ações consideradas graves, não podem conter
matérias-primas em concentração de risco tóxico conhecido e não devem ser
administrados pelas vias injetável e oftálmica.
Não se considera medicamento fitoterápico ou produto tradicional
fitoterápico aquele que inclua na sua composição substâncias ativas isoladas
ou altamente purificadas, sejam elas sintéticas, semissintéticas ou naturais e
nem as associações dessas com outros extratos, sejam eles vegetais ou de
outras fontes, como a animal.
Além da RDC n° 26/2014, outras normas complementam as orientações
quanto ao registro de medicamentos fitoterápicos e produtos tradicionais
fitoterápicos, tais como: a RDC nº 66/2014, que altera o Anexo IV da RDC nº
26/2014; a IN nº 02/2014, que publica a "Lista de medicamentos fitoterápicos de
registro simplificado" e a "Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro
simplificado", entre outras.

2.2 Aplicabilidade da Fitoterapia na saúde pública brasileira

No Brasil, o Ministério da Saúde, torna disponível a utilização de


medicamentos fitoterápicos na saúde pública. Desde 2007, as prefeituras
brasileiras podem, por exemplo, adquirir espinheira santa, utilizada no
tratamento de úlceras e gastrites e guaco para sintomas da gripe, como a tosse,
ambos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Através da Portaria interministerial (2.960/2008) assinada pelo Ministério
da Saúde do Brasil e outros nove ministérios (Casa Civil; Agricultura, Pecuária e
Abastecimento; Cultura; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e
Combate à Fome; Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior; Integração
Nacional; Meio Ambiente; e Ciência e Tecnologia) foi criado o Programa Nacional

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de Plantas Medicinais e Fitoterápicos com objetivo de ampliar a utilização deste
tipo de medicamento pelo SUS.
Também em janeiro de 2009, o Ministério da Saúde do Brasil divulgou
uma lista com 71 plantas que podem ser utilizadas como medicamento
fitoterápico.
Em 2008, o Ministério da Saúde criou a Relação Nacional de Plantas
Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus), com base em lista de espécies
vegetais já utilizadas nos serviços de saúde estaduais e municipais, no
conhecimento tradicional e popular e em estudos químicos e farmacológicos.
Essas espécies têm potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de
gerar produtos de interesse ao SUS.
Técnicos da Anvisa e do Ministério da Saúde selecionaram, por regiões,
plantas medicinais com indicações de uso e de acordo com as categorias do
Código Internacional de Doenças (CID-10). Espécies exóticas ou ameaçadas de
extinção foram excluídas da lista.

RENISUS – Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS


Espécies vegetais
1 Achillea millefolium 37 Lippia sidoides

2 Allium sativum 38 Malva sylvestris

3 Aloe spp* (A. vera ou A. barbadensis) 39 Maytenus spp* (M. aquifolium ou


M. ilicifolia)
4 Alpinia spp* (A. zerumbet ou A. 40 Mentha pulegium
speciosa)
5 Anacardium occidentale 41 Mentha spp* (M. crispa, M.
piperita ou
M. villosa)
6 Ananas comosus 42 Mikania spp* (M. glomerata ou
M. laevigata)
7 Apuleia ferrea = Caesalpinia ferrea * 43 Momordica charantia

8 Arrabidaea chica 44 Morus sp*

9 Artemisia absinthium 45 Ocimum gratissimum

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10 Baccharis trimera 46 Orbignya speciosa

11 Bauhinia spp* (B. affinis, B. forficata 47 Passiflora spp* (P. alata, P.


ou edulis ou P. incarnata)
B. variegata)
12 Bidens pilosa 48 Persea spp* (P. gratissima ou P.
americana)
13 Calendula officinalis 49 Petroselinum sativum

14 Carapa guianensis 50 Phyllanthus spp* (P. amarus,


P.niruri,
P. tenellus e P. urinaria)
15 Casearia sylvestris 51 Plantago major

16 Chamomilla recutita = Matricaria 52 Plectranthus barbatus = Coleus


chamomilla = Matricaria recutita barbatus
17 Chenopodium ambrosioides 53 Polygonum spp* (P. acre ou P.
hydropiperoides)
18 Copaifera spp* 54 Portulaca pilosa

19 Cordia spp* (C. curassavica ou C. 55 Psidium guajava


verbenacea)*
20 Costus spp* (C. scaber ou C. spicatus) 56 Punica granatum

21 Croton spp (C. cajucara ou C. 57 Rhamnus purshiana


zehntneri)
22 Curcuma longa 58 Ruta graveolens

23 Cynara scolymus 59 Salix alba

24 Dalbergia subcymosa 60 Schinus terebinthifolius =


Schinus aroeira
25 Eleutherine plicata 61 Solanum paniculatum

26 Equisetum arvense 62 Solidago microglossa

27 Erythrina mulungu 63 Stryphnodendron adstringens =


Stryphnodendron barbatimam
28 Eucalyptus globulus 64 Syzygium spp* (S. jambolanum
ou S. cumini)

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29 Eugenia uniflora ou Myrtus brasiliana* 65 Tabebuia avellanedeae

30 Foeniculum vulgare 66 Tagetes minuta

31 Glycine max 67 Trifolium pratense

32 Harpagophytum procumbens 68 Uncaria tomentosa

33 Jatropha gossypiifolia 69 Vernonia condensata

34 Justicia pectoralis 70 Vernonia spp* (V. ruficoma ou V.


polyanthes)
35 Kalanchoe pinnata = Bryophyllum
calycinum*
71 Zingiber officinale
36 Lamium album

Fonte: portalarquivos2.saude.gov.br

3 TOXICOLOGIA APLICADA A FITOTERAPIA

Fonte: toxicologiainta.blogspot.com

No Brasil, o uso de plantas medicinais foi promovido, dentro outros


fatores, pela crise econômica que afeta o país, aliada ao difícil acesso da
população à assistência médica e farmacêutica, ao custo dos medicamentos
industrializados e a uma tendência dos consumidores de utilizarem produtos de

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origem natural devido a uma “consciência ecológica” estabelecida nos últimos
anos.
Através dos estudos botânicos e farmacológicos, são descobertas
plantas de utilidades medicinais, seus princípios ativos e seus efeitos
terapêuticos importantes para a manutenção da saúde e da qualidade de vida.
Em diversas plantas, porém, também existem substâncias tóxicas que
podem trazer grande risco às pessoas e a outros animais. De acordo com a
utilização, o modo de preparo e o tempo de tratamento, uma determinada planta
pode apresentar tanto uma ação terapêutica quanto uma ação tóxica.
Dessa maneira, os estudos toxicológicos são necessários para
estabelecer as doses terapêuticas e tóxicas, e determinar de forma precisa a
faixa terapêutica e as interações com outros fármacos.
No Brasil, a legislação para medicamentos fitoterápicos vem sofrendo
modificações nos últimos anos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) vem elaborando normas para a regulamentação destes
medicamentos, desde a Portaria nº 6 de 1995, que estabeleceu prazos para que
as indústrias farmacêuticas apresentassem dados de eficácia e segurança dos
medicamentos fitoterápicos, passando pela RDC n. 17 de 2000, e a Resolução
RDC n. 48 de 16 de março de 2004, atualmente em vigor, que dispõe sobre o
registro de medicamentos fitoterápicos.
Esta preocupação das autoridades regulatórias com a normatização dos
medicamentos fitoterápicos propicia a avaliação de aspectos importantes, como
a eficácia e segurança do uso destes medicamentos.
O uso tradicional de diversas plantas medicinais baseado em
conhecimentos populares, aliado à crença de que, “por ser natural não causa
reações adversas”, fez com que poucas plantas medicinais fossem avaliadas
através de estudos pré-clínicos e clínicos, a fim de comprovar sua eficácia e
segurança.
Além disto, sabe-se que muitas plantas medicinais apresentam
substâncias que podem desencadear reações adversas, seja por seus próprios
componentes, seja pela presença de contaminantes ou adulterantes presentes
nas preparações fitoterápicas, exigindo um rigoroso controle de qualidade desde
o cultivo, coleta da planta, extração de seus constituintes, até a elaboração do
medicamento final.
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Os princípios ativos frequentemente responsáveis pelo potencial tóxico
das plantas são
 Alcaloides
 Compostos fenólicos (taninos),
 Glicosídeos, minerais (cristais),
 Saponinas e terpenos (óleos essenciais, esteroides).

Embora tais substâncias possam acarretar distúrbios e reações adversas


no organismo, muitas delas, quando utilizadas de forma consciente e
terapêutica, possuem atividade benéfica no tratamento de diversas patologias,
como, por exemplo, a papoula (Papaver somniferum), utilizada na fabricação de
medicamentos analgésicos e anestésicos, a digitalina (Digitalis purpurea),
empregada como regulador cardíaco, e a beladona (Atropa belladonna), que
atua em problemas oculares, como sedativo, antiespasmódico e anti- -
hipertensivo.

Papaver somniferum Digitalis purpurea

Fonte: victoriananursery.co.uk Fonte: crocus.co.uk

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Atropa belladonna

Fonte: white-buffalo-trading.com Fonte: ebay.com

3.1 Conceitos básicos de toxicologia aplicados na fitoterapia

Como qualquer medicamento, o mau uso de fitoterápicos pode ocasionar


problemas à saúde, como por exemplo: alterações na pressão arterial,
problemas no sistema nervoso central, fígado e rins, que podem levar a
internações hospitalares e até mesmo à morte, dependendo da forma de uso.
Os medicamentos de origem vegetal, na maioria das vezes, possuem uma
dose terapêutica distante da dose tóxica, sendo o efeito tóxico atingido somente
com grande consumo.
Pode haver várias causas de intoxicação por plantas medicinais como:
Plantas com efeito tóxico Mesmo em pequenas doses causam
imediato intoxicação.
Plantas com efeito tóxico Certas plantas possuem substâncias
retardado químicas que provocam intoxicação
quando ingeridas por tempo prolongado.

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Mesmo após suspender o uso da planta os
sintomas de intoxicação podem ocorrer.
Plantas mofadas e mal Devem ser desprezadas. As substâncias
conservadas tóxicas produzidas por alguns fungos,
podem causar câncer hepático.
Plantas alergênicas A alergia pode ocorrer através de irritação
da pele que ocorre pelo contato da pele
com partes do vegetal ou pela ação do
sumo de algumas plantas que tornam a
pele sensível aos raios do sol.
Pessoas que trabalham diretamente com
estas plantas, ou o consumo prolongado
podem causar perturbações digestivas,
urticária, rinite e enxaqueca.
Plantas trocadas e utilizadas É importante saber a procedência da
erroneamente indicação, ver realmente quem é raizeiro e
quem é vendedor de plantas medicinais.

Toxicologia é a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das


interações de substâncias químicas com o organismo. A toxicologia abrange
uma vasta área do conhecimento, onde atuam profissionais de diversas
formações: Química Toxicológica, Toxicologia Farmacológica, Clínica, Forense,
Ocupacional, Veterinária, Ambiental (Ecotoxicologia), aplicada a Alimentos,
Genética, Analítica, Experimental e outras áreas.
1) Agente tóxico ou Toxicante: Entidade química capaz de causar dano a
um sistema biológico, alterando uma função ou levando-o à morte, sob
certas condições de exposição.
2) Veneno: Agente tóxico que altera ou destrói as funções vitais e, segundo
alguns autores, é termo para designar substâncias provenientes de
animais, com função de autodefesa ou predação.
3) Toxicidade: Capacidade inerente e potencial do agente tóxico de provocar
efeitos nocivos em organismos vivos. O efeito tóxico é geralmente
proporcional à concentração do agente tóxico a nível do sítio de ação
(tecido alvo).
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4) Ação tóxica: Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade
sobre as estruturas teciduais.
5) DL 50 (Dose Letal 50%): ou dose letal média de uma substância expressa
o grau de toxicidade aguda de substâncias químicas. Correspondem às
doses que provavelmente matam 50% dos animais de um lote utilizados
para experiência. São valores calculados estatisticamente a partir de dados
obtidos experimentalmente. Com base nas DL50 de várias substâncias,
são estabelecidas classes toxicológicas de produtos químicos e
farmacológicos, no entanto, para se dizer se uma substância é tóxica ou
inócua para o ser humano, devemos também optar por critérios que
avaliem se uma substância oferece Risco ou Perigo para um determinado
sistema biológico, para um determinado indivíduo ou para a saúde pública.
6) Antídoto: Agente capaz de antagonizar os efeitos tóxicos de substâncias.
7) Intoxicação: É um processo patológico causado por substâncias
endógenas ou exógenas, caracterizado por desequilíbrio fisiológico,
consequente das alterações bioquímicas no organismo. O processo é
evidenciado por sinais e sintomas ou mediante dados laboratoriais.
8) Intoxicação aguda: Decorre de um único contato (dose única - potência
da droga) ou múltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o agente tóxico,
num período de tempo aproximado de 24 horas.
Os efeitos surgem de imediato ou no decorrer de alguns dias, no máximo 2
semanas. Estuda a relação dose/resposta que conduz ao cálculo da DL50.
9) Intoxicação sub-aguda ou sub-crônica: Exposições repetidas a
substâncias químicas – caracteriza estudos de dose/resposta após
administrações repetidas.
10) Intoxicação crônica: Resulta efeito tóxico após exposição prolongada a
doses cumulativas do toxicante ou agente tóxico, num período prolongado,
geralmente maior de 3 meses a anos.
O processo de intoxicação pode ser desdobrado em quatro fases:
 Fase de Exposição: É a fase em que as superfícies externa ou
interna do organismo entram em contato com o toxicante.
Importante considerar nesta fase a via de introdução, a frequência e
a duração da exposição, as propriedades físico-químicas, assim

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como a dose ou a concentração do xenobiótico e a susceptibilidade
individual.
 Fase de Toxicocinética: Inclui todos os processos envolvidos na
relação entre a disponibilidade química e a concentração do fármaco
nos diferentes tecidos do organismo.
Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição, o armazenamento, a
biotransformação e a excreção das substâncias químicas. As
propriedades físicoquímicas dos toxicantes determinam o grau de
acesso aos órgãos-alvos, assim como a velocidade de sua
eliminação do organismo.
 Fase de Toxicodinâmica: Compreende a interação entre as
moléculas do toxicante e os sítios de ação, específicos ou não, dos
órgãos e, consequentemente, o aparecimento de desequilíbrio
homeostático.
 Fase Clínica: É a fase em que há evidências de sinais e sintomas,
ou ainda, alterações patológicas detectáveis mediante provas
diagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela
interação do toxicante com o organismo.

11) Interações entre substâncias: A exposição simultânea a várias


substâncias pode alterar uma série de fatores (absorção, ligação proteica,
metabolização e excreção) que influem na toxicidade de cada uma delas
em separado. Assim, a resposta final a tóxicos combinados pode ser
maior ou menor que a soma dos efeitos de cada um deles, podendo-se
ter:
 Efeito Aditivo: efeito final igual à soma dos efeitos de cada
um dos agentes envolvidos.
 Efeito Sinérgico: efeito maior que a soma dos efeitos de
cada agente em separado.
 Potencialização: o efeito de um agente é aumentado quando
em combinação com outro agente.
 Antagonismo: o efeito de um agente é diminuído, inativado
ou eliminado quando se combina com outro agente.

19
4 FITOTERAPIA APLICADA A ESTÉTICA

Fonte: grupomagistra.com

Com o passar dos anos podemos perceber uma maior preocupação e


valorização da estética. E a beleza, além de ser mais valorizada e desejada,
ainda se tornou um bem de consumo, tendo em vista que esta pode ser
"construída”.
Desde tempos remotos que as plantas aromáticas são utilizadas para
diversos fins, inclusive para cosméticos. O seu uso estende-se desde a área
alimentar até à farmacêutica e cosmética, sendo estas ervas utilizadas, tanto na
fabricação de infusões e conservação de alimentos, quanto em medicamentos
ou produtos de estética.
Não se sabe quem utilizou as plantas pela primeira vez. Descobriu-se nos
primeiros tempos da história que algumas plantas tinham propriedades curativas
e de embelezamento, sendo algumas boas para comer.
Este foi o primeiro passo de um largo processo de experimentação e erro,
através do qual o homem primitivo de diferentes povos adquiriu lentamente uma
série de conhecimentos sobre as plantas.
Um novo aliado no campo da estética é a Fitoterapia, que nada mais é do
que o uso de plantas medicinais como coadjuvantes do tratamento estético.
Essas plantas possuem em sua constituição princípios ativos que tem ação
terapêutica em nosso organismo e podem ser utilizados de diversas formas.
20
4.1 Fitocosmética.

Consta que o uso de cosméticos contendo ativos vegetais data de


milhares de anos a.c. A Cleópatra, por exemplo, hidratava a pele com leite, argila
e plantas.
O segmento da Cosmetologia que se dedica ao estudo e à aplicação dos
extratos e princípios ativos obtidos dos vegetais em proveito da higiene, estética,
correção e manutenção de um estado normal e sadio da pele e anexos (cabelos
e unhas) é chamado de Fitocosmética.
As plantas fornecem os ingredientes que são usados, direta ou
indiretamente, nas formulações dos cosméticos. Esses cosméticos são
conhecidos como fitocosméticos ou cosméticos fitoterápicos.
De forma direta podemos destacar como exemplo desses fitocosméticos,
os óleos vegetais, os extratos glicólicos ou secos, da planta inteira ou de partes
dela; na forma indireta estão as substâncias ativas que foram retiradas e
modificadas para maximizar o efeito benéfico sobre o tecido cutâneo ou fibra
capilar.
 Principais ativos dos cosméticos fitoterápicos
Obtido dos capítulos florais de Arnica
montana (Compositae), apresenta ação
adstringente, anti-inflamatória, anti-
Arnica séptica, funcionando como
descongestionante e estimulante celular.
É usada em formulações para prevenção
e tratamento de microvarizes e em
produtos cosmiátricos.
Cavalinha Os extratos são obtidos das partes
aéreas de Equisetum
arvensi (Equisetaceae) e seus extratos
são empregados em produtos
dermatológicos e cosméticos por sua
ação cicatrizante.

21
É obtida das flores de Calendula
officinalis (Asteraceae). Tem ação anti-
inflamatória, anti-séptica, adstringente,
cicatrizante, emoliente e ativadora da
Calêndula circulação.
Em cosmiatria, o seu uso é indicado em
formulações anti-rugas, em formulações
para atenuação de cicatrizes e em
produtos para pessoas com pele
sensível.
Os extratos são obtidos dos capítulos
florais de Matricaria
chamomila (Compositae).
Camomila Os extratos de camomila também são
usados em produtos dermatológicos e
cosméticos por sua ação tópica anti-
inflamatória, antialérgica,
descongestionante e refrescante.
O óleo é obtido por extração de Daucus
carota (Umbelliferae), rico em β-caroteno.
Cenoura Sua ação deve-se principalmente ao fato
de conter elementos provitamina A.
É rapidamente absorvido pela pele e tem
ação tópica emoliente e calmante. Usado
em bronzeadores.
É utilizada a óleo-resina extraída do
Copaíba caule de Copaifera sp. (Leguminoseae).
Possui ação cicatrizante e anti-séptica,
bem como ação anti-inflamatória e
emoliente.
É obtido das sementes de Prunus
Óleo de Amêndoas dulcis (Rosaceae) e tem propriedades
nutritiva, hidratante e emoliente.

22
Há muito tempo é empregado em
cosméticos, tendo especial aplicação em
cosmiatria nos cremes e loções para
prevenção de estrias gravídicas.
Obtido das nozes de Macadamia
ternifolia, é a maior fonte vegetal de
Óleo de Macadâmia ácido palmitoléico (25%) e rico em ácido
oléico (40%). Tem ação emoliente e
hidratante.
É usado em produtos cosméticos e
cosmiátricos para massagem e
antienvelhecimento

4.2 Matérias-primas vegetais

Desde a antiguidade, as plantas e os seus óleos essenciais sempre


fizeram parte da composição dos produtos cosméticos. O objetivo sempre foi
criar um odor agradável, além de tirar partido de algumas propriedades
fundamentais, como antissépticos e anti-inflamatórios.
As pomadas e os óleos contendo constituintes de plantas são
possivelmente as formas farmacêuticas mais antigas usadas na cosmética.
Infusões, cozimentos e macerados ocupam um lugar de destaque.
 Plantas mais utilizadas nos cosméticos fitoterápicos
1. Alecrim (Rosmarinus officinalis)

Fonte: guiadacozinha.com.br

23
 Antisséptico, estimulante circulatório.
 Utilizado para: estrias, dermatites seborreicas, ativar a circulatória,
tonificar.

2. Alfazema (Lavandula angustifolia)

Fonte: tuasaude.com

 Antisséptica, estimulante circulatória, anti-inflamatória,


regenerador celular.
 Utilizado para perturbações funcionais circulatórias, tonificar.

3. Calêndula, Maravilhas (Calendula officinalis)

Fonte: umjardimparacuidar.blogspot.com

24
 Antisséptica, anti-inflamatória, antifúngica.
 Utilizada para cicatrizar, hidratar, tratar de queimaduras solares,
eritema das fraldas, rugas.

4. Camomila (Chamaemelum nobile)

Fonte: radioaratiba.com.br

 Anti-inflamatória.
 Utilizada para aloirar o cabelo, relaxar os músculos faciais, suavizar
a pele, diminuir olheiras e bolsas das pálpebras, tonificar e
desinflamar a pele.

5. Equinácea (Echinacea purpurea)

Fonte: tuasaude.com

25
 Anti-inflamatória, protetora do tecido cutâneo.
 Utilizada para desinflamar, pele sensível, cieiro, gretas, caspa.

6. Erva-do-caril (Helychrisum italicum)

Fonte: cincosentidosnacozinha.blogspot.com

 Antialérgico, anti-inflamatório, cicatrizante, regeneradora da pele.


 Utilizada para escaras, acne-rosácea.

7. Funcho (Foeniculum vulgare)

Fonte: vemdaterra.com.br

 Antissépticos, anti-inflamatório, emoliente.


 Utilizado para peles com impurezas, peles inflamadas.

26
8. Hortelã-pimenta (Mentha x piperita)

Fonte: naturalcura.com.br

 Rejuvenescedora do tecido cutâneo.


 Uilizada para refrescar, tonificar e gretas.

9. Limonete, Lúcia-lima (Aloysia triphylla)

Fonte: plantaseflor.blogspot.com

 Anti-séptica, anti-inflamatória.
 Utilizada para amaciar e tonificar a pele.

27
10. Salva (Salvia officinalis)

Fonte: cantinhodasaromaticas.blogspot.com

 Antimicrobiana, anti-inflamatória, estimulante do tecido cutâneo.


 Utilizada para dar elasticidade e brilho ao cabelo restaurar a cor do
cabelo, peles envelhecidas, demaquilante facial, peles com
excesso de gordura, acne.

11. Tomilhos (Thymus sp.)

Fonte: tocadoverde.com.br

 Espamolítico, anti-séptico.
 Utilizado para combater a caspa, tonificar, rejuvenescer.

28
4.3 Principais processos de obtenção da matéria – prima.

 Infusão

Fonte: diariodoscampos.com.br

Deixa-se a água ferver sobre uma ou mais plantas convenientemente


divididas, deixando atuar entre 5 a 15 minutos, coando de seguida.
A conservação é muito limitada, devendo a infusão ser guardada em local
fresco. É usada em compressas ou incluída em loções, banhos cosméticos,
máscaras, etc.
Pode ainda ser administrada internamente como adjuvante de uma
terapêutica dermatológica. A proporção habitual é de 1 a 2 colheres de sopa
(cerca de 3 g planta seca) para o volume médio de uma chávena (cerca de 150
ml de água).

29
 Cozimento ou decocção

Fonte: talkingdrugs.org

É obtido por fervura. Quando não houver indicação em contrário, serão


preparados usando 100 g de planta e 1500 g de água. Ferver até concentrar a
1000 g, depois deve-se coar espremendo, deixar arrefecer e decantar. É usada
em compressas ou incluída em loções, banhos cosméticos, máscaras, etc.

 Macerado

Fonte: fazfacil.com.br

30
É uma preparação líquida resultante de uma extração, normalmente pela
água, dos constituintes solúveis existentes numa dada planta. A planta é
colocada em contato com a água, num recipiente de porcelana ou vidro, em local
fresco, por cerca de 12 horas. No final, deve-se coar ou filtrar. É um método
menos usado em cosmética, de forma direta. Destina-se à preparação de tinturas
ou extratos.
Existem várias preparações cosméticas que podem ser efetuadas com
plantas como: banhos cosméticos e banhos dermatológicos; champôs; cremes;
hidrolatos; leites faciais e corporais; compressas e cataplasmas; máscaras
cosméticas; óleos cosméticos; pomadas cosméticas e sabonetes cosméticos.
Hoje em dia as plantas são menos utilizadas de forma direta na moderna
indústria cosmética. Correntemente usam-se os seus extratos. Em casos
particulares, está a dar-se um reencontro com a utilização direta das plantas,
usando conhecimentos e práticas ancestrais.

5 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS PARA USO


EM COSMÉTICOS FITOTERÁPICOS.

Fonte: rozali.com

31
5.1 Produtos obtidos por

I. Tratamentos mecânicos:
Plantas empregadas in natura
Polpas
Produtos líquidos obtidos por expressão (suco fresco de planta):
O suco da planta fresca é a suspensão da planta, com seus constituintes
ativos e inativos, em álcool a 30º G.L. Por diversos processos modernos, são
estabilizados, inativando as enzimas e evitando uma degradação rápida dos
princípios ativos. Esta forma nova de apresentação das plantas permite a
utilização de todo o fitocomplexo da planta fresca sem a perda de nenhum
princípio ativo.

Pós vegetais:
Os vegetais na forma de pó possuem uma grande aplicação no arsenal
terapêutico, podendo ser incorporados facilmente às formas galênicas secas
como cápsulas e comprimidos. Possuem também grande importância como
matéria prima para a preparação de outras formas galênicas.
Após a eliminação dos corpos estranhos e das partes inertes, as ervas
devem ser secas a uma temperatura de 25ºC a 45ºC.
As ervas são trituradas em moinhos de diversos modelos e peneiradas,
tendo então a sua granulometria padronizada. Sendo todas estas operações
realizadas de maneira correta, não haverá diferenças notáveis nas diversas
partes da erva, mesmo apresentando texturas diferentes.
As vantagens de utilizar os vegetais na forma de pó são diversas, como:
administração da droga relativamente segura, manipulação simples,
possibilitando misturas, além de permitir o ajuste ou eventual concentração do
princípio ativo.

II. Ação do calor:


 Por destilação
Óleos essenciais:
Os óleos essenciais são compostos aromáticos, geralmente voláteis,
retirados dos vegetais, onde são encontrados pré-formados ou na forma

32
combinada. São extraídos por destilação, por expressão ou por extração através
de solventes. Em suas diferentes apresentações, são muito utilizados na
perfumaria e também na aromaterapia
Os medicamentos magistrais à base de óleos essenciais, variam com as
propriedades químicas e físicas, em particular a solubilidade.
Uma técnica nova de microencapsulação dos óleos vegetais, permite a
utilização dos óleos essenciais sob a forma de pó acondicionado em cápsulas.
Com excipientes não graxos pode-se utilizar externamente na forma de géis, ou
emulsionados, com emulsionantes não iônicos, que fornecem emulsões
estáveis.

Águas destiladas (hidrolatos)


Frequentemente, produtos secundários à preparação dos óleos
essenciais, as águas destiladas, também conhecidas por hidrolatos, possuem
grande quantidade de princípios voláteis como ácidos, aldeídos e aminas. São
preparadas por simples destilação com vapor de água, e plantas frescas ou
secas.
As plantas rasuradas são maceradas por horas com uma quantidade
relativamente grande de água e depois destiladas. A destilação é suspensa
quando se obtém uma quantidade razoável de destilado. O excesso de essência
é separado por decantação ou filtração.
Para preparação do hidrolato são utilizadas de preferência as plantas
frescas. O Codex (Farmacopeia brasileira) preconiza, por exemplo, para a água
de hortelã a utilização de l.000 g de planta fresca ou 200 g de planta seca para
obter 1.000 g de hidrolato.
Os hidrolatos de plantas aromáticas contêm geralmente de 0,05 a 0,20 g
de óleo essencial por litro. A conservação deles é delicada, pois contaminam-se
com facilidade.
Os hidrolatos são utilizados, por suas propriedades aromáticas, para a
preparação de xaropes. Em cosmetologia, são utilizados sob a forma de loções
e cremes, por suas propriedades adstringentes, calmantes e antipruriginosas.

33
Alcoolatos
Os alcoolatos são preparados pela maceração com álcool, das plantas
frescas seguida por uma destilação.
Atualmente a denominação alcoolato foi substituída por soluções
alcoólicas de essências ou tinturas de essências. Foram mantidos, porém,
alguns nomes como o alcoolato de Garus, base do elixir de Garus e o alcoolato
de Fioravanti.
O alcoolato de mirtílo, por exemplo, é preparado da seguinte forma:
– Macera-se por 24 horas 2.000 g de mirtilo fresco mais 1.000 g de álcool
a 70º.
– Destila-se e recolhe-se 1.000 g de alcoolato.

III. Ação de um solvente


Álcool alcoóleos
Os alcoóleos são preparações líquidas resultantes da ação dissolvente do
álcool, empregado em quantidade determinada a um título definido sobre as
matérias vegetais.
O título do álcool utilizado estará na função dos princípios ativos a
dissolver ou da textura do material a tratar.
Em fito-aromaterapia utilizam-se as tinturas, as tinturas mãe, e as
alcoolaturas.

Tinturas vegetais
As tinturas vegetais são preparadas à temperatura ambiente pela ação do
álcool sobre uma erva seca (tintura simples) ou sobre uma mistura de ervas
(tintura composta). São preparadas por solução simples, maceração ou
percolação.
A tintura simples corresponde a 1/5 do seu peso em erva seca, quer dizer
que 200 g de erva seca permitem preparar 1.000 g de tintura. Na maioria das
vezes se utiliza um álcool a 60º G.L.
Existem algumas exceções, como as tinturas de materiais resinosos como
o tolú, ou drogas ricas em essências ou resinas como boldo, canela, eucalipto,
grindélia, ou ricas em mucilagens como casca de laranja amarga, onde o título
do álcool é de 80º G.L.

34
As drogas muito ativas (heróicas), como o acônito e a beladona são
preparadas por percolação com álcool 70º G.L.
As tinturas de ópio e noz-vômica são preparadas por simples dissolução
do extrato correspondente em um álcool a 70º G.L., obtendo-se um título final de
aproximadamente 10 % de planta seca.

Tinturas mães
As tinturas-mãe são definidas como preparações líquidas resultantes da
ação dissolvente de um veículo alcoólico sobre drogas de origem vegetal ou
animal.
As tinturas-mãe de drogas vegetais são obtidas pela maceração em álcool
de diferentes títulos, da planta fresca, da planta fresca estabilizada ou,
raramente, da planta seca.
Correspondem a 1/10 de seu peso em droga desidratada, com algumas
exceções como a calêndula e o mirtilo que correspondem a 1/20.
O título alcoólico das tinturas-mãe são geralmente de 45º ± 5 como é o
caso da camomila e da aveia, ou de 65º ± 5, como é o caso da calêndula e da
noz-vômica.
Para a preparação das tinturas-mãe devem ser observados alguns
cuidados na hora da colheita, levando-se em consideração a parte da planta a
ser utilizada. Por exemplo, no caso das folhas, deve-se colher após o seu
desenvolvimento completo, antes da floração.
As tinturas-mãe são mais utilizadas como forma galênica (uma forma
específica e adequada de preparar, dosificar e administrar os fármacos ), na
homeopatia.

Alcoolaturas
As alcoolaturas são obtidas pela ação do álcool sobre drogas frescas que
não podem sofrer processos de estabilização e secagem, pois perdem a sua
atividade.
Na alcoolatura, são empregadas partes iguais em peso de planta fresca e
de álcool a um título elevado para evitar uma diluição elevada pela água liberada
pela planta.

35
O modo de preparação é muito simples, basta macerar por 8 dias a droga
fresca rasurada em um recipiente fechado, com álcool, fazer uma expressão e
logo após uma filtração.

Água hidróleos ou Tisanase


 Tisanas: infusos e decoctos
Os hidróleos são derivados obtidos pela dissolução em água de uma
substância medicamentosa. Os hidróleos são conhecidos pelo nome de
tisanase, e são obtidos por infusão, decocção ou maceração.

Solução açucarada:
 Sacaróleos
 Xaropes e melitos

Solventes diversos
 Vinhos
 Cervejas
 Vinagres
 Óleos
 Propilenoglicol
 Glicerina

IV. Concentração das soluções extrativas:

Extratos glicólicos
Os extratos glicólicos são obtidos por processo de maceração ou
percolação de uma erva em um solvente hidro-glicólico, podendo ser este o
propilenoglicol ou a glicerina.
Estes extratos normalmente são utilizados nos fitocosméticos. A relação
erva/solvente varia, sendo que normalmente se utiliza a relação indicada para
as tinturas vegetais.

36
Extratos fluídos
Segundo a Farmacopéia Brasileira, os extratos fluidos são preparações
oficinais, obtidas de drogas vegetais manipuladas, de forma que 1.000 g de
extrato contenham o equivalente a 1.000 g de erva seca. Por não terem sofrido
ação do calor, seus princípios ativos são exatamente os mesmos encontrados
nos fármacos respectivos.
Os extratos fluidos apresentam uma relação ponderal simples entre droga
e extrato, o que facilita a posologia e a prescrição.

 1 g de droga seca
1 g de extrato fluido equivale a  5 g de tintura ou alcoolatura
 10 g de tintura-mãe
 50 g de xarope

Extratos moles
Os extratos moles são soluções extrativas que possuem consistência de
mel, que, quando dessecados a 105 ºC perdem entre 15 e 20 % de água.
Extratos secos
Os extratos secos ou pulvurentos se apresentam sob a forma de pó e
perdem de 5 a 8 % de água. Podem ser facilmente manipulados, apesar de muito
higroscópicos. A posologia é a mesma dos extratos moles.
São conservados em recipientes herméticos, em presença de
desidratantes e ao abrigo da luz. Os extratos secos obtidos por atomização são
conhecidos também por nebulizados.
O princípio da nebulização consiste em dispersar a solução extrativa a
dessecar em minúsculas gotículas sob uma corrente de ar quente. As gotículas
são secas instantaneamente e transformadas em um pó finíssimo. Os
fenômenos de oxidação e desnaturação pelo calor são reduzidos ao mínimo.
Os nebulizados se apresentam sob a forma de pó tênue, aromático e de
coloração mais clara que o extrato seco correspondente. No microscópio se
apresenta como minúsculos glóbulos de aspecto esponjoso e irregulares. O
volume específico aparente é muito elevado.

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Os nebulizados, a grosso modo, substituem peso por peso os extratos
semi-sólidos. A água residual destes é substituída por adjuvantes como aerosil,
amido, celulose modificada e outros.
Atualmente os extratos secos na forma de nebulizados são amplamente
utilizados, e os laboratórios farmacêuticos procuram desenvolver vários tipos de
extratos com os seus princípios ativos titulados.

5.2 Os extratos na fitocosmética

Os extratos glicólicos são indicados para aplicação em soluções aquosas,


géis sem álcool, emulsões água/óleo e tensoativos (sabões, banhos de espuma,
xampus). Extratos fluidos podem ser utilizados em soluções alcoólicas, géis com
álcool e emulsões alcoólicas.
Os extratos moles apresentam as mesmas aplicações do extrato fluido,
com a vantagem de possuir uma concentração maior. Estes extratos podem ser
facilmente diluídos antes do uso.
Os extratos secos podem ser usados nos produtos para banho, como sais
e em máscaras cosméticas.
 As medidas
Relação aproximada de medidas:
Medida Volume ml
1colher de sopa 15
1 colher de sobremesa 10
1 colher de chá 05
1 colher de café 02
1 cálice de licor 30
1 copo 150

5.3 Princípios ativos vegetais

Os princípios ativos das plantas medicinais são substâncias que a planta


sintetiza e armazena durante o seu crescimento. No entanto, nem todos os
produtos metabólicos sintetizados possuem valor medicinal. Em todas as

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espécies estão ao mesmo tempo princípios ativos e substâncias inertes. Estas
últimas, determinam a eficácia da erva medicinal acelerando ou retardando a
absorção dos princípios ativos pelo organismo.
Geralmente, numa mesma planta, encontram-se vários componentes
ativos, dos quais um ou um grupo deles determinam a ação principal.
Quando isolado este princípio ativo, normalmente apresenta ação
diferente daquela apresentada pelo vegetal inteiro, ou seja, pelo seu
fitocomplexo.
Os princípios ativos não se distribuem de maneira uniforme no vegetal.
Concentram-se preferencialmente nas flores, folhas e raízes, e, às vezes nas
sementes, nos frutos e na casca.
Outra característica dos vegetais é que não apresentam uma
concentração uniforme de princípios ativos durante o seu ciclo de vida, variando
com o habitat, a colheita e a preparação.

 Principais princípios ativos:


Alcalóides
Os alcalóides formam um grupo heterogêneo, de substâncias orgânicas,
definido pela função amina, raramente amida, que dá a suas constituintes
propriedades químicas próprias, com uma atividade farmacológica notável, mas
que muitas vezes se aliam uma toxicidade elevada.
Como exemplo de alcalóides podem ser citadas a atropina (Atropa
belladona), a morfina (Papaver somniferum), a cafeína (Coffea arabica) e a
quinina (Chinchona sp).

Princípios amargos
Existe um número grande de plantas cujos componentes possuem um
sabor amargo. Em fitoterapia as plantas que possuem estes componentes são
conhecidas por Amara e são divididas em:
 Amargos puros: Amara tônica
 Produtos que além de compostos amargos apresentam óleos
essenciais que fornecem a erva um sabor amargo-aromático:
Amara aromática

39
 Produtos que contém substâncias picantes possuindo,
portanto, um sabor amargo e picante: Amara acria.

Os princípios amargos estimulam intensamente a secreção dos sucos


gástricos e desenvolvem uma ação tônica geral. Muitas vezes, este efeito é
reforçado pelo óleo essencial que estimula, por vias reflexas, a secreção
gástrica, através do seu aroma. Apresentando os óleos essenciais atividade
antisséptica, algumas plantas aromáticas possuem também propriedades
antibacterianas e antiparasitária.

Óleos essenciais
Os óleos essenciais são componentes vegetais que são extremamente
voláteis, dificilmente solúveis em água, e possuem odor intenso, sendo, algumas
vezes, desagradável. Em fitoterapia são consideradas somente aquelas
espécies que apresentam uma quantidade razoável, entre 0,1 e 10 %.
Os óleos essenciais são formados por diversas substâncias podendo
chegar até 50 componentes.
As plantas que possuem óleos essenciais podem atuar como:
 Antisséptica
 Diuréticas
 Antiespasmódicas
 Anti-inflamatórias
 Expectorantes

Taninos
Os taninos são componentes vegetais que possuem a propriedade de
precipitar as proteínas da pele e das mucosas, transformando-as em substâncias
insolúveis.
Os taninos possuem ação:
 Adstringente
 Antisséptica
 Antidiarreica.

40
Heterosídeos
São substâncias amplamente distribuídas no reino vegetal. Apresentam
ações e efeitos tão diversos que é difícil agrupá-las sob um conceito químico.
Todos os heterosídeos possuem em comum a característica de, por
hidrólise, se desintegrarem em um açúcar e uma porção aglicona. A aglicona é
que determina, geralmente, a ação do heterosídeo.
Os primeiros heterosídeos isolados eram produtos condensados da
glicose, motivo pelo qual foram chamados de glicosídeos; termo depois
generalizado para todos os heterosídeos e hoje reservado somente para aqueles
derivados da glicose. Reconheceram-se vários compostos da natureza análoga,
mas derivados de outras oses designados de galactosídeos, ramnosídeos, etc.
Como exemplo, podemos citar as substâncias cardioativas da digitalis, os
princípios ativos da uva-ursi e o efeito sudorífico das flores de tília.

Saponinas
As saponinas ou saponosídeos formam um grupo particular de
heterosídeos. O seu nome provém da propriedade de formar espuma abundante,
quando agitadas com água, à semelhança do sabão, que emulsionam o óleo na
água e que possuem um efeito hemolítico.
As plantas que contém saponinas são utilizadas também por sua ação
mucolítica, diurética e depurativa.
As saponinas favorecem a ação dos demais princípios ativos da planta e
em excesso podem ser irritantes da mucosa intestinal.

Flavonóides
Os flavonóides formam um grupo muito extenso, pelo número dos seus
constituintes naturais e ampla distribuição no reino vegetal. São substâncias
diferentes com uma composição química base, que compreende
fundamentalmente os derivados flavônicos (flavus-amarelo), os derivados
antociânicos (anthosflor e kyanus-azul), as catequinas ou catecóis e outros
constituintes com eles relacionados.
As propriedades físicas e químicas são muito variáveis, no entanto,
podem ser relacionadas algumas propriedades farmacológicas do grupo como:
 Ação sobre os capilares

41
 Ação em determinados distúrbios cardíacos e circulatórios
 Ação antiespasmódica

Mucilagens
Constitui-se um dos componentes das fibras naturais que atuam em
importantes funções mecânicas e metabólicas.
No sentido botânico-farmacológico entende-se por mucilagens as
substâncias macromoleculares de natureza glicídica e que incham quando em
contato com a água proporcionando um líquido viscoso.
As plantas com mucilagens estão amplamente distribuídas no reino
vegetal, mas somente algumas espécies possuem aplicação terapêutica como a
malva e o linho.
As mucilagens agem principalmente protegendo as mucosas contra os
irritantes locais, atenuando as inflamações.

Ácidos orgânicos
Diversos vegetais apresentam ácidos orgânicos, que lhes conferem sabor
ácido e propriedades farmacêuticas características, como ação refrescante e
laxativa. Dentre os ácidos presentes pode-se destacar o tartárico, málico, cítrico
e o silícico.
As plantas das famílias das borragináceas, das equisetáceas e das
gramíneas absorvem grande quantidade de sais orgânicos do solo,
principalmente o silícico, armazenando-o nas membranas das células ou no seu
protoplasma.
Este ácido é um elemento fundamental para o tecido conjuntivo, pele,
cabelos e unhas. As plantas ricas em ácidos orgânicos são muito utilizadas na
fitocosmética.

42
6 PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS

Fonte: internet-gazeta.com

O profissional legalmente habilitado é o profissional que irá prescrever


medicamentos, preparações magistrais, oficinais e outros produtos para a
saúde.
Os códigos de ética das profissões consideram que a prescrição deve ser
escrita de forma clara, legível e em vernáculo, sem rasuras, em letra de forma,
por extenso e legível. Atualmente também é permitida a digitação, utilizando
nomenclatura e sistema de pesos e medidas oficiais.

6.1 Prescrições

As prescrições devem contemplar sempre:


 Nome da substância (DCB, DCI ou denominação botânica quando
for o caso);
 Quantidade total da (s) substância (s), de acordo com a dose e a
duração do tratamento.
 Forma farmacêutica e potência do fármaco prescrito (a potência do
fármaco deve estar declarada de acordo com abreviações do
Sistema Internacional, evitando-se abreviações e uso de decimais);

43
 Via de administração, intervalo entre doses, dose máxima por dia
e duração do tratamento;
 Nome completo do prescrito, local, endereço e telefone de forma a
possibilitar contato em caso de dúvidas ou ocorrência de
problemas relacionados ao uso das substâncias prescritas;
 Assinatura do prescritor e seu número de registro no conselho
regional de classe;
 Data da prescrição.

O que não pode ocorrer em prescrições:


Prescrições ilegíveis, erros ou rasuras têm sido um problema de ordem
mundial que podem acarretar prejuízos aos pacientes. A Organização Mundial
de Saúde (OMS) estima que aproximadamente metade de todas as prescrições
possui algum tipo de erro que pode induzir a problemas aos usuários.
Recomenda-se que as farmácias não aceitem prescrições contendo:
 Formas ou códigos secretos
 Folhas de receituários em branco com assinaturas ou outros
documentos médicos
 Propagandas
 Dados de hospitais e clínicas que não mais existem.
As prescrições de medicamentos, preparações magistrais e oficinais e
outros produtos para a saúde, no Brasil, somente são permitidas a profissionais
legalmente habilitados conforme leis específicas:
Médicos: Somente para uso humano – Decreto 20.931/1.932
Cirurgiões dentistas: Somente para fins de uso odontológico – Lei
5.081/66
Médicos veterinários: Somente para uso veterinário – Lei 5.517/68
Farmacêuticos: medicamentos, de acordo com a Lista de Grupos e
Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE), isentos de prescrição médica,
protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal,
fitoterápicos não tarjados ou quando houver diagnóstico médico prévio ou
quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores e

44
instituições de saúde. (Resolução nº 586/2.013 do Conselho Federal de
Farmácia)
O ato da prescrição farmacêutica pode ocorrer em diferentes
estabelecimentos farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à
saúde, desde que respeitado o princípio da confidencialidade e a privacidade do
paciente no atendimento.
Compete ao farmacêutico a prescrição de medicamentos e outros
produtos com finalidade terapêutica cuja dispensação não exija prescrição
médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais –
alopáticas ou dinamizadas – plantas medicinais, drogas vegetais e outras
categorias quando aprovadas pelo órgão federal.

Fonte: comunidadefarmciabrasileira.blogspot.com

Nutricionistas: somente fitoterápicos e produtos isentos de prescrição


médica como suplementos nutricionais e relacionados à prática do nutricionista.
(Lei 8.234/91 e Resolução nº 402/2007 do Conselho Federal de Nutrição).
O nutricionista pode prescrever suplementos nutricionais desde que seja
para completar a dieta habitual do paciente. De acordo com o artigo 4° da lei
8.234, o profissional pode prescrever suplementos nutricionais, necessários a
complementação da dieta.

45
A Resolução CFN nº 390/2006, que regulamenta a prescrição dietética de
suplementos nutricionais pelo nutricionista traz em seu art. 2 que devem ser
respeitados os níveis máximos de segurança, regulamentados pela ANVISA e
na falta destes, os definidos como Limite de Ingestão Máxima Tolerável, sendo
o maior nível de ingestão diária de um nutriente que não cause efeitos adversos
a saúde.
A Resolução CFN nº 402/2007 que “Regulamenta a Prescrição
Fitoterápica pelos Nutricionistas de Plantas in natura, frescas ou como Droga
Vegetal, nas suas Diferentes Formas Farmacêuticas e dá outras providências”,
estabelece no Art. 3º que a prescrição fitoterápica é parte do procedimento
realizado pelo nutricionista na prescrição dietética e, em seu parágrafo único,
estabelece que “As formas farmacêuticas permitidas para o uso pelo profissional
nutricionista são exclusivamente de uso oral, tais como: I- Infuso, II – Decoto, III-
Tintura, IV- Alcoolatura, V- extrato”.

Fonte: blogdasupleforma.wordpress.com

Biomédicos: produtos não considerados medicamentos. (Resolução nº


204/2.001 do Conselho Federal de Biomedicina)

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O biomédico não possui aptidão para realizar prescrição de
medicamentos, suplementos alimentares ou quaisquer outras substâncias.
Porém, a Resolução nº 241/2014, que dispõe sobre atos do profissional
biomédico com habilitação em Biomedicina Estética e regulamenta a prescrição
por esse profissional para fins estéticos, foi publicada no DOU de 9 de julho de
2014.
O biomédico que possuir habilitação em Biomedicina Estética pode
realizar a prescrição de substâncias e outros produtos para fins estéticos
incluindo substâncias biológicas (botulínica tipo A), substâncias utilizadas na
intradermoterapia (incluindo substâncias eutróficas, venotróficas e lipolíticas),
substâncias classificadas como correlato de uso injetável conforme definido pela
ANVISA, preenchimentos dérmicos, subcutâneos e supraperiostais
(Excetuando-se o polimetilmetacrilato – PMMA), fitoterápicos, nutrientes
(vitaminas, minerais, aminoácidos, bioflavonoides, enzimas e lactobacilos)
seguindo também a normatizações da ANVISA.
Cabe ao profissional biomédico a prescrição de formulações magistrais
ou de produtos de referência, de cosméticos, cosmecêuticos, dermocosméticos,
óleos essenciais e fármacos de administração tópica dentro de sua esfera de
atuação.
Também pode prescrever formulações magistrais e de referência de
peelings químicos, enzimáticos e biológicos, incluindo a tretinoína (ácido
retinoico de 0,01% a 0,5% de uso domiciliar e até 10% para uso exclusivo em
clínica) seguindo instruções da Anvisa. (Art. 6º da Resolução 241/14).
Enfermeiros: medicamentos estabelecidos em programas de saúde
pública e de acordo com rotinas aprovadas pela instituição de saúde em que
trabalham ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal.
(Lei 7.498/86).
Fisioterapeutas: COFFITO, por meio do acórdão nº 611, de 1º de abril
de 2017, normatiza a utilização e/ou indicação de substâncias de livre prescrição
pelo fisioterapeuta.
Tratando-se nessa decisão dos seguintes recursos: medicamentos
fitoterápicos/fitofármacos, medicamentos homeopáticos, medicamentos
antroposóficos, medicamentos ortomoleculares, fotossensibilizadores para

47
terapia fotodinâmica, iontoforese e fonoforese com substâncias de livre
prescrição e florais como próprios da Fisioterapia.
O artigo 3º da resolução 380/2010, estabelece que o Fisioterapeuta
deverá comprovar perante o COFFITO a certificação de conhecimento das
práticas integrativas e complementares. Será habilitado nos termos desta
resolução o Fisioterapeuta que apresentar títulos que comprovem o domínio das
Práticas Integrativas de Saúde objeto desta resolução. Os títulos a que alude
este artigo deverão ter como origem:
 Instituições de Ensino Superior.
 Instituições especialmente credenciadas pelo MEC.
 Entidades Nacionais da Fisioterapia intimamente relacionadas ás
práticas autorizadas por esta resolução.

Todos os profissionais envolvidos com a prática da prescrição devem


estar inscritos em seus respectivos conselhos regionais correspondentes para
terem o direito de prescrever, sempre dentro do seu âmbito profissional.
Em resumo:
Profissionais que Profissionais legalmente Profissionais sem
podem prescrever habilitados a legislação específica
produtos recomendar (sem
fitoterápicos fitoterápicos regulamentação)
Biomédicos Terapeuta (técnicos em Naturólogo: Pode ser
Enfermeiro acupuntura, podólogos, encaixar como
técnicos em quiropraxia e “Terapeuta holístico”)
terapeutas holísticos):
Farmacêutico Podem recomendar Psicólogo: Pode
fitoterápicos somente de recomendar
Médico venda livre, não fitoterápicos presentes
Nutricionista manipulados. em farmacopeia ou de
Fisioterapeutas venda livre quando é
especializado em
Cirurgião dentista acupuntura,

48
encaixando-se na
Médico-veterinário categoria de
(fitoterápicos dentro acupunturista).
do âmbito da
medicina veterinária)

6.2 Orientações e cuidados na prescrição

Em função dos diferentes processos extrativos e as diferentes proporções


de plantas utilizadas na obtenção dos extratos, estes muitas vezes apresentam
diferentes concentrações de metabólitos ativos. Atualmente, tanto na indústria
quanto na manipulação é importante estar atento às concentrações
recomendadas, descritas pela legislação e o que realmente existe de extratos no
mercado brasileiro.
O prescritor precisa prescrever a quantidade efetiva desejada para o
paciente, e o farmacêutico é responsável pelo ajuste da dose de acordo com a
concentração do extrato disponível.
A “Rosa dos ventos” da fitoterapia, também tem o objetivo de orientar a
direção e entender as concentrações dos diferentes extratos, e como isso deve
ser levado em consideração na hora da prescrição, sempre se baseando nos
limites permitidos pelas legislações vigentes no Brasil.

Fonte: medicallex.com.br

49
Preparo de chás medicinais: a nossa legislação trabalha com
quantidades de droga vegetal. Durante a prescrição de uma planta medicinal
fresca (in natura), deve-se levar em consideração o teor de água que é em torno
de 70%.
Se o recomendado para uma determinada planta for 2 g da droga vegetal
seca para o preparo do chá medicinal, então serão necessários
aproximadamente 6,6 g de planta in natura.
Para a prescrição de uma droga vegetal em pó, na forma de cápsula por
exemplo, a concentração máxima utilizada também seria o equivalente à do chá
medicinal.

Obtenção de tintura e extrato fluido: é realizada através da extração


hidroalcóolica. O volume prescrito pode ser relacionado à quantidade de droga
vegetal utilizada no processo de extração. Em uma tintura a 10% e a 20%, cada
ml da tintura terá respectivamente o equivalente a 100mg e 200 mg de droga
vegetal.
Se a recomendação da droga vegetal é de 2g, a minha prescrição da
tintura deverá ser de um volume máximo de 20 ml (tintura a 10%) e de 10 ml
(tintura a 20%). Para o extrato fluido onde temos 100% de droga vegetal, o
volume prescrito seria de 2 ml.
O extrato seco: consiste de um método no qual a planta é submetida a
um processo de extração e todo o solvente é retirado por diferentes métodos,
obtendo-se assim somente o resíduo sólido do processo de extração.
Assim como nas tinturas e no extrato fluido, são usadas proporções de
droga vegetal para o solvente extrator. Podemos encontrar extrato seco na
proporção 2:1; 3:1; 5:1; 10:1; 50:1. O ideal para se ter um bom extrato é que seja
acima de 5:1.
Estas proporções significam que no extrato 5:1, por exemplo, em 1 g de
extrato seco, temos o equivalente a 5g de droga vegetal. Isto corresponde a uma
proporção de 20% semelhante ao da tintura, só que no estado sólido. A dose
utilizada para equivaler a 2g da droga vegetal seria de aproximadamente 0,4 g
ou 400 mg.
O extrato seco padronizado: assim como o extrato seco, utiliza
diferentes proporções de planta: líquido extrator. Geralmente estes são

50
preparados em proporções maiores de plantas em relação ao líquido e são mais
concentrados (Ex. 20:1, 50:1).
Um extrato seco padronizado precisa quantificar e especificar a
concentração de marcadores químicos, que são substâncias ou classes de
substâncias (ex.: alcaloides, flavonoides, ácidos graxos etc.) utilizada como
referência no controle da qualidade da matéria-prima vegetal e do fitoterápico,
preferencialmente tendo correlação com o efeito terapêutico (ANVISA, 2014).
Um extrato que já é comercializado no Brasil e não tem grandes variações
em termos de marcador químico é o Ginkgo biloba, no entanto, muitos extratos
ainda tem concentrações variáveis gerando muitas dúvidas no momento da
prescrição.

Exemplo:
Aesculus hippocastanum L (castanha da índia).
O marcador químico desta planta são os glicosídeos triterpênicos
expressos em escina anidra e a dose diária recomendada é de 32 a 120 mg
deste.

Fonte: blogdofarmaceutico.com.br

Como podemos ver na tabela, temos no mercado o extrato seco


padronizado contendo 30 e 20% glicosídeos triterpênicos expressos em escina
anidra e o pó da planta moída contendo 3% do marcador. Os três são Aesculus
hippocastanum L., no entanto, as doses serão muito diferentes.

51
Se na prescrição constar um extrato seco padronizado a 20% de marcador
e a farmácia tiver um extrato a 30% será necessária uma correção farmacêutica
no momento da avaliação da prescrição, preparando uma forma farmacêutica
com uma dose equivalente à dose prescrita.
A responsabilidade é de quem está aviando a fórmula. Na dúvida, o
farmacêutico deverá solicitar o laudo de análise do fabricante juntamente com o
do fornecedor.

52
BIBLIOGRAFIA

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