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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3

2 SEMIOLOGIA ESTÉTICA ........................................................................... 4

3 PELE ........................................................................................................... 5

3.1 Camadas da pele ................................................................................. 5

4 EMBRIOLOGIA SUMÁRIA DA PEle ........................................................... 8

4.1 Epiderme .............................................................................................. 9

5 ESTRUTURAS DOS ANEXOS CUTÂNEOS ............................................ 18

5.1 Funções da pele ................................................................................. 30

6 CONSULTA ESTÉTICA ............................................................................ 33

6.1 Anamnese .......................................................................................... 36

6.2 Análise avaliação estética .................................................................. 36

6.3 Identificação das técnicas e procedimentos ....................................... 38

7 SEMIOLOGIA CUTÂNEA ......................................................................... 41

7.1 Anamnese .......................................................................................... 41

7.2 Tipos de pele ...................................................................................... 43

7.3 Lesões cutâneas ................................................................................ 44

7.4 Fotoenvelhecimento ........................................................................... 46

7.5 Tratamentos estéticos ........................................................................ 48

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 49

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora
que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 SEMIOLOGIA ESTÉTICA

Fonte: inspirar.com

A semiologia, é a area responsável pela averiguação e estudo dos sinais e


sintomas exibidos pelo paciente. Basicamente é realizada a inspeção, palpação,
percussão e ausculta, que geralmente respeitam esta ordem de execução e podem
ser finalizados por tecnologias que aperfeiçoem melhor definição de detalhes. Para
análise, o examinador deve ter conhecimentos científicos em anatomia, fisiologia,
fisiopatologia, semiologia entre outras, sem os quais não será capaz de detectar de
forma completa os problemas identificados que requerem a sua intervenção (VARIZI
et al, 2021).
De acordo com Varizi (2021) a semiologia é a base da formulação do
diagnóstico clínico, é uma análise apoiada pela ciência clínica com o objetivo de dotar
o profissional de métodos e técnicas de exame do paciente e ao mesmo tempo meios
e formas de descobrir os sinais e sintomas. Faça-os de forma adequada para avaliar
com precisão e rapidez o diagnóstico clínico e intervir efetivamente para ajudar na
recuperação / melhora do paciente.

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3 PELE

Fonte: VARIZI et al, 2021.

3.1 Camadas da pele

A pele é o maior órgão do corpo humano, atua como uma barreira física e
protege o corpo de influências externas como microrganismos e produtos químicos
além de atuar na termorregulação do corpo. Possui duas camadas: a epiderme
(externa) de origem ectodérmica e a derme (intermediária) de origem mesodérmica.
O tecido subcutâneo ou tecido celular subcutâneo (interno) tem a mesma origem que
a derme, mas serve como suporte e conexão com os órgãos subjacentes sem fazer
parte da pele (VARIZI et al, 2021).

A epiderme é composta por um epitélio pavimentoso estratificado


queratinizado, que quando vista do meio interno para o meio externo, está
disposta em camadas de células sobrepostas. O critério de classificação das
regiões é dado de acordo com a morfologia dos queratinócitos, sendo dividida
em: germinativa ou basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea (NEIVA,
2015 apud VARIZI et al, 2021).

A camada germinativa (ou camada basal) é a mais interna e está em contato


direto com a derme. É composta por diferentes tipos de células, como os
queratinócitos, que são responsáveis pela produção da queratina, uma proteína
fibrosa e filamentosa que dá força e garantias. Proteção, permeabilidade e evita a
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desidratação. Os queratinócitos passam por um processo contínuo de diferenciação
e maturação em seu caminho desde a camada basocelular até a superfície (VARIZI
et al, 2021).
As células-tronco também presentes na camada basal são responsáveis pela
produção e renovação dos queratinócitos, o que causa a reposição completa da
epiderme a cada 28 dias, dos quais 14 dias são necessários para atingir o estrato
córneo e outros 14 dias para a descamação (BOHJANEN, 2017 apud (VARIZI et al,
2021).
As células do sistema imune da epiderme são as células de Langerhans, que
fagocitam microrganismos e partículas estranhas, além de gerar ativação de outras
vias do sistema imune. Entre a epiderme e a derme existem células de Merkel que se
ligam às terminações nervosas e agem como receptores de toque (VARIZI et al, 2021).

Os melanócitos são células originadas da crista neural, e responsáveis pela


síntese de melanina, pigmento que determina a cor da pele e atua na
proteção do DNA contra os raios ultravioleta (UV) (MIOT et al., 2009),
absorvendo e difundindo esses raios (HEXSEL et al., 2013 apud VARIZI et
al, 2021).

Localizada acima da camada basal, a camada espinhosa é composta por


células poliédricas ou ligeiramente achatadas, que continuam aderidas umas às
outras por estruturas proteicas denominadas desmossomos. A camada granular
consiste em apenas 2-3 fileiras de células poligonais planas, núcleo central e
citoplasma carregado com grânulos de ceratoyalina basofílica. Outra característica
dessa camada é a presença de corpos lamelares, que são formados por bicamadas
lipídicas, que contêm principalmente ácidos graxos livres, colesterol e ceramidas, que
são liberados no espaço intercelular e desempenham funções importantes como:
prevenir as camadas subjacentes da epiderme de secar uma barreira, fornecer
resistência à absorção percutânea e fixar as células queratinizadas juntas (VARIZI et
al, 2021).
A camada lúcida está localizada entre a granulosa e córnea, e é constituída por
uma fileira clara e homogênea de células anucleadas, presentes apenas em áreas de
pele espessa, como palma das mãos e plantas dos pés. A camada mais superficial da
epiderme é denominada camada córnea, formada por células em estágio final de
diferenciação, os corneócitos, que são células anucleadas e achatadas preenchidas
por filamentos de queratina. A espessura da camada córnea varia de acordo com a

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região anatômica, podendo atingir até 1,5mm em regiões de grande atrito. Os
corneócitos são envoltos por um envelope lipoproteico, que interage com as lamelas
intercelulares formadas na camada granulosa. Depois do processo de maturação dos
queratinócitos, a camada córnea vai desidratando, perdendo coesão e descama
(GERSON et al., 2012 apud (VARIZI et al, 2021).

A derme, camada presente entre a epiderme e a hipoderme, é um tecido


conjuntivo irregular que apresenta células como: os fibrócitos, macrófagos,
linfócitos, plasmócitos, mastócitos e fibroblastos, sendo esses responsáveis
pela síntese de fibras de colágeno e elastina. A derme proporciona
sustentação à epiderme e participa dos processos fisiológicos e patológicos
da pele. A hipoderme é composta de nervos, grandes vasos sanguíneos e
células de gordura. Têm as funções de proteger dos choques físicos, isolante
térmico e armazenar reserva energética (TASSINARY, 2019 apud (VARIZI et
al, 2021).

Os indivíduos podem ser classificados quanto a cor da pele e o comportamento


da mesma à exposição solar, segundo a escala de Fitzpatrick, que classifica em:
fototipo I, caracterizada por tonalidade mais clara, que sempre queima, nunca
bronzeia e, portanto, é muito sensível ao sol; o fototipo II é caracterizado como pele
branca, que sempre queima, bronzeia muito pouco e é sensível ao sol. Estes dois
fototipos são os que oferecem maiores riscos ao desenvolvimento de lesões benignas
e malignas, devido à baixa quantidade de melanina em caso de exposição prolongada
ao sol. Outros fatores de risco podem favorecer o surgimento do melanoma como:
lesões pigmentadas na forma de nevos atípicos ou comuns, efélides, exposição solar
intermitente, queimaduras solares com ênfase nos casos em que as lesões tenham
ocorrido durante a infância, melanoma cutâneo prévio e uso de camas de
bronzeamento, leva-se em conta também histórico prévio familiar (VARIZI et al, 2021).

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4 EMBRIOLOGIA SUMÁRIA DA PELE

Fonte: editoradoseditores.com

Embriologicamente, a pele é derivada das válvulas ectodérmicas e


mesodérmicas. Estruturas epiteliais, epiderme, folículos pilosos, glândulas apócrinas
e écrinas e unhas vêm do ectoderma. Nervos e melanócitos vêm tanto do
neuroectoderma quanto do elástico. Colágeno e vasos sanguíneos de fibras de
colágeno, músculos e tecido adiposo vêm do mesoderma. No embrião de três
semanas, a epiderme consiste em uma única camada de células morfologicamente
indiferenciadas e cuja reprodução leva ao aumento do número de camadas e à
formação de fixações cutâneas. Além disso, as células da crista neural, os
melanócitos, de onde surge o sistema de pigmentação da pele, penetram nessa
estrutura (ELDER et al, 2011).
De acordo com Elder (2011) no início da formação do sistema sebáctico ocorre
na nona semana de vida embrionária. As glândulas sudoríparas écrinas formam-se,
primeiramente, nas regiões palmoplantares, em torno da 14ª semana do embrião. A
derme e o tecido subcutâneo começam com um material mixomatoso sem fibras, as
primeiras estruturas fibrilares aparecem do segundo ao quarto mês de vida fetal.
Os primeiros vasos sanguíneos surgem por volta do 3º mês e as primeiras
estruturas nervosas a partir da 5ª semana de vida fetal. Já os melanócitos são
evidentes na epiderme por volta da 11ª semana de desenvolvimento embrionário,

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tornando-se numerosos entre os dias 12º e 14º. Os precursores dos melanócitos são
chamados de melanoblastos e têm origem na crista neural. Elementos da matriz
ungueal são visualizados no dorso de dedos do embrião durante a 10ª semana de
vida. O conhecimento da estrutura da pele fetal tem grande importância pela utilização
de biópsias feitas por meio de fetoscopia, para a diagnose pré-natal de doenças
genéticas em famílias de risco. O período adequado para esses exames é da 18ª à
21ª semana de vida do feto. A análise dessas estruturas em material biopsiado por
microscopia eletrônica e imuno-mapeamento possibilita o diagnóstico de diversas
patologias genéticas (ELDER et al, 2011).

4.1 Epiderme

Fonte: CESTARI, 2018.

A epiderme é constituída por queratinócitos, cujo processo de maturação é


complexo e multifatorial, influenciado por fatores genéticos, sistêmicos e ambientais.
Composta de filamentos de actina, que participam da motilidade celular; e
microtúbulos, ligados ao transporte intracelular de organelas. Três subclasses de
filamentos intermediários são reconhecidas, responsáveis pela resistência mecânica
das células: vimentina e afins (vimentina presente nas células mesenquimais, desmina
nos miócitos e proteínas gliais nas células da neuroglia); neurofilamentos
(encontrados em células neurais); e, por fim, as citoqueratinas (CQ), presentes nos

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epitélios e em estruturas deles derivadas, como folículos e glândulas capilares.
Atualmente, as citoqueratinas são divididas em dois grupos: tipo I, ácidos, incluindo
CQs de 9 a 23; e tipo II, básico, compreendendo QC 1 a 8 (ELDER et al, 2011).
As CQ têm uma distribuição tecidual específica para cada epitélio e seus
apêndices. O uso de anticorpos monoclonais, que podem marcar apenas uma CQ,
permite detectar o desenvolvimento de um tumor por meio de marcadores moleculares
e não apenas do ponto de vista morfológico. Outro aspecto relevante do CQ foi a
elucidação da patogênese de algumas genodermatoses em que foram detectadas
mutações em sua molécula. O conhecimento dessas mutações também pode ser
usado no diagnóstico pré-natal e aconselhamento genético. Os queratinócitos em
seus diferentes estágios de diferenciação formam a epiderme, que é, portanto, um
epitélio estratificado no qual são reconhecidas diferentes camadas de células:
germinativa ou basal, Malpighi, granular e córnea (ELDER et al, 2011).

Camada germinativa ou basal

A camada germinativa ou basal constitui-se por dois tipos de células, as células


basais e os melanócitos, constitui da camada mais profunda da epiderme. Possui
queratinócitos basais com forma cilíndrica e se dispõem com seu maior eixo
perpendicular à linha formada pela junção epiderme-derme. Contudo, expõem
citoplasma basófilo e núcleos grandes, alongados, ovais e hipercromáticos. As células
basais estão unidas entre si e às células espinhosas suprajacentes, que, por sua vez,
unem-se por meio das chamadas pontes intercelulares (desmossomas) (ELDER et al,
2011).
Segundo Elder (2011) na camada basal, tem uma única placa de adesão, que
liga a membrana plasmática das células basais com a lâmina basal. Essas estruturas
de conexão, por consistirem em uma única placa adesiva, são chamadas de
hemidesmossomos. Os desmossomas e hemidesmossomas são estruturas de
adesão situadas, entre os queratinócitos; e entre as células basais e a membrana
basal. Os desmossomos possuem uma estrutura amorfa central, a desmogleia, que
se insere entre as membranas plasmáticas das células vizinhas e, em sua parte
citoplasmática, o desmossomo é formado por densas placas submembranas. Ao nível
da camada basal, existe uma única placa de adesão na membrana basal, que conecta

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a membrana plasmática das células basais com a lâmina basal. Essas estruturas de
conexão, por consistirem em uma única placa adesiva, são chamadas de
hemidesmossomos.
Nos pontos de inserção dos tonofilamentos na placa de adesão existe uma
proteína, a ceratocalmina, que interrompe a regulação do cálcio, essencial para a
manutenção dos desmossomos. As placas intracelulares contêm desmoplaquinas I e
II, placoglobina, envoplaquina e periplaquina, desmoioquina, desmocalmina e o
polipeptídeo da banda 6. Existem glicoproteínas desmossomais transmembrana,
caderinas, que têm uma região extracelular, uma parte transmembrana e uma parte
intracitoplasmática, são glicoproteínas desmossomais transmembrana. As caderinas
epiteliais dos desmossomas se unem aos filamentos de queratina e são subdivididas
em duas subfamílias: as desmogleínas e as desmocolinas. As desmogleínas são,
portanto, proteínas transmembrana - desmogleínas 1, 2, 3 e 4 - que estão localizadas
na desmogleia segundo Elder (2011):
 Desmogleína 1 – molécula específica dos desmossomas, de peso molecular
160 Kd e que representa o antígeno reconhecido pelo autoanticorpo dos
doentes de pênfigo foliáceo.
 Desmogleína 2 – glicoproteína humana isolada a partir de desmossomas de
carcinoma de colo.
 Desmogleína 3 – polipeptídeo de 130 Kd, própria dos desmossomas das
camadas suprabasais dos epitélios escamosos estratificados, é o antígeno
reconhecido pelos autoanticorpos circulantes dos doentes de pênfigo vulgar.
 Desmogleína 4 – expressa-se na epiderme suprabasal e nos folículos pilosos.
Mutações no gene dessa desmogleína causam quadros de hipotricose
localizada autossômica recessiva.
Juntamente com Dsg1 e Dsg3, representa um autoantígeno nas várias formas
de pênfigo. As desmocolinas são outro grupo de proteínas transmembrana na
superfície das caderinas, que são traduzidas principalmente nas camadas
suprabasais da epiderme. A camada basal é fundamentalmente germinativa,
determinando as demais camadas da epiderme, por meio de progressiva
diferenciação celular. Por esta razão, intensa atividade mitótica é sempre observada
nesta camada. O tempo de maturação de uma célula basal até o estrato córneo é de
aproximadamente 26 dias (ELDER et al, 2011).

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Células basais, os tonofilamentos são constituídos, essencialmente, pelas
citoqueratinas K5 e K14, ainda que se detecte, também, K19. Além das citoqueratinas,
arrumam o citoesqueleto das células basais microfilamentos de actina, alfa actina e
miosina. Sob a camada basal, há uma estrutura fina de mucopolissacarídeos neutros
- a membrana basal, que geralmente não é visível ao microscópio de luz normal, com
H.E., mas pode ser evidenciada especialmente pela coloração com o ácido periódico
de Schiff (PAS). A microscopia eletrônica mostra que a junção dermoepidérmica é
uma estrutura altamente complexa que representa a chamada área da membrana
basal, com importante envolvimento em várias condições patológicas da pele e sua
análise anatomopatológica, imunopatológica (utilizando imunofluorescência e
imunoperoxidase) e mesmo a ultraestrutural às vezes é muito importante para o
diagnóstico e interpretação da patogênese de certas dermatoses. Quanto à
ultraestrutura, a zona da membrana basal é formada por quatro componentes bem
definidos segundo Elder (2011):
 Membrana plasmática das células basais, as vesículas plasmalêmicas e os
hemidesmossomas, que são as estruturas de ligação entre as células basais e
as demais estruturas da zona da membrana basal.
 Lâmina lúcida ou espaço intermembranoso.
 Lâmina densa ou lâmina basal.
 Zona da sublâmina densa.
A membrana plasmática das células basais é irregular e, além dos
hemidesmossomos, contém vesículas masculinas do plasma, possíveis elementos de
síntese e eliminação que estão envolvidos no reparo contínuo da membrana
plasmática. Os hemidesmossomos são complexos de ligação especializados que
contribuem para a adesão das células epiteliais à membrana subjacente. A membrana
basal está presente em epitélios complexos, como pele, córnea, partes do trato
respiratório e gastrointestinal e o âmnio (ELDER et al, 2011).
De acordo com Elder (2011) esses complexos multiproteicos determinam a
coerência do estroma celular e fornecem às células sinais críticos para sua
polarização, organização espacial e arquitetura de tecidos. Eles atuam em vários
processos biológicos normais, como a cicatrização de feridas e a morfogênese dos
tecidos. Há evidências de que vários elementos, como proteínas da matriz extracelular
e fatores de crescimento, regulam a função dos hemidesmossomos. A integrina a6b4

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parece atuar como um elemento de sinalização; portanto, o hemidesmossomo não
apenas representa um complexo de adesão estrutural, mas também tem efeitos
funcionais no fenótipo celular via a6b4.
Do ponto de vista ultraestrutural, os hemidesmossomas apresentam-se como
pequenos domínios eletrodensos (menos de 0,5 milimicra) da membrana basal
plasmática no polo inferior do queratinócito basal da pele. Seu componente mais
evidente é uma placa citoplasmática tripartite, à qual ligam-se feixes de filamentos
intermediários (FI). Os hemidesmossomos estão associados a uma densa placa sub-
basal e conectados por filamentos de ancoragem à lâmina densa, que por sua vez é
ancorada à derme papilar subjacente por fibrilas de ancoragem. Essas estruturas
morfológicas, filamentos intermediários, placa hemidesmossomo, filamentos âncora e
fibrilas âncora, formam uma unidade funcional chamada de complexo de adesão
hemidesmossomo e garantem a adesão estável dos queratinócitos à membrana basal
epitelial subjacente (ELDER et al, 2011).
Ainda de acordo com Elder (2011) a disposição molecular do hemidesmossomo
é fundamentada em três classes de proteínas: da placa citoplasmática, que agem
como elementos de adesão ao citoesqueleto; transmembrana, que serve como
receptor celular e conecta o interior da célula à matriz extracelular; e por fim a
membrana basal, baseada na matriz extracelular.
Os membros da placa hemidesmossômica incluem o antígeno bolhoso
penfigóide 1 (BP230), a plectina e outras proteínas de alto peso molecular que não
foram completamente caracterizadas. BP230 é um dos antígenos-alvo dos anticorpos
bolhosos penfigóide. A plectina de aproximadamente 500 Kda é expressa em vários
epitélios simples e em camadas e funciona como um ligante multifuncional do
citoesqueleto. Os componentes transmembrana do hemidesmossomo são a integrina
BP180 e a6b4. A integrina α6β4 liga-se aos filamentos de queratina. A α6β4 é um
receptor para múltiplas variantes de laminina, mas tem alta afinidade pela laminina,
uma isoforma de laminina, presente em grande quantidade na membrana basal da
epiderme e de outros epitélios, com a qual se liga conectando a placa
hemidesmossômica à lâmina densa. A α6β4 está entrelaçada na transdução de sinais
da matriz extracelular para o interior da célula, colaborando para a reunião dos
hemidesmossomas e para a aparelhamento do citoesqueleto, tendo ainda profundo
choque na proliferação e diferenciação celular. Já a BP180 é uma molécula colágena

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transmembrânica que se relaciona à a6b4 e é um dos autoantígenos do penfigoide
bolhoso (ELDER et al, 2011).
A lâmina lúcida é uma camada elétron-transparente, localizada prontamente
abaixo da membrana plasmática das células basais. Contém filamentos de ancoragem
que se originam na membrana plasmática da célula basal, atravessam a lâmina lúcida
e se inserem na lâmina densa. Esses filamentos existem ao longo de toda a lâmina
lúcida, concentrando-se, porém, ao nível dos hemidesmossomas.
Os hemidesmossomos estão associados a uma placa sub-basal densa e
conectados por filamentos de ancoragem à lâmina densa, que por sua vez é ancorada
à derme papilar subjacente por fibrilas de ancoragem. Essas estruturas morfológicas,
filamentos intermediários, placa hemidesmossomo, filamentos âncora e fibrilas
âncora, formam uma unidade funcional chamada de complexo de adesão
hemidesmossomo e garantem a adesão estável dos queratinócitos à membrana basal
epitelial subjacente. A organização molecular do hemidesmossomo é baseada em três
classes de proteínas: da placa citoplasmática, que atuam como elementos de adesão
ao citoesqueleto; transmembrana, que agem como receptores celulares e conectam
o interior da célula à matriz extracelular; e finalmente a membrana basal, baseada na
matriz extracelular. Os elementos da placa hemidesmossômica compreendem o
antígeno bolhoso penfigóide 1 (BP230), a plectina e outras proteínas de alto peso
molecular que não foram inteiramente qualificadas. BP230 é um dos antígenos alvo
do anticorpo penfigóide bolhoso (ELDER et al, 2011).
Os feixes de microfibrilas consistem em fibrilas finas perpendiculares ou em
ângulo com a junção dermoepidérmica, que se inserem diretamente na lâmina densa
e penetram profundamente na derme. As fibras de colágeno têm uma periodicidade
típica, são dispostas aleatoriamente e não agrupadas neste nível, como é o caso da
derme profunda Elder (2011):
 Aderência dermoepidérmica – toda estrutura da ZMB indica funções de ligação
dermoepidérmica e, realmente, condições patológicas ou experimentais,
associadas à dissociação epiderme-derme, mostram alterações na ZMB.
Na epidermólise bolhosa distrófica displásica ocorrem alterações e até
ausência de fibrilas de ancoragem. A laminina 5, outro componente molecular
importante do complexo hemidesmossomo, anteriormente denominado niceina,

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calinina ou epiligrina, é uma molécula em forma de cruz composta por três cadeias
não idênticas a3, b3 e g2 (ELDER et al, 2011).
A laminina ampara as ligações celulares e é ligante para a6b4 e, possivelmente,
o BP180. Queratinócitos com defeito na laminina 5 têm reduzida adesividade. As
moléculas de laminina 5 interagem com o colágeno VII, o maior constituinte das fibrilas
de ancoragem. Portanto, a laminina 5 serve de ponte entre a6b4 e componentes da
matriz dérmica. Aceita-se que, enquanto a laminina monomérica 5 está concentrada
abaixo da placa hemidesmossômica ligando a integrina a6b4, e possivelmente o
BP180, ao colágeno tipo VII, o complexo laminina 5-6/7 está implicado na
estabilização da membrana basal no espaço interdesmossômico.
Mutações em genes que codificam moléculas da zona da membrana basal ou
a produção de anticorpos dirigidos contra essas moléculas levam a diferentes
condições patológicas da pele.
Suporte mecânico – essa função se alcança por meio de ação estabilizadora
da lâmina densa sobre a membrana plasmática das células basais.
Função barreira – claramente, a ZMB age como barreira à penetração de
moléculas de peso molecular elevado. O desempenho da barreira do ZMB pode ser
cumprido sobre as células, o que é de grande interesse para prevenir invasões
dérmicas por processos proliferativos epidérmicos. Processos inflamatórios ou
neoplásicos devido à ação da colagenase ou de outras enzimas podem lisar a lâmina
densa e prejudicar a função da área da membrana basal (ELDER et al, 2011).

Camada malpighiana

Também conhecida como camada espinhosa ou membrana mucosa de


Malpighi, a camada de Malpighi é formada por células epiteliais escamosas, que têm
uma configuração poliédrica e se achatam gradualmente em direção à superfície. As
citoqueratinas K1 e K10 são sintetizadas. Em vez disso, características do padrão de
diferenciação epitelial que levam à queratinização. As células da camada de Malpighi
são separadas por espaços entrecruzados por filamentos finos chamados pontes
intercelulares. A microscopia eletrônica possibilitou um melhor entendimento das
conexões intercelulares da epiderme, que são processadas pelos chamados

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desmossomos, que correspondem às pontes intercelulares já descritas da
microscopia de luz comum (ELDER et al, 2011).

Camada granulosa

A camada granulosa é constituída por células da granulosas, assim


denominadas por se caracterizarem pela presença de um grande número de grânulos
de tamanho e forma irregulares. Esses grânulos são constituídos por querato-hialina,
profilagrina, a proteína que produz a filagrina, e citoqueratinas. O próprio par de
citoqueratina nesta camada é K2 / K11. Em áreas de queratinização imperfeita, a
camada granulosa pode estar ausente. (ELDER et al, 2011).

Camada córnea

O estrato córneo é formado por corneócitos, ou seja, células epidérmicas


enucleadas com membranas celulares espessos, cujo citoplasma corresponde a um
sistema bifásico de filamentos de queratina que estão encerrados em uma matriz
amorfa contínua. Nas partes inferiores do estrato córneo, os filamentos de queratina
estão associados à filagrina, que se desprende da queratina nas partes inferiores por
ação enzimática e é decomposta em aminoácidos que osmoticamente retêm água no
estrato córneo (ELDER et al, 2011).
Nas regiões palmoplantares há outra camada que é composta pela epiderme.
É a camada transparente que se localiza entre o estrato córneo e a granulosa e é
composta por duas ou três camadas de células enucleadas, planas, homogêneas e
transparentes. Os melanócitos presentes na camada basal são células que, quando
coradas com hematoxilina e eosina, aparecem como células claras com um pequeno
núcleo hipercromático e um citoplasma transparente levemente basofílico. As
manchas de prata mostram a natureza dendrítica dos melanócitos com numerosos
processos longos e ramificados associados às células espinhosas sobrepostas.
Os melanócitos, em conjunto com os queratinócitos com que funcionalmente
se relacionam, constituem as unidades epidermomelânicas da pele. O número de
melanócitos varia dependendo da área considerada, sendo cerca de 2.000 / mm2 na
pele da cabeça e antebraços e 1.000 / mm 2 no restante da pele. O número de

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melanócitos não varia dependendo da raça; as diferenças de pigmentação, portanto,
não dependem do número, mas da funcionalidade dos melanócitos, que estão
localizados próximos à pele no trato ocular, na retina e na úvea; na orelha, na estria
vascular do ducto coclear; no sistema nervoso central, nas leptomeninges; nas
membranas mucosas; e na pele (ELDER et al, 2011).
Os melanócitos contêm organelas especializadas chamadas melanossomas
em seu citoplasma, onde a síntese e a deposição de melanina ocorrem pelo
armazenamento da tirosinase sintetizada pelos ribossomos. O elemento inicial desse
método biossintético é a tirosina, um aminoácido essencial. Na presença de oxigênio
molecular, oxida a tirosina em dopa (dioxifenilalanina) e está em dopaquinona, que se
polimeriza para formar melanina.
Os melanossomos cheios de melanina são injetados através dos processos
dendríticos dos melanócitos nos queratinócitos da unidade epidermomelânica
correspondente. O pigmento melanina consiste em dois tipos de melanina, que
geralmente estão em uma mistura: eumelanina, um polímero marrom; e feomelaninas,
queratinócitos compostos amarelo-avermelhados afetam a proliferação, o número de
dendritos e a produção de melanócitos pelos melanócitos. Outros fatores que
interrompem a atividade dos melanócitos são os hormônios (MSH e hormônios
sexuais), mediadores inflamatórios e vitamina D3. Além de melanócitos, existem
outras células dendríticas na epiderme, células de Langerhans. Sem tirosina e,
portanto, dopanegativa, são células perfeitamente caracterizadas ao microscópio
eletrônico por corpos peculiares, os grânulos de Birbeck (estruturas em forma de
raquete de tênis). Agora são consideradas células macrófagos monocíticas de
camadas epidérmicas com função imunológica que atuam no processamento de MI a
partir de antígenos exógenos que chegam à pele. Além de sua localização epidérmica,
as células de Langerhans são encontradas na derme, vasos linfáticos dérmicos,
linfonodos e glândula timo (ELDER et al, 2011).
As células de Langerhans originam-se da medula óssea e representam a 2ª a
8ª população epidérmica, possuem receptores para a fração Fc de IgG e IgE, para
C3, e também expressam antígenos de histocompatibilidade de classe II. Graças a
essa estrutura imunológica, a célula de Langerhans pode reconhecer, processar e
apresentar antígenos aos linfócitos T e, assim, iniciar sua ativação. Eles não estão
apenas envolvidos nas reações de sensibilização da dermatite de contato, mas

17
também na rejeição de transplantes, na proteção contra infecções virais e também na
eliminação de clones de células epiteliais neoplásicas.
Mudanças qualitativas e quantitativas nas células de Langerhans foram
registradas em várias condições patológicas: vitiligo; lúpus eritematosos; micose
fungóide; dermatite atópica; pênfigo e penfigóide; além disso, as células com grânulos
típicos de células de Langerhans representam as células proliferadas na histiocitose
X. As células de Merkel também são encontradas na epiderme ao nível da camada
basal, que não são visíveis ao microscópio óptico.
Por outro lado, a microscopia eletrônica nessas células revela a presença de
grânulos elétron-densos característicos contendo substâncias neurotransmissoras,
como a enolase específica do neurônio, que são encontradas principalmente nos
lábios, dedos, boca e membrana externa. A origem dessas células é debatida, pois
alguns autores as consideram de origem neuroendócrina, pois formam os chamados
discos de Merkel, que resultam da união de terminações nervosas mielinizadas com
seu pólo basal. Embora sejam estruturas suscetíveis às sensações táteis, outros
autores consideram os queratinócitos modificados, principalmente levando em
consideração a expressão das citoqueratinas K8, K18 e K19, que podem levar ao
carcinoma e estão presentes na reticulose pagetoide (ELDER et al, 2011).

5 ESTRUTURAS DOS ANEXOS CUTÂNEOS

Fonte: clinicamaximus.com

18
O envelhecimento é um processo natural que pode ser acelerado por fatores
externos como sol excessivo, estresse, tabagismo, que além da dieta, que também é
um fator muito importante, libera radicais livres que são responsáveis pela quebra do
colágeno. Uma dieta balanceada à base de frutas, verduras e muito líquido ajuda a
hidratar a pele, além dos alimentos que possuem fibras, proteínas e vitaminas, que
ajudam a combater os radicais livres, aceleradores do processo de envelhecimento
(CARVALHO et al, 2016).
De acordo com Carvalho (2016) o envelhecimento, os cabelos começam a se
tornar brancos, em razão da perda de melanócitos no bulbo capilar; o número de
folículos diminui, e os pelos se tornam mais finos; o número de glândulas écrinas
também é reduzido, levando à diminuição do suor; e a glândula sebácea diminui sua
função em virtude da diminuição dos hormônios. Os vasos sanguíneos vão perdendo
a capacidade de eliminar as toxinas do organismo e também de nutrir e oxigenar as
células da derme e da epiderme; assim, a renovação celular fica prejudicada.

Glândulas sudoríparas écrinas

Fonte: dermatologiacesarbimbi.com

As glândulas sudoríparas écrinas estão espalhadas por toda a pele, mas em


maior número nas regiões palmoplantar e axilar são glândulas tubulares que fluem da
epiderme para a superfície e são compostas por três segmentos: a parte secretora;
canal de suor intradérmico; e canal de suor intraepidérmico. A parte secretora está
localizada na junção dermo-hipodérmica ou na parte inferior da derme. A parte
19
secretora das glândulas écrinas consiste em grandes células cilíndricas com um
citoplasma claro ligeiramente basofílico (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).
Segundo Sampaio e Rivitti (2018) nos cortes habituais, essas células estão
dispostas em ácinos, que apresentam na periferia pequenas células fusiformes - as
células mioepiteliais - em torno das quais existe uma membrana hialina e que, por sua
força de contração, expelem o suor de secreção. A parte intradérmica do canal do
suor consiste em duas camadas de células epiteliais pequenas, cuboides e
intensamente basofílicas.
A parte intraepidérmica do canal de suor consiste em uma única camada de
células de revestimento e uma ou mais camadas de células epiteliais que constituem
a bainha perductal. Eles são inervados por fibras simpáticas pós-ganglionares
amielínicas. Fisiologicamente, entretanto, eles são controlados por mediadores
parassimpáticos, embora sejam menos responsivos aos mediadores
simpaticomiméticos. Portanto, parassimpaticomiméticos como acetilcolina,
acetilbetametilcolina e pilocarpina estimulam a sudorese, e parassimpaticomiméticos
como atropina inibem a sudorese (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).
A secreção sudoral écrina é incolor, inodora, hipotônica, composta de 99% de
água e solutos encontrados no plasma, além de conter, em concentrações menores,
especialmente sódio, cloretos, potássio, ureia, proteínas, lipídeos, aminoácidos,
cálcio, fósforo e ferro. Em condições desfavoráveis de temperatura, a sudorese pode
atingir uma produção de 10 a 12 litros em 24 horas.

Glândulas apócrinas.

Por meio de sua própria embriogênese, a partir da invaginação que forma o


folículo piloso, as glândulas apócrinas geralmente fluem para os folículos capilares e
não diretamente para a superfície epidérmica, no conduto auditivo externo que forma
as glândulas ceruminosas; nas pálpebras, que formam glândulas menores; e na
mama formam as glândulas mamárias. As glândulas apócrinas são tubulares e
consistem em uma parte secretora e outra ductal. Ele também contém células
mioepiteliais. A parte ductal consiste em duas camadas de células epiteliais, mas não
possui cutícula eosinofílica, como é o caso das glândulas sudoríparas écrinas
(SAMPAIO e RIVITTI, 2018).

20
As glândulas apócrinas liberam pequenas quantidades de secreção leitosa em
grandes intervalos. A secreção apócrina contém proteínas, açúcares, amônia, ácidos
graxos e ocasionalmente cromógenos como o indozil, que desta forma podem explicar
certos casos de cromidrose. Regiões topográficas que são colonizadas por secreções
de glândulas sebáceas, o que leva a subprodutos de odor intenso. O verdadeiro
significado funcional da secreção apócrina em humanos é desconhecido e acredita-
se ser um remanescente da função sexual, uma vez que não aparece até a
puberdade.

Glândulas sebáceas

Fonte: dermatologiacesarbimbi.com

As glândulas sebáceas estão localizadas em toda a pele, com exceção das


regiões palmoplantares. Eles sempre fluem para o folículo piloso com ou sem cabelo.
As maiores glândulas sebáceas são encontradas em regiões onde o sistema capilar
é menos desenvolvido, por exemplo, na testa e no nariz. Excepcionalmente, as
glândulas sebáceas da membrana mucosa das bochechas e dos lábios são
heterotópicas e formam os chamados grânulos de Fordyce (SAMPAIO e RIVITTI,
2018).
As glândulas sebáceas consistem em vários lóbulos; cada um deles apresenta
perifericamente uma camada de células basófilas cúbicas, as células germinativas, e
centralmente células com citoplasma abundante com uma delicada rede de malhas
cheias de gordura em que predominam os glicerídeos neutros e, portanto, não são
21
birrefringentes para a polaroscopia, a secreção das glândulas sebáceas é do tipo
holócrino. As glândulas sebáceas são ativadas por andrógenos e não dependem da
estimulação nervosa de andrógenos maternos transmitidos passivamente. Assim que
os andrógenos adquiridos passivamente se esgotam, as glândulas sebáceas entram
em acentuada regressão devido à ação dos andrógenos de origem testicular, ovariana
e adrenal, que se desenvolve novamente na puberdade.

Pelos

O cabelo é uma estrutura semelhante a um fio, composta por células


queratinizadas produzidas pelos folículos capilares. Existem dois tipos de cabelo: fetal
ou lanugo, que é um cabelo fino e claro idêntico ao cabelo adulto não desenvolvido e
conhecido como cabeludo; e o terminal, que corresponde aos pelos espessos e
pigmentados, que inclui pelos, barba, pelos púbicos e das axilas. O cabelo consiste
em uma parte livre, o caule, e uma parte intradérmica, a raiz, o sebo, acima; o músculo
eretor pila na parte inferior; e em certas partes do corpo o ducto de uma glândula
apócrina, que se abre no folículo acima da glândula sebácea (SAMPAIO e RIVITTI,
2018).
Ainda segundo Sampaio e Rivitti (2018), o folículo piloso é composto pelas
seguintes partes: o infundíbulo, que se localiza entre o óstio e o ponto de inserção da
glândula sebácea; acrotrichium, a parte intraepidérmica do folículo; o istmo, entre a
abertura da glândula sebácea no folículo e o ponto de inserção do músculo eretor de
pelos; e o segmento inferior, o resto, está abaixo do músculo retificador. Nesta parte
inferior do folículo piloso há uma extensão, o bulbo capilar, que contém a matriz capilar
na qual se insere a papila, uma estrutura pequena e ligante, vascularizada e inervada.
Os melanócitos ativos estão localizados entre as células da matriz. Grande parte da
atividade mitótica do pelo se dá no meio inferior do bulbo. A bainha radicular interna
compreende a cutícula da bainha, a camada de Huxley (mais interna) e a camada de
Henle (mais externa).

22
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2018.

Essas camadas se dissolvem após sua completa ceratinização ao atingir o


istmo e, neste nível, a bainha externa da raiz começa com sua queratinização. A
bainha radicular externa distende-se desde a epiderme até as porções laterais do
bulbo piloso, diminuindo progressivamente de espessura da superfície até a
profundidade. Externamente a essa bainha, dispõe-se uma membrana delgada
homogênea e eosinófila, denominada camada vítrea ou basal (SAMPAIO e RIVITTI,
2018).
Segundo Sampaio e Rivitti (2018) a própria haste do cabelo consiste na cutícula
externa, córtex e medula, que no cabelo humano são descontínuos ou mesmo
ausentes, como no lanugo e no cabelo. A camada cortical é constituída de
queratinócitos fortemente compactados, enquanto, na medular, os queratinócitos se
agregam mais frouxamente. As células da cutícula do cabelo estão firmemente
embutidas na cutícula da bainha interna da raiz, o que leva a uma adesão firme do
cabelo. O principal componente do cabelo é a queratina, cuja estrutura é composta
por cerca de vinte aminoácidos, sendo particularmente importantes a cisteína, a
arginina e a citrulina, encontradas apenas no cabelo humano.

23
Os cabelos são estruturas muito resilientes, flexíveis e elásticas que se
alongam de 20 a 30% quando secas e até 100% na água, não crescem
continuamente, com fases alternadas de crescimento e repouso que formam o ciclo
capilar. A fase de crescimento, denominada anágena, é caracterizada por uma intensa
atividade mitótica da matriz e na qual o cabelo mostra sua máxima expressão
estrutural. Sua duração é de 2 a 5 anos no couro cabeludo. Isso é seguido pela fase
catágena, na qual os folículos retrocedem para 1/3 de seu tamanho anterior .
Interrompe-se a melanogênese na matriz e a proliferação celular diminui até cessar
(SAMPAIO e RIVITTI, 2018).

Ciclo do pelo

Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2018

As células da parte superior da medula continuam sua diferenciação até a haste


do cabelo, que só se forma no córtex e na membrana interna da raiz, até que o bulbo
se reduza a uma coluna desorganizada de células. A ponta do cabelo assume a forma
de uma clava e forma uma clava que ainda está presa ao saco folicular por manchas
de queratina. A fase catágena dura cerca de 3 a 4 semanas, seguindo-se à fase
telógena, de desprendimento do pelo, que, no couro cabeludo, tem cerca de três
meses de duração. Os folículos ficam completamente inativos, reduzidos à metade ou
menos de seu tamanho normal, e o descolamento completo ocorre entre a papila
dérmica e o pelo em eliminação (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).
Ao analisar o couro cabeludo, as seguintes proporções são encontradas entre
os cabelos em suas diferentes fases: 85% na fase anágena; 14% na fase telógena; e
1% na fase catágena. Esses percentuais compõem o tricograma normal do couro

24
cabeludo. Admitindo-se 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo, e, tendo em conta
que cerca de 10% deles estão em fase telógena, por aproximadamente 100 dias,
alguns autores consideram normal a eliminação média de até 100 fios de cabelo por
dia. Em termos de crescimento, a média por dia é de 0,4 mm no topo da cabeça e
0,35 mm nas têmporas, e o cabelo das mulheres cresce mais rápido (SAMPAIO e
RIVITTI, 2018).
Os fatores reguladores do ciclo capilar são desconhecidos, o que permite a
influência das próprias condições do folículo e de fatores sistêmicos, nutricionais,
emocionais e, em particular, hormonais, em particular os andrógenos. Cavidades orais
- narinas, conduto auditivo, olhos - e no couro cabeludo atuam como proteção da
radiação ultravioleta, nas áreas intertriginosas reduzem o atrito e, finalmente, devido
à sua inervação abundante, fazem parte do aparelho sensorial cutâneo. Na
protuberância da bainha externa do pelo, abaixo da inserção da glândula sebácea,
encontram-se as células-tronco epidérmicas, que também dispõem-se em
agrupamentos no epitélio interfolicular (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).

Unhas

As unhas são lâminas queratinizadas, recobrem a última falange dos dedos.


Uma unha tem quatro partes: o dorso ou a raiz, que está localizada sob a dobra da
pele; o lençol aderindo ao leito ungueal em sua parte inferior; as dobras laterais; e a
borda livre. A raiz ou matriz da unha é uma área em forma de crescente de células
epiteliais em proliferação que é parcialmente selada pela prega ungueal posterior e
parcialmente visível em uma área mais clara chamada lúnula. A prega ungueal
posterior é uma extensão da camada córnea que cobre a parte proximal da unha, a
cutícula e por baixo do eponíquio que adere à lâmina ungueal. Essas estruturas são
importantes porque processos inflamatórios podem destacá-las da unha. Para a
nutrição da matriz ungueal, existe uma rica rede vascular que depende das artérias
de dois dedos (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).
A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm. Seu crescimento é de cerca de
0,1 mm por dia nos quirodáctios, sendo mais lento nas dos pododáctilos. A lâmina
ungueal é formada principalmente pela matriz ungueal, mas o leito ungueal tem papel
secundário nesse processo, o crescimento ungueal está sujeito a flutuações

25
individuais e é influenciado por doenças sistêmicas e fatores locais. As deformidades
ungueais podem representar lesões da matriz ungueal que surgiram até três meses
antes da troca ungueal (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).

Fonte: CESTARI, 2018.

Estrutura da derme

A derme é composta por um verdadeiro gel rico em mucopolissacarídeos (a


substância básica) e material fibrilar de três tipos: fibras de colágeno; fibras elásticas;
e fibras reticulares. A derme varia em espessura em todo o corpo, de 1 a 4 mm, e é
composta por três partes: a papilar, a perianexial e a reticular segundo Sampaio e
Rivitti, (2018):
 Derme papilar – constitui uma camada pouco espessa de fibras colágenas
finas, fibras elásticas, numerosos fibroblastos e abundante substância
fundamental, formando as papilas dérmicas, que se amoldam aos cones
epiteliais da epiderme.
 Derme perianexial – estruturalmente idêntica à derme papilar, dispõe-se,
porém, em torno dos anexos. Compõe, com a derme papilar, a unidade
anatômica denominada derme adventicial.
 Derme reticular – compreende o restante da derme, sendo sua porção mais
espessa, que se estende até o subcutâneo. Consiste em feixes de colágeno
mais espessos, que em sua maioria se organizam paralelamente à epiderme,

26
há proporcionalmente menos fibroblastos e substância fundamental em relação
à derme adventícia.
A substância básica consiste essencialmente em mucopolissacarídeos, dos
quais os hialuronidatos e os sulfatos de condroitina são os mais importantes. Esse gel
viscoso participa na resistência mecânica da pele às compressões e aos estiramentos.
1. Fibras de colágeno: constituem 95% do tecido conjuntivo da derme. O
colágeno da derme é composto por diferentes tipos de fibras, do tipo I ao tipo XIII.
2. Fibras elásticas: são microfibrilas orientadas perpendicularmente à epiderme
na derme papilar; e na derme reticular eles são mais espessos e dispostos
paralelamente à epiderme. O grande número de fibras elásticas na pele é peculiar à
espécie humana. O sistema elástico da pele inclui os seguintes tipos de fibras
elásticas segundo Sampaio e Rivitti, (2018):
 Fibras oxitalânicas – são as mais superficiais e dispõem-se perpendicularmente
à junção dermoepidérmica, estendendo-se até o limite entre a derme papilar e
a reticular.
 Fibras eulaunínicas – ocupam posição intermediária na derme, conectando as
fibras oxitalânicas da derme superficial com as fibras elásticas da derme
reticular.
 Fibras elásticas maduras – contêm cerca de 90% de elastina e ocupam a derme
reticular. As fibras elásticas mais superficiais intervêm na ligação entre a
epiderme e a derme e as mais profundas, devido ao seu maior teor de elastina,
na absorção de choques e cargas que atuam sobre a pele. A derme abriga as
estruturas conectadas à pele, as glândulas sudoríparas.

Inervação

Os nervos sensoriais, que são sempre mielinizados, formam órgãos terminais


específicos, corpúsculos de Vater-Pacini, corpúsculos de Meissner, corpúsculos de
Krause, meniscos de Merkel-Ranvier e corpúsculos de Ruffini em algumas regiões do
corpo, como palmas das mãos, solas dos pés, lábios e genitais segundo Sampaio e
Rivitti, (2018):
 Corpúsculos de Vater-Pacini: localizam-se, especialmente, nas regiões
palmoplantares e são específicos para a sensibilidade à pressão.

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 Corpúsculos de Meissner: situam-se nas mãos e nos pés, especialmente
nas polpas dos dedos, ao nível da derme papilar. São específicos para
a sensibilidade tátil.
 Corpúsculos de Krause: também chamados órgãos nervosos terminais-
mucocutâneos, pois ocorrem nas áreas de transição entre pele e
mucosas. Portanto, são encontrados na glande, prepúcio, clitóris, lábios
vulvares e, em menor extensão, no lábio, língua, pálpebras e pele
perianal.
 Meniscos de Merkel-Ranvier: são plexos terminais de nervos de posição
subepidérmica, localizados especialmente nas polpas dos dedos.
 Corpúsculos de Ruffini: são formados por fibra nervosa que se ramifica,
permeando o colágeno, e relacionam-se à sensibilidade térmica. Outra
estrutura nervosa com funções táteis é o disco pilar, uma estrutura em
forma de disco rica em células de Merkel que está localizada na região
dermoepidérmica anexa aos folículos pilosos.
Os fios nervosos responsáveis pelas vibrações e sensações artísticas
penetram nas raízes posteriores da medula espinhal e formam os fascículos em forma
de cunha e graciosos do funículo posterior, que terminam nos núcleos delicados e em
forma de cunha da cebola. Tálamo e destes chegam à zona cortical somestésica. Os
fios nervosos que conduzem as sensações de tato, dor e temperatura penetram pelas
raízes dorsais dos nervos espinhais na parte contralateral da medula espinhal e
formam as vias espinotalâmicas anterolateral e ventral em direção ao tálamo
(SAMPAIO e RIVITTI, 2018).
A pele é inervada pelo sistema nervoso autônomo, cujas fibras adrenérgicas
fazem com que as células musculares lisas das paredes arteriolares se contraiam
(vasoconstrição), contraiam o músculo eretor do pelo e ativam as células glômicas e
mioepiteliais das glândulas apócrinas. É importante salientar que as glândulas écrinas
são inervadas por fibras simpáticas, porém colinérgicas, o que é excepcional, uma vez
que, via de regra, as fibras simpáticas são adrenérgicas. Esse fato explica a sudorese
causada pela pilocarpina, uma droga parassimpaticomimética que estimula
diretamente os efetores colinérgicos da glândula sudorípara. As glândulas apócrinas
respondem a estímulos simpáticos e não parassimpáticos porque são inervadas por

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fibras adrenérgicas controladas por centros simpáticos no sistema nervoso central
(SAMPAIO e RIVITTI, 2018).

Vasos sanguíneos

Apesar das alterações topográficas do sistema vascular da pele, os vasos da


pele continuamente formam um plexo profundo em conexão com um plexo superficial,
o plexo profundo está no plano dermohipodérmico e é formado por arteríolas,
enquanto o superficial na derme é subpapilar e consiste fundamentalmente de
capilares. Em certas áreas, como sulcos e leitos ungueais, orelhas e centro da face,
o sistema vascular cutâneo apresenta formações especiais, o glomo, estruturas que
estão funcionalmente conectadas à termorregulação, anastomoses diretas entre as
arteríolas e as vênulas. Portanto, eles têm um segmento arterial, que consiste em uma
parede espessa e um lúmen estreito, e um segmento venoso com uma parede fina e
um lúmen largo: Células glômicas (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).

Vasos linfáticos

Eles são vasos revestidos por uma única camada de células endoteliais
dispostas em alças ao longo da derme papilar e conectam um plexo linfático
subpapilar que leva através da derme a um plexo linfático profundo localizado em um
local dermo-hipodérmico (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).

Músculos da pele

Os músculos da pele são principalmente lisos e incluem os músculos eretores


dos pelos, o escroto e os músculos da aréola. Folículos capilares que são inseridos
sob as glândulas sebáceas. Localizado na parte inferior do folículo, sua contração cria
a verticalidade do cabelo, ou seja, a horripilação.) (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).

Estrutura da hipoderme

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O subcutâneo ou coxim gorduroso é a camada mais profunda da pele, de
espessura variável, composta exclusivamente por tecido adiposo, ou seja, células
preenchidas por gordura que formam lobos divididos por feixes vasculares
conjuntivos. Em sua parte superior, relaciona-se com a derme profunda, que forma a
junção dermo-hipodérmica, onde geralmente se localizam as partes secretoras das
glândulas apócrinas ou écrinas e cabelos, vasos e nervos. Com isolamento térmico e
mecânico, protege o corpo de pressões externas e traumas e facilita a mobilidade da
pele em relação às estruturas subjacentes (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).

5.1 Funções da pele

Graças à arquitetura e às propriedades físicas, químicas e biológicas de suas


diversas estruturas, a pele, como membrana envolvente e isolante, é um órgão que
pode desempenhar diversas funções segundo Sampaio e Rivitti, (2018):
 Proteção – constitui a barreira de proteção à penetração de agentes externos
de qualquer natureza e, ao mesmo tempo, impede perdas de água, eletrólitos
e outras substâncias do meio interno.
 Proteção imunológica – a pele, graças à presença de células imunologicamente
ativas, é um órgão de grande atividade imunológica, onde atuam intensamente
os componentes da imunidade humoral e celular.
 Termorregulação – graças à sudorese, constrição e dilatação da rede vascular
cutânea, a pele processa o controle homeostático da temperatura orgânica.
 Percepção – por meio da complexa e especializada rede nervosa cutânea, a
pele é o órgão receptor sensitivo do calor, do frio, da dor e do tato.
 Secreção – a secreção sebácea é importante para a manutenção eutrófica da
própria pele, particularmente da camada córnea, evitando a perda de água.
Contudo, segundo autores o sebo tem características antimicrobianas e contém
substâncias precursoras da vitamina D. Quanto às glândulas sudoríparas, a
eliminação de restos metabólicos não tem valor como função excretora. Essas
funções gerais da pele dependerão do envolvimento de seus vários componentes por
meio de suas propriedades ainda não completamente compreendidas. O estrato
córneo é, portanto, de relevante importância para a função protetora da pele, que,
devido às suas várias propriedades, representa uma interface entre o organismo e o

30
meio ambiente: relativa impermeabilidade à água e eletrólitos, evitando perdas de
água e eletrólitos, bem como limitação da penetração de substâncias exógenas;
resistência relativa a agentes corrosivos prejudiciais; alta impedância elétrica, que
restringe a passagem da corrente elétrica pela pele; superfície relativamente seca, o
que retarda a reprodução dos microrganismos; quimicamente é uma membrana que
limita a passagem das moléculas.
Outro aspecto importante da função protetora da pele é o obstáculo à ação da
radiação ultravioleta, graças em particular às unidades epidermomelânicas que
produzem melanina e a distribuem pela epiderme.

Melanina

Sua função é proteger a pele da radiação ultravioleta do sol, absorvendo a


energia radiante; os melanócitos não só absorvem, mas também difundem a radiação
ultravioleta. O controle da produção de melanina é exercido por três fatores principais
segundo Sampaio e Rivitti, (2018):
1. Genético – explica variações raciais e patológicas, como o albinismo.
2. Ambiental – interfere por meio da quantidade de energia radiante ambiental
e das substâncias químicas sobre a pele.
3. Hormonal – hormônios da hipófise e da epífise.
O hormônio estimulador dos melanócitos (MSH), também conhecido como
intermedina (liberado pela "pars intermedia" hipofisária), promove a distribuição dos
grânulos de melanina no citoplasma, escurece a pele e aumenta a proteção contra a
luz. É o apagão mais forte conhecido. Sua fórmula química é semelhante à de outro
hormônio adrenocorticotrófico da glândula pituitária (ACTH). Em contraste com esses
dois hormônios, a melatonina desaparece porque faz com que os grânulos de
melanina se agreguem ao redor do núcleo da célula. Na produção de melatonina, a
estimulação da luz retiniana no ambiente é importante para a termorregulação, é
basicamente exercido pelos sistemas vascular e sudoríparo da pele (SAMPAIO e
RIVITTI, 2018).
Como interface entre o corpo e o meio externo, Sampaio e Rivitti (2018)
afirmam que a pele desempenha um papel passivo na troca de calorias, mas intervém
ativamente na regulação do calor por meio das unidades de suor écrino e da rede

31
vascular cutânea. A água, que resfria a superfície do corpo e os vasos sanguíneos
por meio da evaporação, aumenta ou diminui o fluxo sanguíneo periférico ao expandir
ou estreitar, e permite maior ou menor dissipação de calor. Um acréscimo de 0,5°C
na temperatura corpórea motiva impulsos hipotalâmicos que, por meio das fibras
colinérgicas do sistema nervoso simpático, excitam as glândulas sudoríparas écrinas
de todo o corpo.
O aquecimento regional da pele também favorece a sudorese local, que neste
caso permite a ação térmica direta sobre a glândula sudorípara sem envolver o
hipotálamo. No que diz respeito às funções secretoras da pele, os produtos
metabólicos excretados pela transpiração não têm importância como função excretora
das glândulas sebáceas, seu desenvolvimento e atividade dependem em grande parte
de fatores humorais, em particular de andrógenos (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).
O produto da secreção de sebo, forma a película lipídica da superfície da pele
com os lipídeos de cornificação. Este complexo lipídico consiste em triglicerídeos,
diglicerídeos, ácidos graxos, ésteres, esqualeno e esteróis. Não há ácidos graxos
livres no sebo recém-secretado, que parece intrafolicular devido à ação das lipases
bacterianas. O verdadeiro significado fisiológico do sebo permanece desconhecido
em humanos. Devido às suas propriedades odoríferas, tem função de atração sexual.
Tais funções são irrelevantes no homem, mas outras têm sido atribuídas ao sebo,
embora não haja evidências da importância desses mecanismos na homeostase
humana: barreira protetora; Emulsificação de substâncias; atividade antimicrobiana,
antibacteriana e antifúngica; precursores da vitamina D (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).
As secreções de sebo e suor formam a fase gordurosa e oleosa da emulsão,
que cobre a superfície da pele. O pH médio normal da pele está entre 5,4 e 5,6, com
flutuações topográficas. As áreas intertriginosas têm um pH mais alto do que o normal.
Secreções superficiais da pele, nos recém-nascidos existe o que é conhecido como
"vérnix da vítima", que é constituído por secreções sebáceas, células epiteliais
escamosas e lanugo que se desprendeu da superfície corporal. Sua principal função
é lubrificar a superfície corporal do feto para facilitar sua passagem pelo canal de
parto, o que explicaria seu desaparecimento após o nascimento, uma vez que a
função para a qual foi destinado não é mais necessária. Além das suas funções vitais,
as propriedades físico-químico-biológicas da pele, devido à sua capacidade de

32
absorção, permitem a administração percutânea de medicamentos, processo que se
realiza por segundo Sampaio e Rivitti, (2018):
 Orifícios adanexiais – permitem a passagem de substâncias de baixo
coeficiente de permeabilidade e de moléculas grandes.
 Espaços intercelulares da camada córnea – via de penetração de água e
alcoóis de peso molecular baixo.
 Células corneificadas (diretamente) – quando ocorrem aumento da hidratação
da pele, aumento da temperatura cutânea e exposição a solventes de lipídeos.
A forma usual de se obter um melhor efeito tópico com maior penetração do
fármaco é através do curativo de oclusão, a oclusão causa aumento da sudorese e
retenção do suor, além de aumento da temperatura local com aumento do fluxo
sanguíneo. A retenção de suor aumenta o conteúdo de água das células da córnea, o
que permite um transporte iônico mais forte de moléculas através das células. Quanto
maior o fluxo sanguíneo para a derme, maior será a reabsorção, fatos esses que
devem ser levados em consideração na utilização de medicamentos tópicos,
principalmente em curativos oclusivos, devido aos possíveis efeitos sistêmicos desses
medicamentos (SAMPAIO e RIVITTI, 2018).

6 CONSULTA ESTÉTICA

Fonte: beautycoestetica.com

33
Antes de efetuar qualquer procedimento, é muito importante conhecer e avaliar
o paciente, buscando entender sua insatisfação, assim como a veracidade das
informações presentes na avaliação para que seja oferecido um tratamento seguro e
um resultado satisfatório aos pacientes. Este conhecimento detalhado é fundamental
para a correta aplicação e eficácia dos tratamentos faciais, corporais e até capilares
(ANDRADE, 2018).
Antes de qualquer tratamento, o primeiro contato em um atendimento ao
paciente exige profissionalismo e atenção técnica para que dessa forma se
descubram suas necessidades e informações importantes. As informações devem ser
registradas no cadastro do cliente, devendo ser consultado em todos os
procedimentos para a checagem de contraindicações e definição de necessidades.
Sempre que uma consulta é marcada com um novo paciente, um histórico médico
completo deve ser obtido antes de cada procedimento. Para obter as informações
necessárias durante a consulta clínica, siga as etapas abaixo segundo Andrade,
(2018):
 Faça perguntas para verificar informações pessoais;
 Faça uma inspeção visual, prestando muita atenção nas áreas a serem
processadas e na aparência geral;
 Examinar manualmente — o toque na pele é fundamental para sentir sua
textura e elasticidade;
 Verificar gravações: aplica-se se o cliente visitou as instalações por um período
de tempo especificado.
Mesmo que o paciente já frequente o local, no início de cada tratamento
recomenda-se que seja feita uma revisão dos dados fornecidos anteriormente para
avaliar se o tratamento é adequado e, dessa forma, elaborar um plano para melhor
executá-lo. Muitas vezes, pode ser necessário oferecer ao paciente um tratamento
individual e personalizado para uma condição específica e com garantia de resultados
(ANDRADE, 2018).
Para que o aconselhamento possa ser realizado de forma profissional, deve ser
realizada uma conversa aberta com as questões pertinentes, sendo o paciente ouvido
com atenção e respeito. A forma como o aconselhamento é dado determina a
confiança do paciente no trabalho do médico. É importante que o paciente faça
perguntas e esteja totalmente à vontade para desenvolver um relacionamento próximo

34
com ele e fazer com que se sinta parte do lugar e se sinta seguro no tratamento. Para
que o paciente se sinta mais confortável, é importante fazer as perguntas de forma
correta e não invasiva. Não há necessidade de intervir pessoalmente e fazer
perguntas que resultem em divulgação acidental. Mostrar compreensão e empatia
para com o paciente, é necessário segundo ANDRADE, (2018):
 Utilizar questionamentos abertos para captar as informações;
 Perguntar apenas o que realmente for necessário para obter essas
informações;
 Realizar perguntas abertas (o paciente pode dar uma resposta detalhada) e
fechadas.
Exemplos de perguntas abertas e fechadas que podem ser usadas durante o
atendimento são: pergunta aberta: “Você pode me contar sobre a sua rotina de
cuidados com a saúde diariamente? ”, enquanto que para a pergunta fechada: “Você
tem uma rotina de cuidados com a saúde? ”. Outra grande e indispensável tática para
uma consulta de qualidade é a linguagem corporal. Como parte da natureza humana,
as pessoas acabam ficando com raiva, ambíguas ou inquietas. O importante é saber
reconhecer esses sinais e saber conduzir.
O paciente criará expectativas e cabe ao profissional torná-las reais e
acionáveis. Em alguns casos, pode ocorrer do paciente para esperar por um resultado
não realista para esperar, que pode ser alcançado, mas depende dos especialistas na
arte que não é para criar algo que não seja aplicado e estimula nenhum entusiasmo.
Isso trará uma decepção futura. A obtenção de resultados confiáveis faz parte do
trabalho do profissional, seja para melhorar o atendimento ao paciente em casa ou
para mudar sua percepção dos benefícios de um bom cuidado cosmético (ANDRADE,
2018).
Se as expectativas não forem alcançadas deve-se oferecer alternativas e
fornecer o máximo de explicações possíveis. Resultados verdadeiros e realistas são
o que importa para manter pacientes leais. E de extrema importância trabalhar em
conjunto para que seja modificado hábitos ruins e sempre deixá-lo motivado e
informado sobre as melhores alternativas. A avaliação deve incluir um exame visual
da condição da área a ser tratada, o que permitirá que você selecione os produtos
adequados para o procedimento. Você também precisará palpar a área da pele para

35
determinar o tamanho, forma, firmeza ou localização de uma mancha, "caroço" ou
outro problema.
A avaliação por toque na área a ser tratada permite confirmar hipóteses e
fornece novas informações, como a textura da pele ou sua temperatura. Talvez seja
imprescindível apalpar para sentir o tônus muscular ou para avaliar a elasticidade da
pele. Sempre esteja com as mãos recém-lavadas. É por isso que o cadastro deve ser
preenchido de maneira completa após cada tratamento e armazenado corretamente
para consultas futuras (ANDRADE, 2018).
Qualquer problema, como reações adversas a algum produto, pode ser
registrado, permitindo que se estabeleça um tratamento apropriado de forma rápida e
eficaz. Se o paciente recebeu tratamentos em outra estética, será́ mais difícil reunir
informações além do que for relatado; por isso, sempre que possível deve-se discutir
sobre a recomendação para o tratamento, usando a habilidade profissional e a
experiência para garantir que o método esteja de acordo com a necessidade individual
de cada paciente (ANDRADE, 2018).

6.1 Anamnese

A história clínica facial visa compreender melhor o cotidiano do paciente,


questionando-o sobre os produtos que utiliza na pele, história alérgica, uso de
medicamentos, história médica, operações, hábitos alimentares, lentes de contato,
qualidade do sono, entre outros. Tudo para garantir o melhor tratamento e reduzir
maiores danos, o exame físico é realizado pelo profissional, biótipo, produção de sebo,
escama, cicatrizes e etc. tudo deve ser analisado e observado de perto para preenchê-
lo da maneira que melhor se adapta ao cliente. Posteriormente, a parte final da
anamnese é realizada pelo profissional após a finalização do procedimento, onde é
fornecida a descrição do procedimento para melhor acompanhamento (ANDRADE,
2018).

6.2 Análise avaliação estética

Durante a avaliação estética, o especialista pode contar com alguns


parâmetros, como: Wood's Lamp: Também conhecido como DermaView, é um

36
aparelho de análise de pele que identifica possíveis áreas problemáticas em seu rosto.
A triagem é um processo simples e conveniente. Ao usar luz ultravioleta inofensiva, o
dispositivo detecta áreas oleosas, danificadas pelo sol, secas, desidratadas e outras
áreas anormais da pele. Após a triagem, o paciente receberá uma análise escrita dos
resultados e um gráfico que ilustrará qualquer área do seu rosto que possa exigir
atenção (ANDRADE, 2018).
Este teste é importante porque os raios ultravioleta do sol podem danificar sua
pele. Embora não queime, os efeitos do sol podem causar rugas, manchas solares,
problemas nos olhos e várias formas de câncer de pele. Mais de 1,5 milhão de
pessoas são diagnosticadas a cada ano e se tornam o câncer mais comum nos
Estados Unidos, a exemplo da lupa: uma ferramenta fundamental para ampliar o que
se observa e, no caso do reino estético, é importante no auxílio nos tratamentos
faciais. Com ele, você pode ver pequenos cravos e poros, o que torna mais fácil para
você trabalhar no escritório e ajuda a obter resultados consistentes.
Analisador de oleosidade e hidratação: a hidratação da pele é extremamente
importante e um dos pilares do seu manejo. A determinação dos níveis de óleo e água
na pele do paciente é necessária para identificar o desequilíbrio que o aparelho está
indicando e a necessidade de preparar a pele para técnicas como a esfoliação. Além
de verificar se a pele precisa ser preparada, a medição do nível de oleosidade e
hidratação pode ser usada para mostrar, com dados reais, qual o estado da pele no
momento e no pós-procedimento. Sem dúvidas, este analisador fará diferença no
consultório e passará credibilidade ao paciente.
Balanças: É um equipamento necessário na prática, muito utilizado em
tratamentos corporais e acompanhada de laudos de medição do local do tratamento
e também do peso do paciente junto com o registro fotográfico.
Registro fotográfico: é fundamental para acompanhar todos os equipamentos
utilizados na avaliação. Ele permite que seja feito o registro do paciente para que ao
final do tratamento juntamente com todos os outros dados adquiridos possa ser
observada a evolução do tratamento (ANDRADE, 2018).

37
6.3 Identificação das técnicas e procedimentos

Para realizar uma análise de rosto, cabelo e corpo, são possíveis algumas
técnicas e procedimentos que darão o melhor resultado possível.

Microdermoabrasão

A dermoabrasão é projetada para melhorar cicatrizes de acne, acidentes ou


doenças e manchas de varíola. Não é eficaz na terapêutica de deformidades
congênitas da pele, marcas de nascença pigmentadas ou cicatrizes causadas por
queimaduras. A microdermoabrasão funciona em todos os tipos e cores de pele. Faz
mudanças sutis, não causa mudanças na cor da pele ou cicatrizes. Não é eficaz em
problemas mais profundos, como cicatrizes, estrias, rugas ou cicatrizes profundas de
acne (ANDRADE, 2018).

Peeling químico

O peeling químico é uma técnica empregada para aprimorar e suavizar a


textura da pele. A pele facial é principalmente tratada e as cicatrizes podem ser
melhoradas. Os peelings químicos são projetados para remover as camadas mais
externas da pele. Para cumprir esta tarefa, a solução esfoliante escolhida induz uma
lesão controlada na pele. Os processos de cicatrização de feridas resultantes
começam a regenerar novos tecidos. A pele morta é eventualmente removida e dá
lugar a uma nova camada. A pele regenerada é geralmente mais lisa e menos
enrugada do que a velha (ANDRADE, 2018).
O paciente sai com a solução química do peeling no rosto. O processo de
descamação ocorre no terceiro dia.

Microagulhamento

Este tratamento estético é indicado para eliminar cicatrizes de acne e outras


cicatrizes, para ocultar imperfeições, rugas ou linhas de expressão da pele, por meio
de estimulação natural com microagulhas que penetram na derme facial e promovem
a formação de fibras de colágeno que tornam essa pele sustentável. Este tratamento
38
pode ser efetivado por meio do popular manual das microagulhas, designado
Dermaroller ou com o aparelho automático que é chamado de Dermapen. Esse
método apresenta um leve desconforto ao paciente por causa das agulhas, pois
quanto maior a agulha, maior a dor; no entanto, dá excelentes resultados para a pele
(ANDRADE, 2018).

Radiofrequência

A radiofrequência é o padrão para tratamentos estéticos em diferentes


indicações por sua versatilidade, eficácia e segurança. A técnica funciona gerando
calor no tecido sob a pele, o que induz a produção de novas fibras de colágeno e, com
isso, melhora a aparência da pele. 30.000 a 40.000 V e com frequência de 1560 a 200
kHz. As indicações mais comuns para radiofrequência incluem melhorar a flacidez da
pele, reduzir rugas, tratar a gordura e reduzir a celulite (ANDRADE, 2018).

Carboxiterapia

A carboxiterapia é uma das melhores terapias no combate à celulite, ao


excesso de gordura corporal, à flacidez e ao envelhecimento corporal e facial. É um
método não cirúrgico, que consiste no uso terapêutico de dióxido de carbono (CO2)
administrado por via subcutânea. A origem dessa terapia é encontrada na estação de
águas termais de Royat- -France, especificamente na década de 1950, quando um
grupo de cardiologistas usou essa terapia em pacientes com diferentes doenças
relacionadas à circulação sanguínea ruim e ao acúmulo de gordura. Esta técnica é
realizada com dispositivos especialmente preparados que controlam a taxa de fluxo,
o tempo de injeção e a porcentagem da dose administrada . O CO2 funciona na zona
afetada e é rapidamente eliminado (ANDRADE, 2018).

Criolipólise

Criolipólise é a destruição seletiva e não invasiva do tecido adiposo por meio


do resfriamento controlado. A metodologia aproveita o fato de que as células ricas em
lipídios são mais suscetíveis ao crioinjúria do que as contrapartes ricas em água, tais

39
como a pele subjacente. O dispositivo de tratamento usa um aplicador em forma de
copo que desenha um rolo de pele e gordura subcutânea entre duas placas de
resfriamento. O tempo de tratamento típico é de uma hora, durante o qual a
temperatura do rolo de tecido diminui para cerca de 0°C (ANDRADE, 2018).
A cristalização de lipídios citoplasmáticos em adipócitos desencadeia uma série
de eventos caracterizados por apoptose de adipócitos, paniculite e eventual perda de
adipócitos. Clinicamente, isso leva a uma diminuição efetiva da espessura da camada
de gordura. Remoção de cabelo a laser A remoção de cabelo a laser é uma técnica
progressiva de remoção de cabelo que é realizada com energia a laser. Os primeiros
dispositivos de depilação a laser surgiram na década de 1970, mas essa tecnologia
era inicialmente ineficaz, muito dolorosa e limitada. Em 1983, porém, foi lançado no
mercado o conceito de fototermólise seletiva (utilizada na depilação a laser), que
revolucionou o princípio físico do mecanismo do laser e o tornou mais eficaz.
Diferentes tipos de lasers que podem promover a depilação progressiva.
Quando o pulso de laser é disparado, os fótons de energia são absorvidos pela
melanina. O calor absorvido é liberado do bulbo e da haste do cabelo, o que destrói
termicamente as estruturas do cabelo. A calvície de Mesoterapia Capilar é um
problema que afeta pessoas de ambos os sexos, homens e mulheres, de todas as
idades e raças ao redor do mundo. Este tratamento envolve a aplicação de
substâncias logo abaixo da pele para reduzir a queda de cabelo e estimular o
crescimento do cabelo. Combinações de enzimas como minoxidil e aplicações de
agulhas são usadas em todo o couro cabeludo para estimular o crescimento de novos
cabelos. O tratamento é demorado e requer manutenção de rotina para obtenção de
resultados satisfatórios (ANDRADE, 2018).

40
7 SEMIOLOGIA CUTÂNEA

Fonte: ladermeunivasf. wordpress

A semiologia cutânea é a análise da pele do paciente, essa análise é realizada


pelo profissional para identificar:
 O tipo de pele;
 O fototipo cutâneo;
 Quais lesões elementares o paciente/cliente apresenta, que identificam
diversos quadros inestético. Dessa forma o profissional pode discernir o que
ele pode tratar e o que precisa de encaminhamento para o médico
especialista.
A partir da aplicação da semiologia durante a anamnese, o especialista
desenvolve os protocolos de tratamento.

7.1 Anamnese

É uma compilação da história médica relatada pelo paciente, essencial antes de


determinar o tratamento a ser seguido, pois é uma história médica detalhada devido
à influência dos hábitos diários e dos precursores patológicos, psicológicos e
hereditários na instalação e desenvolvimento de várias disfunções estéticas.
Pode ser dividido em tópicos:

41
Identificação: envolve a coleta de dados pessoais (nome, endereço, telefone),
além de idade, sexo, raça e ocupação, possivelmente com indicação do diagnóstico
clínico e a principal reclamação do cliente.
História clínica: É coleta do histórico geral do cliente. Onde devemos questionar
ao paciente/cliente sobre:
 Presença de patologias endócrino-metabólicas ou cardíacas (diabetes,
hipertensão arterial, neoplasias, hipertireoidismo, asma brônquica, alterações
renais, hemofilia, marcapasso).
 Presença de ecmoses ou outras afecções cutâneas
 Alergia a algum componente de uso sistêmico ou tópico
 Uso de medicamentos
 Presença de queloides ou distúrbios de cicatrização.
 Hábitos de consumo (bebidas, cigarro).
 Sintomas de stress e ansiedade.
 Qualidade do sono (ruim, regular ou boa).
 Prática regular de atividade física.
 Quantidade de líquidos ingerida diariamente.
 Realização de dieta alimentar restritiva.
 Uso de hormônios ou contraceptivos orais.
 No caso de mulheres, questionar sobre possível gravidez.
Outro ponto importante é o histórico de cuidados gerais com a face. Nele
questionamos ao paciente/cliente:
 Hábitos de cuidados gerais com a pele.
 Tipo de produtos que utiliza para limpeza, higienização, tonificação e
hidratação da pele.
 Número de vezes que higieniza a pele por dia se faz uso de filtro solar,
maquiagem.
 Tratamentos estéticos anteriores (tipo, duração, objetivos, resultados).
 Tratamentos anteriores com laser, luz intensa pulsada, peelings químicos ou
físicos.
 Tratamentos clareadores anteriores, questionar a respeito: Uso de
cosmecêuticos clareadores ou despigmentantes com acompanhamento
médico e qual o período de uso.
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 Questionar se o paciente utiliza produtos para manutenção domiciliar do
clareamento (vitamina C, clareador de uso diurno ou noturno, entre outros).
Na anamnese também é realizado o exame físico da pele, que é dividido em:
 Inspeção
 Palpação
 Classificação da pele (tipologia/fototipo/fotoenvelhecimento).

7.2 Tipos de pele

Os tipos de pele têm quatro classificações diferentes com base na espessura,


aparência do óstio, tom e quantidade de óleo e água. A avaliação dessas
características é feita principalmente pela aparência visual e palpação. Os couros
mais leves e grossos são mais oleosos e mais opacos. As peles têm pouca água e
uma textura mais áspera, vive o mesmo tipo de pele.
Pele oleosa ou lipídica: de aparência brilhante, parece estar sempre úmida.
A epiderme tem uma aparência áspera, pois os óstios (poros) se alargaram devido à
grande abundância de sebo acumulado em seu interior, especialmente nas regiões
de testa, nariz e queixo (conhecida como zona T). Uma das principais características
dessa pele é que ela pode apresentar comedões na zona T. É um biótipo muito comum
de peles masculinas e em fases da puberdade para homens e mulheres (SANTOS,
2018).
Pele seca ou alípitica: Tem um aspecto opaco, tem pouco sebo e pouca água,
a sua textura pode ser áspera devido ao ressecamento e possível descamação, mas
é fina e delicada devido à falta de protecção natural dos óleos. Comumente apresenta
telangiectasias (vasos aparentes), causados pela sensibilidade vascular. Seus óstios
são contraídos e linhas finas podem aparecer. É um tipo mais característico em
pessoas com rosácea, casos de sensibilidade específica ou peles envelhecidas
(SANTOS, 2018).
Pele mista ou combinada: É um tipo de pele muito comum que apresenta
propriedades de pele oleosa e seca. Na área da zona T (testa, nariz e queixo) pode
haver óstios e comedões gordurosos e aumentados; em outras regiões (bochechas e
têmporas) a pele é mais fina e opaca e dificilmente encontramos comedões.

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Pele normal ou eudérmica: Um tipo de pele que a maioria das pessoas
gostariam de ter, devido ao seu equilíbrio entre água e óleo. Praticamente não
desenvolve acne e manchas, a sua textura é aveludada, os óstios são pequenos e
sua aparência é de aspecto saudável.
É importante saber que a pele oleosa pode ficar desidratada por falta de água.
Isso confunde muitas pessoas que acreditam que a pele oleosa não precisa de
hidratação, mas existem diferenças importantes entre óleo e hidratação. O óleo tem
uma função de barreira protetora que evita a perda de água. Se a água ficar sem água,
ela produz automaticamente mais sebo para compensar esse processo. Isso o deixará
ainda mais oleoso. Porém, quando a pele está bem hidratada, com equilíbrio entre
água e óleo, sua função de barreira protetora contra influências externas é mais eficaz
(SANTOS, 2018).

7.3 Lesões cutâneas

Os melanócitos compartilham do sistema de proteção da pele. Eles filtram os


raios UV para que não adentrem em camadas profundas da pele e gerem
queimaduras. Por isso, quando a pele é acometida pelo sol ou por inflamações, ela
tende a produzir mais melanócitos.
Segundo Lupi (2012) apud Santos (2018) a exposição frequente ao sol faz com
que a pele sofra alterações biológicas que podem ser boas, como a produção de
vitamina D, ou ruins, como o fotoenvelhecimento, discromias e a fotocarcinogênese.
As lesões cutâneas igualmente podem ser desenvolvidas por fungos, bactérias e
doenças autoimunes, como o vitiligo. É importante que o profissional conheça
algumas lesões e saiba onde pode ou não tocar.

Lesões causadas por bactérias

• Foliculites: é uma infecção do folículo piloso causada por bactérias. As lesões


formam pus e as bordas são avermelhadas em sua forma simples. A aparência mais
comum é a barba. Em uma condição agravada, ela afeta o couro cabeludo, o nariz e
as sobrancelhas. Na forma mais grave, o tratamento medicamentoso pode ser

44
necessário, mas se for mais fácil, a foliculite pode ser tratada em clínicas de estética
com ácido salicílico e cosméticos reguladores de sebo (SANTOS, 2018).
• Erisipela: causada por bactérias que entram na pele e inflamam as
extremidades inferiores. A porta da frente tem feridas ou rachaduras nos pés, fungos
nas unhas e problemas vasculares. A infecção causa febre, vermelhidão nas
extremidades inferiores, tremores, mal-estar, dor e bolhas. Pode ser fatal se não for
tratada em tempo hábil, pois pode piorar e causar trombose, envenenamento ou
septicemia. O tratamento é medicação, repouso e elevação das pernas; mesmo o
tratamento pode deixar consequências como elefantíase, linfedema e fibrose.

Distúrbios cutâneos

 Dermatite atópica: é uma reação muito delicada da barreira cutânea, pode ser
aguda, subaguda ou crônica, que se desenvolve em crianças até 5 anos de
idade e raramente em adultos jovens até 20 anos. Edematoso, mas pode não
sair. Pode causar rinorreia alérgica e sintomas de congestão nasal e irritação
nos olhos. As lesões podem piorar com a exposição a roupas, época do ano e
estresse, pois isso está relacionado à atividade excessiva do sistema
imunológico.
 Dermatite de contato: reação inflamatória aguda ou crônica desencadeada pela
pele após o contato com uma substância. Existem dois tipos de dermatite de
contato. Um deles é causado por um irritante como uma substância química
(sabões e ácidos): desenvolve-se imediatamente ou em 24 horas ou menos
após o contato com o agente desencadeador, afetando apenas a área de
contato e causando sensação de ardência na região da área, sensação de
queimação e, se mais intensa, aparecem bolhas e até necrose. A dermatite
causada pela hipersensibilidade do tipo IV é sistêmica e pode se espalhar por
todo o corpo além da área em contato com a substância. Existem placas
edematosas com pápulas e vesículas, escamas e até bolhas, dependendo da
gravidade, o tratamento é feito com medicamentos tópicos e sistêmicos.
 Dermatite seborreica: a lesão é crônica e afeta áreas de alta produção de sebo,
como a face e o couro cabeludo, ocorre em bebês, durante a puberdade ou
entre as idades de 20 e 50 anos. A baixa imunidade pode agravar a situação

45
ou facilitar seu desenvolvimento. A pele fica avermelhada ou branca, pode
descamar no local da lesão ou pode apresentar aspecto crostoso e com
pápulas, o tratamento é feito com medicamentos, pomadas e xampus.
 Psoríase: doença inflamatória crônica que afeta a pele e as articulações. Não
existe uma causa única para a psoríase, ela pode ser desencadeada por
diversos fatores, como tabagismo, trauma, inflamação e infecção, pode se
desenvolver em qualquer idade, mas a maior incidência elevada é entre 30 e
40 anos. A gravidade da psoríase pode ser comparada à do diabetes mellitus,
mas pode piorar tanto que é comparada ao câncer. As lesões são
caracterizadas por manchas finas, escamosas, brancas ou cinza. Dependendo
do tipo de psoríase, as lesões podem ser diferentes e afetar todo o corpo,
unhas, palmas das mãos e plantas dos pés (chamada psoríase palmoplantar)
ou afetar apenas as articulações. A pessoa pode sentir ardor ou coceira pela
doença. Neste momento, não há cura, o tratamento e o controle são feitos com
fototerapia, medicamentos tópicos e orais.
 Vitiligo: Doença de pele adquirida que causa destruição dos melanócitos. A
pele produz manchas acrômicas, ou seja, perde totalmente a pigmentação e
aparecem manchas brancas, que só podem se desenvolver em algumas áreas
ou em todo o corpo. Ainda não está claro exatamente o que causa a morte dos
melanócitos, mas a principal hipótese é que se trate de uma doença autoimune,
na qual o corpo reconhece os melanócitos como um corpo estranho, causando-
lhes a morte. Existem outras hipóteses para as causas da doença, como
alterações neuronais ou bioquímicas e autodestruição dos melanócitos. O
tratamento consiste no uso de medicamentos tópicos e sistêmicos, fototerapia
e cirurgia (SANTOS, 2018).

7.4 Fotoenvelhecimento

O processo de fotoenvelhecimento está intimamente relacionado à ação de


agentes físicos e químicos sobre a pele, pois atua como uma interface entre o
organismo vivo e o meio ambiente. De entre esses agentes, e como já foi referido
anteriormente, merecem grande destaque as radiações UV (PINTO, 2014).

46
A pele sofre certas alterações quando exposta à radiação UV para se proteger
contra danos. Se a exposição à radiação solar se der dentro de certos limites
toleráveis pelo organismo, os efeitos malignos poderão ser controlados e combatidos,
com o auxílio de mecanismos fisiológicos do próprio organismo em defesa à radiação.
Dentro destes mecanismos encontram-se segundo Pinto (2014):
- Espessamento da camada córnea;
- Produção de melanina;
- Sudorese;
- Ativação de antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos; -
- Mecanismos de reparação do DNA.

Fonte: PINTO, 2014.

47
7.5 Tratamentos estéticos

O Botox® (toxina botulínica) é usado há vários anos em tratamentos estéticos


de fotoenvelhecimento para corrigir rugas. Ele age impedindo a contração dos
músculos faciais, o que leva ao aparecimento de rugas. Os principais locais da face
onde pode ser utilizado são a região frontal (testa), a glabela (entre os supercílios) e
região peri-orbitária ("pés de galinha"). Os resultados começam a aparecer em 48h e
atingem o efeito máximo em duas semanas (PINTO, 2014).
O peeling químico consiste na aplicação tópica de determinadas substâncias
químicas, capazes de provocar reações que vão desde de uma leve descamação até
necrose da derme, com remoção da pele em diferentes graus. Isso significa que
existem esfoliantes e lesões cutâneas que funcionam no tratamento de espinhas, acne
e envelhecimento da pele. Esses peelings podem ser superficiais, médios e
profundos.
De acordo com Pinto (2014) o peeling superficial atua na epiderme, que é a
camada mais superficial da pele e não apresenta grandes problemas após sua
aplicação. O peeling média causa destruição do tecido, retirando parcial ou totalmente
a epiderme e atingindo o nível da derme papilar, o que envolve poucos riscos e
complicações, o peeling profundo destrói completamente a epiderme, e sua
profundidade atinge o nível da derme reticular. Complicações como hipocromia
(manchas claras), hipercromia (manchas escuras) e cicatrizes. O preenchimento
cutâneo é uma técnica utilizada para a correção de sulcos, rugas e cicatrizes. Consiste
em injetar substâncias sob a área da pele a ser tratada, aumentando e diminuindo sua
profundidade, com a consequente melhora do aspecto.
Entre as substâncias mais utilizadas para realizar o preenchimento cutâneo
estão o ácido hialurónico e o metacrilato. Outra linha de pesquisa em preenchimentos
visa estimular a produção de colágeno no corpo, responsável pelo preenchimento das
rugas. Estes incluem ácido polilático e hidroxiapatita de cálcio. A lipoescultura é uma
variação dessa técnica que remove a gordura de uma área do corpo onde está em
excesso (por meio de lipoaspiração) e injetado sob as rugas. Os tratamentos a laser
consistem na aplicação local de luz com comprimento de onda precisamente definido
e atuam principalmente na pigmentação da pele e ajudam no combate às manchas,
melanoses solares e sardas. Dentro destes tratamentos encontram-se o RubiLaser, a
Luz Intensa Pulsada e o Laser LuxFractional 1540 (PINTO, 2014).
48
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, G. Introdução aos métodos e técnicas de avaliação estética. Soluções


Educacionais Integradas. 2018.

ARAÚJO, T. S.; SOUZA, S. O. “Protetores solares e os efeitos da radiação


ultravioleta”. Scientia Plena, v. 4, n. 11, p. 1-7, 2008 BARCAUI, Elisa de Oliveira et
al. Estudo da anatomia cutânea com ultrassom de alta frequência (22 MHz) e sua
correlação histológica. Radiol Bras, São Paulo, v. 48, n. 5, p. 324- 329, 2015.

AZULAY, R. D. Dermatologia, 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

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